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Paper Bruna, Regina e Raphaela Paper Final
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DA ESCOLA DEMOCRATICA
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
RESUMO
Este estudo foi construído para debater a participação da comunidade na construção da escola
democrática, deste modo busca-se enfatizar os benefícios da gestão democrática para a educação e
avaliar como a comunidade pode colaborar na busca pela democratização escolar. Para
construção desse debate buscou-se autores como, Piletti(2002), Paro(2006), Luck(2006),
Ferreira(1998), e assegurado em leis que formulam a educação básica, discutiremos a importância
da participação da comunidade na construção da escola democrática e quais os benefícios esse
modelo de gestão traz para a comunidade escolar bem como para a escola em si.
1. INTRODUÇÃO
A democracia e a gestão são algo que não ocorre sem a participação mutua da comunidade,
pois com sendo um processo dinâmico e cooperativo, é necessário a participação de todos os
membros da equipe pedagógica e da comunidade para realização do papel social e a construção da
identidade da escola.
Para que de fato a gestão democrática se torne realidade em todas as escolas ou na maioria
delas, a comunidade precisa participar efetivamente, e para isso ser realmente possível, a escola
precisa dar o primeiro passo, conhecer a comunidade, sua realidade, conhecer as famílias dos
alunos, e principalmente, implementar de fato uma gestão democrática na escola.
1 Bruna Luiza Vieira de Souza, Regina Borges Machado, Raphaella Siqueira Borges
2 Rosane Ribeiro do Nascimento
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - pedagogia (PED3421) – Prática do Módulo VIII –
06/05/2022
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Este presente estudo, faz um breve resumo sobre alguns marcos históricos para a trajetória
da implantação da gestão democrática, enfatizando o quão importante esse modelo se tornou para a
educação básica no Brasil. Fundamentado por autores como Piletti(2002) Paro(2006), Luck(2006),
Ferreira(1998), e assegurado em leis que formulam a educação básica, objetivando na reflexão
sobre a importância da participação da comunidade na construção da escola democrática e quais os
benefícios esse modelo de gestão traz para a comunidade escolar bem como para a escola em si.
Nas escolas democráticas a relação com o conhecimento se baseia em que todos querem
aprender sempre, e que obrigar alguém a aprender algo que ele não queira é desestimulá-lo a
aprender. Escutar o aluno, entender suas necessidades e o que deseja aprender, permitir que ele
aprenda junto com os educadores e a comunidade escolar, decida qual o caminho que deve ser
seguido, este é o segredo da educação democrática.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A administração e um conceito necessário em todas as partes de nossa vida, seja em nossa família,
no trabalho, no lazer ou nos estudos, administrar se faz necessário para que todos fatores entrem em
conjunto em prol de um único objetivo. Ao se tratar de instituições, sejam elas comerciais ou
escolares, a administração também está presente, porém com algumas especificidades em relação a
ambas.
Deste modo a diferença entre as instituições, é que a administração empresarial possui uma
visão capitalista com fins lucrativos, já a administração escolar possui uma visão humanista com
um olhar crítico na transformação da sociedade.
Ao longo dos anos o sistema educativo sofreu grandes transformações, no que se refere a
administração escolar, esta passou a ser conhecida como gestão escolar, mudança que não se trata
apenas do termo utilizado, mas mostra um significado diferente para as organizações educacionais.
[...] a expressão “gestão educacional”, comumente utilizada para designar a ação dos
dirigentes em âmbito macro, deve ser empregada, por conseguinte, para representar não
apenas novas ideias, mas sim ideias referentes a uma ordem diferenciada de relações
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Com a crise no sistema educacional, no Brasil na década de 90, houve uma reforma na
educação básica com o intuito de melhorar a qualidade no ensino.
[...] a relação entre o Estado e as políticas públicas nos anos 90 tem sofrido novos
contornos, decorrentes, dentre outros, de alterações substantivas nos padrões de intervenção
estatal que resultam na emergência de novos mecanismos e formas de gestão,
redirecionando as políticas públicas e, particularmente, as educacionais. A análise das
políticas educacionais neste contexto, nos remetem à busca da compreensão das prioridades
e compromisso que as delineiam, retratando, desse modo, interesses e funções alocadas a
essas políticas no bojo dos novos padrões de intervenção estatal (FERREIRA, 1998, p.77).
A partir de então o MEC (ministério da educação) propôs várias mudanças para as escolas,
entre elas a desburocratização e a modernização do sistema de gestão, após reformas
administrativas, implementação de propostas e programas educacionais, descentralizar recursos
com o intuito de tornar trabalho pedagógico mais eficiente na administração de seus próprios
recursos, não trouxe a autonomia desejada e tão pouco a sua democratização.
Porem, como a reforma administrativa estreitou a visão antiga da administração autoritária e
individualista do diretor e do estado, como sendo o único detentor das decisões e dos recursos
financeiros, surgiu a necessidade da participação de todos, reconhecendo então a gestão
democrática na escola. Com propostas que envolvam os pais, os alunos, os professores, os
funcionários da escola e toda comunidade, a gestão democrática passou a ser vista como um
processo participativo, coletivo e interativo, pode se dizer que então, onde há participação da
comunidade, existe gestão democrática.
Assegurada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996), especificamente em seu artigo 14, diz que:
De acordo com Luck (2006), foi na constituição federal de 1988 que surgiu a preocupação
em democratizar a gestão escolar, logo após foi estabelecida também na lei de diretrizes e bases da
educação nacional e no plano nacional de educação, enfatizando a consciência das escolas para uma
gestão democrática, seja na tomada de decisões ou na construção da autonomia.
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Além disso, a CONAE (Conferência Nacional da Educação Básica), realizada pelo MEC em
2008, também ressalta a importância da democratização da educação brasileira para um ensino de
qualidade, de tal modo que:
A Conferência Nacional de Educação foi uma iniciativa do MEC no ano 2008 quando
lançou o documento de referência para debate em nível local e regional preparando a sociedade
civil organizada para amplo debate sobre as questões educacionais, ratificada na Conferência
Nacional de educação em 2010 em Brasília com o objetivo de elaborar de um documento final
intitulado em um novo Plano Nacional de Educação, que assegura a importância da democratização
da escola, não somente das escolas públicas, além disso, formas de participação para a
democratização das escolas privadas em nosso país.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Imagem 1:
Fonte: o documento.com.br
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A imagem acima citada, nos mostra o quão grande e o poder da democracia dentro das
escolas de nosso país, essa imagem nos relata uma eleição que foi realizada no ano de 2019 para
eleger diretores das unidades escolares da rede municipal de educação de Várgea Grande. Esse
pleito ocorre a cada 3 anos e o processo eleitoral e organizado por uma comissão geral composta
pela secretaria municipal de educação.
De acordo com o Secretário Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Silvio Fidelis
o documento (2019), nos últimos dias, os candidatos passaram por várias etapas. Na primeira sendo
submetidos a ciclos de estudos. Na segunda etapa tiveram que apresentar à Comunidade escolar
onde concorrem, a Proposta de Trabalho contendo objetivos e metas para melhoria da Unidade
Escolar do Ensino e as estratégias com foco no ensino aprendizagem. A votação democrática é a
última etapa.
Tiveram direito a votar, professores da Rede Pública Municipal de Ensino em exercício na
Unidade Escolar/Centro Municipal de Educação Infantil; Supervisor Escolar da Rede Pública
Municipal de Ensino; Funcionários públicos municipais na função de apoio que não as pedagógicas,
em exercício na Unidade Escolar/Centro Municipal de Educação Infantil; Alunos regularmente
matriculados, com frequência comprovada, que tenham no mínimo 12 (doze) anos de idade ou
estejam no 6º ano do Ensino Fundamental, independentemente da idade; Pai ou mãe/responsável
(quem efetuou a matrícula), pelos alunos menores de 18 (dezoito), que tenham frequência
comprovada.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A equipe escolar e a família precisam se unir para fazer esse trabalho coletivo que venha a
levar a democratização de ensino e um bom relacionamento entre escola e comunidade, embora seja
um desafio para o gestor escolar encontrar formas de administrar a instituição com as propostas
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5. CONCLUSÃO
A relação entre escola e comunidade é uma parceria que só tem a, porque juntos o
desenvolvimento da escola e dos alunos se torna crescente, como exemplo podemos citar a
educação infantil, onde começa o vínculo com a escola e a família está sempre presente pois é
muito importante no desenvolvimento da criança e na construção da cidadania.
Essas ações podem fortalecer essa relação ente escola e comunidade, é importante que todos
se sintam acolhidos pela escola e pela equipe pedagógica, todos devem ser incluídos nos diversos
momentos e rotinas da escola, pois quando a comunidade tem uma boa imagem da escola ela se
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empenha em ajudar e assim disseminar sobre os benefícios no bairro e podem trazer novos
parceiros para a gestão da escola.
É importante que a equipe escolar conheça os movimentos sociais do bairro e pense qual a
melhor forma de colaborar com os projetos conseguindo enriquecer a aprendizagem e trazer muitos
conhecimentos para os alunos, a escola pode servir de canal de informação trazendo informações
importantes como campanha de saúde, ambiental, social, entre outros assuntos que a comunidade e
a equipe pedagógica em conjunto com as famílias possam ajudar, seja na divulgação ou na
realização.
REFERÊNCIAS
DOURADO, Luiz Fernando. Et al. Progestão: como promover, articular e envolver a ação das
pessoas no processo de gestão escolar? Módulo II. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de
Educação, 2001.
FERREIRA, Naura Syria Carapeto: Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos
desafios. São Paulo: Cortez, 1998.p77.
LÜCK, Heloísa. Gestão Educacional uma Questão Paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2006.p52
(Cardenos de gestão – vol. I).
PARO, Vitor: Administração escolar introdução a critica. 14. ed.. São Paulo: Cortez, 2006.
PILETTI, Nelson: Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. 26. ed. São Paulo:
Ática, 2002.p139.