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ARTE E MULTIMÉDIA

Daniela Côrtes Maduro


Ano letivo 2022–2023, 1º semestre
Faculdade de Letras
Universidade de Coimbra
Universidade de Coimbra
Daniela Côrtes Maduro Ano letivo 2022 – 2023

APRESENTAÇÃO

Daniela Côrtes Maduro


Email: cortesmaduro@fl.uc.pt

Horário de atendimento: terça feira, 14h-16h (marcação por e-mail)


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O FUNCIONAMENTO DO CURSO

1. Folha de presenças;
2. Horário e intervalos;
3. Aulas presenciais;
4. Bibliografia (apresentada pela docente);
5. Três momentos de revisão no final de cada módulo;
6. Três momentos de acompanhamento dos trabalhos individuais;
7. Três debates sobre o blog;
8. Um a três dias para apresentações orais;
9. Material de trabalho.
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AVALIAÇÃO
DUAS OPÇÕES:

→ Avaliação contínua (ver guião na pasta “Materiais” do UC Student)


• mínimo de 75% de presenças nas aulas lecionadas;

a) escrita para o blogue = 20%

b) trabalho individual = 35%

c) apresentação oral sobre o trabalho individual = 15%

d) teste = 30%

→ Avaliação final
• Implica a realização de um exame escrito (100%).
SITES PARA CONSULTA DE OBRAS

• https://digartdigmedia.wordpress.com/arte-digital/
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MÓDULOS

1. O conceito de media/ média.


2. Experimentar com o medium/ meio.
3. A mediação digital.
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WALTER BENJAMIN

“A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica” (1936),


Walter Benjamin (texto disponível na pasta “Materiais” do UC
Student)
Texto podcast: https://www.esquerda.net/artigo/dez-teses-sobre-contribuicao-de-
walter-benjamin-para-teoria-critica/70607
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WALTER BENJAMIN
A O B R A D E A RTE
N A E R A DA S UA R E PRO DU TIB ILIDADE TÉC N I CA ( 1 9 3 6)

“Por princípio, sempre foi possível reproduzir a obra de arte. Sempre os


homens puderam copiar o que outros tinham feito” (208).

O QUE MUDA COM A REPRODUTIBLIDADE TÉCNICA?


WALTER BENJAMIN
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N A E R A DA S UA R E PRO DU TIB ILIDADE TÉC N I CA ( 1 9 3 6)
• Desaparecimento da aura da obra de arte. Ligada à autenticidade, contemplação
distante, tradição e ritual.
Arte – “Mas no momento em que o critério de autenticidade deixa de ser aplicável à produção
da arte, então também toda a função social da arte se transforma. A sua fundamentação
ritualística será substituída por uma fundamentação numa outra prática: a política.” “Todos os
esforços de esteticização da política culminam num ponto. Este ponto é a guerra”
Cinema – “O cinema responde a minimização da aura com uma construção artificial da
personality fora do estúdio. O culto das estrelas de cinema, fomentado pelo capital
cinematográfico, mantém aquele feitiço da personalidade que desde há muito se reduz apenas ao
feitiço podre do seu carácter mercantil.”

Vitral Mosteiro da Batalha (1514)

Culto religioso → Culto da estrela de cinema + culto do Führer


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WALTER BENJAMIN
A O B R A D E A RTE
N A E R A DA S UA R E PRO DU TIB ILIDADE TÉC N I CA ( 1 9 3 6)

• Dadaísmo
- “sacrifica os valores do mercado, tão próprios do cinema”;
- “impossibilidade de serem utilizadas como objeto de
meditação contemplativa”;
- “Para conseguir esta impossibilidade não recuaram sequer
perante a degradação sistemática do seu material. Os seus
poemas são uma «salada de palavras», contêm expressões
obscenas e tudo o que se possa imaginar de detritos de Kleine DADA soirée (1923),
linguagem. O mesmo acontece com os seus quadros, em Kurt Schwitters
que colavam botões ou bilhetes de elétrico. O que Theo van Doesburg
conseguem com tais meios é a aniquilação impiedosa da The Art Critic 1919–20,
aura das suas criações” (235) Raoul Hausmann
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WALTER BENJAMIN
A O B R A D E A RTE
N A E R A DA S UA R E PRO DU TIB ILIDADE TÉC N I CA ( 1 9 3 6)

Mais próximo do leitor/ espetador = maior participação


• “Ao longo de vários séculos, a situação da literatura era tal que um
número reduzido de pessoas que escreviam era lido por muitos milhares
de leitores. Em fins do século passado algo se transformou. Com a
crescente expansão da imprensa, [os leitores] (…) passaram a pertencer
ao grupo dos que escreviam. Tudo começou quando a imprensa diária lhes
abriu o seu «Correio dos Leitores», e hoje em dia praticamente não há
nenhum europeu (…) que, em princípio, não tenha a possibilidade de
publicar em qualquer lado uma experiência de trabalho, uma queixa, uma
reportagem ou coisas do género. É assim que a diferença entre autor e
público está prestes a perder as suas características essenciais. (…) O
leitor está a todo o momento preparado para se tornar um escritor (…)
ele ganha acesso à qualidade de autor” (226-227).
• “Qualquer pessoa pode hoje reclamar-se o direito a ser filmado” (226).
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Porém, o filme pode:


• “promover a crítica revolucionária de conceções tradicionais de arte”
[“criatividade e genialidade”];
• “Não negamos que o cinema contemporâneo, em certos casos, pode
incentivar para além disto a crítica revolucionária das relações sociais, até
mesmo das relações de propriedade” (225-226).

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