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SHEILA C, Never Cerezern, 73! ~735 Grupos de Sociedades ep, O Indispensavel Encontro ®cuperacdo Judicial: nies e hai societario, Processual e Cone, Direites sah Sheila C, Neder Corezetti 1, InTRODUGAO Atualmente, nao se pode pensar a organizacio da atividad especial aquela de cunho transnacional, sem que se fa ‘ade empresarial, em gesociedades. Rotineiramente, Ga referéncia aos grupos 0 exercicio da ativid: ade econémica i ‘ or nt com base em estruturas que envolvem sociedades controladoras ¢ a se 7m i contre Nao obstante a centralidade dos grupos como técnica organizati ie adas. 11.101/2005 (LRE) a eles nao dedicou especial atengio® iva’, a Lei oO ordenamento juridico brasileiro nao conta com regras materiai processuais voltadas a lidar especificamente com cenarios em que os ente om crise nao sao somente sociedades empresarias, mas sociedades que engin determinado agrupamento’. A realidade, contudo, demonstra que a boa estru- turagao de solugées a dificuldades econémico-financeiras depende, em muitos casos, da existéncia de instrumentos atentos as caracteristicas peculiares daqueles que participam de bloco de concentragao econémica. tut fiir ausldndisches und internationales Privatrecht, local em que a pesquisa para este artigo foi realizada, a Alexander von Humboldt Stiftung e & CAPES. Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal de Nivel Superior, pelabolsaconcedida. Agradecimentos também sao feitos a Tatiana Flores Gaspar Serafim, Roberto Luiz CorcioliFilho, Gabriel Saad Kik Buschinelli, Sidnei Beneti, Alexandre Serafim e Cassio Cavalli peladiscussao de versao preliminar do texto. As referéncias encontram-se atualizadas até Dezembro de 2014- 2 Hatempos, aponta-se tanto a relevancia dos grupos quanto a necessidade de estudosespecticns que atentem aos problemas proprios por eles gerados, em especial no que se refere a0 oan doscredores, acionistas minoritarios e orgaos da administracdo das diversas sociedades envolvidas. Vide, porexemplo, Marcus' Lutter, Stand und Entwicklung des Konzernrechsin Europe, inZGRI6| (1987), -369 (indi ao $6 Tidade fatica, mas um fendmeno juridico, em P. 324-369 (indicando ser o grupo nao so uma realic ‘Sao Paulo, RT, 1970, especial p. 328-329), Fabio K. Comparato, . “Aspectos ricos da Macro-mpres, ; 447 fapontando a relevancia do conglomerado como fendrvert empresa ean 3 Paraumaproficua anélise do tema, com especial atencap to posse pote @ sugestao de estruturagao de regras brasileiras, ide Palo FCA te Judicial de Grupos Societérios Multinacionals: Contribuides pare 2s Sto Juridico Brasileiro a partir do Direito Comparado, Faculdade de Paulo (Tese de Doutorado), 2013. sept endear cot 4 Adeficiéncia nao é prerrogativa brasileira. A devin aise de grupos. Vide, Correto espanto, a parca regulagdo ou a’ auséncia de! 8 5 Thoughts yee see cache por exemplo, Christoph G. Paulus, Group Ansolencis Some Fic Corporat insolvency Law: In Toxas Ivernational Law Journal 42 (2007) P8201 1 404 o, 563, Perspectives and Principles, 2° €0.r Cambridge, Cambrieb™ — 1 Aautora agradece ao Max-Planck-Instit —, oe Recurinacdo JUDIE: © INDSPENSAVE Eee r0ADt 736 - GRur0s OF Soci lo constitui nitida prova de que o Direito da empresa o como regramento auténomo, mas deve sempre o com a disciplina societaria. Da mesma forma, armente afastado de estudos que ado: toveen va da ciéncia processual, 0 Direito Concursal nao pode ser bem compreendido sem que consideragoes de Direito formal sejam tecidas, O ido da recuperacao judicial enquanto instrument para lidar com a crise de icipam de grupo socte ‘tos Societario, Proce: ‘ofundo estudo ¢ que certamente nao pode as linhas abaixo nao visam a tratar de ntre Direito Concursal e grupos de las principais questOes a serem dido nfo se refira apenas a avinculos societérios, 0 ora abordad: de ser estudad intima relaga 4 tempos salut Oassunt! em crise nao P% atentar para sua muito embora hy apenas 4 perspecti tario bem demonstrara 0 necessirio estul ssual e Concursal’. sociedades que parti mento entre Direi de tema a merecer pt curto artigo. Assim, los aspectos da relacio ¢1 as a apresentar algumas di recuperacao judicial, cujo pe as a varias delas que, devido comum’. enlagai ‘Trata-se ser exaurido em todos os intrincad sociedades, mas apen: enfrentadas em sede de uma sociedade devedora, m: subordinam-se a uma diregao O presente artigo encontra-se dividido em destinada a introduzir 0 assunto ¢ @ tiltima a apresent A segunda parte retoma rapidamente importantes conceitos acerca do fendmeno grupal, busca extirpar preconceitos recorrentes no que tange a grupos societirios € relata posicionamentos doutrindrios quanto ao tema da res- ponsabilidade intragrupal. A terceira parte, cerne deste estudo, sugere, com base no Direito brasileiro e 4 luz de experiéncias estrangeiras, formas de lidar com a recuperacao judicial de sociedades unidas em grupo. quatro partes, sendo esta primeira tar consideragées conclusivas. de Direito Societirio 2. GRUPOS DE SOCIEDADES DE SUBORDINACAO: BREVE RETOMADA DE CONCEITOS Consoant 5 al un atte fee sie doutrindrias, pode-se apresentar uma acepgao am] « | pla do termo “grupo de sociedades” de subordinagao’, en- 5 Ostermos“

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