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Aplicação de Estratégias de Iluminação Natural em Projeto Arquitetônico de Residência em Condomínio Fechado
Aplicação de Estratégias de Iluminação Natural em Projeto Arquitetônico de Residência em Condomínio Fechado
DA PARAÍBA
DIRETORIA DE ENSINO
João Pessoa - PB
2021
EMANUEL RODRIGUES DE CASTRO SILVA
João Pessoa - PB
2021
RESUMO
Este trabalho de caráter prático teve como objeto de estudo um lote com área total de 360m² em
um condomínio fechado localizado no município de Bananeiras – PB, tendo como usuários uma
família composta por três pessoas, que tinha como principal desejo uma casa bem iluminada.
Desta forma, o trabalho teve como seu principal foco e objetivo analisar as estratégias e
variáveis arquitetônicas apresentadas em trabalhos e artigos acadêmicos para aplicar na
residência indicies adequados de iluminação.Para seu desenvolvimento foi realizado um
levantamento bibliográfico sobre iluminação natural, analisando as variáveis capazes de
influenciar na quantidade e qualidade de iluminação natural de uma residência, desde as
aberturas e profundidade de ambientes até a refletância e influência de elementos de proteção
solar. Com isso foram reunidas estratégias e sugestões arquitetônicas teóricas para o
projeto.Após o levantamento bibliográfico, foram escolhidosprojetos para referência, que
serviram de modelo para uma melhor compreensão do tema estudado. Na elaboração do projeto
foi fundamental analisar esses projetos correlatos presentes em sites de arquitetura, para
compreender como as edificações podem atender as necessidades de seus usuários em relação
ao conforto e proporcionando bem-estar.
Figura 1 Parthenon 10
Figura 22 Lote 35
1. INTRODUÇÃO 08
1.2 JUSTIFICATIVA 09
1.3 OBJETIVOS 09
1.3.1 Geral 09
1.3.2 Específicos 09
2 REFERENCIAL TEÓRICO 10
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 30
4 PROJETOS CORRELATOS 31
5 RESULTADOS 34
5.4.1 Proposta 1 37
5.4.2 Proposta 2 39
5.4.3 Proposta 3 40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 44
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
APÊNDICE 1: Questionário 47
1. INTRODUÇÃO
1. 1. DELIMITAÇÃO DO TEMA E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Desde que as civilizações começaram a desenvolver as primeiras formas mais
complexas de arquitetura, esta estava profundamente ligada à luz. Os templos egípcios, gregos e
romanos sempre apresentaram algum tipo de emprego da luz. Dessa forma, o modo como os
arquitetos manipulam a luz em seus projetos, sempre foi uma forma de refletir características
das diversas culturas em busca dos efeitos lumínicos que a luz natural pode proporcionar.
Assim, segundo Costa (2013) a exploração do uso da luz e enfoque em suas qualidades,
era um reflexo da preocupação com a correta orientação do edifício em relação ao sol, buscando
enaltecer determinadas obras de arte. Um processo impulsionado pelas crenças religiosas, que
sempre relacionam a luz a uma figura divina, como um símbolo de veneração e exaltação aos
deuses, o que fez com que diversas civilizações acabaram por adotar a estética “Claritas”.
A estética Claritas influencia até hoje grande parte dos projetistas. Como dito por Bogo
(2007), até hoje ainda é comum entre a maioria dos profissionais a abordagem da luz natural nas
edificações, partindo do ponto de vista de insolação, acreditando que quanto mais luz, melhor.
Uma ideia inadequada. Parte desse tipo de interpretação conceitual decorre de valores culturais
absorvidos de outras localidades onde esse tipo de iluminação acaba sendo mais adequado, sem
a devida adaptação. Como, por exemplo, em países da Europa e nos EUA, locais mais
temperados e frios, onde a necessidade de ganho de calor é grande, em vista do conforto
térmico. “Uma expressão muito utilizada ‘por um lugar ao Sol’, válida para locais de clima
frio e temperado, é entendida como adequada e transferida para o Brasil tropical, ao invés da
alteração para ‘por um lugar à sombra’.” (BOGO, 2007, p. 57).
No país tropical como o Brasil, é de grande importância aproveitar a incidência do sol
como fonte de iluminação natural, de forma que se possa economizar a energia elétrica. A
iluminação natural também é de grande importância para se evitar grande quantidade de
umidade causadora de mofos e insalubridade, porém junto com a claridade vem o calor, que em
nosso trópico se torna desagradável e tira o bem-estar de todos.
Segundo Costa (2013), todos os espaços demandam luz natural ou artificial por razões
funcionais ou decorativas. “A luz dá coloração às coisas e influencia o homem, determina a
atmosfera e o ambiente do lugar”. Portanto, pode-se concluir que a luz solar é um elemento
imprescindível de design que aperfeiçoa os aspectos estéticos do espaço arquitetônico, porém, a
sua qualidade e desempenho luminoso estão submetidos a inúmeras variantes e por isso cada
projeto demanda soluções específicas (TOLEDO; CÁRDENAS, 2015), apud (COSTA, 2013).
De acordo com as afirmativas acima, observa-se que a iluminação natural nunca deixou
de ser um ponto crucial nos projetos de edificações. Assim, este trabalho busca responder:
Como projetar uma residência com medidas reduzidas em terreno de condomínio fechado,
que passe um ar de clareza e liberdade através do aproveitamento da iluminação natural?
Diante desta pergunta problema, este trabalho busca aplicar parâmetros de
aproveitamento de luz solar para desenvolver um projeto para uma residência com medidas
reduzidas (até 80 m²), que transmita sensação de clareza e liberdade através do aproveitamento
da iluminação natural nos ambientes internos.
9
1.3 OBJETIVOS
1. Identificar as necessidades arquitetônicas de uma família para uma residência com medidas
de até 80 m²;
3. Buscar meios de executar o projeto, garantindo o uso eficiente de luz natural e o conforto
lumínico do ambiente.
10
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A LUZ NATURAL NA ARQUITETURA
Na antiguidade os templos egípcios usavam a luz como elemento arquitetônico,
reproduzindo nos corredores e no passar dos ambientes a ilusão de uma eterna peregrinação. O
Parthenon, templo mais famoso da Grécia antiga, já usava suas colunas e teto como forma de
bloqueio de luz, mesmo em uma estrutura tão aberta, permitindo a visão do interior, mas ainda
assim, utilizando do contraste entre a luz no exterior e a sombra interna, produzindo a atmosfera
mágica de que nem sequer a luz poderia adentrar o local dos deuses, se não pela porta principal
(COSTA, 2013).
(…) Ao princípio as paredes eram grossas. Protegiam o homem. Então o
homem sentiu desejo de liberdade e do prometedor mundo lá fora. Primeiro fez
uma abertura tosca. Então explicou à infeliz parede que ao aceitar a abertura, a
parede deve seguir uma ordem maior de arcos e pilares, com elementos novos e
de valor (…). No entanto, os arquitetos de hoje em dia, quando pensam em
edifícios, esquecem a sua fé na luz natural. Contando com a pressão de um
dedo sobre um interruptor, basta-lhes a luz estática, e esquecem-se das
qualidades infinitamente cambiantes da luz natural, com a qual um edifício é
um edifício diferente a cada segundo do dia. (KAHN, 1965, apud COSTA,
2013 p. 9)
Elemento importante na construção civil atualmente, o vidro começou a ser usado nas
igrejas a partir da idade média, através da arquitetura gótica, que tinha a luz como um grande
foco, mas somente no século XIV que materiais translúcidos passaram a ser aplicados em
janelas com o objetivo de permitir a penetração da luz nos ambientes internos. No começo eram
1
Site do Pinterest - Imagem do Parthenon - disponível em:
https://br.pinterest.com/pin/546694842253316633. Acesso em 13/02/2021
11
pergaminhos e linhos, materiais orgânicos, mas que ainda não permitiam a visão para o exterior
e eram também muito frágeis. Os vidros nas janelas das residências burguesas começaram a ser
usados no fim do século XV, conceito que foi rapidamente espalhado no século seguinte
(BUTERA, 2009) apud (CINTRA, 2011). Ver exemplo na figura 2.
Figura 2: Arquitetura Gótica
2
Disponível em: https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guia-de-
estudo/D/arte-gotica-vitrais.jpg. Acesso em 13/02/2021
12
Foi então que ao redor de todo o mundo as edificações começaram cada vez mais a
adotar o “Internacional Style”. Os edifícios com fachadas envidraçadas, aberturas enormes que
permitiam exorbitantes níveis de insolação, que precisavam ser sempre monitoradas e
controladas por sistemas de ar-condicionado, que acabam sendo sobrecarregados, para amenizar
o “efeito-estufa” formado por elas. E assim o discurso de utilizar grandes painéis de vidro para
assegurar a ‘conexão com o exterior’ e ‘garantir a luz natural’ faz com que os usuários acabem
necessitando de elementos de proteção enormes, como cortinas, que acabam impedindo a visão
do lado externo, na tentativa de amenizar o ofuscamento e a insolação causados por essas
grandes aberturas. Com isso, também acaba sendo necessário o uso de sistema de iluminação
artificial para obter uma iluminação em níveis minimamente adequados. E por isso, esse modo
de iluminação na prática mostra-se como inconsistente, pois além de tais fatores, tem
adicionado a si o custo de energia gerado pelo uso de sistema de iluminação artificial e ar-
condicionado. Segundo Butera, (2009, p. 173) apud Cintra,( 2011):
após vários anos. Por isso, para um projetista que busca análises quanto à luz, entender a
influência da luz no corpo humano é também entender como a iluminação afeta os usuários dos
edifícios (MARTAU, 2009).
A iluminação inadequada durante o dia ainda é também uma das características que
geram a Síndrome do Edifício Doente (SickBuildingSyndrome – SBS). Esta síndrome faz com
que pelo menos 20% de seus usuários apresentem sintomas como letargia, dificuldade de
concentração, entre outros. Sintomas que em geral desaparecem com a saída dos ocupantes dos
edifícios (GARROCHO, 2009), apud (CINTRA, 2011).
Por isso Figueiró (2009) apud Cintra (2011) ressalta a necessidade da iluminação
natural nas edificações. Principalmente nos casos em que os usuários passam muito tempo em
casa, como idosos e crianças, que também são as pessoas que mais necessitam de proteção à
saúde e cuidado com os ciclos biológicos para garantir seu bem-estar.
Dessa forma identificamos que sim, a utilização da luz natural é importantíssima para o
funcionamento do organismo. O cuidado com a iluminação das edificações, especialmente das
residências, onde os indivíduos passam boa parte do dia, é essencial para o bem-estar e saúde.
Ainda de acordo com Baker e Steemers (2002) apud CINTRA (2011), os elementos de
proteção são barreiras que têm como função impedir parte da luz incidente nos ambientes,
evitando excessos, bloqueando ou redirecionando a luz solar direta.
Mesmo após adentrar o interior da residência a luz natural ainda precisa se distribuir no
ambiente, e fatores como a área, posição das aberturas, profundidade dos espaços, e até mesmo
cor e textura das superfícies devem ser levados em consideração na hora de realizar um projeto
de iluminação natural (CINTRA, 2011). O controle da radiação solar, nas paredes e vidraças,
pode ser feito pela orientação das suas áreas e seu dimensionamento, cores, parâmetros ópticos,
elementos para-sóis e/ou vegetação (CORBELLA E CASTANHEIRA 2001) apud (BOGO,
2007).
Por isso, a seguir serão abordadas mais detalhadamente algumas dessas variáveis
apresentadas, que deverão ser levadas em consideração no projeto da residência:
Como dito por Cintra (2001), aberturas amplas têm a capacidade de garantir ambientes
com maior nível de iluminação e uma vista mais plena para o exterior, no entanto, elas também
trazem muitos pontos negativos. A perda do controle sobre a iluminação desejada, podendo
exceder o limite de iluminância que garanta conforto visual, o aumento da capacidade de trocas
térmicas com o interior (condução, convecção e radiação), podendo tornar o interior da
residência mais quente, gerando desconforto térmico, o que acarretaria no aumento do uso de
climatização artificial e diminuiria a eficiência energética e economia gerada pela iluminação
natural.
Por esse motivo, é de extrema importância que seja feito o dimensionamento ideal das
aberturas, tomando-se o devido cuidado para que estas não acabem por se tornar estufas, ou
descumpram funções básicas de uma residência, como proteger o ambiente interno e conceder
privacidade aos seus usuários.
Por isso a luz natural difusa é mais desejada que a direta, pois pode ser mais bem
controlada, sofrendo menos com problemas de ofuscamento e ganho desnecessário de calor.
“Uma luz homogênea, com melhor distribuição do que a luz solar direta inadequada para as
atividades de trabalho nos ambientes internos” (BOGO, 2007, p. 42).
Assim, a proporção entre área envidraçada e área opaca na fachada e a
existência ou não de elementos de proteção solar, deve ser equilibrada de
maneira adequada às necessidades de iluminação natural, vista para o exterior e
as questões termo energéticas. (CINTRA, 2011, p. 34)
De acordo com o Regulamento Técnico de Qualidade para o Nível de Eficiência
Energética de Edificações Residenciais (BRASIL, 2010) área de abertura é: área livre em metro
quadrado (m)² sem obstrução por elementos fixos de sombreamento que sejam paralelos ao
plano de abertura.
A relação entre a área da fachada e a área de suas aberturas é chamada
internacionalmente de Window to Wall Ratio (WWR). No Brasil, o Regulamento Técnico da
Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
(RTQ-C) define como Percentual de Abertura da Fachada (PAF). É um critério de análise que
define o nível de desempenho energético da edificação, baseado na luz e temperatura.
Bannisteret al (1998) apud IKEDA (2012), em estudos realizados na Austrália chegam à
conclusão de que mais de 50% de abertura na fachada acaba sendo ruim para qualquer
edificação, considerando o contexto australiano. Ikeda (2012) defende que, por mais que o
estudo de Bannisteret al (1998) tenha sido feito considerando o contexto italiano, a orientação
de que a taxa de abertura não deve ultrapassar os 50% é pertinente, pois uma abertura maior
certamente poderia acarretar em problemas de conforto ambiental.
No entanto, cada projeto tem sua particularidade, e as respectivas taxas de abertura nas
fachadas desses projetos devem estar de acordo com as necessidades climáticas e culturais do
local. Cabendo ao profissional responsável avaliar e determinar a taxa que melhor atenda as
necessidades de conforto visual dos usuários e quais fachadas devem ter maior ou menor taxa de
abertura (IKEDA, 2012).
envidraçadas. Outra importante função da janela é a de permitir a visão entre ambiente externo e
interno (COSTA, 2013).
Segundo Costa (2013) é preciso levar cuidadosamente em consideração elementos da
fachada, como tamanho e posição, em relação ao nível da linha de visão do ocupante, pois, os
elementos aplicados buscando a iluminação natural podem afetar a visão para o exterior, criando
um conflito entre as funções da janela. Ou seja, um desenho de fachada que priorize a luz
natural deve manter o contato com o exterior como um plano de prioridade inferior.
De acordo com Vianna e Gonçalves (2001) apud Cintra (2011), a iluminação lateral tem
como particularidade a sua desuniformidade, distribuindo de forma desigual a luz natural pelo
ambiente, pois quanto mais distante da janela, mais a iluminação alcançada é rapidamente
reduzida, fazendo com que em ambientes profundos, realizar tarefas visuais mais distantes das
aberturas se torne totalmente inviável. Esse esquema é ilustrado na Figura 10:
Figura 10: Esquema da relação entre a altura da janela e a profundidade do ambiente para
garantir iluminação adequada
Fonte:Cintra, 2011.
Assim, segundo Lechner (2009) apud Costa (2013) algumas estratégias de iluminação
podem ser adotadas para que inconvenientes sejam eliminados:
1. Colocar janelas elevadas, distribuídas com abundância, tanto em número como em tamanho:
Aumentar o tamanho de uma janela em um ambiente trás por consequência o aumento
na penetração de luz. Vianna e Gonçalves (2007) apud Cintra (2011) indicam que a eficiência
de profundidade da luz que adentra por uma abertura lateral é de aproximadamente 1,5 a 2 vezes
a distância entre o piso e a verga da janela por onde a luz entra. Por isso é importante que,
sempre que possível, a altura do teto seja aumentada, permitindo assim janelas mais altas. No
entanto, a distribuição mais homogênea da luz natural pelo ambiente ainda pode estar ligada ao
comprimento horizontal da janela e se estiverem separadas, ao invés de agrupadas.
2. Colocar janelas em mais de uma parede sempre que possível:
A utilização de duas ou mais janelas, gerando uma iluminação bilateral, torna possível
que a luz seja melhor distribuída no interior dos ambientes. Dessa forma as janelas de paredes
contíguas têm grande eficácia em reduzir o ofuscamento, pois, as aberturas em variados planos
iluminam as paredes adjacentes correspondentes, reduzindo o contraste.
23
2.5.2.3 Profundidade
No geral, o contexto internacional apresenta normas e recomendações que relacionam,
em sua maioria, o limite de profundidade do aproveitamento da luz natural dos ambientes
internos à altura das janelas. Hopkinson, Petherbridge e Longmore (1975) apud COSTA (2013)
defendem que a eficiência da profundidade da penetração de luz é de, aproximadamente, 1,5 a 2
vezes a distância entre o piso e o topo da janela por onde a luz entra. Reinhart (2005) apud
CINTRA (2011) cita regras como por exemplo a “Tips for Daylighting”, indicando que a
profundidade dos ambientes deve ser mantida entre 1,5 e 2 vezes a altura da verga da janela para
garantir níveis adequados de iluminação e distribuição de luz (REINHART, 2005) apud
CINTRA, 2011). E o DaylightGuide for Building, que diz:
A partir disso Reinhart (2005, apud CINTRA, 2011) pôde reunir diversas regras que
indicam valores de profundidade com base na altura das aberturas laterais, variando entre 1,5 e
2,5 vezes, assim como pode ser observado na tabela 3 a seguir, adaptada por Cintra (2011), que
resume os dados do autor.
Tabela 3: Tabela de resumo das regras internacionais de limite de profundidade do
ambiente em relação a altura da janela
DIFERENTES VERSÕES DE REGRAS GERAIS
REFERÊNCIAS
PARA ILUMINAÇÃO NATURAL
A luz natural em um edifício apenas será significativa
A Green Vitruvius, p. 72 (Cofaigh et al.
cerca de duas vezes o pé-direito de uma fachada
1999)
envidraçada.
A profundidade máxima da área com iluminação natural
corresponde a 2,5 vezes a diferença entre o topo da janela DIN V 18599 part 4 (DIN V 18599 2005)
e a altura do plano de trabalho.
Uma janela comum pode gerar iluminação útil a uma
US DOE – Building Toolbox Design
profundidade de cerca de 1,5 vezes a altura da janela. Com
Construct&RenovateIntegrated Building
prateleiras de luz ou outros sistemas refletores esta
Design Passive Solar (US DOE 2005)
distância pode ser aumentada em duas vezes ou mais.
Manter a profundidade dos ambientes entre 1,5 e 2 vezes a
Tips for Daylighting, p. 3-1 (O’Connor et
altura do topo da janela para níveis adequados dos níveis
al. 1997)
de iluminação e boa distribuição da luz.
Ambientes com profundidade de 1,5 vezes a altura do topo DaylightingGuide for Canadian
da janela permitem que a luz do sol gere níveis adequados CommercialBuildings, p. 23 (Enermodal
de iluminação e boa distribuição da luz. 2002)
25
Cintra (2011) estudou e simulou com o software daysim diversas cidades, situações e
orientações, levando em consideração abertura de 1/6 da área do piso e observou que a
profundidade alcançada pela luz no interior dos ambientes dentro da iluminância recomendada
de 100 lux foi entre 0,8 e 1,2 vezes a altura da janela, em todas as cidades e orientações. Isso
considerando o horário de ocupação de 8:00 às 18:00. Um resultado bem abaixo dos valores
descritos e recomendados na literatura, e ainda mais abaixo do que a recomendação do código
urbano. Constatou ainda que a profundidade máxima para que se alcance uma iluminância de 60
lux é de 2,57 vezes a altura da janela, ou, no caso de ambientes com proteção solar, o limite da
profundidade é reduzida em 17,9%, passando para no máximo 2,11 vezes a altura da janela.
Constata-se, portanto que as pesquisas mais antigas apresentam valores altos, e que não
garantem os níveis de fato satisfatórios de iluminação dos ambientes internos das edificações.
Dessa forma, uma profundidade de 1,2 vezes a altura da janela se estendendo a no máximo 1,5
vezes dependendo do cômodo, mostra-se um valor adequado.
Traçando um valor de refletância desejado de 65%, temos que Branco, Branco Gelo,
Marfim, Pérola, Branco Neve e Vanila são as melhores opções entre as tintas acrílicas. Entre as
de Látex adiciona-se Amarelo Canário, Azul Angra, Bianco Sereno, Erva Doce e Palha.
Outras variáveis ainda influenciam nos níveis de refletância das superfícies. Uma
superfície fosca apresenta um valor de refletância menor que uma superfície polida. Além disso,
a posição e tipo da superfície também são muito importantes. A tabela 5 apresenta refletâncias
típicas sugeridas por alguns autores de acordo com o tipo da superfície. Dentre as fontes, nota-
se que os valores mais abrangentes são indicados pela NBR ISO/CIE 8995 (ABNT, 2013).
Vianna e Gonçalves (2007) apud CINTRA (2011) dizem que, por mais que o usuário vá
ter participação decisiva nas escolhas das superfícies do edifício, é importante que o arquiteto ao
menos recomende e indique cores para as superfícies internas dos ambientes. Os autores
indicam que o teto deve ser sempre pintado com cores claras, de preferência branco, já que essa
é a superfície que apresenta maior refletância de luz, com coeficiente de reflexão de 0,7. As
paredes devem ser também preferencialmente claras, já que são superfícies muito importantes
no que diz respeito à reflexão interna. Como normalmente possuem móveis, quadros, entre
outros objetos do tipo, adota-se o coeficiente de refletância de 0,5. Já quanto ao piso, não existe
grande preocupação quanto à cor, já que tem pouca contribuição na reflexão de luz interna dos
ambientes (Coeficiente entre 0,1 e 0,2).
Com isso conseguimos observar que os dados de Steffy (1990) apud SOUZA (2003), e
os coeficientes adotados por Vianna e Gonçalves (2007) apud CINTRA (2011), entregam
resultados próximos. As recomendações de Brown e Dekay, e da NBR ISSO/CIE 8995 embora
sejam mais altas, são não tão mais altas, ainda que as normas da ABNT são, por padrão, menos
exigentes que as dos pesquisadores. Portanto, é coerente levá-los em consideração.
Figura 12: Incidência de luz natural em abertura sem elementos de proteção solar.
Figura 13: Incidência de luz natural em abertura com elementos de proteção solar.
A respeito do controle solar e iluminação natural Laar (2001) apud BOGO (2007)
realizou um estudo de sistemas de sombreamento e iluminação para um edifício em clima
tropical, no Rio de Janeiro. A análise contou com dezesseis tipos diferentes de sistemas de
controle de luz, considerando diversos fatores de avaliação, entre os quais: sombra, iluminação
natural, proteção contra o brilho e desempenho térmico. Dos dezesseis sistemas analisados por
ele, o resultado foi de que apenas nove deles cumpriam ao menos minimamente os requisitos de
sombra e luz natural juntos. A tabela 6 a seguir é uma adaptação dos resultados de Laar (2001)
feita por Bogo (2007), e apresenta os dados dos dezesseis sistemas analisados e suas avaliações.
Tabela6: Avaliação de controle solar e uso da luz natural para sistemas de sombreamento
Sistemas Simples Luz Proteção Desempenho
Descrição Sombra
Sistemas Fixos Natural do Brilho Térmico
1A Vidro refletivo/absortivo Médio Não Não Mau
1B Vidro refletivo/absortivo Médio Não Não Médio
1C Vidro eletrocrômico Médio Não Médio Bom
Painéis Cortados à Laser
2 Não Sim Não Bom
Plexigia Luz Natural
30
Prateleiras de luz
3 Parcial Sim Não Muito bom
ext.+int.
4 Quebra-sol horizontal Sim Não Sim Muito bom
5 Quebra-sol vertical Sim Não Não Muito bom
Sistemas Móveis
A1 Persianas internas Sim Não Sim Mau
A2 Persianas externas Sim Não Sim Muito bom
Persianas dentro de
A3 Sim Não Sim Médio
vidros duplos
B Veneziana LCO Não Sim Não Bom
Veneziana externa de
C1 Sim Médio Sim Excelente
iluminação natural
Veneziana interna de
C2 Sim Médio Sim Médio
iluminação natural
Veneziana de iluminação
C3 natural dentro de vidro Sim Sim Sim Médio
duplo
Sistemas
Combinados
3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
Esta pesquisa utiliza o método dedutivo (pois parte do geral – de conhecimentos já
comprovados - para o específico – da aplicação desse conhecimento em uma área de estudo) e
se caracteriza quanto a sua natureza como sendo uma pesquisa aplicada por ter intenção de gerar
um projeto arquitetônico, visando a adequação do uso de luz natural no ambiente, garantindo
seus benefícios aos moradores.
Quanto aos seus objetivos é classificado como exploratória buscando obter mais
informações sobre as aplicações da luz natural em residências e orientar os objetivos com
levantamento bibliográfico sobre o tema, análise de projetos correlatos, e reprodução de modelo
em software.
31
Tem uma abordagem quantitativa, pois faz uso de conceitos que podem ser medidos e
resultados replicáveis para desenvolver técnicas computacionais que simulem o funcionamento
de um sistema produtivo.
Seu procedimento se caracteriza como uma simulação, tendo em vista que utilizará
modelos estudados para desenvolver o projeto em questão e identificar a melhor forma de
oferecer qualidade e conforto lumínico.
4. PROJETOS CORRELATOS
Para a concepção do projeto e aplicação de estratégias de iluminação natural em projeto
arquitetônico de residência em condomínio fechado, foi necessária a busca de alguns projetos
correlatos para serem usados como referência para o desenvolvimento deste trabalho. Foram
selecionados como correlatos alguns projetos que fazem o uso de estratégias de iluminação em
residências pequenas.
da função técnica, ser um lar, lugar de cada pessoa se sentir valorizada, acolhida em seus
sonhos, esperanças e desejo de conviver”.
Figura 14: Casa sustentável
O projeto usa de elementos como grandes aberturas, cozinha aberta e integração entre
sala de estar e jardim para permitir a entrada e distribuição da luz, usando ao mesmo tempo da
volumetria lúdica como ferramenta de sombreamento para as fachadas transparentes, ao mesmo
tempo em que cumpre outros papéis como a ventilação natural.
Figura 15: Planta baixa: Casa sustentável
3
Disponível em: https://www.gustavopenna.com.br/casasustentavel. Acessado em 23 Abr 2021
33
A planta baixa usa uma parede transparente para iluminar totalmente a sala e cozinha
amplas, permitindo uma grande iluminação natural nas áreas mais sociais, enquanto o banheiro
divide essa parte do resto da casa, isolando os quartos dessa iluminação excessiva e abrindo
neles aberturas próprias, menores, e que permitem uma entrada mais controlada de luz.
4
Disponível em: www.archdaily.com.br/br/956310/casa-ger-atelierjun. Acesso em: 23 Abr 2021
34
Figura 18: Diagrama casa Morro da Manteiga Figura 19: Casa Morro da Manteiga
Foram adicionados também pátios internos nas laterais (Figura 20), centralizando a
circulação. Dessa maneira, garantindo iluminação natural abundante na área social, circulação
do vento e, também, a sensação de amplitude apesar da área pequena.
5. RESULTADOS
5.1. CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDOS
O objeto de estudo deste trabalho trata-se de um lote localizado no município de
Bananeiras/PB (Figura 21). Trata-se do lote 28, no bloco I, do Condomínio Residencial Yes
Banana (Figura 22). O terreno tem 12x30m, totalizando uma área de 360m². A frente do lote se
posiciona para o lado sudoeste.
5
Disponível em: www.archdaily.com.br/br/959878/casa-morro-da-manteiga-leiva-arquitetura. Acesso
em: 23 Abr 2021
35
6
Disponível em: http://www.agencia.ufpb.br/mapas/bananeiras/bananeiras.html. Acesso em: 28 Mai 2021
36
Sala de Na sala de estar são Foram desejados 5 assentos de É o cômodo onde mais
estar realizadas diversas sofá na sala de estar. Preferem ficam as pessoas e onde
atividades, dentre elas: conceitos abertos, com visão são recebidas as visitas,
recepcionar amigos e direta da sala de estar para a além disso, os próprios
familiares, descansar, cozinha. A sala de estar é onde a usuários determinam que a
assistir TV e realizar família passa a maior parte de sala de estar é o ambiente
atividades em família. seu tempo, lá eles permanecem onde mais permanecem e
muito enquanto usam o celular e que consideram necessitar
assistem televisão. A mãe tem o de mais espaço.
costume de observar o exterior.
Cozinha As atividades realizadas na Não existe preferência quanto à A família não possui
cozinha consistem em separação entre a sala de jantar muitos armários e
armazenar e higienizar e a cozinha. A quantidade de eletrodomésticos para
alimentos, cozinhar, cadeiras necessárias na mesa de ocupar a cozinha, como
realizar refeições, jantar é de 4 cadeiras. Pediram freezer e aparelho
eventualmente estudar ou que o botijão de gás fosse microondas, mas pediram
ler. deixado para o exterior. que a cozinha fosse
especialmente grande.
37
Área de A área de serviço é usada A mãe tem o costume de lavar A área de serviço não
serviço como lavanderia e depósito boa parte das roupas à mão, por precisa de muito espaço
de produtos de limpeza isso, pede um tanque espaçoso. extra.
residencial.
Suíte A suíte é caracterizada Nela haverá 1 cama de casal. Além da cama de casal o
como uma zona íntima, que Eles têm o hábito de dormir quarto deverá contar com
será ocupada pelo casal, com o uso de ventilador. um guarda-roupa grande,
dividida entre o quarto e o Preferem uma iluminação no entanto, não ouve
banheiro onde são natural e reduzida, deixando a grande pedido especial de
realizadas as seguintes luz ambiente mais baixa. dimensionamento.
atividades: dormir,
descansar, armazenar,
vestir, despir, realizar a
higiene pessoal e aliviar-se.
Quarto O quarto também é uma A filha tem o costume de ler e O quarto pode ter uma área
zona íntima, que será estudar no quarto, o que exige razoável, graças ao pedido
utilizado pela filha. Nele uma boa iluminação. Neste das duas camas.
serão realizadas as quarto a pretensão é que se
atividades de dormir, tenha espaço para duas camas
descansar, armazenar, de solteiro.
vestir e despir,
5.4.1. Proposta 1
O principal objetivo da primeira proposta era usar uma disposição que permitisse uma
garagem na casa. A Figura 23 apresenta a planta baixa da primeira proposta.
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Não foi usada parede ou meia parede para dividir cozinha e sala, proporcionando uma
grande distribuição da luz natural que entra pelas diversas aberturas da sala de estar, além de
proporcionar uma boa integração entre os ambientes, aumentando a sensação de clareza da
residência.
Vantagens:
Possui Garagem
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5.4.2. Proposta 2
A proposta 2 apresenta muitas semelhanças à primeira, tendo uma alteração na suíte,
como apresentado na Figura 24:
Figura 24: Planta baixa da proposta 2
5.4.3. Proposta 3
A proposta 3 apresenta um esquema um pouco diferente das anteriores, utilizando um
pergolado entre a sala e o banheiro da suíte, proporcionando uma maior entrada de iluminação
enquanto funciona como divisória da área social, mais iluminada, da área íntima, mais reservada
e fechada. A Figura 25 apresenta a planta baixa da proposta 3.
Figura 25: Planta baixa da proposta 3
A proposta 3 apresenta uma posição inversa dos quartos, aproxima o banheiro da suíte
das áreas molhadas em relação à primeira proposta e aproveita melhor a área interna dos
ambientes.
Essa proposta não possui garagem, mas em detrimento dela, que não foi exigida, as
áreas internas de todos os cômodos pôde ser aumentadas.
Vantagens:
Todos os cômodos espaçosos
Quartos atendem todas as necessidades dos moradores
As aberturas e profundidades proporcionam ótima iluminação
Áreas molhadas próximas
Possui jardim
Desvantagens:
Não possui garagem
Após um estudo das três alternativas geradas e suas vantagens e desvantagens, foi
concluído que a proposta 3 (Figura 25) é a que melhor atende às necessidades dos usuários, as
quais foram coletadas no programa de necessidades.
A proposta desenvolvida foi pensada para atender uma família composta de três
pessoas, buscando integralizar as necessidades funcionais, estéticas e de iluminação natural
caracterizando como uma edificação clara com incidência de muita luz natural. A Implantação
da edificação no terreno primou pela sequência dos setores destinados as áreas sociais, de
serviço e intima, de forma que o funcionamento de cada ambiente não interferisse na utilização
do outro.
5.5.2.1. Esquadrias
Todas as portas usadas serão portas pivotantes de madeira, para atender as necessidades
dos moradores com medidas entre 60 cm e 70 cm de largura, devido a não prejudicar a área de
utilização dos ambientes, haja vista a necessidade da residência não ultrapassar mais de 80 m².O
vidro na sala que divide a sala de estar do jardim é vidro laminado, garantindo mais segurança.
Todas as janelas serão de madeira com vidro, sendo vidro laminado de controle solar,
melhorando o conforto térmico para compensar o tamanho da área das esquadrias. Na janela da
sala, além disso, optou-se pelo uso de vidro refletivo, diminuindo a intensidade do brilho ao
redor da televisão. Já nas janelas dos quartos será usada veneziana exterior de iluminação
natural.
5.5.2.2 Cobertura
O tipo de coberta será platibanda, apresentando uma estética moderna e que combina
com a aparência do condomínio. As telhas serão de fibrocimento, tendo cerca de 8mm de
espessura e com inclinação de 10% levando até uma calha de laje impermeabilizada no centro
da cobertura. A varanda da casa terá como coberta uma marquise também de laje
impermeabilizada que se estende até a lateral, protegendo a frente da casa. A Figura 26
apresenta protótipo da residência em modelagem 3D, para visualização em perspectiva,
mostrando a cobertura de platibanda e marquise.
5.5.2.3.1. Piso
O piso da sala de estar, cozinha, corredor e quartos será revestido por parquet de
madeira lixado e envernizado, já o piso dos banheiros será revestido com porcelanato esmaltado
retificado de 60x60cm. O porcelanato deverá ser assentado com argamassa pronta, contendo
juntas de dilatação de 1mm.
5.5.2.3.2 Paredes
As paredes serão pintadas com tinta acrílica lavável. De cor branca na cozinha, e na
parede sudoeste da sala de estar, a parede do lado sudeste da sala será revestida com madeira.
Nos quartos será usada a cor marfim. As do banheiro serão revestidas com o mesmo
porcelanato utilizado no piso.
Nas paredes externas será usada tinta acrílica fosca com as cores branco e tabaco, com
disposição conforme apresentado em projeto. A Figura 27 mostra as fachadas da casa em
perspectiva, ilustrando sua pintura externa.
5.5.2.3.3 Teto
Todo o forro da casa irá receber pintura em tinta acrílica na cor branca.
5.5.2.3.4. Bancadas
A iluminação natural é dividida entre a zona íntima e zona social. Na zona social, a sala
e a cozinha são bastante iluminadas, com uma iluminação muito direta, são usadas esquadrias
grandes nas paredes desses ambientes. Na sala de estar é usado um pergolado com uma parede
transparente, juntoa uma janela não retangular alta ao redor da televisão que proporcionam uma
entrada de luz muito maior nos ambientes sociais, intensificando a luz natural do local, além
disso, o conceito aberto e pé direito alto de 3,20m colaboram com a estética clara do ambiente.
Enquanto isso a zona íntima da casa pôde ser bem isolada dessa parte mais clara, estando
separada pelos banheiros e pelo próprio pergolado, elas têm suas próprias aberturas,
desconectadas da zona de alta iluminação, com uma luz mais contida e difusa. A Figura 28
apresenta a fachada sudeste da residência, onde é possível visualizar as aberturas da sala de estar
e suíte.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio dos estudos realizados nesse trabalho, foi possível entender melhor como a
iluminação natural pode influenciar diretamente no bem-estar de uma pessoa. A arquitetura
quando utilizada da maneira correta pode servir como ambiente de abrigo e proteção, mas
também de maneira a gerar conforto e saúde para seus usuários.
Conclui-se que este trabalho atendeu aos objetivos específicos e conseguiu atingir as
necessidades funcionais, estéticas e de conforto para todos os usuários, trazendo maior conforto,
bem-estar e qualidade de vida, numa casa aconchegante e bem distribuída em termos de
orientação solar e ventilação.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE 1: Questionário
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QUESTIONÁRIO