GRACIELA

You might also like

Download as docx, pdf, or txt
Download as docx, pdf, or txt
You are on page 1of 10

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE LICHINGA

TRABALHO DA DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

CURSO: TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL


TURMA: IX
III – SEMESTRE

Tema:
SORODISCORDÂNCIA OU SORODISCORDANTE

Formanda:
Graciela Inês Tomás
N° 12

Lichinga, aos 05 de Abril de 202


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE DE LICHINGA
TRABALHO DA DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

CURSO: TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL


TURMA: IX
III – SEMESTRE

Tema:
SORODISCORDÂNCIA OU SORODISCORDANTE

Colega:
Moisés Alone
Formanda:
Graciela Inês Tomás N°12

Lichinga, aos 05 de Abril de 2023


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

2. Sorodiscordância ou sorodiscordante........................................................................................4

2.1. Casais sorodiscordantes: o que são?..................................................................................4

2.2. Pessoa com carga viral indetectável não transmite o HIV.................................................4

2.3. Como saber se a pessoa não vai transmitir o HIV pelo ato sexual?..................................5

2.4. Para ter mais segurança e uma vida saudável, cada pessoa do casal deve ter alguns
cuidados:.......................................................................................................................................5

2.4.1. Pessoa que vive com HIV...........................................................................................5

2.4.2. Pessoa sem HIV..........................................................................................................6

2.5. Quais são os possíveis tratamentos para casais sorodiscordantes?....................................6

2.6. Existem dois tipos de tratamento para casais sorodiscordantes:........................................6

2.6.1. inseminação artificial..................................................................................................6

2.6.2. Fertilização in vitro.....................................................................................................7

2. Conclusão..................................................................................................................................8

3. Referências bibliográficas.........................................................................................................9
1. Introdução
Os casais sorodiscordantes, ou seja, casais em que um dos parceiros é portador de
HIV, podem ter filhos, embora sejam necessários cuidados especiais. Essa é uma
dúvida comum para a maioria das pessoas, especialmente para os que se encontram
nessa condição. Em alguns casos, inclusive, é possível ter filhos de forma natural,
desde que sejam seguidas à risca as recomendações médicas.

Caso a carga viral seja indetectável na corrente sanguínea e a patologia esteja


controlada, seguindo todo o protocolo medicamentoso, esse casal pode ter relações
sexuais sem proteção, pois o risco de transmissão da doença nessa condição é
praticamente zero.

3
2. Sorodiscordância ou sorodiscordante
2.1. Casais sorodiscordantes: o que são?

Você já deve ter ouvido falar sobre os casais sorodiscordantes ou


sorodiferentes. Saiba os cuidados que esses casais devem ter para uma
vida saudável.

Um casal sorodiscordante, ou sorodiferente, é aquele formado entre


uma pessoa que vive com HIV e outra pessoa que não vive com HIV. Ou
seja, um deles já foi infectado pelo vírus HIV e o outro não.

Os constantes avanços da medicina reprodutiva permitem que inúmeras pessoas realizem o sonho
de ter filhos. A partir do uso dos antirretrovirais e de técnicas como a inseminação artificial ou a
fertilização in vitro (FIV), muitos casos de infertilidade têm sido resolvidos ao longo das últimas
décadas. Entretanto, existem situações especiais que ainda geram muitas dúvidas, medo e
insegurança sobre a sua saúde e do seu bebê durante a gravidez. Entre esses cenários, os casais
sorodiscordantes podem ter receio sobre os planos para aumentar a família.

2.2. Pessoa com carga viral indetectável não transmite o HIV

Quando o tratamento para HIV funciona bem, a


quantidade de vírus no sangue da pessoa fica tão
baixa que dizemos que sua carga viral é
indetectável. Quando a carga viral é
indetectável, a pessoa que vive com o HIV não
transmite o vírus pelo ato sexual.

Casais sorodiscordantes são aqueles em que um


dos parceiros apresenta uma doença infectocontagiosa que possa ser transmitida sexualmente e o
outro não tem a infecção. Em razão do risco de transmissão da enfermidade por meio de relações
sexuais, é importante que todo casal sorodiscordante não abra mão do uso de preservativos e,
dependendo da doença, é fundamental que o parceiro não infectado atualize algumas vacinas.

4
Nos casos sorodiscordantes, a reprodução por via natural é desaconselhada devido ao risco de
contaminação do parceiro não infectado e também a possibilidade de transmissão da doença para
o bebê. Entre as doenças infectocontagiosas mais comuns, podemos citar aquelas causadas pelos
seguintes vírus:

 HBV: causador da hepatite B;

 HCV: causador da hepatite C;

 HTLV: responsável por uma série de enfermidades que acometem o sistema neurológico;

 HIV: causador da AIDS.

Vale ressaltar que as infecções virais citadas podem ser transmitidas tanto por via sexual quanto
vertical, ou seja, de mãe para filho ainda no útero ou no momento do parto ou durante a
amamentação. Por isso, frente a esse tipo de diagnóstico, é fundamental que o indivíduo faça um
acompanhamento com um infectologista e que, no caso do desejo de ter filhos, recorra a um
tratamento de reprodução assistida.

2.3. Como saber se a pessoa não vai transmitir o HIV pelo ato sexual?
Podemos dizer que uma pessoa não vai transmitir o HIV pelo contato sexual se ela:

 Apresenta carga viral indetectável durante os últimos seis meses;


 Está sendo acompanhada pelo médico e segue o tratamento para HIV corretamente, ao pé
da letra;
 Não tem nenhuma outra infecção sexualmente transmissível.

2.4. Para ter mais segurança e uma vida saudável, cada pessoa do casal deve ter alguns
cuidados:
2.4.1. Pessoa que vive com HIV
 Sempre tomar todos os medicamentos antirretrovirais (para HIV) no horário certo e no dia
certo;
 Fazer exames regularmente;
 Manter as consultas frequentes com os profissionais de saúde;
5
 Evitar ter relação sexual se tiver alguma infecção, como, por exemplo, uma gripe.

2.4.2. Pessoa sem HIV


 Ao procurar um profissional de saúde, avaliar a possibilidade de tomar os medicamentos
da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP);
 Testar-se regularmente para o HIV.

2.5. Quais são os possíveis tratamentos para casais sorodiscordantes?


Antes do início de um tratamento para casais sorodiscordantes, é fundamental que o parceiro
infectado faça um acompanhamento minucioso com um médico infectologista. Serão realizados a
dosagem de células de defesa e a medição da carga viral sanguínea, além da carga do vírus no
sêmen, no caso de o homem ser o parceiro infectado.

Antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução assistida, o casal sorodiscordante deve ser
submetido a investigação de possíveis fatores que possam interferir na fertilidade masculina e
feminina. Esta investigação não é diferente dos casais sem infecção e inclui a dosagem de
hormônios, ultrassonografia, avaliação das trompas e espermograma. Outros exames podem ser
necessários, a depender da particularidade de cada cenário.

No caso dos homens infectados, o ideal é que a carga viral plasmática seja a mais baixa possível
ou mesmo indetectável, a fim de minimizar a possibilidade de haver vírus no sêmen. Entretanto, é
fundamental a realização da lavagem seminal e do PCR antes de utilizar a amostra seminal.

2.6. Existem dois tipos de tratamento para casais sorodiscordantes:


2.6.1. inseminação artificial
consiste na colocação de espermatozoides móveis na cavidade do útero durante a ovulação, após
a realização do PCR na amostra seminal. Nesse procedimento, não há necessidade de retirada ou
manipulação dos óvulos e a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide para formação do
embrião) ocorre dentro do organismo da mulher (tuba uterina).

A inseminação pode ser realizada com ciclo natural (espontâneo) ou por meio da estimulação
hormonal da ovulação. Para essa técnica, é importante a avaliação do potencial reprodutivo
feminino (reserva ovariana), o estudo da permeabilidade das trompas e o espermograma deve
apresentar uma concentração mínima de 5 milhões de espermatozoides móveis;

6
2.6.2. Fertilização in vitro
É um procedimento de reprodução humana em que o embrião é formado no laboratório a partir
da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Após a fertilização, esse embrião é transferido para
a cavidade uterina da mulher, onde se implantará para dar sequência à gravidez.

A escolha pela técnica mais adequada deve considerar qual parceiro apresenta a infecção. Além
disso, a idade da mulher, o resultado do espermograma, a permeabilidade das trompas, as taxas
de sucesso do procedimento, o estado emocional e as condições financeiras devem ser avaliados
para verificar qual a técnica mais adequada em cada caso.

Quando a pessoa infectada é a mulher, existe uma preocupação adicional, porque pode ocorrer a
transmissão vertical (da mamãe para o bebê). Nesse contexto, deve-se analisar a situação clínica
da mulher. Em casos em que a carga viral está suficientemente baixa, é possível evitar a
contaminação vertical por meio do uso de medicamentos e, também, no caso da hepatite B, do
uso das vacinas. Assim, a gravidez pode ocorrer de maneira segura e confortável. Além disso, o
parto vaginal pode ser contraindicado em algumas mulheres infectadas pelo HIV, bem como a
amamentação com o objetivo de reduzir a contaminação do bebê.

O tratamento dos casais sorodiscordantes não podem ser realizados em qualquer serviço. No caso
da FIV, é obrigatório ter um laboratório preparado, que possa oferecer o PCR e que apresente
local adequado para armazenamento de material biológico excedente (espermatozoides, óvulos
e/ou embriões) a fim de evitar a contaminação de outras amostras e mesmo evitar a contaminação
por outras infecções.

7
2. Conclusão
Conclui-se que Casais sorodiscordantes são aqueles em que um dos parceiros apresenta uma
doença infectocontagiosa que possa ser transmitida sexualmente e o outro não tem a infecção. Em
razão do risco de transmissão da enfermidade por meio de relações sexuais, é importante que
todo casal sorodiscordante não abra mão do uso de preservativos e, dependendo da doença, é
fundamental que o parceiro não infectado atualize algumas vacinas. Quando o tratamento para
HIV funciona bem, a quantidade de vírus no sangue da pessoa fica tão baixa que dizemos que sua
carga viral é indetectável. Quando a carga viral é indetectável, a pessoa que vive com o HIV não
transmite o vírus pelo ato sexual

8
3. Referências bibliográficas
SOUZA, Cláudio. Os casais sorodiscordantes: o amor vence todas as barreiras? Blog
Soropositivo. Org, São Paulo, 06 abr. 2019. Disponível em:
https://soropositivo.org/2019/03/09/os-casais-sorodiscordantes/. Acesso em: 28 de agosto
de 2020.

CDC - Centers for Disease Control and Prevention. What to know about HIV and COVID-19. 28
July 2020. Disponível em: https://cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/need-extra-
precautions/hiv.html. Acesso em: 28 de agosto de 2020.

VERNAZZA, P., HIRSCHEL, B., BERNASCONI, E., FLEPP, M. Les personnes séropositives
sans autre MST et suivant un traitement antirétroviral efficace ne transmettent pas le VIH
par voie sexuelle. Bulletin des Médecins Suisses, v. 89, n. 5, 2008. Disponível em:
https://www.unige.ch/sciences-societe/socio/files/4814/0533/6055/Vernazza_2008.pdf.
Acesso em: 28 de agosto de 2020.

You might also like