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História de Natal 2023

1.800 dias de espera

Conheça a jornada de fé de Mamadu, um jovem que, após 1.800 longos


dias de espera, floresceu como o primeiro fruto do trabalho incansável
dos missionários da APMT, Levi e Bruna Macêdo. Eles têm se dedicado
ao povo Fula, na região leste de Guiné-Bissau, e agora compartilham
conosco sobre a maravilha de presenciar o “...poder de Deus para
Salvação de todo aquele que crê”. Até mesmo entre aldeias distantes
de Guiné-Bissau.
O campo missionário transcultural apresenta grandes desafios. As
expectativas muitas vezes são frustradas, adiadas e em alguns
momentos, satisfeitas. Confesso que experimentei tudo isso durante
os cinco anos que servimos entre o povo Fula, na aldeia de Sintcha
Sama, leste de Guiné Bissau. Um povo muito acolhedor e simpático,
mas preso em sua religiosidade proveniente do Islamismo, que o torna
resistente à mensagem das Escrituras. Contudo, apesar das
dificuldades, o Evangelho continua o mesmo: “...é o poder de Deus para
Salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16)

Certo dia, na aldeia, um jovem chamado Mamadu me abordou dizendo


que precisava conversar. Ele tem 19 anos, cinco irmãos e mora com os
pais. Todos confessam a fé islâmica. Devido as
suas atividades na lavoura durante o dia,
nosso encontro ficou para a noite, após a aula.
Não imaginava o conteúdo da conversa...
talvez alguma necessidade pessoal, alguma
coisa que eu pudesse trazer do Brasil,
como geralmente acontece.
Mas dessa vez foi diferente.

Mamadu chegou à minha casa


por volta das 22 horas, e era uma
sexta-feira à noite. Eu já estava
praticamente pronto para dormir,
quando a voz dele me lembrou do
nosso compromisso. Sentamo-nos
na varanda de casa e o indaguei
sobre o assunto da conversa.
A resposta foi direta: “Pastor, N misti konverti” disse ele em
Crioulo. Aquelas palavras soaram tão forte que precisei ouvir outra
vez: “Pastor, eu quero me converter!” Quanta alegria encheu o meu
coração naquela hora. Cerca de dois meses antes, Mamadu havia me
procurado para saber o que precisava para ser um cristão.

Depois de explicar a necessidade de reconhecer sua pecaminosidade


diante da santidade de Deus e a suficiência do sacrifício de Jesus
pelos pecados, e que somente por Ele podemos ter comunhão com
Deus; também expliquei as consequências daquela decisão. Disse que
certamente ele sofreria duras sanções por decidir seguir a Jesus. Os
pais não aceitariam e ele poderia ser expulso de casa, ou os irmãos
poderiam bater nele para que voltasse atrás. Além disso, os amigos e
vizinhos o rejeitariam. Por isso, se ele estivesse querendo seguir a
Jesus em busca de facilidades, era melhor não fazê-lo. Convidei-o
para orar entregando sua vida a Cristo, e ele disse: “Agora não. Ainda
não chegou o tempo.”

Enfim o tempo chegou! Voluntariamente, depois de alguns


encontros para estudar a Bíblia, Mamadu se rendeu definitivamente
a Cristo. Eu não soube como reagir à grande alegria que inundou
meu coração, mas por que tanta alegria? O jovem Mamadu é o
primeiro fruto após cinco anos de árduo trabalho missionário.
Glória a Deus!

Como sempre fez, o Senhor está manifestando sua salvação entre os


povos da terra. Por mais que seus missionários tenham limitações e,
em alguns momentos, fiquem desanimados pelas dificuldades do
campo, Deus está agindo!
A nossa oração é que a mensagem do Evangelho transforme o
coração de outros da nossa aldeia e, certamente, no céu haverá
representantes do povo Fula adorando o Cordeiro Jesus.

Quando lemos relatos como esse, aqui na Base da APMT, o Senhor nos
faz relembrar o porquê de estarmos servindo em uma Agência
Missionária, e como os esforços de irmãos como Levi e Bruna, unidos
aos nossos esforços no Escritório Central da Agência, e unidos
também aos esforços de cada igreja local, e de cada membro que se
empenha pela causa das missões transculturais, está valendo à pena.

Continuemos firmes no propósito de fazer Cristo conhecido nos


rincões mais distantes do planeta, seja em uma pequena aldeia, ou
seja numa megacidade, com milhões de habitantes. O “onde” não
importa. O que importa é irmos aonde Deus quer.

Rev. Marcos Agripino


Executivo Administrativo da APMT

acesse e faça parte:


www.apmt.org.br/natal

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