ADOLESCENTES

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Adolescência e saúde metal: análise e comparação dos níveis de ansiedade

dos pacientes do HGR e dos alunos da Escola Estadual Gonçalves Dias

Alexssandra de Oliveira Ribeiro

Acadêmica: Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Roraima,


Boa Vista-RR, Brasil

Djennifer Thalita Oliveira da Silva

Acadêmica: Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Roraima,


Boa Vista-RR, Brasil

Eliase Steven Salustiano

Acadêmico: Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Roraima,


Boa Vista-RR, Brasil

RESUMO

Objetivo: analisar os níveis de ansiedade dos adolescentes que buscam


atendimento no HGR e dos alunos da escola estadual Gonçalves Dias, na capital de
Roraima. Ainda, com auxílio de outros artigos científicos, mostrar a problemática em
torno dos transtornos mentais, com foco na ansiedade.

Palavras Chaves: Ansiedade, Adolescentes, Roraima.

ABSTRACT

Objective: Analyze the levels of anxiety among teenagers seeking care at HGR
and students at Gonçalves Dias State School, in the capital of Roraima. Additionally,
with the help of other scientific articles, highlight the issues surrounding mental
disorders, with a focus on anxiety.

Key words: Anxiety, Adolescents, Roraima


1 Introdução

A adolescência é a etapa entre a criança e o adulto. Segundo a OMS


(organização Mundial da Saúde) adolescente é o indivíduo entre 10 e 19 anos, já a
lei do estatuto da criança descreve o seguinte:

‘’Art. 2.º Considera-se criança, para efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este
Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade (Estatuto da Criança e
do Adolescente – Lei n.º 8.069, de 13/7/1990)’’.

Adolescentes de todo país, Brasil, vêm sofrendo com problemas psicológicos,


isso se dá, em grande parte, com a evolução da internet, ou seja, com o surgimento
da globalização. De acordo com uma pesquisa divulgada em 2017 pela OMS,
segundo o portal CNN, o Brasil é líder no mundo em relação aos transtornos mentais.
Ademais, pesquisas feitas em outros artigos visaram entender melhor como a
ansiedade afeta os jovens para servir de base para a construção deste. Vale ressaltar,
também que as redes sociais trazem um padrão inalcançável para tais adolescentes
e isso acaba afetando ainda mais a perspectiva sobre si mesmo e possibilitando o
desenvolvimento da ansiedade e depressão.

O processo da adolescência traz consigo mudanças que são essenciais para


a construção do indivíduo que irá se tornar adulto. Augusto Cury, é um psiquiatra
brasileiro que descreve em suas obras o chamado mal do século (ansiedade). Ele
afirma que devido aos avanços científicos e tecnológicos os jovens deveriam ter uma
geração próspera emocionalmente, mas não é o que acontece. Ele diz que é a
geração com mais problemas mentais, tais como: depressão e ansiedade. Além disso
ele afirma “Pensar é bom. Pensar com consciência crítica é ótimo. Mas pensar
demais, sem gerenciamento, é uma bomba contra a saúde emocional.” A partir disso
é válido ressaltar que sem gerenciamento das emoções o indivíduo acaba
desenvolvendo tais transtornos mentais.
2 Metodologia

Trata-se de uma pesquisa feita em campo, feito com indivíduos hospitalizados


do HGR (Hospital Geral de Roraima) para compreender sua trajetória e tentar
entender o motivo do desenvolvimento do transtorno de ansiedade que foi
desenvolvido no paciente. Desse modo, observar, e maneira respeitosa e sem revelar
a identidade dos indivíduos com o objetivo de não causar constrangimento nos
mesmos e fazer perguntas que possa servir como base de pesquisa para expor em
sala de aula.

Antes da descrição do presente artigo, foi feita uma pesquisa em outros artigos
e exposta uma discussão em sala de aula para ouvir os demais colegas, e assim
tentar, em cima dos artigos discutidos, desenvolver ideias de pesquisa. Para assim
construir, em base científica, o presente artigo e ter uma abrangência do que os
demais colegas entendem a partir da discussão.

3 Resultados e discussão

O trabalho contou com a participação de 13 pessoas, sendo dessas pessoas


5 do sexo feminino e 8 do sexo masculino. Todos de 15 a 17 anos. As perguntas
tiveram caráter objetivo e subjetivo pra que elas pudessem responder da melhor
maneira possível. Nesse aspecto, em referência à saúde desse grupo social foi
constatado que apenas um desses participantes não tinha cartão do SUS, o que pode
demonstrar que dentro do campo de pesquisa isso é bom pois, os participantes têm
acesso a saúde.

Umas das perguntas feitas foi o que era doença e o que era saúde para este
indivíduo e não foi observado que a maioria não teve dificuldade nas respostas, foi
avaliado que essa maneira de deixar a resposta subjetiva dá para o indivíduo
autonomia de ter sua própria perspectiva sobre o assunto e que as respostas foram
muito criativas.
Umas das respostas de um dos adolescentes, do sexo feminino, sobre saúde
foi: ‘’Ter disposição do que deseja para estar bem mental e fisicamente’’. Outras
respostas foram: ‘’qualidade de vida boa’’, ‘’fazer um esporte, ter a imunidade alta e
saúde psicológica’’. Sobre doença, uma das resposta do sexo mascuino foi: ‘’ficar
mal’’. Outras respostas foram: ‘’ter uma coisa maligna no corpo’’, ‘’ alguma
enfermidade’’.

Perguntas relacionadas aos familiares

Umas das principais perguntas era se o indivíduo sofria com maus tratos na
infância, e 100% dos candidatos não sofreram com nada do tipo, tanto as meninas
quanto os meninos. É possível observar que 10 dos participantes tem uma boa
relação com familiares e possuem relação razoável. Ainda, os indivíduos, em sua
maioria, têm convivência com bebidas alcoólicas cerca de 80% das meninas e 75%
dos meninos têm essa convivência. Muitos deles se demonstravam ansiosos durante
essas perguntas tão pessoais.

Perguntas sobre suas perspectivas da sua própria aparência

Em relação à aparência física dos meninos foi perguntado de uma escala de 0


a 10 e nenhum deles deu uma nota inferior a 5, foram notas de 5 a 10 e sua maioria
queria mudar algo como cabelo, nariz, orelha que eram coisas que não lhe fazia bem.
Além disso, dois deles sofreram bullying.

Em relação à aparência física das meninas, na escala de 0 a10 suas respostas


foram de 6 a 9 e sua maioria também queria mudar algo como corpo, nariz, barriga e
seios. A partir disso,80% delas sofreram bullying.

O Bullying é um dos maiores problemas que deixam sequelas nos jovens e que
perpetua ao longo de toda sua vida adulta, trazendo problemas o que é algo que se
deve ficar atento pois, não é algo que deveria acontecer e percebe-se que ainda há
essas situações acontecendo no Brasil. É afirmado, segundo o site uol, que cerca de
38% das escolas brasileiras relatam problemas com bullying.

Considerações finais

A maioria dos adolescentes do sexo masculino tiveram mais dificuldade de


contar o que sentem. A maioria das meninas tiveram mais facilidade de se expressar
e se comunicar, foram mais abertas e sinceras. Adolescentes que buscam
atendimento no HGR têm maior nível de ansiedade, alguns chegaram tentar o
suicídio. Então a atenção básica é essencial para fazer uma ação com esses jovens
e auxiliar no entendimento desses problemas.
Referências

ANA PAULA BIMBATI. 38% das escolas brasileiras relatam problemas com
bullying. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
noticias/2023/07/20/escolas-problemas-bullying.htm>. Acesso em: 05 de outubro
de 2023.

BARROS, Raquel Porto et al. Necessidades em Saúde dos adolescentes na


perspectiva dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 26, p. 425-434, 2021.

Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em:


<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 05 de
outubro de 2023.

NOGUEIRA, Marina Águila; DE ALBUQUERQUE, Paloma Pegolo. Adolescência e


saúde mental: Repercussões dos padrões culturais de beleza. Psicologia Revista,
v. 30, n. 1, p. 76-101, 2021.

ROCHA, L. Mais de 26% dos brasileiros têm diagnóstico de ansiedade, diz estudo.
Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mais-de-26-dos-brasileiros-
tem-diagnostico-de-ansiedade-diz-estudo/>. Acesso em: 05 de outubro de 2023.

ROSSI, Lívia Martins et al. Crise e saúde mental na adolescência: a história sob a
ótica de quem vive. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, p. e00125018, 2019.
ANEXO I

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