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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM DIREITO
PERIODO LABORAL
Ano: 4
Semestre: 1
Cadeira: Direito Processual Civil Declarativo

Nome do discente:
 Kelly Sangula
 Mariana Armando
 Neto Vicente Vulete

Nome do docente:
Dr, José Moiane

Chimoio aos 17 de maio de 23


Índice
1.Introdução
2.Prova pericial
3.Noção
4.formas
5.Produção da prova
6.Formalidades preparatórias destas diligências
7.Motivos de exclusão dos peritos nomeados
8.Formalidade do próprio exame ou vistoria
9.Comparecimento dos peritos na audiência de discussão e julgamento
10.Exames por estabelecimentos científicos oficiais
11.Especialidades dos exames para reconhecimento de letra
12.Avaliação
13.Segundo arbitramento
14.Conceito e finalidade
15.Distinção em confronto com o novo arbitramento
16.Quando tem lugar o segundo arbitramento
17.Formalismo
18.Prazo
19.Força probatória
20.Conclusão
21.Referencias bibliográficas
1.Introdução
Nesse presente trabalho da cadeira de direito processual civil declarativo iremos abordar
sobre a prova pericial no âmbito do processo civil a prova pericial é um tipo de prova do
processo civil está previsto no código do processo civil e iremos abordar sobre questões
relacionados a prova pericial e nesse presente usaremos como legislação principal o código
do processo civil.

Objectivos do trabalho

Objectivo geral

 Abordar sobre a prova pericial;

Objectivos específicos

 Dar noção de prova pericial;


 Abordar sobre as formas de periciais;
 Explicar sobre os meios de produção de provas;
2.Prova pericial

3.Noção
É a prova destinada a percepção ou apreciação de factos por meios de peritos ,quando sejam
necessários conhecimentos especiais que os julgadores não possuem ou quando os factos
relativos a pessoas não devam ser objecto de inspecção judicial.(Andrade,1993,p.262)

Traduz-se na percepção por meio de pessoa sidóneas para tal efeito designadas de qualquer
factos presentes, quando não possa ser directa e exclusivamente realizada pelo juiz por
necessitar de conhecimento científicos ou técnicos especiais ou por motivos de decoro ou de
respeito pela sensibilidade das pessoa sem quem se verificam tais factos ;ou na apreciação de
quaisquer factos caso dependa de conhecimento daquela ordem, isto é,de regras de
experiência que não fazem parte da cultura geral ou experiência comum que pode e deve
presumir-se se no juiz,como na generalidade das pessoas instruídas experimentadas.
(Andrade,1993,p.262)

4.formas
De acordo com Andrade (1993) as formas de perícias são as seguintes:

a) exame é o arbitramento não destinado a simples determinação de um valor quando incidam


coisas móveis,em documentos ou ainda em pessoas,para verificação da gravidez e para
verificar a anomalia psíquica ou a surdez-mudez .

b) Vistoria é a mesma coisa que o exame com a diferença de que só pode respeitar a imóveis.

c) Avaliação é o arbitramento destinado a simples determinação do valor de quaisquer bens


ou direitos.

está prova é livremente apreciada pelo juiz.Tal o sentido da máxima respeitada pelo comum
das legislações segundo a qual o juiz é o perito dos peritos. Assim quanto a própria
avaliação,a não ser nalguns processos como o de inventário .O tribunal tem,no entanto de
fundamentar a sua conclusão sempre que se afaste do resultado a que chegar em os louvados.
(Andrade,1993).
5.Produção da prova
Andrade (1993) Quando se realizam estas diligências no período da instrução ou
antecipadamente. no tribunal. , nos termos do artigo 520. Onde se realizam. No local da
situação das coisas ou no tribunal; no juízo da causa ou, menos vulgarmente

6.Formalidades preparatórias destas diligências


de acordo com Andrade (1993):

a) lFormulação de quesitos pelo requerido. Tem de apresentá-los (não sendo indeferida a


diligência por mal requerida ou por extemporânea, impertinente ou dilatória) dentro
de cinco dias após a notificação ordenada para esse efeito. Cada uma das partes pode
formular quesitos não só sobre os factos por ela articulados, mas também sobre os
articulados pelo adversário.
b) Apreciação da admissibilidade dos quesitos das peritos. O tribunal deve declarar
como não escritos os quesitos relativos a factos não constantes do questionário ou, por
sua natureza, insusceptíveis de peritagem.
c) Formulação de quesitos pelo tribunal. Pode realizar-se até ao acto da inspecção.
d) Designação do dia e hora para a nomeação de peritos. Cabe ao tribunal, que a deve
efectuar só após a apreciação da admissibilidade dos quesitos das partes (art. 575.°) É
a chamada louvação.
e) Nomeação de peritos. Compete, em princípio, às partes, que podem nomear um ou
três peritos (art. 577°). Só na falta de acordo delas intervém o juiz, e apenas para
nomear um terceiro perito que acresce ao nomeado por cada uma das partes (art.
578.°, n.° 1). A nomeação só se efectua após a apresentação dos quesitos das partes ao
invés do que ocorria no direito anterior), por só assim ser possível ajustá-la à natureza
dos factos que hão de ser percecionados ou apreciados

7.Motivos de exclusão dos peritos nomeados


De acordo com Andrade (1993):

1) Impedimentos. São proibições absolutas. Como tais podem ser arguidas pela parte
contrária, pelo nomeado e pelo próprio tribunal; e podem sê-lo até ao dia da diligência
(arts. 580° e 581.) Fundam-se em razões de prestigio, de serviço, de disciplina, de
incompetência (falta de conhecimentos técnicos especiais que sejam necessários), de
incapacidade ou de parcialidade.
2) Escusas. Constam do artigo 582.° São dispensas concedidas a certas pessoas, por
motivos de serviço ou de idade, e que só aos respectivos beneficiários é lícito invocar,
podendo fazê-lo eficazmente dentro de 24 horas após o conhecimento (oficial) da
nomeação (art. 583.°, n.º 1).
3) Recusa. Constam do artigo 584.° São motivos de suspeição, atinentes à idoneidade
moral do perito, que só podem ser invocados nos três dias subsequentes à nomeação
pela parte contrária, ou por ambas quando a nomeação tenha sido feita pelo juiz (art.
585.°, n.°° 1 e 2) .

Andrade (1993) A recusa pode ser oposta por qualquer das partes tratando-se de perito
nomeado pelo tribunal e pode ser oposta pela parte contraria, quando se trate de perito
escolhido por uma delas ( artigo 585 n.º1 CPC) a oposição pode ter lugar ate três dias apos a
nomeação (artigo 285 n.º2 do CPC).

8.Formalidade do próprio exame ou vistoria


De acordo com a Andrade (1993):
a) A diligência pericial consiste na inspecção ou averiguação necessária para os peritos
responderem aos quesitos que lhes foram entregues (artigo 593). O juíz assiste ao começo ou
instalação da diligência, mas só no sentido já declarado. Aos actos posteriores so assiste se o
julgar necessário. Fora disso, em tais actos, que constituem a diligência propriamente dita
( inspecção, peritagem) apenas intervém os peritos e ainda as partes, se quiserem.
b) indicação dos dias em que prosseguirá e do prazo dentro do qual deve estar
concluída.artigo 594.
c) resposta do peritos . As respostas são em princípio dadas verbalmente embora fiquem
consignadas no auto respectivo ( artigo 595, n.-1). Não há perito de desempate podendo o
terceiro perito emitir livremente o seu laudo (artigo 595, n.2)
d) Leitura das respostas e reclamações. As respostas ( dadas sem a presença das partes) são-
lhes lidas depois de escritas, podendo ser reclamadas por deficiência, obscuridade ou
contradição ( artigo 596,n.1) . Atendidas as reclamações devem os peritos completar,
esclarecer ou harmonizar as suas respostas (artigo 596, n.2).

9.Comparecimento dos peritos na audiência de discussão e julgamento


Artigo 602 , n1 da CPC. É ordenada a comparência dos peritos para que eles possam
esclarecer as dúvidas suscitadas na mesma audiência pela leitura das respostas ( artigo 652
n.3 c)). (Andrade 1993)

10.Exames por estabelecimentos científicos oficiais


De acordo com Andrade (1993) É o caso dos exames médico-forense ou para reconhecimento
de letra, que devem ser feitos nos institutos de medicina legal e no laboratório de polícia
científica e dos exames que exijam conhecimentos particulares de alguma especialidade
clínica ou que demandem investigações aboratoriais que serão feitos no respecto
estabelecimento oficial (artigo 600, n.1 e 2).

11.Especialidades dos exames para reconhecimento de letra


De acordo com Andrade (1993) Constam do artigo 599 fazer-se estes exames pelo confronto
da letra questionada com a letra autêntica, constante de documento ou escrita pela parte a
quem aquela é atribuída.

12.Avaliação
Andrade (1993) Vale aqui como direito subsidiário a regulação processual dos exames e
vistorias.
Andrade (1993) Avaliação é feita pela secretaria nos casos em que a diligência dependa
somente de operações aritméticas; os louvados sempre que ela exija averiguações ou actos de
inspecção ( artigo 604).
Andrade (1993) Avaliação por louvados efectua-se sem a assistência do juiz, em face da
relação de bens numerados e descritos entregues pela secretaria, devendo os peritos justificar
o seu laudo a luz dos critérios legais da avaliação ( artigo 603).

13.Segundo arbitramento

14.Conceito e finalidade
Segundo Andrade (1993) É a repetição do primeiro arbitramento (exame, vistoria ou
avaliação) destinada a corrigir a eventual inexactidao ou deficiência dos seus resultados: uma
espécie de recurso do primeiro arbitramento (artigo 609 e 610).

15.Distinção em confronto com o novo arbitramento


Andrade (1993) Este destina-se a averiguar factos diferentes do que já constituíram objecto
do arbitramento anterior (artigo 609 n.2)

16.Quando tem lugar o segundo arbitramento


Andrade (1993) Quando for requerido por qualquer dos pleiteantes ou ordenado ex-officio
pelo juiz ou pelo tribunal colectivo (artigo 609,n.1). O requerente não tem que apontar razões
justificativas da sua pretensão.

17.Formalismo
Andrade (1993) É o do primeiro arbitramento, salva a intervenção de novos e mais peritos
( artigo 610, a) e b)) todavia os quesitos não tem de ser os mesmos. Não está excluída a
possibilidade de se quesitarem novos factos instrumentais em relação ao facto ou factos
principais a averiguar.

18.Prazo
Andrade (1993) O juíz ou o tribunal podem ordenar a todo o tempo o segundo arbitramento
mas as partes do podem requere-lo dentro de 8 dias a contar da realização do primeiro.
19.Força probatória
Andrade (1993) Os seus resultados são livremente apreciados pelo tribunal como os do
primeiro arbitramento (artigo 611).

20.Conclusão
Abordamos sobre a prova pericial e definimos prova pericial como a prova destinada a
percepção ou apreciação de factos por meios de peritos ,quando sejam necessários
conhecimentos especiais que os julgadores não possuem ou quando os factos relativos a
pessoas não devam ser objecto de inspecção judicial e as formas de periciais são exame,
vistoria e avaliação.
21.Referencias bibliográficas

 Andrade, A. (1993). Nocoes elementares de processo civil. Coimbra: Coimbra Editora


Limitada.

 Código de processo civil;

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