Utilização de Inversores Fotovoltaicos Conectados À Rede para Correção de Fator de Potência e Fornecimento de Reativo Durante Afundamentos Momentâneos de Tensão

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Utilização de inversores fotovoltaicos conectados

à rede para correção de fator de potência e


fornecimento de reativo durante afundamentos
momentâneos de tensão
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Abstract — This paper presents a proposal for a control Assim, a penetração e integração de unidades geradoras desse
strategy in three-phase photovoltaic inverters for mini- tipo ao sistema elétrico traz à tona a influência que esses
generation of energy intended for the supply of active and sistemas podem exercer na rede, principalmente no que se
reactive power in transient regimes of momentary voltage sags relaciona à serviços ancilares de suporte à rede de energia para
and power factor correction in steady state. To implement these mitigação ou minimização de problemas relacionados à
functionalities, an AVR was used to manage transient powers, a qualidade de energia elétrica.
modified MPPT to shift the operating point of the converters, as
well as a dynamic current saturator to ensure that the rated Dentre os principais problemas da qualidade de energia
current of the switches of power is not exceeded. In addition, for elétrica que afetam as redes de energia pode-se citar os
power factor correction, a dynamic reactive power saturator afundamentos momentâneos de tensão e o baixo fator de
was used that will make the system operate at 1 pu or supply the potência das instalações industriais [5]. Os afundamentos
exact amount of reactive power demanded by the load, thus momentâneos de tensão normalmente são causados por
correcting its power factor to the unity. The entire system was acionamento de grandes cargas ou curtos-circuitos, são
implemented in a Matlab/Simulink computational environment caracterizados quando o valor da tensão se encontra entre 10
to verify its behavior. The results obtained demonstrate the a 90% do valor nominal por um período de 1 ciclo até 3
functional viability of the system, since improvements were segundos [6]. Esta variação de tensão momentânea pode
observed both in the voltage in transient regime and in the
provocar o desligamento ou o mau funcionamento de diversos
power factor in steady state, in addition, the inverter operated
within its nominal limits, thus respecting its maximum operating
equipamentos e até mesmo a desconexão de unidades
conditions.
geradoras renováveis da rede [7-9].
Em relação ao baixo fator de potência, este fenômeno
Keywords — Momentary voltage sags, Power factor ocorre quando o fluxo de potência reativa em uma linha é
correction, Photovoltaic generation, Electric power quality. expressivo [5]. Suas principais causas estão relacionadas ao
acionamento de cargas reativas, mas também podem ser
I. INTRODUÇÃO provocados pela instalação de sistemas fotovoltaicos, já que
Atualmente, a geração de eletricidade fotovoltaica no mundo no ponto de acoplamento comum (PAC), naturalmente a
tem crescido ano após ano [1] [2], no Brasil este proporção de energia ativa demandada da rede será menor em
comportamento não é distinto, em 2022 houve uma expansão relação a proporção de energia reativa solicitada pela carga,
de capacidade instalada de aproximadamente 8,2 GW [3]. causando assim, a queda do fator de potência neste ponto.
Dessa maneira, em 2022 a energia solar fotovoltaica
representa cerca de 8,5% da matriz elétrica brasileira [4], com Nesse sentido, diversos órgãos internacionais
tendência de crescimento. estabeleceram regulamentações para a conexão de sistemas
fotovoltaicos à rede deixando evidente as principais
obrigações e funções desses sistemas perante os fenômenos
citados anteriormente. Dentre elas pode-se citar a normativa
Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do IEEE 1547-2018 [10], a qual permite que os geradores
Estado de Minas Gerais – FAPEMIG e pela Universidade Federal de Itajubá
– UNIFEI campus Itabira. distribuídos possam participar ativamente do controle de
tensão no PAC através do fornecimento de potência reativa.
No Brasil, esses sistemas ainda não podem participar

XV CONFERÊNCIA BRASILEIRA SOBRE QUALIDADE DA ENERGIA EÉTRICA – CBQEE 2023


ativamente da regulação de tensão, entretanto, os geradores [16], o inversor monitora constantemente o PAC e assim gera-
fotovoltaicos podem fornecer potência reativa seguindo se a referência de potência reativa a ser injetada ou consumida
curvas pré-determinadas [11], permitindo assim certo controle respeitando a potência do sistema de geração. Já em [17], foi
sobre o fator de potência local, entretanto contido nos limites desenvolvido um algoritmo MPPT (Maximum Power Point
normativos estabelecidos pelo PRODIST (Procedimentos de Tracker) modificado, o qual reduzirá a potência ativa injetada
Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico para que o inversor possa compensar mais reativos, assim é
Nacional) em seu módulo 8. Vale ressaltar que os sistemas priorizada a compensação de potência reativa do sistema.
fotovoltaicos distribuídos dificilmente operam em sua
potência nominal durante o dia, assim estes podem ser As referências apresentadas anteriormente se destinam
destinados a exercer serviços ancilares, para que eles sempre somente ao fornecimento ou consumo de reativo em regime
operem próximo de 1 pu, tornando esta opção atrativa e permanente, assim, os sistemas apresentados não realizam
promissora para o setor elétrico. Portanto, futuramente essas suporte à rede em regimes transitórios, durante afundamentos
funções poderão ser contempladas por resoluções normativas ou sobretensões no PAC, por exemplo. Além disso, os
nacionais [12]. sistemas apresentados em [16, 17] podem trabalhar com
fatores de potência baixos no PAC em redes com baixos níveis
Assim, o principal objetivo deste trabalho é propor o de curtos-circuitos, tendo em vista que a referência de
controle de um sistema fotovoltaico de 230 kWp conectado à potência reativa está exclusivamente em função da tensão do
rede para fornecimento de potência reativa visando o controle PAC e não do tipo de carga, como por exemplo na entrada de
do fator de potência no PAC e auxiliar na atenuação de uma carga elevada predominantemente resistiva.
afundamentos momentâneos de tensão. Além disso, busca-se
analisar a influência desse tipo de controle no comportamento Em relação ao fornecimento de potência reativa em
do inversor, bem como na qualidade de energia elétrica local, períodos transitórios, o trabalho [18] apresenta um sistema
validando assim a proposta apresentada. fotovoltaico de estágio único o qual através de um AVR
diminuirá a potência ativa fornecida à rede durante um
Para a proposta deste trabalho, foram realizadas afundamento momentâneo de tensão para que o inversor tenha
simulações de um sistema de distribuição contendo a unidade margem para fornecer potência reativa, objetivando assim a
geradora fotovoltaica em ambiente Matlab/Simulink. O restauração da tensão no PAC. Nesta perspectiva, o trabalho
controle implementado tem como objetivo gerenciar o [19] apresenta um sistema de controle para inversor
fornecimento de potência reativa para o PAC, dessa forma é fotovoltaico que tem por finalidade atenuar afundamentos de
realizada a medição da corrente de carga para determinar a tensão através da injeção de corrente reativa na rede. Neste
referência de potência reativa a ser compensada, corrigindo trabalho foi utilizado um conversor de estágio único que
assim, o fator de potência, tendendo a operar o inversor durante a falta alterará seu controle para que seja injetada a
sempre em 1 pu de potência. Além disso, para injeção de potência reativa necessária em detrimento da potência ativa.
reativo no instante do afundamento momentâneo de tensão,
utiliza-se um AVR (Automatic Voltage Regulator) modificado Nos trabalhos [18,19] citados anteriormente o controle
que funcionará em conjunto com as demais malhas de controle proposto por ambos se destina somente à injeção de potência
do sistema para que ocorra a diminuição da injeção de reativa em momentos transitórios, sendo que em regime
potência ativa e o aumento da potência reativa. permanente o sistema fotovoltaico comporta-se como um
sistema comum. Além disso, no trabalho [18], no instante da
No meio acadêmico e na literatura técnica é possível injeção de potência reativa foi possível verificar altas tensões
constatar diversos estudos relacionados a funções ancilares no barramento CC do conversor, o que pode ser prejudicial
executadas por inversores fotovoltaicos, principalmente no para o equipamento. No trabalho [19] este fenômeno é
que se diz respeito ao fornecimento de potência reativa. Por amenizado pela inserção de um circuito chopper, porém sua
conseguinte, o trabalho [13] apresenta um inversor utilização diminui a eficiência do sistema devido à dissipação
fotovoltaico multifuncional o qual tem como objetivo atenuar de energia no componente resistivo. Por fim, nestes trabalhos
harmônicos de corrente e realizar a compensação de potência não foram implementadas estratégias para limitação da
reativa do PAC, de forma a garantir que o inversor opere corrente nas chaves, o que pode ser prejudicial em regimes
sempre em 1 pu de potência. Isso é possível através de um transitórios, já que nestes momentos a corrente nestes
sistema de saturação dinâmica das correntes de eixo direto e dispositivos tendem a aumentar.
quadratura além de um saturador dinâmico de potência reativa
que considera a potência injetada pelo arranjo fotovoltaico. Dessa forma, embora os trabalhos apresentados
anteriormente apresentem resultados satisfatórios para
Nos trabalhos [14,15] é realizada a medição das correntes fornecimento de reativo em regime permanente ou transitório,
de carga para geração da referência de potência reativa a ser nenhum trabalho abordou as duas técnicas simultaneamente.
compensada. No primeiro trabalho, o controle é baseado na Portanto, este trabalho apresenta contribuições em relação à
teoria p-q das potências. Já no segundo, todo o controle é operação simultânea das funcionalidades, aumentando ainda
executado em referencial síncrono dq0. Vale ressaltar que o mais o fator de utilização do inversor fotovoltaico. Além
fornecimento de potência ativa é priorizado, enquanto a disso, o problema relacionado à sobretensão do barramento c.c
potência reativa é injetada em função da potência ativa e limitação da corrente das chaves para a compensação reativa
fornecida. Assim, em condições em que os sistemas operam transitória é mitigado, demonstrando assim que as
com baixas irradiâncias ou em horário noturno, o inversor funcionalidades adicionadas podem ser executadas sem
trabalhará somente compensando potência reativa da carga. comprometimento do inversor ou sobredimensionamento de
Portanto, a multifuncionalidade de compensação reativa, seus componentes.
nesse caso, aumenta o fator de utilização desses sistemas.
II. SISTEMA FOTOVOLTAICO EM ANÁLISE
Nas referências [16,17] a potência reativa é gerenciada em
função da potência ativa injetada e da tensão do PAC. Em O esquemático do inversor fotovoltaico utilizado neste
trabalho pode ser visto na Fig. 1. Este conversor é composto
por dois estágios, sendo o primeiro contendo três conversores DDSRF-PLL (Decoupled Double Synchronous Reference
c.c/c.c Boost que farão a interconexão dos painéis Frame – Phase Locked Loop), conforme apresentado em
fotovoltaicos com o barramento c.c, e o segundo um [21], destinada a realização do sincronismo com a rede
conversor c.c/c.a que fará a injeção de corrente na rede elétrica. Para conexão do inversor com a rede, foi utilizado
elétrica. um filtro LCL, o qual foi projetado de acordo com [22], com
o objetivo de garantir que harmônicos da frequência de
chaveamento não sejam injetados na rede bem como
assegurar que o conversor opere dentro dos limites
normativos relacionados à THD (Total Harmonic Distortion)
de corrente.

Fig. 1. Esquemático do inversor fotovoltaico utilizado.

Em análise da Fig. 1, é possível observar que os


Fig. 2. Diagrama de blocos da malha de controle do conversor c.c/c.a.
conversores Boost possuem uma unidade de controle com
MPPT, o qual tem como objetivo rastrear o ponto de máxima Os ganhos dos controladores deste conversor, bem como
potência do arranjo durante a operação convencional do seus parâmetros construtivos são demonstrados nas Tabelas
sistema. Além disso, neste trabalho o MPPT será modificado 3 e 4, respectivamente.
a fim de auxiliar no fornecimento de potência reativa à rede.
No controle desses conversores, também foram TABELA III. GANHO DOS CONTROLADORES DO CONVERSOR C.C/C.A
implementadas duas malhas, uma de controle de tensão e Parâmetro Valor
outra de corrente do arranjo fotovoltaico, de forma a garantir Proporcional malha de corrente (𝒌𝒑𝒊) 4,6794
uma operação mais precisa e suave do equipamento. A seguir,
na Tabela 1 e 2, são apresentados os parâmetros do arranjo Integral malha de corrente (𝒌𝒊𝒊 ) 94,2478
fotovoltaico bem como parâmetros utilizados neste tipo de Proporcional malha de tensão (𝒌𝒑𝒗 ) -1,4717
conversor. É válido ressaltar que os três conversores são Integral malha de tensão (𝒌𝒊𝒗 ) -7,2243
idênticos. Proporcional malha de potência reativa (𝒌𝒑𝑸 ) -1,0206e-4
TABELA I. PARÂMETROS DO ARRANJO FOTOVOLTAICO Integral malha de potência reativa (𝒌𝒊𝑸 ) -0,3206
Parâmetro Valor TABELA IV. PARÂMETROS CONSTRUTIVOS DO CONVERSOR C.C/C.A
Máxima Potência (𝑷𝒎𝒑 ) 76,630 kW Parâmetro Valor
Tensão de máxima potência (𝑽𝒎𝒑 ) 1316 V Capacitância do barramento c.c (𝑪𝒗𝒄𝒄) 3060 uF
Corrente de máxima potência (𝑰𝒎𝒑 ) 58,54 A Tensão do barramento c.c (𝑽𝒄𝒄 ) 1500 V
Tensão de circuito aberto (𝑽𝒐𝒑 ) 1664 V Indutância filtro LCL lado conversor (𝑳𝟏 ) 1,2 mH

Corrente de curto-circuito (𝑰𝒔𝒄 ) 62,16 A Indutância LCL lado rede (𝑳𝟐 ) 0,2895 mH
TABELA II. PARÂMETROS CONSTRUTIVOS DO CONVERSOR BOOST Resistência do indutor lado conversor (𝑹𝟏 ) 15 mΩ
Resistência do indutor lado rede (𝑹𝟐 ) 15 mΩ
Parâmetro Valor
Capacitância do filtro LCL (𝑪𝒇 ) 39,3740 uF
Capacitância de entrada (𝑪𝒇𝒗 ) 188 uF
Resistência de amortecimento filtro LCL (𝑹𝒅 ) 0,8094 Ω
Indutância do Boost (𝑳𝒃 ) 5,54 mH
Frequência de chaveamento (𝒇𝒔𝒘) 5 kHz
Frequência de chaveamento (𝒇𝒔𝒘) 5 kHz
Tensão de saída (𝑽𝒄𝒄 ) 1500 V
Ademais, a fim de realizar a correção do fator de potência
do PAC, as correntes que alimentam as cargas conectadas
Em relação ao conversor c.c/c.a foi utilizada uma
nesse ponto devem ser medidas a fim de se gerar a referência
topologia de inversor a três níveis, NPC (Neutral Point
de potência reativa no conversor. Tal medição é evidenciada
Clamped), à IGBTs, todo o controle foi realizado em
na Fig. 1. Por conseguinte, o bloco de estratégia de potência
referencial síncrono conforme [20], a qual pode ser
reativa tem como objetivo gerenciar o fornecimento ou
visualizada na Fig. 2, já que as variáveis elétricas se tornam
absorção de energia reativa executada pelo sistema
constantes e torna-se possível a utilização de controladores
fotovoltaico. Na saída deste bloco é gerada uma potência
lineares, dessa forma, faz-se necessária a implementação de
reativa de referência a qual é injetada na malha de controle de
uma PLL (Phase Locked Loop), assim foi implementada a
reativo para ser sintetizada na saída do inversor.
A estratégia de reativo leva em consideração a potência potência é determinado pelo sinal da corrente de quadratura
ociosa do sistema fotovoltaico, bem como a potência reativa da carga, determinando assim, se há a necessidade de
demandada pela carga. Assim, busca-se sempre corrigir o absorção (potência reativa positiva) ou fornecimento de
fator de potência do PAC para o valor unitário, desde que o reativo (potência reativa negativa). Por fim, a seleção do
sistema opere entre os limites de suas características modo de operação determina se o conversor irá corrigir o
nominais. A Fig. 3 demonstra a curva de capabilidade do fator de potência da carga ou fornecer reativo para auxiliar a
sistema fotovoltaico para os pontos de operação com potência rede nos momentos de afundamento de tensão, o sinal MO
ativa máxima, 80% e 50% de potência ativa injetada na rede. origina-se do AVR.
3 (1)
𝑄𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = − ∙ 𝑣𝑑 ∙ 𝑖𝑞𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
2

𝑄𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 = √ 𝑃𝑚𝑎𝑥 2 − 𝑃2 (2)

Para o fornecimento de reativo em regime transitório


durante o afundamento, foi utilizado o AVR em conjunto com
o MPPT modificado a fim de se diminuir a potência ativa
Fig. 3. Curva de capabilidade da unidade geradora fotovoltaica. injetada, aumentando assim a capacidade de fornecimento de
potência reativa pelo inversor. Na Fig. 5 é possível visualizar
Observando-se a Fig. 3 é possível visualizar que o o diagrama de blocos da malha de controle do conversor
conversor fotovoltaico pode operar em qualquer ponto da c.c/c.c e na Tabela 5 são demonstrados seus ganhos obtidos
curva desde que este ponto esteja contido nos limites por alocação de pólos.
nominais da planta. Além disso, com a estratégia de gestão
de reativo implementada, é possível alterar os limites de
operação do conversor de modo que a quantidade exata de
reativo seja fornecida ao PAC, visando o deslocamento do
fator de potência para unidade, não excedendo assim as
demandas exigidas pelas cargas conectadas, como pode ser
visualizado pela curva tracejada. Já o fluxo de potência ativa
se dá exclusivamente no sentido conversor – rede, porém a 2

potência reativa pode fluir nos dois sentidos, assim o sistema


pode fornecer ou absorver reativos da rede conforme pode ser
visualizado pelas potências sem e com índice (‘),
respectivamente. Esta estratégia flexibiliza a compensação de
Fig. 5. Diagrama de blocos da malha de controle do conversor c.c/c.c.
reativos feita pelo sistema, pois opera em pontos específicos
que podem ser determinados pela exigência da carga. A TABELA III. GANHO DOS CONTROLADORES DO CONVERSOR BOOST
seguir, na Fig. 4 é evidenciado em detalhes o diagrama de
blocos dos cálculos necessários para atender a curva de Parâmetro Valor
capabilidade demonstrada na Fig. 3. Proporcional malha de corrente (𝒌𝒑𝒊𝒃 ) 0,0116
Integral malha de corrente (𝒌𝒊𝒊𝒃 ) 0,2094
Proporcional malha de tensão (𝒌𝒑𝒗𝒃) -0,0342
Integral malha de tensão (𝒌𝒊𝒗𝒃 ) -13,9053

O AVR utilizado é o apresentado na normativa IEEE –


1547 [9], além disso, assim como feito em [18] os ganhos do
AVR, bem como as funções de transferência de filtros foram
alterados de forma a se obter uma boa dinâmica para a
aplicação em que se encontra. Tendo em vista que o
conversor c.c/c.c é o responsável por controlar a potência
entregue pelos painéis ao barramento c.c do inversor, deve-se
utilizar em conjunto com o AVR um algoritmo MPPT capaz
Fig. 4. Diagrama de blocos da estratégia de gestão de reativo. de atuar no sentido de controlar e limitar tal potência entregue
ao conversor c.c/c.a. Desenvolvendo assim, a margem de
O sistema da Fig. 4 pode ser subdividido em outros quatro potência necessária para que o inversor injete o adicional de
subsistemas, sendo eles: cálculo da potência reativa da carga, potência reativa no PAC no momento do afundamento de
saturação dinâmica de potência reativa do conversor, sentido tensão.
do fluxo de potência e seleção do modo de operação. O Diante do exposto, foi implementado um algoritmo
cálculo da potência reativa é realizado por (1), considerando MPPT do tipo P&O modificado que executará a função
a rede sem distorções e desequilíbrios. A saturação dinâmica discutida anteriormente. O AVR sintetizará em sua saída um
de potência reativa é obtido por (2), já o sentido do fluxo de sinal que varia entre 0 e 1. Durante um afundamento
momentâneo de tensão, o sinal tende a diminuir sua conversor c.c/c.a. Na Fig. 7 é demonstrado graficamente este
intensidade, que nesse estudo deve corresponder a uma comportamento para a variação de potência dos conversores
diminuição de potência ativa entregue ao inversor. A taxa de em função de um afundamento de tensão na rede.
variação desse sinal está relacionada ao nível do
afundamento. Portanto, o MPPT deverá ser capaz de
processar este sinal de modo que haja a diminuição de
potência ativa entregue pelos painéis. Assim, foi
implementado o algoritmo demonstrado na Fig. 6.

Fig. 7. Modos de operação para fornecimento de potência reativa pelo


conversor.
Analisando a Fig. 7 é possível verificar que no primeiro
momento, o conversor c.c/c.c operava no ponto OP1,
injetando aproximadamente a máxima potência no
barramento c.c, bem como o conversor c.c/c.a injetava a
potência gerada na rede, assim o inversor funcionava com
fator de potência unitário. Ao ocorrer um afundamento de
tensão, ocorrerá a detecção pelo AVR e, consequentemente, o
MPPT diminuirá a tensão do arranjo fotovoltaico, deslocando
o ponto OP1 para o ponto OP2, nesse sentido, a potência
injetada no barramento c.c será menor, consequentemente o
conversor c.c/c.a injetará menos potência ativa na rede, tendo
a possibilidade de fornecer reativo. Após o afundamento, o
Fig. 6. Algoritmo MPPT modificado. MPPT fará o conversor c.c/c.c retornar ao ponto OP1,
fazendo com que o conversor c.c/c.a também retorne para o
Analisando-se a Figura 6, é possível observar que o referido ponto de operação.
algoritmo inicia pela verificação da variável MO (advinda do
AVR), esta variável sinaliza a ocorrência de um afundamento Para a limitação da corrente das chaves do inversor, foi
de tensão na rede, caso ela seja diferente de zero o algoritmo utilizada uma estrutura de saturação dinâmica de corrente em
calculará a potência ativa referenciada pelo AVR, através de quadratura, conforme apresentado em [23], demonstrada na
sua saída S, e fará a diminuição da tensão do arranjo Fig. 8. O limitante de corrente (parâmetros “máx” e “mín”) é
fotovoltaico para que ocorra a diminuição da potência gerada. obtido dinamicamente em função da corrente de eixo direto,
Vale ressaltar que neste instante ocorre a mudança na variável injetada na rede. Nesse âmbito, foi utilizado um PI com a
de incremento/decremento de tensão do MPPT com o estratégia anti-windup que detém a topologia back-
objetivo de que ocorra um decremento de tensão mais rápido. calculation com uma constante de tempo de 1 milissegundo
Ao cessar o afundamento, o estado da variável MO comutará de forma a preservar a dinâmica do controlador com a
para zero, assim a tensão do arranjo deve retornar para saturação dinâmica. Os valores limites possuem mesmo
próximo da tensão do ponto de máxima potência. Nesse módulo, porém sinais opostos, tendo em vista que a corrente
sentido, há o incremento da tensão de referência do arranjo, de quadratura poderá variar de forma negativa ou positiva em
de forma que quando esta estiver próxima de (Vlim = 1310 V), função da potência reativa injetada na rede. Além disso, o
ocorrerá a comutação da variável de incremento/decremento parâmetro 𝑖𝑛 determina a corrente nominal das chaves, ou
de tensão para um valor mais baixo, de forma a manter a seja, o valor máximo de corrente permitido para este
estabilidade do sistema próximo ao ponto de máxima dispositivo.
potência. Após isso, nas próximas execuções do algoritmo
será realizado o MPPT P&O convencional. O valor escolhido
de 1310 V está relacionado com a tensão do ponto de máxima
potência do arranjo. Além disso, vale ressaltar que a variável
“sig” representa uma sinalização interna relacionada à
ocorrência de um afundamento de tensão. Por fim, foi
escolhido um limitante inferior (Plim) de 5 kW de potência
ativa injetada de forma a não permitir a operação do arranjo
em curto circuito devido à diminuição de sua tensão terminal.
Fig. 8. Limitação da corrente das chaves.
Após realizada a diminuição da potência ativa gerada, a
malha de controle de potência reativa do conversor c.c/c.a III. ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO
aumentará a referência de potência reativa que poderá ser
fornecida para a rede através da saturação dinâmica Para a implementação computacional e obtenção dos
apresentada anteriormente. Para isso, esta malha também resultados, o sistema fotovoltaico foi simulado em uma
receberá a variável MO advinda do AVR para o disparo de condição de geração intermediária de 500 W/m², pois assim
fornecimento de potência reativa no instante do afundamento. o inversor FV terá uma potência ociosa para gerir potência
Dessa forma, o fornecimento de potência reativa transitória reativa. Além disso, a geração distribuída está inserida em um
depende dos controles do conversor c.c/c.c quanto do sistema de potência modelo IEEE 14 barras, conforme
demonstrado no esquemático da Fig. 9. Foram simulados do FP da carga, consequentemente o FP da barra 9 atinge o
quatro casos, o primeiro refere-se à rede sem nenhuma GD os valor unitário, além disso, após o curto-circuito, o FP volta a
outros três casos se referem, respectivamente, à rede com unidade, evidenciado que a GD retorna para regime estável.
inserção da GD realizando as funções mencionadas neste
A seguir, nas Figs. 11, 12 e 13 são demonstradas as
trabalho, submetida a afundamentos de tensão da ordem de
potências injetadas na rede pela GD para os casos simulados.
30%, 50% e 70%. De forma a obter o afundamento de tensão,
foi inserido um curto circuito trifásico na barra B4, a falta terá
duração de 1 s, sendo o afundamento registrado na barra B9
(barra de interligação da GD). Os parâmetros da rede foram
implementados conforme [23]. A simulação tem uma
duração total de 5 s, no instante igual a 1 s, a GD iniciará a
correção do fator de potência da carga, assim, antes disso, ela
atua como uma unidade geradora fotovoltaica comum. O
curto circuito será inserido entre os instantes de 2 s e 3 s e no
restante da simulação a GD continuará corrigindo fator de
potência em regime permanente.

Fig. 11. Potências injetadas pela GD – Caso 1

Fig. 9. Esquemático da rede de distribuição simulada.

A seguir serão evidenciados os resultados obtidos. Em


primeira análise verifica-se a correção de fator de potência
Fig. 12. Potências injetadas pela GD – Caso 2
realizada pela GD. Neste trabalho, a unidade geradora
fotovoltaica será responsável por corrigir o fator de potência
da carga 9, esta carga foi ajustada de tal forma que a GD
consiga corrigir o seu fator de potência para a unidade com a
potência ociosa do conversor, conforme pode ser visualizado
na Fig. 10.

Fig. 13. Potências injetadas pela GD – Caso 3

Em análise às potências injetadas na rede pela GD, é


possível observar nas Figs. 11, 12 e 13 que no intervalo de 0
Fig. 10. Fator de potência da barra B9. a 1 s a GD injetava somente a potência ativa disponível nos
arranjos fotovoltaicos correspondente a uma irradiância de
Tendo em vista que a carga 9 era composta por 86 kW e
500 W/m², consequentemente ela operava com fator de
150 kVAr indutivo, consequentemente, seu FP é
potência unitário. Por conseguinte, no período entre 1 s e 2 s,
aproximadamente 0,5 indutivo, entretanto, observa-se que na
a GD corrigia o fator de potência do PAC, de forma a injetar
Fig. 10 entre os instantes de 0 a 1 s, o FP desta carga estava
a potência reativa demanda pela carga ou caso esta fosse
em 0,16 indutivo. Isto é consequência da inserção da GD
muito elevada, injetar o máximo de potência reativa
operando com FP unitário, assim, boa parte da demanda de
disponível, dessa forma, verifica-se um degrau tanto na
potência ativa da carga era suprida pela própria GD e o que
potência reativa como na potência aparente para todos os
era demandado da rede, em sua maioria, era potência reativa.
casos. Já no período entre 2 s e 3 s, houve o afundamento de
No instante igual a 1 s, a GD inicializa o processo de correção
tensão, assim, há a diminuição de potência ativa e o aumento
da potência reativa de forma a atender a referência de A tensão do barramento c.c é uma variável importante na
potência ativa imposta pelo AVR, conforme pode ser visto na operação do conversor, portanto, na Fig. 17 é demonstrada
Fig. 14, e não ultrapassar a corrente nominal das chaves de esta variável para todos os casos simulados. Nota-se que em
potência. Para todos os casos, é observado este todos os casos a tensão ficou contida entre 1,1 e 0,95 pu,
comportamento, ou seja, durante o afundamento de tensão, a sendo as maiores variações para o caso 3. Além disso, quando
GD diminui sua potência ativa e aumenta a reativa. a rede iniciava a correção do fator de potência, há um
pequeno transitório no barramento c.c, entretanto o overshoot
Como consequência do fornecimento de potência reativa
não ultrapassa 5 % da tensão de referência. Por fim, ressalta-
durante o afundamento de tensão, e da própria correção do
se que no caso 3, devido à queda da tensão do barramento c.c
fator de potência da carga, houve uma melhora nos níveis de
a limitação de potência ativa injetada na rede se deu em um
tensão no lado de baixa do transformador de interconexão da
valor menor do que a referência do AVR, já que era necessário
GD tanto em regime permanente quanto transitório,
potência ativa para recarregar o barramento.
conforme mostrado na Fig. 15.

Fig. 17. Tensão do barramento c.c

Por fim, na Fig. 18 são demonstradas as correntes


instantâneas injetadas na rede pela GD nos 3 casos simulados.
É possível constatar que a corrente nas chaves se manteve
Fig. 15. Tensões lado de baixa do transformador de acoplamento próximo ao valor nominal de 1 pu mesmo durante os
Ao verificar a Fig. 15 é possível constatar que em regime afundamentos. O controle da intensidade das correntes nas
permanente, após a correção do fator de potência da carga, chaves foi propiciado através da técnica do PI anti-windup
houve uma elevação de aproximadamente 3% da tensão do em conjunto com a saturação dinâmica da corrente de
secundário da GD, além disso, para o pior caso de quadratura das chaves. Observa-se alguns transitórios cuja
afundamento (Caso 3), houve um acréscimo de intensidade e duração são diretamente proporcionais à
aproximadamente 4,1%, ou seja, cerca de 33 V. Para os intensidade do afundamento, sendo o pior o caso 3, entretanto
outros casos foram obtidos resultados aproximados. a corrente não ultrapassou o limite de 2 pu.
Por conseguinte, para que a potência ativa injetada na rede
seja diminuída, são necessários sinais de referência do AVR,
os quais podem ser visualizados na Fig. 16. É possível
visualizar que a variável S varia em uma faixa de 0 a 100%
em função do afundamento, além disso, a variável MO indica
o momento do afundamento atingindo a referência de 100%
quando este fenômeno ocorre.

Fig. 18. Correntes trifásicas injetadas na rede. (a) Caso 1, (b) Caso 2, (c)
Caso 3.

IV. CONCLUSÃO
Portanto, a partir dos resultados obtidos, foi possível
comprovar que o conversor fotovoltaico pode trabalhar com
ambas as funções simultaneamente, sem prejuízos ao seu
funcionamento. Além disso, através da compensação
transitória de potência reativa observou-se melhoras na
tensão nos pontos analisados, demonstrando assim, que em
Fig. 16. Sinais do AVR redes relativamente fracas a operação deste tipo de sistema
pode ser viável. O fornecimento de potência reativa em [14] Georgios Tsengenes, Georgios Adamidis,Investigation of the behavior
of a three phase grid-connected photovoltaic system to control active
regime permanente também se demonstrou uma and reactive power,Electric Power Systems Research,Volume 81, Issue
possibilidade promissora, já que o sistema fotovoltaico 1,2011,Pages 177-184,ISSN 0378-
inserido não irá diminuir o fator de potência no PAC e além 7796,https://doi.org/10.1016/j.epsr.2010.08.008.
disso, melhora-se a tensão na rede. Ademais, devido a [15] Huajun Yu, Junmin Pan, An Xiang,A multi-function grid-connected
utilização de conversores desacoplados, foi possível controlar PV system with reactive power compensation for the grid,Solar
Energy,Volume 79, Issue 1,2005,Pages 101-106,ISSN 0038-
a tensão e potência ativa injetada na rede de forma 092X,https://doi.org/10.1016/j.solener.2004.09.023.
satisfatória, portanto demonstrando sua viabilidade já que a [16] Mohan Lal Kolhe, M.J.M.A. Rasul,3-Phase grid-connected building
maioria dos conversores fotovoltaicos para geração integrated photovoltaic system with reactive power control
distribuída se utilizam da topologia apresentada neste capability,Renewable Energy,Volume 154,2020,Pages 1065-
1075,ISSN 0960-1481,https://doi.org/10.1016/j.renene.2020.03.075.
trabalho. Por fim, para trabalhos posteriores, recomenda-se o
[17] Vinit Kumar, Mukesh Singh,Reactive power compensation using
aperfeiçoamento do sistema AVR em conjunto com a derated power generation mode of modified P&O algorithm in grid-
resposta transitória da redução de potência ativa, bem como interfaced PV system,Renewable Energy,Volume 178,2021,Pages
o estudo de uma rede contendo mais GDs que possibilitam 108-117,ISSN 0960-
executar as funções apresentadas neste trabalho. 1481,https://doi.org/10.1016/j.renene.2021.06.035.
[18] Piccini, Anderson Rodrigo, Sistema fotovoltaico conectado à rede
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