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ÍNDICE

1. AULA I

1.1. As boas novas

1.2. Apresentando o evangelismo

1.3. Alguns conceitos sobre evangelho

1.4. O evangelho eterno

2. AULA II

2.1. A evangelização

3. AULA III

3.1. Os apelos

3.2. Quando devemos pregar?

4. AULA IV

4.1. O dever da evangelização

4.2. Evangelismo pessoal

5. AULA V

5.1. Princípios básicos do evangelismo pessoal

5.2. Empecilhos na pregação

6. AULA VI

6.1. Quatro vozes que nos motivam a pregar o evangelho

7. AULA VII

7.1. Métodos de evangelização

8. AULA VIII

8.1. Quatro desafios da evangelização

9. AULA IX

9.1. Princípios da exposição evangelística

10. AULA X

10.1. Evangelismo na cidade


AULA I
As boas novas
Como água fresca para a alma cansada, tais são
as boas novas vindas da terra distante.
Provérbios 25:25

Pregar o evangelho é falar algo do céu e declarar uma mensagem transformadora. O


texto de Provérbios faz menção à figura do mensageiro que retorna a seu reino
trazendo notícias da vitória no campo de batalha, isto é, uma boa notícia.
A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma
faminta todo amargo é doce.
Provérbios 27:7

O evangelho não é simples filosofia, mas a própria manifestação da graça e do poder


visível de Deus que salva o homem e regenera a alma.
Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus;
Romanos 3:23

A palavra destituído conduz nossa consciência à separação causada pela


desobediência de Adão. Podemos alegorizar essa separação com o esfacelamento
de uma ponte sobre a face de um abismo intransponível.

De um lado encontramos a cidade dos que pecarem a mercê de homens maus que,
após a destruição, servem ao dragão, regendo um sistema de procedência babilônica
onde a cultura é exposta pelo príncipe deste século

Do outro lado do grande abismo está a glória de Deus, um reino constituído por
justiça, paz e alegria no Espírito. Quem está na cidade dos que pecaram e teve a
oportunidade de contemplar a cidade da glória de Deus descobriu que repetida
destruição sobrevirá, transparecendo a miséria que permeia cada residente e
acarretando em um profundo desespero.

Posteriormente, tal sentimento acaba por se converter em alegria e gratidão eterna


ao descobrir que o Rei da Glória projetou um ousado plano para uma religação entre
aqueles que sofrem na terra dominada pelo dragão e aqueles que podem transportar-
se para o reino da glória do Deus eterno.
E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre
os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou
juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Efésios 2:1-5
Apresentando o evangelismo

Para falarmos de evangelismo, devemos entender sobre o evangelho. A palavra


evangelium significa literalmente boas notícias. A palavra encontra-se no singular,
mostrando assim que há somente um evangelho: o evangelho de Jesus Cristo.

Se analisarmos o que o apóstolo Paulo escreveu sua carta aos Coríntios, vemos que
ele nutre uma preocupação:
Quisera eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós
com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber,
a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma
sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for
pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro
evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis.
2 Coríntios 11:1-4

O apóstolo fala do perigo do espírito maligno de enganação que pode tentar trazer
outro evangelho que não o de Cristo. Na prática, nenhuma outra religião pode usar
essa palavra para referir-se a sua mensagem ou doutrina, pois o termo pertence
exclusivamente ao cristianismo.

O evangelho são boas novas de perdão de pecados, salvação para a alma e vida
eterna em Cristo Jesus. Paulo definiu o evangelho como o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê. O evangelho teve seu início logo após o pecado:
E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça,
e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 3:15

A palavra evangelho é encontrada 72 vezes no Novo Testamento, e está presente em


diversos contextos.
Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, Com labareda de fogo, tomando vingança dos que
para que vós fôsseis exaltados, por que de graça vos não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao
anunciei o evangelho de Deus? evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
2 Coríntios 11:7 2 Tessalonicenses 1:8

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Porque não nos estendemos além do que convém,
Deus; como se não houvéssemos de chegar até vós, pois
Marcos 1:1 já chegamos também até vós no evangelho de
Cristo,
E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus 2 Coríntios 10:14
para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de
Deus, E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no o qual nos abençoou com todas as bênçãos
evangelho. espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como
Marcos 1:14,15 também nos elegeu nele antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis
Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no diante dele em amor; Em quem também vós estais,
evangelho de seu Filho, me é testemunha de como depois que ouvistes a palavra da verdade, o
incessantemente faço menção de vós, evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também
Romanos 1:9 crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa;
Efésios 1:3,4

Alguns conceitos sobre evangelho


No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de
Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne
e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para
que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos
lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai
também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com
toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, E por
mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do
evangelho, Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
Efésios 6:10-20

No texto de Efésios, Paulo afirma que devemos nos armar e nos revestir. O evangelho
da paz parece um contraponto com o tema do texto: a guerra. A verdade do
evangelho, entretanto, é essa: mesmo no combate, quem recebeu a boa notícia está
em paz na guerra.

Estamos em guerra, porém podemos ter paz por algumas razões:

● Sabemos como termina a guerra: com nossa vitória. É por isso que Paulo fala
em 1 Co 15:54 que “quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-
se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.”

● Nossa alegria e paz não são circunstanciais, mas posicionais. Por isso Paulo,
mesmo preso, pode escrever aos Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo, regozijai-vos. (Filipenses 4:4).
O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a
quem temerei? O SENHOR é a força da minha
vida; de quem me recearei? Quando os
malvados, meus adversários e meus inimigos, se
chegaram contra mim, para comerem as minhas
carnes, tropeçaram e caíram. Ainda que um
exército me cercasse, o meu coração não
temeria; ainda que a guerra se levantasse contra
mim, nisto confiaria.
Salmos 27:1-3

O evangelho eterno
E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o
evangelho eterno, para o proclamar aos que
habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e
língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a
Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do
seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra,
e o mar, e as fontes das águas.
Apocalipse 14:6,7
Este é o evangelho que pregamos: o evangelho eterno que muda qualquer
circunstância e tira o homem do lamaçal do pecado, colocando-o sobre a rocha que
é o Senhor e Salvador. Foi essa a palavra que o Senhor ministrou ao coração dos
que o aceitaram, e é nessa perspectiva de evangelho e de compreensão que
devemos avançar na proclamação de um evangelho consciente.

Pedro escreve que devemos ter condições de dar razão de nossa esperança. As
pessoas devem conversar conosco e saber em que cremos, de forma que entendam
a boa notícia do plano salvífico, a morte e ressurreição de Jesus e Seu poder
inigualável.

Paulo diz que somos vasos de barro que possuem a excelência do poder dentro de
si. De fato, em Col 1:27 Paulo afirma que:
Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as
riquezas da glória deste mistério entre os gentios,
que é Cristo em vós, esperança da glória;
Colossenses 1:27

Cristo em nós por meio do evangelho: é por isso que o inimigo de nossa alma faz de
tudo para roubar o verdadeiro evangelho. O evangelho de nossa salvação é a palavra
da verdade. Sem receber o evangelho, não podemos receber o Cristo, pois:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele
Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, subia, eis que junto deles se puseram dois homens
e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a vestidos de branco. Os quais lhes disseram:
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de Homens galileus, por que estais olhando para o
verdade. céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em
João 1:1,14 cima no céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir.
Atos 1:10,11
AULA II
A evangelização

A evangelização é o ato de comunicar o evangelho, isto é, evangelizar. A palavra


evangelização indica ação, significando pregar o evangelho. Evangelização são as
boas novas em contínuo anúncio por meio dos lábios daqueles que confessam Jesus
como Salvador.

O que é evangelizar? Não existe unanimidade quanto a este conceito, de forma que
há duas interpretações básicas acerca do que seria evangelizar, não havendo
concordância total entre elas.

1. Evangelizar é a comunicação do evangelho a alguém de tal maneira que este


possa tomar uma decisão consciente da aceitação ou rejeição da pessoa e
Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

2. Evangelizar é a comunicação do evangelho seguido da conversão do ouvinte.


Para um grupo de pessoas, evangelizar apenas o é de fato se a pessoa que
recebe o evangelho se converte.

Diante desse dilema, fica a pergunta: quando podemos considerar alguém


evangelizado? Quando uma pessoa ouve o evangelho e encontra-se capaz de decidir
se quer ou não seguir a Cristo ou quando ouve o evangelho e toma a decisão de
seguir a Cristo?

O segundo conceito é equivocado, pois define evangelização em termos de um efeito


produzido na vida dos outros. Quanto aos missionários que lutam muito, muitas vezes
sem ver nenhuma conversão, poderíamos dizer que eles não estão evangelizando?
Se condicionarmos evangelização pelo ato de dar fruto, podemos estar colocando o
esmero e esforço de muitos missionários como fracasso.

Evangelização é transmitir a semeadura da palavra de Deus. Sabemos pelas


escrituras que o evangelho deve ser pregado por todos os cristãos, mas quem
convence e opera o novo nascimento é o Espírito Santo:
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim étodo aquele que é nascido do Espírito.
João 3:7,8

E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra,
e vos darei um coração de carne.E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e
guardeis os meus juízos, e os observeis.
Ezequiel 36:26,27

Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta,
se aquela, ou se ambas serão igualmente boas.
Eclesiastes 11:6
Sabemos ainda que Deus deu ao homem a capacidade volitiva para decidir se quer
ou não seguir a Cristo, porém sabemos que Paulo em afirma em Filipenses que é
Deus que opera em nós tanto o querer quanto o efetuar. Dessa forma, o evangelista
lança a semente, mas o Senhor dá o crescimento.

Dr. Peter Wagner e John Stott definem a evangelização como “A natureza do


evangelismo é comunicação das Boas Novas. O propósito do evangelismo é oferecer
às pessoas uma oportunidade válida de aceitar Jesus Cristo. O alvo do evangelismo
é persuadir homens e mulheres a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador,
servindo-O dentro da comunhão de Sua igreja”.

Diante dessa definição podemos destacar alguns aspectos que constituem a


evangelização:

1. Proclamação: a comunicação ao pecador a respeito de sua condição de


escravo do pecado, da natureza e consequência dessa escravidão, do amor
de Deus e sua providência em jesus cristo para a salvação deste e da chamada
divina para uma decisão por Cristo Jesus.

Nessa ação o evangelista desempenha apenas um papel de instrumento nas


mãos do Espírito Santo, pois é Ele quem convence e muda o coração do
pecador.

a. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo


aquele que comete pecado é servo do pecado (João 8:34).

b. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (João
3:16,17)

2. Integração: depois da conversão do pecador, este deve ser levado a um


compromisso com o corpo visível de Cristo: a Igreja, onde será discipulado e
levado ao desenvolvimento e amadurecimento de sua fé em Cristo Jesus.

a. E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente


à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente
brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si
mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio
na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice,
porque está chegada a ceifa.
Marcos 4:26-29

b. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para


edificação do corpo de Cristo; Do qual todo o corpo, bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada
parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Efésios 4:12,16

c. Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas


já passaram; eis que tudo se fez novo.
2 Coríntios 5:17

Evangelismo é a doutrina ou estudo da prática da evangelização. Devemos sempre


pensar: por que evangelizar? Porque é uma ordenança (Mc 16:15). O Senhor Jesus
é o motivo supremo e a autoridade que nos manda pescar homens para Ele. Ele é o
mestre por excelência, o exemplo na arte de fazê-lo, ele promete êxito na tarefa se
cumprirmos a condição de o seguirmos.

Deve ficar claro que o êxito na incumbência de evangelizar não significa exatamente
que se converta cada pessoa que se fala. Isso não aconteceu nem com o Senhor
Jesus quando esteve corporalmente entre nós.
E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-
lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a
vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas
bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se
queres, porém, entrar na vida, guarda os
mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus
disse: Não matarás, não cometerás adultério, não
furtarás, não dirás falso testemunho; Honra teu
pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti
mesmo.
Mateus 19:16-19

E, como ouviram falar da ressurreição dos


mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca
disso te ouviremos outra vez.
Atos 17:32
AULA III
Os apelos

A Bíblia apresenta-nos vários apelos ao evangelismo, não podemos como crentes


ficar indiferentes diante da realidade que se nos apresenta:

1. Apelo de Deus:
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e
a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com
duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns
aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse
eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um
povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. Porém um dos serafins voou
para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou
a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu
pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então
disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Isaías 6:1-8

a. A obra missionária depende do momento em que estou vivendo;

b. A obra evangelizadora depende do que estou vendo (Mt 9:35-38);

c. A obra evangelizadora depende do meu conhecimento de minhas


fraquezas;

d. A evangelização depende no clamor de Deus daquilo que está me


tocando;

e. A obra evangelizadora no apelo de Deus depende do que ouço;

2. Apelo de Cristo

a. A força constrangedora da Cruz (2Co 5:14);

b. A força de Seu mandamento (Mt 28:19);

c. A força de seu poder transformador (Mc 1:17);

3. O apelo do Espírito Santo

a. O chamado do Espírito Santo (At 13:1-4);

4. O apelo dos Perdidos (Mt 9:36);

a. Os perdidos estão clamando, e só Jesus pode salvá-los (At 4:12);

Quando devemos pregar?


Enquanto o crente viver, estará levando alguém a uma tomada de posição em relação
a Jesus Cristo:

● Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. A vossa
palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos
convém responder a cada um.
Colossenses 4:5,6

● Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,


repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
2 Timóteo 4:2

● E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.


Marcos 16:15

● Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;


Romanos 3:23

Os homens estão em estado de destituição da glória, portanto deve-se viver em


pregação para que se arrependam e possam receber a salvação por meio de Cristo.
A pregação do Evangelho é o meio pelo qual estabelece-se uma ponte entre as
cidades.

Temos o conhecimento de que apenas Cristo salva, e que há somente um meio para
salvação. Somente os cristãos tem esse pleno conhecimento. Como poderíamos
então deixar de falar de Cristo?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade
e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14:6

Deve-se ativar os evangelizadores:

1. Por amor ao próximo: tendo conhecimento das motivações anteriores,


chegamos à conclusão que o ato de não evangelizar é um ato de profundo
egoísmo. Chegamos à conclusão que o ato de não evangelizar é, portanto, um
pecado (Rm 5:3-21).
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu
Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma,
e de todas as tuas forças, e de todo o teu
entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
Lucas 10:27

2. Em 2Co 12:15 Paulo demonstra a aversão da atitude cristã ao egoísmo. Ele


teve um encontro com o evangelho, e ama, doando-se e entregando-se,
mostrando seu desgaste. (At 20:19-27).

AULA IV
O dever da evangelização
Por cujo motivo te lembro que despertes o dom
de Deus que existe em ti pela imposição das
minhas mãos.
2 Timóteo 1:6

Paulo afirma que a fé de Timóteo era plena, verdadeira, bíblica e geracional, mas
observa que apesar da fé o dom está apagado. O desejo de orar, ler a Bíblia e pregar
o evangelho pode ser observado de acordo com Salmo 39.3: Esquentou sê-me o
coração dentro de mim; enquanto eu meditava se acendeu um fogo; então falei com
a minha língua.

Em Provérbios 24:11, a Bíblia demonstra que é nossa responsabilidade livrar os


destinados à morte. De fato, “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme
as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem
conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Eclesiastes 9:10) e “Não deixes de fazer bem
a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.” (Provérbios 3:27).

Além do amor, um dos motivos que nos leva a pregar o evangelho é a gratidão: Essa
é a motivação de todas as coisas que fazemos para Deus, por Sua graça. Quando
contemplamos o amor de Deus por nós, este nos coloca num sentimento de gratidão
a Ele, por nossa salvação em Cristo. A melhor forma de demonstrarmos gratidão a
Deus é compartilharmos com os outros o amor de Cristo e nossa fé nele:
Nós o amamos a ele porque ele nos amou
primeiro.
1 João 4:19

Cristo deixou-nos bem claro que sua vontade é que cada um de nós leve outras
pessoas a ele (Mt 28:19). Também aprendemos em Jo 20:19-31 que Jesus
apresenta-se no meio dos discípulos desconcertados e libera sobre eles uma palavra
de paz: o evangelho de Cristo é ferramenta de paz.

Jesus afirma que a paz não é passividade, pois ele mesmo ordena os discípulos em
missão de pregar o evangelho. Diante desse contexto de obediência, não há quem
possa parar o evangelizador.
E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu
Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus
mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR
teu Deus te exaltará sobre todas as nações da
terra.
Deuteronômio 28:1

No contexto bíblico, obediência tem a ver com dar ouvidos, pois na mente de Deus é
impossível alguém ouvir Sua voz e não obedecer. A própria Bíblia admoesta contra
aqueles que desobedecem:
O Senhor te ferirá com loucura, e com cegueira,
e com pasmo de coração;
Deuteronômio 28:28

A ideia da responsabilidade pessoal e o prestar contas a Deus também era um


estímulo importante para a evangelização na igreja primitiva. Muitos hoje perderam
seu temor, e buscam desculpas para suas atitudes. A bondade, o conhecimento e a
justiça de Deus, entretanto, são aspectos que servem para a condenação dos
culpados, de forma que Sua justiça demonstra o peso da responsabilidade sobre nós:
Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou
bem, ou mal. Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos
manifestos a Deus; e espero que nas vossas consciências sejamos também manifestos. Porque não nos
recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder
aos que se gloriam na aparência e não no coração.
2 Coríntios 5:9-12

Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho,
morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. Mas, se advertires o ímpio
do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade;
mas tu livraste a tua alma.
Ezequiel 33:8,9

O sentimento de desejo pela volta de Cristo nutria o coração da igreja primitiva.


Gostamos de cantar e falar a palavra Maranata, vem senhor Jesus, mas se queremos
realmente que Cristo volte devemos pregar o evangelho em todo o mundo.
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Mateus 24:14

Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes. Porque,
quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também.
Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs.
A esses tais, porém, mandamos, e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego,
comam o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
2 Tessalonicenses 3:9-13

Diante dessa tarefa, os evangelistas motivados vão trabalhar em duas dimensões: o


evangelismo pessoal e o evangelismo massivo.

Evangelismo pessoal

É efetuado por um indivíduo que aproveita as oportunidades. O evangelho pessoal


faz uso da credibilidade, facilitando a mensagem. Suas esferas são: começamos a
evangelizar nossa família, nossos amigos. Evangelismo é o aproveitamento de cada
oportunidade para pregar a um indivíduo: família, amigos, colegas de trabalho,
presos, mundanos no geral (At 8:26-40).
Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois
que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-
lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o
Cristo). E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para
ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás
chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
João 1:40-42
Em cada lugar que o crente estiver, ali há uma oportunidade do reino de Deus se
manifestar. Deve-se estar atento, pois o inimigo não dorme. Paulo afirma que
devemos ficar atentos contra as astutas ciladas do diabo. Também não sabemos qual
a hora em que o coração de alguém será aberto pela ação do Espírito, de forma que
devemos pregar a todo o tempo.
AULA V
Princípios básicos do evangelismo pessoal

Há princípios básicos que devem ser destacados no contexto do evangelismo


pessoal:

1. Apresente Cristo no poder do Espírito Santo (At 1:8). O Espírito Santo foi-nos
prometido para dar poder para testemunhar. Quando os discípulos foram
cheios do Espírito, transformaram-se de homens tímidos e medrosos em
corajosas testemunhas de Jesus Cristo (At 4:8).

2. Vá em amor, porque o amor é o maior poder conhecido pelo homem (1Co


13:1,4). A compaixão é o se colocar no lugar de alguém, e nisso as portas do
céu se abrem e Deus é glorificado.

3. Tome a iniciativa de apresentar Cristo a outros (Rm 10:14,15).

4. Apresente a mensagem do evangelho de forma simples. O evangelho é


simples e inteligível à mente humana. O Espírito Santo fará o esclarecimento,
porém nossa linguagem deve ser facilmente compreensível. De fato, Paulo,
um homem culto e brilhante, pregou o evangelho de maneira simples (1 Co
2:1-5).

O evangelho é poder de Deus para a salvação, e não a nossa eloquência e


capacidade de persuasão. É uma mensagem simples que comunica tanto para
o coração do homem quanto para seu intelecto (1 Co 1:17,18).

5. Devemos dar a oportunidade para as pessoas receberem Cristo: Uma pessoa


se torna filha de Deus quando recebe Cristo (Jo 1:11,12). Para receber a Cristo,
o homem precisa invocar o nome do Senhor (At 16:29-32).

6. Deixe os resultados com Deus. Pregamos o evangelho, mas quem faz a obra
é Deus (João 6:44). Um engano que se pode cometer na evangelização é falar
a uma pessoa acerca da sua relação para com o Senhor Jesus e o perigo de
sua perdição e, se não conseguir convencê-la, utilizar de esforços humanos
até afastá-la definitivamente em vez de ganhá la.

O segundo erro é a tentação de ficar satisfeito com uma concordância


superficial em vez de seguir-se uma decisão genuína. É fácil confundir uma
aparente convencimento humano com uma convicção de uma conversão
operada pelo Espírito Santo.

Empecilhos na pregação

● Justiça própria: ninguém pode sentir-se salvo sem antes sentir-se perdido.
Alguém que se considere bom não pretende buscar uma solução. Porém a
Bíblia afirma que ninguém é bom, e nenhuma obra meritória pode garantir a
salvação a não ser por meio de Jesus (Is 64:6).

● Qualquer religião serve: é comum ouvir que todos os caminhos levam a Deus.
Algumas religiões ensinam princípios contrários à palavra de Deus. Devemos
observar que as religiões distorcem a Bíblia (Mc 7:7,13). Somos salvos pela
ação de Jesus em nossa vida, e não pela religião.

● Para ser salvo não precisar ir à igreja: a igreja não salva, mas os salvos em
Jesus Cristo se reúnem para manter comunhão e adorar a Deus juntos (Sl
133:1, At 2:44, Hb 10:25).

● Sou um pecador indigno: Deus não rejeita ninguém, e aquele que confessa
seus pecados e os deixa alcança misericórdia (Is 1:18).

● Vou tomar uma decisão depois: esse pecado de ficar levando a culpa para
decidir por amanhã é perigoso, pois pode-se chegar a um fim trágico. As
pessoas tem o costume de ignorar sua fragilidade (1 Cor 6:2).

● No fim, todos serão salvos: O homem escolhe seu caminho, quem crer em
Deus não entra em condenação, mas aquele que não crê já está condenado
(Mt 12:37)

● Meus amigos e colegas me deixarão se eu me tornar um crente: esse


argumento é terrível. Jamais haverá falta de amigos para aqueles que estão
salvos. Os que renunciaram o mundo não carecem de companhia pois a família
da fé é muito (grande Mc 10:29,30).

● A Bíblia foi escrita por homens: é verdade, pois Deus encheu homens com seu
Santo Espírito e lhes falou Sua vontade. A Bíblia é a palavra de Deus revelada
ao homem. A Bíblia teve seu texto original preservado durante todos esses
séculos, e foi escrita por pessoas diferentes em tempos diferentes mantendo
sua unidade.
AULA VI
Quatro vozes que nos motivam a pregar o evangelho

Pregar o evangelho é um privilégio: os anjos o desejaram, porém Deus delegou sobre


nós a responsabilidade e o poder para fazermos essa tarefa gloriosa de ministrar (1Pe
1:23).

1. A voz de cima: esta é a voz de Deus. não podemos esquecer do texto de Isaías:
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre
um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo.” (Isaías 6:1).

Deus está nas alturas: “Porque assim como os céus são mais altos do que a
terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e
os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías
55:9).

Temos que entender que a voz de Deus não pede um favor, mas manda que
preguemos o evangelho (Mt 9:37, 1Co 9:15-19, Ap 19:6).

2. A voz de dentro: enquanto a voz de cima é a voz de Deus, a voz de dentro é a


voz do Espírito Santo, que trabalha revelando a Graça de Deus. A Bíblia diz
em Jo 16:7,8 “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque,
se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.”
(João 16:7,8).

Enquanto a voz de cima ordena o pregar do evangelho, a de dentro


constrange-nos a isso. A graça conduz-nos a uma condição miserável de
pecador para depois levar-nos à condição de filhos de Deus por meio de
adoção.

O Espírito Santo leva-nos ao sentimento de que somos completamente


devedores, e a graça de Deus revela a dívida impagável que deixa em estado
de gratidão e dever para com as boas novas.

3. A voz de fora: estas são as vozes dos pecadores que no cotidiano ocupam o
mesmo espaço que nós. David Wilkerson afirmou que chegará um tempo em
que deveremos evangelizar de novo os cristãos. Esse tempo está chegando,
pois há muito conformismo em meio à igreja. Enquanto houver um pecador
sem arrependimento, há razão para não desistir.

4. A voz de baixo: esta é a voz dos pecadores que já morreram e estão sem
salvação. A voz de um conhecido ou desconhecido que não se arrependeu, e
agora está numa região de tormento (Lc 16:19-31).
a. A condição do homem sem Deus é de rebeldia e obstinação como Caim
(Gn 4:6)

b. A condição do homem sem Deus é de escravidão como Sansão (Jz


16:20,21)

c. A condição do homem sem Deus é de perturbação como Saul (Sm


16:14)

d. A condição do homem sem Deus é de amor ao presente século (2 Tm


4:10)

O pecado gera morte (Ef 2:1, Rm 6:22,23). Quando paulo escreve aos romanos, fala
que estávamos em situação de inimizade para com o Senhor, porém fomos
justificados pela fé, obtendo paz com Deus por meio de Jesus Cristo.
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim
de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois
filhos, Deus enviou aos vossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim
que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho,
és também herdeiro de Deus por Cristo.
Gálatas 4:4-7
AULA VII
Métodos de evangelização

“É um erro terrível mostrar certas passagens que tratam de outros assuntos a um


homem que ainda não está plenamente convencido de seu pecado. Ele precisa da
Lei... Não lhe ofereça a consolação do evangelho até que ele veja e saiba que é
culpado diante de Deus”. (D. L. Moody).

“Para que o evangelismo seja efetivo, pregue 90% Lei e 10% graça.” (John Wesley).

“Não podemos chegar a Cristo a fim de sermos justificados até que, literalmente,
tenhamos ido a Moisés para sermos condenados”. (John Stott)

“É impossível uma pessoa perceber plenamente sua necessidade da graça de Deus


até que veja quão terrivelmente longe está dos padrões da Lei de Deus”.(John
MacArthur Jr.)

Diante do método do evangelismo pessoal, podemos tentar entrar na casa das


pessoas por meio de visitas. Esse método deve ser utilizado quando não for possível
realizar um estudo bíblico e a única oportunidade é sentar e ouvir o que as pessoas
tem a dizer.

Algumas observações sobre o evangelismo pessoal por visita

1. Devemos tentar fazer o não crente gostar do evangelista e ter confiança nele;

2. Devemos identificar sua condição espiritual e a condição da casa;

3. O evangelizador deve ter domínio e saber como explicar o plano da salvação;

4. Fazer o apelo para a pessoa decidir-se por Cristo;

5. Convidá-lo a estar presente no culto público na igreja, de preferência com você


se voluntariando para levá-lo;

6. Deixar a porta aberta para uma outra visita;

Nem todos aceitarão a Cristo, mas é muito importante desenvolver um bom


relacionamento com as pessoas. Semelhantemente, devemos ter a sabedoria de que
nem sempre deve-se entrar num lar. Não devemos entrar na casa de alguém ou, se
entrarmos, não devemos nos atropelar pregando o evangelho:

1. Quando a família estiver reunida. Devemos observar os costumes da família


em questão;

2. Quando a casa estiver cheia de outras visitas, simplesmente dizer “posso voltar
outro dia”;

3. Quando a família estiver preparando-se para sair;


4. Não se deve agir com ignorância, a exemplo de desligar o aparelho televisor
sem permissão do ouvinte;

5. Quando pregado em equipe, o líder deve compartilhar o evangelho:

a. Os outros devem servir como acompanhantes silenciosos,


testemunhando a confissão pública;

b. Se for dado a oportunidade, podem compartilhar seu próprio


testemunho;

c. Devem estar orando em espírito;

d. Se necessário, podem auxiliar com o cuidado de um bebê ou criança


pequena;

e. Se possível, os acompanhantes podem ganhar outras vidas que


residem na mesma casa;

6. No caso de condomínios fechados, para entrar deve-se:

a. Apresentar a equipe: o líder constrói uma relação e, quando já


conhecido, apresentará cada membro da equipe, identificando sua
igreja e pedindo licença para entrar. Deve-se sempre empregar
cordialidade.

b. Deve-se entrar, e logo sair. devemos saber fazer a escolha dos lugares
certos para estarmos assentados

7. O membro que apresentará o evangelho deve sentar-se mais próximo da


pessoa. Isso facilita no seguinte: ter contato visual com a pessoa, ter uma
conversação normal, ler cada versículo com a pessoa, explicar a palavra.

8. É essencial ao evangelista saber ouvir. No início, ouvir a pessoa fará com que
o evangelista crie um vínculo com certa pessoa. É possível que na primeira
visita nem sequer se consiga falar.

9. O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio. (Pv 11:30)

a. Ganhar almas é sabedoria pois está cumprindo a vontade de Deus (1Tm


2:3,4);

b. Ganhar almas está na direção do Espírito Santo (Jo 14:26);

c. Quem ganha almas está investindo em coisas eternas (Mt 6:19, 16:24-
27, Cl 3:1-3);
AULA VIII
Quatro desafios da evangelização

No trecho de Lucas 9:10-13 há quatro expressões que falam dos desafios da


evangelização:
E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o
que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-
se para um lugar deserto de uma cidade chamada
Betsaida.
Lucas 9:10

A primeira expressão é “lugar deserto”. Nosso primeiro desafio como evangelizador é


enfrentar nosso deserto, que não se dá por ausência de pessoas, mas ausência de
recursos. Em relação à evangelização, a disposição é nossa, e a condição é de Deus.
Deus nos levantará de todos os nossos fracassos, mas nunca de nossas desculpas.
(Lc 1:80).
E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os
recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava
os que necessitavam de cura.
Lucas 9:11

O segundo desafio é a grande multidão. Por mais que todos os dias morram pessoas,
todos os dias nascem ainda mais. Há enormes multidões para se pregar. A obra não
para, e toda geração deve estar preparada para evangelizar seus contemporâneos.
A multidão não deve iludir nossos olhos, mas provocar em nós sentimento de
misericórdia e compaixão (Mt 5:1, 9:36, Jo 6:14).
E já o dia começava a declinar; então, chegando-
se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a
multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em
redor, se agasalhem, e achem o que comer;
porque aqui estamos em lugar deserto.
Lucas 9:12

Além de o lugar ser deserto de de haver multidão, o dia esta avançado. Em 1Jo 2:18,
o desafio do evangelista é saber que ele tem pouco tempo. Devemos compreender
de que há dois dias em que ninguém pode fazer nada: ontem e amanhã. Deve-se
aproveitar o hoje para realizar as tarefas. (Jo 4:31-3, 5:17, 9:4, Sl 90:10).
Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles
disseram: Não temos senão cinco pães e dois
peixes, salvo se nós próprios formos comprar
comida para todo este povo.
Lucas 9:13

O desafio da nossa responsabilidade é a participação no contexto missionário. Não


há como fabricar desculpas ou fugir de nossa responsabilidade. A Bíblia afirma que
o mundo está esperando a manifestação dos filhos de Deus. Cristo em nós, disse
Paulo em Colossenses, é a esperança da glória. “Evangelizar é como um mendigo
que diz a outro mendigo onde encontra o pão” C.H. Spurgeon.
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele
que vem a mim não terá fome, e quem crê em
mim nunca terá sede.
João 6:35
AULA IX
Princípios da exposição evangelística
Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão
ministros pelos quais crestes, e conforme o que o
Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou;
mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que
planta é alguma coisa, nem o que rega, mas
Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e
o que rega são um; mas cada um receberá o seu
galardão segundo o seu trabalho. Porque nós
somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura
de Deus e edifício de Deus.
1 Coríntios 3:5-9

No trecho de 1 Coríntios, Paulo está tratando de uma divisão que se formara na igreja.
Quando há divisão, os esforços também são divididos, de forma que há uma fuga de
energia. Em 1Co 1:10 Paulo diz:
Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma
mesma coisa, e que não haja entre vós
dissensões; antes sejais unidos em um mesmo
pensamento e em um mesmo parecer.

O apóstolo está preocupado com esta igreja, pois é possuidora dos dons espirituais
e de fato tem o potencial extraordinário para uma grande obra em Corinto, porém
desperdiça suas energias em divisões. Paulo chama-os para uma responsabilidade
que começa pelo mesmo pensar.

O trecho do capítulo 3:5-9 revela-nos alguns princípios importantes:

1. Somente Deus pode dar o crescimento: isso é fácil de entender, pois tratando-
se da salvação e do Reino de Deus o único que pode converter os corações é
o próprio Senhor (At 16:14 1Co 1:17). Não temos capacidade de converter
ninguém, pois quem convence o pecador é o Espírito Santo. Podemos apenas
lançar a semente. Deus se encarrega do resto.

2. Ainda que o crescimento venha de Deus, há uma participação importante de


cada cristão. O texto pode nos fazer refletir em alguns aspectos desse
comprometimento.

a. Nós trabalhamos segundo o que nos foi dado. Esse crescimento se


deve ao fato de cada um assumir o que recebeu do Senhor (Co 11:23,
7:17).

b. A importância de cada um cumprir sua tarefa: “eu plantei e Apolo regou”.


Deve haver discernimento entre a etapa de plantar, regar e colher.
Discernir o momento ajudará a retirar mais proveito do trabalho,
evitando a fadiga desnecessária (Sl 126:6).
Não há demérito em nenhuma função, mas devemos saber que se um
membro não desempenhar seu papel, tornar-se-á pesado para os
demais (Ef 4:13-16, Gl 4:18-19).

c. Dependência de companheiros: Nesta lavoura são muitos hectares de


terra, e ninguém pode fazer a obra completa sozinho. Nosso
envolvimento com o crescimento da igreja sempre vai exigir que
trabalhemos em equipe e dependemos de outras pessoas.

Não há crescimento no isolamento. No texto de Lc 10:1, o Senhor


designou que os setenta deveriam caminhar em pares. Andar entre o
povo de Deus gera um ambiente de exortação e ânimo (Jo 3:12-13).

d. No evangelho segundo João, Jesus afirma, no capítulo 15, que “Eu sou
a videira”. Sem o Senhor não podemos fazer coisa alguma, porém
estamos firmes no conhecimento de que Deus é fiel para cumprir seu
papel. Saber que é Deus quem dá o crescimento proporciona descanso
espiritual em pleno trabalho evangelístico.

e. Deus recompensa o esforço: cada um receberá seu galardão segundo


o seu trabalho. Conhecer o caráter de Deus nos dá certeza de que ele
é justo, e recompensa os esforços empreendidos em sua obra. Ele
decidiu que sua obra cresceria, mas encarregou seus servos disso (Lc
10:35, 1Co 15:57,58).
AULA X
Evangelismo na cidade
E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é boa a situação desta cidade, como o meu senhor vê; porém
as águas são más, e a terra é estéril. E ele disse: Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram.
Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e
não haverá mais nelas morte nem esterilidade. Ficaram, pois, sãs aquelas águas, até ao dia de hoje, conforme a
palavra que Eliseu tinha falado.
2 Reis 2:19-22

Não se pode simplesmente sobreviver diariamente sem ter propósito. Não nascemos
pela vontade da carne do homem ou da mulher, mas pelo Espírito.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se
lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Mateus 5:13

Nos tempos bíblicos, o sal que perdia o sabor era lançado para pavimentar as ruas.
Nesse capítulo, Jesus não fala de temperos, mas ensina um princípio. O que ele quer
dizer é que se o sal não cumpre o propósito que lhe confere razão de existir, melhor
que não exista. Da mesma maneira, se não cumprirmos o propósito que dá razão
para nossa vida, não há razão para existir.

Princípios para evangelizar na cidade:

1. Entrar na cidade (Lc 10:8, At 8:3-8, Mt 9:35)

2. Orar pela cidade (Jr 29:7, Ef 6:11,12, 1Tm 2:1-7, Zc 2:5,8)

3. Agir com sabedoria na cidade (Ec 9:13-16)

4. Espalhar brasas sobre a cidade (Ex 10:2)

5. Ter unção na cidade (2Tm 4:6, Lv 1:6)

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