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O Conjunto Dos Números Reais PDF
O Conjunto Dos Números Reais PDF
2021-2022
Ficha de Exercı́cios
1. Determine o conjunto dos números x ∈ R que verificam cada uma das condições:
1
= −∞, − ∪ [1, +∞[
2
1
2. Determine o conjunto dos números reais x ∈ R que verificam cada uma das condições:
|2x + 3|= |x − 1| ⇔ 2x + 3 = x − 1 ∨ 2x + 3 = −x + 1
2
⇔ x = −4 ∨ x = −
3
2
{x ∈ R : |2x + 3|= |x − 1|} = −4, −
3
|x2 − x − 3|= 3 ⇔ x2 − x − 3 = 3 ∨ x2 − x − 3 = −3
⇔ x2 − x − 6 = 0 ∨ x2 − x = 0
√
1 ± 25
⇔x= ∨x=0∨x−1=0
2
⇔ x = 3 ∨ x = −2 ∨ x = 0 ∨ x = 1
p
(c) (x2 − 3)2 = 5
p
(x2 − 3)2 = 5 ⇔ |x2 − 3|= 5
⇔ x2 − 3 = 5 ∨ x2 − 3 = −5
⇔ x2 = 8 ∨ x2 = −2
√
⇔ x = ±2 2 ∨ x ∈ ∅
n p o n √ √ o
x ∈ R : (x2 − 3)2 = 5 = −2 2, 2 2
(d) |x − 2x−1 |= 3 − x
2 2
|x − 2x−1 |= 3 − x ⇔ x − = 3 − x ∨ x − = −3 + x
x x
2x2 − 3x − 2 3x − 2
⇔ =0∨ =0
x x
2
⇔ 2x − 3x − 2 = 0 ∨ 3x − 2 = 0 ∧ x ̸= 0
√
3 ± 25 2
⇔x= ∨ x = ∧ x ̸= 0
4 3
1 2
⇔ x = 2 ∨ x = − ∨ x = ∧ x ̸= 0
2 3
−1 1 2
x ∈ R : |x − 2x |= 3 − x = − , ,2
2 3
2
3
x ∈ R : |2x2 + x − 1|≥ 5 = ]−∞, −2] ∪
, +∞
2
√
(x+3)2
(f ) x2 +1 ≥1
p
(x + 3)2
≥ 1 ⇔ |x + 3|≥ x2 + 1 ∧ x2 + 1 ̸= 0
x2 + 1
⇔ x + 3 ≥ x2 + 1 ∨ x + 3 ≤ −x2 − 1
⇔ x2 − x − 2 ≤ 0 ∨ x2 + x + 4 ≤ 0
⇔ (x − 2)(x + 1) ≤ 0 ∨ x ∈ ∅
x −∞ -1 2 +∞
x−2 - - - 0 +
x+1 - 0 + + +
(x − 2)(x + 1) + 0 - 0 +
( p )
(x + 3)2
x∈R: ≥ 1 = ]−1, 2[
x2 + 1
√ i h √
i h
x ∈ R : |x2 − 4|≤ 2x − 1 = [−1, 3] ∩
−∞, −1 − 6 ∪ −1 + 6, +∞
h √ i
= −1 + 6, 3
(h) |x + 3|> 2x
se x ≤ 23 ∧ x ≥ 6
x≤3
x ≤ −3 se x ≤ 3 ∧ x < 6
⇔ 2
3
x ≥ −3 se x > 2 ∧x≥6
x≥3 se x > 23 ∧ x < 6
3
{x ∈ R : |3 − 2x|−|x − 6|≥ 0} = ∅ ∪ ]−∞, −3] ∪ [6, +∞[ ∪ [3, 6[
= ]−∞, −3] ∪ [3, +∞[
x ∈ R : |x2 − 1|= x2 − 1 = x ∈ R : x2 − 1 ≥ 0
= {x ∈ R : (x − 1)(x + 1) ≥ 0}
x −∞ -1 1 +∞
x−1 - - - 0 +
x+1 - 0 + + +
(x − 1)(x + 1) + 0 - 0 +
(l) |x − 1|= 1 − x
{x ∈ R : |x − 1|= 1 − x} = {x ∈ R : x − 1 ≤ 0}
= {x ∈ R : x ≤ 1}
= ]−∞, 1]
(m) |x − 2|≤ |x + 3|
x−2≤x+3 se x − 2 ≥ 0 ∧ x + 3 ≥ 0
x − 2 ≤ −x − 3 se x − 2 ≥ 0 ∧ x + 3 < 0
|x − 2|≤ |x + 3| ⇔
−x + 2 ≤ x + 3 se x − 2 < 0 ∧ x + 3 ≥ 0
−x + 2 ≤ −x − 3 se x − 2 < 0 ∧ x + 3 < 0
x∈R se x ≥ 2 ∧ x ≥ −3
x ≤ − 1 se x ≥ 2 ∧ x ≥ −3
⇔ 2
x ≥ − 21 se x < 2 ∧ x ≥ −3
x∈∅ se x < 2 ∧ x < −3
1
{x ∈ R : |x − 2|≤ |x + 3|} = [2, +∞[ ∪ ∅ ∪ − , 2 ∪ ∅
2
1
= − , +∞
2
(n) −1 ≤ |x|< 6
−1 ≤ |x|< 6 ⇔ −1 ≤ |x|∧|x|< 6
⇔ x ∈ R ∧ x < 6 ∧ x > −6
{x ∈ R : −1 ≤ |x|< 6} = ]−6, 6[
4
√
(o) 32x−1 = 3
√ 1
32x−1 = 3 ⇔ 32x−1 = 3 2
1
⇔ 2x − 1 =
2
3
⇐x=
4
√ o
n
2x−1 3
x∈R:3 = 3 =
4
(p) log(1 − 3x) = 1
⇔ x2 + 4x − 5 = 0 ∧ x ∈ D
⇔ x = −5 ∨ x = 1 ∧ x ∈ D
⇔ x = −5
(r) log√2 (x + 1) = 8
√ 8
log√2 (x + 1) = 8 ⇔ x + 1 = 2 ∧x+1>0
⇔ x = 24 − 1 ∧ x > −1
⇔ x = 15 ∧ x > −1
x ∈ R : log√2 (x + 1) = 8 = {15}
1
(s) x < elog 2−2 log x
1 1
< elog 2−2 log x ∧ x > 0 ⇔ log < log 2 − 2 log x
x x
⇔ − log x < log 2 − 2 log x
⇔ log x < log 2
⇔x<2∧x>0
1
x∈R: < elog 2−2 log x = ]0, 2[
x
5
2−log x
(t) e 2 >0
D = {x ∈ R : x > 0}
2−log x
Seja y = 2 . Então:
2−log x
e 2 > 0 ⇔ ey > 0
Mas nós temos ey > 0 ∀y ∈ D. Logo:
n 2−log x
o
x ∈ R : e 2 > 0 = D = R+
1 x+1
2
1 x
(w) 2 ≥ 2
x+1 x2
1 1 2
≥ ⇔ 2−x−1 ≥ 2−x
2 2
⇔ −x − 1 ≥ −x2
⇔ x2 − x − 1 ≥ 0
√ ! √ !
1− 5 1+ 5
⇔ x− x− ≥0
2 2
√ √
1+ 5 1− 5
⇔x≥ ∨x≤
2 2
( x+1 x2 ) # √ # " √ "
1 1 1− 5 1+ 5
x∈R: ≥ = −∞, ∪ , +∞
2 2 2 2
1 1
(x) − =2
x 1−x
1 1 1 − x − x − 2(x)(1 − x)
− =2⇔ =0
x 1−x x(1 − x)
2x2 − 4x + 1
⇔ =0
x(1 − x)
⇔ 2x2 − 4x + 1 = 0 ∧ x ̸= 0 ∧ x ̸= 1
√ √
2 2
⇔x=1− ∨x=1+
2 2
6
( √ √ )
1 1 2 2
x∈R: − =2 = 1− ,1 +
x 1−x 2 2
3.
|a| = |a − b + b| ≤ |a − b| + |b|
|b| = |b − a + a| ≤ |b − a| + |a| = |a − b| + |a|
Logo:
|a − b| ≥ |a| − |b| e |a − b| ≥ |b| − |a|
|a| = |b| ⇔ a = b ∨ a = −b
(c) Determine a, b ∈ R : a2 + b2 = 0
a2 + b2 = 0 ⇔ a2 = −b2
Se b ̸= 0, então b2 > 0 e −b2 < 0, logo terı́amos a2 < 0, mas isto contradita a definição que a2 ≥ 0 ∀a ∈ R, logo b = 0 e,
consequentemente, a = 0.
√ a+b
(d) Verifique que ∀a, b ≥ 0 ab ≤ 2
√ a+b
Nota: ab designa-se por média geométrica e 2 por média aritmética.
√ a+b √ a+b
ab ≤ ⇔ 0 ≤ ab ≤
2 2
(a + b)2
⇔ ab ≤
4
⇔ 4ab ≤ a2 + 2ab + b2
⇔ 0 ≤ a2 − 2ab + b2
⇔ 0 ≤ (a − b)2 , verdadeiro ∀a, b ∈ R
(e) Determine qual o retângulo que engloba maior área entre todos os retângulos com perı́metro P > 0.
√ √ P a+b
Sejam a, b os lados do retângulo. Sabemos que A = ab e P = 2a + 2b, logo A = ab e 4 = 2 . Então, por (d),
temos:
√ P
A≤
4
7
√ P
A área será máxima quando A= 4 . Isto acontece quando:
√ a+b (a + b)2
ab = ⇔ ab =
2 4
⇔ 4ab = a2 + 2ab + b2
⇔ a2 − 2ab + b2 = 0
⇔ (a − b)2 = 0
⇔a=b
Conclui-se que a área será máxima quando a = b, isto é, quando o retângulo for um quadrado.
n i π πh o i πh
D= x∈ − , : tan x > 0 = 0,
2 2 2
1 1 √
log3 (tan x) ≤ ⇔ tan x ≤ 3 2 = 3
2
√ n π πo
⇔ sin x ≤ 3 cos x ∧ x ∈ / − ,
√ 2 2
1 3
⇔ sin x − cos x ≤ 0
2 2
π π
⇔ cos − sin(x) + sin − cos(x) ≤ 0
3π 3
⇔ sin x − ≤0
3
π π
sin x − = 0 ⇔ x − = kπ, k ∈ Z
3 3
π
⇔ x = + kπ
3
π
k = 0 =⇒ x =
3
x − π2 π
3
π
2
sin x − π3
n.d. - 0 + n.d.
1 i π πi i πi
x ∈ D : log3 (tan x) ≤ =D∩ − , = 0,
2 2 3 3
p
r+α= ⇔ (r + α)q = p
q
⇔ rq + αq = p
p − rq
⇔α= ∈ Q, mas α ∈
/ Q, logo r + α ∈
/Q
q
Se r = 0, então r + α = α ∈ / Q.
Conclusão: a afirmação é verdadeira.
Sejam r ∈ Q e α ∈ / Q.
1 1
Caso 1: r ̸= 0. Se rα ∈ Q, então r ∈ Q e rα × r ∈ Q =⇒ α ∈ Q, logo rα ∈
/ Q.
8
Caso 2: r = 0. Temos rα = 0 × α = 0 ∈ Q
Conclusão: a afirmação é falsa.
Seja α ∈
/ Q. Se β = −α, o Caso 1 de (b) mostra que β ∈
/ Q. Segue-se que α + β = α − α = 0 ∈ Q
Conclusão: a afirmação é falsa.
α α
Sejam α, β ∈/ Q. Se β = α, então β = α =1∈Q
Conclusão: a afirmação é falsa.
Sejam α ∈/ Q e r ∈ Q. Se αr ∈ Q, então r
α = w ∈ Q =⇒ α = r
w ∈Q
Conclusão: a afirmação é falsa.
m
Se β ∈ R+ , então podemos escrever β = n, com m, n ∈ N e m.d.c(m, n) = 1. Então:
m
2β = 3 ⇔ 2 n = 3
⇔ 2m = 3n
Como m, n ∈ N, temos um número par igual a um número ı́mpar, mas o conjunto dos números pares e ı́mpares é disjunto
em N, logo temos uma contradição que surgiu por supormos que β ∈ Q.
Conclusão: β ∈
/Q
9
(a) {x ∈ R | |x + 2| < 2 ∧ |2x − 1| ≤ 5}
A = {x ∈ R | |x + 2| < 2 ∧ |2x − 1| ≤ 5}
= ]−4, 0[ ∩ [−2, 3]
= [−2, 0[
B = x ∈ R | x2 − 4x < 0 ∧ |x − 1| > 2
= ]0, 4[ ∩ ]−∞, −1[ ∪ ]3, +∞[
= ]3, 4[
Se n = par:
(−1)n 1
an = = < 1 ∀n > 1
n n
Logo a sucessão (an ) é majorada. Também é minorada, pois n1 > 0 ∀n ∈ N.
1 1 −1
an+1 − an = − = < 0 ∀n ≥ 1
n+1 n n(n + 1)
1
Logo (an ) é decrescente e temos an ≤ a2 = 2 ∀n > 1. Temos:
1
0 < an ≤ ∀n ∈ N
2
Se n = ı́mpar:
(−1)n 1
bn = = − ≥ −1 ∀n ≥ 1
n n
Logo a sucessão (bn ) é minorada. Também é majorada pois − n1 < 0 ∀n ∈ N.
1 1 1
bn+1 − bn = − + = > 0 ∀n ≥ 1
n+1 n n(n + 1)
Logo (bn ) é crescente e temos bn ≥ b1 = −1 ∀n ≥ 1. Temos:
−1 ≤ bn < 0 ∀n ∈ N
Seja: (
an se n = par
cn =
bn se n = ı́mpar
Então:
1
−1 ≤ cn ≤ ∀n ∈ N
2
(−1)n
C= |n∈N
n
1
= [−1, 0[ ∪ 0,
2
10
1 1
sup C = 2 inf C = −1 max C = 2 min C = −1
(d) x ∈ R− | x2 > 10
√ √
x2 > 10 ⇔ x < 10 ∧ x > − 10
D = x ∈ R− | x2 < 10
i √ √ h
= ]−∞, 0[ ∩ − 10, 10
i √ h
= − 10, 0
√
sup D = 0 inf D = − 10 max D: não existe min D: não existe
n 2
o
x −4 4
(e) x ∈ R : x2 −9 ≤ 9
x2 − 4 4 x2 − 4 4
2
≤ ⇔ 2 − ≤0
x −9 9 x −9 9
9(x2 − 4) − 4(x2 − 9)
⇔ ≤0
9(x2 − 9)
9x2 − 36 − 4x2 + 36
⇔ ≤0
9(x2 − 9)
5x2
⇔ ≤0
9(x2 − 9)
⇔ 9(x2 − 9) < 0 ∨ 5x2 = 0
⇔ x2 < 9 ∨ x = 0
⇔ −3 < x < 3
x2 − 4
4
E= x∈R: 2 ≤ = {x ∈ R : −3 < x < 3}
x −9 9
= ]−3, 3[
sup E = 3 inf E = −3 max E: não existe min E: não existe
n o
x
(f ) x ∈ ]−1, 1[ : |x|−1 = x2
x x
x ∈ ]−1, 1[ : = ⇔ 2x = x(|x| − 1)
|x| − 1 2
⇔ 2x − x(|x| − 1) = 0
⇔ x(2 − (|x| − 1)) = 0
⇔ x = 0 ∨ 2 − |x| + 1 = 0
⇔ x = 0 ∨ |x| = 3
⇔ x = 0 ∨ x = 3 ∨ x = −3
x x
F = x ∈ ]−1, 1[ : = = {x ∈ ]−1, 1[ : x = −3 ∨ x = 0 ∨ x = 3}
|x| − 1 2
= {0}
sup F = 0 inf F = 0
max F = 0 min F = 0
9. Sejam A = {−3, −2} ∪ (Q ∩ [0, 1]) e B = ]−4, −2] ∪ [0, 1] ∩ (R \ Q) . Indique, caso existam, os supremos e os ı́nfimos
em R dos conjuntos A, B, A ∪ B e A ∩ B.
11
* Seja M = sup B. Se M ̸= 1 então ∃ϵ > 0 : 1 − ϵ < M < 1 e ∀b ∈ B : M ≥ b. Para isto acontecer, temos de provar que
não existe nenhum irracional entre M e 1. Ora, como R é um corpo ordenado completo, existe sempre um irracional entre
quaisquer dois reais, logo ∀ϵ > 0, ∃α ∈ R \ Q : 1 − ϵ < M < α < 1. Daı́ concluı́mos que M = sup B = 1.
(a) O ı́nfimo de um subconjunto não vazio de R formado apenas por números racionais é um número racional.
O conjunto A = x ∈ Q+ : x2 − 2 ≥ 0 é não vazio, por exemplo, 22 − 2 = 2 ≥ 0 =⇒ 2 ∈ A, e é formado apenas
√
por números racionais, mas o seu ı́nfimo é um número irracional 2 .
Conclusão: a afirmação é falsa.
(b) O ı́nfimo de um subconjunto não vazio de R formado apenas por números naturais é um número natural.
Se A ⊂ N, então 1 é minorante de A. Seja m = inf A. Como m ≥ 1, existe algum n ∈ N tal que n ≤ m < n + 1.
Se m = n, então m ∈ N. Caso contrário, n < m < n + 1. Mas então, como A ⊂ N, como m ≤ a, para cada a ∈ A e como
não há naturais em ]m, n + 1[, tem-se n + 1 ≤ a para cada a ∈ A. Logo, n + 1 é minorante de A, o que é impossı́vel, pois
n + 1 > m e m é o maior dos minorantes de A.
Conclusão: a afirmação é verdadeira.
(d) Qualquer conjunto não vazio de racionais positivos tem ı́nfimo positivo.
O conjunto D = {x ∈ Q+ : x ≥ 0} é não vazio, por exemplo 1 ≥ 0 =⇒ 1 ∈ D, e é formado apenas por números racionais
positivos, mas inf D = 0 e 0 ∈ / Q+ .
Conclusão: a afirmação é falsa.
11. Considere um subconjunto A não vazio de R e defina −A = {−a : a ∈ A}. Prove que:
Seja s = sup A, então ∀a ∈ A : s ≥ a. Então obtemos ∀ − a ∈ −A : −s ≤ −a, o que significa que −s = inf(−A).
Concluı́mos que s = − inf(−A), isto é, sup A = − inf(−A).
12