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Jeffrey Nyquist - As Mentiras em Que Acreditamos - 2021
Jeffrey Nyquist - As Mentiras em Que Acreditamos - 2021
Jeffrey Nyquist - As Mentiras em Que Acreditamos - 2021
J. R. Nyquist
Tradução:
Wilson Filho Ribeiro de Almeida, 2021
Em pântanos rasos
24/09/2019
— GUSTAVE LE BON
Os segredos do pântano
21/11/2019
As secretas operações internas do pântano se encontram na
história da esquerda revolucionária. É uma história de traição e
ganância, roubo e assassinato. Para alguns, o primeiro segredo do
pântano é difícil de compreender; mas aqui está: o humanitarismo do
revolucionário de esquerda é uma pose. O seu credo verdadeiro é o
desejo de poder e riqueza.
O primeiro líder comunista revolucionário americano, Louis C.
Fraina, recebeu $ 386.000 da Comintern para iniciar uma revolução
no México. O que ele fez? Gastou o dinheiro consigo mesmo. A
Comintern não o matou por sua má fé, muito provavelmente porque
ele havia chantageado outros comunistas importantes no que dizia
respeito às impropriedades e fraudes deles próprios.
O jornalista americano John Reed era considerado um
comunista de "grande alma" — honesto e incorruptível. Dizem
também que ele morreu de coração partido em Moscou porque
finalmente percebeu que o comunismo era um movimento de ladrões
e assassinos. Sua esposa, Louise Bryant, escreveu: "Jack morreu
devido a uma grande desilusão pessoal." Ela explicou com mais
detalhes numa carta a Benjamin Gitlow:
Magia e destruição
21/01/2020
Verdade e beleza
07/02/2020
NIETZSCHE
Vermelhos Americanos
18/02/2020
RICHARD HOFSTADTER[9]
EZRA POUND
Existem três tipos básicos de anti-semitismo. Existe o anti-
semitismo de esquerda — de Karl Marx e seu ensaio sobre a
questão judaica. Existe o "anti-semitismo" dos muçulmanos que
querem lançar Israel ao mar. Existe o anti-semitismo dos nacional-
socialistas. Cada abordagem anti-semita se conecta a uma forma de
totalitarismo — uma forma de governo que suprime a liberdade de
expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade econômica. Mas
isso não é tudo.
Um leitor alemão recentemente me confrotou na questão do anti-
semitismo, sugerindo que minha rejeição da teoria da conspiração
antijudaica era devida a uma "lavagem cerebral" cristã. Eu poderia
ter respondido que suas opiniões eram o resultado de uma "lavagem
cerebral nazista", mas isso teria sido trocar um insulto por outro.
Existe, é claro, um grande volume de "literatura" conspiratória
antijudaica. Descobri que essa "literatura" é animada pelo ódio —
sejam quais forem suas pretensões de objetividade. Quanto mais
você mergulha nos "historiadores" e "teóricos" anti-semitas, mais
você vê o ódio irracional aos judeus saindo de cada página. Há certa
injustiça nas conclusões dos escritores anti-semitas, certa
unilateralidade de evidência. Depois de algum tempo, eles deixam o
leitor exausto e irritado com sua obsessão fanática pela maldade
judaica. Todos os ultrajes, todos os crimes, todas as injustiças do
mundo, os conduzem a um único grupo: os judeus.
O discurso anti-semita é um lamentável, repetitivo e patológico
martelar contra um único povo, um único grupo étnico, várias e várias
e várias vezes. Para o anti-semita, nada de ruim acontece a não ser
que os judeus estejam por trás. Nenhum desastre acontece a não
ser que os judeus sejam os culpados. Pode-se antecipar a análise do
anti-semita sobre cada assunto, a qualquer momento. É uma batida
monótona, invariável, sem graça — um relógio que bate a mesma
hora continuamente, um boletim meteorológico sobre uma garoa que
nunca termina, um disco quebrado que repete a mesma frase, o
mesmo tom, o mesmo som. O anti-semitismo é enfadonho. No
entanto, o anti-semita nunca se cansa de sua obsessão.
Os anti-semitas estão sempre ansiosos para contar ao mundo
sobre os banqueiros judeus, magnatas de Hollywood, conspiradores
maçônicos e os nove Cabalistas ocultos no topo. Sua crença nos
Protocolos dos Sábios de Sião é inabalável. Eles são imunes às
evidências. (Quando a Hitler se apresentou a prova de que Os
Protocolos eram uma falsificação, ele rosnou que isso não importava,
porque em todo caso o livro era "verdadeiro em princípio").
O anti-semita cultural, como Kevin MacDonald, pode vestir seu
cavalinho de pau com chavões da ciência evolucionária, mas suas
conclusões não estão longe do filme de Fritz Hippler, da era nazista,
O Eterno Judeu, que afirmava que "os judeus estão situados na
junção dos mercados financeiros do mundo". Desse modo, os judeus
se tornaram "uma potência internacional" que "aterroriza as bolsas
de valores mundiais, a opinião mundial e a política mundial". Tal era a
paranóia de Hitler e dos nazistas. Tal era a justificativa para a sua
fúria assassina.
O anti-semitismo continua a infectar o discurso público. O anti-
semita atribui os problemas econômicos e sociais aos judeus. A
decadência moderna, eles argumentam, é judia. Tudo o que deu
errado dentro da cristandade é atribuído à sabotagem judia. O anti-
semita esquece que as civilizações se tornam senis por causa da
prosperidade. É algo que já aconteceu antes — aos gregos e
romanos da antigüidade. Os pagãos do século IV lamentaram a
morte do "Grande Pã" assim como Nietzsche lamentou a morte de
Deus no século XIX. Os judeus não têm culpa. A história é cíclica.
Há muitos fatores contribuindo para a nossa angústia:
materialismo, ateísmo, urbanização e o colapso da família.
Invenções terríveis prometem nos aniquilar. O vírus da COVID-19,
que agora ameaça a humanidade, parece ser uma criação chinesa
— não judia. Nosso estilo de vida perdulário de endividamento é em
toda parte apoiado e encorajado por um regime hedonista de
shopping center — algo tão americano quanto a torta de maçã.
Justificando a sua própria malevolência étnica, o anti-semita é o
próprio modelo da degeneração que ele pretende combater. Suas
percepções manchadas são o resultado de um astigmatismo
intelectual. Seus argumentos sociológicos e "ciência" evolucionária
(como a de Kevin MacDonald) soam vazios. É a mesma velha
fórmula do bode expiatório. E, uma vez que todos os grupos e povos
compartilham a culpa pela corrupção dos últimos tempos, sempre é
possível produzir provas para condenar um dentre os outros.
Enquanto assistimos a personagens de desenho animado
concorrendo a altos cargos nos Estados Unidos, com a metástase
do contágio socialista no segundo plano, o anti-semita quer que você
acredite que tudo isso faz parte de uma trama judaica. Nenhum
estudante sério de história aceita esta tese. E por um bom motivo.
Se Hitler tivesse o que queria e exterminasse todos os judeus da
terra, nossa situação não seria diferente; pois o Nacional-socialismo
era o seu próprio hospício.
Você não pode confiar nos anti-semitas. Eles não são os
patriotas que fingem ser. Eles se juntarão aos comunistas no final,
porque os comunistas lhes oferecerão um acordo. E, como todos os
outros idiotas úteis, eles terminarão como forragem aproveitável.
— V. I. LENIN
— XI JINPING
O triunfo da inversão
10/04/2020
— PROGRAMA DO PARTIDO
COMUNISTA DOS ESTADOS UNIDOS
RICHARD NIXON
WINSTON CHURCHILL
Voloshin acrescentou: "A única coisa que pode nos salvar é uma
dissolução completa da KGB..." Obviamente, livrar-se da KGB nunca
fez parte do plano. Na verdade, a KGB tornou-se mais poderosa do
que nunca, sendo crucial para a fachada capitalista da falsa
liberalização da Rússia. Aqui estava um processo de reforma que o
acadêmico polonês Wisla Suraska caracterizou como uma
"sociedade civil apadrinhada pela polícia" trabalhando rumo a uma
"revolução apadrinhada pela polícia". (How the Soviet Union
Disappeared, p. 49.)
Sem submeter o leitor a uma avalanche de livros e análises, eis
aqui apenas uma pitada de escritos inteligentes sobre o processo
que estupidamente proclamamos como "o colapso do comunismo" ou
o "fim da Guerra Fria". Conforme observado por um oficial soviético,
Georgi Arbatov, em dezembro de 1988, o plano de Gorbachev era
"retirar a imagem do seu inimigo". A substância desse inimigo
permaneceria, preparando-se para a guerra enquanto o Ocidente
relaxava sua vigilância.
É vergonhoso que tenhamos sido enganados pelos russos e
seus aliados chineses. Analistas conservadores como Sean Hannity e
Patrick Buchanan, que não se dignariam a ler Hill e Gaddy, se
contorceriam ao ouvir falar da catimba enganosa de Putin. A verdade
não apenas confundiria esses analistas, mas também os afastaria de
sua narrativa favorita — a saber, a de como Ronald Reagan venceu
a Guerra Fria.
Começar com um erro no início de sua análise é construir um
edifício de erro, até que a verdade desapareça de vista. E como
nossos conservadores perdidos voltam? Como eles refazem seus
passos? Quem tem a humildade de voltar pelos últimos trinta anos?
Se você pegar todos os escritos especializados sobre o tema da
China, sobre o tema da Rússia, sobre o tema da guerra nuclear,
você encontrará um país desconhecido. As opiniões dominantes de
hoje, construídas sobre alicerces de incompreensão e erro, estão
recheadas de inverdades. A primeira e maior dessas inverdades? —
O COLAPSO DO COMUNISMO
A AMÉRICA É INVENCÍVEL
Sempre se acredita em um mito lisonjeiro — para a ruína de
quem acredita. A vida é cheia de lições duras, pancadas duras e
cabeças duras. Muita gente nascida após a Segunda Guerra Mundial
age como se os Estados Unidos fossem indestrutíveis. Isso serve
para explicar a sua predisposição para políticas destrutivas,
comportamentos destrutivos e pensamento destrutivo.
Quando a sobrevivência de uma sociedade ou país é tida como
certa, e todo tipo de experimentação social é realizado em
conseqüência dessa opinião, pode ter certeza de que uma enorme
pilha de escombros será o legado.
Veja a geração "baby boomer": ela cresceu em um país que
venceu os nazistas e o Japão imperial. Era tão rico, tão poderoso,
que nada lhe poderia fazer mal. Então fez-se o mal em grande
medida. O tecido da sociedade não foi tratado com gentileza ou
respeito. Tudo foi submetido a críticas implacáveis. Maternidade,
patriotismo, palmada, honestidade, sobriedade, castidade, bom
senso, anticomunismo. Tornou-se moda ridicularizar ou diminuir esses
itens. Quanto mais eram associados ao passado, mais eram
ridicularizados.
Na década de 1980, a "manhã na América" de Ronald Reagan
passou ao primeiro plano, como se a República já não estivesse
cambaleando devido a feridas internas. A verdadeira situação foi
encoberta e a falta de sinceridade ganhou maior liberdade. Esse foi
o contexto no qual abraçamos Gorbachev e transformamos a China
em um colosso. Fizemos isso com um Semblante Feliz do Reagan.
Invencível? Não. Estúpida e auto-enganadora? Sim. Nada aqui é
intrínseco à invencibilidade. Tudo conspira para despir o todo,
preparando o caminho para um niilismo destrutivo. O que temos, na
América, é uma série de doenças — e a COVID-19 é a menor delas.
Fora esses pontos, não há países invencíveis — especialmente
numa época como a nossa. Armas biológicas e nucleares podem
destruir qualquer país a qualquer momento. Especialmente, elas
podem destruir um país que se recuse a lidar de forma realista com
elas; um país que queira viver como se essas armas não exigissem
mais de nós.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período preparatório
01/05/2020
— MARXISM-LENINISM
ON WAR AND ARMY, P. 12
— SÊNECA
O significado de inimizade
25/05/2020
— STANLEY G. PAYNE
THE SPANISH CIVIL WAR
(A Guerra Civil de Espanha, a União Soviética e o Comunismo).
O que desencadeou as revoluções e guerras civis do século
passado? O que desencadeou a primeira e a segunda guerras
mundiais? Uma coisa as desencadeou: A INIMIZADE.
O que é a inimizade?
A inimizade é má vontade, hostilidade, antipatia, animosidade,
rancor — e, acima de tudo, é ódio — não passivo, mas ativo. É um
ódio que alimenta a crueldade da guerra. É o sentido da guerra. É o
motivo da guerra. É a totalidade da guerra.
Recentemente, o autor de best-sellers Graham Hancock
denunciou com veemência a Joe Rogan a estupidez do orçamento do
Pentágono americano. O dinheiro desperdiçado em armamentos,
disse ele, poderia ser usado para acabar com a pobreza ou curar
doenças. Hancock falava como se a inimizade contra a América
fosse uma espécie de ficção conveniente dos "manda-chuvas". Ele
não considerou adequadamente aqueles que efetivamente odeiam a
América, que querem ver a América em chamas.
Pode ser que valha a pena considerar a intuição do Sr. Hancock
sobre uma civilização pré-histórica perdida, mas sua intuição sobre a
nossa civilização atual não tem mérito. Se a América se desarmasse
como ele recomenda, não só uma pobreza terrível infligiria a todo o
planeta, mas o colapso da América na insignificância militar
sinalizaria uma era sombria de domínio global sino-russo — uma era
de escravidão e perseguição; uma era em que os dissidentes seriam
presos, torturados e executados às dezenas de milhões. Basta olhar
para as opressões sangrentas do Estado policial na China, para o
assassinato de jornalistas na Rússia, para saber o destino que
estaria reservado a todos nós.
Ouvir o Sr. Hancock falar contra as armas de defesa do meu
país, como se o meu país fosse o problema, é mais do que um
pouco desconcertante; especialmente porque o Sr. Hancock não tem
nenhuma experiência declarada em assuntos mundiais, nenhum
conhecimento militar ou formação em ciência política. Não posso
deixar de imaginar, também, que ele poderia estar falando alemão,
se não fosse pelo armamento do meu país. No entanto, ele condena
o sistema de defesa do meu país como se fosse o único obstáculo
ao progresso da humanidade.
Hancock, que de forma alguma é um inimigo da América, adotou
os pontos de discussão do inimigo da América. Se todos
acreditassem nesses pontos de discussão, quem se beneficiaria? É,
de fato, um caso de cui bono; pois um absurdo desse tipo tem um
propósito. Aqueles que odeiam a América querem vê-la indefesa.
Eles têm trabalhado incessantemente para esse fim durante
décadas.
Recentemente, um leitor me enviou uma foto de uma multidão de
manifestantes queimando uma bandeira americana em Los Angeles.
Aparentemente, eu deveria expressar choque ou surpresa. Se
alguém está chocado, não sou eu. Los Angeles é, em muitos
aspectos, o território de uma potência estrangeira. Muitos lugares na
América não são mais americanos. Eles se opõem ao país, se
opõem à sua defesa e o querem em chamas.
Quando eu estava na pós-graduação, há mais de trinta anos,
muitos professores e alunos de pós-graduação trabalhavam para
desfazer o país. Eu ouvia ríspidas expressões de ódio e desprezo
pela América. Parecia, de fato, que esse ódio estava gradualmente
se tornando academicamente obrigatório. Foi exatamente naqueles
dias que queimar a bandeira foi judicialmente aprovado como
"liberdade de expressão" pela Suprema Corte. Muitos libertários e
conservadores aprovaram essa decisão. Mas então, dado que ovos
de dragão estavam incubando dentro das universidades, a decisão
da Suprema Corte foi mais como um marco — a meio caminho entre
a censura de Joseph McCarthy e a destruição total pelo fogo.
Falando sério. Este é um país governado por tolos muito
especiais. Ele tem sido governado por esses tolos há algo entre
cinqüenta a sessenta anos ou mais. Quase todos os homens, em
todas as épocas, são tolos. Mas viver sem um pingo de instinto, sem
senso de autopreservação e considerar arrogantemente o próprio
estupor como um estado superior de consciência, é condenável.
Deus não sorri diante disso.
Inimizade é ódio. É o tipo de ódio que queima bandeiras. É o
tipo de ódio que queima delegacias de polícia e subúrbios. É o tipo
de ódio que lança mísseis balísticos com ogivas nucleares. É o tipo
de ódio que organizou a fome de terror na Ucrânia há noventa anos.
É o tipo de ódio que asfixiou milhões de judeus na Segunda Guerra
Mundial — que bombardeou Dresden e colocou nuvens de cogumelo
sobre Hiroshima e Nagasaki.
Você acha que a inimizade é um conto de fadas? Você acha que
é um mito alardeado pelo "complexo militar-industrial"? Pense melhor.
Se não tivéssemos um único rifle para nos defender, os incendiários
de bandeiras em Los Angeles de repente saudariam a nossa
bandeira? Não. Eles prosseguiriam para incendiar todo o país. Por
quê? Porque a bandeira simboliza o país. Eles queimam a bandeira
agora porque não podem queimar o país.
Quando alguém queima a bandeira do seu país, o que você
acha que eles pretendem? Você acha que queimar uma bandeira é
um passatempo divertido? Você acha que queimar uma delegacia de
polícia é um discurso protegido? Você acha que queimar os
subúrbios é uma forma compreensível de protesto?
E agora Mineápolis está em chamas. Que outras cidades vão
queimar? Consideremos, mais uma vez, aquela curiosa expressão
latina — cui bono. Consideremos a conexão entre a queima da
bandeira (pelos comunistas) em Los Angeles e a queima de uma
delegacia de polícia em Mineápolis. Elas estão, na verdade,
intimamente conectadas.
Pode-se perguntar, retoricamente, por que as bandeiras dos
inimigos da América não estão queimando? É simples. São eles que
estão praticando as queimadas — de bandeiras e de delegacias de
polícia. Eles têm incitado o frenesi da multidão. Eles têm usado raça,
classe e sexo para dividir a América em campos hostis e
beligerantes. O jogo deles é "dividir para conquistar". E nós —
otários que somos — cooperamos com este jogo.
Alguém vê o que está acontecendo? Alguém vê quem está por
trás disso? Alguém percebe quem tem a ganhar com isso? — Nem
pretos, nem brancos, nem americanos de qualquer cor.
Ah, sim. Nós somos tolos muito, muito especiais.
Mito e apocalipse
02/06/2020
— LUÍS XVI
PARA SUA GUARDA SUÍÇA
10 DE AGOSTO DE 1792
As tarântulas
09/06/2020
— FRIEDRICH NIETZSCHE
ASSIM FALOU ZARATUSTRA, 29
É o comunismo, estúpido
14/06/2020
— CARL BOGGS
GRAMSCI’S MARXISM, P. 52[37]
O professor Carl Boggs admira Antonio Gramsci. Como
socialista, Boggs entende que a idéia de Gramsci do "processo"
revolucionário comunista depende "do desenvolvimento contínuo e
orgânico das… classes oprimidas..." Esse desenvolvimento é
impulsionado por "novas formas de participação social" que
gradualmente ampliam "o domínio do igualitarismo, [e de] formas
não-burocráticas de autoridade social..."
No momento, o Black Lives Matter funciona como a "nova forma
de participação" para ampliar "o domínio do igualitarismo". Os
Estados Unidos agora estão desestabilizados. O jogo comunista de
dividir para conquistar atingiu o seu estágio maduro. Há uma quebra
contínua de autoridade, uma atitude de pouca seriedade em relação
à lei e à ordem, e um lapso de patriotismo.
A morte de George Floyd foi usada como um catalisador. Foi o
tipo de "evento" para o qual a supracitada formação revolucionária
(Black Lives Matter) foi criada. Agora, o Black Lives Matter tornou-se
um poder por si só.
É apenas a ignorância da maioria, e a "névoa da guerra", que
deixa o observador casual duvidoso quanto à autoria da presente
insurreição. Para aqueles que não estudaram as táticas comunistas,
outros choques os aguardam. O sistema político existente não
conseguiu apoiar a fina linha azul,[38] e essa linha está se
desintegrando. Os comunistas estão vencendo.
Para piorar a situação, os generais das forças armadas dos
EUA sinalizaram a sua neutralidade. O general Mark Milley,
presidente do Estado-Maior Conjunto, referiu-se aos tumultos e ao
vandalismo como "política doméstica". Deturpando o juramento do
oficial como um compromisso com valores igualitários, Milley ignorou
o seu dever de defender a Constituição contra "todos os inimigos,
estrangeiros e domésticos". Enquanto os inimigos da nação
defenderem o igualitarismo da boca para fora, o general Milley não
os classificará como inimigos. Portanto, um sinal verde foi dado. Os
revolucionários estão livres para cometer inúmeros ultrajes.
Considere os 1.500 edifícios danificados ou destruídos na área
das Cidades Gêmeas de Minnesota. Os generais da América dizem
que este é um assunto policial — embora a polícia em Mineápolis
possa em breve ser desmantelada em favor de gangues
revolucionárias armadas (quer dizer, policiamento comunitário).
Quando o senador Tom Cotton escreveu seu artigo de opinião
no New York Times em 3 de junho, ele escreveu: "A nação deve
restaurar a ordem. Os militares estão prontos." Mas nossos líderes
militares não estavam prontos. E os editores do New York Times,
criticados por publicar o texto de Cotton, imploraram perdão por
tolerarem o "tom severo" do senador. Os editores opuseram-se à
afirmação de Cotton de que "quadros de radicais de esquerda"
estavam por trás das agitações, da violência, da pilhagem e do
incêndio de edifícios. Na verdade, disseram os editores do Times
"essas alegações não foram comprovadas e têm sido amplamente
questionadas".
De acordo com os editores do jornal, "O artigo de opinião [do
Senator Cotton] deveria ter sido submetido a outras revisões
substanciais... ou rejeitado." É um trabalho difícil, realmente, ser
editor do New York Times. Tal editor é capaz de comprovar que o
sol é quente, que a água é molhada — mas é incapaz de comprovar
a presença de incendiários e vândalos esquerdistas por trás da
retórica política e dos slogans da esquerda. Foi por preguiça ou
incompetência que os repórteres do Times ainda não tinham
participado de telefonemas em grupo de ativistas de esquerda a
respeito de alicates corta vergalhão, latas de gasolina e fósforos?
(Conheço um jornalista conservador que escutava essas ligações). E
qual é a teoria desses gênios jornalísticos? — Que multidões de
saqueadores, numa cidade após a outra, foram convocados durante
a noite pela apatia política?
A negação do New York Times do envolvimento comunista nas
ações revolucionárias de hoje é ainda mais uma dimensão da
revolução. Aqui, o "jornal oficial" da América está ensinando o país a
ser cético em relação ao capitalismo — não ao comunismo. Não
podemos culpar a esquerda. Toda a culpa é dirigida ao racismo
branco sistêmico; ou seja, o suposto racismo do sistema capitalista.
Não podemos dizer que uma revolução comunista começou. Não
podemos dizer que grupos marxistas estão engajados numa tomada
de poder; que estão usando questões raciais como camuflagem,
"ampliando o domínio do igualitarismo"; que saquear lojas, espancar
cidadãos brancos e oficiais de polícia tem tudo a ver com a
supremacia comunista (e nada a ver com boas relações raciais).
Para aqueles que estudaram o comunismo, que participaram de
reuniões comunistas, a situação é perfeitamente óbvia. No entanto, a
grande mídia finge que não há comunistas. Finge que a esquerda
não tem culpa. Nossos generais fecham os olhos para os
desordeiros. O presidente é contestado ou ridicularizado por
governadores e prefeitos. Os comunistas são imunes a um contra-
ataque porque se apoderaram da vantagem igualitária da política
americana. Eles têm seguido o método de Gramsci.
A derrubada de nossa cultura pelo comunismo foi acelerada
pelas feministas, pelos abortistas, pela normalização de
"estrangeiros ilegais", pelo casamento gay, pela compaixão pelos
transgêneros. E agora ela avança como inimiga da polícia e
defensora dos afro-americanos. Cada uma dessas "causas", uma
após a outra, tem sido usada para assaltar o flanco aberto da
civilização. É exatamente como disse Boggs: a revolução é
impulsionada por "novas formas de participação social" que
gradualmente ampliam "o domínio do igualitarismo, [e de] formas
não-burocráticas de autoridade social..."
"A primeira prioridade de Gramsci", escreveu Boggs, "era a
transformação multidimensional da sociedade civil, que ele
considerava a chave definitiva para a 'guerra de movimento', uma vez
que... deve haver hegemonia política mesmo antes da obtenção do
poder." E aqui vemos como a hegemonia política anterior à tomada
do poder funciona na prática.
Ontem entrevistei Jimmy, do Brooklyn, famoso ouvinte de
programas de rádio, que é um especialista em comunismo.
Explicando o significado do livro de Boggs sobre Gramsci, Jimmy
disse: "Basicamente, os comunistas precisam colocar um grande
número de pessoas do seu lado antes de poderem tomar o poder."
Segundo Jimmy, um pequeno grupo marxista, sem o apoio
numérico, teria de reeducar e também exterminar milhões de
pessoas depois de assumir o poder. Portanto, é melhor transformar
antecipadamente quase todos em marxistas involuntários. Se as
pessoas de todas as posições sociais tiverem aceitado as idéias
esquerdistas, se não mais entenderem ou preservarem as idéias de
seus antepassados, a Revolução avançará sem grande resistência.
Os comunistas tomaram uma decisão estratégica, há muito
tempo, de defender as "causas" das mulheres, dos negros e de
outras minorias. A idéia toda é conseguir uma maioria em oposição
ao "patriarcado branco". De acordo com Jimmy, "é semelhante a
como um cafetão recruta uma jovem moça. Ele simpatiza com ela.
Ele oferece-lhe ajuda. Ele ouve-lhe as queixas sobre o pai. Assim
que ela vê que a sua orientação é necessária, ela começa a
obedecê-lo. Em breve, ela se torna uma prostituta."
"Esta é a verdadeira natureza da organização comunitária",
disse Jimmy. "Eles oferecem ajuda genuína às pessoas em nível
local. Mas essa ajuda tem um preço". Agora estão oferecendo uma
ordem alternativa, sem polícia. "Nesse processo, os comunistas
estão vencendo", disse Jimmy, "e os conservadores são estúpidos
demais para perceber."
Para salvar o país, devemos começar a chamar as coisas pelos
próprios nomes. Não podemos ter medo da retórica igualitária do
inimigo. Não devemos permitir que eles nos intimidem. Devemos
tomar conta de nossa própria linguagem. Devemos chamar nosso
inimigo pelo nome. Devemos identificar os comunistas e expor a sua
atividade. Se não conseguirmos fazer isso, estaremos perdidos.[39]
— KHABIBULLO ABDUSSAMATOV
ASTRÔNOMO, OBSERVATÓRIO PULKOVO
ACADEMIA RUSSA DE CIÊNCIAS
O que não lhe contaram, o que não lhe dirão, o que suas
medidas ativas foram projetadas para ocultar de você, é o
significado do mínimo solar que se aproxima.[40] Se quisermos
entender o timing estratégico da China, em termos de ações
desestabilizadoras e preparações militares, o próximo mínimo solar
precisa ser levado em consideração.
O que é o mínimo solar?
Ele envolve um enfraquecimento cíclico do campo
eletromagnético do Sol, resultando em um bombardeio mais intenso
dos oceanos por raios cósmicos, aumentando a formação de nuvens
de baixo nível que podem refletir até 60 por cento do calor do Sol.
Os efeitos sobre o clima incluiriam inundações de primavera mais
freqüentes e uma estação de cultivo mais curta nas latitudes do
norte. Resultaria, desses e de outros efeitos, uma redução
significativa na produção mundial de alimentos.
O governo russo sabe tudo sobre isso. O governo chinês também
sabe. E ambos os governos têm se preparado, em segredo. O clima
já causou perdas de safra na China (mascaradas pelo discurso de
perdas relacionadas à COVID-19). Enquanto isso, o Ocidente tem
sido ludibriado com uma medida ativa chamada "ciência do
aquecimento global antropogênico". Na verdade, a "teoria do
aquecimento global antropogênico" é uma pseudociência. Alguns dos
que promoveram essa pseudociência eram agentes de Moscou.
Outros eram "idiotas úteis".
Ao contrário da narrativa predominante, o aquecimento global é
um fenômeno cíclico — como o Dr. Abdussamatov explicou em seu
artigo de 2009. Os dogmáticos do aquecimento global antropogênico
caluniaram o Dr. Abdussamatov, chamando-o de "picareta". Mesmo
assim, o seu crédito é alto nos círculos do Kremlin. Há alguns anos,
quando questionado sobre o aquecimento global, o presidente russo
Putin disse: "Eu acredito no resfriamento global". Putin apóia as
afirmações do astrônomo uzbeque, nas quais os seguintes fatos são
enfatizados:
…os ciclos de onze anos e dois séculos de variações
idênticas e sincronizadas de luminosidade, atividade das
manchas solares e diâmetro do Sol, é um dos fatos mais
confiáveis averiguados na física solar.
O clima da Terra sempre esteve mudando periodicamente e
nosso planeta já experimentou vários aquecimentos globais,
semelhantes a este que [agora] observamos. O
aquecimento global sempre foi seguido por um resfriamento
intenso...
— JEAN BODIN
SOBRE A SOBERANIA[45]
— ANATOLIY GOLITSYN
MEIAS VERDADES, VELHAS MENTIRAS, 1984[48]
— SPACEWEATHER.COM
"SUNSPOTS SET A SPACE AGE RECORD"
17 DE DEZEMBRO DE 2019
O físico solar da Nova Zelândia Dr. John Maunder, em um
ensaio de 2012 intitulado "Reflections on a changing climate"
("Reflexões sobre uma mudança climática"), informou sobre uma
conferência climática patrocinada pela ONU, realizada em Villach,
Áustria, em outubro de 1985. De acordo com Maunder, uma das
principais descobertas da conferência foi que "os gases do efeito
estufa provavelmente serão a causa mais importante das mudanças
climáticas no próximo século."
Maunder agora está desconcertado com essa afirmação porque
ele é um dos muitos cientistas que vieram a se opor fortemente à
chamada teoria do aquecimento global antropogênico. Para o
cientista verdadeiramente inteligente e não-ideológico, essa teoria
tem envenenado o discurso científico, substituindo o espírito de
investigação livre por intimidação profissional e descarado assédio
moral. Se queremos ser científicos, se queremos ser honestos, o
mundo não está ficando mais quente. Está ficando mais frio. Assista
ao vídeo a seguir sobre uma tempestade de neve que atingiu o oeste
da China em 29 de junho.
— NAPOLEÃO BONAPARTE
A dialética de Putin
09/10/2020
— HENRY ADAMS
Cegueira voluntária
20/11/2020
De acordo com Adams, "o DOJ agora conta com muito mais
extremistas do que nunca. A perspectiva de que esses sejam os
exatos indivíduos que farão cumprir as leis eleitorais... deveria
manter todo americano que respeita a lei acordado à noite."
E agora chegamos. A esquerda está tentando roubar uma
eleição. Se tiverem sucesso, começarão a exercer um novo tipo de
poder. Eis o contexto para compreender a declaração de Powell a
Lou Dobbs. Ela sabe que a esquerda está ideologicamente
comprometida em substituir nosso sistema constitucional por um
sistema socialista. Eles pretendem usar a pandemia em curso como
uma alavanca. A menos que sejam impedidos, os Estados Unidos
poderão estar politicamente e militarmente enfraquecidos além do
ponto de recuperação.
Nada sobre a nossa eleição roubada deve nos surpreender.
Fomos alertados acerca da fraude eleitoral por muitos anos.
Jornalistas da América do Sul, como Allan dos Santos,[69] tentaram
nos alertar. Membros do Congresso tentaram nos alertar. Powell
citou uma carta de 2006 escrita a Hank Paulson pela congressista
Carolyn B. Maloney, alertando que agentes estrangeiros, escondidos
atrás de vários nomes de empresas, estavam passando a fazer
parte dos sistemas de votação computadorizados americanos.
Referindo-se ao software de votação da Smartmatic, a carta
afirmava que um empresário venezuelano possuía um "controle
acionário" da Smartmatic. Os outros proprietários estão "escondidos
por uma rede de entidades privadas offshore."
Dois senadores norte-americanos expressaram preocupações
quanto à integridade de nossas urnas eletrônicas no ano passado,
observou Powell. "O porquê de nosso governo não os ter levado a
sério está além da minha compreensão", acrescentou Powell.
E quanto aos perpetradores da fraude eleitoral com ligações
estrangeiras? Powell fez a seguinte observação, que vale a pena
citar: "os executivos da Dominion não se encontram em lugar nenhum
agora. Eles estão mudando seus escritórios para lugares diferentes
de um dia para o outro. Seu escritório em Toronto [Canadá] era
compartilhado com uma das entidades de Soros." (É claro).
Abrindo um parêntese, pessoas associadas ao desenvolvimento
do software Smartmatic fizeram algumas declarações curiosas. De
acordo com Powell,
Um livrinho perturbador
24/11/2020
— RICHARD M. WEAVER
Richard M. Weaver nasceu em 3 de março de 1910 e morreu
em 1 de abril de 1963. Ele foi um estudioso e autor cujo trabalho
continua relevante até hoje. Se tivesse vivido até o fim da Guerra
Fria, ele não teria parabenizado a América por sua suposta vitória.
Ele sabia que o comunismo era parte de um problema mais
profundo; isto é, um problema filosófico e moral. O Ocidente estava
aos poucos entrando em decadência. Estava se desintegrando
espiritualmente. "Todo homem que participa de uma cultura tem três
níveis de reflexão consciente", observou Weaver: "suas idéias
específicas sobre as coisas, suas crenças ou convicções gerais, e o
seu sonho metafísico do mundo".
O homem ocidental perdeu o seu sonho metafísico do mundo.
De acordo com Weaver, nosso sentimento intuitivo sobre a natureza
da realidade é a chave. Como ele explicou, "esta é a confirmação à
qual tanto as idéias quanto as crenças são, em última análise,
encaminhadas para verificação". E, como estamos prestes a
descobrir no meio de uma eleição disputada, "Sem [este] sonho
metafísico, é impossível pensar em homens vivendo juntos
harmoniosamente ao longo do tempo." O sonho nos liga a uma
comunidade espiritual. Ele nos orienta em relação ao mundo e uns
aos outros. Mas agora, como os eventos recentes indicam, não há
nenhum "sonho metafísico do mundo". Aparecem em seu lugar as
imbecilidades em série da ideologia.
Estou, obviamente, tirando citações de um livrinho perturbador,
escrito por Weaver em 1948, intitulado As Idéias têm
Conseqüências. O livro oferece profecias sombrias apoiadas por
argumentos metafísicos (como o argumento acima). O Ocidente,
previu Weaver, tentaria vencer a Guerra Fria vivendo com mais
conforto do que o Oriente. Os comunistas, observou ele, acreditam
no esforço. Portanto, sugeriu Weaver, o comunismo provavelmente
prevaleceria. Todas as nossas vantagens econômicas e tecnológicas
seriam irrelevantes para deter o comunismo. Na verdade, essas
vantagens nos prenderiam em um casulo de ilusão.
Mesmo aqueles conservadores que elogiam Weaver hoje, que
ecoam muitos de seus insights, estão presos a este casulo de
ilusão. Por exemplo, o prefácio de Roger Kimball à nova edição
expandida do livro de Weaver é um bom exemplo. Enquanto elogia
Weaver como um de nossos "sábios conservadores meio
esquecidos", Kimball permanece evasivamente dúbio quanto ao
antimodernismo de Weaver. Weaver, afinal de contas, defendia que a
igualdade entre os sexos era "decadente". Ele achava que a
tecnologia moderna era estonteante e degradante. Kimball não ousa
afirmar esses pontos. Ele não pensa, como Weaver, que a
modernidade está condenada. A ciência, diz Kimball, moldou o nosso
mundo. Kimball então pergunta: não é arrogância, da parte de
Weaver, "pensar que poderíamos dispensar este mundo num esforço
para viver 'ativamente ou romanticamente'?"
Mas Weaver não está argumentando que devemos "dispensar
esse mundo". Ele está dizendo que o mundo dispensará a si mesmo.
As idéias, afinal de contas, têm conseqüências. Portanto, Kimball
não pega o sentido do livrinho perturbador de Weaver. A
"desintegração espiritual" da modernidade não está ocorrendo em
algum hospício remoto. Ela está ao nosso redor, na política e no
mercado. Ela permeia tudo e seus efeitos destrutivos são
inescapáveis. Weaver diz que uma civilização decadente pode
parecer prosperar, mas que não devemos ser enganados pelas
aparências. A civilização está indo embora.
Weaver sabe que a modernidade vai implodir. Seremos forçados
a viver ativamente, queiramos ou não. Não é uma questão de nos
voluntariarmos para desistir de nossas tecnologias distrativas, de
nossa decadência e das mentiras confortáveis que nos dominam. No
longo prazo, não teremos escolha. Teremos de desistir.
Ao mesmo tempo, nenhum programa político poderia conter o
declínio moral e cultural das últimas sete décadas. A nossa é uma
cultura que nega a sua decadência. Observe a velhacaria por todos
os lados. Para cada problema, temos uma solução falsa. Estufados
de mentiras como estamos, o primado da lei está desabando.
Estamos agora passando de uma era de prosperidade baseada em
dinheiro emprestado para uma era de espoliação total.
O livrinho de Weaver é perturbador porque ele sabia que tudo
isso estava por vir. Ele previu que todos os nossos especialistas,
nossos políticos faz-tudo, seriam fim-de-carreira. Não temos
coragem para enfrentar nossos problemas. Inevitavelmente, porém,
nossos problemas nos trarão à força de volta à verdade. Weaver
sabia que uma cultura construída sobre noções falsas deve entrar
em colapso. Afinal, temos estado organizando o nosso próprio
colapso por muitos anos. Mesmo assim, haverá sobreviventes.
Haverá um futuro. E, nesse futuro, os homens viverão mais
ativamente.
É estranho, não é, que aqueles que negam as coisas
permanentes — que negam a primazia do espírito — imaginem que o
mundo da ciência e da tecnologia seja permanente. Mas nada aqui,
no mundo material, é permanente. E como a modernidade é baseada
na mais material de todas as concepções materiais da existência, ela
é a coisa menos permanente de todas. Dizer, como Kimball diz, que
o mundo imaginado por Weaver é "um domicílio inabitável" é,
portanto, uma inversão estranha; pois o "mundo moldado pela
ciência" de Kimball é um trem em fuga, indo cada vez mais rápido —
seja pulando os trilhos ou quebrando no final da linha.
Weaver introduz As Idéias têm Conseqüências com a seguinte
frase: "Este é outro livro sobre a dissolução do Ocidente." Nos
inclinamos a ignorar a palavra "dissolução" porque não queremos ir
para lá. Não podemos imaginar que este nosso mundo, "feito pela
ciência", como diz Kimball, esteja fadado ao fracasso. Acreditamos
com muito carinho nos "sucessos" do homem moderno. No entanto,
um colapso espiritual já ocorreu. Já estamos retrocedendo, asneira
por asneira — e é provável que voltemos à Idade Média, se não à
Idade das Trevas.
Por que estamos voltando? Porque a civilização é uma
proposição ética e o niilismo moral se apoderou de nós. Nosso
problema, diz Weaver, "é fazer os homens distinguirem entre o
melhor e o pior". Este não é um problema que possamos resolver
com smartphones. Não podemos consertá-lo por meio de redes
sociais. Essas tecnologias dificilmente impressionariam Weaver, que
escreveu: "Há fundamento para declarar que o homem moderno se
tornou um idiota moral."
Como isso aconteceu? Weaver tem uma resposta singularmente
concisa. Por volta do final do século XIV, o Homem Ocidental
abandonou a crença na existência dos transcendentais; isto é,
abandonamos nossa crença na verdade, na beleza e na bondade.
Isso aconteceu por meio de uma "forma aparentemente inocente de
ataque aos universais". O resultado foi um subjetivismo rasteiro que
nos levaria à anarquia moral. Ao mesmo tempo, iniciou-se um
processo de desespiritualização. Finalmente, durante o século
passado, o homem voltou-se para a política em busca de salvação
por meio do liberalismo, do comunismo e do nacional-socialismo.
Mas não há salvação nenhuma em ideologias políticas.
De acordo com Weaver, a negação dos universais leva ao culto
do empirismo. Ela leva à negação da verdade e a um colapso
intelectual geral. Nossos intelectuais, de fato, são incrivelmente
corruptos. Até a ciência foi corrompida por eles; pois a ciência agora
é território de políticos picaretas que não sabem o que a palavra
"ciência" significa. Pior ainda, a própria linguagem começou a se
decompor.
"O resultado prático", argumentou Weaver, "é banir a realidade
que é percebida pelo intelecto e postular como realidade aquilo que é
percebido pelos sentidos. Com esta mudança na afirmação do que é
real, toda a orientação da cultura dá uma guinada..." Adeus verdade,
beleza e bondade. Tudo o que é "superior", tudo o que é nobre, é
ridicularizado.
Seguindo esta moda, o homem moderno foi reduzido a um
estado abismal. E é aí onde estamos hoje. O homem anseia pela
verdade, notou Weaver, mas lhe dizem para viver
"experimentalmente" (sem uma bússola moral). Isso nos levou a
"uma longa série de abdicações". Eis o ápice da nossa decadência,
acompanhada de negações e autocongratulações — com mentiras
em cima de mentiras. "Estabelecer o fato da decadência", escreveu
Weaver, "é o dever mais urgente de nosso tempo porque, até que
tenhamos demonstrado que o declínio cultural é um fato histórico...
não poderemos combater aqueles que caíram vítimas do otimismo
histérico."
Otimismo histérico? Você quer me convencer de que as coisas
estão melhorando, não piorando? Considere como estamos prontos
para apagar a verdade: (1) denunciando a verdade como
"pessimismo"; ou (2) denunciando a verdade como "impraticável"; ou
(3) rejeitando a verdade porque ela não faz aquela coisinha melosa
que massageia o seu ego.
O que Weaver está dizendo, no final, é que a verdade é nossa
única fonte de salvação, embora estejamos prontos para nos revoltar
contra ela. As verdades mais importantes vêm como avisos. "É
quando os primeiros avisos vagos vêm que a pessoa tem a melhor
chance de se salvar", observou Weaver. Se perdermos a chance que
se apresenta, nossa cegueira autoimposta nos paralisará. "Assim,
em face da enorme brutalidade de nossa época, [pareceremos]
incapazes de dar uma resposta apropriada às perversões da
verdade e atos de bestialidade."
Veja o que está acontecendo em nosso país. Temos visto
ilegalidades ignoradas, mentiras consideradas verdadeiras,
criminosos recompensados e justos denunciados. Uma eleição foi
roubada. A Constituição não é mais a Lei Suprema do País. A
civilização, observou Weaver, "tem sido um fenômeno intermitente;
para esta verdade, permitimo-nos ser cegados pela insolência do
sucesso material."
O livrinho perturbador de Weaver pode ser lido em poucas
horas. Ele nos oferece um vislumbre mais realista da nossa situação.
Ele desafia o nosso falso otimismo. Ele aponta para os nossos erros
filosóficos. Eis um corretivo intelectual. Eis um remédio para a alma.
Eis uma claridade.
RICHARD M. WEAVER
“THE MIDDLE OF THE ROAD: WHERE IT LEADS”, 1956
— VLADIMIR LENIN
— FRIEDRICH ENGELS
APÊNDICE
‘Camaradas,
Estou muito animado hoje, porque a vasta pesquisa online
sina.com, que foi feita para nós, mostrou que a nossa próxima
geração é bastante promissora e que a causa do nosso partido vai
continuar. Ao responder à pergunta: "Você vai atirar em mulheres,
crianças e prisioneiros de guerra?", mais de 80 por cento dos
entrevistados responderam afirmativamente, superando em muito
nossas expectativas.
Hoje, eu gostaria de me concentrar em por que pedimos à
sina.com para realizar esta pesquisa online entre o nosso povo. O
meu discurso de hoje é uma continuação do meu discurso da última
vez, durante o qual comecei com uma discussão quanto ao problema
das três ilhas, [em que] mencionei que 20 anos do idílico tema de
"paz e desenvolvimento" tinham chegado ao fim, e concluí que a
modernização pelo sabre é a única opção para a próxima fase da
China. Também menciono que temos um interesse vital no exterior.
Hoje, falarei mais especificamente sobre essas duas questões.
A questão central desta pesquisa parece ser se devemos atirar
em mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, mas o seu sentido
real vai muito além disso. Ostensivamente, nossa intenção é
principalmente descobrir qual é a atitude do povo chinês em relação
à guerra: se estes futuros soldados não hesitarem em matar até
mesmo os não-combatentes, eles naturalmente serão duas vezes
mais propensos e implacáveis para matar combatentes. Portanto, as
respostas às perguntas da pesquisa podem refletir a atitude geral do
povo em relação à guerra.
Na verdade, porém, essa não é a nossa intenção genuína. O
objetivo do Comitê Central do PCC ao conduzir esta pesquisa é
sondar a mente do povo. Queríamos saber: se o desenvolvimento
global da China exigir mortes em massa em países inimigos, o nosso
povo endossará esse cenário? Ele será a favor ou contra?
Como todos sabem, a essência do pensamento do Camarada
Xiaoping é "o desenvolvimento é a dura verdade". E o Camarada
Jintao também assinalou repetida e enfaticamente que "o
desenvolvimento é a nossa maior prioridade", o que não deve ser
negligenciado nem por um momento. Mas muitos camaradas tendem
a entender "desenvolvimento" em seu sentido estrito, presumindo que
se limite ao desenvolvimento doméstico. O fato é que nosso
"desenvolvimento" refere-se à grande revitalização da nação chinesa,
a qual, obviamente, não se limita às terras que temos agora, mas
também inclui o mundo inteiro.
Por que o coloco dessa forma?
Tanto o camarada Liu Huaquing, um dos líderes da velha
geração em nosso Partido, quanto o camarada He Xin, um jovem
estrategista de nosso Partido, enfatizaram várias vezes a teoria
concernente à mudança do centro da Civilização Mundial. Nosso
slogan de "revitalizar a China" tem como base essa forma de pensar.
Vocês podem consultar os jornais e revistas publicados nos últimos
anos ou acessar a internet para fazer pesquisas a fim de descobrir
quem levantou o slogan da revitalização nacional primeiro. Foi o
Camarada He Xin. Vocês sabem quem é He Xin? Ele pode parecer
agressivo e desprezível quando fala em público, com suas mangas e
calças todas arregaçadas, mas a sua visão histórica é um tesouro
que o nosso Partido deveria apreciar.
Ao discutir este assunto, começemos do início.
Como todos sabem, de acordo com as visões propagadas por
estudiosos ocidentais, a humanidade como um todo se originou de
uma mãe solteira na África. Portanto, nenhuma raça pode reivindicar
superioridade racial. No entanto, de acordo com a pesquisa realizada
pela maioria dos estudiosos chineses, os chineses são diferentes
das outras raças do planeta. Não somos originários da África. Em
vez disso, nós nos originamos de forma independente na região da
China. O Homem de Pequim em Zhoukoudian, com o qual todos
estamos familiarizados, representa uma fase da evolução de nossos
ancestrais. "O Projeto de Busca das Origens da Civilização Chinesa",
realizado atualmente em nosso país, visa a uma pesquisa mais
abrangente e sistemática sobre a origem, o processo e o
desenvolvimento da antiga civilização chinesa. Costumamos dizer: "A
civilização chinesa tem uma história de cinco mil anos". Mas, agora,
muitos especialistas envolvidos em pesquisas de diversos campos,
incluindo arqueologia, culturas étnicas e culturas regionais, chegaram
ao consenso de que as novas descobertas, como a da cultura
Hongshan no nordeste, a cultura Liangahn na província de Zhejiang,
as ruínas de Jinsha na província de Sichuan, e o Sítio Cultural do
Imperador Yongzhou Shun na província de Hunan, são todos
evidências convincentes da existência das primeiras civilizações da
China e provam que só a história da agricultura de cultivo do arroz na
China pode ser rastreada até 8.000 a 10.000 anos atrás. Isso refuta
o conceito de "cinco mil anos de civilização chinesa."
Portanto, podemos afirmar que somos o produto de raízes
culturais de mais de um milhão de anos, e uma entidade chinesa
única de dois mil anos. Esta é a entidade chinesa de dois mil anos.
Esta é a nação chinesa que se autodenomina "descendentes de Yan
e Huang", a nação chinesa da qual temos tanto orgulho. A Alemanha
de Hitler certa vez se gabou de que a raça alemã era a raça mais
superior da terra, mas o fato é que nossa nação é muito superior aos
alemães.
Durante nossa longa história, nosso povo se espalhou pelas
Américas e pelas regiões ao longo do Círculo do Pacífico, e veio a
ser os índios nas Américas e os grupos étnicos do Leste Asiático no
Pacífico sul.
Todos sabemos que, devido à nossa superioridade nacional,
durante a vibrante e próspera Dinastia Tang, nossa civilização estava
no auge do mundo. Éramos o centro da civilização mundial e
nenhuma outra civilização do mundo era comparável à nossa. Mais
tarde, por causa de nossa complacência, estreiteza de visão e
fechamento de nosso próprio país, fomos superados pela civilização
ocidental e o centro do mundo mudou para o Ocidente.
Ao revisar a história, pode-se perguntar: o centro da civilização
mundial voltará para a China?
O camarada He Xin colocou isso em seu relatório ao Comitê
Central em 1988: se o fato é que o centro da liderança do mundo
esteve localizado na Europa a partir do século XVIII, e depois mudou
para os Estados Unidos em meados do século XX, o centro de
liderança do mundo mudará para o Oriente do nosso planeta. E "o
Oriente", é claro, refere-se principalmente à China.
Na verdade, o camarada Lui Huaquing fez observações
semelhantes na década de 1980. Com base em uma análise
histórica, ele apontou que o centro da civilização mundial está
mudando. Ele mudou do Oriente para a Europa Ocidental e mais
tarde para os Estados Unidos; agora está voltando para o Oriente.
Portanto, se nos referirmos ao século XIX como o século britânico e
ao século XX como o século americano, então o século XXI será o
século chinês.
Compreender com consciência esta lei histórica e saudar o
advento do século chinês é a missão histórica do nosso Partido.
Como todos sabemos, no final do século passado, construímos o
Altar para o século chinês em Pequim.
No exato momento da chegada do novo milênio, a direção
coletiva do Comitê Central do Partido se reuniu ali para um comício,
empunhando as tochas de Zhoukoudian, a fim de prometerem se
preparar para saudar a chegada do século chinês. Estávamos
fazendo isso para seguir a lei histórica e definindo a realização do
século chinês como a meta dos esforços do nosso Partido.
Posteriormente, no relatório político do XVI Congresso Nacional
do nosso Partido, estabelecemos que a revitalização nacional deveria
ser nosso grande objetivo e especificamos explicitamente em nossa
nova Constituição do Partido que o nosso Partido é o pioneiro do
povo chinês. Todas essas etapas marcaram um grande
desenvolvimento no marxismo, refletindo a coragem e a sabedoria do
nosso Partido. Como todos sabemos, Marx e seus seguidores nunca
se referiram a nenhum partido comunista como um pioneiro de um
certo povo; tampouco disseram que a revitalização nacional poderia
ser usada como slogan de um partido comunista. Mesmo o
Camarada Mao Zedong, um corajoso herói nacional, só levantou a
bandeira da "revolução proletária global", mas mesmo ele não teve a
coragem de dar a publicidade mais forte ao slogan da revitalização
nacional.
Devemos saudar a chegada do século chinês levantando a
bandeira da revitalização nacional. Como devemos lutar pela
realização do século chinês? Devemos tomar emprestadas as
experiências preciosas da história humana, aproveitando a notável
fruição da civilização humana e tirando lições do que aconteceu a
outros grupos étnicos.
As lições incluem o colapso do comunismo na antiga União
Soviética e no Leste Europeu, bem como as derrotas da Alemanha e
do Japão no passado. Recentemente, tem havido muita discussão
sobre as lições do colapso do comunismo na antiga União Soviética e
nos países do Leste Europeu, então não vou me alongar sobre elas
aqui. Hoje eu gostaria de falar sobre as lições da Alemanha e do
Japão.
Como todos sabemos, a Alemanha nazista também dava muita
ênfase à educação do povo, especialmente da geração mais jovem.
O Partido Nazista e o governo organizaram e estabeleceram várias
instituições educacionais e de propaganda, como a "Agência de
Orientação da Propaganda Nacional", o "Departamento de Educação
e Propaganda Nacional", a "Agência de Supervisão de Estudo e
Educação da Cosmovisão" e o "Gabinete de Informação", todos
visando a incutir na mente do povo, desde as escolas primárias até
as faculdades, a idéia de que o povo alemão é superior, e convencer
o povo de que a missão histórica do povo ariano é tornar-se os
"senhores da terra", cujo direito é "governar o mundo todo". Naquela
época, o povo alemão era muito mais unido do que nós somos hoje.
Não obstante, a Alemanha foi derrotada de maneira totalmente
vergonhosa, junto com seu aliado, o Japão. Por quê? Chegamos a
algumas conclusões nas reuniões de estudo do Politburo, nas quais
buscávamos as leis que regiam as vicissitudes das grandes
potências e tentávamos analisar o rápido crescimento da Alemanha e
do Japão. Se decidimos revitalizar com base no modelo alemão, não
devemos repetir os erros que eles cometeram.
Especificamente, as seguintes são as causas fundamentais de
sua derrota: primeiro, eles tinham muitos inimigos ao mesmo tempo,
visto que não aderiram ao princípio de eliminar os inimigos um de
cada vez; segundo, eles eram muito impetuosos, carecendo da
paciência e perseverança necessárias para grandes realizações;
terceiro, quando chegou a hora de serem implacáveis, eles se
mostraram muito moles, deixando assim problemas que ressurgiram
mais tarde.
Vamos supor que, naquela época, a Alemanha e o Japão
tivessem conseguido manter os Estados Unidos neutros e travado
uma guerra prolongada, passo a passo, na fronte soviética. Se eles
tivessem adotado essa abordagem, ganhado algum tempo para
avançar em suas pesquisas, conseguido no devido tempo obter a
tecnologia de armas nucleares e mísseis, e lançado com elas
ataques surpresa contra os Estados Unidos e a União Soviética,
então os Estados Unidos e a União Soviética não teriam sido
capazes de se defender e teriam de se render. O pequeno Japão,
em particular, cometeu um erro flagrante ao lançar o ataque furtivo a
Pearl Harbor. Esse ataque não atingiu partes vitais dos Estados
Unidos. Em vez disso, ele arrastou os Estados Unidos para a guerra,
para as fileiras dos coveiros que por fim enterraram os fascistas
alemães e japoneses.
Claro, se eles não tivessem cometido esses três erros e
ganhado a guerra, a história teria sido escrita de uma maneira
diferente. Se esse tivesse sido o caso, a China não estaria em
nossas mãos. O Japão poderia ter transferido a sua capital para a
China e governado a China. Posteriormente, a China e toda a Ásia,
sob o comando do Japão, teriam trazido à tona a sabedoria oriental,
conquistado o Ocidente governado pela Alemanha e unificado o
mundo inteiro. Isso é irrelevante, é claro. Sem mais digressões.
Então, a razão fundamental para as derrotas da Alemanha e do
Japão é que a história não os preparou para serem os "senhores da
terra", pois eles não são, afinal, a raça mais superior.
Ao que parece, em comparação, a China de hoje é
alarmantemente semelhante à Alemanha daquela época. Ambas se
consideram as raças mais superiores; ambas têm um histórico de
serem exploradas por potências estrangeiras e, portanto, são
vingativas; ambas têm a tradição de adorar suas próprias
autoridades; ambas sentem que têm espaço vital consideravelmente
insuficiente; ambas erguem as duas bandeiras do nacionalismo e do
socialismo e se rotulam como "nacional-socialismo"; ambas adoram
"um só estado, um só partido, um só líder e uma só doutrina".
E, no entanto, se realmente quisermos fazer uma comparação
entre a Alemanha e a China, então, como disse o Camarada Jiang
Zemin, a Alemanha pertence à "pediatria" — trivial demais para ser
comparada. Qual é o tamanho da população da Alemanha? Qual o
tamanho de seu território? E qual a duração de sua história? Nós
eliminamos oito milhões de soldados nacionalistas em apenas três
anos. Quantos inimigos a Alemanha matou? Eles estiveram no poder
por um período passageiro de pouco mais de uma dúzia de anos
antes de perecerem, enquanto nós ainda estamos ativos depois de
ficarmos por aí por mais de oitenta anos. Nossa teoria da mudança
de centro da civilização é, obviamente, mais profunda do que a teoria
de Hitler dos "senhores da terra". Nossa civilização é profunda e
ampla, o que determinou o fato de sermos muito mais sábios do que
eles.
Nosso povo chinês é mais sábio do que os alemães porque,
fundamentalmente, nossa raça é superior à deles. Como resultado,
temos uma história mais longa, mais pessoas e maior área de terra.
Com base nisso, nossos ancestrais nos deixaram as duas heranças
mais essenciais, que são o ateísmo e a grande unidade. Foi
Confúcio, o fundador da nossa cultura chinesa, quem nos deu essas
heranças.
Essa herança determinou o fato de termos uma capacidade de
sobrevivência mais forte do que o Ocidente. É por isso que a raça
chinesa conseguiu prosperar por tanto tempo. Estamos destinados a
"não ser enterrados nem pelo céu nem pela terra", não importa a
gravidade dos desastres: naturais, causados pelo homem e
nacionais. Essa é a nossa vantagem.
Tome-se a resposta à guerra como exemplo. A razão pela qual
os Estados Unidos permanecem hoje é que nunca viram guerra em
seu continente. Quando seus inimigos apontarem para o continente,
estes inimigos chegarão a Washington antes que o seu congresso
termine de debater e autorize o presidente a declarar guerra. Mas,
quanto a nós, não perdemos tempo com essas coisas triviais. O
Camarada Deng Xiaoping disse uma vez: "A liderança do Partido é
rápida na tomada de decisões. Assim que uma decisão é tomada,
ela é imediatamente implementada. Não há perda de tempo com
coisas triviais como nos países capitalistas. Essa é a nossa
vantagem! O centralismo democrático do nosso Partido baseia-se na
tradição da grande unidade. Embora a Alemanha fascista também
enfatizasse o centralismo de alto nível, ela se concentrou apenas no
poder do líder máximo, mas ignoraram a liderança coletiva do grupo
central. É por isso que Hitler foi traído por muitos, mais tarde em sua
vida, o que basicamente esgotou a capacidade de guerra dos
nazistas.
O que nos torna diferentes da Alemanha é que somos ateus
completos, enquanto a Alemanha era principalmente um país católico
e protestante. Hitler era apenas meio ateu. Embora Hitler também
acreditasse que os cidadãos comuns tinham pouca inteligência e que
os líderes deveriam, portanto, tomar decisões, e embora o povo
alemão adorasse Hitler naquela época, a Alemanha não tinha a
tradição de adorar os sábios de forma ampla. Nossa sociedade
chinesa sempre adorou os sábios, e isso porque não adoramos
nenhum Deus. Quando você adora um deus, você não pode adorar
uma pessoa ao mesmo tempo, a menos que reconheça a pessoa
como o representante de deus, como fazem nos países do Oriente
Médio. Por outro lado, quando você reconhece uma pessoa como um
sábio, é claro que você vai querer que ela seja o seu líder... Este é o
fundamento do nosso centralismo democrático.
O ponto principal é que somente a China é uma força confiável
na resistência ao sistema democrático parlamentar ocidental. A
ditadura de Hitler na Alemanha foi talvez apenas um erro
momentâneo na história.
Talvez vocês agora tenham entendido por que decidimos
recentemente promover ainda mais o ateísmo. Se deixarmos a
teologia do Ocidente entrar na China e nos esvaziar desde dentro, se
deixarmos todos os chineses ouvirem a Deus e seguirem a Deus,
quem nos ouvirá e nos seguirá obedientemente? Se as pessoas
comuns não acreditarem que o Camarada Hu Jintao é um líder
qualificado, questionarem a sua autoridade e quiserem monitorá-lo,
se os adeptos religiosos em nossa sociedade questionarem por que
estamos deixando Deus nas igrejas, o nosso Partido poderá
continuar governando a China?
O sonho da Alemanha de ser o "senhor da terra" falhou porque,
em última análise, a história não lhe concedeu esta grande missão.
Mas as três lições que a Alemanha aprendeu com a experiência são
as que devemos lembrar ao completar nossa missão histórica e
revitalizar nossa raça. As três lições são: segurar com firmeza o
espaço vital do país; segurar com firmeza o controle do Partido
sobre a nação; e segurar com firmeza a direção geral para se tornar
o "senhor da terra".
A seguir, eu gostaria de abordar essas três questões.
A primeira questão é o espaço vital. Esse é o maior foco da
revitalização da raça chinesa. Em meu último discurso, eu disse que
a luta pelos recursos vitais básicos (incluindo terra e oceano) é a
fonte da grande maioria das guerras da história. Isso pode mudar na
era da informação, mas não fundamentalmente. Nossos recursos per
capita são muito menores do que os da Alemanha daquela época.
Além disso, o desenvolvimento econômico dos últimos vinte anos
teve um impacto negativo e os climas estão piorando rapidamente.
Nossos recursos estão bastante escassos. O meio ambiente está
gravemente poluído, em especial o solo, a água e o ar. Não apenas
nossa capacidade de sustentar e desenvolver nossa raça, mas até
mesmo sua sobrevivência está gravemente ameaçada, numa medida
muito maior do que a enfrentada pela Alemanha naquela época.
Qualquer pessoa que já esteve em países ocidentais sabe que o
espaço vital deles é muito melhor do que o nosso. Eles têm florestas
ao longo das rodovias, enquanto nós dificilmente temos alguma
árvore ao lado de nossas ruas. O céu deles é geralmente azul com
nuvens brancas, enquanto o nosso céu é coberto por uma camada
de névoa escura. A água da torneira deles é limpa o suficiente para
beber, enquanto até a nossa água subterrânea está tão poluída que
não pode ser bebida sem filtrar. Eles têm poucas pessoas nas ruas,
e duas ou três pessoas podem ocupar um pequeno prédio
residencial; em contraste, nossas ruas estão sempre cheias de
gente, e várias pessoas têm de compartilhar o mesmo quarto.
Muitos anos atrás, havia um livro intitulado Catástrofes
Amarelas. Ele dizia que, por seguirmos o estilo americano de
consumo, nossos limitados recursos não sustentariam por muito
tempo a população e que a sociedade entraria em colapso, quando
nossa população atingisse 1,3 bilhão. Agora nossa população já
ultrapassou esse limite e contamos agora com as importações para
sustentar nossa nação. Não é que não tenhamos prestado atenção a
esse problema. O Ministério de Recursos da Terra é especializado
neste assunto.
Mas o termo 'espaço vital' (lebensraum) está muito relacionado
à Alemanha nazista. O motivo pelo qual não queremos discutir isso
tão abertamente é evitar que o Ocidente nos associe à Alemanha
nazista, o que poderia, por sua vez, reforçar a visão de que a China
é uma ameaça. Portanto, em nossa ênfase na nova teoria de He Xin,
"Direitos humanos são só direitos de viver", falamos apenas de
"viver", mas não de "espaço", a fim de evitar o uso do termo "espaço
vital". Do ponto de vista da história, a razão pela qual a China se
depara com a questão do espaço vital é porque os países ocidentais
estabeleceram colônias antes dos países orientais. Os países
ocidentais estabeleceram colônias em todo o mundo, o que lhes deu
uma vantagem na questão do espaço vital. Para resolver este
problema, devemos levar o povo chinês para fora da China, para que
ele possa se desenvolver fora da China.
A segunda questão é o nosso foco na capacidade de liderança
do partido governante. Nesta, temos feito melhor do que o partido
deles. Embora os nazistas tenham espalhado o seu poder em todos
os aspectos do governo nacional alemão, eles não enfatizaram a sua
posição de liderança absoluta como nós temos feito. Eles não
consideraram o problema da gestão do poder do partido como
primeira prioridade, o que nós temos feito. Quando o camarada Mao
Zedong resumiu os "três tesouros" da vitória do nosso partido na
conquista do país, ele considerava como "tesouro" mais importante o
desenvolvimento do Partido Comunista Chinês (PCC) e o
fortalecimento de sua posição de liderança.
Temos de nos concentrar em dois pontos para fortalecer nossa
posição de liderança e melhorar nossa capacidade de liderança.
O primeiro é promover a teoria dos "Três Representantes",
destacando que o nosso Partido é o pioneiro da raça chinesa, além
de ser o pioneiro do proletariado. Muitos cidadãos dizem em
particular: "Nunca votamos em vocês, do Partido Comunista, para
nos representar. Como podem ter a pretensão de serem nossos
representantes?"
Não há necessidade de se preocupar com esse problema. O
camarada Mao Zedong disse que, se pudéssemos liderar o povo
chinês para fora da China, resolvendo a falta de espaço vital na
China, o povo chinês nos apoiaria. Nesse momento, não
precisaremos nos preocupar com os rótulos de "totalitarismo" ou
"ditadura". Se poderemos representar para sempre o povo chinês é
algo que depende de conseguirmos conduzir o povo chinês para fora
da China.
O segundo ponto, se poderemos levar o povo chinês para fora
da China, é o fator mais importante da posição de liderança do PCC.
Por que digo isso?
Todos sabem que sem a liderança do nosso Partido, a China
não existiria hoje. Portanto, nosso maior princípio é proteger para
sempre a posição de liderança do nosso Partido. Antes de 4 de
junho, percebemos vagamente que, enquanto a economia da China
fosse desenvolvida, as pessoas apoiariam e amariam o Partido
Comunista. Portanto, tivemos de usar várias décadas de tempo de
paz para desenvolver a economia chinesa. Não importa quais sejam
os ismos, quer seja um gato branco ou preto, ele será um bom gato
se puder desenvolver a economia chinesa. Mas, naquela época, não
tínhamos idéias maduras sobre como a China lidaria com as disputas
internacionais após o desenvolvimento de sua economia.
O Camarada Xiaoping disse então que os principais temas do
mundo eram a paz e o desenvolvimento. Mas a agitação de 4 de
junho deu um aviso ao nosso Partido e deu-nos uma lição que ainda
está fresca.
A pressão da evolução pacífica da China nos faz reconsiderar
esses dois temas principais de nosso tempo. Vemos que nenhuma
dessas duas questões, paz e desenvolvimento, foi resolvida. As
forças de oposição ocidentais sempre mudam o mundo de acordo
com suas próprias visões; elas querem mudar a China e usar a
evolução pacífica para derrubar a liderança do nosso Partido
Comunista. Portanto, se apenas desenvolvermos a economia, ainda
encaramos a possibilidade de perder o controle.
A agitação de 4 de junho quase conseguiu fazer uma transição
pacífica; se não fosse pelo fato de que um grande número de
camaradas veteranos ainda estavam vivos e que num momento
crucial eles retiraram Zhao Ziyang e seus seguidores, então todos
nós teríamos sido colocados na prisão. Depois da morte, teríamos
muita vergonha de aparecer diante de Marx. Embora tenhamos
passado no teste de 4 de junho, depois que nosso grupo de
camaradas antigos faleceu, sem o nosso controle, a evolução
pacífica ainda pode chegar à China assim como chegou à antiga
União Soviética. Em 1956, eles abafaram o incidente húngaro e
derrotaram os ataques dos revisionistas de Tito da Iugoslávia, mas
não puderam resistir a Gorbachev uns trinta anos depois. Assim que
esses antigos camaradas pioneiros morreram, o poder do Partido
Comunista foi retirado pela evolução pacífica.
Depois que a agitação de 4 de junho foi reprimida, estivemos
pensando em como prevenir a China de uma evolução pacífica e
como manter a liderança do Partido Comunista. Nós refletimos várias
vezes, mas não tivemos nenhuma boa idéia. Se não tivermos boas
idéias, a China inevitavelmente mudará de forma pacífica e todos nós
nos tornaremos criminosos na história. Depois de intensas
ponderações, finalmente chegamos a esta conclusão: somente
transformando a nossa potência nacional desenvolvida na força de
um primeiro ataque no exterior — somente levando o povo a sair —
poderemos ganhar para sempre o apoio e o amor do povo chinês
pelo Partido Comunista. Nosso partido ficará então em um terreno
invencível, e o povo chinês terá de depender do Partido Comunista.
Ele seguirá para sempre o Partido Comunista com seus corações e
mentes, como foi escrito em um dístico freqüentemente visto no
campo alguns anos atrás: "Ouça o Presidente Mao, siga o Partido
Comunista!" Portanto, a agitação de 4 de junho nos fez perceber que
devemos combinar o desenvolvimento econômico com a preparação
para a guerra e o direcionamento do povo a sair! Portanto, desde
então, nossa política de defesa nacional deu uma volta de 180 graus
e, desde então, temos enfatizado cada vez mais a "combinação de
paz e guerra". O nosso desenvolvimento econômico trata
inteiramente de se preparar para as necessidades da guerra!
Publicamente, ainda enfatizamos o desenvolvimento econômico como
o nosso centro, mas, na realidade, o desenvolvimento econômico
tem a guerra como centro! Fizemos um esforço tremendo para
elaborar o "Projeto da Grande Muralha", a fim de construir, ao longo
de nossas fronteiras costeiras e terrestres, bem como ao redor de
cidades grandes e médias, uma sólida "Grande Muralha" subterrânea
que possa resistir a uma guerra nuclear. Também estamos
armazenando todos os materiais de guerra necessários. Portanto,
não hesitaremos em travar uma Terceira Guerra Mundial, a fim de
fazer sair o povo e garantir a posição de liderança do Partido. Em
qualquer caso, nós, o PCC, nunca desceremos do palco da história!
Preferimos que o mundo inteiro, ou mesmo o globo inteiro,
compartilhe conosco a vida e a morte do que sair do palco da
história! Não existe uma teoria da "dependência nuclear"? Ela quer
dizer que, uma vez que as armas nucleares comprometeram a
segurança do mundo inteiro, todos morrerão juntos caso a morte for
inevitável. Na minha opinião, existe outro tipo de dependência, ou
seja, o destino do nosso Partido está ligado ao do mundo inteiro. Se
nós, o PCC, acabarmos, a China estará acabada e o mundo estará
acabado.
A missão histórica do nosso Partido é levar o povo chinês a sair.
Se olharmos com uma visão ampla, veremos que a história nos
conduziu por esse caminho. Primeiro, a longa história da China
resultou na maior população do mundo, incluindo chineses na China e
no exterior. Segundo, assim que abrirmos nossas portas, os
capitalistas ocidentais em busca de lucro investirão capital e
tecnologia na China, a fim de ajudar nosso desenvolvimento, de
modo que possam ocupar o maior mercado do mundo. Terceiro,
nossos numerosos chineses no exterior nos ajudam a criar o
ambiente mais favorável para a introdução de capital estrangeiro,
tecnologia estrangeira e experiência avançada na China. Assim, é
garantido que nossa política de reformas e de porto aberto
alcançará um tremendo sucesso. Quarto, a grande expansão
econômica da China inevitavelmente levará à redução do espaço vital
per capita para o povo chinês, e isso incentivará a China a se voltar
para o exterior em busca de um novo espaço vital. Quinto, a grande
expansão econômica da China inevitavelmente virá com um
desenvolvimento significativo de nossas forças militares, criando
condições para nossa expansão no exterior. Desde a época de
Napoleão, o Ocidente tem estado alerta para o possível despertar
do leão adormecido que é a China. Agora, o leão adormecido está
se levantando e avançando no mundo, e se tornou imparável!
Qual é a terceira questão que devemos resolver com firmeza
para cumprir a nossa missão histórica de renascimento nacional? É
agarrar com firmeza o grande "problema da América".
Isso parece chocante, mas a lógica é na verdade muito simples.
O Camarada He Xin apresentou um julgamento muito
fundamental, o qual é muito razoável. Ele afirmou em seu relatório ao
Comitê Central do Partido: o renascimento da China está em conflito
fundamental com os interesses estratégicos do Ocidente e, portanto,
será inevitavelmente obstruído pelos países ocidentais fazendo tudo
o que podem. Portanto, somente quebrando o bloqueio formado
pelos países ocidentais encabeçados pelos Estados Unidos a China
poderá crescer e se mover em direção ao mundo!
Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para ganhar um
novo espaço vital? Em primeiro lugar, se os Estados Unidos estão
resolutos em nos bloquear, é difícil para nós fazer algo significativo
em relação a Taiwan, Vietnã, Índia ou mesmo Japão, [então] quanto
mais espaço vital podemos conseguir? Muito simples! Apenas países
como Estados Unidos, Canadá e Austrália têm terras vastas para
atender à nossa necessidade de colonização em massa.
Portanto, resolver o "problema da América" é a chave para
resolver todos os outros problemas. Primeiro, isso possibilita que
muitas pessoas migrem para lá e até mesmo estabeleçam outra
China sob a mesma liderança do PPC. A América foi originalmente
descoberta pelos ancestrais da raça amarela, mas Colombo deu
crédito à raça branca. Nós, os descendentes da nação chinesa,
temos direito à posse da terra! Diz-se que os residentes da raça
amarela têm um status social muito baixo nos Estados Unidos.
Precisamos libertá-los. Em segundo lugar, depois de resolver o
"problema da América", os países ocidentais da Europa se curvariam
diante de nós, sem mencionar Taiwan, Japão e outros pequenos
países. Portanto, resolver o "problema da América" é a missão
atribuída aos membros do PCC pela história.
Às vezes penso como é cruel para a China e os Estados Unidos
serem inimigos que estão fadados a se encontrar numa estrada
estreita! Lembram-se de um filme sobre as tropas do Exército da
Libertação lideradas por Liu Bocheng e Deng Xiaoping? O título é
algo como "Batalha Decisiva nas Planícies Centrais". Há um
comentário famoso no filme que é cheio de poder e grandeza: "Os
inimigos estão fadados a se encontrar numa estrada estreita, apenas
os bravos vencerão!" Foi esse tipo de espírito de lutar para vencer
ou morrer que nos permitiu tomar o poder na China continental. É um
destino histórico que a China e os Estados Unidos hão de chegar a
um confronto inevitável num caminho estreito e lutar entre si! Os
Estados Unidos, ao contrário da Rússia e do Japão, nunca ocuparam
e prejudicaram a China, e além disso ajudaram a China em sua
batalha contra os japoneses. Mas certamente serão uma obstrução,
e a maior das obstruções! No longo prazo, o relacionamento da
China e dos Estados Unidos é de uma luta de vida ou morte.
Certa vez, alguns americanos vieram nos visitar e tentaram nos
convencer de que a relação entre a China e os Estados Unidos é de
interdependência. O Camarada Xiaoping respondeu de maneira
educada: "Vá dizer ao seu governo, a China e os Estados Unidos não
têm uma relação interdependente e de confiança mútua". Na
verdade, o Camarada Xiaoping estava sendo educado demais, ele
poderia ter sido mais franco: "A relação entre a China e os Estados
Unidos é de uma luta de vida ou morte." Claro, agora não é hora de
romper abertamente com eles ainda. Nossa reforma e abertura para
o mundo exterior ainda dependem de seu capital e tecnologia, ainda
precisamos da América. Portanto, devemos fazer tudo o que estiver
ao nosso alcance para promover nosso relacionamento com a
América, aprender com a América em todos os aspectos e usar a
América como exemplo para reconstruir nosso país.
Como temos administrado nossos negócios estrangeiros nestes
anos? Mesmo que tivéssemos de botar uma cara sorridente para
agradá-los, mesmo que tivéssemos de lhes dar a face direita depois
de terem batido em nossa face esquerda, ainda assim teríamos de
aguentar, a fim de aprofundar o nosso relacionamento com os
Estados Unidos. Lembram-se da personagem de Wuxun no filme A
História de Wuxun? A fim de cumprir sua missão, ele aguentou
tantas dores e sofreu tantas pancadas e chutes! Hoje, os Estados
Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo. Somente depois de
aprendermos todas as suas experiências úteis, poderemos substituí-
los no futuro. Mesmo que atualmente estejamos imitando o tom
americano: "A China e os Estados Unidos apoiam-se mutuamente e
compartilham a honra e a desgraça", não devemos esquecer que a
história de nossa civilização repetidamente tem nos ensinado que
uma única montanha não permite que dois tigres vivam juntos.
Também não devemos esquecer o que o camarada Xiaoping
enfatizou: "Abstenha-se de revelar ambições e tirar os outros do
caminho." A mensagem escondida é: devemos tolerar a América;
devemos ocultar nossos objetivos últimos, esconder nossas
capacidades e aguardar a oportunidade. Dessa forma, nossa mente
está clara. Por que não atualizamos nosso hino nacional com algo
pacífico? Por que não mudamos o tema bélico do hino? Em vez
disso, ao revisar a Constituição desta vez, pela primeira vez
especificamos claramente que a "Marcha dos Voluntários" é o nosso
hino nacional. Assim, entenderemos por que constantemente falamos
em voz alta sobre o "problema de Taiwan", mas não sobre o
"problema americano". Todos nós conhecemos o princípio de "fazer
uma coisa sob a cobertura de outra". Se a gente ordinária só
consegue ver a pequena ilha de Taiwan com seus olhos, então
vocês, como a elite do nosso país, deveriam ser capazes de ver o
quadro completo da nossa causa. Ao longo desses anos, segundo o
acordo do Camarada Xiaoping, uma grande parte do nosso território
no Norte foi entregue à Rússia; vocês realmente acham que o nosso
Comitê do Partido é bobo?
A fim de resolver o problema da América, devemos ser capazes
de transcender convenções e restrições. Na história, quando um país
derrotava outro país ou ocupava outro país, ele não podia matar
todas as pessoas na terra conquistada porque naquela época não se
podia matar pessoas de maneira eficaz com sabres ou lanças
longas, ou mesmo com rifles ou metralhadoras. Portanto, era
impossível ganhar um pedaço de terra sem manter o povo naquela
terra. Entretanto, se conquistássemos a América dessa forma, não
poderíamos fazer com que muitas pessoas migrassem para lá.
Somente usando meios especiais para "limpar" a América é que
seremos capazes de levar o povo chinês até lá. Esta é a única
escolha que nos resta. Esta não é uma questão de estarmos
dispostos a fazer isso ou não. Que tipo de meio especial existe
disponível para nós para "limpar a América"?
Armas convencionais como caças, canhões, mísseis e navios de
guerra não vão adiantar; nem as armas altamente destrutivas, como
as armas nucleares. Não somos tolos a ponto de querer morrer junto
com a América usando armas nucleares, apesar do fato de termos
estado exclamando que resolveremos o problema de Taiwan a
qualquer custo. Somente usando armas não-destrutivas que podem
matar muitas pessoas seremos capazes de reservar a América para
nós mesmos. Tem havido um rápido desenvolvimento da tecnologia
biológica moderna e novas armas biológicas têm sido inventadas
uma após a outra. Obviamente, nós não ficamos ociosos, nos últimos
anos aproveitamos a oportunidade para dominar armas desse tipo.
Somos capazes de alcançar o nosso propósito de "limpar" a América
subitamente. Quando o Camarada Xiaoping ainda estava conosco, o
Comitê Central do Partido teve a perspicácia de tomar a decisão
certa de não desenvolver grupos de porta-aviões e se concentrar,
em vez disso, no desenvolvimento de armas letais que possam
eliminar populações em massa do país inimigo.
Do ponto de vista humanitário, deveríamos dar um aviso ao povo
americano e persuadi-lo a deixar a América e deixar a terra onde
tem vivido ao povo chinês. Ou pelo menos deveriam deixar metade
dos Estados Unidos para ser colônia da China, porque a América foi
descoberta pelos chineses. Mas isso funcionaria? Se essa estratégia
não funcionar, então só nos restará uma escolha. Ou seja, usar
meios decisivos para "limpar" a América e reservar a América para
nosso uso num instante. Nossa experiência histórica provou que,
contanto que façamos isso acontecer, ninguém no mundo poderá
fazer nada a nosso respeito. Além disso, se os Estados Unidos,
como líder, estiverem acabados, então os outros inimigos terão de
se render a nós.
As armas biológicas não têm precedentes em sua crueldade,
mas se os americanos não morrerem, então os chineses terão de
morrer. Se o povo chinês estiver amarrado à terra atual, um colapso
social total está fadado a ocorrer. De acordo com os cálculos do
autor de Perigo Amarelo, mais da metade dos chineses morrerão, e
esse número seria de mais de 800 milhões de pessoas! Logo após a
libertação, nossa terra amarela sustentava quase 500 milhões de
pessoas, enquanto hoje o número oficial da população é de mais de
1,3 bilhão. Esta terra amarela atingiu o limite de sua capacidade. Um
dia, quem sabe quando chegará, o grande colapso ocorrerá a
qualquer momento e mais da metade da população terá de ir
embora.
Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas armas
biológicas tiverem sucesso no ataque surpresa, o povo chinês será
capaz de manter as suas perdas em um número mínimo na luta
contra os Estados Unidos. Se, no entanto, o ataque falhar e
desencadear uma retaliação nuclear dos Estados Unidos, a China
sofreria talvez uma catástrofe na qual mais da metade de sua
população pereceria. É por isso que precisamos estar preparados
com sistemas de defesa aérea para nossas cidades grandes e
médias. Seja qual for o caso, só podemos avançar com coragem,
pelo bem do nosso Partido e nosso Estado e do futuro da nossa
nação, independentemente das adversidades que tenhamos de
enfrentar e dos sacrifícios que tenhamos de fazer. A população,
mesmo que mais da metade morra, pode se reproduzir. Mas, se o
Partido cair, tudo estará perdido, e perdido para sempre.
Na história chinesa, na substituição das dinastias, os implacáveis
sempre venceram e os benevolentes sempre fracassaram. O
exemplo mais típico envolveu Xiang Yu, o Rei de Chu, que, após
derrotar Liu Bang, deixou de continuar a persegui-lo e a eliminar suas
forças, e sua leniência resultou na morte de Xiang Yu e na vitória de
Liu... Portanto, devemos enfatizar a importância da adoção de
medidas enérgicas. No futuro, os dois rivais, China e Estados Unidos,
no devido tempo se encontrarão numa estrada estreita, e nossa
leniência para com os americanos significará crueldade para com o
povo chinês. Aqui, algumas pessoas podem querer me perguntar: e
os vários milhões de nossos compatriotas nos Estados Unidos?
Podem perguntar: não somos contra chineses matando outros
chineses?
Esses camaradas são muito pedantes; não são pragmáticos o
suficiente. Se tivéssemos insistido no princípio de que chineses não
deveriam matar outros chineses, teríamos libertado a China? Quanto
aos vários milhões de chineses que vivem nos Estados Unidos, este
é, sem dúvida, um grande problema. Por isso, nos últimos anos,
temos feito pesquisas com armas genéticas, isto é, armas que não
matam pessoas amarelas. Mas produzir um resultado com esse tipo
de pesquisa é extremamente difícil.
Das pesquisas feitas com armas genéticas em todo o mundo,
Israel é o mais avançado. Suas armas genéticas são projetadas para
atingir os árabes e proteger os israelenses. Mas mesmo eles não
alcançaram o estágio de implantação real. Temos cooperado com
Israel em algumas pesquisas. Talvez possamos importar algumas
das tecnologias usadas para proteger os israelenses e remodelar
essas tecnologias para proteger o povo amarelo. Mas suas
tecnologias ainda não estão maduras e é difícil para nós superá-las
em poucos anos. Se for preciso cinco ou dez anos para que algum
avanço possa ser alcançado em armas genéticas, não podemos nos
dar ao luxo de esperar mais do que isso.
Velhos camaradas como nós não podem se dar ao luxo de
esperar tanto tempo, porque não temos assim tanto tempo de vida.
Os velhos soldados da minha idade podem esperar mais cinco ou
dez anos, mas os do período da Guerra Antijaponesa ou os poucos
velhos soldados do Exército Vermelho não podem esperar mais.
Portanto, temos de desistir de nossas expectativas quanto a
armas genéticas. É claro que, de outra perspectiva, a maioria dos
chineses que vivem nos Estados Unidos se tornaram nosso fardo,
porque foram corrompidos pelos valores liberais burgueses por muito
tempo e seria difícil para eles aceitar a liderança do nosso Partido.
Se sobrevivessem à guerra, teríamos de lançar campanhas no futuro
para lidar com eles, para corrigi-los. Vocês ainda se lembram que,
quando tínhamos acabado de derrotar o Kuomintang (KMT) e libertar
a China Continental, muita gente da classe burguesa e dos
intelectuais nos receberam de forma extremamente calorosa, mas
depois tivemos de lançar campanhas como a "repressão aos
reacionários" e o "Movimento Antidireitista" para limpá-los e corrigi-
los? Alguns deles estiveram escondidos por muito tempo e não foram
expostos até a Revolução Cultural. A história provou que qualquer
turbulência social pode envolver muitas mortes.
Talvez possamos colocar desta forma: a morte é o motor que
move a história para frente. Durante o período dos três reinos,
quantas pessoas morreram? Quando Genghis Khan conquistou a
Eurásia, quantas pessoas morreram? Quando Manchu invadiu o
interior da China, quantas pessoas morreram? Poucas pessoas
morreram durante a Revolução de 1911, mas, quando derrubamos
as Três Grandes Montanhas, e durante as campanhas políticas
como a "supressão dos reacionários", a "Campanha Três-Anti" e a
"Campanha Cinco-Anti", pelo menos 20 milhões de pessoas
morreram. Estávamos com receio de que alguns jovens de hoje
tremeriam de medo ao ouvir falar de guerras e pessoas morrendo.
Durante a guerra, estávamos acostumados a ver gente morta.
Sangue e carne voavam por toda parte, cadáveres jaziam em pilhas
nos campos e o sangue corria como rios. Nós vimos isso tudo. Nos
campos de batalha, os olhos de todos ficavam vermelhos de tanto
matar porque era uma luta de vida ou morte e apenas os bravos
sobreviveriam.
É de fato brutal matar cem ou duzentos milhões de americanos.
Mas esse é o único caminho que garantirá um século chinês no qual
o PCC liderará o mundo. Nós, como humanitários revolucionários,
não queremos mortes. Mas se a história nos confronta com uma
escolha entre as mortes de chineses e as de americanos, teríamos
de escolher as últimas, pois, para nós, é mais importante
salvaguardar a vida do povo chinês e a vida do nosso Partido. Isso
porque, afinal, somos chineses e membros do PCC. Desde o dia em
que nos juntamos ao PCC, o Partido, a vida sempre esteve acima de
tudo! A história provará que fizemos a escolha certa.
Agora, que estou para terminar meu discurso, vocês
provavelmente entendem por que queríamos saber se o povo se
levantaria contra nós se um dia adotássemos secretamente meios
enérgicos para "limpar" a América. Por mais de vinte anos, a China
tem desfrutado de paz e uma geração inteira não foi testada pela
guerra. Em particular, desde o final da Segunda Guerra Mundial,
houve muitas mudanças nos formatos da guerra, no conceito de
guerra e na ética da guerra. Especialmente desde o colapso da
antiga União Soviética e dos Estados comunistas do Leste Europeu,
a ideologia do Ocidente passou a dominar o mundo como um todo, e
a teoria ocidental da natureza humana e a visão ocidental dos
direitos humanos têm sido cada vez mais disseminadas entre os
jovens da China. Portanto, não tínhamos muita certeza quanto à
atitude do povo. Se nosso povo se opõe fundamentalmente à
"limpeza" da América, teremos, é claro, de adotar medidas
correspondentes.
Por que não conduzimos a pesquisa por meios administrativos
em vez de pela internet? Fizemos o que fizemos por um bom motivo.
Em primeiro lugar, fizemos dessa forma para reduzir a inferência
artificial e para ter certeza de que receberíamos o que o povo pensa
de verdade. Além disso, essa forma é mais confidencial e não revela
o verdadeiro propósito da nossa pesquisa. Mas o mais importante é
o fato de que a maioria das pessoas que podem responder às
perguntas online são de grupos sociais relativamente bem-educados
e inteligentes. São os grupos radicais e de liderança que
desempenham um papel decisivo entre o nosso povo. Se eles nos
apoiarem, então o povo como um todo nos seguirá. Se se opuserem
a nós, desempenharão o perigoso papel de incitar as pessoas e criar
distúrbios sociais.
O que acabou sendo muito reconfortante é que não entregaram
uma prova em branco. Na verdade, entregaram uma prova com uma
pontuação superior a 80. Este é o excelente resultado do trabalho de
propaganda e educação do nosso Partido nas últimas décadas.
Claro, algumas pessoas sob influência ocidental se opuseram a
atirar em prisioneiros de guerra, mulheres e crianças. Está todo
mundo louco? Outros disseram: "Os chineses adoram se rotular
como um povo que ama a paz, mas na verdade são o povo mais
cruel. Os comentários evocam matança e assassinato, trazendo
arrepios ao meu coração."
Embora não haja muitas pessoas com esse tipo de ponto de
vista e não afetem a situação geral de forma significativa, ainda
precisamos fortalecer a propaganda para responder a esse tipo de
argumento.
Quer dizer, propagar vigorosamente o último artigo do
Camarada He Xin, que já foi apresentado ao governo central. Vocês
podem procurá-lo no site.
Se acessarem o site pesquisando por palavras-chave,
descobrirão que há algum tempo o Camarada He Xin disse ao Hong
Kong Business News, durante uma entrevista, que: "Os EUA têm
uma conspiração chocante." De acordo com o que tinha em mãos,
de 27 de setembro a 1º de outubro de 1995, a Fundação Mikhail
Sergeevich Gorbachev, financiada pelos Estados Unidos, reuniu 500
dos mais importantes estadistas, líderes econômicos e cientistas do
mundo, incluindo George W. Bush (ele não era o presidente dos
Estados Unidos na época), a Baronesa Thatcher, Tony Blair,
Zbigniew Brzezinski, bem como George Soros, Bill Gates, o futurista
John Naisbitt, etc., todas as personalidades mais populares do
mundo, no hotel Fairmont de São Francisco, para uma mesa-redonda
de alto nível, discutindo os problemas da globalização e de como
guiar a humanidade para avançar no século XXI. De acordo com o
que He Xin tinha em mãos, as pessoas importantes do mundo que
estavam presentes pensavam que, no século XXI, apenas 20 por
cento da população mundial seria suficiente para manter a economia
e a prosperidade do mundo, os outros 80 por cento ou 4/5 da
população mundial seriam lixo humano incapaz de produzir novos
valores. As pessoas presentes pensavam que esse excesso de 80
por cento da população seria uma população de escória e que meios
de "alta tecnologia" deveriam ser usados para eliminá-la
gradualmente.
Já que os inimigos planejam em segredo eliminar nossa
população, por certo não podemos ser infinitamente misericordiosos
e compassivos com eles. O artigo do Camarada He Xin saiu na hora
certa, ele provou a justeza de nossa abordagem de batalha ao estilo
olho por olho... [e] a grande previsão do Camarada Deng Xiaoping
de preparar as tropas contra a estratégia militar dos Estados Unidos.
Certamente, ao divulgar os pontos de vista do Camarada He
Xin, não podemos publicar o artigo nos jornais do Partido, para evitar
aumentar a vigilância do inimigo. A conversa de He Xin pode lembrar
ao inimigo que apreendemos a ciência e a tecnologia modernas,
incluindo a tecnologia nuclear "limpa", bem como a tecnologia de
armas biológicas, e podemos usar medidas poderosas para eliminar
sua população em grande escala.
O último problema de que eu gostaria de falar é o de tomar com
firmeza os preparativos para a batalha militar.
Atualmente, estamos na encruzilhada de avançar ou retroceder.
Alguns camaradas viam problemas inundando todo o nosso país — o
problema da corrupção, o problema da empresa estatal, o problema
de contas ruins do banco, problemas ambientais, problemas de
segurança da sociedade, problemas educacionais, o problema da
AIDS, vários problemas de apelação, até mesmo o problema das
agitações. Esses camaradas vacilavam na decisão de se preparar
para batalhas militares. Eles pensavam: deviam pegar primeiro o
problema da reforma política, isto é, a nossa própria reforma política
vem primeiro. Depois de resolver os problemas internos, poderemos
então lidar com o problema da batalha militar estrangeira.
Isso me lembra o período crucial de 1948 na Revolução
Chinesa. Naquela época, os "cavalos" do Exército da Libertação
Popular "estavam bebendo água" no rio Yangtze, mas enfrentavam
situações extremamente complexas e problemas difíceis por todas
as áreas libertadas, e a autoridade central recebia relatórios de
emergência diariamente. O que fazer? Deveríamos parar para
administrar as áreas de retaguarda e assuntos internos antes de
seguir em frente, ou continuar, apesar das dificuldades, a fim de
transpor o rio Yangtze com uma única tentativa vigorosa? O
Presidente Mao, com sua extraordinária sabedoria e coragem, deu a
ordem da marcha: "Continuem a revolução até o fim", e libertou toda
a China. Os problemas conflitantes anteriormente considerados
"sérios" foram todos resolvidos nesta grande onda revolucionária que
se movia para frente.
Agora, parece que estamos no mesmo período crítico dos dias
em que os "cavalos estavam bebendo água" no rio Yangtze na era
revolucionária: contanto que resolvamos o problema dos Estados
Unidos de um só golpe, nossos problemas domésticos serão todos
prontamente solucionados. Portanto, nossa preparação para a
batalha militar parece visar Taiwan, mas na verdade ela visa os
Estados Unidos, e a preparação vai muito além do escopo de atacar
porta-aviões ou satélites.
O marxismo apontou que a violência é a parteira para o
nascimento do século da China. Conforme a guerra se aproxima, fico
cheio de esperança em relação à nossa próxima geração.
FIM
[1] n.t.: nos Estados Unidos, o termo "liberal" costuma ser usado, de modo geral, como
sinônimo de "esquerdista" ou “progressista”. Neste livro, o termo às vezes aparecerá com
esse sentido. [N.T.]
[2] n.t.: "the proof is in the pudding" ("a prova está no pudim") é uma expressão derivada do
provérbio "the proof of the pudding is in the eating" ("a prova do pudim está em comê-lo"),
equivalente a "só a experiência comprova". [N.T.]
[3] Ver: https://www.scribd.com/book/438107041.
[4] Cf. “The Schiff Report Document”, 4 dez. 2019: https://jrnyquist.blog/2019/12/04/614/
[5] Ver Parte 2:
https://www.google.com/amp/s/m.delfi.lt/endelfi/article.php%3fid=66856642&=1
[6] "A novel coronavirus capable of lethal human infections: an emerging picture", de Gulfaraz
Khan: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3599982/
[7] "Coronavirus Bioweapon – How China Stole Coronavirus From Canada And Weaponized
It": https://greatgameindia.com/coronavirus-bioweapon/
[8] Aqueles que não percebem a tendência esquerdista de ambos os partidos políticos,
conferir o livro do cientista político Tim Groseclose, Left Turn, em:
https://www.amazon.com/dp/1250002761/ref=cm_sw_r_cp_api_i_HJhtEbG76A194
[9] "The Paranoid Style in American politics": https://harpers.org/archive/1964/11/the-paranoid-
style-in-american-politics/
[10] "Paranoid Personality Disorder": https://www.therecoveryvillage.com/mental-
health/paranoid-personality-disorder/#gref
[11] Sobre a penetração do governo dos Estados Unidos por agentes soviéticos, ver The
Venona Secrets: The Definitive Exposé of Soviet Espionage in America (Cold War Classics):
https://www.amazon.com/dp/1621572951/ref=cm_sw_r_cp_api_i_vTUrEbGM7ZJK1
Ver também American Betrayal, de Diana West:
https://www.amazon.com/dp/1250055814/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aVUrEbYZQ3QF8
[12] "Conspiracy craze: why 12 million Americans believe that alien lizards rule us":
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/lifeandstyle/2016/apr/07/conspiracy-
theory-paranoia-aliens-illuminati-beyonce-vaccines-cliven-bundy-jfk
[13] David Icke: https://en.m.wikipedia.org/wiki/David_Icke
[14] Entrevista de Joe Rogan com Alex Jones: https://youtu.be/-5yh2HcIlkU
[15] Termo russo que designa as forças especiais da Federação Russa. [N.T.]
[16] n.t.: SAC – Strategic Air Command (Comando Estratégico Aéreo) era o Departamento de
Defesa, Comando Especial e Força Aérea dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.
[17] n.t.: "Ardil 22 é uma expressão cunhada pelo escritor Joseph Heller no seu romance Ardil
22 que descreve uma situação paradoxal, na qual uma pessoa não pode evitar um problema
por causa de restrições ou regras contraditórias. [...] A expressão ‘ardil-22’ baseia-se na
explicação do personagem Doc Daneeka de como qualquer piloto requisitando uma avaliação
psicológica na esperança de não ser considerado são o bastante para voar, e assim escapar
de missões perigosas, demonstraria deste modo sua sanidade." Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ardil_22_(lógica)
[18] Tradução do russo de V. D. Sokolovskii, com análise e notas de H. Dinerstein, L. Gouré e
T. Wolfe: https://www.rand.org/pubs/reports/R416.html
[19] n.t.: “topeira” é um infiltrado, em jargão de espionagem.
[20] n.t.: "dangle" ou, em russo, подстава (podstava) é um agente que finge desertar e
oferecer informações autênticas às agencias de inteligência do inimigo.
[21] Joseph D. Douglass, Jr., Red Cocaine: The Drugging of America and the West, p. 47 e
pp. 17-18: https://portalconservador.com/livros/Joseph-Douglass-Red-Cocaine-The-Drugging-
of-America-and-the-West.pdf
[22] Viktor Suvorov, Spetsnaz: https://books.google.com/books/about/Spetsnaz.html?
id=LVI2AAAACAAJ&source=kp_book_description
[23] Cf. "On Global Terrorism: FAKT interview with A. Litvinenko", 31 mar. 2020:
https://jrnyquist.blog/2020/03/31/on-global-terrorism-fakt-interview-with-a-litvinenko/
[24] "Anatoliy Golitsyn: The Key to Understanding Today’s World Situation":
https://thecontemplativeobserver.wordpress.com/tag/new-lies-for-old/
[25] Desinformação do Kremlin:
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2020/mar/18/russian-media-
spreading-covid-19-disinformation
A versão de desinformação do Kremlin: https://euvsdisinfo.eu/report/the-coronavirus-is-part-
of-a-us-war-against-russia-and-china/
[26] Vídeo "Chinese Woman Tells Truth About Current Situation in China":
https://www.youtube.com/watch?v=VfN_jtYmqG4
[27] n.t.: Tory: partido conservador do Reino Unido.
[28] NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.foreignaffairs.com/articles/united-states/2020-03-05/us-
chinese-distrust-inviting-dangerous-coronavirus-conspiracy%3famp
https://www.ratemyprofessors.com/ShowRatings.jsp?tid=336548
https://www.google.com/amp/s/www.nytimes.com/2020/01/01/opinion/china-swine-
fever.amp.html
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/26552008/
https://apnews.com/PR%20Newswire/ff548c99a03afb0d69bb7871f7cd4fc0
[29] https://www.globalsecurity.org/military/world/china/yuzhao-capabilities.htm
Nota: o alcance do transporte do tipo 071 é de "vários milhares de milhas náuticas" para um
transporte que pode carregar 1.000 tropas, além de veículos blindados e (em versões
posteriores) helicópteros. Dez foram construídos, de acordo com uma fonte. Pode haver 15
atualmente, mas alguns dos artigos parecem confusos. Some-se a isso os porta-aviões de
assalto existentes com alcance semelhante e a China poderá entregar duas divisões de 18
batalhões na costa oeste dos Estados Unidos. A capacidade real de condução pode ser
maior, considerando outros navios e conversões não listadas.
[30] Oficial de inteligência especializado em gerenciar agentes e redes de agentes. [N.T.]
[31] https://www.google.com/amp/s/amp.theatlantic.com/amp/article/524334/
[32] https://spectator.org/daniel-ortega-a-cold-war-communist-is-still-killing-people-in-
nicaragua/
[33] https://www.sahistory.org.za/archive/chapter-4-role-communist-party-anc-richard-monroe
[34] https://www.breitbart.com/politics/2020/04/27/producers-warn-america-is-facing-protein-
shortage-in-coronavirus-era/
[35] n.t.: Voyennaya Mysl (Pensamento Militar): jornal militar soviético.
[36] Ver Robin Eubanks, Credentialed to Destroy: How and Why Education Became a
Weapon:
https://www.amazon.com/dp/1492122831/ref=cm_sw_r_cp_api_i_JdM2Eb4HBATWR
[37] Gramsci’s Marxism:
https://www.amazon.com/dp/0904383032/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aWL6EbTEDEPX1
[38] n.t.: a "fina linha azul" (em inglês, "the thin blue line") é uma expressão que se refere à
idéia de que a polícia é a linha que impede a sociedade de cair no caos violento.
[39] NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.marketplace.org/2014/11/26/lingering-cost-rioting/amp
https://www.google.com/amp/s/www.forbes.com/sites/jackkelly/2020/06/02/cities-will-see-
citizens-flee-fearing-continued-riots-and-the-reemergence-of-covid-19/amp/
[40] https://www.amazon.com/s?
k=grand+solar+minimum&hvadid=78271608348644&hvbmt=be&hvdev=c&hvqmt=e&tag=mh
0b-20&ref=pd_sl_8wkgkb0eqs_e
[41] Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short:
https://www.amazon.com/dp/1621571580/ref=cm_sw_r_cp_api_i_zCQ6EbNZMKPA0 — A
preliminary sketch.
[42] https://en.wikipedia.org/wiki/Dalton_Minimum
[43] Edward Jay Epstein, The Hammer File: https://www.amazon.com/-/de/Dossier-Secret-
History-Epstein-1996-10-01/dp/B01FKUZHIE/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8
[44] NOTAS E LINKS:
The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change:
https://www.amazon.com/dp/1840468157/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hAQ6Eb12XR3WC
https://www.whatsorb.com/news/global-warming-by-co2-or-cooling-by-a-grand-solar-
minimum
Cold Sun:
https://www.amazon.com/dp/1426967918/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hxQ6Eb3MN313X
A NASA nega oficialmente a teoria da pequena Era Glacial, agarrando-se à sua obsessão
com o CO2: https://climate.nasa.gov/blog/2953/there-is-no-impending-mini-ice-age/
[45] Bodin: On Sovereignty: Six Books Of The
Commonwealth: https://www.amazon.com/dp/1438288700/ref=cm_sw_r_cp_api_i_oEobFb3G
EHK8E
[46] https://www.google.com/amp/s/www.cnbc.com/amp/2020/07/05/trump-stokes-national-
divisions-in-fourth-of-july-speech.html
[47] Algumas pessoas enxergam com mais clareza que outras:
https://townhall.com/tipsheet/elliebufkin/2020/06/03/nobody-takes-america-philly-woman-
shuts-down-protestors-outside-city-hall-n2570000
[48] New Lies for Old:
https://www.amazon.com/dp/0945001088/ref=cm_sw_r_cp_api_i_T8oeFbM31J29Y
[49] We Will Bury You, de Jan Sejna (1985-08-
03): https://www.amazon.com/dp/B01FEONCKG/ref=cm_sw_r_cp_api_i_K-oeFb6W08FMG
[50] Se você sabe como ler o seguinte livro, todos os fatos que comprovam as alegações de
Kalashnikov estão aqui: Putin’s Kleptocracy: Who Owns
Russia?: https://www.amazon.com/dp/1476795207/ref=cm_sw_r_cp_api_i_H.oeFb07VCGGS
[51] Shakespeare’s Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, arranjada para representação no
Royal Princess’s Theatre, com Notas Explicativas de Charles Kean, F. S. A., conforme
apresentada na segunda-feira, 10 de janeiro de 1859:
http://www.gutenberg.org/files/27761/27761-h/27761-h.htm
[52] n.t.: Karen: gíria americana que, em suma, se refere pejorativamente a uma mulher
branca que exige direitos acima do normal ou usa a sua posição privilegiada para conseguir o
que quer.
[53] https://youtu.be/TMrtLsQbaok
[54] https://youtu.be/B1KYvz7FFrE
[55] https://youtu.be/AyRbfteCex8
[56] https://youtu.be/FhXIifZYvxM
[57] "China scientists warn of global cooling trick up nature’s sleeve", de Stephen Chen, South
China Morning Post: https://www.scmp.com/news/china/science/article/3022136/china-
scientists-warn-global-cooling-trick-natures-sleeve?onboard=true
[58] VÍDEOS, NOTAS E LINKS:
"Solar Minimum Approaching: A Mini Ice Age?", de Bob Berman, 27 de fevereiro de 2019, The
Old Farmer’s Almanac: https://www.almanac.com/news/astronomy/astronomy/solar-
minimum-approaching-mini-ice-age#
"Chinese scientists say region to get cooler", de KG Chan, Asia
Times: https://asiatimes.com/2019/08/chinese-scientists-say-region-to-get-cooler/
"What Lengths Will China Go to Feed Its People as Ancient Cycles Repeat?", de David
DuByne, 30 de janeiro de 2019: https://medium.com/@globalcooling/what-lengths-will-china-
go-to-feed-its-people-as-ancient-cycles-repeat-156f0b2c7052
[59] https://www.forbes.com/sites/chuckdevore/2019/02/25/wildfires-caused-by-bad-
environmental-policy-are-causing-california-forests-to-be-net-co2-emitters/#6ca23fd75e30
[60] https://www.mercurynews.com/2017/02/23/gop-state-senator-a-vietnamese-refugee-
removed-from-california-senate-floor-after-criticizing-late-senator/
https://www.sacbee.com/news/politics-government/capitol-alert/article135336514.html
[61] https://youtu.be/I8Pl564BnfA
[62] Roger Cliff, China’s Military Power: Assessing Current and Future
Capabilities: https://www.amazon.com/dp/1107502950?tag=sa-sym-new-
20&linkCode=osi&th=1&psc=1
[63] Ver "O discurso secreto do general Chi Haotian", no Apêndice.
[64] https://en.wikipedia.org/wiki/Zimmermann_Telegram
[65] NOTAS E LINKS:
Viktor Suvorov, Spetsnaz: The Inside Story of Soviet Special
Forces: https://www.amazon.com/s?k=spetsnaz&i=stripbooks&ref=nb_sb_noss_2
Huffington Post, "Putting China on Our Border": https://www.huffpost.com/entry/putting-china-
on-our-bord_b_14685690
https://youtu.be/lp0eWqx6eRU
[66] n.t.: os Estados Vermelhos são aqueles cuja maioria dos votos costuma ir para os
Republicanos, ao passo que os Estados Azuis são aqueles cuja maioria vai para os
Democratas.
[67] https://youtu.be/4QrHzhmDme4
[68] https://www.amazon.com/dp/B005QBKXSM/ref=dp-kindle-redirect?
_encoding=UTF8&btkr=1
[69] https://www.ntd.com/allan-dos-santos-us-election-problems-mirror-vote-rigging-in-latin-
america_525377.html
[70] https://www.bing.com/news/search?q=Eric+Coomer&qpvt=eric+coomer&FORM=EWRE
[71] https://youtu.be/k1jcy17vThA
[72] https://youtu.be/akqeL9AtJYI
[73] "Xi Jinping Orders Chinese Army to Prepare for War 'at Any Second'":
https://www.breitbart.com/asia/2021/01/05/xi-jinping-orders-pla-prepare-war-any-second/
[74] V. I. Lenin: Marx, Engels, Marxism, Oitava edição revisada, Progress Publishers,
Moscou, 1968, p. 248.
[75] https://www.marxists.org/archive/trotsky/1924/lit_revo/intro.htm
[76] Karl Marx, The 18th Brumaire of Louis Bonaparte, I.
[77] John Milton, Areopagitica.