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TCC Curso
TCC Curso
Florianópolis
2007
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
1.1.1 Apresentação da cidade
1.1.2 Dados gerais
1.1.3 História da cidade
1.1.3.1 São José – Gênese, evolução populacional e economia
1.1.3.2 São José e seu espaço urbano
1.1.3.2.1 Introdução
1.1.3.2.2 Instalação do núcleo urbano de São José
1.1.3.2.3 Análise histórica da ocupação urbana
1.1.3.3 Evolução urbana do bairro Kobrasol
1.1.3.3.1 A origem do empreendimento
1.1.3.3.2 O Kobrasol hoje – o atrativo comercial
1.1.3.4 O abandono do Centro Histórico e o Kobrasol como nova centralidade
1.2 Problemática
1.3 Apresentação do tema
1.3.1 Localização do terreno
1.3.1.1 O terreno
1.4 Justificativa de projeto
1.5 Metodologia
1.6 Objetivos
1.6.1 Objetivo geral
1.6.2 Objetivos específicos
2. EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 Experiências de áreas aterradas
2.1.1 Experiência positiva – A cidade do Rio de Janeiro e o aterro do Flamengo
2.1.2 Experiência negativa – Florianópolis e o aterro da Baía Sul
2.1.3 Pontos positivos e negativos das áreas exemplificadas – o Parque do FlamengoX o
Aterro da Baía Sul
2.2 Conceito de Lazer
2.3 O que é cultura
3. ÁREA DE INTERVENÇÃO
3.1 O projeto da Beira Mar de São José
4. REFERÊNCIAS DE CENTROS CULTURAIS
4.1 Memorial da América Latina
4.1.1 O conjunto arquitetônico e os espaços culturais
4.2 Centro Cultural São Paulo
4.3 Centro Cultural Fiesp
4.4 Casa de Cultura Mario Quintana
4.5 Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
5. REFERÊNCIA TIPOLÓGICAS
5.1 Mistura de materiais
5.2 Passarelas
5.3 Brises
5.4 Conexões
6. PROPOSTA PARA O CENTRO DE CULTURA, LAZER E SERVIÇOS
6.1 Programa de necessidades
6.2 Diretrizes gerais para o projeto do Centro de Cultura, Lazer e Serviços na BeiraMar de
São José
7. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CRONOGRAMA
1. INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
Mapa 1: mapa de SC (fonte: www.sc.gov.br) Mapa 2: mapa de localização da cidade de São José na grande Florianópolis
(fonte: www.mapainterativo.ciasc.gov.br/sc)
Figura 1: imagem da cidade de São José (fonte: Google Earth)
Distrito de Barreiros (1959): composto pro 10 bairros, entre eles Bela Vista,
Barreiros, Ipiranga e Serraria.
Distrito de Campinas (1981): composto pelos bairros Campinas e Kobrasol.
São José é um dos municípios que mais crescem no estado. Em 1920 a população era de
22.946 hab., em 1970 somavam 42.235 hab., em 1980 o número pulou para 87.817. No
censo de 1996, São José contava com 151.024 habitantes, onde 77.107 eram mulheres e
73.917 homens. Atualmente, segundo dados do IBGE – censo 2000, São José conta com
196.907 hab., apresentando um crescimento anual de 3,49%.
Com relação à economia, segundo Farias (1999), em meados do século XIX,
84,2% da população era constituída de lavradores. Na sede do município, que envolvia a
área do atual município de São José, 78% da população produtiva trabalhava nas
atividades agrícolas.
Com a abertura do caminho a serra, as atividades comerciais e de profissões
liberais tomam grande impulso, pois começavam a comercializar com Desterro.
Foi graças ao comércio que São José se tornou grande centro sócio-cultural a
partir de meados do século XIX. Farias (1999) relata que:
“Os moradores das regiões de Serraria, Barreiros, Estreito, Capoeiras,
negociavam suas mercadorias na ilha. Apesar deste fato, o porto da vila era
movimentado, pois até o final do século XIX era o principal escoadouro dos
produtos, tanto dos vindos da parte sul e central do município como os vindos do
planalto, principalmente o charque. Além disso, também era o ponto de
desembarque de mercadorias diversas, procedentes da capital e de outras partes,
que seriam adquiridas por seus moradores ou remetidas à serra pelo caminho de
Lages. Igualmente em seu território, no distrito do Estreito e em Capoeiras,
ficavam os abatedouros que abasteciam de carne fresca a cidade de
Florianópolis, e que produziam charque e os subprodutos do couro.”
Com a construção da Ponte Hercílio Luz em 1926, São José passou por um
período de estagnação econômica, pois antes os transportes dos produtos eram
obrigados a parar no município, com a conclusão da ponte, eles iam diretamente para
Florianópolis.
E com a ponte, além das perdas territoriais devido a sucessivas emancipações,
principalmente com a perda do distrito de João Pessoa (atual Estreito), São José passou
a ter a função de cidade-dormitório, assinalando assim, sua decadência comercial.
Só a partir da década de 1970, São José voltou a se desenvolver, principalmente
com a construção da BR 101, instalações de algumas indústrias e comércio (atacadista e
varejista), foram criados novos postos de trabalho para os trabalhadores locais. Grande
parte da população era originária do processo de êxodo rural e que fugia dos altos custos
de moradia em Florianópolis.
Com a implantação do Distrito Industrial houve verdadeira explosão de
indústrias no município. Entre as que se destacam, cita-se: Macedo Koerich S/A; Cassol
Materiais de Construção Ltda.; Intelbrás S/A; Fábrica de Rendas e Bordados Hoepcke.
Desde a década de noventa, São José diversificou suas atividades: informática,
vestuário, têxtil, alimentar, imobiliária, editorial e gráfica, materiais elétricos e outras.
1.1.3.2.1 Introdução
Em 2007 São José completará 257 anos. Contudo, a consolidação da área urbana
e o processo de urbanização, propriamente dito, não condizem com a idade do
município.
Trata-se de uma cidade jovem, que busca sua face superando os problemas de
um crescimento desordenado, induzido durante décadas como resultado da implantação
de uma nova tarefa funcional – a de centro industrial da Região Metropolitana da
Grande Florianópolis.
O rápido e desordenado crescimento condicionaram os persistentes problemas de
desorganização espacial e inadequação de infra-estrutura.
Como na maioria das cidades brasileiras, no município de São José o
crescimento espontâneo orientado por fatores econômicos e físicos e a falta de um
planejamento territorial, influenciaram a configuração de loteamentos desconexos entre
si, ligados prioritariamente aos principais eixos viários de ligação à ilha de Santa
Catarina (BR 101 e BR 282), polarizando densa “mancha urbana”, que gradualmente se
expande para o interior.
A atual área urbanizada chega a ocupar mais de 30% do atual potencial
territorial do município, abrigando cerca de 174000 habitantes, com uma densidade
média bruta de 5700 habitantes por quilômetro quadrado para a área urbana e 35
habitantes por quilômetro quadrado para área rural (IBGE, 2000).
Segundo Lemos, o abandono dos centros históricos deve-se a uma série de fatos
que podem ser alencados da seguinte maneira:
“...deslocamento de moradias para outras regiões da cidade; incapacidade dos
meios de transporte coletivo garantir a adequada locomoção da população, da qual
resultam contigüidades de funções no confinamento urbano; precaríssimos sistemas de
comunicação e sobretudo da telefonia, do telegrafo e dos correios; incapacidade do
sistema viário acolher com desenvoltura o crescente trânsito de automóveis, destinados
a substituir o ausente transporte coletivo rápido e adequado; surgimento de novos
centros regionais e de mais fácil acesso e com outra potencialidade econômicas e que
vieram acarretar um ‘esvaziamento’ do Centro velho de certas atividades liberais,
administrativas e até legislativas.”(Lemos,1998)
Os centros são engendrados historicamente para funcionar como a concentração
equilibrada e prática dos recursos, funções e facilidades que levam as pessoas a se
aglomerar. Deve mesclar funções econômicas, financeiras, residenciais, culturais e de
lazer, mas também é a origem e lastro histórico e de memória da cidade.
O poder público é uma grande mola para impulsionar a ocupação do Centro,
pois atrai serviços e comércio diversificado e atividades de entretenimento e lazer. Daí a
importância da sede da Prefeitura estar localizada na área central. (Barreto, 2006)
O centro histórico de São José foi perdendo suas funções de centro com a falta
de condições de habitabilidade causadas pela falta de infra-estrutura e de trabalho, o
surgimento de novos loteamentos, com a transferência da sede da Prefeitura e
atualmente é apenas um atrativo turístico, pois é na sede que se encontram os edifícios
históricos (Igreja Matriz, Casa de Câmara e Cadeia, Teatro Adolpho Melo, entre
outros).
Então o município passou a ter uma nova centralidade: o Kobrasol. O bairro
reúne características próprias de ‘centro da cidade’, além de ser um lugar onde as
pessoas encontram condições de habitar, pois existe a possibilidade de trabalho e de
espaços de conviver.
Estas características são: diversidade de usos (residencial, comercial e de
serviços), proximidade da Prefeitura e do Fórum, presença de uma rua (Calçadão do
Kobrasol) com intensa atividade comercial e de serviços, presença de dezenas de bancos
nas imediações do Calçadão (núcleo monetário), além de muitos bares e restaurantes
que fazem o local manter-se vivo a maior parte do tempo, de manhã, à tarde, à noite e
nos finais de semana.
A centralidade do bairro Kobrasol está sintetizada nas palavras do arquiteto
Paulo Mendes da Rocha (Revista URBS, no 29, 2006):
“O Centro é o espaço de conexão da sociedade e das forças produtivas com as
redes de informação, riqueza e poder e, a um só tempo, de integração social e
apropriação da cidade pelo cidadão comum.
O Centro é o local onde o caráter público dos espaços coletivos e o seu uso e
freqüência por uma mescla social se preservam. Mas também é território de inserção
global porque a eficiência das telecomunicações, o poder de uma economia
diversificada, a cultura exuberante e o caráter emblemático de seus logradouros e
instituições representam o que de mais interessante a cidade pode oferecer.”
Apesar dos aspectos positivos da centralidade do Kobrasol, falta a integração
com o Centro Histórico, de modo que houvesse uma ligação entre eles, a fim de que um
complementasse o outro. Ou seja, as funções de “centro de cidade”, já citadas
anteriormente, deveriam ser divididas entre eles para que não ficassem somente
concentradas no Kobrasol, e para que o Centro Histórico não ficasse apenas com a
função de atrativo turístico.
1.2 Problemática
Figura 2: localização da Beira mar de São José no contexto urbano do município. (fonte: Google Earth)
Figura 3: projeto da Avenida Beira Mar de São José (fonte: Prefeitura Municipal de São José)
1.3.1.1 O terreno
Foto 1: limite norte do terreno - concessionária Foto 2: limite leste do terreno – escola de olaria (fonte: acervo
Honda e Dimas automóveis (fonte: acervo pessoal) pessoal)
Foto 3: limite oeste do terreno – terreno vazio Foto 4: limite sul do terreno – ciclovia, calçadão
(fonte: acervo pessoal) e baía sul. (fonte: acervo pessoal)
1.5 Metodologia
1.6 Objetivos
2. EMBASAMENTO TEÓRICO
Assim, o parque linear composto pelas três faixas apresenta dois eixos de
composição da área do aterro, de caráter opostos: um eixo na escala da cidade,
nitidamente moderno, desenhado na linearidade ondulante das autopistas; outro, na
escala local, percurso pitoresco definido por Burle Marx através de caminhos próximos
da beira do mar que conjugam as atividades do parque.
Assim como o tratamento paisagístico estabelece escalas de transição nos
espaços abertos do parque, a diversidade de soluções formais dos prédios ilustrados
corporifica signos urbanos de identificação para seus usuários.
Todos os pequenos prédios construídos no parque em apoio às atividades de
lazer ou culturais foram projetados em escala adequada às características da paisagem,
não competindo com sua horizontalidade.
O projeto do Parque do Flamengo propõe duas escalas de percepção da
paisagem. A primeira, de caráter macro, representa a exaltação da paisagem do parque
enquanto grande superfície plana percebida em sua plenitude nas passarelas em nível e
no terraço do Museu de Arte Moderna.
A segunda, uma percepção dinâmica da paisagem do parque e da Baía de
Guanabara, pelo desenho livre e tortuoso das autopistas que cruzam toda sua extensão.
Reidy cria um parque cosmopolita que responde ao ideal de modernidade da
elite carioca, pautado na qualificação da paisagem da Baía de Guanabara.
Apesar do conhecimento acumulado sobre a cidade do Rio de Janeiro e do
cuidado com que tratou a paisagem do aterro, o projeto do parque é um projeto
moderno, independente e autônomo do tecido urbano tradicional.
Significou a concretização da assinatura do projeto modernista na orla carioca,
amadurecido desde o início do século com as obras de Pereira Passos, com as
contribuições de Agache e de Le Corbusier.
O projeto do parque constrói uma paisagem moderna, em similitude com a força
impositiva da paisagem natural, integrando a funcionalidade da cidade moderna, na
figura do parque urbano à beira-mar, com valores de plasticidade e beleza peculiares da
cultura brasileira.
A singularidade do parque reside na sua localização ao longo da orla do
Flamengo, Glória e Botafogo, de onde desfruta-se a notável paisagem da Baía de
Guanabara com o Pão de Açúcar e na diversidade de espaços e equipamentos que
congrega: a praia, os bosques, os caminhos sinuosos, as canchas de esporte, a ciclovia, o
MAM, o coreto, o anfiteatro, entre outros.
Seu mix de usos atrai, milhares de pessoas, de idades e níveis sociais diferentes,
durante o dia e à noite.
Desta forma, desde sua implantação na década de 60 até a atualidade o Parque
do Flamengo sustenta, com coerência, as suas funções primeiras: eixo de ligação entre o
Centro e a Zona Sul e local de lazer à beira-mar.
Figura 9: Parque do Flamengo. (fonte: www.rio.rj.gov.br)
Figura 10: projeto da firma Burle Marx e Cia. Para o aterro da Baía Sul. (fonte: TCC 1 de Vanessa Maria Pereira)
Desde a implantação do aterro, seus usos e não-usos, tem-se tentado incorporar
este “acrescido de marinha” aos lugares da cidade. O Projeto Geral de Urbanismo foi o
primeiro plano em 1975.
Depois foi a vez de Burle Marx assinar o paisagismo de um parque tombado
“para fins de recreação e lazer” em 1978. Em 1996 uma nova planificação foi iniciada,
levando em conta a área aterrada em sua totalidade: foi o chamado “Concurso de Idéias
para o Parque Metropolitano Dias Velho”.
As três propostas finalistas do concurso (abaixo descritas) propuseram a
refuncionalização da área, tentando recriar um convívio marítimo perdido.
São três propostas, cada qual com sua particularidade. Uma propunha um
“aformoseamento da área”. A segunda sugere um desaterramento parcial, abrindo-se um
canal para reconduzir o mar junto à Praça XV e ao Largo da Alfândega, onde seria
criada uma Praça Náutica, juntamente com um terminal marítimo e privatiza o aterro
para viabilizar o projeto.
Havia ainda uma outra equipe que propusera a criação de um Parque Verde entre
o centro histórico e a orla onde a malha urbana seria composta por uma série
multifuncional de edificações, que criaria pontos de atratividade junto ao mar,
preservaria o parque Burle Marx, promovendo uma densificação arbórea e manteria o
caráter de espaço público da área. A proposta que acabou em primeiro lugar foi a que
propunha a privatização do aterro.
Dos três finalistas, dois se destacaram ao nível de detalhamento e
aprofundamento da proposta. Ambos os projetos tentavam uma revaloração da
maritimidade.
O projeto coordenado pelo arquiteto Eduardo Castells, que acabou em segundo
lugar, propunha uma maritimidade recriada e adaptada às condições de orla
contemporâneas, o qual levaria a cidade até o mar.
Figura 11: projeto da equipe de Eduardo Castells. (fonte: TCC 1 de Vanessa Maria Pereira)
Figura 12: projeto vencedor – equipe de André Schimitt. (fonte: TCC 1 de Vanessa Maria Pereira)
Figura 13: croqui da equipe vencedora. (fonte: TCC 1 de Vanessa Maria Pereira)
O Aterro da Baía Sul foi para alguns, perda da proximidade do mar. Para outros,
a superfície ideal para o redimensionamento viário exigido pela segunda ligação Ilha-
Continente.
Para muitos, uma questão desafiadora colocada à urbanística florianopolitana,
um bom exemplo de marginalidade espacial. É um solo criado de 600.000 m², com
problemas de definição de usos, a não ser os ligados a automobilidade e os que se
submetem à ocupação de espaços residuais, como os catadores de papelão, por exemplo.
É um anexo de território que teve como matriz geradora, a circulação, voltada ao
transporte automotor, em detrimento dos pedestres e da maritimidade, tanto a de serviço
como a de lazer.
Esta escolha implica numa nova espacialidade com um tempo e um ritmo
diferenciado. Da ação de aterrar a orla, criou-se a maior área livre junto ao centro da
cidade. Esta intervenção urbano-arquitetônica da década de 70 implicou numa grande
inversão semântica e intensa mudança nos usos e funções da orla marítima costeira do
centro histórico da cidade.
3. ÁREA DE INTERVENÇÃO
O projeto da Beira Mar tem como primeiro objetivo desafogar o trânsito, criando
uma opção para o tráfego já saturado da Avenida Presidente Kennedy, e criar
posteriormente uma ligação direta com a Via Expressa em Florianópolis.
Como pontos positivos destaca-se a criação de um lugar de uso público e a
devolução aos cidadãos do contato com o mar. O projeto possibilita uma nova relação
da população com o mar, que antes era de negação, o que fica claro pelo fato de quase
todas as edificações darem fundos para a orla.
Como aspecto negativo, a linearidade excessiva do traçado da orla e
conseqüentemente do passeio, agrava a grande extensão da obra, gerando uma perda de
escala e referência, tornando o passeio um tanto repetitivo do ponto de vista do pedestre,
que tem sensações semelhantes nos diversos pontos do percurso.
Além do fato da escala e da dispersão dos equipamentos fazerem com que em
muitos momentos a paisagem não possa ser apreendida pelo pedestre.
Outra falha que pode ser citada é a aparente elaboração do projeto em etapas,
sem que houvesse um projeto geral para as diferentes áreas com suas diferentes funções
e concepções, parecendo haver apenas partes que não formam um todo coerente e
integrado.
A criação de percursos e sensações ao longo do trajeto de acordo com a escala
do pedestre, criando pontos de referência e pontos focais, favoreceriam a apropriação
pela população.
Os terrenos decorrentes do aterro não possuem ainda uma legislação própria,
visto que o Plano Diretor de São José data de 1985 e esta área ainda não existia. Porém,
no projeto aparece a clara intenção de que a área seja destinada para a implantação de
projetos de instituições públicas.
Já existem equipamentos e espaços finalizados, além de outros em fase de
construção e projeto, dentre os quais destacam-se:
Complexo Esportivo, com campos de futebol e quadras;
Parque Recreativo, com área infantil e pista de skate;
Praça de Eventos, com espaço para shows e feiras;
Praças de Estar;
Trapiche e atracadouro para os pescadores;
Cidade do Idoso, equipamento de lazer para terceira idade com espaços para
convivência e para desenvolvimento de atividades culturais e de apoio aos idosos;
Área de preservação permanente (mangue), juntamente com um posto da
Polícia Ambiental;
Terminal rodoviário urbano;
Centro Multiuso
Ciclovia e passeio ao longo de toda a orla;
Estacionamentos.
Quanto às condicionantes ambientais, todos os terrenos apresentam uma
topografia plana, fruto do aterro, vegetação rarefeita apenas nos fundos dos terrenos,
com exceção da área de mangue que possui vegetação típica de banhado e fauna
específica.
Alguns dos terrenos se relacionam mais diretamente com o mar, tendo entre si e
a orla apenas o passeio e a ciclovia, em outros há ainda a via de veículos. O acesso ao
mar se dá em pontos isolados através de escadas e rampas.
Quanto a situação no contexto urbano, apesar de recém criada, a área se encontra
em meio a uma malha urbana intensamente desenvolvida, estando próxima a todo tipo
de serviço e comércio, ao centro histórico e ao centro administrativo de São José.
Figura 14: Av. Beira Mar (fonte: acervo pessoal) Figura 15: Praça em homenagem a São José. (fonte: acervo
pessoal
Figura 16: descaso com o mangue. (fonte: acervo pessoal) Figura 17: parque infantil. Percebe-se a falta de cuidados
com escoamento de águas pluviais. (fonte: acervo
pessoal
Figuras 18 e 19: exemplos de arquitetura presentes na Beira Mar. (fonte: acervo pessoal)
Quem chega pela entrada do Metro encontra logo de cara a Mão, escultura de
Oscar Niemeyer em cuja palma vemos o mapa da América Latina como que se esvaindo
em sangue. É um emblema deste continente colonizado brutalmente e até hoje em luta
por sua identidade e autonomia cultural, política e sócio-econômica.
A Praça Cívica é um imenso espaço aberto que une os prédios da Galeria Marta
Traba, da Biblioteca Latino-americana Victor Civita e do Salão de Atos. Sua vocação é
o encontro de multidões.
Com capacidade para pelo menos 30 mil pessoas, aqui acontecem festas típicas
dos países do continente e das regiões brasileiras, shows populares, festivais, oficinas e
espetáculos variados.
Na Praça Cívica encontra-se o prédio da Recepção. Ali são recebidos os ônibus
de excursões e é o ponto inicial da visita monitorada. Da outra ponta da Praça Cívica sai
a sinuosa passagem – conhecida por Passarela do Amor, devido aos casais que lá
namoram – até a outra metade do Memorial. É onde ficam o Pavilhão da Criatividade, a
Lanchonete, a Administração/CBEAL, o Auditório Simón Bolívar e o Anexo dos
Congressistas.
Figura 21 : Memorial da América Latina. Figura 22 : Memorial da América Latina. (fonte: www.memorial.sp.gov.br)
(fonte: www.memorial.sp.gov.br)
Figura 23 : Centro Cultural São Paulo Figura 24 : Centro Cultural São Paulo
(fonte: www.centrocultural.sp.gov.br) (fonte: www.centrocultural.sp.gov.br)
Figura 25 : Centro Cultural São Paulo Figura 26 : Centro Cultural São Paulo
(fonte: www.centrocultural.sp.gov.br) (fonte: www.centrocultural.sp.gov.br)
Projetado por Paulo Mendes da Rocha, o Centro Cultural FIESP foi inaugurado
em março de 1998 e está localizado na Avenida Paulista. Sua arquitetura moderna reúne
o Teatro Popular do SESI, a Galeria de Arte do SESI, o Mezanino do Centro Cultural
FIESP, além de espaços alternativos, e integra o edifício à Avenida Paulista, permitindo
a livre circulação da população em seu interior.
Sua programação inclui espetáculos teatrais, shows, exposições de arte, palestras
e cinema.
Figura 31 : Casa de Cultura Mario Quintana Figura 32 : Centro Cultural São Paulo
(fonte: www.cultura.rs.gov.br) (fonte: www.inf.ufrgs.br)
4.5 Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
5. REFERÊNCIAS TIPOLÓGICAS
Figura 34: uso do concreto e vidro. Edifício de escritórios. Figura 35: uso da madeira e do vidro. Residência. Garopaba- SC.
Rio de Janeiro. Ecotech Arquitetura e Gerenciamento. Arquiteta Helena Korpouzas. (fonte: www.arcoweb.com.br)
(fonte: www.arcoweb.com.br)
Figura 36: Sesc Santana – São Paulo. Arquiteto Miguel Juliano. Figura 37: Parque da Juventude – São Paulo. Arquiteta Rosa
Grena
(fonte: www.arcoweb.com.br) Kliass. (fonte: www.arcoweb.com.br)
Figura 38: passarela com esteiras rolantes. Curitiba – PR. Arquiteto
Adolfo Sakaguti. (fonte: www.arcoweb.com.br)
Figura 39: brise interno a edificação. São Paulo – SP. Figura 40: brise de madeira externo a edificação. São Paulo – SP.
(fonte: www.arcoweb.com.br) Arquiteta Jamile Helou. (fonte: www.arcoweb.com.br)
Av. Presidente Kennedy: via de extrema importância para a cidade de São José.
Nela estão presentes muitos comércios, serviços e bancos.
Figura 45: foto aérea do terreno com marcação das principais áreas do projeto. (fonte: Google Earth)
Corredor
Área de valorização do córrego existente no terreno de intervenção
Livraria – Café
Clínica Médica
Elemento de marcação da entrada do Centro de Cultura, Lazer e Serviços
Deck de madeira
Praça de convivência com restaurantes temáticos
Alameda de Serviços
Escola de Artes e espaço para exposições
FARIAS, Vilson Francisco de. São José: 250 anos: natureza, história e cultura.
Ed. do autor. São José, 1999.
Pesquisas preliminares
Escolha do terreno
Pesquisas complementares
Estruturação dos textos
Pré-programa
Banca TCC 1
Pré dimensionamento
Estudo preliminar
Banca intermediária
Ante-projeto
Organização das pranchas
Maquete
Arte final
Entrega TCC 2
Banca final - defesa
www.geodesia.ufsc.br
www.pmsj.sc.gov.br
www.arcoweb.com.br
www.nelsonkon.com.br
www.wikipedia.com.br