Analise ETL

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Caio Fernando Abreu, foi um renomado escritor, jornalista e dramaturgo.

Nasceu em 12 de
setembro de 1948, falecendo em fevereiro de 1996, vítima da AIDS. O escritor, em 1994, foi
convidado para a França pela Casa dos Escritores Estrangeiros, mas voltou ao Brasil no mesmo ano e
logo após começou a se sentir muito doente, vindo a descobrir que era portador do vírus HIV. Caio já
era assumido homossexual na época da Ditadura Militar.

Após voltar ao Brasil se sentindo doente, o escritor escreveu cartas as quais foram publicadas no
jornal “O Estado de S. Paulo” e hoje fazem parte de sua crônica “Pequenas Epifanias”. E, para
contextualizar as cartas, é importante lembrar que na época que foram escritas havia muito
preconceito – homofobia -. Caio também convivia com muitas pessoas portadoras do vírus.

Na primeira carta, intitulada “Primeira Carta Para Além do Muro”, publicada em 21/08/1994, Caio
Fernando Abreu já sabia que possuía o vírus, mas apenas discorre sobre como está se sentindo, com
muitas dores até para escrever. Fala de uma maneira mais enigmática, usando sempre o termo
“Coisa Estranha” para descrever o que está deixando-o mal. Conta também dos exames que fez, da
ressonância, mas a descreve como uma máquina que se parecia com uma nave espacial. Nessa carta,
diz que escrever é o único apoio que tem.

Na segunda carta, “Segunda Carta Para Além do Muro”, publicada em 04/09/1994, o escritor ainda
não fala sobre o que tem. Ele discorre sobre o tempo que está internado, descrevendo como
“caminho do inferno” e afirma ter encontrado vários anjos, referindo-se aos enfermeiros e
funcionários da limpeza como anjos da manhã, e as pessoas que o visitam como anjos debochados
da tarde.

Na terceira carta, “Ultima Carta Para Além do Muro”, publicada em 18/09/1994, ele finalmente fala
o que tem. Afirma ser portador do vírus HIV. Explica que em junho do mesmo ano voltou da Europa
sentindo-se muito doente e ao procurar um médico logo lhe foi pedido para fazer “O Teste”, como
ele mesmo diz. O escritor diz também que não sente vergonha ou qualquer outro motivo para
esconder. Lida de uma maneira positiva, não ligando para o forte preconceito da época, citando que
segundo a sociedade apenas “pessoas malditas” contraiam essa doença.

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