Download as pdf or txt
Download as pdf or txt
You are on page 1of 5

Olubajé

é um ritual para Obaluaiê e somente é feito em casas de Candomblé e por lei em casa onde
tenha um Ebomí de Obaluae ou que o proprio Zelador ou Zeladora seja deste Orixá.

Olubajé É Uma Palavra Iorubana E Que Significa Olú : Aquele Que ; Ba : Aceita ; Je : Comer .
Nesta coluna mostrarei algumas Cantigas que são tocadas neste ritual juntamente com suas
traduções.

Olubajé

Diz uma lenda que Xango, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa em seu palácio
eocnvidou todos os orixás, menos Obaluae, pois suas caracteristicas de pobre e de doente
assustavam o rei do trovão. No meio do grande cerimônial todos os outros orixás começaram a
dar falta do Orixá Rei da Terra e começaram a indagar o por que de sua ausência, até que um
deles descobriu de que ele não havia sido convidado, todos se revoltaram e abandoram a festa
indo a casa de Obalaue pedir desculpas, Obalaue se recusava a perdoar àquela ofensa até que
chegou a um acordo, daria uma vez por ano uma festa em todos os orixás seriam
reverenciados e este ofereceria comida a todos com tanto que Xango comesse aos seus pés e
ele nos pés de Xango, nascia assim a cerimônia do olubajé. Porém muitas outras vão em
desencontro com essa lenda, pois narram outros motivos o porquê que Xango e Ogum não se
manifestarim no Olubajé.

Aqui vou narrar um pouco o que acontece nessa cerimônia:

Nesse dia todo o barracão, casa de candomblé, se encontra ornamentada na cor desse orixá,
Obaluaê, devo ressaltar que essa é a única cerimônia dentro do candomblé que dispensa o
Ipade, chega a hora e o Babalorixá ou a Yalorixá faz soar o adjá, a fila indiana se forma todos
descalços, panelas de barro ornamentadas com faixas todas contendo comidas de todos os
orixás com exceção do orixá Xango, a frente estará a Yalorixá ou o Babalorixá seguida por uma
filha de Oyá carregando uma esteira, uma outra com um pote na cabeça contendo a bebida
sagrada das cerimônia chamada de Aluá, mais 1 com um vasilhame de barro cheia de Ewe Lara
(folha de mamona) a qual servirá de prato para as comidas, logo em seguida mais 21 pessoas
ou 7, esses são os números das comidas oferecidas, estarão com vasilhames de barro na
cabeça.

É importante ressalatar que todos, como numa cerimônia de um bori, inclusive os assistentes
deverão estar descalços.
Nesse momento o Zelador(a) do culto entoa para os atabaques a seguinte cantiga:

“ Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo

Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo”

Tradução:

Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.

Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.

A s esteiras são estendidas e ali depositadas as comidas que logo serão servida ao povo, todos
continuam dançando em volta das comidas até que o último convidados termine seu "prato".
os restos são depoistados em um vasilhame também colocado, préviamente, na mesa. quando
o último termina sua refeição então o Zelador (a) senta-se num apoti e todos se ajoelham e
entoam a reza de Obaluae comum do seu axé ou da sua casa, a mais popular é essa:

È é é ajeniníiyá, ajeniníiyá

Àgò ajeniníiyá

Máà kà lo, ajeniníiyá,

Ajínsùn aráaye, ó ló ìjeniníiyá

E wa ká ló

Sápadà aráaye, ló ìjeniníiyá,

E wa ká ló

Ìjeniníiyá aráaye

A vós punidor, te pedimos licença, não nos leve embora.

Ele pode castigar e levar-nos embora, mandar-nos embora de volta para o outro mundo(
outro, o dos mortos).

Pode castigar e levar-nos embora, castigar nos humanos.


Todos se ajoelham e um cântico em solo é ouvido de forma melodiosa e respondido pela
audiência três vezes.Fora a voz humana, somente o Agogô , marca os intervalos entre cada
estrofe.

A prece continua.....

Opeèré má dó péré Operé

Pássaro, símblo da vitória dos orixás do Daomé, encontrado sempre encontrado no alto da
ferramenta de Ossãe) não ficará só

Ó bèré ké se

Ele começará a gritar.

Má dó há, má dó pèré

Partilhara sua comida,não ficará só

Opeèré má dó péré

Somente Operé não ficara só.

Ó bèré ké se

Ele proclamará a todos.

Má dó há, má dó pèré

Ele ficará e gritará, e não ficará só.

02

Don hòn há,

Em pé usarão barreiras contra feitiços,


Don hòn há é à,

Em pé se tornarão visíveis

Don hòn há é à,

e dividirão a sua comida

Don hòn há,

Em pé

Opèré má dó péré

Dó sú, màá dó é Operé

não ficará só

Dó sú, màá dó , Dó sú, màá dó

ficará cansado, ficará bem

Dó sú, màá má n'gbé

ficará cansado e será ajudado.

Ayò kégbe hún hún

Contende gritara, sim, sim

Ayò kégbe hún hún

........ Todos batem palmas pausadamente – paó – saudando Obaluaiê.

Logo em seguida é cantado com voz forte e cheia de entusiasmo, esta frase melodiosa ecoa.
O conjunto dos participantes se levantan e cantan:

Omolú Kíí bèrú jà

Omolu não teme a briga.

Kòlòbó se a je nbo

Em sua pequena cabaça traz axé e feitiço, vamos comer cultuando-o

Kòlòbó se a je nbo

Kòlòbó se a je nbo

Aráayé.

todos juntos

Nesse momento todos os vasilhmes começam a ser retirados e as pessoas que os trouxeram,
novamente tomam seus lugares na fila indiana para recebê-los de volta, agora ao invés de
colorem em suas cabeças, os colocam em seus ombros esquerdos, acredito eu, que no fundo
seri porque o Olubajé seria o ebó das nossas casa de santo e dos nossos corpos. Todos
dançando levam para o quarto de obaluae, onde os vasilhames ficarão até a hora de seus
despachos.

You might also like