Dissertação Sobre Capelania

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Dissertação sobre capelania

Tipos de Capelania (Militar, Carcerária, Escolar, Hospitalar e outros). DISSERTAÇÃO DE SAMUEL MOTTA
OGORODNIK. Capelania Evangélica é garantida por lei, a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso VII
assegura a assistência religiosa àqueles que, necessitam de auxílio espiritual, e se encontram em entidades civis
(pública ou privada) e militares de internação coletiva; Decreto Estadual nº38. 745/97 que regulamenta a Lei nº10.
630/92,

Introdução.

CAPELANIA CRISTÃ
Dentro de um contexto geral podemos definir Capelania como a ação de dar assistência de caráter espiritual aos
necessitados ou às pessoas que solicitam tal ajuda. Essa assistência espiritual deve sempre focar a pessoa de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo dentro do contexto do Reino de Deus e sem nenhuma tendência religiosa
ou denominacional.
A Capelania visa proporcionar ao ser humano oportunidades de uma formação integral dentro dos princípios éticos
cristãos norteados de acordo com a Bíblia Sagrada.
O principal serviço da Capelania é levar a esperança e esperança é esperar o que se deseja. Segundo Hebreus
11.1 - “... a fé é a certeza daquilo que esperamos ...” (NVI), então, podemos afirmar que o objetivo da Capelania é
levar o ser humano a uma fé ativa diante do Criador, através da qual a pessoa consegue se aproximar de Deus e
desenvolver um relacionamento pessoal com Ele, entregar-se a Ele e viver esperando Nele.
Esperar com confiança, esperar esperando, esperar confiando foi esse o sentido que podemos aprender com o
Rei Davi no Salmo 40.1 - “Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o SENHOR. Ele me escutou e ouviu o meu
pedido de socorro”(NTLH), esse é princípio ativo do significado da palavra fé nas Escrituras. Vale também lembrar
o que diz Hebreus 11.6 - “Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe
e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor” (NTLH).
Podemos então afirmar que o objetivo da Capelania consiste em lançar a semente da fé bíblica no coração do
próximo promovendo de forma sobrenatural a esperança viva da fé em Deus.

Uma vez que uma fé viva está fundamentada nas Escrituras e as Escrituras tem centro a pessoa de Jesus Cristo,
a Capelania vai ajudar cada ser humano que for alcançado por ela a ter um encontro pessoal com Cristo
aproximando-se assim de Deus conhecendo-o melhor.
A Capelania é a atividade que oferece oportunidades de conhecimento, reflexão, desenvolvimento e aplicação de
valores e princípios ético-cristãos e da revelação de Deus.
É nas adversidades que o ser humano precisa de ser consolado, confortado e orientado para superar as agruras
da vida, quer num leito de hospital, numa creche, orfanato, presídio, asilo, ou quaisquer outros lugares, onde uma
palavra de consolo, ou um ouvido atento faz a diferença, dando ao necessitado a força de superação eficiente
para colocá-lo em consonância com o poder e a vontade de Deus. Conforto espiritual e esperança são
encontrados quando o Capelão, ao levar a sua mensagem ao necessitado, explicita que é o Senhor Jesus quem
nos conforta, liberta e nos salva.
Capelania é, antes de tudo, levar Jesus às pessoas, independentemente de bandeira religiosa. A palavra de Deus
é, destarte, uma turbina que gera vida; e vida em abundância.

Capelania Militar
O Capelão militar ao ingressar em alguma corporação tera como atribuições, as mesmas de um ministro religioso,
ou seja, oficiar as cerimonias religiosas, batizar, aconselhar, desenvolver o trabalho pastoral, receber os
recemconvertidos,oficiar os funerais e fazer visitas aos pacientes internados nos hospitais e aos reclusos
internados em estabelecimentos prisionais.
O Capelão militar prestará assistencia religiosa a alguma corporação militar,tambem estendendo a assistencia a
suas familias, contribuindo na formação pessoas integras e de carater, levando a uma conduta baseada nas
noções do bem e do mal, mostrando a verdade que conhecemos, atravez da palavra de Deus.
É necessário que o capelão possua um dialogo interconfessional permanente, para que faça a harmonia entre os
diferentes credos, demonstrando um espirito ecumenico, para o exercicio da capelania.
O capelão tem o dever de se comportar como padrão a ser imitado dentro e fora do quartel. o Capelão deve olhar
o individuo como alguem que tem capacidade e desenvolver nele potencialidade de conhecer a Deus e ter um
relacionamento entre pessoas: a pessoa humana e a pessoa de Deus, pois Deus é um ser pessoal, todo
relacionamento entre pessoas deve haver dialogo, aliás a Biblia é o diálogo de Deus com a humanidade.
O Capelão não só utilizará o diálogo como tambem a propria vida, o Capelão tem como caracteristica de tomar a
iniciativa para a realização dos cultos e reuniões, este fator é responsavel e muito importante para a realização de
muitos trabalhos religiosos regulares na rotina de muitos quarteis.
A policia militar trabalha com as limitações humanas, sofre a influencia perniciosa de substancia quimicas
liberadas na correntes sanguínea, quereduzem a imunidade organica, trabalha no pico do estresse, deve cuidar e
proteger, mas não tem quem o cuide e proteja, pressões psicologicas a queestão sujeitos esses profissionais
influenciam comportamento, deixando-os frageis no campo espiritual.
Neste ambiente, a forma de assistencia religiosa, cabe ao Capelão agir, através de aconselhamento pastoral, tem-
se revelado como oportunidade de influencia do Capelão tanto na contribuição para saúde espiritual do Policial
Militar,quanto para o auxilio as Organizações Militares.
A CAPELANIA ESCOLAR: CONSIDERAÇÕES
Entende-se por “capelania escolar” ou “capelania educacional”, o ramo da capelania voltada para a ação pastoral
dentro das escolas ou instituições de ensino (creches, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio,
cursinhos, EJA e universidades).
Podemos definir capelania como: “Um serviço de apoio e assistência espiritual comprometida com a visão da
integralidade do ser humano (corpo, emoções, intelecto, espírito) ” (VIEIRA, 2011, p.13). Sua função é a de
orientar e encorajar nos momentos de crise, reavivando a fé e a esperança de quem necessite, fazendo-se
presente nos momentos de crises da vida, compartilhadas no aconselhamento pastoral, nas visitas aos hospitais,
consolando e trazendo alento nos velórios.
A capelania escolar possui um público-alvo variado, que parte dos alunos e seus familiares ou responsáveis
diretos até os colaboradores do corpo docente e administrativo; enfim, todos os que se envolvem ou são
envolvidos no processo educativo e que estejam passando por conflitos nas esferas pessoal e familiar (VIEIRA,
2011, p. 19-20).
A atuação mais comum no ambiente escolar desempenhada pela capelania é:
1- Cultos com alunos;
2- Aulas de ensino religioso ou educação cristã;
3- Aconselhamento pastoral;
4- Presença nos velórios e sepultamentos;
5- Cultos especiais, devocionais setoriais e nas formaturas;
6- Visitação a enfermos em hospitais e nos lares;
7- Avaliação de material didático;
8- Distribuição de literatura confessional;
9- Palestras que ofereçam assuntos relevantes com orientação bíblica envolvendo alunos, pais e professores.
10- Incentivo e acompanhamento de grupos de oração e devocionais de alunos e de funcionários.
11- Assistência social e o incentivo aos trabalhos voluntários e filantrópicos.

A palavra “capela”, surge da expressão do latim “cappella” que significa “capa pequena”, que tem origem na
história de Martinho de Tours, soldado romano que viveu no século IV d.C. contemporâneo de Constantino.
Segundo a ABIEE (Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas), cerca de 60% dos alunos
matriculados nas escolas confessionais evangélicas não são evangélicos. Ao analisar estes dados, Walmir Vieira
afirma:
As famílias estariam buscando nas escolas confessionais, conscientemente ou inconscientemente, uma ajuda
para solucionar problemas que estão acima de suas possiblidades no processo de criação e formação de seus
filhos num tempo de tantas complexidades e crises como este (2011, p. 19).
Para melhor compreensão do que é uma escola de orientação confessional, temos primeiro que entender o termo
“confissão”. Em seu livro, Inez Borges descreve sobre o que é confissão:
O termo “Confissão”, num contexto cristão tradicional ou mesmo no senso comum, pode remeter à compreensão
simples da admissão de algo ou ao reconhecimento da veracidade de determinado fato ao qual se confessa. É
possível ainda que o termo evoque a noção de reconhecimento e declaração de culpa, sinal de arrependimento e
conversão, e assim por diante. Os gregos antigos já utilizavam o termo “confissão” como sinônimo de
“compromisso”, “promessa” ou admissão de algo como sendo verdadeiro, sempre envolvendo um tribunal ou um
contrato legal (2008, p. 30).
Assim podemos declarar que “confessionalidade” é a identidade de uma denominação religiosa, que mostra por
meio da fé a sua maneira de ver o mundo, é a sua “cosmovisão

Sendo assim, cabe à capelania a responsabilidade maior pela preservação e reafirmação da confessionalidade na
escola. E mesmo que haja preceitos legais para que não se faça proselitismo nas escolas confessionais, não se
pode deixar de evangelizar os estudantes e todos que estão envolvidos no contexto escolar (VIEIRA, 2011, p. 64-
65).
No entanto, podemos observar que sua ação estará estritamente interligada com a proximidade da
confessionalidade que a instituição desenvolveu durante toda sua história. Quanto mais à escola se aproximava
da igreja mais a capelania aparecia; por outro lado, o contrário também produzia uma capelania apática e em
muitos momentos apenas representativa ou meramente nominal.
Procura-se desenvolver de forma sucinta as definições sobre “capelania” partindo da forma mais genérica até a
enquadrar especificamente na área educacional. Para isso, foi necessária também uma visão panorâmica da
utilização do termo como de sua abordagem histórica até os tempos atuais.

CAPELANIA HOSPITALAR
Cada experiência de Capelania Hospitalar ou cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os
princípios, os valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos.
1. Como criar seu espaço de trabalho:
* Entender seu propósito
* Ganhar seu direito
* Trabalhar com equipe médica
2. Deve:
* Identificar-se apropriadamente.
* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou outros
problemas emocionais e religiosas. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias.
* Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a
comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve
depender da liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições
do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas.
* Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo Testamento, etc.
* Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no lar é possível e o horário
conveniente.
* Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua
visita.
* Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa. Você vai
em nome de Jesus.
* Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo.
* Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.
* Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a
qualquer momento.
* Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do
paciente.
* Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa enfermaria pode atrapalhar o
atendimento médico de outros pacientes ou incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos
outros.
* Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.
3. Não deve:
* Visitar se você estiver doente.
* Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente.
* Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico.
* Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito.
* Entrar numa enfermaria sem bater na porta.
* Prometer que Deus vai curar alguém. As vezes Deus usa a continuação da doença para outros fins. Podemos
falar por Deus, mas nós não somos o Deus Verdadeiro.
* Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção para si mesmo.
* Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles tomarem as decisões
cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita.
* Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles tomarem as decisões cabíveis e
sob a orientação médica.
* Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o
paciente a vontade. Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre
observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas circunstâncias, os nossos
objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente.
As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As perguntas foram elaboradas
pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA . Dr. Johnson nos
lembra que há perguntas que devemos evitar. Perguntas que comecem com "por que" e perguntas que pedem
uma resposta "sim" ou "não" podem limitar ou inibir nossa conversa pastoral. Segue uma lista

* O que aconteceu para você encontrar-se no hospital?


* O que está esperando, uma vez que está aqui?
* Como está sentindo-se com o tratamento?
* Como está evoluindo o tratamento?
* O que está impedindo seu progresso?
* Quanto tempo levará para sentir-se melhor?
* Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?
* Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?
* Como sua família está reagindo com sua doença?
* O que você está falando com seus familiares?
* O que seus familiares estão falando para você?
* O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?
Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados para ajudar com visitas e
conversas pastorais.
Os membros de nossas igrejas podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois
aspectos de nossa vida. Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como ser
humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor, solidariedade e carinho. Segundo,
na função de uma visita ou conversa pastoral representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio Deus na vida do
paciente. Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a oportunidade de confissão. O
trabalho pastoral visa o paciente como um "ser humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um
caso patológico para ser tratado. de perguntas próprias. A lista não é exaustiva e as pessoas podem criar outras
perguntas. A lista serve como ponto de partida para uma conversa pastoral.

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