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TCC Farmacia Hospitalar
TCC Farmacia Hospitalar
São Paulo
2010....
Juliana R. Rocha
São Paulo
2010
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................
2 HPV E RELAÇÃO COM O CÂNCER DO COLO DO ÚTERO..............................
3 CLASSIFICAÇÃO....................................................................................................
4 FATORES DE RISCO.............................................................................................
5 PATOGENIA...........................................................................................................
6 IMUNIDADE HUMORAL.......................................................................................
7 DIAGNÓSTICO......................................................................................................
7.1 Papanicolau.......................................................................................................
7.2 Graus de lesão no colo do útero mensurado pelo Papanicolau..................
7.3 Colposcopia......................................................................................................
8 VACINA CONTRA O HPV.....................................................................................
9 TRATAMENTO.....................................................................................................
10 CONCLUSÃO......................................................................................................
11 REFERÊNCIAS..................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
Em geral existem vários tipos de HPV; os vírus de alto risco com maior
probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-
cancerosas. Já os HPV encontrados na maioria das verrugas genitais ou
condilomas genitais não oferecem nenhum risco de progressão para malignidade.
3 CLASSIFICAÇÃO
Os HPVs podem ser classificados de acordo com o tropismo em dois grupos: (1)
cutaneotrópicos, que infectam a epiderme; e (2) mucosotrópicos, que infectam
mucosas em geral (Tabela I). Os HPV’s são também divididos em duas categorias
de risco para o desenvolvimento de neoplasias: baixo risco e alto risco oncogênico
(Tabela I). Classificação dos HPVs quanto ao tropismo e categoria de risco para o
desenvolvimento de neoplasias, incluindo exemplos de lesões virais em cada classe:
• Baixa renda
• Má higiene
• Vida sexual promiscua
• Uso prolongado de anticoncepcionais
• Atividade sexual antes dos 18 anos
• Gravidez antes dos 18 anos
• Fumo (diretamente relacionado ao número de cigarros) (VARELLA, 2010)
5 PATOGENIA
6 IMUNIDADE HUMORAL
7 DIAGNÓSTICO
7.1 Papanicolau
7.3 Colposcopia
9 TRATAMENTO
Nas lesões de baixo grau (NIC1 / HPV), pode-se optar pela conduta
expectante, visto que 20% a 40% das infecções virais em mulheres abaixo de 35
anos são transientes e curam-se espontaneamente. Por outro lado, existem adeptos
de tratamento destrutivo local com diatermocauterização, laser ou CAF, cujo
principal objetivo seria estimular o sistema imunológico na regressão da lesão,
evitando os inconvenientes de seguimento prolongado e ansiedades. (BRENNA, et
al, 2002)
Com relação à lesão de alto grau, a maioria dos especialistas prefere a
conização tradicional, com bisturi a frio, ou conização por CAF. Entretanto, há
aqueles que optam por conduta expectante, principalmente quando há lesões de
grau NIC2 em mulheres mais jovens. (BRENNA, et al, 2002)
(BRENNA, et al, 2002)
10 CONCLUSÂO
Estima-se que cerca de 30% das mulheres estejam infectadas pelo vírus),
somente uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um
tipo de HPV com alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo do útero.Há
fatores que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer de colo do útero
em mulheres infectadas pelo papilomavírus: número elevado de gestações, uso de
contraceptivos orais (pílula anticoncepcional), tabagismo, pacientes tratadas com
imunossupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças
sexualmente transmitidas (como herpes e clamídia).
Na maior parte das vezes a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. A
mulher tanto pode sentir uma leve coceira, ter dor durante a relação sexual ou notar
um corrimento avermelhado e dor nas relações sexuais. O mais comum é ela não
perceber qualquer alteração em seu corpo.Geralmente, essa infecção não resulta
em câncer, mas é comprovado que 99% das mulheres que têm câncer do colo
uterino foram antes infectadas por esse vírus. No Brasil, cerca de 7.000 mulheres
morrem anualmente por esse tipo de tumor.
Em seus estágios iniciais as doenças causadas pelo HPV podem ser tratadas
com sucesso. Dai a melhor arma contra o HPV é a prevenção e fazer o diagnóstico
o quanto antes. As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em
qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis),
ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico sub-clínico das lesões
precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito
através do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolau). O diagnóstico
é confirmado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o
teste de captura híbrida e o PCR. O governo dispõe postos de coleta para exames
preventivos ginecológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita.
A prevenção pode ser feita mantendo-se cuidados higiênicos, tendo parceiro
fixo ou reduzindo o número de parceiros. Visitar regularmente o ginecologista para
fazer todos os exames de prevenção, incluindo o parceiro sexual . Esse (vírus pode
ser detectado por meio dos seguintes exames: a)Papanicolaou: mais comum. Ele
não detecta o vírus, mas, sim, as alterações que o HPV pode causar nas células. O
método utiliza esfregaços celulares que são fixados e posteriormente corados para
visualização das alterações celulares presentes nas células do esfregaço cervical. O
exame consiste na coleta de material para exame de três locais específicos do colo
do útero. Coleta-se da parte externa do colo do útero (ectocérvice), da parte interna
do colo do útero (endocérvice) e do fundo do saco posterior da vagina. A fim de
garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, não fazer
duchas, não usar medicamentos via vaginais ou utilizar anticoncepcionais locais nos
três dias que antecedem o exame.
A classificação das lesões é a do sistema Bethesda, separando em quatro
categorias as anormalidades das células escamosas: Bethesda III- 1° categoria:
ASC (atypical squamous cells), ou classe I, que demonstra-se negativo para células
neoplásicas ou negativo para malignidade ou seja, com resultado normal; 2°
categoria: LSIL (low grade squamous intraepithelial lesions), ou classe II, que mostra
positivo para inflamação, este resultado também pode se considerado normal tendo
em vista que a coleta pode ter sido feita na 2° fase do ciclo menstrual ou pode existir
inflamação como por exemplo corrimentos causados por fungos. Nessa fase, com a
presença de atípia celular é necessária a realização de colposcopia e biópsia do
tecido; 3° categoria: HSIL (high grade squamous intraepithelial lesion), ou classe III,
há lesão intra-epitelial de baixo e/ou alto grau, com essa alteração realiza-se
colposcopia e biópsia do tecido; 4° categoria: SCC (squamous cells carcinoma), ou
classe IV, há alterações celulares graves e grande suspeita de câncer do colo do
útero.
b) Colposcopia: o colposcópio tem uma lente de aumento que amplia de 4 a 40
vezes o epitélio, no na qual se aplica uma solução de acido acético ente 3% a 5%, e
onde houver anormalidades histológicas torna-se esbranquiçadas devido a
precipitação das proteínas. A vascularização também pode ser observada com o
auxilio de uma de uma luz com filtro verde. Durante o exame amostras das regiões
suspeitas podem ser coletadas a fim de serem biopsiadas
c) Vacina: Há uma centena de tipos de HPV, mas a maioria das infecções é causada
por apenas quatro deles. As versões 16 e 18 do vírus são responsáveis por 70% dos
casos de câncer de colo de útero. Já os HPV 6 e 11 respondem por 90% das
verrugas genitais. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é
quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos
de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de
verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18. A vacina não
oferece risco de infecção porque no desenvolvimento da vacina conseguiu-se
identificar a parte principal do DNA do HPV. Depois, usando-se um fungo
(Sacaromices cerevisiae), obteve-se apenas a “capa” do vírus, que mostrou induzir
fortemente a produção de anticorpos quando administrada em humanos. Entretanto ,
pessoas que apresentam incompatibilidade imunológica com esse vírus devem
evitar o uso da vacina. A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos
específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da
quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes
anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de
tempo.
Existem várias formas de tratar. A maioria delas tem por principio destruir o
tecido doente e isso pode ser feito por: a) Criocirurgia: um instrumento congela e
destrói o tecido anormal. b) Laser: tipos de cirurgia para cortar ou destruir o tecido
em que estão as lesões. c) CAF – Cirurgia de alta frequência: Feito com um
instrumento elétrico remove e cauteriza a lesão.
Conclui-se assim que o melhor tratamento é aquele que nos convida as boas
normas de conduta e higiene pessoal ou social, e portando a prevenção, evitando a
disseminação do Papilomavírus humano. .
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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