Professional Documents
Culture Documents
Transdisciplinary Ecosystems in Bionics, Biodesign and Biomimicry
Transdisciplinary Ecosystems in Bionics, Biodesign and Biomimicry
Transdisciplinary
Ecosystems in Bionics,
Biodesign and Biomimicry
scientific and technological aspects for a design culture
Transdisciplinary
Ecosystems in Bionics,
Biodesign and Biomimicry
scientific and technological aspects for a design culture
Editor
Amilton Arruda
Authors
Fabrice Vanden Broeck | Tai Hsuan-An | Paulo Bago D’uva | Alberto T. Estévez
Felipe Palombini & Mariana Cidade | Carlo Santulli | Carlos Eduardo | Itamar Ferreira
Ignácio Urbina Polo | Fernando José & Cynara Bremer | Luciana Laffont | Ana Pazmino
Carmelo Di Bartolo | Roberto Verschleisser |Carla Langella |Massimo Lumini | Jorge Lino
& Bárbara Rangel | Amilton Arruda & Theska Laila & Antônio Roberto | Gonçalo Henriques
& Andres Passaro & Pedro Engel | David Torreblanca & Andrés Valencia Escobar & Ever Patiño Mazo
Jorge Lopes & Cláudio Magalhães | Marlén Lopes & Manuel Persa | Ney Robinson | Fred Gelli
Marko Brajovic | Raul Fangueiro | Andrea Macruz | Paulo Carvalho | Natália Queiroz | Ross Lovegrove
BiD.Lab
Series [designNATURE] ©
Essays on Design, Bionics and Biomimicry
Serie Editor: Amilton Arruda
Chapter Authors
Fabrice Vanden Broeck | Tai Hsuan-An | Paulo Bago D’uva | Alberto T. Estévez | Felipe Palombini & Mariana Cidade
Carlo Santulli | Carlos Eduardo | Itamar Ferreira | Ignácio Urbina Polo | Fernando José & Cynara Bremer | Luciana Laffont
Ana Pazmino | Carmelo Di Bartolo | Roberto Verschleisser |Carla Langella |Massimo Lumini | Jorge Lino & Bárbara Rangel
Amilton Arruda & Theska Laila & Antônio Roberto | Gonçalo Henriques & Andres Passaro & Pedro Engel | David Torreblanca
& Andrés Valencia Escobar & Ever Patiño Mazo | Jorge Lopes & Cláudio Magalhães | Marlén Lopes & Manuel Persa
Ney Robinson | Fred Gelli | Marko Brajovic | Raul Fangueiro | Andrea Macruz | Paulo Carvalho
Natália Queiroz | Ross Lovegrove
Bibliografia
ISBN 978-65-5550-221-3 (impresso)
ISBN 978-65-5550-222-0 (e-book)
Transdisciplinary
Ecosystems in Bionics,
Biodesign and Biomimicry
scientific and technological aspects for a design culture
Series [designNATURE] ©
Summary
15. Didática, Pesquisa e Projetos com inspiração biológica no BIODESIGN LAB da UFPE
Prof. Ph.D. Amilton Arruda & Dr. Antônio Roberto & Dra. Theska Laila
16. HYBRID DESIGN LAB - Design and Bio-sciences at the University of Napoli Federico II
Profª. Ph.D. Carla Langella
17. BIONIKONLab FABNAT 14: Una Bottega tra Natura, Arte e Tecnologia
Prof. Massimo Lumini
É com grande entusiasmo que apresentamos nosso terceiro livro da série [designNATUREZA],
coletâneas em biônica, Biodesign e Biomimética, junto à editora Blucher. Ao longo dos últimos me-
ses tenho me acostumado a dizer: “estamos finalizando minha tríade”. No primeiro, tocamos nos
aspetos referentes aos métodos e processos, notadamente fazendo mostrar que não existe uma
única abordagem em trabalhar os aspetos da biologia e da natureza quando realizamos design;
no segundo livro, reunimos 30 especialistas em biônica, todos com passagem no CRIED – Centro
Ricerche IED de Milão –, onde a narrativa foi demasiada fluida nos elementos humanísticos, sem
deixar de lado os pontos cruciais de como cada investigado, ao longo dos últimos 30 anos, viven-
ciaram e protagonizaram suas experiência durante seus percursos nesta “escola de pensamento
criativo, que foi o Master in Design e Biónica do CRSN IED de Milão”, sem deixar de lado a apre-
sentação de suas investigações, projetos e realizações. Talvez seja simplório chamá-lo de livro,
acredito ser mais do que isso. São 500 folhas de puro prazer e de poder navegar livremente pelos
elementos tangíveis e intangíveis que o mundo biológico pode oferecer.
O terceiro livro desta tríade aborda um outro aspeto bastante curioso, diferente dos outros dois, e
sob uma ótica não totalmente acadêmica como o primeiro, pois trata-se de, pela primeira vez na
história da biônica, conseguir mapear, conseguir visitar todos, colher dados e imagens e criarmos
esta verdadeira rede de designers e arquitetos autônomos, composta de centros de investigação
públicos e privados, escritórios e estúdios de projetos, onde cada ponto da natureza, do mundo
biológico, da engenharia, é colocado em prática sob diversos pontos de vista.
Nossa intenção em produzir esse compêndio foi aquele de deixar, em primeiro lugar, um legado
para as futuras gerações de projetistas; em segundo lugar, mostrar ao mundo quem faz o quê,
como faz e seus resultados. Traremos projetos e sobretudo exploraremos jornadas empolgantes
pelo mundo da biônica, biodesign e biomimética, nas diversas áreas que se entrelaçam (design -
biologia - engenharia - arquitetura), em busca de soluções inovadoras e inspiradas na natureza.
Ao longo destas páginas, apresentamos 31 múltiplos casos (nossa investigação chegou a 65), sin-
gulares entre si, dos segredos da natureza, como foi aprender e interpretar essa multiplicidade
e como a inovação em diferentes contextos geográficos de nosso planeta moldou e consolidou
soluções eficientes e inteligentes. Muitas vezes associamos que os resultados de nossos projetos,
onde a natureza seja o ponto de partida, sejam algo super tecnológicos ou engenhocas complexas
– entre outras coisas – e esquecemos que, ao mergulharmos neste mundo onde a ciência encontra
a arte; onde a tecnologia se associa ao social; do momento de combinar elementos biológicos
com abordagens criativas, podemos sim desenvolver artefactos, construções, materiais e sistemas
revolucionários, levando o design, a arquitetura e engenharia a novos patamares mais transver-
sais e ecologicamente mais eficientes e mais funcionais.
O título principal deste livro – “MAP RESEARCH BIONIC” – tem muito a ver com esse grande laboratório expe-
rimental que, ao longo destes meus 30 anos de convivência, encontrei espalhado nos mais variados rincões,
isolados um dos outros, cada unidade a fazer e produzir suas coisas e que hoje podemos sim dizer que
fazemos parte de um Ecossistema Transversal e Pluridisciplinar. Existimos, temos nome, endereço e código
postal. Por favor, contacte-nos. Estamos ansiosos em fazer crescer essa rede e demonstrar nosso potencial.
Para os jovens designers e projetistas, sem dúvida, será um grande mapa que inspira inovações tecnoló-
gicas surpreendentes; serão testemunhas e ao mesmo tempo protagonistas das histórias inspiradoras de
grandes investigadores aqui presente (engenheiros, arquitetos, biólogos e designers) que encontraram na
natureza a sua chave de leitura para suas criações; entender na prática e na teoria como a intersecção en-
tre biônica, biodesign e biomimética se complementam, se completam e evoluem. E, por fim, como todo
grande mapa de pesquisa, extrair as aplicações práticas desses conceitos e poder aplicá-los em diversos
campos, como da arquitetura, medicina, robótica, cidade, design e sustentabilidade ambiental.
Agora que chegamos ao final desta jornada, que espero tenha sido uma leitura cuidadosa nos seus mínimos
detalhes, nos aspetos micro e macro que cada capítulo oferece, uma verdadeira viagem no tempo e no es-
paço, esperamos que estejam tão fascinados e surpresos como estive eu décadas atrás, com essa magnífica
sinergia entre a natureza, biologia e projeto em prol da inovação e evolução humana. Deixaremos livre
para que cada um de vocês tirem suas próprias conclusões e interpretações sobre as terminologias: Biônica,
Biodesign, Bioética, Biomimética, Bioinspiração – e tantas outras encontradas ao longo destes capítulos.
Para que pudéssemos chegar a este livro, não poderia esquecer de deixar um agradecimento especial a
algumas instituições que tiveram um papel fundamental ao longo desta jornada de conhecimento: a Uni-
versidade Federal de Pernambuco, minha casa desde 1985; o Centro Ricerche IED de Milão, através do
professor, maestro e amigo Carmelo Di Bartolo, que me acolheu como sendo minha segunda casa para o
mestrado, para as minhas pesquisas do doutorado e ainda hoje; o CNPq e CAPES, que ao longo de minhas
atividades (mestrado, doutorado e pós-doutorado), possibilitaram através de suas bolsas que conhecesse
toda essa rede; o UNIDCOM/IADE - Universidade Europeia de Lisboa (2018-2019), através da Profa. Dra.
Emília Duarte, que abriu-me portas na realização de meu primeiro pós-doutoramento; a Università degli
studi della Campania Luigi Vanvitelli e depois a Università degli Studi di Napoli Federico II (2021-2023),
através da minha coorientadora, colega e amiga Carla Langella (Phd.), a quem tenho um apreço e carinho
enorme. Carla é um patrimônio enorme de conhecimento sobre nossa área de estudo e tem sido uma
honra poder desfrutar da sua amizade e compartilhar conhecimentos.
Não poderia faltar um agradecimento especial a todos os meus alunos de mestrado e doutorado, a todos os
mestres e doutores que passaram pelo Biodesign_Lab da UFPE, pois muitas de suas pesquisas foram insumos
para este livro. E não esquecer o designer gráfico Ramon Oliveira, esse tremendo artista que nos últimos anos
tem suportado meus stresses e altos e baixos, em busca de uma perfeição gráfica. Ramon, conseguimos!!!
Deixo aqui o meu eterno agradecimento, sempre com colaboração, empatia, interação e aprendizado con-
tínuo. Tudo que sou hoje, posso dizer do fundo de minha alma, dedico a todos vocês.
It is with great enthusiasm that we present our third book in the [designNATUREZA] series, col-
lections on Bionics, Biodesign, and Biomimicry, with the publisher Blucher. Over the past few
months, I have gotten used to say: “we are finishing my triad”. In the first book, we addressed the
aspects concerning methods and processes, notably showing that there is not a single approach to
working with the aspects of biology and nature when we carry out design; in the second one, we
brought together 30 experts in bionics, all of whom had been at CRIED – Centro Ricerche IED in Mi-
lan – where the narrative was too fluid in its humanistic elements, without neglecting the crucial
points of how each researcher, over the last 30 years, experienced and starred in their experiences
during their journeys in this “school of creative thinking, which was the Master in Design and
Bionics of the CRSN IED in Milan”, without leaving aside the presentation of their investigations,
projects, and achievements. Perhaps it is simplistic to call it a book, I believe it is more than that.
There are 500 sheets of pure pleasure and being able to navigate freely through the tangible and
intangible elements that the biological world can offer.
The third book of this triad deals with another rather curious aspect, different from the other two,
and from a perspective that is not entirely academic like the first. For the first time in the history
of bionics, it deals with being able to map, to visit everyone, to collect data and images, and create
this real network of autonomous designers and architects, made up of public and private research
centres, offices, and project studios, where every point of nature, the biological world, engineer-
ing, is put into practice from different points of view.
Our intention in producing this compendium was, firstly, to leave a legacy for future generations
of designers; secondly, to show the world who does what, how they do it, and their results. We will
bring you projects, and above all, we are going to explore exciting journeys through the world of
bionics, biodesign, and biomimicry, in the various fields that intertwine (design – biology – engi-
neering – architecture), in search of innovative solutions inspired by nature.
Throughout these pages, we present 31 multiple unique cases of the secrets of nature (our inves-
tigation reached 65), what it was like to learn and interpret this multiplicity, and how innovation
in different geographical contexts of our planet has shaped and consolidated efficient and intelli-
gent solutions. We often associate the results of our projects, in which nature is the starting point,
are something super technological or complex gadgets – among other things – and we forget
that, by diving into this world where science meets art; where technology meets the social; from
the moment of combining biological elements with creative approaches, we can indeed develop
revolutionary artefacts, constructions, materials and systems, taking design, architecture, and en-
gineering to new levels that are more transversal and ecologically efficient and more functional.
The main title of this book – “MAP RESEARCH BIONIC” – has a lot to do with this great experimental laboratory
that, throughout my 30 years of my coexistence, I found scattered in the most varied corners, isolated from
each other, each unit doing and producing its own things, and that today we can say that we are part of a
Transversal and Pluridisciplinary Ecosystem. We does exist, we have a name, address and postcode. Please,
contact us. We look forward to growing this network and demonstrating our potential.
For young designers and planners, it will undoubtedly be a great map that inspires surprising technological
innovations; they will be witnesses and, at the same time, protagonists of the inspiring stories of great re-
searchers present here (engineers, architects, biologists, and designers) who found in nature their reading key
for their creations; to understand in practice and theory how the intersection between bionics, biodesign, and
biomimicry complement, complete and evolve. And, finally, like any great research map, to extract the practi-
cal applications of these concepts and be able to apply them in various fields, such as architecture, medicine,
robotics, city, design, and environmental sustainability.
Now that we have reached the end of this journey, which I hope has been a careful reading in its smallest
details, in the micro and macro aspects that each chapter offers, a true journey through time and space,
we hope you are as fascinated and surprised as I was decades ago, with this magnificent synergy between
nature, biology, and design in favour of innovation and human evolution. We leave it free of each of you
to draw your own conclusions and interpretations about the terminologies: Bionics, Biodesign, Bioethics,
Biomimicry, Bioinspiration – and many others found throughout these chapters.
So that we could get this book, I could not forget to mention a special thank you to some institutions
that played a fundamental role along this journey of knowledge: the Federal University of Pernambuco
(Universidade Federal de Pernambuco), my home institution since 1985; the Centro Ricerche IED in Milan,
through the professor, master, and friend Carmelo Di Bartolo, who welcomed me as my second home for
the master’s degree, for my doctoral research and still today; the CNPq and CAPES, which throughout my
activities (master’s, PhD, and postdoctoral), made it possible through their scholarships for me to get to know
this whole network; the UNIDCOM/IADE – European University of Lisbon (Universidade Europeia de Lisboa)
(2018-2019), through Prof. Dr. Emília Duarte, who opened doors for me in carrying out my first postdoctoral;
Università degli Studi della Campania Luigi Vanvitelli and then Università degli Studi di Napoli Federico
II (2021-2023), through my co-supervisor, colleague and friend Carla Langela (PhD.), whom I have enormous
appreciation and affection. Carla is a huge asset of knowledge about our field of study, and it has been an
honour to be able to enjoy her friendship and share knowledge.
I could not miss a special thanks to all my master and doctoral students, to all the masters and doctors who
passed through the Biodesign_Lab at UFPE, as many of their research were inputs for this book. And not
to forget the graphic designer Ramon Oliveira, this great artist who in recent years has endured stresses and
ups and downs, in order to get a graphic perfection. Ramon, we made it!!!
I express here my eternal gratitude, always with collaboration, empathy, interaction, and continuous learn-
ing. I can say from the bottom of my soul, that all that I am today I dedicate to all of you.
FASE 1
A partir de ahí decidí que, de emprender una maestría, lo haría sobre este tema,
lo que algunos llaman Biónica, otros Biomimética, otros más Biomímesis y en
la medida en que el tema gane adeptos, aparecerán nuevos nombres acuñados
por aquellos que creen haber descubierto el hilo negro o el agua caliente en un
enfoque tan viejo como lo es el ser humano: el de abordar la naturaleza de una
Fabricio manera más o menos consciente en busca de soluciones a problemas funcionales o
Vanden Broeck constructivos o, más ampliamente, lo que hoy llamaríamos problemas de diseño.
UAN - Universidad Autónoma Metropolitana - Azcapotzalco
16
ISBN 978-65-5550-222-0
FASE 2
Años después tuve la oportunidad de hacerme acreedor a una beca para estudios de
maestría y llegué a Lausanne, Suiza, a lo que hoy días es la ECAL, y que en mis tiempos
se conocía como l’École Cantonale des Beaux-Arts et d’Art appliqué de Lausanne, una
pequeña institución de mucha calidad donde pude proponer una investigación sobre
este tema que, por cierto, nadie conocía ahí pero que de inmediato suscitó genuino
interés, gracias a lo cual pude emprender mis investigaciones sin cortapisas ni limita-
ciones, bajo el paraguas de dicha institución.
UAN - Universidad Autónoma Metropolitana - Azcapotzalco
17
ISBN 978-65-5550-222-0
FASE 3
Desarrollé entonces una investigación sobre un hueso de la mandíbula del Pitón Moluro, cuya
estructura resulta sorprendentemente resistente y flexible a la vez, y otra sobre la geometría
del caparazón de tortuga (FIG 1). Posteriormente tuve el privilegio de impartir clases sobre el
tema en dicha institución antes de volver a México.
Plan geomé-
trico de este perfil heli-
coidal de tres ramas.
Ciertos detalles, notable-
mente al nivel de las jun-
turas pie-asiento y pie-a-
siento-respaldo, se inspi-
ran en el hueso pterigoi-
deo donde se ejercitan
presiones semejantes.
UAN - Universidad Autónoma Metropolitana - Azcapotzalco
18
ISBN 978-65-5550-222-0
FASE 4
FASE 5
FASE 6
En lo personal nunca me sentí cómodo con la organización trimestral que, entre otros
factores, impedía generar proyectos de largo aliento con los mismos alumnos. Inclusive,
me parece que desde un punto de vista del biorritmo del proceso de enseñanza-apren-
dizaje, el sistema semestral permite una mayor maduración de los proyectos siendo que
el “despegue” de la dinámica de un curso toma, en general, aproximadamente un mes o
mes y medio para llegar a “velocidad de crucero” coincidente con la cúspide de la curva
de aprendizaje.
Siempre tuve la impresión que el sistema trimestral cortaba de tajo un proceso creativo
en su fase más productiva rompiendo bruscamente con una dinámica de trabajo que
hubiera dado mejores frutos en un esquema más largo.
Opté por un programa que recuperase la filosofía del Diseño Básico, con un enfoque en
la Naturaleza, partiendo de algunos de los principios constructivos que identifiqué en la
Naturaleza (Efecto de Escala, Apilamiento compacto, Craquelamientos, etc..).
UAN - Universidad Autónoma Metropolitana - Azcapotzalco
21
ISBN 978-65-5550-222-0
FASE 7
Para esto recuperé parte del enfoque de Carmelo di Bartolo, justamente más articulado alrededor del
diseño Básico, aunque es un hecho que Carmelo, dentro de una estructura más pequeña que le cedía
amplia libertad de operación, logró establecer proyectos de investigación de largo aliento con sus alumnos.
En ese sentido volteo con nostalgia a los periodos de mediados de los ’80 en los que, por invitación de
Gui Bonsiepe y Eduardo Barroso, me tocó impartir en dos ocasiones, un Seminario de Biónica aplicada al
UAN - Universidad Autónoma Metropolitana - Azcapotzalco
22
ISBN 978-65-5550-222-0
FASE 8
A lo largo de estos casi cuarenta años en el medio académico, mismo que recién he dejado
atrás, he llegado a ciertas conclusiones, entre otras la que considero más importante: el
interés por temas como la Biónica es tributario de ciclos. Me explico: hay ciclos dominados
por el interés en la experimentación, el riesgo, la creatividad, por ejemplo los años 60 ricos en
movimientos de experimentación y creatividad, que alternan con ciclos más pragmáticos, más
inmediatistas y quizá también más superficiales como el que hoy día impera que ha impuesto
los paradigmas de la “eficiencia” y la “productividad” y a final de la cuenta, el dinero.
Constaté esto en mi reciente visita a mi antigua alma mater en Suiza donde me entrevisté con
el flamante director quien me dio a entender que el actual enfoque de la escuela, hoy día
prácticamente una empresa, es la formación de diseñadores para la Industria del Lujo, una
industria ciertamente muy lucrativa.
Inútil mencionar que el tópico de la Biónica, para él terra incognita, no le suscitó el más
mínimo interés, a pesar de que existe un registro de mi tesis de maestría en la biblioteca
de la ECAL.
Primera llamada…
O Ensino do Processo
Criativo, Biônica e Morfologia
Tridimensional na UCG
Outra metodologia que a pesquisa quis evidenciar é proposta pelo professor Tai Hsuan-An,
desde 1978 docente das Artes Visuais, Arquitetura e Design da Universidade Católica de Goiás
(UCG), na cidade de Goiânia. Ele se dedica ao estudo e ao ensino do processo criativo, dese-
nho, morfologia tridimensional, ergonomia e biônica. Com caráter didático, em seu livro
Sementes do Cerrado e do Design Contemporâneo, aborda a metodologia com 6 etapas para
análise biônica explicada em suas disciplinas e aplicada ao Design e na Arquitetura, que
demonstram as técnicas de estudo de estruturais naturais típicas da região, através de frutos
e sementes do cerrado. São elas:
Operação: Escolher um modelo biológico que se destaca com características formais, estru-
turais e funcionais.
Métodos: Observação e análise prévias do modelo num processo de leitura e reconheci-
mento; Aplicação dos critérios que são características significativas e peculiares, fenômenos
notáveis. Observação minuciosa dos detalhes, inclusive dos milimétricos.
Técnicas Específicas: Observação do modelo biológico no habitat; Coleta do modelo; uso de
lentes de aumento, microscópio ou outros tipos de visualização de detalhes minúsculos; reco-
nhecimento pelo toque manual para detecção da resistência, consistência e da estrutura do
material; consulta do inventário de características. (Ver inventário após os exemplos)
Para facilitar o entendimento desta metodologia, a figura abaixo sintetiza o método de análise
da estrutura natural proposta pelo professor Tai, e em seguida, serão mostrados sua aplica-
bilidade através de alguns dos trabalhos de seus alunos (Figura 1). Em seguida, serão apre-
sentadas três análises desenvolvidas por alunos do professor Tai que traduzem bem o método
apresentado e serão comentadas a seguir:
Figura 4. Análise Os diagramas a seguir esclarecem sobre as 6 categorias do que ele chamou
Morfológica do de “Inventário das características”. Podem ser observadas tanto em
fruto do Pau-Terra.
formas naturais quanto em artificiais, e aqui servem de parâmetros para
(Fonte: HSUAN-AN,
2002)
o olhar atento, detalhista e criterioso durante a descrição e análise do
modelo natural investigado.
Universidade Católica de Goiás
33
ISBN 9978-65-5550-222-0
Dondis (2003) fala que os conceitos fundamentais da sintaxe visual, tais como os elementos
visuais (ponto, linha, forma, direção, tom, cor, textura, dimensão, escala e movimento) e suas
noções de percepção (harmonia, equilíbrio, simetria, proporção, contraste, etc.), correspon-
dem aos elementos básicos da configuração e são a fonte compositiva de qualquer tipo de
material, objeto, mensagem e experiência visual. Eles representam o cerne da atividade
projetiva pois podem ser manipulados para serem percebidos numa resposta direta ao que
está sendo concebido.
Uma fonte inesgotável para perceber estes conceitos fundamentais pode ser facilmente encon-
trada de maneira abundante na Natureza. Tanto no reino animal, vegetal ou mineral existem
uma infinidade de formas, cores e texturas que podem ser observadas, analisadas, representa-
das e interpretadas em projetos de design.
A Natureza é fruto de milhares de anos de sobrevivência, com inteligência própria, quiçá ainda
nos primórdios de sua evolução. Parece-me portanto, demasiado sagrada para ser apropriada
pelos designers como argumento de excelência conceptual na suas insignificantes e efémeras
criações, muitas vezes supérfluas e traduzindo mais um espelho do ego, quer do designer ou
pior, induzindo falsas necessidades de compensação à auto estime do utilizador desprevenido,
portanto desapropriadas numa ecologia do artificial.
Diria mesmo que por vezes chegamos a turvar a nossa capacidade de ser simples a pensar, a
construir, a utilizar, a partilhar e transformar aquilo que o designer cria, ou seja, acrescentamos
complexidade desnecessária, adquirindo hábitos de complicar a conceptualização e o ensino
das atividades a que chamamos design de produto.
Tem sido neste espírito, essencialmente como estímulo conceptual ou na focalização de par-
tes do projeto a nível do aligeiramento estrutural, articulações e fixações, novas soluções para
materiais sustentáveis, sistemas em crescimento ou variação de escala crescente ou mesmo
mimetismo e tatilidade, que têm sido espontaneamente sugeridos e acolhidos pelos estudan-
tes de Design da Universidade de Aveiro, na última década. Deste modo, partilhamos aqui
alguns estímulos de projeto a partir de trabalhos anteriormente desenvolvidos pelo professor
Universidade de Aveiro
38
ISBN 978-65-5550-222-0
É óbvio que o ser humano sempre utilizou a curiosidade e sua imaginação, recorrendo
à recriação dos elementos naturais que é capaz de compreender dentro do seu meio,
sobretudo no adorno e como símbolos de sobrevivência, fertilidade, poder, transfor-
mação e espiritualidade.
É, portanto, natural que a biologia ou o que resta dela, nos ajude a nos mimetizar
quer para nos sentirmos par de de um todo, quer para afirmar hierarquias e identida-
des, quer nos inspirando fortemente para a solução de funcionalidades e estruturas,
ou como meio de amplificar nossos sentidos a nível da tatilidade, códigos cromáticos,
luminosidade, entre outros, até à amplificação do próprio significado e valor simbó-
lico de um artefacto.
Universidade de Aveiro
39
ISBN 978-65-5550-222-0
É nesse sentido que pontualmente, tenho vindo sugerir uma abordagem Biomimética
em momentos ou detalhes de projetos, nomeadamente na unidade curricular de
Design e Tecnologia do mestrado em Design do Departamento de Comunicação e
Arte em algumas dissertações de mestrado em Engenharia e Design de Produto que
tenho vindo a orientar a pedido dos alunos do Mestrado de Engenharia e Design de
Produto, desde a criação do mesmo onde partilhei alguns projetos pessoais nas aulas
de Projeto. Foi nesse sentido que aceitei com muito agrado o convite do Professor
Amilton Arruda e Universidade do Porto em partilhar aqui alguns desses exemplos,
embora em nenhum deles a biónica fosse uma premissa ou objetivo em concreto, e
pessoalmente não sou entusiasta de soluções de mimetismo explicito neste sentido.
Todo o sistema foi criado por forma a ser desmontável e aplicado em parques urbanos
com declives irregulares, permitindo diferentes curvaturas nos 3 eixos.
Seia coberto por módulos transparentes ou não segundo a orientação à luz pretendida
proporcionando assim uma proposta cromática múltipla e um efeito cénico noturno
assinalando os eventos.
Desenvolvidos com Pirelli e Metro de Milão por Paulo Uva, Sergio Grijalva e Elisha Levi.
Nos anos seguintes foram aplicados também no Metro de Génova e Aeroporto de
Milano Linate.
Universidade de Aveiro
41
ISBN 978-65-5550-222-0
Este projeto é gerado a partir de uma coluna giratória central com expositores basculantes e
uma cobertura retrátil abrindo em forma de pétalas tencionadas que lhe conferem rigidez, ilu-
minação para comércio noturno propõe a reabilitação de zonas devolutas ou desertificadas das
cidades. Dispõe de um sistema de comunicações por GPS que gere cobranças e fornecimentos
just in time.
Fechados estes elementos têxteis montados em varas de fibra de carbono, oscilam proporcio-
nando uma certa “coreografia” iluminado e animando espaços com uma iluminação ténue e
libertando espaço de circulação para outras atividades para reanimação de espaços urbanos
inativados. Projeto avaliado com 100% levado a cabo como bolseiro da com bolsa da Swacht-
SMH. Milano1991.
Universidade de Aveiro
42
ISBN 978-65-5550-222-0
Apresentação da
tese de mercados
de bairro a Andreia
Branzi, Paulo
Deganelo, Isao
Hosoe, Ana Castelli
Ferrier, Dante
Donegani, Mário
Trimarchi, na
Domus Academy
em Milão 1991.
Desenvolvido por Paulo Orlandini, Francisco Lobo (que levou a cabo como sua tese de
mestrado) e Paulo Bago D’Úva no Lago di Garda Itália, 1990.Todo o conceito de ligei-
reza de materiais e navegabilidade, inspirados na natureza, pré anunciava as atuais
soluções de hidrofoils, Kites e asas dirigíveis na náutica de recreio.
Elementos rocho-
sos e marítimos
estiveram na
origem do Projeto
de Design de Paulo
Uva para os interio-
res da Camara
Municipal de Lagos
e equipamentos
urbanos exteriores
onde tenso estru-
turas derivadas
de exercícios com
bolhas de sabão e
telas micro-perfu-
rada em tensão.
Universidade de Aveiro
45
ISBN 978-65-5550-222-0
Capacete e outros
sistemas de proteção
desportiva em cortiça
Dissertação do aluno Emanuel Oliveira 2017 Orientado por Paulo Uva e co-orientado
por João Oliveira do DEM-UA, frutos do Mestrado em Engenharia e design de Produto.
Universidade de Aveiro
50
ISBN 978-65-5550-222-0
Dado o efeito de alavanca e por estar sujeito a grandes torções ao pedalar e ao curvar
muitas vezes com pavimento irregular, levou-nos a analisar a estrutura óssea do crâ-
nio e mandíbula superior das aves cuja evolução dependeu de uma alimentação pre-
dadora e mais exigente à compressão e torção dos bicos mais longos. O tempo de voo
e a ação em esforço que levou á maior abertura das fossas nasais, permitiu um reforço
da superfície óssea muito ligeira para o voo, resultando num excelente compromisso
ao aplicar as formas da mandíbula superior colocada virada com a concavidade para
cima. A posterior adaptação à coerência do traçado geométrico que deu origem à
forma do quadro central que introduz a novidade de uma bolsa “marsupial” para
carga, o que levou à bifurcação do quadro da estrutura central da e-bike.
Sendo este um transporte autónomo, mas de possível interligação entre casa – traba-
lho, comboio – centro urbano mas também um divertido veículo de lazer e aventura,
é aqui proposto como um produto versátil, em tempos de transição, acautelando a
sustentabilidade e promovendo a estima por um produto personalizável, mutável e
por isso muito menos descartável e por isso de fácil perceção de alto valor relativa-
mente ao seu custo.
Experiencias Biomiméticas
en el Institute for Biodigital
Architecture & Genetics
Director
Dr. Alberto T. Estévez Arquitecturas genéticas, nuevas técnicas biológicas y digitales, ¡arquitectura
biodigital! Se nos han dado las condiciones para una nueva arquitectura, que
Profesores con el organicismo digital se ha convertido en la primera vanguardia del siglo
Dra. Yomna K. Abdallah XXI: definitivamente, la ciencia ha superado la ficción. Y la utopía de hoy es la
(Subdirectora)
realidad de mañana (y ¡hoy es mañana!). Alberto T. Estévez
Dr. Pablo Baquero
Dra. Magda Bosch
Dr. Dragos Brescan El iNSTITUTE FOR BiODiGITAL ARCHITECTURE & GENETICS (iBAG), en el
Dr. Karl S. Chu seno de la UIC Barcelona (Universitat Internacional de Catalunya), tiene
Dr. Josep Corcó tres campos de acción: investigación, docencia y práctica profesional. Todo
Dr. Dennis Dollens comenzó el año 2000, con la fundación del Genetic Architectures Research
Dr. Gabriel Fernández Group & Office (investigación y práctica profesional), que a su vez lleva el
Dr. Agustí Fontarnau programa de Master in Biodigital Architecture (docencia), iniciado igual-
Dr. Marcelo Fraile mente el año 2000, en la ESARQ - UIC Barcelona, la Escuela de Arquitectura
Dra. Daniela Frogheri fundada el año 1996 por Alberto T. Estévez, su primer Director.
Dra. Effimia Giannopoulou
Dr. Marwan Halabi Básicamente se trata con todo ello de aplicar las nuevas técnicas biológicas y
Dr. Aref Maksoud digitales a la arquitectura y al diseño. Esto llevó a crear el año 2000 el primer
Dr. Abel Miró laboratorio de arquitectura genética del mundo, donde empezó a aplicarse
Prof. Affonso Orciuoli la genética a la arquitectura (árboles bioluminiscentes, biolamps, bioprin-
Prof. Ignasi Pérez-Arnal ting, microscopía electrónica, etc.), y el primer laboratorio de arquitectura
Dra. Lamila Simisic digital sito en una escuela española (diseño y fabricación digital de arquitec-
Dr. Angad Warang tura). Y todo organizando un grupo interdisciplinar de arquitectos, diseñado-
res, artistas, ingenieros, genetistas y filósofos.
iBAG-UIC Barcelona
Inmaculada, 22 Entonces, los objetivos del Grupo, oficialmente acreditado como consolidado
08017 Barcelona / Spain y competitivo, junto a su correspondiente Máster, tratan sobre la aplicación
+34 93 254 18 00 de la genética a la arquitectura, de manera interdisciplinaria, desde dos
Institute for Biodigital Architecture & Genetics
54
ISBN 978-65-5550-222-0
Alberto T. Estévez,
Brocoli-people,
2007 / Mi mano,
2011-12: imágenes
de fractalidad.
Institute for Biodigital Architecture & Genetics
55
ISBN 978-65-5550-222-0
En definitiva, se trata de, desde la frontera del conocimiento, poner un granito de arena en
el hormiguero más grande del universo conocido, ayudar a su progreso, a su sostenibilidad,
a su cultura...
El Movimiento Moderno del siglo XX trabajó en pos de diseñar “de la cuchara a la ciudad”. A
nosotros, habitantes del siglo XXI, nos ha tocado trascender el trabajar sólo en la superficie de
las cosas, como se ha hecho durante milenios: es hora de diseñar “del ADN al planeta”. De la
célula y el bit al entero Sistema Solar. Así, se muestra aquí algo del trabajo multiescalar y trans-
disciplinar de Alberto T. Estévez y el iBAG-UIC Barcelona que dirige.
Alberto T. Estévez, Green Barcelona Project, 1995-98. Creación de un parque urbano ajar-
dinando e interconectando las cubiertas de terrazas planas de Barcelona, para mejora del
acondicionamiento térmico en verano y en invierno, para reducción del efecto de isla de
calor urbana, de la contaminación del aire, del polvo de la ciudad, y para propiciar una
mayor biodiversidad.
Institute for Biodigital Architecture & Genetics
56
ISBN 978-65-5550-222-0
Alberto T. Estévez, Genetic Barcelona Project, 1ª fase, 2003-2006. Creación genética real
de 7 limoneros bioluminiscentes para uso urbano y doméstico.
De izq. a drcha., imagen de la mágica luz de los limoneros con GFP (green fluorescent pro-
tein), imagen de un mundo posible iluminado por la naturaleza misma, y comparación
entre una hoja real de limonero con GFP y otra sin GFP del mismo tipo de árbol (arriba
foto del autor tomada con una cámara réflex convencional, tal cual lo ve el ojo humano,
y abajo foto tomada con cámara UV especial del laboratorio de arquitectura genética).
Biolamps
Sporopollenin houses
Alberto T. Estévez - Genetic Architectures Office, parque y edificio multifuncional, Hard, 2014.
Arriba, planta general de una parte del parque, con el edificio multifuncional de oficinas, res-
taurante y vestuarios a la derecha, diseñado digitalmente con un triple nivel fractal de voronoi.
Y abajo ala de libélula con estructuras voronoi primarias y secundarias diferenciadas, que
permite entender una jerarquía fluida, orgánica y armónica de pasos.
Alberto T. Estévez - Genetic Architectures Office, Passive Solar Biodigital Housing 2, Innsbruck,
2016-17. De izq. a drcha., y a abajo: vista del emplazamiento con los volúmenes del edificio
buscando el sol, planta cubierta y parque de alrededor diseñado digitalmente con attractors y
force fields.
Institute for Biodigital Architecture & Genetics
62
ISBN 978-65-5550-222-0
Agradecimentos
Com sua denominação desde 1988, o Curso de Desenho Industrial da UFSM
Ao Prof. Dr. João Marcelo possui como um de seus aspectos mais característicos a união das habili-
Santos de Oliveira, e ao tações de Programação Visual e Projeto de Produto. Tem sua consolidação
Laboratório de Botânica em duas fases, através de disciplinas obrigatórias e laboratórios. Desta
Estrutural da Universidade forma, o curso fica organizado em três grandes áreas, as quais Comunicação,
Federal de Santa Maria Ambiente e Artefato. A primeira área, corresponde as disciplinas do ciclo
(LABOTE/UFSM), pela dis- fundamental em que o aluno terá que cursar obrigatoriamente, tais como:
ponibilização e assistência Desenho, Cor, Volume e Espaço, Tridimensional, História da Arte e do
dos equipamentos de Desenho Industrial, bem como o aprendizado de ferramentas, softwares, e
microscopia. sistemas de produção industrial e gráfico.
Biônica e Desenho Industrial - UFSM
66
ISBN 978-65-5550-222-0
Projetos bidimensionais
Figura 2 –
Desenvolvimento
de estampa bioins-
pirada em madeira,
do aluno Christian
Cambruzzi da Silva.
Figura 3 –
Desenvolvimento
de estampa bioins-
pirada em penas,
da aluna Raquel
Elise de Moraes.
Projetos tridimensionais
Nos projetos tridimensionais, os elementos da natureza são utilizados de modo não apenas esté-
ticos, mas funcionais e estruturais. O objetivo da parametrização neste modo, então, encontra-se
principalmente relacionado com a definição e homogeneização das formas em função das fun-
cionalidades do objeto de estudo. A Figura 4 apresenta um recipiente conceitual desenvolvido
pelas alunas Karoline de Oliveira Gonçalves e Milena Dutra Kosciuk.
Figura 4 –
Recipiente con-
ceitual das alunas
Karoline de Oliveira
Gonçalves e Milena
Dutra Kosciuk.
Figura 5 –
Equipamento
conceitual de
rega do aluno
Eduardo Rocha
Sartori Sendtko.
o qual permite o acúmulo de água para sua hidratação e proteção térmica (NOGUEIRA et al., 2017). Já o
segundo e o terceiro elementos consistem nas folhas modificadas como espinhos de cactos (Cactaceae)
e no besouro do deserto da Namíbia (Stenocara gracilipes), que captam e absorvem água do ambiente.
O objetivo é que o produto conceitual permita ao usuário a rega automática para plantas, através de
pequenas liberações de água obtidas regularmente pelo ambiente.
Considerações finais
Coordination
Figure 1 Cover
from the book
“Biomimetica:
la lezione della
natura” (CiEsse edi-
zioni, 2012-2019)
The structure of
hybrid design and
materials role
Università di Camerino
73
ISBN 978-65-5550-222-0
Figure 2 (top)
Campaniform (for
deformation), fili-
form (for vibration),
conical (chemical)
sensors in cricket;
(bottom) different
views of microchips
with tips inspired
to cricket sensors
It is not a case that natural structures have always cellular structures with concave
polygon cells, sometimes with largely variable number of sides, as reported in
Figure 4, whereas in Figure 5 also the presence in section of micro-tubular structure
rolled and peeled back is reported.
Reasoning on the auxetic structures and their application into design has
continued over the years with some design projects, again in collaboration
with Carla Langella (Figure 6a and b), or also autonomously in the school of
architecture and design in Università di Camerino (Figure 7).
Università di Camerino
76
ISBN978-65-5550-222-0
Over the years, other reflections have been developed on issues present
in nature, in particular for example on reversible types of junctions, such
as those of diatoms (Figure 8), the modes of spillage and absorption of
water with non-linear geometries (Figure 9),
The use of concealing by crypsis for projects linked with road safety
exploiting the bioluminescence, on which a concept has been developed
for the global evaluation of its functions for its possibilities in design
(Figure 10).
Figure 8 Evaluation
of the different
junction charac-
teristics of two
diatoms of the
Cocconeis family
and comparison
with the characte-
ristics of zipper
Figure 9 (left)
Scheme of pot for
irrigation inspired
to sunflower flos-
culi; (right) Jar with
mouth inspired to
the elephant trunk
opening (design by
Giulia Pressi)
Università di Camerino
77
ISBN 978-65-5550-222-0
Figure 10 Different
types of biolumi-
nescence and pos-
sible application to
the visibility of an
individual in condi-
tions of danger
.
Università di Camerino
79
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 1.
A pesquisa de
mestrado em
Arquitetura com
foco em Design
deu origem ao livro
“A natureza no
processo de Design
e no desenvolvi-
mento do projeto”.
A evolução da metodologia
Nos primeiros anos em que o tema foi proposto os alunos tendiam a não
leva-lo tão a sério mas abraçavam a ideia por conta da abordagem agra-
dável e descontraída. Porém, à medida em que os estudantes se envol-
viam com a prática, o projeto tomava contornos sérios e o engajamento
aumentava consideravelmente.
Figura 2. Visita ao
Jardim Botânico de
São Paulo para reco-
lha de dados. Fonte:
foto do autor.
Figura 3. Registros
de aspecto formal
feitos em campo.
Fonte: imagens
do autor.
Universidade São Judas Tadeu
84
ISBN978-65-5550-222-0
Figura 4.
Imagens e infor-
mações textuais
recolhidas pelos
alunos. Fonte:
foto do autor.
Figura 5.
Produção de análi-
ses gráficas. Fonte:
foto do autor.
Universidade São Judas Tadeu
85
ISBN 978-65-5550-222-0
Todo esse processo pressupõe que assumimos como caminho a ser usado nessa Figura 6. Prancha
prática aquele que o guia da Biomimicry3.8 chama de Biology to Design (figura 8). O com análise gráfica
explorando a
próximo passo portanto é a escolha de alguma informação que pareça interessante
desconstrução da
nas análises e possa dar origem à um conceito que guiará a criação. forma de conchas.
Fonte: foto
O processo de criação pode se dar das mais variadas formas e neste caso em parti- do autor.
cular a interferência do professor quanto aos métodos é, por escolha estratégica,
limitada, visto que o objetivo prioritário da atividade é a reflexão e conceituação
Figura 7. Prancha
dentro da Biomimética e não o exercício de ferramentas criativas, assunto abor- com análise sim-
dado mais profundamente em outras disciplinas e que se fosse mais exigido pode- bólica de conchas
ria acarretar em sobrecarga ou desfoque. (apesar do título
da prancha dizer
“desconstrutiva”).
Fonte: foto
do autor.
Figura 8.
Abordagem Biology
to Design. Fonte:
foto do autor.
Universidade São Judas Tadeu
86
ISBN978-65-5550-222-0
Figura 9.
Oficinas. Fonte:
foto do autor.
Figura 10.
Laboratório maker
com máquina de
corte a laser. Fonte:
foto do autor.
Figura 11.
Laboratório maker
com impressoras
3D, fresadora CNC
e máquina de
recorte. Fonte:
foto do autor.
Universidade São Judas Tadeu
87
ISBN 978-65-5550-222-0
Cases
Figura 12.
Esboços de propos-
tas (esquerda) e
estudos de funcio-
namento (centro e
direita). Fonte: foto
do autor.
Figura 13.
Modelagem 3D
da proposta sele-
cionada. Fonte:
foto do autor.
Universidade São Judas Tadeu
88
ISBN978-65-5550-222-0
Figura 14.
Rendering da peça.
Fonte: foto do Auditório lírio d’água
autor.
Figura 16. O Lírio A ideia central desta proposta é a utilização da forma do Lírio d’Água
d’Água serviu de (Ninfeia) e da disposição de suas pétalas para a configuração espacial de
inspiração para o um auditório e a disposição de seus assentos.
projeto. Fonte: foto
do autor.
Universidade São Judas Tadeu
89
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 17.
Roughs da fase
de concepção.
Fonte: foto
do autor.
Figura 19.
Detalhe dos
assentos. Fonte:
foto do autor.
Experiências didáticas
no Ensino da Biomimética
no Curso de Design da UFCG
Aos poucos a biomimética está se fortalecendo dentro do curso, tendo como próximo
passo a instalação de um laboratório para adequação dos equipamentos existentes.
Figura 1:
Exposição dos
resultados da
Disciplina Projeto
V. Fonte: própria
Figura 2:
Estudos realizados
pelo Grupo de
Pesquisa DIS
Fonte: própria
Universidade Federal de Campina Grande
93
ISBN 978-65-5550-222-0
[CASES]
Universidade Federal de Campina Grande
94
ISBN 978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Campina Grande
95
ISBN 978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Campina Grande
96
ISBN 978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Campina Grande
97
ISBN 978-65-5550-222-0
As ferramentas manuais como picareta, foices, pá, enxada e ancinho são bastante importantes
para o cultivo agrícola de subsistência. Esses objetos auxiliam e facilitam a realização de tarefas
especificas como cavar buracos e valas, quebrar pedras e troncos, cortar galhos e vegetação, capi-
nar etc. Essa agricultura caracterizada pelo uso de técnicas rudimentares e tradicionais é comum
em países e regiões subdesenvolvidas, como o interior do nordeste brasileiro, onde muitas famílias
trabalham e dependem dessa modalidade. Para os agricultores que praticam a agricultura exten-
siva, qualquer melhoria nessas ferramentas é bem vinda. Todavia, apresentam formato tradicional
em decorrência do processo de fabricação que visa o menor custo possível na produção.
O PIBIC aprovado no ano de 2018 tinha como objetivo principal o redesenho das ferramentas
manuais presentes na agricultura de subsistência a partir da análise dos sistemas naturais para
cavar, agarrar, perfurar, remover e revolver a terra, presentes em alguns animais do Semiárido
e Zona da Mata Nordestina.
Para relacionar as ferramentas com a fauna nordestina, foi necessário identificar analogias
entre as funções dos utensílios manuseados na agricultura de subsistência, com as carac-
terísticas funcionais dos animais na atividade de cavar, cortar, furar, agarrar, etc. Para isso,
foi realizada uma visita ao Centro de Ciências Exatas e da Natureza do Departamento de
Sistemática e Ecologia da Universidade Federal da Paraíba no Campus João Pessoa, onde
foram disponibilizadas amostras taxonômicas de animais para registro fotográfico das
patas, garras, unhas, bicos, dentes e cascos.
TATU-PEBA. Com suas garras grandes e fortes cava o chão para construir sua toca que
pode ter de 1 a 2 metros de profundidade e, ao contrário de outros espécimes, reuti-
liza com frequência a mesma toca. Além de garantir a moradia, a escavação também é
importante na alimentação.
Universidade Federal de Campina Grande
100
ISBN 978-65-5550-222-0
TATOUAY: Possui cinco dedos. Nos membros anteriores as unhas são grandes e falcifor-
mes, a do meio é maior e possui a forma de uma “lâmina”. Por causa de suas garras
ele é um ótimo escavador.
TAMANDUÁ DE COLETE: As patas anteriores são bem desenvolvidas com quatro dedos
e garras enormes. A garra do meio é a principal servindo como defesa e para escavar
formigueiros, cupinzeiros e colmeias.
TIMBU: As patas do Timbu são pequenas e curtas tendo cinco dedos; o hálux (primeiro
dedo das patas traseiras) é parcialmente oponível e, em vez de garra, possui uma unha.
Graças a isso, ele consegue cavar, escalar em troncos e paredes e rasgar suas presas.
Universidade Federal de Campina Grande
101
ISBN 978-65-5550-222-0
PREGUIÇA-COMUM: A preguiça comum possui três garras nos membros anteriores, essas
garras são adaptadas naturalmente para elas escalarem e se pendurarem em galhos.
BOI: Apresentam dois dígitos (dedos) em cada membro e um par de chifres. Essas partes
do seu corpo são utilizadas para a fabricação de ração, sabão e para o artesanato.
BODE: Os caprinos possuem oito dentes incisivos. Esses dentes apresentam perto
da sua raiz uma base mais grossa que vai laminando até a outra extremidade.
Universidade Federal de Campina Grande
102
ISBN 978-65-5550-222-0
CORUJA TYTO: Os bicos dessas corujas são fortes, curvos e afiados, usados para rasgar a
pele/carne durante a alimentação ou até para matar suas presas. As garras também são
fortes e afiadas.
CARCARÁ: Devido as suas longas patas adaptadas para marchar, o carcará passa muito
tempo no chão andando e até parado. Suas garras apresentam o mesmo padrão dos
falcões comuns, possuem dedos longos com garras finas e afiadas, ideais para capturas
de presas em voo.
Universidade Federal de Campina Grande
103
ISBN 978-65-5550-222-0
GAFANHOTO: Esses insetos são caracterizados por terem o fémur das pernas posteriores
muito grandes e fortes, o que lhes permite deslocarem-se a grandes saltos. Há duas filei-
ras de espinhos em cada perna que serve para o gafanhoto se proteger de predadores.
A partir das observações das ferramentas manuais que são utilizadas na agricultura de
subsistência e de identificação dos princípios funcionais de alguns animais, foi elabo-
rado um quadro de analogias que relacionam a função desses utensílios com os sistemas
naturais dos espécimes pesquisados. Com base no quadro de analogias entre as ferra-
mentas manuais e os dispositivos naturais dos animais, foram identificados quais siste-
mas e formas tinham mais relação com a função básica de cada utensílio. A partir disso,
foram selecionados dois modelos naturais que serviram de referência para o redesenho
de cada artefato. Foram abstraídas referências funcionais e formais de cada animal
selecionado para a geração de alternativas, sendo refinados de acordo com as medidas e
padrões de cada ferramenta.
Universidade Federal de Campina Grande
104
ISBN 978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Campina Grande
105
ISBN 978-65-5550-222-0
A pá redesenhada teve como base de referência as características formais do osso incisivo dos
equinos. Ela possui a ponta que remete a pá de bico (A), facilitando a entrada no solo quando
se precisa cavar, também possui bordas em suas laterais (B), o que impede que detritos caíssem
quando a pá é utilizada para carregar resíduos no geral.
Pela necessidade de apresentação do projeto para o público em geral, foi criado um painel
espelhado com os modelos das ferramentas impressos em 3D, para criar a sensação de estarem
completos e facilitar a visibilidade do resultado final.
Talleres de trabajo
experimental en Biomimética
en Pratt Institute
Las primeras inquietudes sobre este campo surgieron durante mis estu-
dios de diseño industrial en Venezuela. A principio de la década de los
ochenta, varios cursos en América Latina impartían cursos dedicados
o ejercicios dentro de los talleres de diseño con el nombre de Biónica.
Algunas referencias internacionales ya estaban dentro del radar, como
los trabajos de estructuras tensadas del arquitecto alemán Frei Otto, las
geodésicas del conocido arquitecto, matemático, inventor y visionario
estadounidense Buckminster Fuller o las fantásticas invenciones de
Leonardo Da Vinci, relacionadas con observación de la naturaleza.
Desde 1996 y por casi diez años, impartí un curso regular sobre Biónica
en Prodiseño – Escuela de Comunicación Visual y Diseño en Caracas. Este
curso, pretendía no solamente utilizar la potencia del uso de analogías
biológicas para el desarrollo de ejercicio de proyecto de productos, pero
básicamente sensibilizar a los estudiantes frente a las posibilidades que
ofrece la naturaleza en las soluciones de diseño. Al mismo tiempo, crear
una serie de herramientas metodológicas para la observación y síntesis
de los principios naturales que podían ser convertidos en conceptos para
aplicaciones de diseño en productos y objetos para la gente. Algunos
ejercicios básicos de estructura, crecimiento y forma fueron implementa-
dos de manera sistemática en el currículo del curso de admisión de esta
escuela en Venezuela, con la idea de proporcionar herramientas en este
campo desde el inicio de los estudios de diseño. Otros fueron ejercicios
de biónica aplicada en el desarrollo de objetos y sistemas. Fui parte del
equipo de docentes que trabajó en 2007 en el proyecto Entomologuía, un
sistema visual de reconocimiento de insectos desarrollado por un grupo
de alumnos en un programa de cooperación entre el Museo de Zoología y
la escuela Prodiseño en Venezuela.
Ejercicios de
observación,
síntesis geométrica
y reconocimiento
y análisis de patro-
nes. Construcción
de modelos básicos
de síntesis geomé-
trica. 1996 - 2010
Pratt Institute
113
ISBN 978-65-5550-222-0
Presentaciones
de los trabajos de
mis alumnos en el
Taller de Diseño y
Naturaleza.
Concepto
de sistema de
abrazadera
de ajuste para
mangueras inspi-
rado en el broto
del Agave. Jon
Zubizarreta, 2006
Pratt Institute
114
ISBN 978-65-5550-222-0
Groda. Ayudas
para la natación
inspiradas en
patas palmeadas
de animales.
Hsuan Yang, 2019.
En 2018, el taller de proyecto con estudiantes del 3er. Año de diseño industrial lo
hicimos en colaboración con el Museo de Diseño Cooper Hewitt en Nueva York. En
esa oportunidad se trabajaron diferentes temáticas utilizando una metodología de
investigación aplicada, en temas relevantes relacionados con el sistema de salud, la
ciudad, el hogar, herramientas de trabajo y desastres.
Proyectos del taller En septiembre de 2019 dirigimos una versión del Taller de Biomimética
de diseño en Pratt (Biomimicry) en Pratt Institute. En esta oportunidad los alumnos hicieron
Institute| IZQ:
propuestas en el área de la salud. Usamos una metodología que combina
Sistema de ensam-
la investigación básica con el referente biológico, con ejercicios de observa-
ble de andamios
para la ciudad ción, análisis, síntesis y modelado tridimensional, al mismo tiempo que la
inspirado en las búsqueda aplicaciones concretas en las áreas de la medicina y la emergen-
escamas de pez. cia en objetos de uso cotidiano y frecuente. De esta manera, el desarrollo
Andrew Chiu, 2017. de producto usa el rescate de sistemas biológicos, dentro de un proceso de
DER: Concepto para diseño de producto e innovación.
máscara de buceo
inspirado en los
sistemas de succión
de los peces llama-
dos Clingfish. Olivia
002 - Práctica Profesional | Diseño de Productos
Giacobbe, 2017.
Los referentes naturales, las analogías biológicas y los sistemas, así como
los conceptos de crecimiento y estructura presentes en la vida natural,
han permeado casi todo mi trabajo en el desarrollo de productos. Los pro-
yectos que hemos desarrollado desde nuestra oficina Metaplug en Caracas,
un estudio de diseño, consultoría y fabricación fundado en 1997, se ha
caracterizado fundamentalmente por la optimización de los recursos y la
comprensión de las estructuras, la eficiencia de las estructuras mínimas y
el uso de la geometría como base del proyecto.
Pratt Institute
117
ISBN 978-65-5550-222-0
Concepto de un empaque
de alta resistencia para el
transporte de contenido
frágil inspirado en la
estructura craneal del
pájaro carpintero. Feng
Wei, 2018.
Presentación de proyectos
de Biomimética en las
instalaciones de Museo
del Diseño Cooper Hewitt
en Nueva York.
Pratt Institute
118
ISBN 978-65-5550-222-0
Desde Metaplug siempre estuvimos muy atentos al correcto uso de los principios
físicos estructurales, donde la forma determina los caminos más económicos para
la resolución de las estructuras. Hemos implementado continuamente estos prin-
cipios que nos ofrece la naturaleza e implementado conceptos de mayor aliento
como el crecimiento de los organismos o los temas de la movilidad. El resultado
se registra en propuestas directamente desarrolladas para la industria o para
instituciones que se caracterizan por el uso mínimos de materiales, estructuras a
la vista y eficiencia física de los productos.
Desde los años noventa, cuando comenzamos a publicar artículos de diseño para
el público general en periódicos y revistas especializadas, hicimos algunos artícu-
los con temas de diseño y naturaleza.
PalDrop. Aplicador
de gotas para los
ojos inspirado en el
sistema de la araña
TICK (Ixodida).
Diseño Julia
Liverton.
Resultados
del Taller de
Biomimética
en Pratt Institute
realizado en
el semestre
Otoño 2019.
Kiosco de ventas al
por menor. 2002.
Un proyecto para la
empresa Bigott con
una gigantesca y
liviana compuerta
inspirada en las
hojas de la palma.
Pratt Institute
120
ISBN 978-65-5550-222-0
Cabinas para
vigilancia UCV
inspiradas en
las conchas del
‘jacarandá’. 1996.
La Universidad
Central de
Venezuela fue
diseñada y
construida en la
década de los cin-
cuenta y fue decla-
rada Patrimonio
de la Humanidad
por la Unesco en
el año 2000.
Algunos artículos
relacionados con
la biónica en mi
columna de diseño
en el suple-
mento dominical
Arquitectura Hoy
del periódico
de circulación
nacional Economía
Hoy. Colaborador
en el periodo 1994
– 1997. Caracas,
Venezuel
Pratt Institute
121
ISBN 978-65-5550-222-0
Contenidos
relacionados
publicados en
el portal
di-conexiones
desde 2009.
Atividades práticas do ensino
da Biônica e Biomimética
no Curso de Design da UFMG
O ensino da biomimética (ou biomimetismo) vem sendo cada vez mais explorado
Prof. Fernando José
da Silva, Escola de nos cursos de Design e Arquitetura do Brasil e do mundo e este capítulo traz a
Arquitetura da UFMG, experiência adquirida na disciplina TAU095 - Biônica e Biomimética, do curso de
Curso de Design Design da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Agradecimentos
ABORDAGEM DA DISCIPLINA NO CURSO
Os autores agradecem O curso de Design da UFMG é oferecido em nove semestres e apresenta um currí-
à UFMG pela oferta culo com 2700 horas. Entre os objetivos do curso estão “promover a concepção e o
da disciplina, que desenvolvimento de artefatos centrados na composição da cultura material e visual
tem motivado tanto
contemporânea, associados às inovações tecnológicas; permitir uma visão global
os alunos e também
e crítica sobre o produto, bem como sobre as implicações da atividade projetual;
à FAPEMIG, que pro-
porcionou uma bolsa criar predisposições para uma atuação profissional capazes de promover mudanças
de iniciação científica que não negligenciem as referências de desenvolvimento sustentável” (https://ufmg.
em 2018. br/cursos/graduacao/2394/90312).
Universidade Federal de Minas Gerais
124
ISBN978-65-5550-222-0
Nas Figuras 1 a 3 são mostradas algumas soluções encontradas pelos discentes para resol-
ver uma das atividades práticas, que tinha como objetivo estudar os formatos dos pés de
vários animais e aplicar esse formato em algum produto ainda inexistente.
Figura 1A - Resultado
encontrado pelos dis-
centes para atender à
atividade prática sobre
o formato de pés.
À esquerda: a inspira-
ção adotada. Fonte:
discentes do segundo
semestre de 2017 da
disciplina TAU095.
Universidade Federal de Minas Gerais
125
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 1B -
Resultado
encontrado pelos
discentes para
atender à atividade
prática sobre o
formato de pés.
Aplicação em produ-
tos. Fonte: discentes
do segundo semestre
de 2017 da disciplina
TAU095.
Figura 2 -
Resultados encontra-
dos pelos discentes
para atender à
atividade prática
sobre o formato de
pés. Acima: a inspi-
ração adotada, ao
lado: a aplicação em
produtos
Fonte: discentes do
segundo semestre de
2017 da disciplina
TAU095.
Universidade Federal de Minas Gerais
126
ISBN978-65-5550-222-0
As espécies escaladoras
são a cabra-da-montanha
(Oreamnos americanus) e o
íbex-alpino (Capra ibex).
Como animais extrema-
mente ágeis e excelentes
alpinistas, costumam
habitar zonas entre os
dois mil e os três mil
metros de altitude.
A alternativa pensada
seria um produto para
os pés, o produto deve
auxiliar o escalador
criando maior fixação para
o atleta. Tornando a sua
subida mais fácil.
Nas Figuras 4 a 6 são mostradas algumas soluções encontradas pelos discentes para
resolver outra atividade prática, que tinha como objetivo apresentar um produto
diferente do existente, substituindo o material e/ou sua forma.
Proposta: Auxílio para trocas de galões de água para pessoas com dificuldade por conta do
tamanho e peso.
Materiais
Estrutura articulada: Papel Calandrado | Base: MDF
Peças de madeira (tábua de 20mm de espessura): 5 peças de 1,5 x 2. 1 peça de 3 x 3mm.
1 peça de 1,5 x 3 mm.
Ferragens: 6 parafusos de 40mm de comprimento com 12 arroelas e 6 porcas; 2 parafusos de 60mm
de comprimento com 4 arroelas e 2 porcas; 3 pitões; pedaço de arame de 0,8mm de diâmetro
Peças gerais: 3 seringas de 10ml; 3 seringas de 20ml; 3 mangueiras de aquário.
INSPIRAÇÃO:
O projeto final da disciplina teve como objetivo principal o projeto de um rover, com aplicação
dos princípios de biônica (atividade relacionada aos braços hidráulicos) e de biomimética, para
coletar amostras em um outro planeta. As Figuras 19 a 28 mostram os projetos finais apresenta-
dos pelos discentes do segundo semestre de 2017 da disciplina TAU095.
Universidade Federal de Minas Gerais
133
ISBN 978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Minas Gerais
134
ISBN978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Minas Gerais
135
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 26 - Imagens
do projeto final.
Primeira ima-
gem: proposta,
demais imagens:
inspirações.
Fonte: discentes do
segundo semestre
de 2017 da disci-
REFERÊNCIAS plina TAU095.
Figura 27 - Imagens
do projeto final.
Primeira ima-
gem: proposta,
demais imagens:
inspirações.
Fonte: discentes do
segundo semestre
de 2017 da disci-
plina TAU095.
Universidade Federal de Minas Gerais
136
ISBN978-65-5550-222-0
Universidade Federal de Minas Gerais
137
ISBN 978-65-5550-222-0
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se nesta experiência de Biônica e Biomimética, com os discentes do curso de Design,
um avanço nas considerações acerca de inspirações que antes eles não tinham com esta ampla
visão sobre as possibilidades de aplicação em projetos das mais variadas áreas do Design.
Sugere-se que, noutras experiências similares, sejam trabalhadas sequências onde se possa
prever aumento de complexidade tanto da pesquisa quanto da representação enquanto
ideia posta em prática, de modo que os avanços possam ser mais bem identificados.
Contudo, esta foi uma experiência de dois semestres, mas que está em fase de identificação de
outras oportunidades de aplicação prática dos conceitos e do desenvolvimento das propostas
apresentadas pelos alunos.
Vê-se também que, por ser uma disciplina prevista desde o início do curso mas lecionada com o
foco em biomimética recentemente, e que, de acordo com as demandas e números de discen-
tes, será melhor desenvolvida nos próximos semestres, ampliando também a possibilidade de
que estas propostas sejam tidas como referência para os projetos finais de curso (Trabalhos de
Conclusão de Curso).
Aproximaciones a la enseñanza
del proyecto en Biomimética
Proyectual en UBA
EXPERIENCIA BioTriz
Los números que aparecen en la intersección entre estos parámetros son los que
van a servir de guía para la búsqueda de la solución al problema. A continuación
se plantearon los parámetros para la resolución de los objetos planteados (kit de
herramientas de jardinería).
En esa etapa es donde comienzan los alumnos a buscar referentes análogos obser-
vados en los campos de la biología. Se analizan esos referentes para luego realizar
una comparación entre las soluciones orgánicas escogidas y las necesidades - o
problemas a resolverse - de los objetos planteadas previamente.
Estas relaciones pueden tomarse, con menor o mayor grado de profundidad, desde la adopción
de categorías generales -tomadas como punto de partida-, hasta el análisis de condiciones o
propiedades de funcionamientos naturales, de mayor complejidad.
El uso de la metodología BT, a partir del uso de la Matriz BioTriz, ayuda a desarrollar habili-
dades graduales o progresivas de biomímesis proyectual desde la apropiación simple de una
condición morfológica, hasta la imitación compleja de mecanismos o funcionamientos propios
de organismos naturales.
Para manifestar el espíritu de este ejercicio y su naturaleza didáctica más allá del análisis pun-
tual de tres casos demostrativos de esta experiencia, las figuras 2.66, 2.67 y 2.68 transcriben
las láminas de presentación de tres diferentes propuestas y, en cada una de ellas, se sintetizan
los principios de la biomímesis proyectual y sus posibles intervenciones.A continuación, se
presenta unificadamente el objeto final diseñado, los principios de invención tomados como
marcadores referenciales y los elementos orgánicos en los que se basan y fundamentan tales
objetos proyectados.
CASO F1
En este caso, el kit de herramientas planteado estaba compuesto por una pala,
un cultivador y un trasplantador.
Los objetivos planteados para este kit fueron los de resolver aspectos de comodidad
y facilidad en su uso, así como también aspectos de protección y seguridad para el
manejo de plantas de difícil manejo.
Tabla 2.F.1.1
Sección de la
Matriz BioTriz
con los paráme-
tros y principios
seleccionados
El principio seleccionado para ser tomado como punto de partida para la resolu-
ción del problema planteado que se tomó fue el siguiente:
14. Curvatura: Reemplazar las partes lineales o superficies planas con curvas.
Reemplazar formas cúbicas por esféricas.
En este caso, se desarrollan las tres herramientas requeridas mediante las siguien-
tes referencias naturales que se encuentran detalladas en los siguientes paneles
(figuras 2.70, 2.71 y 2.72).
En primer lugar, la relación píleo-pie del hongo como referencia del objeto pala; el
principio aprehensivo de las pinzas frontales de los coleópteros o escarabajos como
referencia de la pinza y la solución del par frontal de pinzas serradas del insecto
dorcus titanus para el desarrollo de la herramienta tijera. Los referentes naturales
seleccionados fueron diferentes a partir de la función necesaria para la operación a
realizar en cada uno de los objetos.
El punto que se mantuvo en común en los tres elementos del kit fue el uso del
principio inventivo (Curvatura) para el desarrollo de morfologías que permitan
cumplir con los objetivos iniciales de protección, comodidad y seguridad.
Universidad de Buenos Aires
144
ISBN978-65-5550-222-0
Figura 2.70
Panel 1. Desarrollo
del objeto pala
a partir de la
implementación
de referencias
naturales aplicando
la metodología
BioTriz
Figura 2.71
Panel 2. Desarrollo
del objeto pinza
a partir de la
implementación
de referencias
naturales aplicando
la metodología
BioTriz
Figura 2.72
Panel 3. Desarrollo
del objeto tijera
a partir de la
En este caso se observa claramente la aplicación de, en primer lugar, refe-
implementación
de referencias
rentes naturales seleccionados específicamente para la correcta realiza-
naturales aplicando ción de las operaciones de cada uno de los objetos, y en segundo lugar, se
la metodología observa como un resultado positivo la intervención del principio inventivo
BioTriz de curvatura como elemento para plantear soluciones a los objetivos.
Universidad de Buenos Aires
145
ISBN 978-65-5550-222-0
CASO F2
• 1. Segmentación
• 4. Asimetría
• 18. Vibración mecánica
• 33. Homogeneidad
Universidad de Buenos Aires
146
ISBN978-65-5550-222-0
Tabla 2.F.2.2 Los principios de invención seleccionados para ser tomados como punto de partida
Sección de la para la resolución del problema serían los siguientes:
Matriz BioTriz
con los paráme-
tros y principios
En esa etapa es donde los alumnos comenzaron a buscar referentes análogos
seleccionados observados en los campos de la biología y tomando los principios de invención
propuestos por la Matriz BioTriz como punto de partida.
Se analizaron esos referentes para luego realizar una comparación entre las soluciones
orgánicas escogidas y las necesidades – o problemas a resolverse- de los objetos plantea-
das previamente.
En el caso F2 se puede observar en los paneles transcriptos en las figuras 2.74, 2.75
y 2.76 las indicaciones referenciales de la biomímesis: en primer lugar, el aprove-
chamiento del ángulo corporal de trabajo de percusión del pájaro carpintero para
desarrollar la herramienta serrucho; la geometría de la pinza del cangrejo violinista
para inspirar el diseño de la tijera y la consideración de la geometría del pico del ave
avoceta para conformar el diseño de la herramienta weeder.
CASO F3
En este kit los objetivos a cumplir eran los de lograr un buen agarre, así como también,
facilidad en el uso y en la operación para usuarios con motricidad reducida.
• Empeora: Peso del objeto estacionario (la masa de un objeto en un campo gravi-
tacional. La fuerza con que el objeto interactúa en su soporte o suspensión, en la
superficie sobre la que se colocó).
A partir de la definición de estos dos parámetros, la Matriz BioTriz sugiere los siguien-
tes principios de invención:
El principio inventivo seleccionado para ser tomado como punto de partida para la
resolución del problema sería el siguiente:
Tabla 2.F.3 6. Universalidad: Hacer que el objeto realice múltiples funciones, eliminando así la
Características necesidad de otros objetos.
del caso F3
Tabla 2.F.3.3
Sección de la
Matriz BioTriz
con los paráme-
tros y principios
seleccionados
En esa etapa es donde comienzan los alumnos a buscar referentes análogos obser-
vados en los campos de la biología y a su vez teniendo en cuenta a uno de los prin-
cipios de invención sugeridos por la Matriz BioTriz (Universalidad) para utilizarlo
como referencia para el desarrollo de las propuestas.
Se analizaron esos referentes para luego realizar una comparación entre las solu-
ciones orgánicas escogidas y las necesidades – o problemas a resolverse- de los
objetos planteadas previamente.
Universidad de Buenos Aires
150
ISBN978-65-5550-222-0
Como en los dos casos anteriores, los referentes naturales fueron seleccio-
nados para lograr la mejor funcionalidad de cada uno de los objetos, el
principio inventivo seleccionado se tomó como referente para el planteo
de la solución general del kit en cuanto al desarrollo de un buen agarre
dando la posibilidad de la facilidad para el uso y planteando cierto grado
de universalidad en los objetos generando alternativas de uso.
INTRODUÇÃO
BIÔNICA
Figura 2 “A
água-viva que se
auto rejuvenesce”
Marcella Schneider
Figura 4
“Comunicação
em rede dos
nervos” Sílvia Conte
Roncatto
Figura 5 “Cachorros
podem alertar
diabéticos da
hipoglicemia“ Sílvia
Conte Roncatto
Figura 6 “Plantas
reagem à música
agindo no seu
metabolismo”
Gabriela Pereira
Universidade Federal de Santa Catarina
157
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 7
“Resistência do fio
de aranha” Carolina
Schütz Rosa
Figura 8
“Resistência do fio
de aranha” Davi
Goulart Martins
Figura 9
“As ranhuras
longitudinais, finas
na pele externa de
tubares e golfinho
aceleram a altas
velocidades” Analia
Eileen Rojas
Universidade Federal de Santa Catarina
158
ISBN 978-65-5550-222-0
Uma linha suave e uma entrada no meio da cauda que foi aplicada na
alternativa. As pontas das caudas de alguns animais possuem uma curva-
tura e na parte central da nadadeira cauda há um pequeno corte em ‘v’.
Forma que aparenta ser eficaz em relação ao desempenho hidrodinâmico.
Figura 10
Animais com
caudas e patas
Universidade Federal de Santa Catarina
159
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 11
Alternativa com
formas análogas
Figura 12
Referências
Figura 13 Solução
da nadadeira
Universidade Federal de Santa Catarina
160
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 14
Representação da
forma do grilo verde
Figura 15
Processo de criação
volumétrica da forma
do shape
Universidade Federal de Santa Catarina
161
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 16
Shape do veiculo
Within the Research Center of the European Institute of Design, bionic research activity has
been present from the very beginning. As early as 1976 there was the Bionic Laboratory in
the Department of Industrial Design, a research facility established with the aim of
understanding the relationships between Basic Design and structural morphologies in nature
through iconographic and functional connections and analog models. Later, from 1979 to
1982, research moved beyond the Basic Design dimension to the broader study of
investigating possible analog relationships between natural patterns and artificial structures.
The Centro Ricerche Strutture Naturali CRSN was founded in 1982, a space for reflection
and design experimentation on Bionics applied to industrial design and architecture in which
special attention is paid to the opportunities for innovation offered by this approach to Italian
and international companies.
In CRSN, Bionics studies the structures, mechanisms, logics, and principles of natural
organisms in order to derive useful insights into systemic and energetic design. All projects
are conducted in an interdisciplinary way in collaboration with industries and research
centers, including Candy elettrodomestici, Fiat auto, the Magona Italia, Montedison,
Aquarium and Civica, Hydro-biological Station of Milan, University of Milan, Klinker, Sire,
Tensoforma and Commodore Italia, and with the advice of zoological biologists, architects
and engineers.
Centro Ricerche IED
166
ISBN 978-65-5550-222-0
Centro Ricerche IED
167
ISBN 978-65-5550-222-0
The Research Center of the European Institute of Design was founded in ‘82 by Carmelo Di
Bartolo, from whom international generations of students and collaborators, now established
Designers and Academics, have passed.
As early as 1978, the IED Research Center (formerly the Natural Structures Research Center) was
working on bionics, sustainability and minimal energy impact, analyzing the forms, structural
geometries and growth patterns of nature to derive principles and rules for conscious human
design. In this sense Di Bartolo was a pioneer, establishing in ‘86 the two-year Master’s Degree
in Bionics and Design that was active until 2000.
CRIED has matured its own overall perspective on how to approach design: a design that
thinks about objects in the context of the system of production, communication and consump-
tion; a design that aims at energy efficiency and design balance as a non-superficial ecological
attitude; a design that considers the observation of nature a fundamental formative activity
for the culture of the designer. A design that believes in radical rethinking of the conditions of
use of the object and finds in this culture of innovation further common ground with indus-
trial culture.
With these premises, it is now possible to establish a new relationship with the business world,
not based on the mere simulation of projects, but fully professional: the cultural heritage
matured by CRIED in the field of design now serves the solution of real problems of produc-
tion, articulating itself in various areas of activity, each responding to a living problem in the
business world.
Centro Ricerche IED
168
ISBN 978-65-5550-222-0
A relationship that takes place under the sign of concreteness: researchers come
into contact with the real problems of industrial organization; companies receive, in
exchange for the information and data, feasible proposals consistent with the pro-
blems of production and the market.
To do this, it is necessary to have at one’s disposal a “data bank” that includes the
widest possible repertoire of solutions: from those found in nature to those of
already manufactured products. Often from the composition of several solutions
observed in nature comes a new and effective design solution. The study of nature
here is not the search for a model: the end point is not to “remake” nature. It is
a methodology of analysis hinged on bionics (i.e., morphological and functional
analysis of natural structures) that allows for insights useful for the design of artificial
objects: the end point is design.
Research, in this dimension, takes the form of a memory that enables the gathering
of all the elements useful for the solution of a specific problem: it fosters connections,
stimulates associations, and translates them into objects and insights that can be veri-
fied from a productive point of view, according to an existing market.
Centro Ricerche IED
175
ISBN 978-65-5550-222-0
OTHER PROJECTS
Centro Ricerche IED
176
ISBN 978-65-5550-222-0
Centro Ricerche IED
177
ISBN 978-65-5550-222-0
Centro Ricerche IED
178
ISBN 978-65-5550-222-0
Centro Ricerche IED
179
ISBN 978-65-5550-222-0
Origens do LABORATÓRIO
DE BIOMIMÉTICA da Escola
Superior de Design/UERJ
Laboratório de
Biomimética “A idade da pedra não acabou porque os humanos ficaram sem pedras.
ESDI/Uerj
Ela acabou porque era o tempo de repensar como vivemos”! (William Mc
Donough, no seu famoso livro “Cradle to Cradle”)
Prof. Dr. Roberto
Verschleisser
A primeira vez que ouvi falar de Biomimética, ela não se chamava assim.
Prof. Dr. Luiz Chamava-se Biônica. Tudo começa em 1958, quando o major J.E. Steele, da
Antonio de Saboya Força Aérea Norte Americana decide lançar a ideia. Ele definiu Biônica como
sendo: “Uma ciência de sistemas que tem seu funcionamento copiado direta-
Designer mente dos sistemas naturais ou que tem certas características específicas de
Vinicius sistemas naturais ou que lhe são ainda análogos”.
Braga Pereira
O primeiro congresso sobre Biônica aconteceu em Dayton, Ohio, USA, em
Designer 1960 sob o titulo: ”Protótipos vivos, a chave para novas tecnologias”.
Marcos Vieira
No Air Force Avionics Laboratory existia uma secção de Biônica que era diri-
Designer Carlos gida por Margaret Michell, formada em: matemática, filosofia e psicologia.
Henrique Braga Não é de admirar, portanto que um oficial da força aérea americana, como o
Brandão (Pedra) major Steele tenha empregado o termo “bionics” para descrever a transposi-
ção de conhecimentos biológicos para a técnica.
Designer/Fotografa
Luciana Vermell O conceito tinha sido, originalmente, tirado da combinação dos termos “bio”
e “eletronics” resultando em uma expressão, para nós, hoje em dia, muito
Prof. Dr. limitada para o assunto. Mesmo assim o ano de 1960 ficou registrado como o
Fernando Reiszel ano do nascimento da Biônica, posteriormente chamada de Biomimética.
Profa. Dra. Que eu saiba, quem primeiro trouxe a Biônica para o Brasil, foi um colega da
Denise Fillipo UFRJ, já falecido, chamado Sergio Camardela. Sergio estudou um tempo na
Itália no Istituto Europeo de Design, no início da década de 80, onde foi aluno
Prof. Dr. Frank Barral do professor Carmelo Di Bartolo.
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
182
ISBN978-65-5550-222-0
Assim foi que, com Sergio Camardela, eu tive as primeiras informações sobre esta
ciência emergente na Europa. Dai em diante passei a procurar, por conta própria e
descobrir os trabalhos e livros do já mencionado designer italiano Carmelo Di Bartolo,
alemães: Werner Nachtigall, Frei Otto e Biruta Kriesling e das norte-americanas Janine
Benyus e Dayana Baumeister, para citar apenas os principais responsáveis por minha
formação autodidata.
Na verdade, todos estes livros vieram depois de uma experiência que tive na Amazônia
que eu penso ter sido o grande detonador da minha curiosidade pelo assunto. Nesta
época estávamos: meu sócio Leonardo Visconti e eu trabalhado para o MOBRAL - para
quem não conheceu: Movimento Brasileiro de Alfabetização - e tínhamos acabado de
entregar o projeto da Mobralteca, um veículo de complementação educacional, com
seis unidades circulando por todo o Brasil. Estamos falando do período 1970 – 1972.
Com o intuito de estudar de perto o problema, meu sócio Leonardo Visconti, minha
mulher Marta Novo Verschleisser e eu, viajamos para a Amazônia para estudar o
rio e suas barrancas e desenvolver, junto a um estaleiro local, o projeto do referido
barco catamarã. Foi nesta estadia que percebi o isolamento das pequenas cidades
que dependiam do rio para tudo. Um dia, conversando com um pescador ele me
informou que o seu vizinho mais próximo ficava a dois dias de canoa de onde ele
morava! Foi o estalo! Pensei: Há, pelo menos 6.000 anos, senão mais, sempre viveu
gente nesta floresta e desta floresta, neste lugar incrível onde se pode ver a origem
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
183
ISBN 978-65-5550-222-0
da vida em todos os seus matizes exuberantes, onde, no imenso Rio, na flora e na fauna, estão
todas as soluções oferecidas pela Natureza, a “Grande Designer”. Ela provia tudo para a sobre-
vivência destes povos que acumularam um conhecimento gigantesco de soluções e invenções.
Era só querer ver, ouvir e aprender!
Desta forma eu me dei conta de que, muito antes do descobrimento do Brasil, já viviam aqui
grupos de pessoas, sem nenhum contato com o mundo dito “civilizado”, e que , apesar das
imensas distâncias e dificuldades estes grupos conseguiam sobreviver. Como? Usando os recur-
sos e materiais que a Natureza lhes dava para produzir: energia, abrigos, objetos, alimentos,
remédios e transporte. Os rios eram as estradas e os meios de comunicação naturais. “Vizinho”
significava alguém vivendo a dois dias de canoa do lugar em que se estava.
A vela, que eles também já tinham problematizado, não servia para muita coisa nestes casos,
pois mesmo usando a tática do bordejamento (navegar em zigue-zague) com a dita vela,
que era muito primitiva, a viajem demorava muito mais tempo e exigia um grande esforço.
O problema era resolvido da seguinte maneira: o navegante fazia um grande engradado de
galhos, preenchido com pedras, e mergulhava este volume, amarrado por uma tira de couro, à
proa do barco, abaixo da superfície do rio, alcançando a massa d`água que corria em direção
à foz. Assim o barco progredia naturalmente, sendo o único esforço do tripulante, manejar o
leme. Em 74, eu perguntei a um pescador, já mais velho, como é que ele fazia para navegar,
rio abaixo contra o vento, e ele respondeu: ”sem motor, não vai!“. Ele desconhecia a velha
“técnica” do seu avô, isto é, em duas gerações o conhecimento se perdeu!
Foi ainda a partir desta experiência amazônica que pensamos na necessidade de se preservar
esta e outras informações preciosas dos povos do interior do Brasil.
Como resultado desta viagem montei na PUC-Rio, onde era professor, um curso com textos,
imagens e realização de Workshops para ampliar o conhecimento e montar um pequeno banco
de dados, a partir de projetos realizados pelos alunos que orientava.
Tempos depois aprendi com Janine Benius, uma bióloga americana, a expressão
“Biomimética”, que melhor explica o processo criativo de desenvolver produtos tendo a
Natureza como modelo e mentora. Anos mais tarde trouxe esta experiência para a ESDI, onde
também lecionava, e gerei um curso regular de Biomimética obtendo excelentes resultados
com os trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
184
ISBN978-65-5550-222-0
Créditos
da esquerda
para direita:
Prof. Roberto
Verschleisser;
Prof. Luis Antonio
Saboya, a designer
Luciana Vermell e
o designer Marcos
da Rocha Vieira.
Créditos
da esquerda
para direita:
Prof. Roberto
Verschleisser;
Prof. Frank Barral;
Prof. Luiz Vidal
e Prof. Amilton
Arruda. Visita ao
LAB Biomimética
da ESDI Nov. 2018.
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
185
ISBN 978-65-5550-222-0
Tomamos as árvores do Jardim Botânico com suas raízes aparentes, troncos, galhos, folhas e
flores como modelos biomiméticos inspiradores do desenho de cada componente do sis-
tema sinalizador. Para os postes, os troncos nervurados das árvores; para as hastes, o engaste
superposto dos galhos como nas plantas com grandes folhas; e os folíolos do pau-brasil para
configurar as placas sinalizadoras, uma vez que ofereciam uma boa forma associada a uma
superfície generosa, para se imprimir os textos, bilíngues, de orientação e informação aos
visitantes do parque.
Todo o sistema de suporte dessa sinalização foi feito em ferro fundido, que é um material que
utilizo com frequência em meus projetos, pois ele permite muita plasticidade é muito durável
e não é tão caro assim. As placas, por sua vez, foram confeccionadas em lâminas de alumínio
naval pintadas com tinta automotiva. Se os futuros administradores do Jardim Botânico forem
diligentes na conservação, é bem possível que estes elementos durem 500 anos mesmo!
Outro detalhe importante é que cuidamos para que os conjuntos postes/placas não fossem
altos para não interferirem demais na paisagem. Óbviamente eles precisavam ser vistos, mas
discretos! As hastes foram desenhadas de modo a formar um “jogo de armar”, permitindo a
montagem dos componentes, com facilidade, diretamente nos seus locais de pouso. Este “jogo
de armar” facilita ainda a solução individual de cada conjunto: poste/haste, com placa, uma
vez que estes elementos são encaixáveis em quaisquer posições que se fizerem necessárias para
indicar os caminhos dentro do parque. Com relação à codificação das cores dos fundos das pla-
cas ficou estabelecido que: as placas verdes indicam todas a facilidades e serviços, tais como:
lojas, cantinas, pontos de informação, as diferentes regiões, praças e sanitários; as placas azuis
sinalizam todos os caminhos dentro do parque tais como: aléias, ruas e trilhas, enquanto as
placas de cor marron se referem a todos os monumentos históricos, estátuas, chafarizes exis-
tentes no parque.
Créditos:
Roberto
Verschleisser,
Marta Novo,
Bruno Novo
VD4 – 2000
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
186
ISBN978-65-5550-222-0
CASE 2 - Teleférico
Créditos:
Roberto
Verschleisser,
Marta Novo, O projeto se insere numa categoria de teleféricos chamada “Funitel”.
Bruno Novo Nesta categoria a gôndola é suspensa por meio de duas hastes que se
VD4 – 2000 prendem a dois cabos o que garante maior estabilidade e, consequente-
mente, maior velocidade. Os cabos são acionados por um sistema de pro-
pulsão ininterrupto e de velocidade constante o que faz com que a cabine
tenha que se desprender a medida que ela se aproxima da estação. O
sistema de engate e desengate mimetiza as garras do besouro. Para chegar
ao ponto de embarque e desembarque, quando desengatada a gondola
é levada por rodas de borracha acionadas por motores elétricos. Uma vez
terminada a abordagem dos passageiros as rodas de borracha devolvem
a cabine a uma posição e velocidade tais que permitem o reengate das
hastes nos cabos para prosseguir a viagem.
O corpo da gôn-
dola do teleférico
se baseia na
sintese formal do
besouro Scarites
subterraneus.
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
187
ISBN 978-65-5550-222-0
Créditos:
CASE 3 - Hovercraft Thiago E. V.
Holzmeister. PUC-
Rio. 2007
Créditos:
Ana Franco,
Caio Logato,
Claudia Samico,
Yuri Santos
ESDI, 2012
O projeto da estufa se baseia na estrutura de uma aranha, onde cada um dos pilares de sus-
tentação é uma das pernas do inseto. A rótula central, para onde convergem estes suportes,
é o local onde se encontra o sistema de ventilação e troca de ar da estufa, muito importante
para o bem estar das mudas. O sistema todo se quer portátil, tem estrutura inflável, composta
por tubos de filme de PVC, tendo o entremeio fechado por filmes transparentes, com 1mm de
espessura, também em plástico, para permitir a generosa entrada da luz do sol.
Para este projeto foram ainda desenvolvidas bancadas com aberturas para acomodar os vasos
de mudas. As estantes são modulares, fabricadas em alumínio ou aço inox, em dois níveis de
altura para garantir uma perfeita insolação de todas as plantas. Completam o conjunto, um
sistema de bandejas coletoras da água excedente da rega, para reaproveitamento.
A ideia é fornecer uma estufa para utilização caseira em jardins e pequenos sítios. A ergono-
mia do interior da estufa prevê, no seu ponto mais alto (centro do conjunto), um pé direito
de 1,80 m.; sendo que desta posição se pode alcançar, igualmente, todos os vasos de plantas
posicionados no entorno.
Créditos:
Jeroren Van
Doren – Aluno de
intercâmbio do
projeto Erasmus/
ESDI - 2012
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
190
ISBN978-65-5550-222-0
A conexão entre as peças se faz por meio de um sistema macho e fêmea que
reproduz o engaste da cabeça do osso no seu nicho (como por exemplo cabeça do
fêmur na bacia). Com este artifício o conjunto de peças conectadas pode assumir
uma grande variedade de formas e comprimentos, uma vez que, se trata de uma
peça padrão, única e simétrica, injetada em plástico, que pode ser reproduzida
indefinidamente.
As peças assim montadas oferecem uma confortável superfície de apoio (assento) que
pode, como já foi dito, ser organizada de inúmeras maneiras. Além disso o desenho
da peça módulo foi pensado para oferecer uma certa resiliência às várias solicitações
de carga exercidas pelos eventuais usuários do banco.
Créditos:
Bruno Trindade. PUC-Rio – 2008
Laboratório de Biomimética - ESDI/UERJ
191
ISBN 978-65-5550-222-0
O Pedreiro da Floresta
Os filhotes são alimentados, também por ambos os pais, durante 23 a 26 dias, antes de desen-
volverem a plumagem, permanecendo no território parental por mais 6 meses, às vezes até uma
nova postura. Nestes casos os juvenis podem ajudar os pais a construir um novo ninho. Não há
uma relação direta entre a construção de ninhos e o período de postura. O casal pode reutili-
zar a casa antiga ou não. Assim sendo, é bem comum de se encontrar vários ninhos juntos, ou
mesmo um em cima do outro. Além disto, um ninho antigo pode ser reformado para uma nova
temporada de postura. E, como se não bastasse, os ninhos abandonados podem ser ocupados
por uma grande variedade de outros pássaros, insetos como abelhas e percevejos além de
cobras e pererecas. Quando seca a massa que constituem a casa do joão-de-barro se revela
extremamente dura e resistente. Resulta uma estrutura formada por nada mais, nada menos
do que o nosso clássico adobe, utilizado desde sempre nas nossa construções mais antigas. Na
floresta, para a instalação do seu ninho o casal dá preferência aos galhos baixos das árvores e/
ou troncos secos, escolhendo pontos que possuam boa visibilidade do entorno. Mas, se não
encontram um lugar adequado podem nidificar até sobre uma rocha saliente ou mesmo no
chão. Nas zonas urbanas, onde está perfeitamente adaptado, prefere postes elétricos ou pei-
toris de janelas. Nestes casos o casal escolhe postes altos ou pontos de encontro entre janelas
e paredes, situados em locais de difícil acesso (Fonte: Wikipédia a enciclopédia livre e http://
recriarcomvoce.com.br)
Considerando tudo que foi exposto temos razão de sobra para eleger o João-de-barro como
representante legítimo e marca-símbolo do nosso Laboratório, que, nas suas pesquisas, lida o
tempo todo observando diretamente a Natureza em busca das soluções mais adequadas para
aplicação em nossos projetos concretos de design. Nada mais apropriado do que considerar o
nosso querido pássaro como um arquiteto, um construtor enfim, um Designer da Floresta.
Marca do Laboratório de
Biomimética. Créditos: Roberto
Verschleisser / Marcos Vieira /
Arisio Rabin – ESDI – 2015
Didática, Pesquisa e Projetos
com inspiração biológica
no BIODESIGN LAB da UFPE
Coordinator
Prof. Ph.D. Amilton Arruda O atual LabBIODESIGN/UFPE - Laboratório do Biodesign nasceu em 1998
através de recursos e financiamento de bolsas do CNPq e FACEPE. É
Associate professors resultado das pesquisas em Biônica, Materiais e artefatos bioinspirados
Prof. M.Sc. Paulo Silva do professor Ph.D. Amilton Arruda, com titulação de mestrado e douto-
Prof. Esp. Cloves Parisio rado na Itália, respectivamente no CRIED e Politécnico de Milão. Desde
sua criação tem sido seu coordenador.
Ph.D scholashiper researcher
Thamires Clementino Localizado no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, ao longo dos
Antônio Roberto anos este laboratório tem aplicado a metodologia de biônica que
Rodrigo Barbosa resultou em diversos trabalhos dentro das disciplinas ministradas para a
Theska Soares graduação e pós-graduação do Departamento de Design da mesma insti-
Tarciana Andrade tuição, colaborando para disseminar as técnicas de estudo das estrutu-
Antonio Nogueira rais naturais referências para projetos de Design.
Marcelo Vicente
No Campo da Formação, modalidade do processo de ensino, a didática
Ph.D researcher de pesquisa deve respeitar o caráter natural de como a natureza se com-
M.Sc. Isabela Moroni porta em toda a sua evolução e dinâmica. Este sentido de experimenta-
M.Sc. Justino Barbosa ção se dá de duas modalidades:
M.Sc. Hilma Santos
M.Sc. Fernanda Regueira 1. Básico: Disciplina que tem objetivo de estimular a experimentação;
introduzir conceitos básicos da natureza: (evolução, adaptação, compor-
M.Sc. researcher tamento, composição, dinâmica, energia, máximo e mínimo, espirais,
Evandro Henriques ramificações, fluxo, estruturas, seção áurea, etc.) e ainda, criar uma
Lorenna Andrade filosofia, delineando uma linguagem de base que permita e fomente o
Lorena Braz discurso do “projeto biônico”.
Eddy Souza
Pablo Bezerra 2. Analógico: Experimentação com abstração geométrica da estrutura
Celso Hartkopt natural investigada; análise funcional e geométrica da natureza e seus
Luiz Valdo elementos. Representação de modelos tridimensionais de determinado
Plácido Fernandes comportamento da natureza e interpretação e tradução da forma nos
João Victor modelos analógicos que se identificou na estrutura analisada.
BIODESIGN LAB - UFPE
194
ISBN978-65-5550-222-0
Estudo da
interpretação da
Carambola por
Estudo Geométrico 2 - Carambola: Marília Gondim
em 2006.2.(Fonte:
Banco de imagens
Ao efetuar um corte transversal na fruta, a forma de estrela pode ser percebida na do Laboratório de
base. Os cinco vértices dessa estrela, por sua vez, convergem em um único ponto, BIODESIGN, 2006)
base para interpretação do modelo estrutural executado.
BIODESIGN LAB - UFPE
196
ISBN978-65-5550-222-0
Estudo da inter-
pretação do Alho Estudo Geométrico 5 - Carangueijo:
por Aline Morais
e Lucas Ayres
Este modelo levou em consideração a pata do caranguejo em relação ao ângulo
em 2007. (Fonte:
Banco de imagens de amplitude que a mesma pode atingir sem oferecer dano ao animal, foi adotada
do Laboratório de também a relação de tamanho entre a primeira e a segunda parte, modificando o
BIODESIGN, 2007) formato da terceira peça com uma base plana, própria para o apoio.
BIODESIGN LAB - UFPE
197
ISBN978-65-5550-222-0
Pesquisa de Base:
• Pesquisa teórica preocupada com aspectos, tais como: adaptação, forma, fun-
ção, locomoção, dinâmica, geometria, ciclos da natureza, etc.;
• Pesquisas para construção de banco de dados com diversos temas tais como
sistema de locomoção, sistema de articulações, membranas, embalagens, com-
ponentes estruturais na natureza, etc.;
Pesquisa Aplicada:
• Desenvolvimento de pesquisa completa delineada para aplicação no campo
projetual;
Neste exemplo o encaixe formado pelas junções dos grãos de milho facilita a
acomodação entre eles e proporciona uma melhor fixação. A partir desta forma foi
feita uma síntese para criação do modelo.
A característica analisada destacou a parte bipartida da casca onde o seu modelo evi-
Estudo da inter-
denciou o seu potencial natural de embalagem, aqui representada por uma síntese pretação do amen-
geométrica de 2 hemisférios com eixo giratório. doim por Alinne
Torres e Soraya
Holder em 2010.
(Fonte: Banco
Modelo Analógico 3 - Colmeia de imagens do
Laboratório de
BIODESIGN, 2010)
O aluno observa a malha externa hexagonal, atentando para a característica de
cada cavidade em que na sua base começa cilíndrica e termina na tradicional
forma hexagonal, sintetizando seu modelo através de um módulo construído em
PVC com as mesmas características.
Estudo da
interpretação da
Modelo Analógico 4 - Tatu Bola Colmeia por Bruno
Martins em 2007.
A característica mais marcante do Tatu Bola é a capacidade de se enrolar em torno de (Fonte: Banco
si mesmo neste aspecto esférico, por isto foi feita a geometrização da forma e criado de imagens do
um modelo síntese deste mecanismo do movimento. Laboratório de
BIODESIGN, 2007)
BIODESIGN LAB - UFPE
200
ISBN978-65-5550-222-0
Estudo da interpretação do
Tatu Bola por Pedro Santana
em 2010.
(Fonte: Banco de imagens do
Laboratório de BIODESIGN,
2010)
Programas de intercam-
bio e visitas a centros
internacionais com
presença dos investiga-
dores do LabBiodesign.
(Fonte: Banco de ima-
gens do Laboratório de
BIODESIGN)
BIODESIGN LAB - UFPE
203
ISBN978-65-5550-222-0
E por fim, o Campo Projetual, a gestão do discurso biônico aqui é mais complexa, pois
existem outras informações para atender a estratégias projetuais já definidas através
dessa tradução das informações adquiridas na pesquisa biônica. E levando em conside-
ração esta complexidade, este Campo é dividido em 3 hipóteses de intervenção:
Esquema do método
utilizado pelo professor
Amilton e adotado pelo
LabBiodesign UFPE.
(Fonte: ARRUDA, 2002)
BIODESIGN LAB - UFPE
204
ISBN978-65-5550-222-0
• Representação Fotográfica: Esta técnica revela uma riqueza de detalhes, que torna
incontestável o alto nível de fidelidade de descrição de qualquer estrutura. Hoje existem
diversos meios de utilização desta técnica, seja por fotografias digitais com câmeras de
altas resoluções ou até, numa análise mais acadêmica e menos criteriosa, através de câme-
ras de celular. Existem ainda as que se utilizam de uma série de fontes de luz tais como,
raio-X, ultravioleta ou infravermelhos. Há ainda métodos mais avançados de microscopia
eletrônica e de varredura, que cada vez mais proporcionam descobertas de características
morfológicas que revelam detalhes de estruturas internas dos elementos naturais à níveis
cada vez menores, como o recente microscópio que usa feixe de elétrons no Japão, capaz
de obter imagens a nível atômico. Através da capacidade de ampliações de imagens e das
fotografias digitais com seus softwares de computadores mais velozes, se têm revelado e
facilitado o entendimento e a descrição pormenorizada de estruturas. Para o estudo, deve-
-se tirar as fotografias, ou conseguí-las através de outros meios (internet), servindo para
revelar o todo, secções, detalhes, partes, componentes, e demais aspectos do elemento
analisado, que sejam do interesse do pesquisador.
• Modelo, por fim, encerra com a execução de um modelo tridimensional que sintetiza o
esquema realizado. Pode ser feito de qualquer material, dependendo da função e intenção
desejada, e para tanto, há necessidade de conhecimento prévio de técnicas de modela-
gem. Como a utilização de softwares ampliam e facilitam a visualização do modelo, este
também pode ser feito de maneira virtual, além do modelo físico.
As próximas figuras apresentam de forma resumida alguns dos trabalhos desenvolvidos por alunos de
graduação para disciplinas vinculadas ao laboratório do Biodesign. Nas versões originais eram apresen-
tados em forma de slides com pranchas da pesquisa, sintetizados através de banners e que por fim, era
configurado um modelo físico como síntese da pesquisa. São eles:
BIODESIGN LAB - UFPE
205
ISBN978-65-5550-222-0
À direita, diferentes
padrões de geodé-
sicas por modifica-
ção ou rearranjo do
triângulo principal
e exemplo de
camada dupla.
(Fonte: Elaborado
pela autora, do
banco de imagens
do Laboratório do
Biodesign)
À esquerda, referên-
cia natural (Diploria
labyrinthiformis),
vistas do modelo 2.
(Fonte: Elaborado
pela autora)
À direita, vistas
superior, isomé-
trica e detalhe do
modelo 2. (Fonte:
Elaborado pela
autora)
BIODESIGN LAB - UFPE
207
ISBN978-65-5550-222-0
Esta investigação que iniciou no mestrado em design, tem continuidade atual no doutorado
em andamento, envolve biologia, design biomimético, fabricação digital e impressão 3D. Tem
como objeto de estudo o elemento natural Agave e suas estratégias de leveza e resistência, com
o objetivo de compreender porque o pendão flora da planta é leve e resistente, e explorar a
emulação destas estratégias no desenvolvimento de uma prancha de surf bioinspirada, como
pode ser verificado nas etapas de projeto ilustradas pelas imagens da pesquisa. A abordagem
metodológica “Biomimicry Design Thinking” do Biomimicry Institute 3.8, conduz a investigação
à natureza, tendo-a como princípio e inspiração para soluções de design.
O padrão estrutural na forma de um voronoi foi identificado e explorado como modelo biomi-
mético para aplicação em artefatos que requerem estruturas leves e resistentes. Verificou-se
que, quando um conjunto de células tem maior densidade apresenta maior resistência,
enquanto um conjunto de células com menor densidade, tem mais leveza e flexibilidade. O
padrão de voronoi pode ser adaptado e aplicado em uma ampla de gama de artefatos através
do design paramétrico, manipulado em um plug-in do Rhinoceros, chamado Grasshopper. Esta
fase teve o auxílio do arquiteto especialista em fabricação digital, Paulo Carvalho.
Elementos natural -
Agave sisalana
BIODESIGN LAB - UFPE
212
ISBN978-65-5550-222-0
Microscopias
ópticas de tecido
vegetal de Agave
Microscopias
Eletrônica de
Varredura (MEV)
Modelo
biomimético
da emulação do
voronoi de Agave.
BIODESIGN LAB - UFPE
213
ISBN978-65-5550-222-0
Processo de abstra-
ção e aplicação em
artefato (surfboard)
Design paramé-
trico utilizando
Grasshopper
Figura 1: Processo
de design.
Figura 2: Pericarpo
da Citrus sinensis.
Figura 3: MEV–
Exocarpo e meso-
carpo da Citrus.
Fonte: Autores
em colaboração
com ESALQ.
BIODESIGN LAB - UFPE
217
ISBN978-65-5550-222-0
Figura 4:
(a) XT H 225 ST.
(b) Preparação da
amostra para esca-
neamento Fonte:
Autores
Figura 5:
(a) Seleção da mesh
da área de inte-
resse. (b) Analise
dos materiais.
Fonte: autores.
Fig.6: Impressão
em resina flexível
da estrutura
bioinspirada.
BIODESIGN LAB - UFPE
218
ISBN 978-65-5550-221-3
HYBRID DESIGN LAB - Design
and Bio-sciences at University
of Napoli Federico II
Coordination
Auxetic Neckbrace, In the research, teaching, and design experimentation activities of HDL,
Auxetic collar design, hybridized with science, brings the dimension of advanced
for postural
scientific research closer to individuals’ lives with the aim of improving
re-education;
Design: Martina their quality of life and making them aware of the possibilities and
Panico; Scientific achievements.
Coordination: Carla
Langella; Co-tutor: HDL is supported by funds from international and national research
Carlo Santulli. projects, which are granted funding through competitive public calls that
involve peer review, as well as third-party agreements with design-oriented
companies. The research results are disseminated through the organiza-
tion and realization of conferences, seminars, courses, workshops, and
national and international exhibitions. Some notable venues include
events held at Città della Scienza, the Festival of Science in Bergamo,
the Shenzhen Convention and Exhibition Centre in Shenzhen, China,
the Campus Center Galleries at the College of the Arts in San Francisco,
California, the Makers Faire in Rome, and the Rho Fair in Milan.
In the Hybrid Design Lab, the opportunities for intersection between Design and Science are
investigated and experimented with through a bijective approach. The roles and skills of desig-
ners and scientists merge and evolve through mutual contamination, in order to achieve shared
advancements in their respective fields. Science contributes to design by providing inspiration for
the creation of innovative and original artifacts. On the other hand, design aids science by trans-
lating its advancements into products useful in people’s lives. Through envisioning and modeling
capabilities, design provides interpretive models and design-based visions that offer alternative
and unconventional perspectives, facilitating the attainment of new knowledge and research paths
aligned with the demands of contemporary society.
The HDL has developed and is progressively testing and validating a hybrid design methodology
specifically designed to foster the integration of skills involved in the hybrid project. The goal is to
uncover common languages, objectives, as well as affinities and empathies that lead to transfor-
ming scientific research into product and process innovation.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
224
ISBN978-65-5550-222-0
The designer is not always the mediator between disciplines in the design process,
as is the case with design-centric approaches. Due to the complexity of the scientific
topics involved and the need to pursue progress in both design and science, the
design process in the HDL is managed dialectically and interchangeably by designers
and scientists, who constitute the nodes governing the bijective process. The guiding
role, therefore, tends to “migrate” between different disciplinary nodes as the project
progresses, based on the issues, fields of application, and specific expertise required
for each phase of the project. For this reason, the design process can be understood
as a “customized” process, based on a flexible and adaptable method that aligns with
the ever-changing nature of hybrid design and its areas of intervention. This method
can dynamically and continuously evolve, fueled by the diverse experiences and the
scientific and design backgrounds of those involved. The method acts as a common
reference point where individuals from different fields, with different languages and
approaches, can recognize themselves and merge their contributions.
The HDL laboratory brings together diverse expertise, represented by research groups
and researchers who are an integral part of the laboratory, as well as knowledge that
is specifically involved when the need arises for specific contributions related to a par-
ticular project. Among the methodological tools developed and tested in the HDL are
intersection meetings, which involve designers visiting and immersing themselves in
research centers. This allows them to directly experience the environments, contexts,
protocols, and approaches of scientific research. This approach enables designers to
better understand the complexity of research and to closely observe “human” aspects
such as enthusiasm, empathy, and relationships, which enrich purely rational scien-
tific information and data. Intersection meetings aim to define shared objectives and
languages while experientially acquiring research data. During the initial meetings, a
program of joint activities to be carried out in the laboratory is developed. In these
activities, designers work alongside scientists in the laboratory to gather information
on factors such as experimental cycles, technical, environmental, and perceptual data,
as well as the phases and development processes of the research (laboratory tests,
experiments, microscope observations, analyses) related to the scientific topic at hand.
Samples of
materials deve-
loped within the
research project
PIER, by Francesco
Amato and Clarita
Caliendo; Scientific
supervisors: Carla
Langella, Mario
Malinconico.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
225
ISBN978-65-5550-222-0
The difference in approach and perspectives that characterize designers and researchers allows
them to grasp stimuli and identify potentials that they would have diffculty appreciating fully
when working individually and according to their usual methodologies. This approach has
been defined as Designer in Lab and characterizes the majority of activities conducted in the
Hybrid Design Lab.
Thumbio, a splint for immo- Bioplastics based on agro-food waste, CYR. Care in Your Ring is a weara-
bilizing the thumb and wrist, integrating plant fibers and textile waste ble device for self-facial massage
made of bio-blasted functio- fibers. Design by Clarita Caliendo; Scientific with therapeutic, relaxing, and
nalized materials infused with coordination by Carla Langella; Co-tutor: lymphatic drainage purposes.
phytotherapeutic ingredients. Carlo Santulli. Design by Giuliana Di Taranto;
Design by Clarita Caliendo; Scientific coordination by Carla
Scientific coordination by Langella; 3D modeling and
Carla Langella; Co-tutor: printing coordination by Gabriele
Carlo Santulli. Pontillo; Biology by Valentina
Perricone; Prototype production
by Nicola Corsetto; Shapeways.
Mau Mau-inspired
physiotherapy
board design, ins-
pired by the move-
ment of the mola
mola fish. Design
by Nicola Corsetto;
Scientific coordi-
nation by Carla
Langella; Biology
by Valentina
Perricone; 3D
modeling coordi-
nation by Gabriele
Pontillo.
For these meetings, facilitation formats are defined to make dialogue and
convergence towards common interests easier.
During the intersection meetings and joint research activities, new forms of
dialogue and relationships between designers and scientists are experi-
mented with, based on points of contact and affinity. Ideas and informa-
tion are exchanged more easily. To solidify these processes, data is acqui-
red and decoded using an integrated and meta-design approach. It is then
presented through various languages and approaches, including visual
science models, textual storytelling and protocol notebooks, digital 3D
models of key concepts, videos, empathic and relational maps. Innovative
tools such as sociometric badges can be used to map relationships between
people and between people and the environment, along with biometric
data related to emotions and perceptions. This allows for the creation of
relational and emotional maps of interactions between designers and
scientists, enabling methodological monitoring and speculation.
Nature Details
The details are thoroughly examined in relation to their biological and evolutio-
nary functional motivations, and based on these, they are analyzed in terms of
their transferability to design projects. During the discussion of stratifications,
porosities, connections, grafts, and articulations, participants are encouraged to
contribute their personal viewpoints by asking questions, making observations, or
offering interpretations. The purpose is to understand the generative processes and
functional motivations behind these details, in order to identify possible affinities
with the world of artifacts.
At the end of the workshop, participants are invited to choose the observed spe-
cimens that have sparked their greatest interest and to fill out a form. The form
includes the name of the biological system, a description of the observed details,
comments and graphs related to naked-eye observations, comments and graphs
related to observations through the magnifying lens, comments and graphs related
to microscope observations, transferable biological characteristics for artifact
design, a schematic graphical interpretation of the nature model, a textual concept,
and accompanying prefiguration sketches.
Through the Nature Details format, it is possible to experiment with and compare the
distinctive approaches of designers and biologists in their understanding and interpre-
tation of biological systems. This fosters dialogue and the sharing of ideas and insights,
which are essential foundations for building a strong and proactive collaboration.
Images of natural
details captured
with a digital
microscope.
Right: Nature
Detail Workshop.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
228
ISBN978-65-5550-222-0
Diatom De-Science
One of the most complex and articulated research projects developed in the HDL is
Diatom De-Science, the result of a two-way collaboration between three research units
in biology, design, and physics. The study, which involved scientific research activities,
design experimentation, technological innovation, and exhibition, was initiated in
2009 with the project “Photonics and Micromechanical Properties of Diatoms,” funded
by the FIRB program, as part of the Futuro in Ricerca call promoted by the MIUR
(Ministry of Education, University and Research). The main objective of the research
was to investigate the relationship between the optical, structural, and morphologi-
cal characteristics of diatoms, single-celled microalgae that produce oxygen through
photosynthesis.12
The collaboration among the involved researchers continued even after the comple-
tion of the funded project and is still ongoing. It has also involved young researchers
such as Valentina Perricone and Gabriele Pontillo. Diatoms are ancient single-celled
microalgae, known since the Lower Cretaceous period, with sizes ranging from 10
to 200 μm. They play a crucial ecological role as they contribute to carbon dioxide
absorption and oxygen production through photosynthesis. They represent an impor-
tant example of biodiversity, with over 200,000 different species found in nature.
They occur in both freshwater and saltwater environments and significantly contri-
bute to the food chain. Diatoms consist of shells called frustules, which are generated
by extracting silicon from the water and characterized by morphologically complex
porous ornamentations that seem to have optical, micromechanical, and hydraulic
functionalities.
The evolution of microscopy and other imaging investigation tools now allows for a
more defined visualization of the details of the perforated, ribbed, and layered struc-
tures of the frustules, providing insights into their functional motivations.
Throughout the project, these microorganisms, so small yet valuable for the envi-
ronment, have proven to be ideal models for describing the potential of biomimetic
approaches. Stratifications, hierarchical porosity, interlocking, self-organization, and
adaptability to changing conditions are the result of a long evolutionary history from
which design can draw by collaborating with biologists to derive innovative design
strategies and solutions.
In the first phase of the research, starting from the dimensional and geometric data obtained
from Scanning Electron Microscopy (SEM) images by biologists coordinated by Mario De Stefano,
designers developed three-dimensional digital models of some diatom species using parame-
tric software to capture the complexity of morphologies and ornamentation details.
These 3D models were then used in digital simulations of photonics and mechanics to unders-
tand how frustule morphologies and the arrangement of porosities influence the focusing
and propagation of light radiation for photosynthesis (De Tommasi et al., 2014), as well as the
mechanical-structural and hydrodynamic functioning. Designers worked alongside physicists
and biologists in these simulation and data interpretation activities, employing their modeling
skills and functional understanding of objects to deduce the functional motivations of the
forms from instrumental morphological analyses.
The digital models were also used to create physical models through additive 3D printing
processes, allowing for the observation of morphological and structural details and qualities of
microorganisms that are invisible to the naked eye but visible at a larger scale. The
three-dimensional prints proved particularly useful in educational activities to illustrate the
characteristics and details of diatoms to biology, physics, engineering, and design students.
One of the early projects developed during the research was Edo, a photovoltaic canopy
inspired by the processes through which the diatom Licmophora flabellata harnesses energy
from the sun for photosynthesis. This pennate diatom aggregates into colonies with a unique
fan-shaped form to ensure that all individuals absorb as much sunlight as possible without sha-
ding each other. The functional analogy between diatoms and solar panels led to the design of
a solar canopy consisting of fan-shaped photovoltaic elements, providing shade during the day,
illumination at night, energy for charging portable devices, and information on environmental
data of the installation site to raise awareness among people about their potential contribution
to reducing air pollution. The image Back to the future, comparing Edo with an SEM image of
its biomimetic reference produced by De Stefano, was awarded an honorable mention in the
Illustration category at The Best Image of the Year 2009 competition, sponsored by the Science
and the National Science Foundation magazine.
At the end of the FIRB research project, after developing prototypes of design products inspired
by the characteristics of the diatoms investigated in the project, it was decided to extend the
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
230
ISBN978-65-5550-222-0
research findings concerning the new knowledge gained about these precious orga-
nisms and their biomimetic potential beyond the academic context. This was done to
amplify their impact by involving other artists, designers, architects, graphic designers,
musicians, scientists, and communicators from Italy and abroad. To achieve this goal,
an exhibition titled Diatom De-Science. Intersection between Design and Science was
organized and held from July 11th to 29th, 2014, at Città della Scienza, the science
museum in Naples. The exhibition was curated by Carla Langella, Francesco dell’Aglio,
and Giulia Scalera.
The selection of participants for the exhibition was done through a call for submis-
sions, which included a presentation where the new scientific knowledge acquired
during the research was filtered through a meta-projectual language and appropriate
visual representation for the creative contexts they addressed. The aim was to illus-
trate the main transferable properties of diatoms to the design field.
The exhibition featured around 50 Italian and international designers, artists, and
scientists. The curators of the exhibition closely followed the development of their
projects, ensuring their coherence with the interpreted scientific knowledge and facili-
tating interdisciplinary encounters around individual concepts.
Many of the exhibited products were realized with the support and collaboration
of partner companies interested in the innovation potential of diatom research for
their own productions. The selection of producers favored companies characteri-
zed by high-quality know-how, a Made in Italy connotation, and a pressing need for
innovation. Several products entered the catalogs of the companies and artisans
who contributed to their development. The exhibited projects were cataloged based
on the biological characteristics and functionalities of the diatoms that inspired the
designers: reproduction, colony organization, bioluminescence, porosity and filtering,
structural optimization, morphology and texture, interlocking and connections.
The exhibition was conceived as an experience rich in aesthetic and sensory stimuli,
allowing visitors to experientially appreciate the multiple qualities of diatoms, unders-
tand their environmental value, and grasp their biomimetic potential for the develop-
ment of new products and technological innovations.
Exhibition Diatom
De-Science. Intersections
between Design and Science.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
231
ISBN978-65-5550-222-0
Level System,
consisting of molds
for slip casting
ceramics and cera-
mic vases, designed
by the collective
Gradosei (Chiara
Pellicano, Edoardo
Giammarioli,
Fabrizio Giuseppe
Mistretta Gisone,
Daniele Barbiero,
Renzo Carriero)
in collaboration
with Francesco
Dell’Aglio and
Lithho Ceramic
Italy.
In the category of projects inspired by the modes of reproduction, there is the Level
System, consisting of molds for slip casting ceramics and ceramic vases, designed by
the collective Gradosei (Chiara Pellicano, Edoardo Giammarioli, Fabrizio Mistretta
Gisone, Daniele Barbiero, Renzo Carriero) in collaboration with Francesco Dell’Aglio
and Lithho Ceramic Italy. The project concept draws inspiration from the asexual
reproduction through binary fission of diatoms, which commonly employ this type
of reproduction to reduce energy expenditure compared to sexual reproduction.
This form of optimization has been translated into a molding model capable of
reducing the number of molds to be produced and, consequently, the total cost. The
expenditure dedicated to mold production generally constitutes the most signifi-
cant item in ceramic production and, therefore, the most resistant factor to product
innovation. Inspired by the reproductive process of diatoms, a system of different
half-molds (resembling valves) has been conceived, characterized by different tex-
tures inspired by various diatom species, which can be combined to create multiple
combinations. With a limited number of molds, the company has the possibility to
offer a wide repertoire of asymmetric vases obtained from different combinatory
arrangements, saving on mold production costs. An additional element of innova-
tion and cost reduction was introduced by using 3D printing in mold production,
resulting in the ability to create infinite variants with even complex details.
Another project in this category is the Diatomic Tables system, designed by Laru,
which is inspired by the way diatoms associate in colonies. The tabletops, con-
ceived in various radial and longitudinal shapes resembling centric and pennate
diatoms, are made of plexiglass sheets onto which diatom ornamentations derived
from microscope images have been digitally printed.
Many artists and designers have been inspired by the photoluminescence observed
by biologists and physicists in diatoms using specific microscopes under specific
environmental conditions. An example of this is the luminescent jewelry such as
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
232
ISBN978-65-5550-222-0
The Diatomic
Tables system,
designed by Laru.
the Joyas del mar collar, designed and created by artist Silvia Beccaria. It is
made of photoluminescent PVC rubber, handwoven with nylon, and emits
a green light in the dark.
The shape of the packaging was obtained using an origami folding techni-
que, which provides stiffness to the paper to mechanically protect the fruit
during transportation.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
233
ISBN978-65-5550-222-0
Left: Coscinodiscus
Filter, a univer-
sal cap desig-
ned by Angela
Giambattista.
Right: GlòSSA, a
nutraceutical candy
designed by Serena
Fedele.
Porosity has also been interpreted as a strategy for structural optimization. The
Diatom Helmet, designed for an exhibition by Paula Studio (Valerio Ciampicacigli
and Simone Bartolucci), aims to enhance the performance of a sports helmet
by imitating the layered and honeycomb-like structure of diatom cell walls. This
design reduces weight, improves breathability, and absorbs impact energy. The hel-
met consists of three layers made of different 3D-printed materials, joined together
by a border rib that structurally integrates the layers, similar to the median girdle
of diatoms. The 3D algorithmic modeling was carried out by Antonio Gagliardi from
the FabLab Makeinbo in Bologna.
The Scraps bracelets designed by B/verse (Giacomo Cesaro, Antonia Auletta) and
created through 3D printing offer a vision of contemporary jewelry that is substan-
tial in size yet lightweight and comfortable. They are inspired by the morphological
complexity of diatom colonies and their structural optimization.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
234
ISBN978-65-5550-222-0
The Diatom The Palato plates, designed by Giulia Scalera and Antonio Iodice, and
Helmet, a bicycle crafted in porcelain in collaboration with the Anna Maglio laboratory, fea-
helmet desig-
ture engraved textures inspired by diatom ornamentation. These textures
ned by Paula
embrace the liquid parts of food, draining them while simultaneously
Studio (Valerio
Ciampicacigli and creating ever-changing geometric patterns as a background.
Simone Bartolucci),
features 3D algo- Even the connections found in diatoms, which link the valves or indivi-
rithmic mode- duals to form colonies, serve as a valuable source of biomimetic inspira-
ling, overseen by
tion. The APEX glasses, designed by Antonio Iadarola, Nicola Di Costanzo,
Antonio Gagliardi
and Theresa Williams, and 3D-printed, adapt to facial morphologies
from the FabLab
Makeinbo in through movable interlocking mechanisms inspired by diatoms.
Bologna.
The exhibition also included an area dedicated to videos and interactive
exhibits. The video created by Marialuisa Firpo, titled DiaSoundText-Trame
Visionore, connects sounds and colors to the rhythms and harmonies
of diatom forms and ornaments. By analyzing various types of diatom
textures within their morphological structures, five distinct textures were
selected based on their visual signs, frequencies, and repetitions. Each cho-
sen texture was associated with a sound, a rhythm, and a frequency. The
author’s voice produced individual sounds, which were then mixed into a
single track—a harmonic composition—integrated with an animation of
vector signs evoking the original forms.
In light of these evolutionary scenarios and the complexity of design issues addressed
by biomimetics, the designer must be able to expand their scope of intervention with
broader technical and scientific skills, greater flexibility, knowledge of the scientific
method, a spirit of experimentation, and the ability to envision possibilities.
Schools and universities must adapt to new educational needs and aim to build new
hybrid professional profiles equipped with appropriate tools and skills to manage
interdisciplinary processes, anticipate potential futures driven by science, and
translate them into possible innovations. To this end, within the Bachelor’s Degree
Program in Design for Innovation offered by the Department of Architecture and
Industrial Design at the University of Campania “Luigi Vanvitelli,” a specific course
titled “Bioinnovation Design” has been developed to provide students with competen-
cies and methodological approaches that allow them to integrate design knowledge
with biological scientific knowledge and develop biomimetic artifact projects, from
scenario development to prototyping.
The course aims to provide students with critical and methodological tools to outline
strategies and forms of product innovation inspired by the biological sciences, refer-
ring to the intelligence of biological systems to define new generations of artifacts
that are more advanced in terms of sustainability (Vezzoli et al., 2017), optimization,
adaptability, and flexibility in response to changing needs, technologies, and con-
temporary lifestyles. Throughout the course, students learn to consult nature with
a scientific approach, going beyond formal imitation and drawing from the most
reliable and up-to-date specialized literature in the field. They also learn to explore
databases and specific search engines, seeking to appropriate the terminology and
methods used by scientists.
Education is the most effective vehicle for fostering the evolution of biomimetics and
ensuring the translation of a design trend into new productive methods that improve
people’s quality of life. The designers trained in these years will be the ones to drive this
transition and narrow the gap that still exists between human design and natural design.
HYBRID DESIGN LAB - Università degli Studi di Napoli Federico II
237
ISBN978-65-5550-222-0
“Philosophy is written in this very great book that continually stands open before
our eyes (I say the universe), but it cannot be understood unless one first learns to
understand the language, and know the characters, in which it is written. It is written
in a mathematical language, and the characters are triangles, circles, and other
geometrical figures, without which it is impossible to humanely understand a word of
it; without these it is a vain wandering through a dark labyrinth.” (Galileo Galilei, The
Assayer, 5-10, 1623)
“Make your student attentive to the phenomena of nature, you will soon make him
curious; but, to feed his curiosity, never hasten to satisfy it. Put matters within his
grasp, and let him solve them. Let him know nothing because you have told him, but
because he has understood it himself; let him not learn science, but invent it.” (J.J.
Rousseau, The Emile, Book III, 2, 1762)
The Project
The basic idea that guided this original didactic experimentation, unique
in the scholastic educational context of the Italian panorama, was to graft
onto the typical didactic curriculum of “Drawing and History of Art” of a
Scientific High School Institution a very valuable wealth of knowledge and
operational methodologies of bionic cut, experimented through collabora-
tion in IED-Cagliari at the Department of “Design for Crafts” founded and
directed by Prof. Carmelo Di Bartolo.(2)
Thanks to several visits conducted between 1987 and 1992 in the IED-Milan
office, I was able to get to know and metabolize in my teaching and profes-
sional work, his unprecedented approach to problem-solving for industrial
design and environmental sustainability.
The space of the
BIONIKONLab & The educational process that Di Bartolo in his CRSN-CRIED was pioneering
FABNAT14 is orga- since the late 1970s with groups of students from all over the world, was
nized to accom- characterized by a mix of original study and work methodologies marked
modate CAD-CAM by basic design inspired by natural morphological analysis of cellular tissue
design and digital
samples, both plant and animal: seeds, plants, leaves, animal construc-
manufacturing
tions, burrows, nests and formal and functional structures found in living
and 3D printing
activities, allowing organisms in toto, combined with theories and applications of advanced
about 20 students solutions from the bionic discipline and the emerging bioarchitecture and
to organize freely theories of so-called light architecture.
in team-work.
BIONIKONLab FABNAT 14
245
ISBN 978-65-5550-222-0
Over time, this transversal vision between Nature, Art and Technology has proven to be a win-
ning pedagogical and educational proposal, capable of promoting creativity and new know-
ledge and skills in the educational processes of the young students involved. Especially thanks
to the last ten years of intense research and promotion activities, the laboratory has achieved
a discrete thematic indexing in the biomimetic field and achieved an important institutional
vision on the web and initiated interesting collaborations, including at the international level,
positioning itself in the educational sector landscape as an educational experiment with inno-
vative characteristics.(3)
BIONIKONLab & FABNAT14 collaborate with external entities such as the School of
Education of OIC-Ordine Ingegneri di Cagliari, Ass. APS-ETS Academia Terra or CRS4-
Center for Research, Development and Advanced Studies in Sardinia, creating events
and formats of technical-scientific popularization or biomimetic design workshops
and are very active in participating in initiatives such as regional technological
Makeathons, educational workshops for various Science Festivals, Cultural and Literary
Festivals and other proposals with a social promotion character
“Water and environmental management inspired by desert plants and marine aquatic
animals” with architects and engineers at the OIC-Ordine Ingegneri di Cagliari Training
School. The design theme was about water management in succulent and succulent
plants, and designers had to create ideas inspired by the solutions adopted by Cactaceae,
Fenestraria, Welwitschia mirabilis, Cotula fallax and other interesting plants from arid
climates. Young students from the lab, trained for years in biomimetic problem-solving,
assisted the teams of engineers and architects in the various design stages.
BIONIKONLab FABNAT 14
247
ISBN 978-65-5550-222-0
The cornerstones of the training process involve students’ attainment of the following
knowledge/competencies:
The student is helped to perceive his or her personal learning as an active, open-ended and
always in-progress (working progress) process. We work together to transform the traditional
tendentially passive and unmotivated role of the «student,» who sits, still and stuck on his or
her desk, uncritically replicating and «reprinting» the knowledge learned from the teacher
without coloring it with the nuances of a particular personal reworking. Our approach tends
to build a different, more active, conscious and responsible attitude, more typical of the
«researcher›s» mindset. A new role of one who takes upon himself the responsibility, but also
the fascination and satisfaction, of passionate study in the continuous discovery of original and
creative solutions to the problems of human life and the planet.
BIONIKONLab FABNAT 14
248
ISBN 978-65-5550-222-0
• TRANSVERSALITY
• PROBLEM-SOLVING
• TEAM-WORK
Students constantly work in groups to sharpen their sharing and mediation skills, to
open the armor of student-monad, to help each other overcome the difficulties and
tensions that arise in the dynamics of integration in a peer group (negative competi-
tion, envy, resentment, pessimism, negative thinking, lack of clarity of roles and skills
and competencies), succeeding in overcoming their own communication difficulties
and experiencing the positive energy typical of a well-motivated and coordinated
professional team-work to achieve a goal (research target).
• COMMUNICATION
Everyone needs to learn the techniques of textual and image communication in order
to be able to correctly and as clearly as possible convey their ideas, first to themselves
and then to others. The basics of graphic design are learned, which is fundamental to
learning techniques for effectively representing one’s results, developing the correct
creative skills and technical abilities to know how to handle different communication
environments: analog, media and digital: text, images, video, audio, construction
models, CAD models and 3D printing. Fundamental is the experimentation with basic
design strategies that are necessary for the creation and management of pitches,
PowerPoint, teaching handouts, work and research plans, functional layouts for educa-
tional exhibits, timelines for workshops and more.
BIONIKONLab FABNAT 14
251
ISBN 978-65-5550-222-0
Gaining the knowledge that the fruit of one’s own thoughtful and reworked work can constitute
a research database and documentary material for development for future research, instead
of ending up with a stamped paper band inside a locker destined never to be read again after
correction by anyone and to be burned after five years of storage in some dark, stale and dusty
school warehouse, gives the young high school junior a feeling of usefulness and necessity. One’s
own thought, small as it may be, is a drop in the ocean of creative flow, and over the years the
archives of senior work constitute invaluable materials for new elaborations by juniors. I have
always believed that it was better for one of my students, to grow in the school having the clear
conviction and awareness of being part of an organic process, a design ecosystem, of an ever-
-evolving database, where study and research do not turn out to be an end in themselves and
a mere grade, but vice versa tools for the creation of a special place, to be shared and grown
through one’s own valuable contribution.
“Digital natives,” accustomed from a very young age to mashing keys and touching glass
surfaces to execute digital commands, are undergoing a negative process of de-evolution by
gradually losing the fundamental experience of tactility and fine motility of the body and espe-
cially of the hands and their brain coordination with vision and other cognitive areas. A great
many students are increasingly suffering from learning disabilities and attention disorders in
a worrisome way. Through Basic-Design experiments, they are initiated by the teacher to put
their psychomotor skills to work in the difficulties of hand-building increasingly complex
BIONIKONLab FABNAT 14
252
ISBN 978-65-5550-222-0
Over time, starting in 2014, BIONIKONLab has been equipped with a makers pace - the
FABNAT14 - and students have begun training in CAD-CAM design and the use of 3D printers
and other digital manufacturing technologies, to make their backgrounds and knowledge
increasingly adherent to contemporary developments; manual skills continue to be practiced
through basic design, but are “ enhanced “ by the digital and rapid prototyping component.
BIONIKONLab FABNAT 14
254
ISBN 978-65-5550-222-0
BIONIKONLab FABNAT 14
255
ISBN 978-65-5550-222-0
METHODOLOGY
• Observation of organic specimens from life, also using digital tools such as optical
and digital microscopes, additional lenses to make the optics of cell phone and
tablet cameras more powerful, so as to make them effective tools for forging
visual data on their study sample;
• Bionic and biomimetic drawing from life, building on Leonardo da Vinci’s style of
careful biophilic observation, as found in the visual notes of his various Codices;
• Lightweight model building and since 2014, with the introduction of 3D printing,
CAD-CAM design and rapid prototyping;
The very difficult condition that the tremendous COVID19 pandemic has imposed on
global societies has had a severe fallout on the educational world. Millions of teachers
and students in every nation found themselves, within a very short time, having to
face and manage one of the worst social and cultural emergencies of the century,
reinventing in a digital “distance” dimension (DAD) all social and community aspects
of school life.
In addition, DAD has allowed the organization of in-depth thematic groups such as for
example, basic literacy courses in the use of CAD software such as Rhinoceros, going
on to create an atmosphere of community and positive professional complicity and
intimacy, which sometimes, in the school in attendance, is not easy to implement.
School work has been severely impaired by restrictions on attending lab spaces, and
this has prevented us from applying ourselves to model building and the use of 3D
printing machines but has been enhanced on the design processing front.
BIONIKONLab FABNAT 14
259
ISBN 978-65-5550-222-0
In particular, I found the results of an integrated design involving all of the two-year
groups very interesting. The concept was called “EMERGENCY 2020.” The project was
planned as a joint activity for the two second-year classes divided into several Design
Units composed of a pair of students who partnered freely with each other.
I gave each Unit a problem-setting sheet, in which the characteristics of a serious envi-
ronmental emergency scenario were simulated, inspired by the news reports concer-
ning the effects of climate change on the planet and other disasters caused by human
action strongly impacting human communities, such as floods, earthquakes, severe
fires, radioactive fallout, etc. Students were proposed the highlighting of a main
need to be confronted with by design, arriving at the conception of a design concept
(creation of a technological human-environment interface) inspired by biomimetic
solutions.
The first classes, on the other hand, focused on analyzing the human and social emer-
gencies present in refugee camps around the world that gather millions of humans
in the most insecure living conditions due to conflict, ethnic cleansing and environ-
mental disasters. Through biomimetic analysis they were asked to propose environ-
mentally sustainable solutions to problems related to shelter infrastructure (housing),
water supply, waste disposal, lack of space for aggregative and social life, education,
health, etc. Some of the most significant solutions proposed by students are presented
in the photo documentation.
BIONIKONLab FABNAT 14
260
ISBN 978-65-5550-222-0
BIONIKONLab FABNAT 14
261
ISBN 978-65-5550-222-0
MAKEATHON 2020/2021
It has areas of serious economic and social underdevelopment and entire areas
destined for problematic military servitudes that irreparably disfigure its ecosystems,
but on the other hand it guards environmental, cultural, archaeological and anthro-
pological heritages and resources of exceptional magnitude that are often not fully
exploited, however.
Over time, then, it has given extraordinary examples of techno-scientific foresight and
creativity in some strategic areas related to digital development.
For example, CRS4-Center for Research Development and Advanced Studies in Sardinia
located in the Technology Park wanted by Nobel Rubbia in Pula in the course of its
history has distinguished itself for some Internet-related precedents: it created in
August 1993 the first Italian website(www.crs4. it), helped create in 1994 the first
European web-based newspaper (L’Unione sarda) and one of the first Internet Service
Providers (Video On Line).
Currently, many investments are being directed for technological and scientific inno-
vation, and BionikonLab&FABNAT14 are realities that have been able to create their
own space of credibility in the regional technological context, due to the ammount
of projects dissemination, participation in industry events and more. For this reason,
when the first Sardinian Makeathon was held in Sardinia in December 2020, we were
invited to participate. (https://www.lanuovasar- degna.it/region/2020/12/12/news/
at-scientific-of-iglesias-the-makeathon-award-1.39654397)
We were the only school present out of a number of participants belonging to profes-
sional realities, FABLAB also national, digital professionals, IT sector and innovation in
general. We participated with two teams composed of the following teachers:
• And by the very young students/designers (15 - 16 years old) Elisa Chighine,
Aurora Contu, Leonardo Cuccu, Michele Di Romano, Paolo Granella,
Francesco Matzei, Carlo Saiu e Francesco Soddu.
BIONIKONLab FABNAT 14
263
ISBN 978-65-5550-222-0
The Makeathon contest called for teams to design and prototype, using 3D printing,
an original concept thought to contribute to design solutions for post-Covid19 issues
through a three-day technology marathon from December 3 to 5, 2020.
HEADillo
In our projects
there is always
a component of
attention to the
issues of environ-
mental sustaina-
bility, renewable
energy and resour-
ces of the economy
and the planet,
to educate the
new generations
in a systemic and
solution-oriented
eco-friendly vision.
A experiência da fusão
da Engenharia e do Design da
Faculdade de Engenharia da UP
1. Projeto Design
2. Projeto Design Industrial
3. Projeto Design de Produto
Projeto Hera
Empresa: Projeto académico de
Design Industrial FEUP
Autores: Alexandre Toffani,
Axel Lopez, Inesa Melnyk
Data: 2016
Materiais: Feltro
Tema: Criação de um sis-
tema acústico para cantinas
escolares
O projeto ERA cria condições acústicas melhoradas para espaços de cantinas escola-
res utilizando a estética e desenho das eras silvestres como ponto de partida estético
e funcional.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
269
ISBN 978-65-5550-222-0
Projeto ALGMA
Produto: Prato
Autores: Ana Cardoso, Ana Sousa,
Mónica Rocha, Rita Azevedo
Data: 2017
Materiais: Algas desidratadas, resina transparente
Tema: “MAR À MESA, ALMA PORTUGUESA”
Utilização da identidade de Matosinhos como uma cidade costeira com grande impor-
tância na cultura da gastronomia nacional para a criação de um serviço de pequenos
pratos que apoiam esse elemento de identidade da cidade utili- zando um resíduo
natural que não vê utilização nenhuma: As algas.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
270
ISBN 978-65-5550-222-0
Projeto OBO
Produto: Luminária
Autores: Adriana Fernandes, Rita Leite, Marta Francisco
Data: 2017
Materiais: Casca de ovo e HDPE
Tema: Luminária feita a partir dos desperdícios de casca de ovo da indústria alimentar
Projeto Cinzé
Empresa: WE WON’T WASTE YOU
Autores: Eduardo Marques, Iorgos
Konstantinidis, Sebastián Rico e Tiago
Miranda
Data: 2018
Materiais: Borras de café, papel reciclado,
água, amido, vinagre
Tema: Cinzeiro portátil
CONCHAS
Autores: Ana Rodrigues, Bryan Pereira, Diana Gonçalves, João Leão, Juliana Peixoto
Data: 2018
Materiais: Cascas de marisco, conchas e outros desperdícios de marisco na restauração
Tema: Espremedor de limão e estrutura acústica para telemóvel
Utilizando a anatomia dos animais marinhos como ponto de partida o grupo criou dois objetos
utilizando o desperdício alimentar relacionado com o marisco como material. Surgem então um
espremedor de limão para utilização nos restaurantes e uma concha acústica para ampliar o
som do telemóvel.
Escamas Maré
Empresa: WE WON’T WASTE YOU
Autores: Ângela Oliveira, Leonor Teixeira,
Mariana Rascão, Marta Silva, Pedro Matos
Data: 2018
Materiais: Escamas de peixes, vidro fundido e
latão
Tema: Joalharia natural
REEF
Empresa: PULLCAST - Door Hardware
Autores: Beatriz Coelho, Bruna Serpi, Erika Bonna
e Catarina Rocha
Data: 2018
Materiais: Latão
Tema: Biomimetismo das formas de corais e cava-
los marinhos para a criação de puxadores de luxo
LUZA
Autores: Catarina Rocha, Luiz Correa, Raquel Duarte, Ibon Lazcano
Data: 2018
Materiais: Sacos de plástico de supermercados (polietileno de baixa densidade) recolhidos
nas praias
Tema: Caixa para transporte de pérolas de sabão para a higiene da roupa de backpackers e
turistas caminheiros
Criada a pensar nas necessidades de uma nova tipologia de turismo - o camping- este pequeno
objeto permite reservar pérolas de sabão natural para a roupa, e ao mesmo tempo serve de
escova para facilitar as lavagens. As suas formas leves e naturais remetem o pensamento à vida
e natureza local, tendo como desenho claro as formas de um ouriço do mar, e nas cores o mar
turbulento de Matosinhos.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
273
ISBN 978-65-5550-222-0
BIOGEOMETRIC COLLECTION
Empresa: PULLCAST - Door Hardware
Autores: Adriano Pinho, Carolina Martins, Daniel Leal, Ilse Matus e Sara Cunha
Data: 2018
Materiais: Latão e resina epoxídica
Tema: Puxadores de portas para um mercado de luxo, inspirados nas formas dos minérios
HIMÉNIUS
Autores: Ana Luísa Rocha, Francisca
Fernandes, Gonzalo Garcia, Raphael Garcia,
Tânia Couto
Data:2018
Materiais: Latão
Tema: Biomimetismo das formas dos himé-
nios dos cogumelos na criação de puxadores
de luxo
Banco LIPOR
Empresa: LIPOR
Autores: Catarina Rocha, Erika Bona, Inês
Rodrigues, José Pisa, Rita Silva
Data: 2019
Materiais: Geopolimero (escória de resí-
duos urbanos, silicato de sódio) e lona de
publicidade.
Tema: Desenvolvimento de um banco para a
LIPOR a partir de resíduos sólidos urbanos.
RE(ACT)
Empresa: Novibelo
Autores:
Data: 2019
Materiais: MDF, Tubo de inox polido, Vidro, Espelho, Fita Led (Sistema elétrico)
Tema: Mobiliário de luxo com inspiração natural
Re(act) nasce como uma linha de mobiliário residencial, que adquire aqui uma dimensão
conceptual, captando as potencialidades do material, tornando a sua rigidez numa fluidez,
quase como se o material fosse maleável e flexível, conectando dois lugares opostos, sendo que
um é a reação do outro, relacionando a funcionalidade com a provocação. O resultado é uma
linha que foge ao padrão da normalidade, através da escultura suave e sensível de material até
rígido e frio e que agora denota formas que convergem curvas e detalhes provocativos, e que o
acabamento de alto brilho lhe dá um acrescento no aspeto da plasticidade.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
276
ISBN 978-65-5550-222-0
Pérolas de Matosinhos
Empresa: WE WON’T WASTE YOU
Autores: Daniel Leal, Leonor Teixeira,
Marta Silva e Raquel Duarte
Data: 2019
Materiais: Plásticos reciclados
Tema: A Natureza é regenerativa
e transformadora
de pérolas. Pretende-se, assim, desenvolver uma campanha que sensibiliza para curta vida da
maioria dos materiais do sistema económico atual, criando pequenas esferas, como pérolas,
constituídas por diferentes materiais. Este projeto é, também, uma panorâmica sobre o We
Won’t Waste You, dado que utiliza o conhecimento acerca de materiais, previamente desenvolvi-
dos, utilizando-os nas diferentes pérolas. As pérolas, com estéticas muito diversas e característi-
cas, podem ser adaptadas a diferentes brindes para o público-geral, como brincos ou marcado-
res de livro, ou para personalidades mais reconhecidas, com peças premium mais delicadas.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
277
ISBN 978-65-5550-222-0
Estudo da aplicação da
impressão 3D na produção
de estruturas que fomentam
o recrutamento de corais
Dissertação
Autores: Ilse Valenzuela Matus
Data: 2019/20
Materiais: Mistura de material cerâmico
e calcário moldada a partir de preformas
impressas em 3D.
Tema: Preservação da biodiversidade
marinha mediante a criação de estruturas
artificiais não invasivas que imite a compo-
sição natural dos recifes.
Criação de um recife artificial para incentivar o recrutamento natural dos corais juvenis e fomentar o
seu crescimento sustentável e eficiente, outorgando uma fonte de cálcio de sustento e ao mesmo tempo
entregando um novo espaço de refúgio para outras espécies circundantes. O estudo aborda o valor do
design como uma ferramenta para dar uma solução concreta frente a uma problemática emergente cau-
sada pelas alterações climáticas, utilizando o conhecimento científico adquirido nas áreas da biologia,
engenharia e design.
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
278
ISBN 978-65-5550-222-0
Introducción
Equipo de investigación: En el año 1997 se comenzó a gestar en Medellín-Colombia el Grupo de inves-
Phd. Andrés Valencia-Escobar, tigación en Biónica dentro la Facultad de Diseño Industrial de la Universidad
Phd. Alejandro Zuleta-Gil, Pontificia Bolivariana. Los fundadores fueron los arquitectos Luis Alfonso
Phd. Elsie María Arbeláez Ochoa, Ramírez, David Vanegas, Luis Sañudo, y los diseñadores industriales Fernando
Mg. Diana Urdinola Serna, Sierra y Lina Obregón. Esta última acababa de terminar sus estudios de posgrado
Mg. Paula Chacón Cifuentes, en Biónica y Diseño en el Instituto Europeo de Diseño de Milán, qué en ese enton-
Mg. David A. Torreblanca-Díaz, ces estaba bajo la dirección de Carmelo di Bartolo, e invita a los demás integran-
Mg. Ever Patiño Mazo tes que ya tenían experiencia investigativa en temáticas afines, a formar un grupo
de investigación donde el centro fuera responder a la pregunta: cómo aplicar
principios estructurales y formales de la naturaleza en el diseño y la arquitectura.
Auxiliares de investigación
(Morfolab):
El primer proyecto de investigación del grupo tuvo como objetivo construir
Simón Chinchilla Quiroz, las bases del grupo a partir de la redacción de un Manual de Biónica, donde
Juan Carlos Henao Celada, figuraban temas como: las estructuras de membrana, las estructuras infladas,
Andrés Herrera Arcila, las estructuras dinámicas, los plegados, la geometría, las estructuras geodésicas
Valeria Londoño Orozco, y la metodología biónica. Asimismo, y desde ese entonces, el grupo siempre ha
Juliana Vélez Patrouilleau, tenido el acompañamiento del Semillero de investigación Morfolab, que es un
José Manuel Agudelo Toro, espacio académico del pregrado de Diseño Industrial, cuyo objetivo es formar
Camila Aguirre Vásquez, Lauren a los estudiantes en competencias de indagación, análisis y síntesis de informa-
Abreu, Daniela Muñoz, Sara ción, mientras se apoyan los proyectos del grupo.
Peña, Manuela Roldan, Maria
Fernanda Zapata, Posteriormente, en el año 2004, como respuesta a las nuevas dinámicas de
Juan Diego Buriticá Marín, apoyo a la investigación en Colombia, la Facultad de Diseño Industrial decide
Carolina Cardona, conformar el Grupo de Investigación de Estudios en Diseño (GED) con cuatro
Mariana Betancur Sánchez y líneas de investigación. El Grupo de investigación en Biónica se reestructura
Valentina Cardona Echeverri, conceptualmente, y bajo la coordinación del Diseñador Industrial Ever Patiño y
Laura Vargas, Julio Zuluaga, en compañía del Ingeniero Andrés Valencia, pasa a ser la Línea de investigación
Julian Villa. en Morfología Experimental (LIME). Además del cambio administrativo, la Línea
MORFOLAB - Universidad Pontificia Bolivariana
282
ISBN 978-65-5550-222-0
Enfoque
Ahora bien, la LIME tiene tres escenarios de intervención en la Facultad de Diseño Industrial que
no son excluyentes, y en el cual participa todo el equipo de investigación (ver figura 3): (i) investi-
gación formativa en pregrado, (ii) investigación estricta para la generación de nuevo conocimiento,
e (iii) investigación aplicada para transferir el conocimiento al medio y generar impacto social
e industrial. En la investigación formativa en pregrado, la LIME está presente en los cursos de
proyecto y teoría dedicados al estudio de la FORMA, y los docentes a partir de los resultados de
investigación apoyan la formalización en todos los cursos de proyecto. Paralelo a los cursos, todos
los estudiantes de diseño interesados en la morfología y la experimentación formal, tienen la
oportunidad de ser parte del semillero de investigación Morlofab, que como se mencionó ante-
riormente, es un espacio extracurricular donde los estudiantes sin necesidad de asistir a los cursos
pueden desarrollar proyectos de investigación con la asesoría de la LIME.
Torreblanca-Diaz, Mg. Diana Urdinola Serna, Mg. Ever Patiño Mazo. Por otro lado, en la investi-
gación aplicada para transferir el conocimiento al medio y generar impacto social e industrial,
la LIME ha desarrollado diferentes proyectos en conjunto con otras líneas de investigación,
Con el proyecto se conoció la configuración formal jerárquica del peciolo en varios niveles de
escala, y se entendió éste como el resultado de la adaptación a las condiciones cambiantes del
entorno para responder funcional y sistémicamente a las diferentes solicitaciones funcionales
a las que se ve sometido. Así mismo, el proyecto se basó en biomecánica vegetal que propone
utilizar los modelos analíticos desarrollados por la ingeniería para analizar las estructuras
vegetales (Valencia-Escobar & Urdinola, 2019).
A su vez, la sección transversal del peciolo presenta múltiples geometrías tanto en su períme-
tro externo como en la manera en que se distribuyen los tejidos en el interior. Como se ve en
MORFOLAB - Universidad Pontificia Bolivariana
285
ISBN 978-65-5550-222-0
la figura 6, existen peciolos con sección epidérmica circular, ovalada, en U, tipo Fig. 5.
gota, triangular y combinada de las anteriores que dan como resultado formas a) Sección trans-
versal del peciolo
irregulares no simétricas. La forma de la sección del peciolo es relevante porque es
de Ravenala
la encargada de soportar los esfuerzos normales de tracción y compresión genera- madagascariensis.
dos por la flexión y los esfuerzos cortantes generados por la torsión, y se sabe que
b) Imagen micros-
no todas las geometrías se comportan de la misma manera ante estos esfuerzos
cópica que muestra
(Valencia-Escobar & Urdinola, 2019). los diferentes teji-
dos de la sección.
El proyecto también evidenció que el interior de la sección del peciolo también es
Fotografías:
fundamental, ya que el exceso de flexibilidad puede ocasionar fallas estructurales. Andrés
Por ello se deben vincular las propiedades del perímetro con la manera en que Valencia-Escobar.
los tejidos internos se ubican en la sección. Hay dos patrones generales para esta
ubicación: un relleno total o un relleno parcial (figura 7). Por otro lado, el peciolo
no es una estructura prismática regular, es decir, su sección transversal cambia con
respecto a su longitud, disminuyendo en tamaño y variando en forma desde la
Fig. 6. Diferentes
unión con el tronco hacia el extremo libre (Valencia-Escobar & Urdinola, 2019). Este geometrías de
aspecto se ha relacionado en algunos casos con una estrategia denominada resis- peciolo.
tencia constante, que implica que en una viga con sección transversal variable el Fotografías
valor de los esfuerzos sea siempre constante independientemente del punto en el de Andrés
que se mida, ya que se utiliza solo la cantidad de material necesario para soportar Valencia-Escobar.
el momento flector (Niklas, 1993).
MORFOLAB - Universidad Pontificia Bolivariana
286
ISBN 978-65-5550-222-0
Fig. 7.
a) Sección transversal
con relleno completo.
b) Sección transversal
con relleno parcial.
Fotografías de Andrés
Valencia-Escobar.
Para el desarrollo del proyecto los estudiantes caracterizaron la capacidad portante presente
en la lámina, estableciendo ejemplares de 20 cm por 20 cm para la prueba de compresión (ver
figura 11), y ejemplares de 25 cm por el largo del pliegue para la prueba de flexión (ver figura
12), que permitieran el desarrollo de las pruebas en las cuales se iban a comparar las caracterís-
ticas morfológicas con la capacidad portante.
MORFOLAB - Universidad Pontificia Bolivariana
289
ISBN 978-65-5550-222-0
Las pruebas realizadas sobre los ejemplares arrojaron diversidad Fig. 12. Digitalización del corte de
de datos e información, puesto que las relaciones variaban según los ejemplares destinados para la
la variable morfológica analizada. Para algunos casos fue inversa, prueba de flexión con su respectiva
geometría regular, donde se mues-
mientras que para otros fue directa, por tanto, fue posible deducir
tran las variables: área transversal,
que la relación existente entre la morfología y la capacidad portante momento de inercia y ángulo.
no es constante. También se encontró que el comportamiento de
Esquema de: Simón Chinchilla
la relación entre la carga y la deformación de la lámina es lineal
Quiroz, Juan Carlos Henao Celada,
debido a que en las líneas de regresión se obtuvo un r^2 de 0.9 y en Andrés Herrera Arcila.
la pendiente se obtuvo como resultado que, a mayor inclinación de
la pendiente, mayor es la rigidez de la lámina (Urdinola, 2018).
Para ilustrar mejor, una de las combinaciones puede ser A1+B1+C1, es decir, globo
grande, con presión alta y en red con marco. De manera similar, se presentan las ecua-
ciones vinculadas al principal proceso físico que influencia el fenómeno, con el interés
de entender dicho fenómeno y permitir la posible simulación digital a partir de la
programación en un software.
MORFOLAB - Universidad Pontificia Bolivariana
292
ISBN 978-65-5550-222-0
Aplicaciones
Además de la caracterización y clasificación anteriormente mencionada ha sido importante com-
probar la utilización de las técnicas en el Diseño Industrial. La LIME y el Morfolab han desarrol-
lado diferente proyectos para demostrar la eficacia de la aplicación del form-finding en el proceso
creativo y de materialización del diseño, y posibilitar que estas técnicas sean seleccionadas por
su potencial de generar formas novedosas y atractivas visualmente. La metodología se basó en
la experimentación analógica y creativa con las técnicas: (i) fabricación de modelos físicos para
explorar con los materiales y procedimientos, (ii) definición entradas, variables y salidas de cada
técnica, (iii) generación de catálogos de formas, (iv) utilización de los catálogos en procesos de
ideación, (v) diseño y fabricación de los prototipos que se pueden ver de la figura 18 a la 20.
Ahora bien, la mayoría de los materiales naturales son materiales compuestos, los cuales se
basan en un número limitado de componentes poliméricos (p. ej.: colágeno, quitina, kera-
tina) y minerales (p. ej. carbonato de calcio, fosfato de calcio, sílice, Hidroxiapatita y magne-
tita) (Zuleta-Gil, 2018). De acuerdo con lo mencionado por Aizenberg y Fratzl (Aizenberg &
Fratzl, 2009), el estudio de materiales biológicos debería contemplar al menos tres diferen-
tes aspectos: (i) dilucidación de las relaciones estructura-función en materiales biológicos,
(ii) extracción de los principios fisicoquímicos y (iii) desarrollo de medios para la síntesis y
fabricación de materiales biomiméticos teniendo en cuenta las capacidades existentes y las
limitaciones impuestas por la tecnología y la economía. Esos tres aspectos permiten relacio-
nar los materiales biológicos y la biomimética (Chen, McKittrick, & Meyers, 2012), para bus-
car materiales de menor impacto ambiental en comparación, por ejemplo, de los polímeros
obtenidos del petróleo, que generan una mayor cantidad de residuos sólidos, cuya degrada-
ción requiere cientos de años (Nair, Sekhar, Nampoothiri & Pandey, 2017).
La gelatina es una de las alternativas que se han encontrado para la elaboración de mate-
riales poliméricos biodegradables, que además de cumplir con exigencias estructurales
sean amables con el medio ambiente. Es una proteína animal translucida y sin sabor que se
obtiene del tratamiento de huesos y tejidos animales para extraer colágeno, que se pulveriza
después de un proceso de molienda, para obtener películas de polímero después de disolver
el polvo en agua a temperaturas superiores a 40 ° C y posteriormente enfriarlo a temperatura
ambiente. En ese momento aumenta su rigidez (Souissi et al., 2017) (Bigi, et al., 2002).
Diseño de contenedores
Sobre la base de las características del material resultante, se desarrolló una metodo-
logía para obtener formas volumétricas con características de contención. El diseño
de las formas comienza con el requisito de cambiar de un plano bidimensional a un
plano tridimensional (formas volumétricas) considerando como punto de partida las
láminas bidimensionales del material desarrolladas.
Basado en los polígonos regulares y los pliegues y cortes realizados en las hojas,
se diseñaron cuatro formas con características de contención de diferentes objetos
secos a temperatura ambiente. Estas formas se obtuvieron vertiendo el material
en moldes de acetato de vinilo. Luego, se pliegan y se ensamblan para lograr el
tamaño de volumen deseado de acuerdo con la geometría de la forma. La figura 25
muestra los detalles de diseño para cada contenedor, comenzando desde su forma
original hasta su forma final, junto con las intervenciones geométricas subyacentes.
Por otra parte, en las últimas décadas, se ha observado un avance acelerado de las
tecnologías digitales involucradas en el proceso proyectual realizado por diseña-
dores, arquitectos y otros profesionales creativos: los softwares CAD (Computer
Aided Design) han evolucionado y se han transformado en software CAD generati-
vos, paramétricos y asociativos, y las Tecnologías de Fabricación Digital (TFD) han
ampliado sus posibilidades y ventajas técnicas (Torreblanca-Diaz, 2019).
Muestras
Una vez desarrollado el proceso de abstracción y modelación digital se realizó la parametri-
zación utilizando el plug-in Grasshopper. Esto posibilitó hacer transformaciones morfológicas
siguiendo principios de crecimiento natural como el crecimiento diferencial como el de las
conchas de mar y el crecimiento de las topologías desde el interior como las células animales
(Patiño & Arbeláez, 2009) (ver figura 28).
Aplicación
Del proyecto se desprendieron diferentes aplicaciones de diseño que sir-
vieron para comprobar la aplicabilidad del repertorio y de la metodología
desarrollada. Uno de ellos es un sistema de protección para chalecos de
motocicletas desarrollado por un estudiante del Morfolab. Para el desar-
rollo de la aplicación se realizó inicialmente un análisis del estado del arte
de productos de protección para motociclistas, luego se realizaron obser-
vaciones no participantes en las calles de Medellín, y entrevistas a usuarios
de motocicletas. Con la información obtenida se hizo un levantamiento de
requerimientos, los cuales estuvieron relacionados, en primer lugar, con la
función de proteger, y en segundo lugar con: multifuncionalidad, resisten-
cia a las caídas y golpes, flexibilidad, movilidad del cuerpo y biomecánica,
bloqueo de movimientos con posibilidad de generación de lesiones, desar-
mado del sistema, y por último, seguridad (Torreblanca-Díaz, 2018).
PUBLICACIONES
Los investigadores de la LIME han publicado en revistas indexadas internacionalmente sobre
los proyectos desarrollados. Además, ha sido importante participar como ponentes en eventos
reconocidos por las comunidades académicas en las que se inscriben las temáticas estudiadas.
Asimismo, la LIME por medio de la Editorial de la Universidad Pontificia Bolivariana ha publicado
5 libros (ver figura 32):
• “La estructura: Un elemento técnico para el diseño” de Andrés Valencia Escobar (2007).
• “Biomimética y diseño”, compilado por Diana Urdinola y con textos de Andrés Valencia-
Escobar, Alejandro Zuleta-Gil, David Torreblanca-Diaz, Diana Urdinola, Andrea Bustamante
y Ever Patiño (2018).
Fig. 32.
Publicaciones
de la LIME.
A natureza do algoritmo
nas investigações do LAMO/
UFRJ: redes, ações e fluxos
Parceiros externos: Gabi Celani O cruzamento destes fenómenos em escalas múltiplas permite explorar
(UNICAMP, LAPAC), José Duarte
o projeto como processo de conhecimento e de teste de possibilidades.
(PSU, US), José Pedro Sousa
(DFL-FAUP, PT), Mauro Chiarella
Nesse sentido gostamos de pensar no projeto como uma segunda natu-
(FADU-UNL, ARG), Rodrigo reza, trabalhada em rede, em que natural e artificial se mesclam com o
Alvarado (Bio-Bio, CL). cultural e o Tecnológico.
LAMO- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
306
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 1. Ações em
rede, CAPACITAR, 3. Ações em rede
PROGRAMAR,
CONSTRUIR, representa- As mudanças tecnológicas atuais são disruptivas, sendo que a sua rapidez supera
ção das atividades atra-
a capacidade de atualização das faculdades de arquitetura, como acontece na
vés de esferas de tama-
FAU-UFRJ. Para as incorporar estas mudanças contamos com as ações em rede
nho crescente ((Esferas
menores-capacitar, para trazer conhecimento relevante que está frequentemente fora da grade
médias-programar e curricular, para trazer know-how e instrumentos de capacitação para a universi-
grandes construir) dade, para o nosso grupo de pesquisa, o grupo de docentes, discentes e afins.
LAMO - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
307
ISBN 978-65-5550-222-0
3 - Helicoidal Surfaces /
3 - Construindo Proto-Ecologias, 2016
Capacitação Butterfly Galleries 2015
Impressora 3d
(5 edições) 4 - Em Busca da Forma 4 - Telebiosfera / Tentáculos
Sistemas Generativos, 2017 (1 e 2), 2016
A terceira ação é CONSTRUIR para aplicar os recursos oferecidos pelo maquinário para cons-
truir pavilhões na escala 1/1. Em geral são atividades coletivas, que incluem a participação
de outros parceiros e laboratórios. A sequência entre esta ações não é linear, mas são ações
interdependentes, uma não funciona sem as outras.
3.1. Capacitar
Uma das maiores angústias dos espaços makers públicos é o de verem a sua produção apontar
massivamente na confeção de chaveiros personalizados cortados e gravados na cortadora laser,
ou corações e flores impressos em 3d (CAMPOS, 2018). O que acontece após concluída a capa-
citação para o uso do maquinário. Superar esta situação nos coloca num ponto de passagem,
de mudança de paradigma, entre o que a Oxman (2006) chama Modelo CAD que é um modelo
representacional, para um Modelo Formativo, que é um modelo dinâmico com interatividade,
e que se afasta dos processos representacionais. Esta discussão nos deixa na mesma encruzi-
lhada de 30 anos atrás;
“Utilizar o CAD para «passar a limpo» o desenho feito à mão, não foi considerado uma mudança
de paradigma, tal como não há mudança de paradigma quando substituímos o estilete pela
máquina de corte a laser. Para haver mudança de paradigma é necessário incorporar um
discurso que legitime as intervenções instrumentais. Enquanto não tivermos esse discurso
legitimador estaremos, como a inícios do século XX, desenhando carruagens puxados por
cavalos, ao invés de carros. A procura de um discurso ou de uma narrativa legitimadora do
LAMO - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
309
ISBN 978-65-5550-222-0
produto é sem dúvida melhor do que opção da técnica pela técnica. Só este entendimento
nos permite perceber a mudança que os novos processos e ferramentas poderão trazer para o
projeto, expandindo as possibilidades anteriores. (PASSARO, HENRIQUES, 2015). Assim sendo
após o ensino ferramental, procuramos associar o processo de projeto com as potencialidades
de cada um dos equipamentos. Passamos a instrumentar em cursos internos, com tutoriais
de desenho paramétrico para capacitar nestas técnicas, estudantes e docentes próximos das
atividades do nosso laboratório, em que transitamos por modelos formativos, generativos,
performativos e compostos. (Oxman 2006). A transição de modelos é aprofundada com a ação
de PROGRAMAR.
A Capacitação Laser já tem onze edições na escola e começou logo após o PROURB adquirir a
primeira máquina de corte a laser em 2013, um ano depois já com a ajuda de seis estudantes
estava a serviço de toda a produção acadêmica e de pesquisa da escola, e de outros labora-
tórios da universidade. A capacitação se resume ao ensino de software e da plataforma de
interface computador – máquina, às limitações e possibilidades de uso de corte e gravação nos
diferentes materiais, calibragem de velocidade, potência, foco, e domínio das tarefas básicas
de limpezas e manutenção da máquina o que obriga ao entendimento de um pacote suple-
mentar de exaustor, ar comprimido, lentes e espelhos. A capacitação é realizada na primeira
semana do semestre letivo, com acompanhamento tirando dúvidas de índole práticas já na
segunda semana; ao longo do semestre estes estudantes adquirem domínio pleno sobre o
uso do laser. Atualmente há 109 estudantes (e ex-estudantes) capacitados para o uso correto
de corte a laser. Em vários momentos pensamos em mudar a rotina destas tarefas, dado os
problemas que vivenciamos semestre a semestre. Por exemplo; porque não deixar o corpo
inteiro de estudantes utilizar a máquina de corte a laser de forma direta; ou porque o turno de
corte é de uma hora por semana; ou o que fazer com quem marca turno e não vem; cobrar ou
não cobrar (nunca cobramos); são questionamentos que surgem semestre a semestre. Contudo
estes questionamentos ao longo destes cinco anos nos fizeram corrigir rumo constantemente.
Atualmente o laboratório administra duas cortadores Laser VLS6.60 uma de propriedade do
PROURB e outra do PROARQ.
3.2. Programar
Destacamos entre diversas pesquisas: Clarice Rohde “Casa Revista / Wiki House”,
2015; Rebeca Duque Estrada “Flat Pack Studio, dispositivo portátil de trabalho” 2015;
Maria Elisa Vianna “Pré-fabricação de componentes construtivos para construção
de abrigos” 2016; David Mendonça, “Ferramenta Generativa para Wiki House” 2016,
Giordana Pacini “Fab!t - Pavilhão itinerante de Ensino Maker” 2017; Isadora Tebaldi,
“Superfícies de contato, processos de transmutação de terrenos residuais do BRT
transcarioca” 2018. Estes trabalhos de TFG aqui citados foram desenvolvidos até
2018, sendo que entretanto foram desenvolvidos outros trabalhos interessantes, bem
como como dissertações de mestrado e teses de doutoramento.
3.3. Construir
Dentro desta preocupação ainda algo ingênua produzimos em série alguns wor-
kshops com ênfase construtiva como o Senta aí, e Acende aí, e outros em parcerias
como Oficina Seres Rio e Espaços Extremos, assim como a criação de uma nova
disciplina chamada Projeto de Refúgio Emergencial.
LAMO- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
318
ISBN 978-65-5550-222-0
Este foi um marco importante do LAMO foi a construção da Casa Revista (PASSARO,
ROHDE. 2015 – 2016), que parte de uma pesquisa do LAMO/PROURB que se desdobra
num trabalho final de graduação e culmina com um Summer-Camp em 2015 onde é
tropicalizada e construída uma WikiHouse a partir da pesquisa de TFG da estudante
Clarice Rohde. Por outro lado, olhando o uso de braços robóticos do ETH de Zurich a
partir de 2006 ou do IAAC de Barcelona um pouco mais tarde, entendemos que a cons-
trução arquitetônica necessita atualizar a prática construtiva (PASSARO, RHODE. 2016).
A Casa Revista foi um marco, porque a partir desse momento a SIGraDi passa a reconhe-
cer o LAMO/PROURB como um dos quatro laboratórios da América Latina a trabalhar o
chamado IN-FORMING SPACES “tem quatro obras de laboratórios que exploram design e
fabricação, por um lado, de pequena e grande escala de espacialidades experimentais e, por
outro, de interfaces espaciais responsivo em referência ao usuário” (SPERLING, HERRERA,
2015 p 11-13). Com estas considerações o LAMO/PROURB é um laboratório pioneiro a
produzir prototipagem responsiva na escala real.
Computorização Computação
Processo Design
Subjetivo, perceção Redução racional
Informação qualitativa Informação quantificável
Geometria representação Geometria geração
Ferramentas
Instrumental Processual
Automação, repetição,
Processos generativos
mecanização
O projeto foi desenvolvido em parceria, sendo que o desenvolvimento da estrutura pelo LAMO
abordou uma lógica organicista e anatômica no processo de desenho e de montagem.
“Durante o desenvolvimento das articulações funcionais foi utilizada uma lógica que
remete para elementos genéricos existentes na natureza (Figura 2). Esta lógica utilizou
designações como disco, vértebra, tendão e tentáculo. Este artigo pretende refletir sobre a
metodologia utilizada, procurando tornar explícitas as analogias utilizadas. Estas ana-
logias estão inseridas numa longa tradição iniciada por D’Arcy Thompson que compara
aspetos funcionais entre várias espécies.” (HENRIQUES, PASSARO, NÓBREGA. 2017).
Este trabalho também nos permitiu transitar entre processos analógicos e digitais abordados
por Kostas Terzidis (2003) que no seu livro Algorithmic Architecture diferencia os conceitos de
Computorização e Computação, conforme tabela anexa. “sintetiza as diferenças relativas aos
processos e uso de ferramentas, aos resultados esperados e sobre a natureza da procura da forma:
se a forma é uma descoberta ou uma invenção.” (HENRIQUES, PASSARO, NÓBREGA. 2017). A
estrutura tentáculos foi montada em diversos locais, como o Museu do Amanhã, numa parceria
com Marcela Sabino Coordenadora do Laboratório do amanhã.
Foi uma instalação realizada no âmbito da disciplina Arquiteturas (in) uteis. Esta disciplina
resultou de uma parceria com o Parque Tecnológico da UFRJ e o LABiT/PROURB, coordenado
pela Professora Adriana Sansão, e a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Nela
exploramos geometrias originadas por superfícies regradas. A geometria do projeto construído
tem origem na rotação de uma série de quadros, em duas direções alternadas. O Tornado se
encaixa no conceito SIMPLEXITY com usado por Kolarevic (2016), apresentando uma forma
complexa, que, contudo, é resultado da aplicação de regras de modelagem e de fabricação
simples. O projeto foi realizado a partir de uma linha de 3m de comprimento, com operações
simples de movimento e rotação em série que definem a forma original. Durante o processo
de modelagem passamos de um processo que Oxman (2006) define como modelo formativo
topológico para um modelo generativo baseado numa transformação gramatical simples. A
fabricação foi realizada à semelhança da modelagem, ou seja, com uma sobreposição de qua-
dros rotacionados. A única prerrogativa que nos permitimos para romper esta condição foi a
execução do piso, o qual foi modelada com uma seção horizontal no plano XY para permitir o
trânsito de pessoas. Neste caso, utilizamos 660 sarrafos de pinus de 4cm x 8cm x 3m.
O workshop foi executado em duas fases, a primeira como parte da disciplina com estudan-
tes de graduação e pós-graduação, na disciplina Arquiteturas (In) úteis, e a segunda fase de
prototipagem foi realizada no LAMO/PROURB e montagem no Parque Tecnológico da UFRJ. O
pavilhão foi selecionado para o Homo Faber 2.0 (SCHEEREN, SPERLING, HERRERA, PACHECO,
VASCONSELOS, 2018), e ganhou o terceiro lugar no prémio internacional IASP 2019, atribuído
pela Network of Science Parks and Innovation, com a Galeria Curto Circuito.
LAMO- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
322
ISBN 978-65-5550-222-0
Esses tubos de polímero com diferentes secções foram escolhidos devido à sua
conexão e instalação fáceis. Essa foi a alternativa ao material pensado inicialmente,
o bambu, que não existe na Alemanha e teria de ser importado de outro continente.
Os estudantes brasileiros e alemães projetaram e montaram juntos uma nova oca,
reinterpretada.
O pavilhão construído combinou aspetos das 5 propostas para uma nova oca. Definiu
uma superfície que se divide num conjunto de pétalas, com um espaço central de
reunião. Para construir esse abrigo, os tubos foram dobrados e entrelaçados, gerando
uma grelha de dupla-curvatura. Faltou apenas adicionar uma cobertura com uma
manta de polímeros, o que aumentaria a capacidade de proteção visual e física. Foi
montado com sucesso no pátio da Universidade e hoje é utilizado pelos estudantes
locais (Wallisser, Henriques et all, 2019). Esta foi uma oportunidade de intercâmbio
cultural e uma experiência humana entre os participantes, que foi oficialmente encer-
rada com cerimónia tradicional alemã.
Esta parceria, que resultou na construção de dois pavilhões, é uma fusão entre as
ações de capacitar, construir e programar. Desde o início procuramos promover a
integração inclusiva da geração algorítmica com a fabricação digital. Embora, nestes
artigos estas ações sejam descritas separadamente, a sua sequência não é linear, mas
estas ações em conjunto são indissociáveis do algoritmo LAMO.
LAMO - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ
325
ISBN 978-65-5550-222-0
4. Ações e resultados
Capacitar: nesta linha de ação predomina a capacitação na Laser, CNC, braço robótico
(21) os Workshops internos (18), a que se juntam palestras de pesquisadores convidados
(23), e outras ações como visitas técnicas a laboratórios, empresas e universidades (18).
Entre estas visitas estão: o laboratório PRONTO (SC-BR), Lab SC (IAU-USP-BR), FAB-LAB
USP (SP-BR), LAGEAR (MG-BR), DFL (Digital Fabrication Lab FAUP - Porto), DCG (FAUTL,
Portugal), ICD (Stuttgart), LAVA (Stuttgart e Berlin), Design-to-Production (Stuttgart),
BIG-Rep/NOWlab (Berlin), ILEK (Instituto Frei Otto, Stuttgart), FABHAUS (Universidade
PUC-chile) FAB-LAB (Núcleo empresas Chile), Lab Museu do Amanhã (LMA-Rio), Canteiro
Experimental (PUC-RIO), FABULOSA, IED-RIO, INT, SENAI e FIRJAN (Rio) ou os grupos
locais do NUMATS, LABiT, HUB, NANO, EDO, LAURD, etc.
Construir: neste item vemos que das três ações a que tem maior preponderância,
são as construções/instalações na escala real 1/1 (18, que incluem além dos pavilhões
citados um conjunto de peças nesta escala), que para serem desenvolvidas requerem
normalmente protótipos de desenvolvimento (46). Estas realizações devido ao maqui-
nário e recursos limitados, foram na maioria feitas em parceria (15 parcerias). Esta pre-
ponderância de artefatos construídos sobrepõe-se aos resultados teóricos ou escritos, o
que está associado com a vocação de pesquisa aplicada, que é simultaneamente uma
caraterística e um objetivo do laboratório.
5. Perspetivas futuras
Fig. 6 . Ações em
rede LAMO e pro-
dutos/resultados
(2013-2020)
Three Dimensional
Experimental Center
NEXT and BIODESIGN - PUC Rio
O Projeto Feto
JJorge Lopes Dos Santos, graduado em design brasileiro, desenvolveu uma forma de fazer
modelos físicos de fetos a partir de dados de ultrassom, tomografia computadorizada e resso-
nância magnética. Ele desenvolveu o projeto em colaboração com um cardiologista pediátrico
do Imperial College enquanto estudava no curso de doutorado em Design Products no Royal
College of Art de Londres (2005/2009).
Lopes dos Santos começou sua pesquisa de forma relativamente prosaica, observando como a
modelagem foi usada de maneira prática ao longo dos séculos, trabalhando com tecnologia de
ponta digital e impressão 3D. De acordo com o pesquisador, da mesma forma que os computa-
dores mudaram a prática de design, a fabricação rápida de protótipos tridimensionais significa
que se pode personalizar algo infinitamente. O uso de modelos físicos na medicina começou
com fins didáticos representando diferentes partes do corpo humano. Resultando em grande
realismo visual que incluíam as mudanças do corpo da mulher durante a gravidez. O crescente
desenvolvimento tecnológico na obtenção e visualização de imagens por meio de tecnologias
não invasivas trouxe grandes avanços na medicina, principalmente na visualização do feto.
Em geral, dois tipos de exames são usados para obter imagens da cavidade uterina durante a
gestação: a ultrassonografia (USG) e a ressonância magnética (RM).
Alunos Graduação
Antônio Carlos Thiele
(2011/2014); Karina Oliveira
Santos (2012/2013);
Fernanda Coelho Dreilitch
(2010/2011);
Leandro Fernandes de Oliveira
(2010/2011); Juliana Chaves
(2010/2011); Isolda dos Santos
Levy Kamita (2010/2011);
Marcella Guerra; Marcus
Ribeiros e Gabriel Vinagre.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
331
ISBN 978-65-5550-222-0
Com base nesses resultados, os modelos físicos em breve ajudarão no estudo tátil e interativo
de muitas disciplinas médicas. Essas técnicas podem ser úteis para futuros pais - especialmente
pais com deficiência visual - pois recriam um modelo 3D com as características físicas do feto,
permitindo uma conexão emocional mais direta com o feto.
Geração de formas
a partir de folha
quadrada com
um corte reto.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
333
ISBN 978-65-5550-222-0
TRABALHO DE ALUNOS
Linha de joias desenvolvida dentro da pesquisa” Plano das Ideias”, impressas em aço inox e banha-
das a ouro. A coleção surgiu a partir da exploração de superfícies transformadas pela triangulação
de planos e sua torção dá movimento e ritmo às peças. Exposta na Rio+Design Jockey Club RJ
2014. Designers: Fernanda Corrêa (IC); Cláudio Magalhães.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
336
ISBN 978-65-5550-222-0
A partir da exploração dos limites de novas tecnologias surge a Jarra 140; ela possui
140 arestas bem definidas deixando em evidência sua estrutura geométrica. Aliada
a sua espessura reduzida, a peça é viabilizada pela impressão 3D na Voxeljet VX-800,
em PMMA, um tipo de acrílico, banhado em cera. Trata-se de uma peça de decoração
diferenciada, devido às tecnologias utilizadas em seu processo de criação, como o
escaneamento tridimensional e a impressão em 3D própria para fundição.
Designers: Fernanda Corrêa; Claudio Magalhães.
Dimus (2014)
A experiência de ouvir música pode ser individual ou coletiva e é afetada por uma
série de fatores, como o ambiente, volume, equipamento e estado emocional. Assim,
a experiência decorre de forma subjetiva, tendo respostas diferentes em cada um de
nós. Esta instalação é o resultado de uma série de experiências que, a partir da sub-
jetividade do próprio autor, encontram formas de representar fisicamente a música.
Recorrendo a conceitos como sinestesia, teoria da cor, teoria musical e estudo de
formas 3D, foram aplicados algoritmos de visualização de dados para converter sons
em formas que pudessem representá-los. As cores dão cor às formas baseiam-se nas
teorias de Kandinsky.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
337
ISBN 978-65-5550-222-0
O projeto conceito Gota FMC parte de uma hipótese de reestruturar as chamadas “árvores
de natal” da empresa FMC a partir de novas tecnologias de manufatura aditiva entre outras
inovações. Esses equipamentos são sistemas de válvulas instalados no leito do oceano sob
fortes correntes submarinas, para controlar o fluxo de extração de petróleo e gás dos poços.
Pesam cerca de 85 toneladas e medem aproximadamente 7 metros de altura. São instaladas
com a ajuda de veículos robotizados de operação remota, no caso de águas mais profundas.
O conceito gerado partiu de workshop com mais de 40 funcionários de diversas áreas da
FMC. Esta concepção adotou a instalação semi-automática e manutenção do equipamento
com a incorporação de sistema de propulsão e braços robóticos. A hipótese de produção com
impressão 3D permitiria novo arranjo dos subsistemas, otimizando espaço e possibilitando
geometria hidrodinâmica.
Pesquisadores: Jorge Lopes; Claudio Magalhães, Claudia Kayat, George Guerra
e Alan Labes (FMC).
NEXT and Biodesign - PUC Rio
338
ISBN 978-65-5550-222-0
NEXT and Biodesign - PUC Rio
339
ISBN 978-65-5550-222-0
As peças são o resultado de uma pesquisa experimental com foco em explorar novas tecnolo-
gias como a microtomografia, a impressão 3D em metal e o processamento de imagens digitais
na joalheria, quando comparados às tecnologias tradicionais. Este trabalho demonstra o poten-
cial destes novos conhecimentos para liderar a inovação da área (2015).
Materiais: Prata, pérolas cultivadas, diamante, ouro e revestimento de ródio.
Designer: Natascha Scagliusi. Orientadores: Jorge Roberto Lopes dos Santos;
Cláudio Freitas de Magalhães.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
340
ISBN 978-65-5550-222-0
Esta pesquisa estuda a metodologia criada pela professora Rowena Reed Kostellow sobre
a estrutura das relações visuais com o emprego do design computacional. Esta metodolo-
gia foi desenvolvida ao longo de cinco décadas e tem sido um modelo para a educação dos
Fundamentos em Design em todo o mundo. O livro “Elementos do Design Tridimensional:
Rowena Red Kostellow e a estrutura das relações visuais” foi traduzido e publicado pela Cosac
Naify em 2015 com recursos da FAPERJ.
Objetivo é compreender melhor este sistema procurando por padrões ocultos que apenas os
computadores podem processar. Consiste na criação de um algoritmo que replica virtualmente
os modelos de um dos sistemas da metodologia. Criar um algoritmo analítico para calcular
dados complexos sobre as composições criadas e criar uma taxonomia dos modelos gerados
com base nas informações coletadas.
NEXT and Biodesign - PUC Rio
342
ISBN 978-65-5550-222-0
BIODESIGN LAB
O BIODESIGN LAB, uma parceria entre a PUC-Rio e o grupo DASA de medicina. Criado
em 2021 durante a pandemia de COVID 19, o laboratório, desenvolve pesquisas em
tecnologias 3D, internacionalmente já bem sucedidas na área de medicina fetal, agora
estendidas a diversas áreas da medicina como neurologia, cardiologia, ortopedia,
transplante e outras, sempre enfatizando a importância da pesquisa interdisciplinar
envolvendo médicos, designers, biólogos, engenheiros, programadores e outras áreas
da ciência. A criação do laboratório confirma o pioneirismo do Departamento em
design, tecnologia, ciência e medicina.
Entre vários projetos desenvolvidos, podemos citar o recém apoio à cirurgia de separação de
gêmeos craniópagos, coordenada pelo neurocirurgião Dr. Gabriel Mufarrej, onde foram desen-
volvidas dezenas de simulações virtuais (encontros em metaverso) e físicas (impressão 3D de
estruturas anatômicas) para auxiliar todo o processo.
Equipo
Marlén López
Manuel Persa
Colaboradores
Ramón Rubio
Mar Alonso
Eduardo Cires
Laboratorio Biomimético - Asturias
346
ISBN 978-65-5550-222-0
Cuaderno biomimético
El cuaderno se creó como material de apoyo en los paseos biomiméticos por entorno
naturales, con pautas y actividades para ayudara a perder el miedo al papel en blanco y
descubrir la bioinspiración como punto de partida para crear posibles ideas de diseño.
Laboratorio Biomimético - Asturias
347
ISBN 978-65-5550-222-0
Diseño biotextil
• Entramado tejido con bioplástico con posos de café como principal aditivo.
• Tejido de escamas de bioplástico para aplicación en creaciones de alta costura
como alternativa al uso de lentejuelas o elementos similares.
Laboratorio Biomimético - Asturias
350
ISBN 978-65-5550-222-0
Diseño adaptativo
Materiales: diferentes tipos de telas como loneta, neopreno, poliéster o fibra textil
sintética con una gran elasticidad, utilizados como base sobre la que imprimir diseños
mediante técnicas de fabricación aditiva.
Entendemos a robótica e suas disciplinas correlatas como áreas de estudo em expressiva evo-
lução, porém, ainda, imaturas e carentes em termos práticos. A Robótica no Brasil, vem sendo
desenvolvida de modo acanhado e apresenta, ainda, lacunas bastante específicas, mesmo
necessitando de habilidades transdisciplinares. Por não ser uma atividade diretamente ligada
às atividades fim de um número expressivo de empresas e instituições, recebe destas, atenção
menor, por conseguinte, um tratamento coadjuvante, sob a suposição de que “alguém deve
estar estudando e fazendo o que for necessário para quando for preciso...”.
Nesta linha foi necessário esforço especial na criação, desenvolvimento de cultura, metodologia
de testes e operações que não poderiam contar com a sensibilidade e destreza do ser humano.
Tudo deveria ser feito através de ferramentas e interfaces para atender ocorrências e cenários
submarinos, operadas por veículos de operação remota (ROVs) e seus manipuladores, nos mais
diversos equipamentos submarinos, entre eles: localização de vazamentos e obstruções de fluxo,
desobstrução e reparo de dutos submarinos; operações intrusivas em dutos (submarinos ou
Atividades e operações requeridas pelo novo cenário que se abriu em águas profundas
e ultraprofundas nos campos do pré sal aumentou ainda mais a dependência desta
tecnologia e de suas disciplinas correlatas. Daí, sempre que possível fazemos casar os
interesses de nossos projetos de desenvolvimentos com os interesses/aptidões apre-
sentados pelas Universidades, Escolas Técnicas e outros Centros de Excelência via seus
professores e alunos. Diante da grande procura por temas de cunho mais prático e
aplicado sempre incentivamos várias teses de doutorado, dissertações de mestrado,
projetos de fim de curso de graduação ou mesmo de nível médio, que ajudamos a
conduzir, em forma de co-orientação.
Vale destacar que, pela nossa história e competência exploratória, temos o privilégio de
acessar situações-problema que suscitam há algum tempo e de modo crescente, o exame de
temas além das fronteiras e limites estabelecidos formalmente: “fora das caixas”.
Como tal, aprendemos que cada situação-problema, já traz consigo, grande parte de sua solu-
ção e, muito frequentemente, indicações e oportunidades de gerarmos invenções. De acordo
com Drucker, “o mercado não sabe como pedir por algo que ele próprio ainda desconhece e
que, portanto, jamais experimentou”.
Nossos problemas são estratégicos, pois têm grande valor tecnológico intrínseco e, por conse-
quência, grande valor de mercado. Precisamos tratar nossos problemas com carinho e cuidado!
Neste sentido destacamos publicação Inovação com Resultado: Olhar além do óbvio, (Editora
SENAC, 2011), de autoria de Thomas M. Koulopoulos de onde destacamos algumas ideias:
“Muitas organizações saltam direto para a inovação aberta com clientes e parceiros,
quando elas estariam melhor servidas simplesmente envolvendo suas próprias fontes de
inovação.”(p, 120)
Já há algum tempo tenho me dedicado a estudar e propor algo que possa ajudar em eventos
limite e situações críticas causadas por grandes desastres (se oriundos da atividade humana;
se o planeta é vivo e tais eventos são naturais e acontecem de tempos em tempos, ou, que
estamos diante de um misto destas...), que obrigue a sociedade ter que lançar mão de recursos
que devam estar previstos em Planos de Contingência.
Entendo ser tema de grande importância para a sociedade, porém, observa-se que ganha
espaço -ou é trazido para discussão “do que, e como fazer”-, apenas em momentos traumáticos
e especiais, exatamente quando respostas e resultados de pesquisas, bem como equipamentos
e metodologias próprias para tal, já deveriam estar “na prateleira” à disposição da sociedade.
Laboratório de Robótica - CENPES Petrobras
356
ISBN 978-65-5550-222-0
Precisamos ajudar a mudar este quadro. Acredito que grande parte do esforço da
sociedade e recursos do planeta estão sendo desperdiçados, tal como o que assis-
timos nas mais diversas gôndolas de um supermercado ou bancas das barracas de
feiras-livres. O tomate que ali está sendo oferecido é um sobrevivente de todo o
processo de produção, infraestrutura de transporte e distribuição. Somem-se a isso
todos os frutos que estarão ao alcance da mão do público e serão estragados pelo
manuseio inadequado dos clientes consumidores. É de estarrecer verificar o que sai
destes locais (supermercados, quitandas e feiras) e vai para a lixeira, diariamente....
Enfim, o desperdício é muito grande!
Me dediquei a estudar uma analogia entre a situação descrita acima, para a produção
de alimentos e sua logística de manuseio e distribuição, e a equivalente produção de
tecnologia sua utilização e desdobramentos. Fizemos isso para tecnologias oriundas
da Indústria, Academia e os chamados “setores produtivos”, considerando que:
• Parte dos desenvolvimentos (novos produtos, tecnologias e processos) feitos para determi-
nadas aplicações na sociedade a elas ficam dedicados e atrelados enquanto há interesses
em jogo (econômicos, geopolíticos, comerciais e/ou industriais);
• Que tais bens, se avaliados e considerados viáveis a outros casos de uso, poderiam ter sua
sobre vida estendida – via a boa prática do que é preconizado na filosofia do 3-Rs: Redução,
Reuso, Reciclagem – e assim estará atuando de forma sustentável ao que se refere à gestão dos
resíduos sólidos;
• Analogamente, podem ser encontradas situações como estas no trato às disciplinas que
atualmente atendem as políticas públicas voltadas às situações de desastres ambientais
que geram emergências e contingências;
• Ideias, patentes e inovações com muito mais razão merecem receber tratamento análogo
para que não sejam tratadas como “tomate amassado” e irem para o lixo. Entendemos que
vários estudos, desenvolvimentos, tecnologias, metodologias em vários campos do saber
culto ou informal podem ser transferidos para outros fins que não o inicialmente proposto,
com claros benefícios para o conjunto da sociedade, pois que, para existirem já despende-
ram recursos humanos e do Planeta Terra. Já foram pagas!
• Neste trabalho, que não pretende esgotar o assunto nem as possibilidades, alguns exem-
plos serão colocados visando a criação de um sistema de vasos comunicantes que possibi-
lite a transferência e o uso de tecnologias já desenvolvidas para a indústria/comércio para
uso dos órgãos de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e outras iniciativas que cuidam das
situações de Emergência e de Contingências...
Cada uma destas combinações com suas características próprias como acidez e quantidade de
nutrientes, compunham “a seu tempo e jeito a formação de lagos, lagoas, brejos, rios, riachos,
corredeiras, igapós, chavascais, campinaranas, igarapés, alagados, paranás, furos, canais, regos,
meandros sacados” dentre outras. O desenvolvimento foi motivado pela acanhada oferta de
Laboratório de Robótica - CENPES Petrobras
358
ISBN 978-65-5550-222-0
O projeto foi publicado com destaque Congresso de Óleo e Gás de 2006 (Reis N.
R., 2006), quando recebeu menção honrosa, pois inova ao ser um veículo espe-
cialmente desenvolvido para se deslocar-se nos mais variados tipos de superfície:
sólida, líquida ou inconsistente; água, terra, pântano, lama ou terreno não estrutu-
rado e em áreas inóspitas e inacessíveis aos modais tradicionais de transporte. Foi
necessário tratar diferentes como diferentes.
Insetos patinadores:
Base e Inspiração
para criação e
desenvolvimento do
RAH Chico Mendes
(Projeto Piatam).
Laboratório de Robótica - CENPES Petrobras
359
ISBN 978-65-5550-222-0
Corte topográfico
destacando as
diferentes estrutu-
ras de composição
de vegetações
aquáticas denomi-
nadas tapagens.
Área A: zonas alagadas características das épocas de cheia; Área B: zonas caracte-
rizadas por solo recoberto por terra/lama e/ou vegetação esparsa aparentemente
flutuante, porém enraizadas no solo; Área C: Área alagada com grande concentração
de colchões de macrófitas e vegetação aparentemente flutuante e algumas árvores;
Área D: Área com solo predominante seco e abundancia de árvores de grande porte.
Nas imagens acima, especificamente da segunda linha, há uma comparação na qual são mostra-
dos cenários bastante diferentes (cenário natural versus cenário de desastre ambiental), porém
com características e dificuldades de locomoção bastante análogas. Na figura esquerda temos
uma pequena embarcação em situação de difícil locomoção entre macrófitas. E à direita, uma
embarcação similar bloqueada em uma região invadida por rejeitos de mineração, uma profu-
são de lama e detritos flutuantes oriundos do rompimento da barragem da Samarco/Vale/BHP.
Já nas imagens da terceira linha é possível observar o Robô Ambiental Híbrido durante testes
operacionais na Amazônia que tem características operacionais também utilizáveis em situações
como os rompimentos das barragens da VALE- Samarco-BHP.
Laboratório de Robótica - CENPES Petrobras
361
ISBN 978-65-5550-222-0
2 - Robô G.I.R.I.N.O
Dos ovos eclodem os girinos, a forma larval dos anuros. Na Figura anterior (indicado
com seta azul), o estágio de desenvolvimento observado pelo autor ao caminhar pelo
quintal da casa de sua avó, em Petrópolis. Chamou a sua atenção a facilidade com que
algumas larvas – girinos - se locomoviam no interior de uma poça de água. Passar por
sobre folhas, galhos e outros obstáculos na poça d’água fez com que tivesse a ideia de
emprestar da natureza aquela “arquitetura” e design na construção de um mecanismo
com capacidade de vencer obstáculos em condições análogas.
Ali estava o princípio a ser usado para a locomoção do robô no interior dos dutos,
pois pode mover-se por meios próprios e, caso necessário, parar em locais de inte-
resse para efetuar operações programadas ou tele operadas. Como foi concebido
a partir da observação dos movimentos e nas funções destes pequenos seres, daí a
homenagem do nome.
Laboratório de Robótica - CENPES Petrobras
363
ISBN 978-65-5550-222-0
Acima a maquete conceitual concebida com materiais simples (tubo de pvc, molas
Etapas de
de caneta esferográfica e “girino” de madeira) para que fossem realizados os pri- movimentação
meiros testes baseados na analogia e posterior hipótese: materializadas na
maquete concei-
As patinhas do G.I.R.I.N.O., devidamente “engenheiradas” em contato com a tual. (PANTA, 2005).
parede interna do duto se valeriam do - até então, indesejável - fator de atrito,
formando condições físicas favoráveis à mobilidade de artefatos mecânicos em
regiões até então inacessíveis no interior dos dutos.
À direita: Estágio
atual do protó-
tipo cabeça de
série do Robô
G.I.R.I.N.O. para
diâmetros de 16”
e acima. (Acervo:
Laboratório de
Robótica do
Cenpes).
PART III
Prof. Carmelo Di Bartolo was born in Acireale on August 28, 1953 - Lives and
works in Milan. He completed his studies in Industrial Design in 1967 at the
European Institute of Design in Milan. He has collaborated professionally
with architects: Giotto Stoppino, Adalberto Dal Lago, Giulio Crespi, Renzo
Piano. On the level of applied research, he developed bionic methodology
aimed at innovative product design.
Design Innovation works with companies and administrations from different sectors
to expand their vision, seeking innovative solutions for the future. The main objective
is to integrate the various skills within companies in order to systematize them and
nurture their potential and value. The methodological pillars of Design Innovation are
Advanced Design, Bionics, and Perceived Quality.
Advanced Design is a method for managing the variables that condition design at
360°, has as its objectives to outline plausible scenarios, listen to and interpret signals
coming from the world of end users and engineers, and combine the needs of design
with those of innovation and product development.
Bionicsis the paradigm that explains how the evolutionary complexity of the world of
natural structures, leads to simple and functional optimized solutions in product design.
BUSINESS
STRATE GY
MARKETING
ENVIRONMENT
MARKET
RESEARC H
CREATIVE
HUMAN PROCESS CREATIVE
FACTOR DESIGN
KNOWLEDGE
TR ANSFORMATION
ORGANIZATION
&C HANGE ENGINEERING
MANAGEMENT
INTERACTION/
KNOWLEDGE SOFTWARE
KNOWLEDGE
COMMUNICATION ENGINEERING
TECHNOLOGIES
PRODUCT&
TECHNOLOGY
PORTFOLIO
MANAGEMENT
MANAGEMENT
PRODUCT
DEVELOPEMENT
MANAGEMENT
DESIGN INNOVATION
369
ISBN 978-65-5550-222-0
Bionics and Design is the main design method, it studies the phenomena and functional
solutions of the natural world to derive insights that can be applied effectively and economi-
cally to the design of industrial products and systems, it is distinguished by a strong focus of
content such as technologies, care of perceived quality through ergonomics, materials and
their treatments. In particular, for monitoring and technology transfer activities, a methodo-
logy for analysis and selection of new materials and processes has been developed, with a
special interest in the issues of lightness and sustainability.
Ferrari, Fiat Auto, CRF-Centro Ricerche Fiat, 3M Italia, Pirelli, Herman Miller, Moleskine,
Samsung Electronics, Gillette, Piaggio & C., Argotractors, Johnson Controls, Indesit Company,
Ariete, Laika Caravans, Tensoforma, Costa Crociere, La Marzocco, Endesa-Unelco, IED Istituto
Europeo di Design, CIM 4.0...
DESIGN INNOVATION
370
ISBN 978-65-5550-222-0
DESIGN INNOVATION
371
ISBN 978-65-5550-222-0
DESIGN INNOVATION
372
ISBN 978-65-5550-222-0
DESIGN INNOVATION
373
ISBN 978-65-5550-222-0
Como a natureza
faz negócios e produtos
na TÁTIL DESIGN DE IDEIAS
EQUIPE:
CEO
Fred Gelli
CASES
NATURA SOU
Natura SOU nasceu para resolver uma difícil equação: ser ao mesmo tempo de baixís-
simo impacto ambiental e máximo impacto sensorial, mantendo um custo-benefício
ótimo para romper com a ideia de que produtos ecologicamente responsáveis são
mais caros.
Figura 1:
Imagens do projeto
Natura SOU da tátil
em parceria com
a Questto Nó.
Tátil - Design de ideias
378
ISBN 978-65-5550-222-0
EQUIPE:
CEO: Fred Gelli | Diretor de Criação: Felipe Aguiar
Designers de Produto:
Luis Carlos Hernani, Carlos Eduardo Silva e Rodrigo Maia.
Figura 2:
Exemplos do pro-
cesso de desen-
volvimento de
produtos da Tátil
inspirados pela
Biomimética.
ANFACER
Neste projeto de marca setorial é necessário representar os desejos e objetivos de todo o grupo
de maneira autêntica. Além disso, também era importante criar um diferencial para a cerâ-
mica do Brasil. Foi partindo desse desafio que se entendeu a necessidade de unir branding e
inovação na construção de um melhor posicionamento para o setor de cerâmica brasileira no
mercado internacional. Dessa forma, se propôs aos fabricantes um programa de longa duração
centrado em biomimética para o desenvolvimento de novos produtos, inspirados pela biodi-
versidade brasileira para criação de um design autêntico com objetivo de buscar, assim, novas
possibilidades de expressão para ressignificar o mercado tradicional de cerâmica. (Figura 3)
Tátil - Design de ideias
380
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 3:
Projeto da Tátil
inspirado pela
Biomimética
para ANFACER.
ESTUDOS EM DESENVOLVIMENTO:
ENGAJAMENTO ORGÂNICO
A sedução promovida pelas flores sobre seus polinizadores, bem como os sinais que os frutos
emitem para seus dispersores de sementes, são estratégias de engajamento extremamente
poderosas. Se utilizam de um caminho inverso do caminho utilizado, por exemplo, para
engajar pessoas a mudarem comportamentos, como: parar de fumar ou reduzir os impactos
ambientais de sinais visuais também é válido para sinalizar quando frutos estão prontos para
serem consumidos e assim, terem suas sementes dispersas com sucesso. A prova da eficiência
dessa estratégia é o cheiro irresistivel de uma manga madura!
A maior parte dos filhotes de mamíferos demandam cuidado parental de longo prazo. Para
garantir o engajamento dos pais com sua prole, alguns recursos mantém o vínculo mais forte.
Além de hormônios que despertam o prazer, o amor e a vontade de cuidar, as proporções dos
olhos e da cabeça dos filhotes, garantem uma dose extra de fofura, para os tornar irresistiveis
mesmo nos dias em que as demandas de cuidado ultrapassa a de paciência.
Tátil - Design de ideias
382
ISBN 978-65-5550-222-0
O benefício gerado às pessoas por esses serviços alternativos de transporte faz com
que a escolha de deixar o carro em casa seja mais fácil que propostas com imagens
de cidades poluídas. Oferecer opções sedutoras e menos poluentes às práticas do
cotidiano é mais eficiente para mudar hábitos de vida do que usar marketing que
desperta repulsa.
E por fim, a Tátil conclui que esse novo marketing precisa gerar valor para as pessoas.
O marketing de valor compartilhado se trata de estratégias de engajamento que as
marcas podem se utilizar para envolver audiências. Propondo um engajamento que
gera valor na vida das pessoas, conseqüentemente, gera valor para a marca. A figura
abaixo mostra a Evolução da visão do marketing através da lógica da natureza.
Tátil - Design de ideias
383
ISBN 978-65-5550-222-0
O seguinte projeto foi uma parceria com a FGV, através do André Carvalho, e tinha como ideia
central um dado matemático que dizia que os bancos de corais ocupam apenas 2% dos fundos
dos oceanos, mas reúne mais de 50% da vida em volta deles, exatamente a mesma relação das
metrópoles, que ocupam menos 2% de área do planeta mas tem mais de 50% da população
vivendo nessas regiões.
Quando observado esses dados e imagens de satélite mostrando corais e cidades, se percebeu
que seus desenhos também eram similares e se interessaram em aprofundar esse paralelo para
promover novas relações de ideias.
A partir disso, se notou que tanto em ambientes de metrópoles, como de bancos de corais,
coabitam um volume gigantesco de espécies, promovendo uma quantidade relevante de troca
de energia, de matéria e de informação. Em ambos os ambientes (recifes de corais e metrópo-
les) há alta diversidade de espécies, grande densidade de interações e vários nichos criados e
ocupados. Diversidade é símbolo de fortalecimento pra vida.
Assim, em uma metrópole quando existe, em um mesmo edifício, uma agência de turismo, um
restaurante e um hotel, os consumidores podem usufruir desses serviços em um só local e essa
rede de relações se fortalece. Processo semelhante ao que ocorre nos recifes, onde encontra-
mos locais para abrigo, além de alta disponibilidade de comida, se tornando o sítio perfeito
para o nascimento de várias espécies de peixes.
Tátil - Design de ideias
384
ISBN 978-65-5550-222-0
Porém, o grande insight desse paralelo é que nos bancos de corais todas essas relações
são ganha-ganha, ou seja, todos os organismos se beneficiam. Não existe ponta solta,
os fluxos de energia e de trocas são regidos de acordo com os princípios da natureza:
ciclo fechado, interdependência e otimização, enquanto que nas metrópoles isso não
acontece. Ela é regida pelos princípios dos seres humanos: produção linear, visão
fragmentada, maximização/desperdício.
Existem muitas pontas soltas em ambientes urbanos, vê-se isso claramente pela
quantidade de lixo gerada, na desigualdade econômica e na dificuldade de transitar
pelo espaço. Os fluxogramas de energia de parques industriais dentro das cidades
apresentam muitas pontas soltas: lixo que não é reciclado, recurso chegando de locais
remotos e matéria-prima sintética.
Tátil - Design de ideias
385
ISBN 978-65-5550-222-0
Os fluxogramas de recifes de corais são fechados, sem pontas soltas. Reutilizam toda energia
e resíduo descartados por algum processo e os reinsere na cadeia de produção. Trabalha com
conceitos de: Cilos fechados, interdependência e otimização.
Com base nisso, a Tátil começou a desenvolver ideias para pensar em novas maneiras de
fazer negócio e em novas formas de relações entre as empresas. Esse projeto tem 10 anos e
abriu frentes na área de negócios de valor compartilhado, como a abertura da CRIA, braço da
Tátil que tinha a intenção de operar apenas com projetos de valor compartilhado.
A morfogenese da forma
nos projetos do Atelier
MARKO BRAJOVIC
Coordenador A pesquisa porém não parou somente no mundo digital, as vivências com
de Arquitetura comunidades indígenas na Costa Rica e Amazônia integrou o processo criativo
Paramétrica: inspirado na natureza com técnicas de artesanato e estudo de comportamento
Daniel Locatelli de materiais naturais.
Biologa
Marko Brajovic naturalizado Brasileiro é fundador e diretor criativo do Atelier
e Biomimetista
Marko Brajovic, escritório de arquitetura e design com sede em São Paulo,
Colaboradora:
onde na interseção entre engenharia e arte sua equipe multidisciplinar põe
Alessandra Araujo
em prática duas décadas de estudos que quebraram paradigmas.
Assistente Criativo:
Adalberto De Paula Projetos comerciais de arquitetura, design, cenografia, instalações e curadoria
são tratados como plataformas de experimentação de processos criativos e de
Arquitetos: uso de materiais inspirados pelo mundo orgânico e inorgânico.
Paul Thyse
Arthur Campos Sem pretensão de trazer respostas, o Atelier se propõe a questionar, inspirar e
Andrea Alexic compartilhar conhecimento em um momento do planeta que novas soluções
May Shinzato precisam ser desveladas de forma interdisciplinar e experimental, livres de
Giovanna Pirovani paradigmas dogmáticos.
Atelier Marko Brajovic
388
ISBN 978-65-5550-222-0
No próximo workshop da AAVSA deste ano, numa imersão de dez dias na floresta
Amazônica, novamente em parceria com a bióloga Alessandra Araújo vamos estudar
como podemos aprender com a inteligência estrutural, termo-reguladora, adaptativa
e evolutiva das epidermes e membranas animais e vegetais, para então aplicar este
conhecimento em soluções práticas na área de design e arquitetura.
Fotos: Atelier
Enquanto a Hub Estrela foi inspirada pela estrela-do-mar, as duas Geolárias foram
Marko Brajovic
inspiradas pela superfície circular da Radiolaria.
Desenhos: Atelier
Marko Brajovic
Nossas arquiteturas são aerodinâmicas e se dobram diante de ventos laterais fortes,
absorvem o estresse das pancadas de chuva verticais e controlam a luz solar natu-
ral, além de receber projeções interativas de vídeo e iluminação RGB dentro da
membrana dupla, graças à combinação de diferentes polímeros na mesma “pele”.
Atelier Marko Brajovic
390
ISBN 978-65-5550-222-0
CASE 03 - O3
CASE 04 - TEDx
CASE 06 - Herba
Fotos:
Clément Gérard.
Desenhos: Atelier
Marko Brajovic +
Studio Arthur Casas
Atelier Marko Brajovic
395
ISBN 978-65-5550-222-0
Intelligence
Inovar é uma tarefa desafiante. Seja na conceção de novos processos ou de novos pro-
dutos, para trazer para o mercado/sociedade algo verdadeiramente inovador é preciso
estar a par
das tendências e dos desenvolvimentos que vão surgindo.
Science
O objetivo da unidade passa por utilizar como alicerce a inovação no conhecimento científico
e respondendo com este, às oportunidades identificadas. Sendo assim possível diferenciar e
otimizar o processo de transferência de conhecimento.
Technology
Business
De acordo com os principais requisitos funcionais das almofadas de proteção, observou-se que
o mecanismo protetor dos Isópodes Terrestres e o movimento articular do joelho e cotovelos
tinham características bastante similares. Foram efetuados diversos estudos de forma e analise
de mecanismos, de modo, a encontrar o equilíbrio entre forma, função e utilização.
Em 2010, fundou um estúdio de design com foco no estudo da natureza e uso de novas tecno-
logias. O propósito era estabelecer maior conexão entre o homem e a natureza, em relação à
memória e à possibilidade de inserir na casa alguns elementos que remetessem a padrões e
sistemas naturais, especialmente brasileiros.
Fotos: luminária Expôs em diversos locais, entre os quais a feira Made em São Paulo, a Vitória Stone
c.as e vaso l.op em Fair no Espírito Santo, o Salone Satellite na Feira de Móveis de Milão, o Leilão Piasa
realidade aumen-
em Paris, a Bienal de Arquitetura de Pequim, “Guiltless Plastic Exhibitions” em
tada desenvolvidos
Milão, Hong Kong e Catar e as Semanas de Design em Londres, Barcelona, Milão e
por Aline Rocha
e Amanda Porto, Berlim. Graças a essas experiências obteve a chance de gerenciar distintos projetos
na plataforma e trabalhar com produtores em diferentes países.
AUGmentecture
Desenvolve carreira acadêmica paralela, lecionando biomimética, biofilia e novas
tecnologias em departamentos de arquitetura e design em várias universidades e
institutos, incluindo o Istituto Europeo di Design – IED, Centro Universitário Belas
Artes de São Paulo e a Abu Dhabi University. Atualmente é professora do Dubai
Institute of Design and Innovation (DIDI) nos Emirados Árabes. Durante estes anos,
desenvolveu e lecionou novos currículos com foco na análise de padrões naturais,
no desenvolvimento de sistemas hierárquicos e complexos, de desenhos algorítmi-
cos, biofílicos e de projetos performáticos e regenerativos.
Perfil Andrea
Macruz, Nolii na
Boobam
Foto: Luiza
Florenzano
Andrea Macruz
407
ISBN 978-65-5550-222-0
Vasos l.op
l.op são vasos inspirados na vegetação do Cerrado, constituída por arbustos e peque-
nas árvores com troncos e galhos retorcidos. Pode-se dizer que, a combinação da
sazonalidade, deficiência nutricional dos solos e ocorrência de incêndios determina as
características da vegetação do Cerrado. Este tipo de savana é a mais rica do planeta.
Os vasos apresentam um movimento de torção mais orgânico, uma rotação ao redor
de um eixo central sem deslocamento. Esse efeito é bem visível sobretudo nas cascas
de algumas árvores.
Eles são impressos 3D com um plástico biodegradável PLA, que significa poliácido lác-
tico; este é um polímero sintético termoplástico. A produção de PLA ocorre a partir da
fermentação, por parte de bactérias, de vegetais ricos em amido como o milho, a beter-
raba e a mandioca, por isso é biodegradável, compostável, produzido totalmente a
partir de fontes renováveis e recicláveis, não possuindo nenhum tipo de resíduo tóxico.
Os vasos são feitos em 3 tamanhos diferentes, isto é, com 20, 30 e 40 cm de altura.
Foto: Federica
Botrugno, doada
pela competição
RoGUILTLESSPLASTIC
Fotos: Renato
Navarro, doadas
pela La Lampe
Andrea Macruz
409
ISBN 978-65-5550-222-0
Biombo v.az
Fotos: Nothing
Ahead e Karolina
Grabowska no
Pexels
Foto: Flavio
Sampaio
Andrea Macruz
410
ISBN 978-65-5550-222-0
Fotos: Flavio Ele é feito em tiras de pinho cortadas na CNC e conectadas por cabos de aços em
Sampaio diferentes alturas. A maior dificuldade do projeto foi a locação destes cabos porque
as aberturas ocupam uma grande área do biombo. O resultado é uma peça que com-
porta várias configurações, fácil de ser armazenada e transportada. Ele ganhou os
prêmios: Salão Design 2017, ABE Design 2017 e Bronze A’ Design Award 2017-2018.
Mais tarde, foi testada uma técnica de proteção da madeira vernacular que con-
siste na queima da madeira. Ao carbonizar levemente a superfície da madeira sem
queimar toda a peça, a madeira torna-se impermeável através da carbonização,
Fotos: Denise portanto, mais durável e protegida de insetos. Assim, surgiu uma nova versão da
Xavier e mesma peça, mas com um tom mais escuro, contrastando ainda mais o vazado das
Fernando Iász tiras de madeira.
Andrea Macruz
411
ISBN 978-65-5550-222-0
Luminária m.us.2
Fotos: doadas
pela Di Móveis
Material: plástico impresso 3D e lâmpada LED
Medidas: + – 45cm Ø
Ano: 2017
Estudos topológicos
Andrea Macruz
412
ISBN 978-65-5550-222-0
Vista frontal e
perspectiva
Fotos: Flavio
Sampaio e Pixabay
Andrea Macruz
413
ISBN 978-65-5550-222-0
Trabalhos Acadêmicos
bio.01 foi um workshop criativo de uma semana, cujo objetivo era produzir uma
textura interessante para um tecido de uma companhia têxtil. Diferentes frutas e
flores do Brasil foram analisadas e através de aplicativos para simplificar texturas,
capturar cores, etc. esses elementos foram transformados digitalmente. O objetivo
desta oficina era que os alunos tivessem uma melhor compreensão do processo de
biofilia e do uso de novas tecnologias.
Imagens: padrões
de flores e folhas
feitos com Adobe
Capture e Pixlr
Andrea Macruz
414
ISBN 978-65-5550-222-0
Fotos: digitalização
e abstração dos
elementos naturais
e sua aplicação em
tecidos
Andrea Macruz
415
ISBN 978-65-5550-222-0
Fotos: digitalização
e abstração dos
elementos naturais
e sua aplicação em
tecidos
[Trabalhos de graduação]
Manifesto Liqueforme
Foto: ArtHouse
Studio no Pexels
Estudos: desenvol-
vimento do projeto
em Fusion360
Andrea Macruz
417
ISBN 978-65-5550-222-0
Autômato Celular
Foto: Alexandr
Podvalny no Pexels
Andrea Macruz
418
ISBN 978-65-5550-222-0
Algoritmo criado
no Excel. As
regras foram
automatizadas
Pesquisando sobre o interesse das abelhas por fractais e cores que vão do
azul ao ultravioleta e baseando-se nas fotografias de fluorescência visí-
vel induzida por radiação ultravioleta (UV) do fotógrafo americano Craig
Burrows, o conceito do projeto foi a seleção de peças/objetos existentes e
mudança de suas cores para atrair abelhas.
Pesquisa: o
espectro visível das
abelhas e dos seres
humanos
https://www.
beeculture.com/
bees-see-matters/
Andrea Macruz
420
ISBN 978-65-5550-222-0
Foram alteradas as cores dos objetos escolhidos para as cores demonstradas nas
fotografias de Burrows, com intuito de atrair esses insetos polinizadores para lugares
específicos como jardins, casas ou passarelas de alta costura. O projeto foi dividido em
três vertentes: urbana, conceitual e residencial.
Arquitetura Performática
Fotos: Mimosa
pudica
Diagramas: sistema
de abertura e
fechamento da
Mimosa pudica
A proposta era construir um abrigo para ser implantado em locais remotos e fora
da rede, com sistemas híbridos autônomos para regular a quantidade de luz e
vento dentro dele. As aletas de proteção solar semipermeáveis se movem em
resposta ao peso aplicado em suas bases, graças a um mecanismo que considera a
pressão interna exercida em alguns tubos. Estes, por sua vez, são conduzidos por
uma série de perfis que reproduzem a topografia em que o projeto está inserido e
estabelecem a forma final do abrigo. Assim, cria-se uma possível interação entre o
objeto e o usuário. Com o projeto validado através de um modelo tridimensional
feito no software Rhinoceros e no plugin Grasshopper, concluiu-se que é possível o
uso de dispositivos de baixa tecnologia para melhorar o potencial de desempenho
das edificações, quanto a seu consumo energético, impacto ambiental e ambiente
interno saudável.
Andrea Macruz
422
ISBN 978-65-5550-222-0
Simulação do pro-
cesso de abertura
das aletas
Imagens: inser-
ção do abrigo em
locais remotos
- parte alta de
Itatiaia e Chapada
Diamantina
Para replicar o turgor das células foi adotado o uso do bolsas semipermeáveis
preenchidas do polímero hidroretentor Poliacrilato de Sódio - [-CH2-CH(COONa)-]
n. Este composto tem a capacidade de absorver água numa proporção entre 200 e
300 vezes o valor de sua própria massa. Quando expostas ao contato com a água,
Fotos: polímero as bolsas ganham volume e geram uma reação que expande a área da superfície de
hidroretentor
cobertura, criando uma força mecânica que movimenta as hastes que seguram o
Poliacrilato de
Sódio - [-CH2- invólucro externo. Conforme o tempo passa, o composto perde a água por evapora-
CH(COONa)-]n. ção e a cobertura retorna ao seu estado inicial.
Andrea Macruz
423
ISBN 978-65-5550-222-0
Fotos: bolsa
semipermeável
com poliacrilato de
sódio em contato
com água
Simulação do
sistema de funcio-
namento das aletas
no abrigo
Cadeira Inseto
O conceito do projeto é a criação de uma cadeira fácil de montar baseada nas asas
de dois insetos. A joaninha e o gafanhoto migratório. O sistema de montagem
e desmontagem da cadeira se inspira no sistema de dobradura da asa da joani-
nha. Este inseto tem um sistema de abertura de asas muito rápido, apenas de 0,1
segundo, e capacidade de guardar sua asa dentro de sua casca, através de uma
dobradura intrincada. O desenho da cadeira foi desenvolvido em 4 partes den-
tro do 3ds Max, a partir da dobradura planificada e dos vértices interligados por
hierarquia, para desenvolver o sistema de dobragem em animação. Com o movi-
mento e adaptações da forma criou-se a forma do assento, que foi rebatido para o
encosto, e depois rebatido por simetria para ter o formato final da cadeira.
Andrea Macruz
424
ISBN 978-65-5550-222-0
Estudos de origami
de acordo com a
abertura das asas
da joaninha
com uma morfologia mais parecida com uma folha. Depois, foi decidido
usar uma subdivisão de forma ordenada através de várias linhas divi-
dindo cada segmento com subdivisões menores para ter controle sobre o
posicionamento dos pontos. A seguir, foi aplicado um padrão Voronoi nos
pontos. Com isso foi possível chegar numa cadeira com dobra em padrão
não usual, que se planifica por inteiro, numa estrutura de aparência leve,
porém resistente.
Estudos iniciais
morfológicos da
asa de gafanhoto
Aplicação de sub-
divisão da asa da
joaninha
Andrea Macruz
426
ISBN 978-65-5550-222-0
Desenho final da
cadeira planificada
Cadeira final
Imagem para
a construção e
combinação dos
módulos
Foto
do protótipo final
Andrea Macruz
429
ISBN 978-65-5550-222-0
“Agents” (Agentes)
Trabalho 01 - Fase
01 – Escolha
do processo de
decomposição
Trabalho 01 - Fase
02 – Heurística
Andrea Macruz
430
ISBN 978-65-5550-222-0
Trabalho 01
- Fase 03 –
Agente 01
Trabalho 02 -
Fase 01 – escolha do
processo de erosão
e fratura do solo
Trabalho 02 -
Fase 02 – Heurística
DIDI | FALL 2021 | FoS101 Exploring Design I SEC. A CARLOS MONTANA SEC. B JOANNE HAYEK SEC. C ANDREA MACRUZ I RUTVI BAPAT AGENTS I RULES
1 Draw 6 lines towards left and right inclined at 60 degrees,with 4 cm inclined at (60,65,70 or 75 degrees). the main lines(starting from the top,midway or from the main 9 If two dotted lines intersect draw a 1cmx1cm shaded square.
length from the top of the page. and the distance between 4 Repeat step 2,three or four times at the end of the lines). Any of the lines should not cross each other. 10 If an dotted line does not intersect any other line, draw an offset an
MIND I RULES
DIDI | FALL 2021 | FoS101 Exploring Design I SEC. A CARLOS MONTANA SEC. B JOANNE HAYEK SEC. C ANDREA MACRUZ I RUTVI BAPAT
1 Draw 6 lines towards left and right inclined at 60 degrees, 1cm inclined at (60,65,70 or 75 degrees). the main lines(starting from the top,midway or from the main
9 If two dotted lines intersect draw a 1cmx1cm shaded square. 12 Repeat all the rules 3 times on each side(top and bottom) of the page
and the distance between them should be 1-3 cm. 4 Repeat step 2,three or four times at the end of the lines). Any of the lines should not cross each other.
10 If an dotted line does not intersect any other line, draw an offset an in opposite direction.
2 At the end of the line, Draw 1cm inclined line at 20 degrees. previous lines. 7 Add lineweight(4pt) to the main lines with 3 inclinations, and to the offsets
either side of the line.
3 At the end of the line,Draw inclined line measuring 1-2cm 5. Draw a 6cm straight line in continuation. which intersect with the main line.
11 Draw random circles with any radius and varying linewiegth.
. 6 Draw random 12-15 dotted lines with an offset of the 8 If a main line and dotted lines intersects draw a 1cmx1cm square.
Trabalho 02 - Fase
03 – Agente 02
(baseado no
Agente 01)
SELVAGEN - Design
e Arquitetura Generativa:
união da natureza e tecnologia
Figura 01 - Curso de
Programação 3D com
Rhino e Grasshopper
no Laboratório de
Objetos Urbanos
Conectados (L.O.U.Co)
do Porto Digital em
Recife - PE.
Foto: SELVAGEN
Figura 02 - Vista
interna da Arena
Arbor. Foto: Vivix
SELVAGEN
437
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 03 -
Diagrama
morfológico
da Arena Arbor.
Fonte: SELVAGEN
Figura 04 - Vista
aérea da Arena
Arbor. Foto:
Guilherme Paiva
SELVAGEN
438
ISBN 978-65-5550-222-0
Figura 05 e 06
À esquerda,
Hotel Casulo.
Foto: SELVAGEN.
À direita, vista
interna do rooftop.
Fonte: Leo Maia
Arquitetos
Figura 07 - Estudos
de sintaxe formal.
Fonte: SELVAGEN
Figura 08 -
Joia Casulo.
Foto: Paulo Duca
SELVAGEN
439
ISBN 978-65-5550-222-0
Em meio à Rota Ecológica de Alagoas, a Praia do Patacho destaca-se pelo seu visual
paradisíaco e natureza exuberante. Foi nesse contexto que o Hotel Pedras do
Patacho nasceu. Guiado por um caminho de pedras naturais, os hóspedes são con-
duzidos aos seus sete bangalôs e a uma das praias mais bonitas do Nordeste. Sua
arquitetura singular equilibra natureza e modernidade em um projeto arrojado
composto pelo uso predominante da madeira, pedra natural e aço corten.
Então, convidada a criar uma joia para o hotel, a SELVAGEN se utilizou dos ele-
mentos de maior destaque, materializando-se a essência do lugar. A arquitetura
foi a grande fonte de inspiração, cujos muros em pedra natural são formados por
peças únicas, encaixadas entre si e de múltiplos arranjos. A joia Pedras do Patacho,
portanto, remete a este elemento a partir de um algoritmo que simula o padrão
presente nos muros, com sete células, simbolizando os bangalôs e os caminhos
que os unem. A joia, cortada a laser e banhada a ouro 18k, é apresentada sobre
um case de madeira cumaru, fresado digitalmente com a continuação do mesmo
padrão, e por fim, embalado em papel de efeito corten.
Figura 09 - Joia
Pedras do Patacho.
Foto: Paulo Duca
Figura 10 -
Apresentação
da joia. Fonte:
SELVAGEN
SELVAGEN
440
ISBN 978-65-5550-222-0
CASE 04_CACTOOLS
Figura 11 -
Vaso Cactools.
Foto: Paulo Duca
Figura 12 -
Variações do vaso.
Foto: Paulo Duca
CASE 05_BIODICE
Fabricado, então, em aço inox com impressão 3D aditiva. Para esse projeto
foi desenvolvido um algoritmo que gera infinitas possibilidades de design
seguindo a regra da numeração das faces. Dessa forma, apesar de pos-
suir uma geometria orgânica e randômica, o Voronoi permite que todas
as faces preservem a proporcionalidade entre si garantindo que o dado
não se torne “viciado”. Inteligência esta, presente no processo natural de
divisão celular, e aqui aplicada ao design de um dado.
Figura 13 - Biodice.
Foto: Paulo Duca
SELVAGEN
441
ISBN 978-65-5550-222-0
CASE 06_AHABIOS
A biomimética foi utilizada para a concepção formal e funcional do habitat, a partir da obser-
vação de elementos naturais que pudessem contribuir para o projeto, como por exemplo, a
raia manta e sua estratégia de flutuabilidade, aquadinâmica e sistemas de falanges e nadadei-
ras articuladas. Além da biomimética, foram também empregados conceitos de biossustentabi-
lidade e habitats submarinos no desenvolvimento do projeto.
Figura 14 -
Abaixo à esquerda,
Ahabios. Fonte:
Paulo Duca
Figura 15 -
Abaixo à direita,
vista sobre a super-
fície do Ahabios.
Fonte: Paulo Duca
NATALIA QUEIROZ:
Nature as a measure
of efficiency
Image 1.
Bioclimatogy
diagram. Font:
Adapted from
Victor
The disconnection between the built environment and the natural envi-
ronment creates several imbalances, one of the most well-documented
being the heat island effect in urban areas. The energy imbalance caused
by impermeable surfaces and the building materials used in architecture
increases the temperature in the urban microclimate. The alteration of
the water cycle in the built environment is a contributing factor to this
energy imbalance. The design concept of the Leaf brick was born from the
search for solutions to heat island problems.
The design is inspired in the cooling system of trees and leaves, that
involves micro systems, water, and solar radiation balance. It was deve-
loped a prototype of a modular shading device system that use the sun’s
own radiation for evaporative passive cooling, it is biodegradable and
consider cycle economy applications. Leaf brick considers natural fibers,
bioplastic and a hydrogel, a polymer that absorbs and stores 400 times its
Natália Queiroz
445
ISBN 978-65-5550-222-0
weight in water from the air. The mixture resulted in a flexible compound that use
the air natural humidity, and works for the Brazilian coastal climate very well to
cool buildings surfaces, also to generate green facades, or to incorporate in urban
furniture. The brick system can be fabricated using traditional forming technique
and allowed the creation of curved surfaces and complex geometries. The control-
led laboratory tests had very promising results: a comparative test with reflective
materials, which are recommended for reducing the heat island effect, showed a
reduction in heat transmission. This resulted in a decrease of up to 10°C for the
Leaf brick. This project ended up winning a traditional prize in Brazil, Museu da
Casa Brasileira award, in product design in the prototype category (2016).
Image 2.
Leaf brick concept
Image 3.
Leaf brick. Scaled
prototype and
modulation study.
Natália Queiroz
446
ISBN978-65-5550-222-0
One of the main elements related to the building efficiency is the facade design.
It is the skin that filters and promotes the interaction between the interior and
exterior of the building. During its conception process, one must understand the
environmental patterns, observe the incident climate, and propose solutions that
take advantage of the climate benefits and avoids bad situations. Facades are
composed of opaque and transparent elements, closed and open elements as well.
The openings are the components that promote the strongest connection between
the external and internal environments. Due to this characteristic, it is crucial to
understand the physical behavior to establish solutions that are not only based on
aesthetics but also on performance.
The goal is to explore building skin design and the building envelope in relation
to sustainability and performance. This involves studying relevant physical pheno-
mena to gain a deeper understanding of design processes based on performance
and optimized skin solutions. The focus is on thermal, daylighting and visual per-
formance, which encompasses all phenomena related to the interaction between
the sun and the indoor environment. At the end of 2020, the research proposal was
one of 15 selected worldwide in the first World Ph.D. Workshop organized by the
sorority of digital graphics societies. It was one of the representatives of SIGraDi
(The Iberoamerican Society of Digital Graphics). The research is divided into three
main themes:
1. The first theme explores the building skin and window design. It intends to
establish a systematic view of the design and physical aspects that involves
the building envelope. The objectives are to establish design relationships and
to answer how the envelope design impacts on indoor performance, human
behavior, comfort and health.
Natália Queiroz
447
ISBN 978-65-5550-222-0
2. The second, concerns the performance-based parametric modeling strategies Image 5. Building
for solar control devices (shading devices, and translucent materials). It consi- skin optimization.
ders strategies for optimization processes and the characterization of flexible
patterns, thermal characteristics, optical characteristics, and geometrical aspects
relevant to the performance of solar control devices.
3. The third theme involves the methodological structure for multicriteria simula-
tion in support of the architectural design process. This step establishes repre-
sentative performance criteria and simulation settings applicable to interopera-
bility, fast analytical cycles, optimization process fitness, solution selection, and
simulation model validation.
Natália Queiroz
448
ISBN978-65-5550-222-0
Image 6. Building
skin in a systematic
point of view. It
is fundamental to
understand the
physical beha-
vior to design an
integrated building
skin solution.
logarithmic (golden) spiral. In furniture, stands out the digital prototype of a crib
inspired by the butterfly wing. The geometry is the result of topological optimiza-
tion considering the structural efforts on the proposed form.
Image 8.
A crib for Helena.
Topological opti-
mized crib inspired
by a butterfly wing.
Image 9.
Parametric
tesselation study
inspired by the sea
urchin skeleton
for jewelry design
applications.
Natália Queiroz
450
ISBN978-65-5550-222-0
The digital and physical prototype is used in her workshops and is availa-
ble for free in her blog (http://www.bugtecture.com). Image 11 shows one
of the results of a Lamp Workshop held at Pronto 3D – Florianópolis (2018)
for students with no contact with parametric modeling. Image 12 shows a
student prototyping a physical model at the Federal University of Paraíba
in the class of Introduction to Plasticity (2016).
Ross Lovegrove is inspired by the logic and beauty found in nature, and is known
as an inventor of forms with function. His idea of design brings together the most
current and modern studies in materials science, technology, and organic forms, in
creations that many see as a new aesthetic expression for the 21st century.
In all the fields he traverses, he remains attentive to the use of renewable and
recyclable materials, participating in the successful development Alessandri Office
System, and he was also a member of the Atelier de Nîmes, France, with Philippe
Starck, Jean Nouvel, Martine Bedin, and Gérard.
Known as the “Organic Captain,” he is obsessed with nature and technology. To refe-
rence these passions in his design, in this way he manages to exuberantly embrace
the opportunities that new digital technologies provide. The Welsh artist is a high-
-tech enthusiast and loves challenges. A pioneer of the concept of organic essentia-
lism, he uses an instinctive approach to creating forms where mass and material are
reduced.
He calls himself an “evolutionary designer who puts his work through a sequence of
progressive improvement and contemporary innovation. His goal is to always be in
CEO the right moment and remain relevant, and everything he designs could only have
Ross Lovegrove existed at the moment it was made, not before.
STUDIO LOVEGROVE
454
ISBN 978-65-5550-222-0
Winner of numerous international awards, his work has been widely published
and exhibited internationally, including the Museum of Modern Art in New York,
Lovegrove was awarded the World Technology Award by Time magazine and CNN in
November 2005. In the same year, he was awarded the prestigious Red Dot Design
Award for products created for Vitra.
Go Chair
Go Chair, designed by Ross Lovegrove in 1998. Inspired by the logic and beauty of
nature, his process is deeply human-centered, ranging from architecture to aviation,
consumer goods and furniture; his innovative Go Chair for Bernhardt Design USA,
made entirely of magnesium, is a one-of-a-kind, used piece with minor markings on
the frame.
Modern lines and elegant profiles define the Go Chair, the first seat made from magne-
sium. A light weight with a curvilinear shape that from the side appears to be bending
backwards, the chair evokes movement and still looks futuristic and somewhat “alien”
today, after more than 20 years since its debut.
STUDIO LOVEGROVE
455
ISBN 978-65-5550-222-0
GARRAFA TY NANT
The visionary bottle designed by Ross Lovegrove and deservedly awarded, is recognized as a fit-
ness icon among designers worldwide. It features unique asymmetric packaging and was once
thought impossible to mass produce, but Lovegrove proved once again that he could meet the
challenge. Launched at Harrods in December 2001, this radical work of art rewrote the rules
of bottle design. One of its accolades is that this bottle was voted the 8th coolest object in the
world by Arena Magazine, its undulating, undulating design evokes the hypnotic motion of
running water.
This ceiling fixture realized for Artemide in 2008, places a floating array of large pebbles below
a simple, modern aluminum disk. These in turn reflect each other, reflecting light between
their biomorphic surfaces and reflecting the surrounding environment. During the day, the
piece functions as a sculptural object reflecting the dynamics of natural light and the move-
ment of people around it.
Ross Lovegrove’s work is provocative and enduring. His fascination with natural forms, the
beauty and elegance of evolution, inevitable shapes, and the way the world “just fits together”
permeates every aspect of his projects. His work spans sectors and divides sensibilities.
STUDIO LOVEGROVE
456
ISBN 978-65-5550-222-0
STUDIO LOVEGROVE
457
ISBN 978-65-5550-222-0
Moot Chair
The seat is designed with a complex curvature that follows the shape of the human anatomy,
achieving maximum performance with minimal use and waste of woven carbon fiber. The
design is reminiscent of Alberto Meda’s ‘lightlight’ chair. The design expresses Lovegrove’s
preference for organic, sinuous lines; where the formal and structural design are dynamically
interwoven, forming a single surface that adheres to and respects the contours of the human
anatomy, evincing the concept of an ‘exoskeleton’ for support. Ross Lovegrove used carbon
fiber to shape the Moot chair
STUDIO LOVEGROVE
458
ISBN 978-65-5550-222-0
ERGO
“It is your duty” as a designer to promote sustainability, says Ross Lovegrove When
creating his furniture collection for Natuzzi, he used recyclable and renewable mate-
rials, even the production processes are lead-free and have more than 75% recycled
water. Part of the energy used in the process also comes from renewable sources, in
an environmental strategy, which gave Nadja Swarovski the Social Impact Award in
Sustainability from the Fashion Institute of Technology.
The Ergo collection, developed for Natuzzi Italia, consists of a range of items for the
bedroom designed and manufactured with sustainability in mind. The furniture’s hard
moldings are constructed with wood from FSC-certified plantations. They are fitted
together to avoid the need for additional metal fixings. The adhesives that were used
are water-based and formaldehyde-free, and the surfaces are finished with natural
wax.
All upholstery is produced with organic fabrics, including linen, wool, and cotton. The
bed’s mattress is made of 100% natural latex and is upholstered in hemp fiber. Inside
the collection is a chandelier with LED light sources that are capable of displaying
different color temperatures, and that can be adjusted throughout the day to match
the user’s circadian rhythm.
The bed, for example, is made of natural latex and upholstered in hemp fiber,
Lovegrove explains that the shapes used for the various products are an evolution of
the organic style for which he has become known.
“It’s based on a two-dimensional shape that fits the line of the column.
If I were to do anything else with the shape, I’m not sure it would make it any
better; it’s an anatomical spine line with the minimum thickness needed to
become structural.”
STUDIO LOVEGROVE
459
ISBN 978-65-5550-222-0
Fonte: https://
www.dezeen.
com/2019/04/23/
ross-lovegrove-sus-
tainable-design-
-ergo-furniture-na-
tuzzi/
Formula 1 Fragrance
“We are harnessing the heritage and principles of the sport to build a unique
fragrance brand that blends a highly legitimate approach to the world of perfu-
mes with the core values of Formula 1®, ’ Dilesh Mehta, president and CEO of
designer parfums.
The solar tree is a luminaire that combines an innovative design with the technical
performances of LED lighting systems and solar energy aid. Its structure is composed
of curved steel poles of different diameters and heights, having a maximum total
height of about 5.5m above road level. This system is made up of “grass branches”.
STUDIO LOVEGROVE
461
ISBN 978-65-5550-222-0
The poles are painted with external epoxy paint in light green color shading in white. The heads,
which house the photovoltaic cells in their upper part, are supported by poles; an aluminum
sink, and are provided with a plastic screen that ensures protection against water and dust.
BIOPHILIA COLLECTION
This collection designed by Ross Lovegrove, called Biophilia was designed for VONDOM, a com-
pany specializing in advanced rotomolding technology and ongoing research into the transfer
of the digital process to contemporary design. The collection explores a new design language
that establishes a dialogue between time, form and space, combining the organic design pio-
neered by Antonio Gaudi’s Sagrada Familia.
This process of enrichment has its origins in a time when the discovery of nature, its wonder
and the consequent diversity of forms, beginning with Art Nouveaux, an enduring and sensual
movement in art that brought the organic world, brought inanimate objects to life through the
fluid organic minds. of designers, artists, photographers and architects.
STUDIO LOVEGROVE
462
ISBN 978-65-5550-222-0
The term was coined in 1958 by Major Jack Ellwood Steele (1929-2009), being defined as
the “analysis of the ways in which living systems act”. Bionics, as well as Biodesign and
Biomimicry, study the basic principles of nature (constructive, technological, formal, etc.)
for application in technological solutions, and for this reason they have become an inter-
disciplinary field that combines biology with Engineering, Architecture and Design.
Biodesign (1970)
The concept of Biodesign emerged in the 1970s, through the German designer Luigi
Colani. “Biodesign is a practice that consists of designing a design product from nature,
that is, based on materials, shapes or even adaptation strategies arising from a living being.
The main characteristic of this practice is the use of living organisms or residues — resul-
ting from these beings — in products or services, which, consequently, make it possible to
work with the modification and creation of new organisms. And these organisms will serve
as producers of other structures used as a basis for the development of a product”. In this
way, the technique puts biology in favor of design and also of architecture.
Biomimicry (1997)
In 1969 the word Biomimicry gave rise to the title of an article by Otto Schmitt (1913-
1998). Although the American researcher Janine Benyus was responsible for the better
definition and dissemination of the term Biomimicry. According to her, “biomimicry is
defined as the study of biological structures and their functions, aiming at the creation
of solutions for the current problems of humanity, uniting functionality, aesthetics and
sustainability”.
BiD.Lab