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Trabalho de Macroeconomia PDF
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SOBRAL
2023.2
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4
2.1 APRESENTAÇÃO DO ARTIGO E CONTEXTUALIZAÇÃO..............................4
2.2 IDEIAS EXPRESSAS DO AUTOR....................................................................5
2.3 ANÁLISE CRÍTICA E OUTRAS PERSPECTIVAS............................................7
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................10
REFERÊNCIAS:......................................................................................................... 12
3
1 INTRODUÇÃO
A pesca artesanal ao longo do extenso litoral brasileiro é uma atividade de
grande importância econômica e social, sustentando comunidades costeiras e
contribuindo significativamente para o abastecimento nacional de pescado. Apesar
de seu papel fundamental, a pesca artesanal raramente recebe o devido
reconhecimento das instituições de fomento nacionais. A falta de informações
estatísticas confiáveis sobre as condições socioeconômicas e a dinâmica dessa
atividade torna ainda mais desafiadora a formulação de políticas eficazes para o
setor e a gestão dos recursos pesqueiros.
No Brasil, em 2010, mais de 99% dos pescadores profissionais registrados
eram pescadores artesanais, caracterizados por baixa escolaridade, renda modesta
e altos níveis de informalidade. Eles enfrentam dificuldades significativas no acesso
a serviços essenciais, além de lidar com relações ambíguas de trabalho, muitas
vezes sujeitas a compadrio e exploração. A perda de autonomia na condição de
assalariado e a desterritorialização cultural são desafios adicionais enfrentados por
essas comunidades.
Este trabalho concentra-se na análise de um artigo que aborda um incidente
crítico que afetou a pesca artesanal, especificamente o derramamento de óleo que
ocorreu no Rio Grande do Norte (RN) em 2019 e se estendeu por outros estados do
Nordeste e dois estados do sudeste. Há uma crítica quanto a inação das autoridades
diante desse desastre, atribuindo-a a dois fatores principais. Primeiro, o desmonte
das políticas públicas entre 2016 e 2019, que resultou na descontinuidade e
enfraquecimento de esforços anteriores de desenvolvimento territorial e inclusão
social. Em segundo lugar, a hostilidade entre o governo federal e os governadores
dos estados do Nordeste, que criou um ambiente de desconfiança e ineficiência na
resposta à crise.
Essa hostilidade transformou o Nordeste em uma "zona de sacrifício", onde
os impactos do derramamento de óleo se somaram às desigualdades históricas e à
exclusão social. A análise se estenderá às políticas públicas, às instituições
envolvidas e à resposta da sociedade civil, particularmente dos pescadores e
organizações que defendem as comunidades tradicionais.
Dessa forma, este estudo tem como objetivo geral analisar como se
apresentou para os autores o cenário de fragilização do território litorâneo brasileiro
afetado pelo derramamento de óleo, relacionando-a ao desmonte das políticas
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públicas e à resposta tardia das instituições responsáveis por lidar com essa
catástrofe socioambiental.
Este trabalho está estruturado da seguinte forma: será apresentado o artigo
em análise e seus respectivos autores, além de uma abordagem teórica e histórica
da temática abordada. Em seguida, as ideias do artigo serão apresentadas e vistas
sob outros aspectos. posteriormente haverá uma análise crítica sobre os pontos de
vista colocados na pauta. E, por fim, a conclusão, trazendo um panorama geral e as
considerações finais do trabalho.
2 DESENVOLVIMENTO
Nestas seções apresentam-se o artigo o qual o presente trabalho se dedicou
a analisar, uma breve contextualização teórica e histórica do tema, além de
demonstrar as ideias expressas pelos autores de tal trabalho, abordando os demais
aspectos sobre a temática. Esta seção encerra com uma abordagem crítica dos
assuntos apresentados, através de outras perspectivas.
antes das manchas de óleo atingirem a região Sudeste, vale ressaltar que o Plano
só foi ativado por meio de ação judicial. A falta de preparação eficaz revela uma
visão de curto prazo e confirma, mais uma vez, a falta de priorização da proteção
ambiental.
O ex-presidente ainda adotou uma postura lamentável diante do assunto. Em
uma de suas declarações feitas sobre o desastre, ele afirmou que o derramamento
de óleo não era responsabilidade do Brasil, ou seja, sua única preocupação era
encontrar um culpado, alguém que ele pudesse responsabilizar. Essa postura não
vinha apenas de Bolsonaro, mas essas manifestações que buscavam apenas
encontrar um culpado também partiram do ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, que chegou a acusar o Greenpeace, uma Organização Não Governamental
(ONG), de ser responsável pelo vazamento de petróleo. Essas manifestações
demonstram, mais uma vez, a total negligência tanto de Bolsonaro quando de seu
Ministro, pois em vez de agirem de forma responsável e dedicada a encontrar
soluções, optaram por buscar culpados, revelando um sério déficit no
comprometimento com a preservação e com a população que estava sendo afetada
pelo problema.
Partindo do pressuposto dos autores, aborda-se o fato de a revogação do
Comitê Executivo da PNC ter favorecido para a ação tardia do governo, tendo em
vista que o objetivo do PNC, que foi criado pelo governo Dilma Rousseff (PT) em
2013, é preparar o país para casos como esse. O comitê Executivo, que foi excluído
através de decreto por Bolsonaro, previa elaboração de simulados e treinamento de
pessoal, além de manter recursos para resposta à emergência. Já o comitê de
Suporte, também excluído por Bolsonaro, tinha a incumbência de indicar recursos
humanos e materiais para ações de resposta a incidentes com óleo. A existência
desses comitês desempenhava um papel crucial na preparação e resposta a
situações de derramamento de óleo, algo que se mostrou necessário, especialmente
após o desastre ambiental de 2019. A exclusão dos mesmos, deixou o país em uma
situação de vulnerabilidade, o que se tornou propício ao levantamento de
questionamentos sobre a capacidade do governo de lidar eficazmente com
desastres ambientais desse tipo.
Com relação ao fato de o governo ter utilizado de favoritismo político por ter
agido somente quando a região Sudeste foi atingida, é algo questionável, uma vez
que o Nordeste é uma região que historicamente é excluída de políticas de
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3 CONCLUSÃO
Pode-se considerar que, de acordo com o que foi analisado, o litoral afetado
pelo desastre do derramamento de óleo em 2019, trouxe para o debate a
classificação das regiões do nordeste, as principais atingidas, como zonas de
sacrifício. O termo já havia sido usado anteriormente em pautas ligadas às
necessidades de políticas ambientais e sociais nos EUA, com relação às áreas
afetadas pela poluição.
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REFERÊNCIAS:
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