Jeffrey Nyquist - As Mentiras em Que Acreditamos - 2021

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As Mentiras em que Acreditamos

J. R. Nyquist

Tradução:
Wilson Filho Ribeiro de Almeida, 2021

Em pântanos rasos
24/09/2019

— E eu vi uma grande tristeza cair sobre a humanidade. Os


melhores se cansaram de suas obras. Surgiu uma doutrina,
acompanhada pela fé: 'Tudo é vazio, tudo é um, tudo é
passado!' E de todas as colinas ecoou: 'Tudo é vazio, tudo
é um, tudo é passado!' De fato, nós colhemos: mas por que
todas nossas frutas tornaram-se podres e marrons? O que
foi que caiu da lua do mal na noite passada? Em vão foi
todo o nosso trabalho; o nosso vinho se tornou veneno; um
mau-olhado murchou nossos campos e corações. Todos
ficamos secos... Todos os nossos poços secaram; até o
mar se retraiu. Todo o solo deveria rachar, mas a
profundeza se recusa a devorar. 'Ai de nós, onde haverá
ainda um mar em que se possa se afogar?' Assim
lamuriamos em pântanos rasos.

— Friedrich Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

Nossa grande vergonha — a vergonha da geração atual — é a


forma como fomos enganados: primeiro, pelo suposto colapso do
comunismo; segundo, por nossa tolerância para com as promessas
de políticos socialistas que negam ser socialistas; e, terceiro,
chegando a tolerar um falso conjunto de alegações que deveriam ter
sido descartadas como sendo loucura — como a obsessão de
gênero e raça dos dias de hoje, como a política da mudança
climática, como o romance de nossa cultura com os homossexuais e
os transexuais. É, como Nietzsche intuiu, um pântano raso no qual
ouvimos o refrão: "Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado." É a
crise do niilismo europeu.
Quando a União Soviética de certa forma desapareceu, fomos
informados de que a subversão comunista era coisa do passado.
Depois elegemos os comunistas internamente, embora essas
pessoas negassem o seu marxismo e ocultassem suas conexões
subversivas — alguns de nós não foram enganados. Mas o público
não quis ouvir nosso aviso. O socialismo avança de forma constante,
em ritmo acelerado, de forma insistente, militante, com presas e
garras de prontidão. Agora estamos presos à medicina socializada,
que corrompe a boa medicina. A carga tributária da saúde "gratuita"
irá efetivamente tomar o lugar dos gastos com a defesa. Ninguém se
atreve a rejeitar dinheiro de impostos para as cirurgias da vovó
(embora a medicina socializada tenha mais probabilidade de matar a
vovó do que de salvá-la). Em prol de nossa compaixão, diga adeus
aos batalhões navais, divisões de tanques e alas aéreas. Nós, afinal
de contas, não precisamos deles, né? A ameaça do socialismo
totalitário terminou em 1991.
Mas não terminou, e eles nos seguram pela garganta. E agora
ficamos presos numa situação insustentável depois da outra. Sim,
eles nos levaram à medicina socializada e estão nos levando à
histeria do aquecimento global. Em breve nossa sociedade estará
financeiramente arruinada e nossos inimigos terão a balança do
poder em suas mãos. Nossos intelectuais do "mainstream", que
dominam o governo e a mídia, já garantiram que o nosso arsenal
nuclear se desmantelasse. Não há como sobreviver a esses idiotas
educados — gente com cérebros enormes, mentes pequenas e
nenhum instinto sequer.
William F. Buckley reconhecidamente disse que ele "preferiria
viver numa sociedade governada pelos primeiros dois mil nomes da
lista telefônica de Boston do que numa sociedade governada pelos
dois mil membros do corpo docente da Universidade de Harvard".
Mas Harvard venceu, e Stanford e Yale, e…
Recentemente terminei de ler as memórias do professor de
Stanford Michael McFaul, sobre a formulação de políticas no governo
Obama. Foi uma leitura difícil, porque McFaul é um entusiasta
politicamente correto do tipo mais enfadonho, repetitivo e
exasperante. Ele acredita em feminismo, mudanças climáticas, paz
mundial e democracia. Ele é um fantasista político pronto para
investir numa fazenda de raios lunares se tiver a menor oportunidade.
Eis um trapalhão bem-intencionado, um arquiteto da política de
reconfiguração de Obama na Rússia, que vagamente (meio que)
admitiu ter traduzido mal a palavra "reset" ("reconfigurar", "reiniciar")
no botão que Hillary Clinton deu de presente ao ministro das
Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em 2009. McFaul tem uma
seriedade multicultural tão ofuscante que nunca deveriam ter-lhe
ensinado a ler ou dado permissão para escrever. A doença interna
que aflige pessoas desse tipo já foi descrita por H. L. Mencken como
"a vontade de acreditar". Como formulador de políticas, McFaul é
perigoso em qualquer velocidade; um simplório inteligente cujo
conselho nunca deve ser seguido e cujas prescrições são fatais.
McFaul, é claro, detesta o presidente Trump; provavelmente
pelas mesmas razões por que Claire Berlinski o detesta; a saber, por
conta da evidente inclinação não-intelectual do presidente, a qual se
classifica, na análise de Claire, como "analfabetismo". Somos
informados de que o presidente não gosta de ler. A incapacidade de
Trump para cargos importantes começa aqui, precisamente onde
começa o autismo da classe dominante. Ah sim, eu sei que eles
lêem. Mas, na minha experiência, eles não lêem com discernimento,
e são atraídos pelos livros errados. É um intelectualismo permeado
de autopiedade, desonestidade e malícia. Pode-se dizer, neste
assunto, que nossos intelectuais são odiosos porque lêem.
Nietzsche sabia que havia um problema com os intelectuais há
mais de 130 anos. Em Assim Falou Zaratustra, Nietzsche escreveu:
"Mais outro século de leitores — e o próprio espírito cheirará mal."
No parágrafo seguinte, ele explicava: "A permissão para que todos
aprendam a ler arruína, a longo prazo, não apenas a escrita, mas
também o pensamento."
Muito poucos são capazes de pensar, de se ater aos fatos, de
adiar o julgamento. O caráter é decisivo aqui. O entusiasta
imediatamente acredita, se entusiasma, aplaude. Este é McFaul e
toda a tribo de idiotas úteis da elite. Cobrindo o seu flanco, e
aproveitando ao máximo a sua ingenuidade, está a tribo dos
gangsters intelectuais, os niilistas e os odiadores revolucionários. Eu
preferiria os instintos "iletrados" de Trump ao niilismo "letrado"
dessas pessoas a qualquer momento.
Não que a aversão de Trump pela leitura seja algo para
comemorar. Eu entendo as limitações de quem não lê bons livros.
Porém, mesmo assim, Trump é melhor do que os literatos de
esquerda que o desprezam. Se ele é mau, como sugere Claire
Berlinski, então ele é menos mau do que eles.
A virtude viril combinada com um forte instinto às vezes conta
mais do que a razão na vida do homem. Como geralmente acontece,
a razão ou se prostitui para justificar a arrogância do ego frágil, ou
se humilha diante do fato objetivo motivada por uma abundância de
força interior. Este último caso é relativamente raro hoje em dia.
Portanto, é apropriado ter cuidado com os intelectuais. E digo isso
como alguém que reverencia a inteligência, que acredita na instrução,
mas que está decepcionado com os intelectuais como classe. Tenho
visto maldade covarde em demasia em nossos literatos para
alimentar quaisquer ilusões a seu respeito. É preciso ir mais longe
que Nietzsche ao condenar essas pessoas. Conceder instrução aos
ímpios é como dar pedicure a uma hiena.
Considere o que nossas hienas intelectuais fizeram: idéias falsas
são promovidas em toda parte. A nova religião dos intelectuais é o
socialismo, e ele está se instalando em todos os lados. Ele devora a
semente de milho do futuro. Ele engana e corrompe o público. E
assim que obtiverem um controle suficiente do poder, usarão de
violência contra qualquer um que os contradiga. Eles não estão
interessados no primado da lei. É por isso que a nova religião do
socialismo estabeleceu tantos estados totalitários em todo o mundo
— na Rússia, na China, em Cuba, na Coréia do Norte, no Vietnã, na
Venezuela, na Nicarágua, em Angola, no Congo e outros mais. As
pessoas nesses países não têm direitos. Elas são bens móveis. E
seus governantes socialistas sempre se revelam criminosos,
assassinos e destruidores. Mas todos eles começaram como
intelectuais.
Percebe para onde estamos indo?
Thomas Carlyle certa vez observou que "o homem nunca se
entrega totalmente à Força bruta, mas sempre à Grandeza moral".
Eis a base para uma fraude: a imposição de uma imitação de
grandeza moral (também conhecida como "Politicamente Correto").
Assim, perdemos contato com a verdadeira grandeza moral.
A nova religião dos intelectuais — o socialismo — é uma
doutrina que promete nos levar à falência, financeira e
intelectualmente. Aqueles que têm dúvidas, que discordam da nova
doutrina, são imorais. Devem ser ignorados, ou então são rotulados
de sexistas, racistas ou nazistas. Nós mal consideramos o que é que
racismo ou sexismo seriam, caso fossem algo diferente de um rótulo
usado para destruir pessoas que discordam de políticas específicas
— seja no direito da família, imigração ou segurança nacional.
Um verdadeiro racista não é incomodado por tal rotulagem e
certamente não é destruído por ela. Em vez disso, ela é o seu
emblema de honra. Com mais freqüência, o rótulo de "racista" foi
projetado com um conjunto diferente de vítimas em mente; pois é
inteiramente possível concluir que se é favorável a uma imigração
restringida e à eliminação do "direito ao aborto" devido a um senso
superior de moral e prudência; não devido um desprezo malicioso por
mulheres ou estrangeiros.
É possível se opor ao divórcio, ao aborto e ao feminismo sem
sentir animosidade em relação às mulheres. É possível, de fato, que
alguns de nós estejam honestamente preocupados com a
sobrevivência de nossa própria espécie, e de nosso modo de vida,
sob um regime que insiste que as mulheres devem ter carreiras em
vez de filhos. Poderíamos admitir que nossos ancestrais, cujos livros
de regras jogamos fora, foram sábios e cuidadosos ao preservar
costumes que eram sustentáveis? E agora que herdamos o que a
prudência e previsão deles obtiveram, chamamos sua prudência de
racismo e sua previsão de sexismo.
Somos estúpidos?
A guerra que realmente está acontecendo, em nosso tempo, é
uma guerra contra nossos ancestrais e contra o Criador; uma guerra
de ingratidão — de ingratidão monstruosa, autodestrutiva.
Veronica Kamenskaya, uma blogueira de Moscou, comentou
certa vez o declínio da civilização ocidental e pós-soviética. Ela disse
que a civilização cristã geralmente não permitia o divórcio. E então,
abrimos uma caixa de Pandora virtual. "Assim que o divórcio foi
legalizado na França", escreveu Veronica, "os homens começaram a
se divorciar de suas esposas para se casar com mulheres mais
jovens". No início, 85–90 por cento dos divórcios eram iniciados por
homens. A França viveu um baby boom. Então, observou Veronica,
"a pílula chegou à França em 1969 e o aborto foi legalizado em
1975. Em meados dos anos 80, ocorreu uma mudança drástica".
Antes de 1970, a maioria das mulheres francesas, se trabalhassem,
eram empregadas como escriturárias ou secretárias sem muita
importância — antes do casamento. A partir do final da década de
1960, segundo Veronica, "as francesas começaram a adquirir
prestígio e a ganhar um bom dinheiro; de forma que o casamento
deixou de ser a melhor e única solução para os problemas
financeiros e sexuais enfrentados pelas mulheres francesas."
Nesse momento, dar filhos à luz deixou de ser inevitável. Em
1987, 90 por cento dos divórcios franceses eram iniciados por
mulheres. A respeito dessa estatística, Veronica refletiu: "Os
franceses causaram isso a si mesmos. Eles destruíram a família,
que é a mais preciosa de todas as instituições." Por que uma mulher
buscaria segurança no casamento quando seu marido poderia
descartá-la para se casar com uma esposa mais jovem? Melhor
seria, para uma mulher, então, se ela tivesse uma carreira em vez de
filhos. Veronica não é uma cientista social, mas mesmo assim ela
percebe algumas das forças em ação por trás da degeneração
européia. A taxa de natalidade da Europa entrou em colapso. O
estado facilitou esse colapso, com suas leis de divórcio sem culpa.
Em conseqüência, a Europa está em falta de gente. E isso nos leva
à beira de uma crise sem precedentes. Para compensar essa falta
de gente, a Europa importou milhões de trabalhadores muçulmanos;
tantos, na verdade, que a Europa está gradualmente se
transformando em algo chamado Eurábia.
Aqui encontramos uma transição do "sexismo" para o "racismo".
Todos, é claro, já ouviram falar da Constituição dos Estados Unidos.
É a lei suprema do país. As primeiras dez emendas à Constituição
são conhecidas como "a Carta de Direitos". Os americanos hoje
ouvem muito sobre "direitos" e muito pouco sobre as medidas
práticas necessárias para garantir esses direitos. Muitos americanos
esqueceram que você não pode ter uma constituição a menos que
tenha um país; e você não pode ter um país a menos que o defenda
contra inimigos, estrangeiros e domésticos. No fundo, toda
constituição deve ser interpretada de forma que o direito natural do
país à autodefesa não seja cancelado por um emaranhado crescente
de direitos individuais e das minorias que sufocam as necessidades
da defesa nacional. Então, aqui estamos nós, lutando com a
pergunta: os muçulmanos têm o direito de erguer uma mesquita
próxima ao "marco zero" em Manhattan? O direito à liberdade
religiosa, supostamente garantido pela Constituição, protege os
muçulmanos da discriminação nos Estados Unidos? Ele os protege
contra as barreiras à imigração, contra a desconfiança e a antipatia
da população nativa? Ele permite que eles construam uma mesquita
próxima ao próprio lugar onde "guerreiros" islâmicos fizeram uma
grande ferida no horizonte da maior cidade da América?
O que quer que pensemos da Constituição, ela não pode
proteger os muçulmanos da inimizade que o Islã gera onde quer que
o seu estandarte tenha sido levantado. Na verdade, a Constituição
não foi escrita para proteger a nação do Islã, ou várias colônias
dessa nação plantadas em nosso meio. A Constituição em nenhum
lugar diz que os muçulmanos têm o direito de vir para os Estados
Unidos, construir mesquitas ou estabelecer sua própria cultura como
parte de uma colcha de retalhos multicultural celebrada como um
novo tipo de nação (que efetivamente nega o que a América foi
outrora). Não é por isso que a Constituição foi estabelecida.
Conforme afirmado no Preâmbulo, nossa Constituição foi
estabelecida "a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a
Justiça, garantir a Tranqüilidade doméstica, providenciar a defesa
comum, promover o Bem-Estar geral e assegurar as Bênçãos da
Liberdade para nós mesmos e nossa Posteridade..."
Vale a pena repetir a última frase — "para nós mesmos e nossa
posteridade". Não há nenhuma referência aos muçulmanos, explícita
ou implícita. Eles não pertencem à nossa nação. Eles não são "nós
mesmos e nossa posteridade". Além disso, devemos prestar muita
atenção aos objetivos da Constituição. Como é que a presença de
milhões de muçulmanos nos Estados Unidos torna uma "União mais
perfeita" ou "assegura a Tranqüilidade doméstica"? Claramente, a
presença de uma colônia estrangeira em nosso meio serve para
promover desunião e agitação.
Como os árabes reagiriam se construíssemos uma igreja cristã
em Meca? Sua reação violenta seria imediata e letal. Os
muçulmanos são inimigos da América? No momento, é inconveniente
dizer isso; mas na medida em que os muçulmanos são como
unitaristas, eles não são inimigos. Na medida em que levam a sério o
Alcorão e seus ensinamentos, sua inimizade é estabelecida por seus
próprios preceitos. Se uma pessoa realmente acredita no Alcorão,
ela não pode ser americana sem zombar do que os americanos são.
É importante dizer mais uma vez: se um muçulmano é apenas um
seguidor nominal do Profeta, não há nada de mal nele. Ele poderia
abandonar sua fé e se tornar um americano. Por outro lado, se um
muçulmano é um muçulmano a sério, seguindo os ensinamentos do
Profeta de maneira consistente e consciente, então ele não pode ser
um cidadão dos Estados Unidos de boa-fé. Sua lealdade é para com
Alá e para com a Nação do Islã. Ele não pode servir a dois
senhores. Maomé não instruiu seus seguidores a "dar a César o que
é de César…" A fé muçulmana não concorda com essa máxima. Por
essa e outras razões, a cultura muçulmana não pode coexistir
facilmente com a cultura americana.
O Deus adorado pelos muçulmanos é diferente do Deus
adorado pelos americanos. É um erro pensar que muçulmanos e
americanos podem, no final, viver pacificamente juntos no mesmo
país. Tal projeto, se persistir, concederá uma guerra religiosa à
nossa posteridade. Poderíamos igualmente escrever um novo
Preâmbulo para a Constituição "a fim de formar uma Desunião mais
perfeita, estabelecer o Politicamente Correto, garantir a Desordem
doméstica, sabotar a defesa comum, promover o caos geral e
assegurar as Bênçãos da Ditadura Militar para nós mesmos e nossa
Posteridade." Então, pelo menos, nossas palavras se alinhariam
melhor com nossa política. Claro, somos tolos e ingênuos em nosso
pensamento, e quase não merecemos nossos ancestrais, na medida
em que deixamos de considerar a verdadeira situação de nossa
posteridade.
Poucos têm coragem de apontar o caminho desastroso que
estamos seguindo. Os americanos têm o dever de ler a história do
Islã. Ali encontrarão uma religião espalhada pela espada; um
fanatismo militante que varreu o Império Romano, conquistou a
África, a Espanha e os Bálcãs. Eis uma guerra que durou séculos, na
qual milhões de cristãos foram massacrados e escravizados. Quando
exatamente o Islã declarou que a sua guerra contra a cristandade
havia acabado? Quando os muçulmanos devolveram aquelas terras
tomadas dos cristãos?
Ainda assim, a doutrina do politicamente correto faria o Ocidente
se desculpar com o Islã pelo legado do colonialismo. Dada a história
do Islã e a história dos Estados Unidos, apenas um tolo poderia
imaginar que o Islã e a América poderiam ser misturados com
segurança. Mas hoje temos esta fórmula, inventada e levada adiante
pela esquerda política, chamada de "multiculturalismo". Na verdade,
o multiculturalismo é meramente uma negação da cultura americana
e uma rejeição da noção de que os imigrantes devem se integrar e
se tornar americanos.
Com relação a isso, uma cultura que é representada por todas
as culturas não é americana. É tudo menos americana. Seria como
dizer que todo mundo na terra é, de fato, americano; que cada
cultura representa a cultura americana. Se isso for aceito como
verdade, então não poderá haver cultura americana e toda a herança
real da América será apagada com um único golpe. Se este não é o
objetivo daqueles que promovem o multiculturalismo, então eles se
abriram para um sério mal-entendido. Pois parece que seu projeto é
destruir os Estados Unidos da América usando o multiculturalismo
como arma para desarmar e desorientar o povo americano, retirando
o conceito de "nação", substituindo-o por conceitos que lhes
permitirão jogar um jogo de "dividir e conquistar".
Uma nação é um grupo de pessoas unidas ao longo de
gerações por laços culturais e sociais, pela língua e pela história, por
valores e costumes comuns. Não pode ser um amálgama de todos
os povos e todas as culturas, com conexões tênues e costumes
contrários. Isto não é um país ou uma cultura, mas uma Torre de
Babel. No entanto, dizem-nos para nos tornarmos essa Torre de
Babel e, assim, perder nossa identidade nacional única, ao mesmo
tempo em que engendramos uma guerra civil. Essa doutrina
erradicaria totalmente a América, deixando nada além de uma
paisagem de crateras. Permitir que milhões de muçulmanos entrem
nos Estados Unidos, e dizer que são americanos, é uma espécie de
insanidade — a menos que sejam muçulmanos nominais.
Se um muçulmano quer se tornar americano, é evidente que ele
deve abandonar a sua religião em um sentido fundamental, ou então
podemos desistir de nosso país; pois ele não pode acreditar no Islã
enquanto faz um juramento sincero de fidelidade à Constituição; pois
o Profeta Maomé não teria aprovado a Constituição dos Estados
Unidos. Ele teria pedido por sua anulação e pela criação de um
califado, e muitos de seus seguidores hoje em dia entendem isso.
Do lado americano, é claro que os Pais Fundadores não
estabeleceram este país como um lugar para os seguidores de
Maomé colonizar e subverter. Essa não era a intenção deles, nem
olhariam com bons olhos para os descendentes que interpretaram a
Constituição como um instrumento para a proteção de uma colônia
islâmica dentro dos Estados Unidos. Eles considerariam qualquer
interpretação assim incrivelmente estúpida, pertencente a alguma
nova espécie de idiota americano.
Como pode já estar imediatamente evidente aos mais
inteligentes, é uma inversão imaginar que uma constituição vem
primeiro e uma nação vem em segundo lugar, como se a nação fosse
criada para a constituição em vez de a constituição para a nação.
Com esse erro vem a idéia de que os direitos individuais superam a
existência nacional, de modo que podemos alargar o conceito de
"direitos" mesmo que esse conceito leve a um desmantelamento
geral da existência nacional. Não há direito legítimo que com efeito
desintegre a nação que o observe; pois seria absurdo propor
princípios políticos que pressagiam a destruição daqueles que os
defendem, como seria absurdo propor leis que acabarão levando à
negação de toda lei.
Não só o indivíduo tem o direito de legítima defesa, mas
também a nação tem o direito de legítima defesa. Pois, se não
houvesse nação, não poderia haver nenhuma unidade para organizar
a defesa efetiva do indivíduo. Além disso, não devemos fingir que o
suicídio nacional é de alguma forma um ideal iluminado. Não é nada
desse tipo. E aqueles que desprezam o estado-nação não são
progressistas, mas sim seguem um caminho que leva de volta à
Idade das Trevas. Patriotismo nacional não é sinônimo de racismo ou
coletivismo. Amor à América não significa ódio contra os
muçulmanos, ou uma campanha para denegri-los. Tal amor,
devidamente considerado, reconhece diferenças irreconciliáveis entre
as leis estabelecidas pelo Profeta Maomé e as leis estabelecidas por
nossos Pais Fundadores. As duas coisas não podem coexistir numa
única nação, abaixo de Deus. Pois as concepções muçulmana e
cristã de Deus estão em desacordo, assim como nosso conceito de
lei. Uma criança pode ver isso, e mesmo assim as nossas
autoridades politicamente corretas não reconhecem nenhum
problema.
Se alguém censurar o estado-nação por ser a principal causa de
guerra, deveria considerar que as guerras existem desde o início da
história humana e ocorreram entre cidades-estado, tribos, clãs e
impérios. É um erro culpar o estado-nação pela guerra. A guerra faz
parte da condição humana. Os homens lutarão uns com os outros,
estejam ou não organizados sob estados-nação ou sob barões
feudais. É uma aflição de todos os estados em todas as épocas, não
uma prerrogativa do estado-nação.
Mas será que não evoluímos? Não deveríamos desistir de nosso
nacionalismo mesquinho? Não somos todos simplesmente "cidadãos
do mundo"? Se abraçarmos os muçulmanos, certamente a paz virá.
Somos todos seres humanos e a tolerância prevalecerá se dermos o
tom. Portanto, dizem os progressistas, precisamos abraçar a
unidade da humanidade. É a única alternativa à guerra destrutiva.
Pergunte a si mesmo: por que à América é negado o direito de
defender suas fronteiras, sua cultura e o próprio marco de seu luto
(isto é, o "marco zero")? Porque a esquerda sonha com um mundo
sem nações, onde a própria guerra tenha sido erradicada. Este
sonho é a ilusão de tolos e loucos. É uma desculpa para travar um
tipo de guerra muito mais terrível — uma guerra contra a própria
civilização. Na verdade, nunca haverá um mundo sem guerra, assim
como nunca haverá um mundo sem pobreza ou morte. Fazer guerra
contra a guerra é apenas um pretexto para buscar o poder pelo
poder.
Para quem quer o poder total, os Estados Unidos representam
uma barreira que deve ser derrubada; pois impedem todos os
lunáticos revolucionários que sonham com um admirável mundo novo.
Ah, sim, a América está no caminho da grande comunidade socialista
da humanidade — um bloco de açougueiro e um matadouro. Aqui
vemos que tipo de arma é o multiculturalismo e o que ele pretende
alcançar.
Nesse contexto, o Islã serve apenas como o "quebra-gelo da
revolução". Uma arma, empregada contra nós pela esquerda
revolucionária, tem direitos? Não. Um inimigo tem direitos? Apenas
no que diz respeito às regras de guerra acordadas. O leitor
americano deveria se perguntar, no final das contas, o que
aconteceria se o Islã ou o comunismo ganhassem na América. E se
o Islã assumisse o controle? E se um regime comunista chegasse ao
poder? Nesse caso, não seria justo descrever a América como um
país ocupado por um inimigo interno? Como é, então, que toleramos
a aberta subversão de nosso país? Como é, então, que somos
incapazes de chamar nossos inimigos pelo nome (exceto os que se
escondem em cavernas distantes)?
Não temos o direito de reconhecer aqueles que estão contra
nós? Ou já estamos subjugados? O leitor pode ver, com bastante
clareza, que todas as questões — desde o divórcio e o aborto à
imigração e o terrorismo — estão interligadas. O que nossos
ancestrais aceitavam como sábio e prudente nós descartamos como
sexismo e racismo. Portanto, abraçamos o feminismo em detrimento
de nossa taxa de natalidade; e abraçamos o multiculturalismo em
detrimento de nossa segurança nacional. Tanto ao feminismo quanto
ao multiculturalismo caberia exatamente o mesmo título: Suicídio
Coletivo.
No fundo, os argumentos a favor do Suicídio Coletivo são
argumentos hedonistas. Pois é o hedonismo que leva o homem a se
divorciar de sua esposa e a esposa a escolher uma carreira. É o
hedonismo que adota a pílula e o aborto. É hedonista rejeitar os
filhos em favor de uma carreira e postular-se como o princípio e o
fim da existência. É o hedonismo que suscita o multiculturalismo,
visto que estamos muito ocupados fazendo compras e nos divertindo
para perceber que temos inimigos.
É, como Nietzsche predisse, um pântano raso sobre o qual ecoa
o refrão: "Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado".

A Rússia é comunista em segredo?


27/09/2019

Muitos não acreditarão na verdade. Mas aqui está: a camarilha


dominante na Rússia não é nacionalista. Os verdadeiros grupos
nacionalistas são perseguidos na Rússia. Os principais partidos
políticos do país são liderados por apparatchiks; isto é, por pessoas
"soviéticas".
Um famoso desertor da KGB certa vez sugeriu que os partidos
políticos da Rússia são meros ramos do Partido Comunista,
separados em subunidades para dar a aparência de uma
democracia. Se um partido verdadeiramente independente
aparecesse na Rússia, os comunistas e seus amigos (que ainda
controlam a segurança do Estado) rapidamente se infiltrariam e
tomariam conta dele.
O que vemos hoje na Rússia é uma clássica trapaça ao estilo
soviético. A prova dessa trapaça pode ser encontrada no discurso
pró-comunista de Putin no Festival Mundial da Juventude e dos
Estudantes de 2017, realizado em Sóchi. Putin declarou abertamente
o seu apoio aos jovens comunistas, dizendo que eles representam o
futuro e que ele está por trás deles.
O apoio russo ao comunismo hoje é mais do que mera
propaganda da boca para fora. O governo russo apóia regimes
comunistas em todo o mundo. Moscou está ajudando o regime
marxista-leninista na Nicarágua. Moscou enviou tropas para defender
a Venezuela comunista. Moscou ajudou a Coréia do Norte com
tecnologia militar e também facilitou o crescimento militar da China.
Em que sentido essas ações são nacionalistas? Os verdadeiros
nacionalistas não apóiam o comunismo global. Se analisarmos isso
com cuidado, indo caso a caso, descobriremos que a Rússia ainda
faz parte do Bloco Comunista e que o Bloco está se preparando para
a guerra.
No que diz respeito a fingir-se de nacionalista, a Rússia se
aproveita de nossa ingenuidade. A política russa freqüentemente se
baseia numa "estratégia das tesouras", na qual o Kremlin apóia os
dois lados de um conflito local. Nessa estratégia, um lado é apoiado
de maneira aberta (e enganosa), assim como Putin parece apoiar
Trump. Enquanto isso, o lado oposto recebe orientação clandestina
para apoderar-se do processo de segurança do inimigo.
As guerras afegãs (1979 até o presente) são um exemplo da
estratégia das tesouras conforme praticada por Moscou ao longo de
quatro décadas. Outro exemplo é a luta contra o extremismo
muçulmano de modo mais geral. Mas o exemplo mais ousado é o
suposto apoio da Rússia ao nacionalismo, mesmo quando os
agentes de influência esquerdistas de Moscou chamam os
nacionalistas de "nazistas" e "traidores".
Quando a esquerda totalitária assumir abertamente o poder nos
Estados Unidos, eles podem prender todos os "inimigos de classe"
sob o argumento de que são traidores em conluio com a Rússia. E
Putin vai rir — porque a Rússia sempre depositou suas esperanças
na esquerda americana, não na direita. Mas quase ninguém na mídia
entende o jogo.
Poucos especialistas têm uma compreensão real do sofisticado
estoque de truques estratégicos da Rússia. Os historiadores
militares não entendem muitas das batalhas do século passado
porque não enxergam o campo de jogo mais amplo em que as
batalhas são apenas um único aspecto de algo que envolve áreas de
atividade aparentemente não relacionadas — da corrupção da língua
e da cultura à erradicação de Deus, da família e do país.
Todavia o problema não é inteiramente devido a uma falha de
compreensão. Grande parte da história recente foi relatada de
maneira enganosa por pessoas que sabem que estão mentindo ou
não se importam com a verdade. Como Diana West escreveu em
seu livro, American Betrayal, "nossos verdadeiros heróis foram
marcados com a letra escarlate do século XX — A de
anticomunista". Qualquer pessoa que ameace a narrativa da nova
religião sofre o que Eugene Lyons chamou de "uma espécie de
ostracismo intelectual".
O comunismo se escondeu depois de 1991, mas estava mais
ativo do que nunca — nas escolas, na mídia, nas ciências e nas
artes. Depois de 1991, o Partido Comunista da União Soviética
passou à clandestinidade. Esta não foi uma manobra nova. Os
comunistas realizaram um ato semelhante de desaparecimento com
a Comintern em maio de 1943. Aqueles que pensavam que Stalin
havia desistido da idéia da Revolução Mundial estavam tão errados
quanto aqueles que acreditam na queda do comunismo hoje.
Todos esses pontos deveriam ser perfeitamente óbvios,
entretanto as pessoas são incapazes de enxergar através de tantas
mentiras. Essas mentiras agora estão arraigadas na mente popular.
Consideramos-nos espertos por saber tudo sobre as "medidas
ativas" soviéticas durante a Guerra Fria. No entanto, o suposto
desaparecimento dessas medidas esconde a maior medida ativa em
andamento de todas.
Comunistas bem informados sabem que a União Soviética ainda
existe, por trás da fachada da Federação Russa. A URSS ainda é a
pátria soviética e "O Estado-Maior" do movimento comunista mundial.
Agora mesmo, o partido comunista está republicando as obras de
Lenin com a ajuda da Editora Progresso de Moscou. Sim, é a
mesma editora estatal que imprimia propaganda soviética na década
de 1960. Aqui nós os pegamos. Aqui, a esquerda não está
lamentando o nacionalismo perverso de Putin. Os comunistas
americanos estão trabalhando com o Estado russo — agora mesmo,
hoje, na promoção de Marx e Lenin. Como isso é possível se Putin é
nacionalista?
Obviamente, Putin não é nacionalista. E é por isso que ele está
construindo mísseis e armas nucleares o mais rápido que pode. Seu
objetivo é esmagar o capitalismo, não apoiar o nacionalismo. Os
Estados Unidos podem estar muito próximos da derrota, visto que o
momento de "um punho cerrado" chegou. Todos perderam o jogo e
agora provavelmente é tarde demais.
Boa sorte com a suposição de que nossa esquerda doméstica
chegou onde está sem a orientação russa. Nossos comunistas
domésticos estão apoiando as mesmas medidas ativas que a
Academia Soviética de Ciências obteve para eles em suas
operações de sabotagem e subversão de décadas passadas. Nada
mudou de fato desde os anos 1930, exceto que não temos
organizações anticomunistas como o FBI ou a Igreja Católica. O
anticomunista é uma espécie em extinção. E levando em conta o que
vemos por todos os lados, desde a celebridade de Alexandria
Ocasio-Cortez até a crença no aquecimento global, a civilização
ocidental está perdendo em todas as frentes.
A Rússia ainda é a pátria do socialismo. Putin não é um
nacionalista, mas sim um comunista. O Kremlin não queria que Trump
fosse presidente. Eles queriam Clinton, e estão formando a AOC
para o futuro. O Kremlin, na verdade, mente sobre tudo, mesmo
quando não há razão aparente para mentir. Com o tempo, é claro, as
razões entrarão em foco.

Quando os traidores bradam traição


22/10/2019
Recentemente, tive uma longa conversa com Simona Pipko, que
trabalhou como advogada soviética dos anos 1950 ao início dos anos
80. Ela disse que Stalin planejou os sistemas político e jurídico
soviéticos. "Ele disse aos comunistas para nunca admitirem nenhum
crime", explicou ela. "Sempre coloque o crime na conta dos inimigos
do comunismo."
O que acontece quando os traidores estão bradando "traição" e
apontando o dedo para os inocentes? Esse é o teatro político de
nossos dias; em que traidores fingem ser contra a traição; em que
processam — como traidores — qualquer um que fique em seu
caminho. E tudo está de acordo com os métodos desenvolvidos por
J. V. Stalin, o infame ditador soviético.
Se você é culpado de traição, acuse os seus oponentes políticos
de traição. Se você é corrupto, diga que eles são corruptos. "Eu ouvi
Stalin falar pessoalmente. Ele era muito claro, muito lógico",
acrescentou Pipko. E, obviamente, os métodos de Stalin eram
eficazes e foram usados nos famosos julgamentos-espetáculo da
década de 1930. Reiteradas vezes, os asseclas de Stalin acusaram
seus rivais políticos de crimes. Mas quem era o verdadeiro
criminoso?
Simona disse que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o
deputado Adam Schiff foram obviamente moldados nos moldes de
Stalin. Eles estão usando os métodos de Stalin, observou ela. Pode-
se dizer que a homenagem ao método é uma homenagem ao fim.
Para alguns de nós, a agenda ideológica de Pelosi é óbvia há muitos
anos. Afinal, quando você apóia constantemente políticas
prejudiciais, agendas e narrativas subversivas, então você é um
subversivo.
Na semana passada, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi,
acusou Trump de trabalhar para Putin. Durante uma reunião com o
presidente, ela disse: "Com sua política externa, todos os caminhos
levam a Putin." Ela já havia anteriormente chamado o presidente de
traidor. Trump saiu e foi embora? Não, ele revidou. Trump
escandalizou Pelosi e os líderes democratas do Congresso ao dizer
que Pelosi era uma política de terceira categoria. Mas a verdadeira
razão pela qual eles saíram enfurecidos pode ter sido devido a um
comentário mais revelador. Parece que Trump deu a entender que os
líderes democratas eram simpatizantes comunistas. Ele disse que
havia comunistas envolvidos na Síria "e vocês talvez gostem disso".
Trump deu aos democratas uma forte dose de seu próprio
remédio. Como eles reagiram? Por incrível que pareça, eles fingiram
indignação contra insultos não relacionados. O New York Times até
omitiu qualquer menção à insinuação de Trump sobre as simpatias
comunistas de Pelosi. Isso me parece calculado.
Por que a insinuação comunista de Trump deveria ser evitada
pelo Times? Dado o avanço do comunismo no país, dada a
subserviência do Partido Democrata à agenda comunista, não se
atreveram a realçar a observação presciente do Presidente.
Relacionada a isso, há outra observação a ser feita — a qual
poucos ousaram fazer. A derrota do comunismo em 1991 não foi
nem final nem completa. Os serviços especiais de Moscou
colocaram seus agentes em muitas posições de liderança nos
Estados Unidos. Ao longo das últimas três décadas, a penetração
comunista nos Estados Unidos passou de uma epidemia a uma
pandemia após a eleição de Barack Obama. E é por isso que
estamos na bagunça que vemos hoje.
Muitos discordarão desta análise. Mas o leitor deveria parar e
pensar. Considerando o seu próprio conluio anterior com potências
comunistas, por que Hillary Clinton e Nancy Pelosi deveriam acusar
Donald Trump de conluio com Moscou? E por que o New York Times
se absteria de publicar a sugestão de Trump sobre as simpatias
ideológicas de Pelosi?
Porque a observação estava perto demais da verdade.
Se Pelosi finge evitar Moscou e Pequim, não devemos confiar
nela. O seu registro ideológico conta uma história muito diferente.
Portanto, devemos reiterar nossa pergunta: o que acontece quando
os traidores estão bradando "traição" e apontando o dedo para os
inocentes?
Observe cuidadosamente o que acontece a seguir...
A rixa do "impeachment"
29/10/2019

Nenhum apóstolo jamais duvidou do futuro de sua fé, e os


socialistas estão persuadidos de seu iminente triunfo. Aos
discípulos dos novos dogmas, nada parece mais simples.

— GUSTAVE LE BON

Se o socialismo é um novo tipo de religião, se eles devem ter o


poder para salvar os oprimidos, se eles são politicamente corretos
em palavras e ações, então eles precisam ter a cabeça de Donald
Trump.
Donald Trump, afinal de contas, não é um socialista. Ele não é o
defensor dos oprimidos. Ele é o defensor dos Estados Unidos da
América. Por preceito, ele coloca o povo americano à frente dos
oprimidos. Conseqüentemente, ele se opõe aos princípios básicos
da nova religião. Ele se opõe à teoria do aquecimento global
antropogênico. Os acólitos da nova religião, portanto, odeiam Donald
Trump.
Uma vez que essas pessoas dominam a mídia, as falhas de
Trump são amplificadas e exageradas pela mídia. Uma vez que os
socialistas controlam a Câmara dos Representantes, a Câmara inicia
um processo de "impeachment". Uma vez que os marxistas dominam
a educação na América, eles educaram os jovens a votarem no
partido do socialismo — contra Trump.
O plano socialista é remover Trump do cargo para consolidar o
poder socialista. Esse poder será baseado em conceitos socialistas
de governança, a economia anti-capitalista, o ateísmo e o evangelho
social. Isso é o que significa o termo "progressismo".
Os socialistas devem vencer ou morrer sob a bandeira do
impeachment. Conforme a narrativa deles evolui, Trump se
transforma em um traidor por definição. Conforme a narrativa deles
evolui, todos os que se opõem ao socialismo também serão listados
como traidores. A nova religião ensina que a própria América é uma
espécie de traição — uma mancha que deve ser apagada do mapa
mundial.
Os socialistas acreditam que não deve haver nenhum
compromisso com os ideais obsoletos dos Pais Fundadores da
América. Assim que puderem denunciar os Pais Fundadores sem
conseqüências negativas, eles o farão. Se os mísseis russos
precisam destruir os seus alvos na América e as tropas chinesas
precisam aparecer na Califórnia, que assim seja. Essa é a fé
socialista. Ela esconde a sua lealdade estrangeira por trás do álibi
do conluio Trump-Rússia. Eis a sua camuflagem política. Aqui eles
armaram uma emboscada para seus compatriotas.
A Utopia Socialista não pode ser alcançada enquanto Trump for
presidente. Remova-se Donald Trump e o caminho para o paraíso
será desobstruído. Remova-se Donald Trump e a América abrirá
suas fronteiras. Abram-se as fronteiras e o partido do socialismo
dominará para sempre. Alcançando o controle absoluto, eles
desarmarão o país contra seus inimigos estrangeiros.
O mundo então pertencerá a Moscou e Pequim.

São os socialistas, estúpidos: uma nota de


Benjamin Gitlow
02/11/2019

O objetivo do socialista é consolidar o poder político. Só então


ele pode construir o seu mundo ideal, erradicando os "males do
capitalismo". A antipatia cínica dos socialistas pelo sistema existente
abre o caminho para a construção de um sistema ainda mais cínico
— longe do mundo ideal que estão tentando criar. Socialistas
devotos podem parecer formidáveis, é claro, até ferozes; ou podem
soar bobos, até infantis.
Um dos socialistas mais interessantes do século XX foi Benjamin
Gitlow, que começou como um comunista devoto e despertou para a
sua imoralidade após um confronto com o ditador soviético Joseph
Stalin. Em sua introdução ao livro de Benjamin Gitlow, The Whole of
Their Lives, Max Eastman descreveu Gitlow como um marxista ideal
e "o primeiro homem preso nos Estados Unidos por defender o
comunismo".

Seu julgamento ocorreu em 1919, no meio das famosas


"incursões vermelhas" do procurador-geral Palmer.
Clarence Darrow prometeu libertá-lo encobrindo as
implicações das coisas subversivas que ele havia dito. Mas
Gitlow não queria ter nada a ver com isso. Ele era um
revolucionário e insistiu para que Darrow o defendesse com
base apenas no "direito à revolução".

Por ter defendido a derrubada do governo dos Estados Unidos,


Gitlow foi condenado e sentenciado de acordo com o estatuto da
Anarquia Criminal de Nova York de 1902. Gitlow não fez nenhuma
tentativa de esconder suas motivações comunistas. Durante o
julgamento, ele denunciou o sistema político dos EUA como uma
"ditadura capitalista". Ele se dirigiu ao júri da seguinte maneira:

Os socialistas sempre afirmaram que a mudança do


capitalismo para o socialismo seria uma mudança
fundamental, que... teríamos uma reorganização completa
da sociedade, que essa mudança não seria uma questão de
reforma; que o sistema capitalista... daria lugar a um novo
sistema de sociedade baseado em um novo código de leis,
baseado numa nova ética e baseado numa nova forma de
governo. Por essa razão, a filosofia socialista sempre foi
uma filosofia revolucionária e as pessoas que aderiram ao
programa socialista… sempre foram consideradas
revolucionárias, e… eu sou um revolucionário.

Em sua sabedoria, o júri o considerou culpado. Ele serviu três


anos na prisão de Sing Sing antes de ser perdoado pelo governador
Al Smith. Depois de sair da prisão, sua carreira revolucionária foi
ainda mais espetacular do que antes. Gitlow prosseguiu até ocupar
"todos os cargos importantes no Partido Comunista Americano": de
acordo com Eastman, Gitlow tornou-se editor-chefe do jornal do
Partido Comunista, ele se tornou —

membro de seu Comitê Político, membro de seu


Secretariado de Três, Secretário Geral do partido, diretor
de sua política de greve e comércio sindical, líder secreto
da greve dos trabalhadores têxteis de Passaic, a maior
greve comunista de nossa história, e duas vezes o
candidato comunista para vice-presidente. Ele fez sua
primeira viagem a Moscou em 1927, a pedido especial do
Kremlin. Uma longa conversa com Stalin sobre os
problemas do movimento americano garantiu-lhe a mais alta
promoção. Ele se tornou membro do comitê executivo tanto
da Internacional Sindical Vermelha como da Internacional
Comunista, e dentro desta última foi eleito para o
Presidium, o grupo dirigente interno do movimento
comunista mundial.

Gitlow foi um dos principais líderes comunistas da América. Mas


então algo aconteceu. Ele começou a duvidar da bondade e
infalibilidade de Joseph Stalin, o chefe número um do movimento
comunista mundial. Enquanto participava da sessão de maio de 1929
do Presidium da Internacional Comunista em Moscou, Stalin queria
remodelar o partido americano de acordo com suas especificações.
Então, Stalin apresentou um "Discurso ao Partido Americano", no
qual denunciava os líderes comunistas americanos como
"desviacionistas de direita" e "oportunistas sem princípios". Dessa
forma, Stalin esperava subordinar os líderes comunistas da América
a si mesmo. Em reação, os comunistas americanos se uniram,
reprovando Stalin.
Como Moisés descendo do Sinai, Stalin desceu pessoalmente
ao Presidium da Internacional Comunista. Ele subiu ao pódio e
estabeleceu a lei. Ele se dirigiu aos comunistas reunidos da seguinte
forma:
…o extremo partidarismo dos líderes da maioria [da
delegação americana] os levou ao caminho da
insubordinação e, portanto, da guerra contra a Comintern...
E agora surge a pergunta: os membros da delegação
americana, como comunistas, como leninistas, consideram-
se no direito de não se submeterem às decisões do Comitê
Executivo da Comintern sobre a questão americana?

A delegação americana ficou aterrorizada com a declaração de


Stalin. Sendo acusados de partidarismo e insubordinação por Stalin,
eles imaginaram o pior. O que Stalin faria com eles? Eles estavam
seguros? Eles seriam expulsos da Internacional Comunista? De
forma bem característica, Stalin exigiu que cada membro da
delegação americana se levantasse e declarasse a sua posição. Um
por um, os comunistas americanos, assustados pelo furioso ditador
soviético, se submeteram. Gitlow foi o último americano a falar. Ele
disse:

Não posso aceitar a exigência que me é feita de me


desacreditar perante a classe trabalhadora americana, pois
eu não estaria desacreditando apenas a mim mesmo e à
liderança do partido, mas ao próprio partido que deu origem
a essa liderança... Não só voto contra a decisão, mas
também, quando voltar aos Estados Unidos, lutarei contra
ela!

Um longo assobio foi ouvido da multidão. Stalin voltou ao pódio,


enfurecido. O ditador soviético falou o seguinte:

A verdadeira coragem bolchevique não consiste em colocar


a vontade individual acima da vontade da Comintern. A
verdadeira coragem consiste em ser forte o suficiente para
dominar e superar a si mesmo e subordinar a sua vontade à
vontade do coletivo, a vontade do corpo superior do
partido... E isso é verdade não apenas no que diz respeito
a partidos individuais e seus comitês centrais; é
particularmente verdade no que diz respeito à Comintern e
seus órgãos de direção, que unem todos os partidos
comunistas em todo o mundo... Eles falam de sua
consciência e convicções... Mas o que fazer se a
consciência e as convicções do Presidium entrarem em
conflito com a consciência e as convicções de membros
individuais da delegação americana? O que fazer se a
delegação americana receber apenas um voto para a sua
declaração, o voto do Camarada Gitlow, enquanto os
demais membros do Presidium se declararem
unanimemente contra a declaração?

Essa era a lógica de Stalin — a lógica da disciplina política. É


importante lembrar que o movimento Comunista Internacional é e era
governado por consenso. A democracia no movimento comunista não
significava votar na sua consciência. Democracia significava
consentimento, não dissidência. Na prática, o coletivismo requer
consenso. Era assim sob as ordens de Stalin, e continua sendo
assim na Rússia de hoje (que ainda é comunista em segredo) e na
China (que é abertamente governada pelo Partido Comunista
Chinês). Por não aceitar o consenso comunista, Gitlow foi expulso do
movimento comunista. De acordo com Eastman,

De um alto funcionário de uma estrutura de poder


supostamente a caminho de dominar o mundo, ele se tornou
uma pessoa obscura, sem dinheiro, sem profissão e quase
sem amigos, andando pelas ruas de Nova York em busca
de emprego.

Gitlow foi um dos principais organizadores da esquerda nos


Estados Unidos. Poderíamos dizer que ele foi um dos fundadores do
chamado "movimento progressista". Como tal, ele entendeu como a
organização comunista funcionava na América — nos bastidores. Ele
conhecia o pensamento estratégico da Comintern. Ele sabia tudo o
que os comunistas estavam fazendo naquela época.
Por causa de sua ruptura com Stalin, Gitlow passou a se opor
ao comunismo e alertou publicamente sobre os seus métodos. De
acordo com Gitlow, seria incorreto ver o Partido Comunista como
uma facção pequena e irrelevante da esquerda. Desde a Revolução
Russa, a esquerda na América e na Europa se tornou, com o tempo,
um grupo diversificado de facções políticas involuntariamente
dominadas por uma equipe muito pequena de comunistas que são
experientes nas artes de manipulação e controle clandestino. Gitlow
explicou o seguinte:

Durante o período em que o Partido Comunista operou


como uma organização clandestina, eles se introduziram em
praticamente todo aspecto da vida social e política
americana. Em suas atividades, os comunistas eram
guiados por uma política geral baseada nas táticas da
Frente Unida.

Lenin foi o criador das "táticas da Frente Unida", as quais


colocaram comunistas dentro de várias organizações não-comunistas
com o propósito de alinhar gradualmente essas organizações com os
planos comunistas. Dessa forma, a esquerda foi reorganizada e os
comunistas forneceram um foco ao todo. Gitlow escreveu:

Pela aplicação habilidosa da política da Frente Unida, os


comunistas se tornaram uma força importante e
freqüentemente decisiva em movimentos e ações, políticos
e apolíticos, dos quais, de outra forma, eles seriam
excluídos. O emprego de táticas da Frente Unida forçou os
comunistas a aprenderem a lidar com pessoas e
movimentos fora de seu campo. Assim, os comunistas
tornaram-se negociadores competentes e políticos astutos.
Uma vez que os comunistas colocavam os pés na estreita
abertura da porta de uma organização, eles geralmente
conseguiam se espremer até entrar de corpo inteiro na
organização, seja capturando a organização ou dominando
os seus negócios.
Na superfície, o observador casual não vê nenhum comunista.
Há somente uma organização aparentemente respeitável trabalhando
por uma "boa causa". Olhando de perto, entretanto, se encontrarão
muitas organizações apoiando políticas que trazem vantagens aos
comunistas. Pegue alguma causa que qualquer um possa considerar
legítima, enfeite-a com slogans e repita esses slogans milhares de
vezes. Em conseqüência, novas leis serão adotadas, novas formas
de pensar serão desenvolvidas. Quem, nesse ínterim, percebe que
as idéias marxistas estão se enraizando cada vez mais? — que o
capitalismo está cada vez mais paralisado? Os ativistas só precisam
de uma causa, desde a opressão das mulheres ou das minorias ao
aquecimento global ou o casamento gay. Como Gitlow explicou,

Com isso, os comunistas criam movimentos populares


envolvendo grandes multidões, por meio das quais podem
projetar publicamente suas opiniões de um modo muito mais
amplo do que se agissem de forma independente. Visto que
os comunistas constituem as únicas forças disciplinadas e
estreitamente unidas, eles têm relativamente pouca
dificuldade em obter o controle na Frente Unida. Jogando
com a vaidade de pessoas influentes e proeminentes,
dando-lhes honrarias, posições e lugares em comitês de
nomes pomposos, e explorando habilmente as táticas da
Frente Unida, os comunistas, nos últimos anos,
conquistaram para si a liderança de muitas causas de
caráter progressista e humanitário.

A declaração de Gitlow, acima, foi publicada pela primeira vez


em 1948, há mais de setenta anos. Ela é tão verdadeira hoje quanto
era então. Os comunistas estavam controlando ou dominando várias
organizações não-comunistas em 1948. E sim, eles estão fazendo a
mesma coisa hoje, em 2019. Fomos enganados de modo a pensar
que houve uma "ruptura com o passado". Imaginamos que não existe
mais uma Comintern. Imaginamos que os comunistas nos Estados
Unidos não seguem mais um consenso partidário rigoroso
estabelecido em Moscou ou Pequim. Sem entender as táticas da
Frente Unida dos comunistas, somos incapazes de impedir o seu
avanço. E eles estão avançando.
Nas décadas anteriores, os comunistas se infiltraram em muitas
organizações de esquerda. Hoje eles também se infiltram na direita,
que se tornou incrivelmente mole. Como isso é possível? Porque os
comunistas estavam se infiltrando na direita desde o início, quando a
direita era forte em números e convicção. Hoje é brincadeira de
criança para eles.
Em 1921, os comunistas criaram um movimento que passou a
ser considerado como o movimento anticomunista mais importante
do mundo. Ele era chamado de Aliança Monarquista da Rússia
Central. Um banco de Moscou servia como sua sede, e era por esse
motivo conhecida informalmente como a "Trust" ("Crédito"). Seus
agentes associavam armas à diáspora russa branca, planejando
assassinatos, emitindo passaportes falsos, infiltrando-se nos
ministérios do governo soviético. Todas as agências de inteligência
da Europa acreditavam na autenticidade da Trust. Também contavam
com ela para fins de inteligência.
Por causa da Trust, os serviços especiais soviéticos
conseguiram entrar em organizações anticomunistas em todo o
mundo. Por causa da Trust, os comunistas puderam conhecer as
fraquezas dos serviços de inteligência do Ocidente. Os livros de
história raramente mencionam a Trust, por um motivo muito especial:
quando a inteligência soviética revelou que ela era falsa, a vergonha
foi tão grande, e a humilhação tão dolorosa, que todos quiseram
esquecê-la. Então esqueceram.
Sob as ordens de Lenin, os comunistas aprenderam a se infiltrar
em toda parte, a fingir qualquer coisa para qualquer um. Não havia
nenhum limite para as mentiras que contavam, nenhuma fraude
demasiado fantástica, nenhum tolo demasiado incrédulo, nenhum
método conspiratório demasiado absurdo. Eles tornaram o grotesco
aceitável. E agora, olhe para a política de hoje. O que não é
grotesco?
Acabei de lhe dar agora a chave, a explicação de tudo.
O que a aranha fará?
05/11/2019

"Numa selva de espelhos. O que a aranha fará [?] "

— T. S. ELIOT, "GERONTION", 1920

Vinte e cinco anos atrás, um desertor da era soviética chamado


Alex me contou sobre um escritório da KGB na União Soviética. Eles
tinham todas as escrivaninhas dispostas no andar principal, com uma
única escrivaninha grande no meio do escritório, onde se sentava um
velho gentil e prestativo. Ele era amigo de todos. Ele ouvia com
simpatia os problemas pessoais dos funcionários da KGB. Ele os
aconselhava sobre todos os assuntos, e atenuava as coisas com o
chefe, cuja porta do escritório estava sempre fechada e escura.
Ninguém jamais via o chefe, exceto o velho. Um dia, o velho se
aposentou e eles lhe fizeram uma festa. Foi nessa festa que o velho
revelou que ele havia sido o seu chefe desde o início. Alex terminou a
história imitando uma aranha com os dedos e disse: "As aranhas
estão por toda parte". Então deu uma piscadela.
Claro, é verdade. As aranhas estão por toda parte. Elas estão à
solta — como T. S. Eliot sugeriu — numa "selva de espelhos". Às
vezes, numa selva de espelhos de parque de diversões. Veja, por
exemplo, o caso do deputado brasileiro Alexandre Frota. Na sexta-
feira passada, em entrevista ao UOL (noticiário), ele acusou várias
pessoas de dar início a uma sofisticada campanha de desinformação
no Brasil. Segundo Frota, "[ela é] dirigida pelo... escritor Olavo de
Carvalho e pelo jornalista Allan dos Santos, dono da TV Terça Livre,
que apóia abertamente o [presidente] Bolsonaro".
Detetive intrépido, a "investigação" de Frota desenterrou vários
tentáculos de uma vasta conspiração de "direita":

Comecei a tomar conhecimento desses milicianos digitais,


militantes de extrema direita, que hoje estão vestidos de
assessores parlamentares. Com suas credenciais, eles
estão recebendo bons salários, trabalhando em repartições
públicas. Nós já temos algumas suspeitas concretas de
onde eles podem estar escondidos.

O deputado Frota alegou que um "serviço sujo" estava sendo


executado por alguém nos bastidores. "Todo mundo sabe disso", ele
explicou. Há uma pessoa obscura "vivendo ali e apoiada pelo Filipe
G. Martins [o assessor especial para assuntos internacionais do
Presidente da República]". É alguém que se senta numa sala
especial, perto do gabinete do presidente. É alguém que é
respeitado pelo "velho".
O jornalista que realizava a entrevista perguntou a Frota o nome
dessa figura obscura; mas ele não conseguia se lembrar
perfeitamente. O nome era algo como Jefferson ou Jeffrey. "Sim",
disse o deputado Frota, "Jeffrey Richard Nyquist... É uma pessoa em
quem a gente está de olho... Ele era freqüentemente visto na Casa
[Câmara dos Deputados] e, para minha surpresa, o nome dele já
estava ligado a 'fake news'".
Segundo o deputado Frota, Jeffrey Richard Nyquist tem estado
à solta na Câmara dos Deputados do Brasil, "oferecendo serviço" a
uma taxa de "entre R$ 15 e R$ 20 mil" para manipular redes sociais,
mobilizar "milicianos digitais", orquestrar uma revolução de "extrema
direita" no Brasil.
Obviamente, o deputado Frota acusou a mim — o autor deste
blog — de estar no centro de uma vasta teia-de-aranha direitista.
De fato, T. S. Eliot tinha razão em perguntar: "O que a aranha fará?"
Em primeiro lugar, desafio o deputado Frota a documentar essas
supostas aparições do Jeffrey na Câmara dos Deputados. Como
residente da região do Noroeste Pacífico da América, ele vai me
achar tão difícil de capturar quanto o meu companheiro político, o
Pé-Grande Sasquatch. As densas florestas ao redor de Brasília nos
fornecem ampla cobertura. Não seja um mariquinhas, deputado
Frota. Conduza uma expedição à verdadeira selva. Afaste-se desse
espelho de parque de diversões. Deixe de lado as suas projeções
paranóicas. O meu disco voador está estacionado numa clareira,
coberto por uma rede de camuflagem. Eu o desafio a me encontrar!

"Boa caçada, Frota!"

O pântano e suas criaturas


08/11/2020

O que é o pântano? Na década de 1950, o senador Joseph


McCarthy deu um nome ao pântano. Ele o chamou de "a conspiração
comunista internacional". Ele falou sobre a penetração comunista no
governo, a subversão da política dos EUA, a traição de nossos
militares em campos de batalha distantes. Ele apontou as nefastas
maquinações domésticas do comunismo. Ele escreveu sobre a nossa
"retirada da vitória", o legado do general George C. Marshall — o
presente da Europa Oriental a Stalin, a traição da China nacionalista
a Mao e a perda do nosso monopólio da bomba atômica.
Um público leitor cronicamente mal informado (ou desinformado)
certamente desprezará McCarthy como um espalhador do medo.
"Não havia nenhuma conspiração comunista", dizem os nossos
analistas convencionais com um sorrisinho característico. "McCarthy
se engajou numa caça às bruxas." Enquanto isso, esses mesmos
analistas promoviam uma verdadeira caça às bruxas. Eles
empregam táticas falsamente atribuídas a McCarthy em sua inaudita
campanha de difamação contra o presidente Trump.
Quem se atreve a perceber que ocorreu uma inversão? Aqueles
que podem ser identificados como infiltrados comunistas ou
"companheiros de viagem" agora dominam a grande mídia, o
comando da contra-informação e o sistema de justiça criminal.
Conclui-se naturalmente que as bruxas agora lideram as caças às
bruxas. Os próprios comunistas, levemente disfarçados de liberais[1]
do mainstream, ameaçam os anticomunistas com acusações
criminais fabricadas e crimes processuais.
Isso é exatamente o que está acontecendo, embora quase todo
mundo se recuse a ver. Estamos agora colhendo o que plantamos.
Há muito tempo a esquerda conseguiu convencer o país de que
McCarthy era um demagogo e mentiroso, que o medo do comunismo
era irracional, que nenhuma infiltração do governo havia ocorrido, que
os Rosenberg (espiões atômicos) eram inocentes, que o espião
comunista Alger Hiss era inocente. E hoje, se olharmos um livro de
história comum do ensino médio, McCarthy é o vilão.
Agora pensem, amigos. Quem escreveu esses livros? Não
sabem? Os comunistas dominaram a educação neste país,
sorrateiramente, pacientemente. É por isso que o Johnny ainda não
sabe ler. É por isso que acordamos um dia e descobrimos que os
jovens da América preferem o socialismo ao capitalismo.
Os comunistas foram dominando o país, pouco a pouco,
centímetro por centímetro. Perguntem a si mesmos por que
fortalecemos a China comunista como potência econômica. Por que
a nossa marinha está encolhendo? Por que permitimos que o nosso
meio de dissuasão nuclear se deteriorasse de velhice? Por que o
Partido Democrata quer erradicar a fronteira nacional da América?
Nada disso é acidental. As políticas que nos são impostas pela
esquerda são calculadas para nos desarmar e destruir por dentro.
Olhem à sua volta. O que encontramos? Vocês realmente acham que
eles querem reduzir a sua pegada de carbono para salvar o planeta,
ou isso é uma tentativa de sabotar o capitalismo? Vocês acham que
eles realmente se preocupam com o casamento homossexual, ou
acham que isso é um mecanismo legal para perseguir o núcleo
anticomunista do país? — os cristãos que crêem na Bíblia?
Vocês acham que tudo está culturalmente alinhado com os
objetivos comunistas por acidente? Se sim, tenho um certo terreno
pantanoso para lhes vender. E ele está cheio de criaturas do
pântano.

Os segredos do pântano
21/11/2019
As secretas operações internas do pântano se encontram na
história da esquerda revolucionária. É uma história de traição e
ganância, roubo e assassinato. Para alguns, o primeiro segredo do
pântano é difícil de compreender; mas aqui está: o humanitarismo do
revolucionário de esquerda é uma pose. O seu credo verdadeiro é o
desejo de poder e riqueza.
O primeiro líder comunista revolucionário americano, Louis C.
Fraina, recebeu $ 386.000 da Comintern para iniciar uma revolução
no México. O que ele fez? Gastou o dinheiro consigo mesmo. A
Comintern não o matou por sua má fé, muito provavelmente porque
ele havia chantageado outros comunistas importantes no que dizia
respeito às impropriedades e fraudes deles próprios.
O jornalista americano John Reed era considerado um
comunista de "grande alma" — honesto e incorruptível. Dizem
também que ele morreu de coração partido em Moscou porque
finalmente percebeu que o comunismo era um movimento de ladrões
e assassinos. Sua esposa, Louise Bryant, escreveu: "Jack morreu
devido a uma grande desilusão pessoal." Ela explicou com mais
detalhes numa carta a Benjamin Gitlow:

Jack percebeu como o poder e a sede de poder afetaram


os líderes bolcheviques... Ele estava com um medo terrível
de ter cometido um erro sério em sua interpretação de um
evento histórico pelo qual seria responsabilizado... Ele se
culpou...

Reed estava inconsolável. Quando a doença se apoderou dele,


ele não teve nenhum desejo de se recuperar. Sua esposa escreveu:
"Implorei a ele, para o seu próprio bem, que não desistisse. Ele não
atendeu." Reed foi enviado a um hospital de Moscou — onde o
atendimento foi mediano, na melhor das hipóteses. Louise escreveu
para Benjamin Gitlow:

Passei dias e noites horríveis com ele, dias e noites que


jamais esquecerei. Ele delirou e chorou. Ele falava
constantemente que tinha caído numa armadilha. Eram
palavras terríveis estas que vinham de Jack. Você sabe o
resto. Ele morreu três dias depois...

John Reed morreu em 17 de setembro de 1920. Sua história é


uma tragédia de idealismo que deu errado. Isso nos lembra de que a
falta de sinceridade na política não é pouca coisa. A falta de
sinceridade indica fraqueza de caráter, uma predileção por práticas
enganosas, as quais só deveriam ser reservadas aos inimigos. O
que devemos pensar, então, de uma fraude que abrange tudo? — de
uma desonestidade que não tem nenhum respeito real pelos seus
próprios constituintes? Eis uma malevolência universal. Eis uma
política que destrói os fundamentos da organização política.
Quando vemos as atuais maquinações da esquerda em
Washington, muitos ficam perplexos com a falta de sinceridade de
seus porta-vozes. Mas, na verdade, é isso o que devemos esperar.
É isso quem eles são. A honestidade não fez parte de seu
treinamento. A revolução tem uma ética totalmente diferente.
Quando Alexandria Ocasio-Cortez pergunta aos apoiadores de
Bernie Sanders se estão "prontos para a revolução", ela está falando
sobre a criação de um novo sistema de poder, uma reconfiguração
dos ricos e pobres. Ela não está propondo pobreza e sofrimento
para o seu próprio partido e facção. Ela está defendendo a
Revolução Socialista como meio de enriquecimento pessoal, com a
falsa promessa de benefícios para os seus ouvintes. Porém, nessa
revolução, alguns devem ser despojados de suas riquezas. Alguns
devem ser roubados. O sistema capitalista trouxe prosperidade geral
para a América porque é baseado na proteção da propriedade
privada. Isso também coincide com a preservação da liberdade;
pois, na verdade, não há direitos que valham a pena proteger se a
propriedade não for protegida. E não pode haver base de confiança
para o crescimento econômico real sem direitos de propriedade. Isso
nos diz, de cara, que o revolucionário socialista não está interessado
no crescimento econômico ou na prosperidade geral. A coisa toda
tem a ver com pilhagem e o enriquecimento de uma facção.
Este é outro segredo do pântano. Saquear a comunidade é o
que todos os verdadeiros estados socialistas fazem. E todo mundo,
exceto aqueles ligados à camarilha dominante, será empobrecido no
final do processo.
As verdadeiras motivações dos líderes socialistas e comunistas
é uma questão fascinante. Em seu livro, The Whole of their Lives,
Ben Gitlow descreveu o movimento comunista como uma máquina
diabólica para transformar idealistas em criminosos.

Na política revolucionária, as ambições pessoais dos


líderes desempenham um papel importante. As almas
altruístas motivadas por altos ideais e princípios são
comuns na ralé e raras na liderança. A luta pelo poder na
organização comunista ocorre de forma tão feroz quanto
nas cortes reais.

O revolucionário ou revolucionária exige que o poder político se


concentre em suas mãos. E o que os avatares desse novo poder
fazem com ele? Quanto mais poder eles têm, mais eles querem. Não
há fim para suas depredações. Quanto mais cínicas suas mentiras,
maior sua ganância, mais prontos eles estarão para destruir os que
ficarem em seu caminho e para roubar dos que estiverem
impotentes.
Afinal, eles afirmam ser justos. Eles são os defensores dos
oprimidos. Todo o mal que fazem é necessário para os fins
santificados do socialismo. Eis a justificativa para um
instrumentalismo político animado pelo fanatismo; uma mistura
maligna que pode quebrar a espinha da civilização e sufocar a alma
humana com o travesseiro macio do falso humanitarismo. "Estamos
salvando o planeta", gritam eles.
Não. Eles vão destruir o planeta e desmoralizar a humanidade.
A corrupção que acompanha o idealismo socialista deriva da
combinação do socialista ingênuo que é um adepto sincero com o
líder socialista psicopata que vê o socialismo como o veículo perfeito
para explorar "idiotas úteis" altruístas. Eis a fórmula secreta do
Inferno na Terra.
O pântano é a vanguarda deste Inferno. A presunção moral e a
corrupção são os sinais que o denunciam. Conforme a batalha
política em Washington se desenrola, podemos usar esses
conhecimentos para interpretar o que estamos vendo e formar uma
imagem mais clara dos jogadores.
Depois que você fica sabendo dos segredos do pântano, a
motivação da esquerda aparece sob um foco mais nítido. O leitor
não precisa acreditar apenas nas minhas palavras. A prova está no
pudim; — e que pudim eles estão preparando![2]

O estado de vigilância está aqui, e a


esquerda o está usando para reprimir a
discordância
04/12/2019

Era uma vez uma esquerda preocupada com um estado de


vigilância na América. Juízes liberais proibiram o FBI de monitorar ou
manter arquivos sobre grupos subversivos de esquerda. Mas agora,
depois que esses mesmos grupos subversivos assumiram o controle
da mídia e das agências de inteligência, um deputado democrata,
encarregado do Comitê Permanente Exclusivo de Inteligência da
Câmara, está monitorando os conservadores e (evidentemente)
mantendo arquivos sobre eles.[3]
Podemos resumir o que tem acontecido desde 2016 da seguinte
maneira: o Partido Democrata, em busca de poder e vantagem
política, transformou em arma a inteligência dos EUA e o Comitê de
Inteligência da Câmara, para espionar um presidente conservador,
um deputado conservador (Nunes), um jornalista — e até mesmo
para registrar as ligações telefônicas privadas do advogado do
presidente (Rudy Giuliani).
Isso descobrimos lendo o Relatório Schiff (consulte a postagem
anterior do blog).[4] A arrogância do relatório só se compara à sua
hipocrisia. O relatório ignora os princípios jurídicos usados (nas
últimas décadas) para neutralizar as funções de contra-informação
do FBI e da CIA. Agora os democratas, que antes detestavam a
contra-informação, agem para restabelecê-la com força total; só que
agora a função de contra-informação pesará sobre os oponentes e
críticos da esquerda.
Não pode haver dúvida, a partir deste momento, de que a
esquerda está usando uma estratégia de intimidação. Ela usa
abertamente as capacidades técnicas de vigilância do estado para
ameaçar os conservadores, para alegar crimes secretos e
conspirações surgindo do lado republicano do corredor, para alegar
conluio com potências estrangeiras hostis, para criar ciladas, para
retratar atividades legais como ilegais. Todo político republicano foi
avisado: — As suas ligações estão gravadas, os seus negócios
secretos serão usados contra você. Resistir é inútil. Podemos acusá-
lo de crimes com base em evidências circunstanciais. Vamos
convocar testemunhas de nossas próprias fileiras, suprimir as
testemunhas a seu favor e — para completar — vamos julgá-lo na
mídia, fazer com que a sua culpa se torne um fato público aceito, e
reduzi-lo à condição de traidor ou criminoso.
Hoje os assim chamados liberais não protestam contra esses
abusos de poder. Agora está evidente que os nossos libertários civis
de esquerda não estavam realmente interessados em liberdade.
Seus argumentos anteriores contra a CIA e o FBI só duraram
enquanto essas organizações lutavam contra o comunismo. Agora
que essas instituições estão sob gestão esquerdista, elas são
abertamente usadas como armas contra os conservadores.
Já que os conservadores são maus e os comunistas são bons, a
esquerda não tem escrúpulos em violar o direito à privacidade de um
conservador. Nunca foi aceitável perguntar a um comunista, sob
juramento, se ele era membro do partido. Mas hoje a opinião da
esquerda é a de que os conservadores são os inimigos do planeta.
Todas ou quaisquer medidas, por mais extraordinárias que sejam,
devem ser empregadas para criminalizar a sua atividade política,
inutilizar os seus meios de autoproteção e eliminá-los da vida política
do país.
Esse é o significado do que vemos hoje. A esquerda chegou à
convicção de que ela não só está certa como também é virtuosa; de
que aqueles que discordam dela não devem ter direitos, nem voz,
nem participação no poder. Os eventos de hoje em dia são um aviso.
A esquerda não será restringida por princípios, por lei ou decência.
Ela não tem nenhuma consideração pela verdade. Existem indivíduos
na esquerda que podem ser pessoas de princípios, cumpridoras da
lei e decentes; mas os poderes políticos de esquerda, que dominam
a nossa mídia e nosso governo, têm uma coloração totalitária.
A hipocrisia do que estamos vendo está além de qualquer coisa
que poderíamos ter previsto. Como os americanos puderam
concordar com isso? Como não puderam ver o que aconteceu?
Qualquer que seja o partido ao qual você pensa que pertence,
está na hora de abrir os olhos. O inimigo está do lado de dentro do
portão. Os países totalitários, sob a liderança da Rússia e da China,
estão aumentando as suas forças para a guerra que se aproxima.
Os fios do perigo externo estão entrelaçados com os fios da
subversão interna.
Embora não pareça provável para o observador ocasional, todos
esses fios pertencem ao comunismo — uma ideologia que mudou de
forma, assumindo vários disfarces; no entanto, seu núcleo
revolucionário permanece o mesmo. Isso serve para explicar a
essência totalitária das práticas, narrativas e aspirações da
esquerda.
O estado de vigilância dos EUA e seus agentes, agora sob o
comando da esquerda, só podem ser compreendidos se
observarmos todo o processo em andamento — no aumento das
frotas e exércitos da Rússia e da China, na ardilosa contestação do
papel da América na Europa, nas advertências de Pequim à
Austrália, e a relutância da mídia em lidar com o repentino
reaparecimento de um bloco comunista renovado, com muitos novos
Estados-membros em todo o mundo.

As tradições clássicas chinesas e ocidentais:


sobre se o fim justifica os meios
17/12/2019
A literatura clássica da China antiga, como a da Grécia e Roma
antigas, parece enfatizar a bondade moral como o fundamento da
sabedoria. Porém os ensinamentos clássicos chineses sobre a arte
de governar oferecem outra perspectiva: uma que coloca ênfase
especial na trapaça, na subversão e em agentes secretos.
Em um livro intitulado The Tao of Spycraft, o tradutor de Sun-tzu,
Ralph D. Sawyer, descreve os textos clássicos chineses em termos
de sua preocupação com a "astúcia"; primeiro, na estratégia militar;
segundo, como um método de debilitar um inimigo por meio de falsos
desertores e agentes de influência. As primeiras crônicas chinesas
oferecem lições objetivas de "intrigas furtivas... [e] métodos
perversos que deveriam ser negados à iniqüidade e mantidos longe
do perigoso", de acordo com Sawyer.
A idéia de usar meios malignos para o avanço do bem
estabeleceu-se com firmeza muito cedo no pensamento chinês
clássico. Os sábios do oriente não tomaram precauções contra a
corrupção dos que exercem o poder; em vez disso, o despotismo
chinês surgiu de tradições que justificavam as ações malignas como
indispensáveis à sobrevivência.
Adicionando cinismo ao cinismo, a autocracia chinesa gravitou
em torno da doutrina do "Mandato do Céu", que diz que a aquisição
de poder (por quaisquer meios) era prova do favor divino. De acordo
com essa mesma lógica, a queda de um governante era a prova de
sua indignidade. Assim, o sucesso por quaisquer meios estava
moralmente justificado. O uso cínico da desonestidade e crueldade
por aqueles que estavam no poder se mostraria, a partir de então,
incontrolável, num jogo sem fim dentro da lei do cão. Assim, a era
chinesa dos Estados Combatentes se tornaria o foco de um currículo
clássico enraizado no engano, na crueldade e no assassinato.
A idéia de um processo constitucional, com poder limitado sob o
primado da lei, era estranha ao pensamento e à prática chinesa. Os
sábios chineses escreveram sobre a virtude, mas não desenvolveram
nenhum meio prático de limitar os governantes malignos. Não há
nenhum Licurgo na história chinesa — nenhum Marco Júnio Bruto,
nenhum Cato, nenhum Cícero, nenhum defensor prático da liberdade.
Os defensores da sabedoria prática na China eram especialistas na
concentração do poder, não especialistas em sua limitação.
Claro, os antigos gregos e romanos tinham seus tiranos — como
Dionísio de Siracusa e o imperador Nero. Essas duas figuras
receberam educação filosófica (Dionísio foi instruído diretamente por
Platão e Nero foi aluno de Sêneca). No entanto, seu comportamento
se opôs aos princípios que lhes foram ensinados. O mesmo não
pode ser dito dos imperadores e generais chineses que aprenderam
A Arte da Guerra de Sun-tzu, enfatizando a falsidade e a
espionagem, juntamente com as idéias de Han Fei-tzu — o Maquiavel
da China antiga.
Se Dionísio e Nero voltaram as costas a Platão e Sêneca, os
governantes chineses receberam evidente incentivo intelectual para
agir de forma contrária aos ensinamentos de Confúcio e Mêncio.
Mas mesmo os ensinamentos de Confúcio se provariam duvidosos,
pois entendia-se que ele dizia que "quem abandona um governante
perverso para apoiar... rebeldes que reivindicam o Mandato do Céu é
um desertor perspicaz, antes um herói que um traidor." (Sawyer).
Cinicamente, interpretou-se que Confúcio diz, com efeito, que, se os
rebeldes vencem, eles são virtuosos. Se perdem, não são. Isso
produziu na China um legado rico em traição, uma história
superpovoada por desertores e traidores cujo oportunismo se tornou
sinônimo de "virtude moral".
A idéia de usar métodos malignos para defender o bem não foi
efetivamente defendida no pensamento ocidental até a Renascença,
quando Maquiavel escreveu O príncipe. Mesmo então, Maquiavel foi
denunciado por quase todos. Frederico II da Prússia escreveu um
livro contra as idéias de Maquiavel, intitulado Anti-Maquiavel, no qual
afirmava: "Sempre considerei O príncipe como uma das obras mais
perigosas que se espalharam pelo mundo..." Frederico continuava
dizendo:

…É um livro que cai naturalmente nas mãos dos príncipes e


daqueles que gostam de política. É muito fácil para um
jovem ambicioso, cujo coração e julgamento não estão
formados o suficiente para distinguir com precisão o bem
do mal, ser corrompido por máximas que inflamam a sua
fome de poder.

Dado o conteúdo hipermaquiavélico de alguns clássicos


chineses, só podemos imaginar os anátemas que Frederico teria
despejado contra os "sábios" do Oriente. Sem dúvida, ele teria
notado a triste história da China — uma história de tirania, traição e
fatalismo. Frederico escreveu, a título de advertência:

As inundações que assolam regiões, o fogo do relâmpago


que reduz cidades a cinzas, o veneno da peste que aflige
províncias, não são tão desastrosos no mundo quanto a
moralidade perigosa e as paixões desenfreadas dos reis;
as pragas celestes duram apenas um tempo, devastam
apenas algumas regiões, e essas perdas, embora
dolorosas, são reparadas. Mas os crimes dos reis são
sentidos por muito mais tempo por todo o povo.

Frederico acrescentava que "A verdadeira política dos reis se


baseia somente na justiça, na prudência e na bondade..." Ele
caracterizava a filosofia de Maquiavel como "cheia de horror..." —
Uma afronta ao público.
Embora Frederico fosse um rei absoluto, ele se via como
submisso a Deus, como tendo um dever para com seu povo. Ele
escreveu o seu Anti-Maquiavel em nome da tradição filosófica
ocidental, que era fundamentada nos profetas do Antigo Testamento
— instruídos pelos filósofos gregos e romanos — e pelos
historiadores clássicos.
Lemos na Guerra do Peloponeso de Tucídides o arrepiante
"diálogo de meliano", no qual a Atenas democrática impunha
condições a uma cidade neutra que eles exterminaram
arbitrariamente. Quando os melianos brigaram por justiça, os
atenienses zombaram. Tucídides mostra a maldade e a falta de visão
da política ateniense. Pois Atenas, mesmo então, estava cortejando
a destruição, erroneamente imaginando-se invencível e fora do
alcance da justiça. (Atenas perderia a guerra). Tucídides ressaltou
as conseqüências desastrosas da filosofia da "lei do mais forte" dos
atenienses, e o terrível custo para a sociedade quando homens maus
alcançam altos cargos.
Nos Anais da Roma Imperial, Tácito nos mostra como o
despotismo dos Césares declinou para a perversidade da tirania
abjeta, desvio sexual, assassinato e loucura. Quando Tito Lívio
escreveu sua História de Roma no século primeiro, ele a prefaciou
com um apelo aos valores morais dos antepassados de seu país —
comparando a nobreza antiga com a depravação moderna.
Nesse sentido, Tito Lívio narrou o generalato de Marco Fúrio
Camilo diante das muralhas de Falérios. De acordo com Tito Lívio,
um tutor grego traiçoeiramente atraíra seus jovens pupilos, os filhos
dos líderes da cidade, para o acampamento romano — oferecendo
essas crianças inocentes como reféns para quebrar o cerco. Camilo
fez com que o tutor grego fosse despido e açoitado, entregou o
chicote ao pupilo mais velho e deixou-os voltar em segurança para os
pais, com seu esfolado e infiel professor a reboque. O povo de
Falérios ficou intimidado com esse nobre ato e prontamente se
rendeu ao general romano por gratidão, confiando-lhe suas vidas e
propriedades. Assim, um estado inimigo foi transformado, pela
conduta honrosa, em amigo.
Da mesma forma, o historiador grego Políbio, em seu famoso
comentário sobre a constituição romana, elogiou os antigos romanos
por sua honestidade e piedade, às quais ele creditava o sucesso de
seu Império. Foi só depois, quando o sucesso os estragou, que os
romanos caíram na degradação moral.
Platão, Aristóteles e Cícero defendiam a bondade e a virtude
morais — assim como Confúcio e Mêncio. Mas os chineses
mantinham, sob a superfície, um ensinamento esotérico que fazia
Maquiavel parecer um escoteiro em comparação. Tão maus eram os
ensinamentos dos sábios da China, que os governantes da China os
consideravam perigosos nas mãos erradas. Assim, em tempos muito
antigos, esses ensinamentos eram mantidos em segredo pelos
governos de sucessivos reis. O lado negro dos ensinamentos
clássicos da China era concebido como "a essência do nosso
estado" (como explicou um alto funcionário chinês). "Visto que os
clássicos contêm métodos atemporais de governo, eles não podem
ser emprestados a outros povos".
De acordo com os antigos generais e administradores chineses,
governantes sábios não permitem que outros leiam as "estratégias
militares e os livros dos filósofos, com técnicas ardilosas".

Ora, se o imperador Han não estava disposto a mostrar


esses livros à sua amada cônjuge... como podemos hoje
entregar clássicos cheios de tais informações aos nossos
grandes inimigos, os bárbaros ocidentais?

Na tradução de Sawyer, um alto funcionário argumenta que os


bárbaros ocidentais são sensíveis e inteligentes: "Se eles
penetrarem no Livro dos Documentos, certamente saberão como
conduzir a guerra". Métodos e conceitos ardilosos eram, em si
mesmos, armas secretas em um tesouro cultural de armamento
secreto.
É prudente conhecer as técnicas do mal — não porque devamos
praticá-las, mas para reconhecer quando os outros as estão
praticando contra nós. O que é evidente, neste momento da história,
é que a China e a Rússia, e a extrema esquerda, empregam
consistentemente métodos maquiavélicos — e aqueles ensinados por
Sun-Tzu. Devemos ser claros sobre nossa posição e o que
pensamos sobre o seu uso. A subversão e a trapaça são atividades
que corrompem quem as pratica. Como as armas de guerra, elas só
podem ser usadas reciprocamente, e não sem risco para o usuário.
Assim como matar na guerra é uma coisa terrível, e não deve ser
empreendido de forma leviana, mentir para um inimigo também é
perigoso. A pena que a natureza prontamente impõe aos mentirosos
é conhecida pela história por meio da degeneração cognitiva do
tirano. Ele mente e ameaça a todos, e todos são obrigados a iludi-lo
de volta.
Como qualquer um pode ver, a degeneração moral da esquerda
é exemplificada por um pensamento tão corrosivo que a idiotia moral
e a esclerose ideológica são imediatamente visíveis por todos os
lados. As elites dominantes do Ocidente, imersas em fábulas de sua
própria criação, não conseguem mais reconhecer a verdade. Cada
vez menos enxergam ou entendem a situação em que se encontram.
Sua tendência é iludir-se; mas de que isso lhes servirá? Entretanto, o
caso deve ser que, por mais invencíveis que pareçam, elas estão
condenadas.
A China e a Rússia, os dois principais impérios do legado de
Sun-tzu (e do legado de Lenin), estão inundadas de corrupção e
banditismo. São impérios degenerados. O poder que acumularam só
pode ser usado para destruição, uma vez que não têm valor moral
intrínseco. Serão condenadas pela história, mesmo quando tentarem
enganar os historiadores.
Se o legado de Sun-tzu dominar o mundo, então a história em
todos os lugares se conformará às leis e padrões da história
chinesa. O Ocidente então jazerá enterrado em seus próprios
escombros. A humanidade experimentará uma era sombria — uma
era de sangue e ignorância. Talvez a raça humana morra de
vergonha; pois tal resultado seria, na verdade, insuportavelmente
vergonhoso.

O gnosticismo como metáfora para os


candidatos democratas
03/01/2020

O gnosticismo, portanto, produziu algo como os contra-


princípios aos princípios da existência; e, na medida em que
esses princípios determinam uma imagem da realidade
para as massas dos fiéis, eles criaram um mundo de sonho
que é ele mesmo uma força social de primeira importância
na motivação de atitudes e ações das massas gnósticas e
seus representantes.

— ERIC VOEGELIN, A NOVA CIÊNCIA DA POLÍTICA


O mundo de sonhos dos gnósticos de Voegelin pode ser
vislumbrado enquanto se assiste aos debates presidenciais
democratas. Ouça suas fantasias absurdas — do aquecimento
global e inundações costeiras, de se apagar as fronteiras nacionais e
gastar trilhões em programas para empobrecer a todos nós. De
onde realmente virá o dinheiro? Endividados ao extremo, isso só
pode acelerar a erosão da prosperidade e provocar um
deslocamento econômico sem precedentes; mas, olha, está tudo
bem, porque, depois disso, nós podemos culpar o capitalismo e o
sexismo e o racismo — e avançar em harmonia para construir o
verdadeiro socialismo, ou comunismo, ou o Novo Green New Deal,
sem aviões ou vacas ou carros ou liberdade de expressão. Deus
ajude o pobre tolo que se opuser.
Sim. Os candidatos democratas se baseiam todos neste mesmo
mundo de sonhos. São todos gnósticos, no sentido em que Voegelin
usa o termo. São todos dedicados a "contra-princípios". Qual a
melhor forma de explicar isso?
Voegelin era um homem muito culto. Ele sabia do que estava
falando, mesmo que seu modo de expressão fosse erudito. Ele
estava tentando expressar percepções que os incultos não têm
palavras para expressar. Então, ele inventou o seu próprio
vocabulário, tomando emprestado o termo "gnóstico" para transmitir
sua idéia daquilo que está, mesmo agora, fazendo guerra contra os
alicerces espirituais e intelectuais da civilização mais avançada já
construída pelos humanos.
Voegelin escreveu:

O gnosticismo como um mundo onírico contra-existencial


pode talvez se tornar inteligível como a expressão extrema
de uma experiência que é universalmente humana, isto é, de
um horror à existência e um desejo de escapar dela.

O escapismo pode ser uma coisa perigosa. Uma sociedade rica


e bem-sucedida, enfraquecida patologicamente por décadas de
sucesso, pode considerar a sua permanência garantida; pode
confundir seus impulsos neuróticos com a verdadeira ordem das
coisas; pode erguer uma falsa auto-interpretação sobre uma herança
não mais entendida; adotando, em vez disso, um novo padrão de
conduta que promete desemaranhar a própria trama da civilização.
O que se segue, por necessidade, é um declínio na moralidade
cívica, uma cegueira para os perigos óbvios e — diz Voegelin — uma
relutância em enfrentar esses perigos com seriedade. Ele
acrescentava: "É o clima das sociedades tardias e em desintegração
que não estão mais dispostas a lutar por sua existência".
O mundo dos sonhos gnóstico no palco dos debates
presidenciais democratas reflete esse mesmo processo de
desmantelamento — de uma consideração pouco séria pelos
perigos, de neuroticismo e arrogância existencial. Voegelin escreveu:

No gnosticismo, o não-reconhecimento da realidade é uma


questão de princípio; neste caso, seria necessário falar de
uma inclinação para continuar ciente do risco da existência
a despeito do fato de ele não ser admitido como um
problema no mundo dos sonhos gnóstico; tampouco o
sonho prejudica a responsabilidade cívica ou a prontidão
para lutar bravamente em caso de emergência. A atitude
em relação à realidade permanece enérgica e ativa, mas
nem a realidade nem a ação na realidade podem ser
colocadas em foco; a visão é embaçada pelo sonho
gnóstico. O resultado é um estado de espírito
pneumopatológico muito complexo...

O não-reconhecimento da realidade, diz ele, é o primeiro


princípio do gnóstico. Ações que os prudentes consideram
moralmente insanas são empreendidas porque são consideradas
"morais" pelo sonhador. De acordo com Voegelin, "A disparidade
entre o efeito pretendido e o efeito real será imputada não à
imoralidade do gnóstico de ignorar a estrutura da realidade", mas à
imoralidade daqueles que não compartilham o mesmo sonho maluco.
O método do moralmente insano é inverter a responsabilidade.
Suas falhas são sempre culpa de outra pessoa. Assim, os fracassos
econômicos de Stalin não eram atribuídos às suposições econômicas
errôneas do socialismo, mas à culpa moral de saqueadores,
sabotadores e espiões; isto é, qualquer um que não participasse da
loucura gnóstica do comunismo. Portanto, é lógico que a polícia
secreta de Stalin atiraria nos engenheiros e especialistas cujos
relatórios refletissem conhecimento e inteligência que o comunista
poderia considerar ameaçadores.
Voegelin observou: "praticamente todo grande pensador político
que reconheceu a estrutura da realidade, desde Maquiavel até o
presente, foi rotulado de imoralista pelos intelectuais gnósticos..." Os
gnósticos fizeram até mesmo um" jogo de salão" ao rotularem Platão
e Aristóteles de" fascistas". Não devemos nos surpreender, portanto,
que os gnósticos condenem a sabedoria do passado como má.
Quando aparecem perigos, pode apostar que os gnósticos
tomarão a linha de ação errada. Eles se engajarão em múltiplas
operações "mágicas" — amaldiçoando os perversos, proferindo
anátemas, resoluções, apelos à humanidade, etc. Eles podem até
proibir a guerra.
Ainda estamos agora?
O gnóstico representa a insanidade política. Basta ouvir
Elizabeth Warren por vinte minutos. Cada vez que ela abre a boca, o
judicioso estremece. "A política gnóstica", dizia Voegelin, "é
autodestrutiva". Mais do que isso, ele alertava que ela
inevitavelmente leva a uma guerra contínua. Ele afirmava:

Este sistema de guerras em cadeia pode terminar apenas


em uma de duas maneiras. Ou resultará em horríveis
destruições físicas e concomitantes mudanças
revolucionárias da ordem social que ultrapassam
conjecturas razoáveis; ou, com a mudança natural de
gerações, levará ao abandono do sonho gnóstico antes que
o pior tenha acontecido.

Isso tem um som familiar? Será que lembramos do apelo de


Hillary Clinton por uma "zona de exclusão aérea" na Síria — contra
as unidades aéreas russas?! O mundo de sonhos do gnóstico não
invade apenas a política social. Ele também tem penetrado a política
de segurança nacional.
Não devemos esquecer que cada passo de nosso envolvimento
no exterior fortalece o grande governo. Também fortalece a
transformação do liberalismo em comunismo. Voegelin observou:

Se o liberalismo é entendido como a salvação imanente do


homem e da sociedade, o comunismo certamente é a sua
expressão mais radical; é uma evolução que já foi
antecipada pela fé de John Stuart Mill no advento final do
comunismo para a humanidade.

A sociedade ocidental, advertiu Voegelin, "está pronta para se


apaixonar pelo comunismo..." E quem negaria nosso constante
progresso rumo à esquerda? Veja os democratas concorrendo à
Casa Branca.
Que Deus tenha misericórdia de nós.

O apocalipse da estupidez radical


11/01/2020

"Quais são os sintomas do... descarrilamento do homem?"


perguntou Eric Voegelin em seu livro Hitler e os alemães. O homem
tem uma natureza particular. Ele é um ser espiritual e um ser
racional. O Ocidente extraiu a sua razão dos antigos gregos, a sua
base espiritual, dos antigos israelitas. Essa foi a nossa dupla
herança. Só agora a abandonamos em troca do positivismo e do
materialismo. Como conseqüência, a civilização ocidental está se
desfazendo rapidamente.
De acordo com Voegelin, o Antigo Testamento ensina que temos
uma participação no que é divino. O homem é "teomórfico", para
usar um termo grego, ou feito "à imagem de Deus". Voegelin
observou: "A dignidade específica do homem é baseada nisso..."
Mesmo assim, chutamos isso para escanteio, enxergando-nos "à
imagem do macaco". O pensamento predominante desmascarou a
idéia da "causa primeira", o criador divino, o criador de todas as
coisas. Esse é o lado espiritual de nossa estupidez radical. Voegelin
escreveu: "Não se pode desdivinizar a si mesmo sem se
desumanizar..."
A brutalidade de nosso pensamento diário, nossa desconexão
do espírito, ficaria logo aparente para uma pessoa medieval ou da
antigüidade. De nossa parte, mal sabemos o que perdemos. Por
causa disso, estamos absorvendo antidepressivos em um ritmo
surpreendente. Apesar de nossa relativa riqueza e conforto, estamos
cada vez mais infelizes. Estamos, como observou um cientista social,
"nos desmanchando".
Por todos os lados ressoam os slogans mais brutais. Somos
agora as criaturas de uma era ideológica. Conforme observado por
Carl Jung, nós sucumbimos à mentalidade de massa. "Não há mais
deuses que possamos evocar para nos ajudar", escreveu ele.
Levamos agora "uma existência ignominiosa entre as relíquias do
nosso passado..."
Em grande medida nós nos isolamos do espiritual. Muitos
líderes religiosos são fraudes. Muitos dos "fiéis" não têm
discernimento para identificar impostores. É uma situação doentia em
todos os sentidos. Quanto à nossa razão, ela agora está baseada
em proposições equivocadas — desconectada do espírito, da base
do ser. Por causa disso, observou Voegelin, "ocorre uma perda da
realidade, na medida em que este ser divino, esta base do ser, é…
realidade também..."
Essa "perda da realidade" leva alguns homens a se colocarem
como Deus. Eles prometem eliminar a pobreza, a guerra, as
doenças. Ah, sim, e eles são capazes de saltar grandes prédios num
único pulo, enquanto reduzem as temperaturas globais. Essa é a
essência da Nova Religião — a religião de nossos idiotas morais,
evoluindo dia a dia para a "tirania do radicalmente estúpido".
Veja, o idiota moral pensa que é mais inteligente do que Deus.
Ele é fabulosamente inteligente da maneira mais radicalmente
estúpida que se possa imaginar. No entanto, o idiota moral não sabe
que se perdeu. Como um desertor da reverência e da verdade, ele
conta mentiras irreverentes e vive em um mundo de fantasia infantil.
Não é apenas o mundo de fantasia da CNN, mas também o mundo
de fantasia da Fox News.
De acordo com Hesíodo, existem três tipos de homens: (1)
aqueles que refletem sobre as coisas; (2) aqueles que ouvem os
pensadores; e (3) aqueles que nem pensam nem ouvem e,
conseqüentemente, são estúpidos e até perigosos. Hoje, pessoas
desse último tipo estão por toda parte. Estão no comando de tudo.
Voegelin diz que a nossa elite governante inteira é desse tipo.
Voegelin diz que é "extremamente difícil entender que a elite de
uma sociedade pode consistir numa ralé". Depois ele diz: "[nossa
elite] realmente consiste numa ralé". A prova está aí, diante de
nossos olhos. Há algo de errado com quase todos os nossos líderes.
Eles não estão devidamente orientados. Eles estão profundamente
desorientados. De acordo com Voegelin:

A estupidez significará aqui que um homem, por causa de


sua perda da realidade, não está em condições de orientar
corretamente a sua ação no mundo, no qual ele vive. Assim,
quando o órgão central que guia a sua ação, sua natureza
teomórfica e abertura para a razão e o espírito, tiver
deixado de funcionar, aí o homem agirá de forma estúpida.

Ele assassinará milhões em campos de concentração, cometerá


genocídio contra minorias, jogará bombas incendiárias em cidades
cheias de mulheres e crianças, lançará armas nucleares quando o
inimigo já estiver tentando se render, entregará regiões inteiras à
escravidão para manter um acordo com um assassino em massa
aliado, etc. etc. Tal é a nossa história recente, "cheia de som e
fúria", indicando traição.
No entendimento hebraico, um tolo é aquele que cria o caos e a
desordem por causa de sua tolice. Na terminologia de Platão, o tolo
"não tem a autoridade da razão e... não pode se curvar a ela". Olhe
para a esquerda e olhe para a direita. Onde estão os sábios? Quem
se curva à razão?
A nossa descida ao caos é progressiva e pode acelerar a
qualquer momento. A estupidez segue a estupidez, o erro segue o
erro. Estamos matando bebês em gestação por meio do aborto,
importando forasteiros de civilizações hostis, ensinando às crianças a
virtude da sodomia e aos beduínos a virtude da democracia; o
casamento agora pode ser entre homem e homem, a guerra é
travada nas asas da tagarelice santarrona, para atingir objetivos
inalcançáveis. Desesperai vós todos que aqui entrais.
Vivemos na Era da Estupidez Radical, em que a elite é
radicalmente estúpida — uma ralé de jumentos inteligentes que lutam
apaixonadamente contra a realidade e o bom senso. A nossa
falência aumenta de vinte trilhões para vinte e cinco trilhões, para
cento e cinquenta trilhões. Nada pode impedir a passagem ao caos
universal, exceto a razão e o espírito. Mas onde essas qualidades
podem ser encontradas?
Achamos que somos os mocinhos, que sabemos o que estamos
fazendo. Mas não temos idéia. Confundimos bondade com
presunção moral. Confundimos slogans ideológicos com
conhecimento e razão. Não sabemos nossas limitações e não
gostamos que nos digam que somos vulneráveis. É apenas uma
questão de tempo até que nossos líderes radicalmente estúpidos
causem um grande descarrilamento. Quando tudo começar a
desmoronar, quando estivermos morrendo às dezenas de milhões,
encontraremos líderes de um tipo diferente? De onde eles virão?
O que estamos fazendo para nos opor à estupidez radical de
nossos governantes?

A estratégia da tesoura como método para o


posicionamento de agentes
13/01/2020

Em ensaios anteriores me referi à "estratégia das tesouras", que


também é conhecida por outros nomes. Muitos leitores não têm uma
idéia clara de como essa estratégia funciona, ou de por que ela é
eficaz. Portanto, é útil apresentar dois ou mais exemplos
hipotéticos/históricos para ilustrar.

EXEMPLO UM: AFEGANISTÃO

Em 1979, a União Soviética queria acelerar a sua infiltração no


mundo islâmico. Um objetivo da infiltração era assumir o controle de
grupos muçulmanos e usá-los para criar novos meios de atacar o
Ocidente.
O melhor ponto de entrada para essa estratégia era o
Afeganistão. Dentro da União Soviética, havia duas "repúblicas"
soviéticas ideais para lançar operações no Afeganistão. Os dois
países eram a RSS do Tajiquistão e a RSS do Uzbequistão. (Note
bem: um número significativo de tadjiques e uzbeques vive no
Afeganistão).
Antes de 1979, a União Soviética usava agentes étnicos tajiques
e uzbeques para se infiltrar no Afeganistão. Para eles, era
brincadeira de criança influenciar esses grupos dentro do país.
Enquanto isso, os jovens tecnocratas afegãos, estando abertos à
doutrinação marxista, também eram vulneráveis à influência soviética
e ao recrutamento por canais francamente comunistas. Os agentes
também podiam ser recrutados de outros grupos tribais por meio de
redes criminosas infiltradas pela União Soviética (ou seja, por meio
do domínio soviético do tráfico regional de heroína). Muitas
pequenas operações tinham de ser desenvolvidas, originando-se em
partes muito diferentes do Afeganistão, para tornar a estratégia
viável. O objetivo dessas operações de longo prazo é sempre se
infiltrar em todo grupo tribal, máfia criminosa, organização policial,
centro econômico e partido político importantes do país. Você não
pode usar uma estratégia das tesouras sem colocar agentes nesses
(e em outros) setores cruciais. Nem é preciso dizer, obviamente, que
o primeiro alvo da infiltração é sempre a contra-informação inimiga,
de modo que ninguém jamais tenha os meios para identificar os seus
agentes ou os seus modos de operação.
O próximo problema, como estrategista soviético, é como levar
seus agentes a posições de poder dentro de seus respectivos
grupos. O conflito é a melhor maneira, especialmente se o conflito
for violento. Em termos de tráfico de drogas, você promove seus
agentes na polícia dando-lhes orientações vindas de seus agentes
entre os traficantes de drogas. A polícia sob o seu controle prende
apenas aqueles traficantes que não estão sob o seu controle,
abrindo o caminho para que você fortaleça o seu controle sobre o
crime organizado. Em última análise, a sua estratégia leva a uma
convergência da polícia e da máfia — de modo que os líderes da
polícia são seus agentes, e eles estão secretamente alinhados com
os principais criminosos do país, que também são seus agentes.
Com seus agentes no submundo do crime, e dentro da polícia,
você adquire acesso a informações sobre corrupção. Especialmente,
você obtém informações sobre corrupção dentro dos serviços de
inteligência, do sistema bancário e dos partidos políticos. Você pode
prender quem você quiser. Você também tem o poder de subornar
ou chantagear qualquer pessoa que você considere vulnerável ou útil.
Agora a sua influência dentro do país está gradualmente tomando
forma.
O próximo problema é preparar o país-alvo para uma invasão.
Nesta fase, você pode perguntar: por que invadir o país? Há muitas
razões, e você deve ter cuidado para que o inimigo não suspeite de
nenhuma delas. Mas a razão imediata para o conflito é promover
seus agentes dentro do país como um todo. (Qualquer poder que
você tenha não é suficiente, e nunca será).
Idealmente, como estrategista soviético, você quer um pateta no
controle do Afeganistão. Dada a estupidez radical da elite do país
educada nos Estados Unidos, isso não é difícil. Você faz muitos
favores ao governo, pedindo pouco em troca. Você constrói estradas
e aeródromos. Você cria a infraestrutura para a sua futura invasão.
Então, você convence o Presidente Idiota Útil de que os imperialistas
americanos estão conspirando para atacar o país dele. Você encena
provocações por meio de agentes em áreas tribais para assustar o
governo. Finalmente, o Presidente Idiota pede que você intervenha.
As tropas soviéticas entram no país. Agora você já criou um conflito
maduro para exploração.
Seus agentes dentro dos grupos tribais há muito já
estabeleceram a sua bona fides, posando como falastrões anti-
soviéticos. Depois que as tropas soviéticas cometem atrocidades
específicas, esses agentes ganham maior estatura. O conflito
crescente entre os ocupantes soviéticos e as tribos é o cenário
perfeito para matar vários líderes, abrindo novas vagas de liderança
para seus agentes dentro de cada grupo tribal.
Em seguida, vem a localização de talentos. De todo o mundo
muçulmano, combatentes são recrutados para se juntar à jihad
contra o comunismo ateu. Mas você preparou bem o seu tabuleiro de
xadrez. Com seus agentes firmemente posicionados entre os
mujaheddin, você pode dirigir as operações militares de ambos os
lados. Você pode assim eliminar os combatentes que são
genuinamente perigosos para Moscou enquanto identifica jovens
recrutas promissores do mundo árabe. Você pode criar novos heróis
dentro do campo anticomunista. E você pode fazer isso às custas da
América. Esses novos heróis serão seus agentes em futuras
ofensivas terroristas contra o Ocidente.
A CIA se move para armar os rebeldes afegãos, mesmo quando
você está obtendo o controle dos grupos rebeldes por meio de seus
agentes. Em breve, a CIA estará armando e treinando grupos que
você efetivamente controla (assim como grupos que
momentaneamente escaparam de seu controle). Os americanos,
com suas próprias mãos, desenvolverão as organizações que você
usará contra eles no futuro.
A operação terá muitos altos e baixos. Não será sem custo.
Você perderá muita gente "boa". Na verdade, todos devem acreditar
que você perdeu esta guerra. Você retirará suas tropas do
Afeganistão com grande estardalhaço. O Ocidente vai bater no peito.
Mas você preencheu a liderança mujaheddin com os seus servos.
Você, simultaneamente, passou anos assassinando seus inimigos
dentro do mundo muçulmano e infiltrando as fileiras militantes com
seus agentes.
O ponto culminante virá quando terroristas, abrigados por um
grupo tribal que você não controla, atacar o World Trade Center e o
Pentágono. Aproximadamente ao mesmo tempo, seus
representantes organizam o assassinato de um líder afegão para
solidificar o seu controle sobre as facções anti-Talibã. Sua paciência
está prestes a ser recompensada. Quando os americanos atacarem
o Afeganistão pelo ar, seus agentes serão os aliados deles no solo
— junto com outros grupos tribais sob o seu controle. Agora você
promoveu um novo tipo de convergência. A OTAN ocupa o
Afeganistão em seu nome e quase ninguém (exceto Mohammed
Karzai) adivinhará a verdade. Os oficiais e generais da OTAN estão
agora na mira de outra rodada do jogo das tesouras.
Se os soviéticos ficaram no Afeganistão por quase uma década,
a Otan ficará lá por quase duas décadas. Agora a ira do mundo
islâmico não está mais focada na jihad contra o comunismo ateu (que
parece ter desaparecido por completo). Agora a Jihad é contra os
Estados Unidos ateus.
Você pode pensar que o resultado aqui é acidental. Mas não, é
o resultado de diligência, disciplina e habilidade superior de
inteligência. Por favor, não entenda mal. Nada aqui foi fácil para os
serviços especiais russos. Eles fizeram enormes sacrifícios, e o valor
estratégico do resultado é impressionante; pois novos jogos podem
agora começar, os quais são jogados a partir dos ganhos do jogo
antigo.

EXEMPLO DOIS: CHECHÊNIA, ISIS E OUTROS

Há cinco anos, o pesquisador lituano Marius Laurinavičius deu


aos leitores uma visão inestimável da atual estratégia das tesouras
de Moscou contra o mundo muçulmano, numa série em várias partes.
[5]
Laurinavičius documentou várias ligações entre terroristas
islâmicos treinados pelos serviços especiais russos e o ISIS. A
própria Guerra da Chechênia, em todos os seus detalhes
improváveis (como a Guerra do Afeganistão antes dela), é coisa de
uma lenda criada por Moscou. Como as "notícias falsas" de hoje,
tivemos propagandistas islâmicos falsos surgindo em lugares como o
Tadjiquistão e o Uzbequistão — na época de um suposto
"renascimento islâmico" autorizado pelo Partido Comunista da União
Soviética (de novo, improvável). Esse renascimento então gerou
uma série de ideólogos islâmicos, como mostra Laurinavičius, em
aliança com a KGB ou a FSB ou com o conselheiro de Putin,
Alexandre Dugin.
A narrativa de Laurinavičius é desconcertante ao extremo, a
menos que entendamos o padrão de infiltração e colocação de
agentes que ele representa. Eis aqui os sinais factuais da estratégia
das tesouras de Moscou. Eis aqui os processos da guerra do
Afeganistão repetidos no Cáucaso, tendo em vista estabilizar a
região após uma desestabilização intencional. Aqui vemos terroristas
entrando e saindo furtivamente da Rússia sem ninguém saber. Eis a
explicação da bizarra afirmação do ministro da Defesa russo, Pavel
Grachev, de que o Distrito Militar do Cáucaso Norte seria o local de
um enorme exercício da Terceira Guerra Mundial. Essa declaração
prenunciou as guerras chechenas dos anos 1990 antes que alguém
percebesse que a Rússia estava treinando gente como Ayman al-
Zawahri (o atual chefe da Al Qaeda). Por melhor que seja uma
trapaça, indícios sempre escapam dos lábios dos generais ou
estadistas russos. (Nota: Grachev havia comandado a 103ª Divisão
Aerotransportada de Guardas do Exército Soviético no Afeganistão
de 1985 a 1988).
"A ascensão dos wahhabitas [na Chechênia] fornece muito
alimento à propaganda russa e aos jogos políticos", observou
Laurinavičius. Se você ler do início ao fim os casos detalhados
apresentados por Laurinavičius, a conclusão dele parece óbvia.
Conforme declarado na Parte Dois de sua série, "O rudimento do
wahhabismo na Chechênia está aparentemente... relacionado a...
supostos agentes da KGB."
Nos últimos anos, com relação ao ISIS, alguns dos suspeitos de
sempre aparecem mais uma vez, "envolvidos no recrutamento de
novos terroristas para [o] estado islâmico", explicou Laurinavičius. Se
é ridículo propor uma "teoria da conspiração" em relação à Guerra
Civil da Síria, Laurinavičius deixa de lado a teoria e mergulha
diretamente na conspiração como história.
Para entender essa história, devemos entender a estratégia das
tesouras. Uma lâmina da tesoura corta o líder de um grupo. Em
retaliação, o líder de um grupo adversário é eliminado; em cada
grupo, os agentes russos sobem na hierarquia, ocupam o lugar dos
líderes mortos, e os russos consolidam sua posição.
Pense agora nos movimentos finais e definitivos de tal jogo —
conforme jogado desde Cabul até Bagdá até Washington.
Pense!

Magia e destruição
21/01/2020

Aquele que não tem sementes demoníacas dentro de si


nunca dará à luz um novo mundo.

— DR. ERNST SCHERTEL

Essa foi uma anotação encontrada na cópia de Adolf Hitler do


livro de Schertel, Magia: História, Teoria, Prática. Parece que Hitler
não tinha problemas com "sementes demoníacas". E ele queria "dar
à luz um novo mundo" — assim como Karl Marx e Vladimir Lenin.
Hitler anotou outra passagem de Schertel, que remete ao
cinismo do líder nazista. A vontade do mago em relação ao seu
"demônio", diz Schertel, cria um poder que "é completamente
deixado a seu [do mago] critério". A anotação de Hitler continua:

O 'povo' que ele pode reunir em torno de si... representa


uma ampliação de sua esfera-do-eu. Mas já aconteceu de
um mago abandonar, despedaçar ou castigar o seu próprio
povo, no caso de este não mais parecer reativo.

Lembre das, por assim dizer, imagens de Berlim e de outras


cidades alemãs de maio de 1945. Vê-se uma infinita paisagem lunar
de prédios bombardeados. Esse foi para a Alemanha o custo de
ampliar a esfera-do-eu do mago.
No final das contas, as sementes demoníacas de Hitler eram
potentes, germinando em uma guerra mundial, acompanhada pela
perseguição, encarceramento e morte de milhões de inocentes. Da
mesma forma, pode-se dizer que as sementes demoníacas de Lenin
também germinaram na matança e no encarceramento de milhões
por Stalin — que se juntou a Hitler para invadir a Polônia em agosto
de 1939. Foi isso que desencadeou a Segunda Guerra Mundial.
O presidente Vladimir Putin está agora tentando negar a
responsabilidade de Moscou pela invasão da Polônia, justificando a
agressão de Stalin em termos humanitários. Segundo Putin, o
Ocidente é o culpado por Hitler. A política de apaziguamento de
Neville Chamberlain, disse Putin, foi a verdadeira causa da guerra.
Quanto à inocência da Polônia, Putin chamou o ministro das
Relações Exteriores da Polônia, coronel Józef Beck, de "um porco
anti-semita".
Eis mais uma pitada de sementes demoníacas para criar um
"novo mundo". Pois esse é o sonho mágico que Putin compartilha
com Stalin e Hitler. Aqui, novamente, o mago não tem nenhuma
preocupação real com seu próprio povo. Ele é um revolucionário que
busca derrubar a ordem existente.
Há uma citação sobre revolucionários que Eric Voegelin
abonava, de um livro intitulado Os demônios, de Heimito von
Doderer. Aqui Doderer diz que um revolucionário é "alguém que quer
mudar a situação geral por causa da impossibilidade de sua própria
posição..." Doderer também declarava: "Uma pessoa que era
incapaz de aturar a si mesma torna-se um revolucionário, então são
os outros que têm de aturá-la."
Em certo sentido, escreveu Doderer, o revolucionário abandona
a "tarefa extremamente concreta de sua própria vida". Surge então a
necessidade de falsificar o passado. A partir disso, diz Voegelin,
segue-se a necessidade de todos os revolucionários de
sistematicamente falsificar a história. Se a sociedade sucumbir a
essa falsificação, logo a própria sociedade "perpetua a mais alta
traição" imaginável. E há um corolário dessa traição. A falsa
realidade assim estabelecida não pode aceitar ninguém que fale a
verdade sobre o passado ou o presente. Essas pessoas são então
rotuladas de traidores.
No livro de Schertel sobre magia, Hitler sublinhou uma passagem
que nega a existência da verdade objetiva. Ele chama o "mundo
objetivo" de "ilusionismo da fantasia". A idéia por trás da magia é
"mudar o mundo de acordo com a nossa vontade". Então, pode-se
"criar realidade onde nenhuma realidade existe".
E essa realidade? — uma ruína fumegante onde antes existia
uma cidade.

O asqueroso angu de Wuhan do General Chi:


uma receita para a guerra biológica?
30/01/2020

Somente usando armas não-destrutivas que podem matar


muitas pessoas seremos capazes de reservar a América
para nós mesmos. Tem havido um rápido desenvolvimento
da tecnologia biológica moderna e novas armas biológicas
têm sido inventadas uma após a outra. Obviamente, nós
não ficamos ociosos... Somos capazes de alcançar o nosso
propósito de 'limpar' a América subitamente.

GENERAL CHI HAOTIAN

Em um discurso secreto dado a quadros de alto escalão do


Partido há quase duas décadas, o Ministro da Defesa chinês,
general Chi Haotian, explicou um plano de longo prazo para garantir
um renascimento nacional chinês. Ele disse que havia três
problemas vitais que deviam ser compreendidos. O primeiro era a
questão do espaço vital — porque a China está severamente
superpovoada e o meio-ambiente da China está se deteriorando. O
segundo problema, portanto, era que o Partido Comunista devia
educar o povo chinês para "sair". Com isso, o general Chi queria se
referir à conquista de novas terras nas quais uma "segunda China"
pudesse ser construída pela "colonização". Disso surge o terceiro
problema vital: o "problema da América".
O general Chi alertou seus ouvintes: "Isso parece chocante, mas
a lógica na verdade é muito simples". A China está "em conflito
fundamental com os interesses estratégicos do Ocidente". Portanto,
a América nunca permitirá que a China conquiste outros países para
construir uma segunda China. A América está no caminho da China.
Chi explicou o problema da seguinte maneira:

Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para ganhar


um novo espaço vital? Em primeiro lugar, se os Estados
Unidos estão resolutos em nos bloquear, é difícil para nós
fazer algo significativo em relação a Taiwan, Vietnã, Índia ou
mesmo Japão, [então] quanto mais espaço vital podemos
conseguir? Muito simples! Apenas países como Estados
Unidos, Canadá e Austrália têm terras vastas para atender
à nossa necessidade de colonização em massa.

"Não somos tolos a ponto de querer morrer junto com os


Estados Unidos usando armas nucleares", disse o general. "Somente
usando armas não-destrutivas que podem matar muitas pessoas
seremos capazes de reservar a América para nós mesmos." A
resposta se encontra nas armas biológicas. "Obviamente",
acrescentou ele, "nós não ficamos ociosos, nos últimos anos
aproveitamos a oportunidade para dominar armas desse tipo".
O Partido Comunista Chinês governante considera que as armas
biológicas são as armas mais importantes para cumprir seu objetivo
de "limpar a América". Chi dá a Deng Xiaoping o crédito de colocar
as armas biológicas à frente de todos os outros sistemas de armas
do arsenal chinês:

Quando o Camarada Xiaoping ainda estava conosco, o


Comitê Central do Partido teve a perspicácia de tomar a
decisão certa de não desenvolver grupos de porta-aviões e
se concentrar, em vez disso, no desenvolvimento de armas
letais que possam eliminar as populações em massa do
país inimigo.

Pode parecer difícil de acreditar, mas o próprio General Chi se


considerava um comunista "humanitário" e, portanto, admitia ter
sentimentos pessoais confusos sobre o assunto: "Às vezes penso
como é cruel para a China e os Estados Unidos serem inimigos..."
Afinal, observou ele, a América ajudou a China na Segunda Guerra
Mundial. O povo chinês lembra que a América se opôs ao
imperialismo japonês. Mas nada disso importa agora. "No longo
prazo", disse o General Chi, "o relacionamento da China e dos
Estados Unidos é de uma luta de vida ou morte". Esta situação
trágica deve ser aceita. De acordo com o General Chi, "Não
devemos esquecer que a história de nossa civilização repetidamente
tem nos ensinado que uma montanha não permite que dois tigres
vivam juntos."
De acordo com o General Chi, o problema de superpopulação e
degradação ambiental da China acabará por fim resultando em
colapso social e guerra civil. O General Chi estimou que "mais de
800 milhões" de chineses morreriam em tal colapso. Portanto, o
Partido Comunista Chinês não tem nenhuma alternativa política. Ou a
América é "limpa" por ataques biológicos ou a China sofre uma
catástrofe nacional. Chi apresenta o seguinte argumento:

Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas


armas biológicas tiverem sucesso no ataque surpresa, o
povo chinês será capaz de manter as suas perdas em um
número mínimo na luta contra os Estados Unidos. Se, no
entanto, o ataque falhar e desencadear uma retaliação
nuclear dos Estados Unidos, a China sofreria talvez uma
catástrofe na qual mais da metade de sua população
pereceria. É por isso que precisamos estar preparados
com sistemas de defesa aérea para nossas cidades
grandes e médias.
Em seu discurso, o General Chi nos fornece uma chave para
entender a estratégia de desenvolvimento da China. De acordo com
Chi, "O nosso desenvolvimento econômico trata inteiramente de se
preparar para as necessidades da guerra!" Não se trata de melhorar
a vida do povo chinês no curto prazo. Não se trata de construir uma
sociedade capitalista voltada para o consumidor. "Publicamente,"
disse o General Chi, "ainda enfatizamos o desenvolvimento
econômico como nosso ponto central, mas, na realidade, o
desenvolvimento econômico tem a guerra como seu ponto central!"
O mesmo pode-se dizer acerca do intenso interesse da China
pelas ciências biológicas. O Ocidente ainda não entendeu o motivo
subjacente para a pronta participação da China nos laboratórios de
microbiologia P4 do Ocidente, onde os micróbios mais mortais do
mundo são estudados (ou seja, laboratórios de nível 4 de letalidade
de patógenos). Isso agora vem à tona na pandemia do Novo
Coronavírus que ocorreu em Wuhan, no coração da China,
justamente do lado de fora do principal laboratório de virologia P4 da
China (especializado em vírus mortais).
Não muito depois de fazer seu discurso, o General Chi deixou o
cargo de Ministro da Defesa em 2003, mesmo ano do surto de
SARS (Coronavírus) na China. Este também foi (coincidentemente) o
mesmo ano em que Pequim decidiu construir o laboratório de
virologia P4 de Wuhan. Dado o discurso do General Chi, o surto do
Novo Coronavírus em Wuhan foi um acidente ocasionado pela
armamentização do vírus no laboratório de microbiologia P4 da
cidade?
Três dados devem ser considerados. Primeiro, em 2008, o
principal oficial de segurança de Taiwan disse aos legisladores que
"Taiwan tinha informações ligando o vírus SARS a pesquisas feitas
em laboratórios chineses". Dada a influência econômica da China e a
infiltração política da mídia em língua chinesa, não é de surpreender
que o diretor do Departamento de Segurança Nacional, Tsai Chao-
ming, tenha sido forçado a retratar sua declaração, que não tinha
nenhuma das características usuais de uma "gafe". Teria o diretor
Tsai sido forçado a se retratar de uma afirmação que era verdadeira,
já que ele não podia revelar suas fontes de informação dentro da
China?
O segundo dado que vale a pena considerar: o Virology Journal
tem um artigo de Gulfaraz Khan, publicado em 28 de fevereiro de
2013, descrevendo a descoberta do Novo Coronavírus na Arábia
Saudita em junho de 2012.[6] Sim, é exatamente o mesmo Novo
Coronavírus, com a seguinte diferença: quando descoberto pela
primeira vez, ele não podia ser facilmente transmitido de humanos
para humanos. Algo mudou no vírus desde aquela época. Assim, a
versão de Wuhan é rotulada como 2019-nCoV em vez de
simplesmente NCoV. Esta última não é contagiosa, enquanto a
primeira está se espalhando rapidamente pela China enquanto estas
palavras são escritas. O que você acha que mudou a sua
transmissibilidade entre 2012 e 2020? Mutação aleatória ou
armamentização? Se o atual surto letal tivesse ocorrido em qualquer
outra cidade que não Wuhan, poderíamos nos inclinar a acreditar
numa mutação aleatória. Mas Wuhan é o marco zero para as armas
biológicas chinesas. Devemos acreditar em tal coincidência?
O terceiro dado que vale a pena considerar: o
GreatGameIndia.com publicou um artigo intitulado "Coronavirus
Bioweapon – How China Stole Coronavirus From Canada And
Weaponized It" [Arma biológica Coronavírus – Como a China roubou
o Coronavírus do Canadá e o transformou em arma].[7] Os autores
foram espertos o suficiente para juntar o artigo de Khan no Virology
Journal com a notícia de uma quebra de segurança por cidadãos
chineses no Laboratório Nacional de Microbiologia Canadense (P4)
em Winnipeg, onde o Novo Coronavírus estava supostamente
armazenado com outros organismos letais. Em maio passado, a Real
Polícia Montada do Canadá foi chamada para investigar e, no final
de julho, os chineses foram expulsos do estabelecimento. O principal
cientista chinês supostamente fazia viagens entre Winnipeg e Wuhan.
Aqui temos uma teoria plausível das viagens do organismo
NCoV: descoberto pela primeira vez na Arábia Saudita, estudado no
Canadá, de onde foi roubado por um cientista chinês e levado para
Wuhan. Assim como a declaração do chefe de inteligência de Taiwan
em 2008, a história do GreatGameIndia.com surgiu sob intenso
ataque. Seja qual for a verdade, o fato da proximidade e a
improbabilidade de mutação devem figurar em nossos cálculos. É
altamente provável que o organismo 2019-nCoV seja uma versão
armamentizada do NCoV descoberto por médicos sauditas em 2012.
Ele quase com certeza faz parte do programa de armas biológicas
exaltado pelo general Chi Haotian há quase duas décadas.
Precisamos fazer uma investigação sobre o surto em Wuhan. Os
chineses devem conceder ao mundo total transparência. A verdade
deve ser revelada. Se as autoridades chinesas são inocentes, não
têm nada a esconder. Se são culpadas, elas se recusarão a
cooperar.
A real preocupação aqui é se o resto do mundo tem a coragem
de exigir uma investigação real e completa. Precisamos ser
destemidos nessa demanda e não permitir que "interesses
econômicos" joguem um recatado e desonesto jogo de negação.
Precisamos de um inquérito honesto. Precisamos dele agora.

Verdade e beleza
07/02/2020

Temos a arte para que não pereçamos com a Verdade.

NIETZSCHE

Em suas meditações errantes sobre pensadores e artistas


alemães, Erich Heller pergunta: "Teria a feiúra da verdade feia
aumentado tão drasticamente desde a época de Platão, que agora
qualquer um que associe a verdade à beleza comete um crime
filosófico?"
Os fracos de espírito podem dizer "sim" à pergunta de Heller.
Mas a resposta certa é "não". Não é que a verdade tenha se tornado
mais feia; ao contrário, trata-se da feiúra crescente das mentiras
dominantes de hoje. De fato, uma falsificação doutrinária da
realidade prevalece em nossa mídia e com nossas elites políticas.
(Veja a farsa do conluio da Rússia como um exemplo recente).
Os falsificadores doutrinários de nosso tempo estão na
esquerda. Eles acreditam, erroneamente, em soluções definitivas
para os problemas sociais e políticos do homem: pobreza, guerra,
doença e desordem. Porém não existem soluções definitivas para
esses problemas. Aqueles que acreditam em tais soluções acabam
criando um problema pior, a saber: o problema do governo arbitrário
e despótico.
Uma vez que somos mortais que vivem em um universo limitado
pela morte e pela tragédia, ninguém sai deste mundo vivo. Pobreza,
guerra e injustiça sempre estarão conosco. As soluções oferecidas
pela esquerda são cunhadas em moeda falsa. A demagogia deles é
a da tirania iminente. E a tirania não resolve nada. Ela simplesmente
aumenta a quota de pobreza, guerra e injustiça do homem. A
condição humana só pode ser mitigada pela prudência política, por
restrições e contrapesos que impedem centros potenciais de poder
absoluto. Mas a esquerda busca construir esses centros de poder,
condenando qualquer restrição de suas ambições utópicas.
A esquerda adere ao socialismo — vagamente definido — como
um dogma flexível e secular com tendências táticas que mudam de
forma. Esse dogma, como todos os dogmas, promove preguiça e
desonestidade intelectuais, degeneração moral, declínio econômico e
despotismo político. A história nos mostra isso repetidas vezes. No
entanto, deixamos de aprender com a história enquanto a doença
intelectual se espalha por metástase em nosso meio. Parecemos
incapazes de impedir seu progresso em nossas escolas, nossa mídia
e nosso governo. Portanto, estamos continuamente sujeitos a
emissões de gases conceituais de igualitarismo, darwinismo,
cientificismo — a bobagem da moda que impulsiona essa
degeneração adiante.
A feiúra dessa visão de mundo, que faz do homem uma espécie
de macaco, produz em seu rastro uma arte feia e um mal-estar
cultural. As pessoas estão cada vez mais se voltando para os
antidepressivos, porque a feiúra, a trivialidade e a falta de fé da nova
visão de mundo materialista são deprimentes — e apodrecem a
alma. O assim chamado socialismo "científico", é claro, não acredita
na alma. Ele é desalmado, apesar de suas pretensões humanitárias.
Os sábios enxergam através das falsas boas intenções do
mainstream esquerdista. Os tolos não conseguem enxergar, mas sim
participam, acrescentando suas boas intenções genuínas a algo que
se baseia na fraude. Assim, temos a situação confusa de pessoas
boas apoiando uma causa má. Parece que esse mal não é
reconhecido devido à ignorância daquilo que Nietzsche chamou de
"os demasiado muitos".
O produto final de tudo isso é uma cultura feia mediada por
eruditos feios e políticos mais feios ainda. A feiúra aqui é espiritual,
moral e intelectual. Os sicofantas do "progressivismo" são acólitos
do feio. Como oponentes da verdade, eles terminam como
abastecedores do feio. Ao combatê-los, também podemos nos
tornar feios, porque a inimizade é recíproca assim como reflexiva.
Diferente da ordem aristocrática de séculos anteriores, a nova
ordem, imbuída das psicopatias do lumpemproletariado, não tem
meios para se embelezar (por mais que se esforce). O "artista"
contemporâneo que se junta aos guerreiros da justiça social pode
superar a feiúra em alguns momentos; mas o mal-estar interno da
totalidade não pode celebrar genuinamente a bela guarnição de prata
na nuvem escura da realidade — exceto como uma tela coberta de
vômito. Tal é o imperativo artístico do subversivo, do criminoso, do
revolucionário. Não apenas uma revolta artística, mas também
revoltante.
Com o advento do bolchevismo, com o avanço da Grande
Mentira, a arte tornou-se pervertida. Ela gradualmente se voltou para
a celebração do vil e do grotesco. As galerias de arte de hoje nos
têm mostrado um crucifixo mergulhado em urina. No mundo às
avessas da Revolução, sob a Epifania dos Perversos, em meio ao
deplorável uivo dos niilistas, o falso artista se junta à legião dos
condenados. Eis a "consciência patologicamente fechada" contra a
qual Eric Voegelin alertava: o sistema de cultura dos deliberados
traidores, inversores, subversores — da ordem humana.
Como lidar com os comunistas chineses
12/02/2020

Primeiro, você precisa descobrir o que os comunistas chineses


pensam. A partir disso, você pode juntar os pedaços da agenda
deles. Qualquer um que estude o Partido Comunista Chinês (PCC) e
entenda o pensamento do presidente Xi Jinping, também entenderá
que o comunismo trata inteiramente de destruir o capitalismo e
destruir a principal potência capitalista — a América. Quem não
entende isso, não entende nada.
O PCC quer a América de joelhos. Eles querem tornar-se os
mestres da terra. Eles são implacáveis em seus métodos e não se
importam com quantas pessoas morrerão. O PCC é um partido
totalitário que emprega métodos totalitários. Eles mataram dezenas
de milhões em campos de trabalho, com fuzilamentos e outras
formas de pena capital. Os líderes do regime são assassinos em
massa que pisotearam o povo chinês.
Usando o bom senso, você teria relações com esses
psicopatas? Você manteria negócios com alguém que deseja destruí-
lo? Você permitiria que um envenenador preparasse a sua comida?
Você permitiria que ele fizesse suas vitaminas e seus remédios?
Se você responder sim a qualquer uma dessas perguntas, então
a sua prudência está no mesmo nível que a dos estadistas e líderes
empresariais da América. Em geral, eles têm respondido sim a todas
essas perguntas. Muitos líderes empresariais americanos formaram
laços estreitos com os assassinos em Pequim; pois toda a economia
chinesa está sujeita ao PCC. Nenhuma empresa na China é
verdadeiramente independente do governo. Quanto aos estadistas
americanos, é vergonhoso eles brindarem com os líderes do PCC. É
vergonhoso vê-los capacitando o inimigo mais perigoso de seu país.
É vergonhoso que sejam tão estúpidos, tão enganados, tão cegos
em relação ao inimigo que estão cortejando.
A melhor receita para lidar com os regimes comunistas diz mais
ou menos assim: Não fale com eles, eles mentem. Não faça acordos
com eles, eles trapaceiam. Não compartilhe dados científicos com
eles, eles os transformarão em arma. Não negocie com eles, eles
rebaixarão a sua economia. Não faça tratados de controle de armas
com eles, eles violarão esses tratados. Não compartilhe
microorganismos mortais com eles, ou você pegará uma gripe muito
brava.
É suicídio aproximar-se de um comunista. É como a história do
homem que encontrou uma cobra congelada na estrada, teve pena
dela, segurou-a contra o peito apenas para aquecê-la de volta à
vida, e foi fatalmente mordido. Por que ele fez isso? Foi estupidez?
Foi arrogância? Um homem não pode fazer amizade com um réptil.
Um capitalista não pode fazer amizade com um comunista. Este
último é uma serpente cuja única intenção é picar.
Em seu livro Deceiving the Sky, Bill Gertz escreveu: "Nenhum
outro líder chinês desde Mao abraçou a rígida ideologia comunista
ortodoxa mais do que Xi Jinping..." — Portanto, não deveríamos ser
enganados pelo lisonjeiro exterior capitalista do Dragão Vermelho. O
PCC não é uma organização capitalista. É comunista. E eles querem
nos prejudicar.
Sem brincadeira.

Vermelhos Americanos
18/02/2020

Por qual processo o Partido Democrata Americano se tornou um


Partido Comunista alternativo? A resposta é simples. Após um século
de subversão e infiltração, os marxistas gradualmente ganharam o
controle nos níveis mais altos — sendo todos os outros expulsos. Os
marxistas muitas vezes conseguiam se apresentar como moderados.
Nos bastidores, porém, conforme revelado pelo pesquisador Trevor
Loudon, a liderança do Partido Democrata é tudo menos moderada.
Sua rede é uma rede vermelha de grupos radicais — de
"organizadores comunitários" alinskyistas e socialistas "democratas"
até fantoches maoístas e do Kremlin.
Para mostrar que isso é verdade (e não uma invenção da
imaginação paranóica de direita), Trevor Loudon escreveu um livro
intitulado White House Reds, com citações e fontes para provar o
seu ponto. Loudon nos dá os nomes de ativistas de destaque e suas
organizações. Ele nos mostra como a safra atual de candidatos
presidenciais democratas está toda ligada à esquerda radical.
Uma situação muito triste agora enfrenta a "terra dos livres", já
que nosso sistema de dois partidos deve, mais cedo ou mais tarde,
inclinar-se para uma vitória democrata em alguma eleição futura.
Enquanto isso, os socialistas democratas têm gradualmente
desbastado o capitalismo e a Constituição. Desde o fim da Guerra
Fria, o Partido Democrata tem abalado as defesas da nação,
enfraquecido a economia, dividido o povo em filas raciais e culpado o
capitalismo pelos resultados de seu próprio trabalho.
Ao demolir as imagens falsas de moderação apresentadas pelos
democratas, Loudon mostra que não há direita ou centro viável no
Partido Democrata — exceto como um mito para com o qual ofender
os republicanos que sempre tendem à esquerda como "extremistas
de direita". Loudon percebeu a monocultura marxista subjacente que
emerge da fachada de centro-esquerda do Partido Democrata.
Loudon nos dá uma visão de perto dos candidatos à presidência do
Partido Democrata, mostrando-os como frentes de uma agenda
revolucionária e destrucionista.
Entre as muitas curiosidades no livro de Loudon, descobrimos
que Joe Biden se tornou senador com a ajuda do agente soviético
Armand Hammer; que o socialista Bernie Sanders tinha cordial
consideração pela União Soviética dominada pelo gulag; que a
radical agenda anti-comércio de Elizabeth Warren se encaixa com
suas associações de esquerda maoísta (sem mencionar séries de
conferências com tipos como Francis Fox Piven); que Pete Buttigieg
se destaca como filho de um estudioso marxista e um admirador de
longa data do sovietófilo Sanders.
Loudon também revela como Julián Castro e Cory Booker
combinaram o marxismo-leninismo com as agendas raciais
chicanas/negras na Universidade de Stanford — e ambos foram
promovidos à política pelos "suspeitos de sempre". Por último, mas
não menos importante, Loudon apresenta a verdadeira bona fides da
totalmente incompreendida princesa dos "moderados" democratas,
Tulsi Gabbard — que se mostrou uma companheira de viagem
partidária de Sanders — notoriamente branda com os aliados
comunistas da Rússia na Venezuela e na Coréia do Norte.
Não devemos esquecer que Bill Clinton e Barack Obama por
muito tempo fingiram ser centristas enquanto moviam a política dos
EUA cada vez mais para a esquerda. O partido deles ganhou tanta
força e tanto controle sobre a burocracia e a mídia que pode não
haver mais volta neste estágio avançado do jogo. Já foi até sugerido
pelo presidente Donald Trump que as eleições de 2020 serão uma
disputa entre o socialismo e o capitalismo. Considerando o que
Loudon descobriu, o presidente parece estar certo.[8]

A ideação paranóide no discurso político


25/02/2020

…Eu acredito que existe um estilo de mente que está longe


de ser novo e que não é necessariamente de direita. Eu o
chamo de estilo paranóide simplesmente porque nenhuma
outra palavra evoca adequadamente a sensação de
exagero acalorado, desconfiança e fantasia conspiratória
que tenho em mente.

RICHARD HOFSTADTER[9]

A prevalência do transtorno de personalidade paranóide na


população em geral foi estimada em cerca de 4,5 por cento.[10] Com
efeito, os Estados Unidos são o lar de mais de 14 milhões de
paranóicos. Mas há outra categoria de pessoas, de número
indeterminado, que se entregam a pensamentos paranóicos sem
serem clinicamente paranóicas. Essas são as pessoas que Richard
Hofstadter descreveu como prova de um "estilo paranóide" de
pensamento político.
De acordo com Hofstadter, "este termo é pejorativo, e deve ser;
o estilo paranóde tem maior afinidade com causas ruins do que com
boas". Em seu artigo da Revista Harper's de novembro de 1964,
Hofstadter cita três exemplos da história americana: (1) um discurso
populista de 1855 que afirmava que monarcas e papistas planejavam
a destruição da América; (2) um discurso retórico de 1895 sobre "as
tramas secretas do círculo de ouro internacional"; e (3) um excerto
de 1951 do discurso do senador Joseph McCarthy sobre a
manipulação da política externa dos Estados Unidos por agentes
soviéticos.
Não devemos nos surpreender que nenhuma evidência tenha
surgido nos anos subseqüentes sobre o suposto complô
monarquista/papista de 1855; tampouco qualquer evidência de tal
complô emergiu de memórias ou arquivos do estado, ou histórias; e
o mesmo pode ser dito sobre a conspiração do alegado "círculo de
ouro" de 1895; e, no entanto, independentemente do que os
historiadores agora aleguem contra o senador Joseph McCarthy, os
arquivos da inteligência mostram que centenas de agentes soviéticos
haviam, de fato, penetrado no Governo dos Estados Unidos na
década de 1940.[11] Portanto, ao contrário das outras duas teorias
da conspiração citadas por Hofstadter, a conspiração comunista era
real; e suas conseqüências estão bem estão bem aí conosco hoje.
A alegação, então, de que a "histeria" anticomunista da década
de 1950 era a mesma que a histeria antimonarquista de meados do
século XIX, ou a histeria populista contra o padrão-ouro na década
de 1890, é confundir um medo razoável com paranóia infundada.
Como Alexander Solzhenitsyn demonstrou em sua obra em três
volumes, O Arquipélago Gulag, o comunismo é anti-humano em suas
inclinações homicidas — uma raiz primária de grandiosidade tirânica
e destrucionismo. Aqui não estamos descrevendo uma "teoria da
conspiração". Estamos descrevendo um movimento político
conspiratório, esboçado como tal por Vladimir Lenin em seu panfleto
O que fazer? — um movimento que assumiu o poder no maior país
do mundo (Rússia), e no país mais populoso do mundo (China), e em
mais de uma dezena de outros países. É um movimento que tem
sido liderado por pessoas psicologicamente anormais, como Stalin,
Mao, Pol Pot e Castro. É um movimento que não esmoreceu, apesar
de suas muitas fraudes para mostrar o contrário, e mesmo agora
continua a empregar redes de subversivos para realizar um
duradouro programa de conquista global.
Foi correto da parte de Hofstadter, então, caracterizar o
anticomunismo de Joseph McCarthy como participante de um "estilo
paranóide"? Essa caracterização pejorativa do anticomunismo foi o
primeiro grande erro em nosso entendimento político do pós-guerra.
Foi um erro que beneficiou os comunistas, reabilitando-os à medida
que voltavam ao governo durante os anos 1960. E nós temos vivido
com as conseqüências desde então.
O segundo erro, a partir daí, resultou do primeiro, e do
emburrecimento de inspiração marxista das escolas públicas, que
embotou o juízo das gerações posteriores. Esse segundo erro foi
considerar equivocadamente as grandes explosões subseqüentes de
medo sublimado como politicamente sem sentido e irracionais,
garantindo assim a proeminência futura da paranóia. Com o declínio
da compreensão histórica, em meio a um crescente vácuo filosófico
e espiritual, as pessoas sabiam cada vez menos como interpretar os
eventos. Elas logo se tornaram suscetíveis a "teorias da
conspiração", sentindo intuitivamente que algo estava errado, que
algo estava determinado a "pegá-las". Como o mal-estar geral da
época não foi devidamente explicado, e as premissas niilistas da
esquerda geralmente não eram entendidas como sendo uma causa
raiz, apenas os processos ocultos do inconsciente poderiam
desempenhar o papel de Oráculo Público.
Os seres humanos têm uma fome inata pela verdade. Se os
eventos não podem se fazer inteligíveis, se as explicações
materialistas dialéticas não satisfazem, a imaginação fará a
diferença. A fantasmagoria de mentes desorientadas, afligidas por
oníricas "mensagens" metafóricas e simbólicas, nos levaram a um
grande melodrama de ficção científica; ou seja, ao disco voador — o
que Carl Jung chamou de "um mito moderno das coisas vistas no
céu". Eis uma subcultura emergente que o ufólogo Jacques Vallee
descreveu como "a próxima forma de religião". É uma subcultura que
cresce, ano a ano, até formar algo que pode usurpar toda a cultura.
Com a controvérsia de suas afirmações, ela reinventou um reino de
seres sobre-humanos. Desta vez, não deuses e demônios, mas
répteis interestelares de Zeta Reticuli, ultra-terrestres, grays, e
outros humanóides viajantes do espaço ou interdimensionais.
Há um culto crescente de crentes para quem esses seres são
tão reais quanto Thor e Odin eram para os pagãos da Escandinávia.
E aqui, como era de se esperar, descobrimos que o "estilo
paranóide" de Hofstatder foi rapidamente enxertado num edifício em
constante formação, com histórias de "homens de preto", ocultações
do governo, segredos aterrorizantes e uma guerra galáctica invisível
entre as forças do bem e do mal.
Uma nova mitologia está sendo construída, apesar de nossas
pretensões científicas, de mundos invisíveis e forças ocultas. Se
Vampiros de Almas (The Invasion of the Body Snatchers) tornou-se
a metáfora da ficção científica para uma ocupação comunista
gradual, o roubo de corpos por meio de "abdução alienígena"
refletiria um processo geral de transformação psíquica — de
engenheiros sociais alienígenas sequestrando seres humanos
desavisados para experimentação de longo prazo e controle social.
A mensagem da metáfora é inequívoca. Entretanto, os sujeitos
desafortunados não tomam suas experiências como metafóricas — e
por que deveriam? A cultura decadente ao redor deles perdeu a linha
de seu significado. E uma coisa é certa sobre o novo fenômeno: os
sujeitos parecem acreditar em algo intensamente significativo. De
acordo com o jornal U.K. Guardian, 12 milhões de americanos
acreditam que "lagartos alienígenas" nos governam.[12] É absurdo,
claro — mas fortemente simbólico.
Sem nenhuma indicação prévia de doença mental, David Icke
afirma que alienígenas reptilianos que mudam de forma assumiram o
planeta Terra.[13] Icke já foi um respeitado locutor de esportes no
Reino Unido, um antigo jogador de futebol. Depois de ouvir
"mensagens" do mundo espiritual, suas declarações tornaram-se
decididamente oraculares, paranóicas, bizarras — apesar de atrair
um grande séquito de devotos. Como se pode explicar isso?
Se Alex Jones do Infowars se refere à Terra como um "planeta
prisão" e conta a Joe Rogan em um recente podcast[14] sobre "seres
alienígenas" atraindo a elite global para se entregar a sacrifícios
rituais de sangue, existe, todavia, uma verdade metafórica nisso? O
que vemos em todo o espectro de nossa consciência decrescente é
uma crescente histeria vinda de dentro. Se agora estamos
separados da verdade por uma censura generalizada, então a
verdade artificial do réptil extraterrestre deve bastar. É tudo o que
restou às massas enquanto a escuridão se aproxima delas; um
símbolo e ponto de referência para a experiência de serem
cutucadas e espetadas por um poder contra o qual são impotentes.
O senador Joseph McCarthy tentou alertar a América sobre um
tipo mais literal de réptil: o réptil comunista. McCarthy aludiu a um
sequestro nacional por infiltrados "alienígenas". Sua fria astúcia
científica, sua hostilidade à vida humana e o monótono e acinzentado
"sistema" soviético do qual jorravam, valeram-lhes sua estatura
diminuta de "zangões" totalitários — os asseclas sem rosto da
revolução mundial.
Espero que ninguém se ofenda com essa interpretação
politicamente incorreta dos "sinais no céu". Para que ninguém levante
o porrete do argumento contra mim, lembre-se da Lei de Nyquist:
Todo mundo acredita em algo que outra pessoa acha que é
loucura.
Isso não exclui a possibilidade de sermos todos malucos.

Uma nota sobre anti-semitismo


25/02/2020

O pior erro que já cometi foi aquele preconceito idiota e


suburbano do anti-semitismo.

EZRA POUND
Existem três tipos básicos de anti-semitismo. Existe o anti-
semitismo de esquerda — de Karl Marx e seu ensaio sobre a
questão judaica. Existe o "anti-semitismo" dos muçulmanos que
querem lançar Israel ao mar. Existe o anti-semitismo dos nacional-
socialistas. Cada abordagem anti-semita se conecta a uma forma de
totalitarismo — uma forma de governo que suprime a liberdade de
expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade econômica. Mas
isso não é tudo.
Um leitor alemão recentemente me confrotou na questão do anti-
semitismo, sugerindo que minha rejeição da teoria da conspiração
antijudaica era devida a uma "lavagem cerebral" cristã. Eu poderia
ter respondido que suas opiniões eram o resultado de uma "lavagem
cerebral nazista", mas isso teria sido trocar um insulto por outro.
Existe, é claro, um grande volume de "literatura" conspiratória
antijudaica. Descobri que essa "literatura" é animada pelo ódio —
sejam quais forem suas pretensões de objetividade. Quanto mais
você mergulha nos "historiadores" e "teóricos" anti-semitas, mais
você vê o ódio irracional aos judeus saindo de cada página. Há certa
injustiça nas conclusões dos escritores anti-semitas, certa
unilateralidade de evidência. Depois de algum tempo, eles deixam o
leitor exausto e irritado com sua obsessão fanática pela maldade
judaica. Todos os ultrajes, todos os crimes, todas as injustiças do
mundo, os conduzem a um único grupo: os judeus.
O discurso anti-semita é um lamentável, repetitivo e patológico
martelar contra um único povo, um único grupo étnico, várias e várias
e várias vezes. Para o anti-semita, nada de ruim acontece a não ser
que os judeus estejam por trás. Nenhum desastre acontece a não
ser que os judeus sejam os culpados. Pode-se antecipar a análise do
anti-semita sobre cada assunto, a qualquer momento. É uma batida
monótona, invariável, sem graça — um relógio que bate a mesma
hora continuamente, um boletim meteorológico sobre uma garoa que
nunca termina, um disco quebrado que repete a mesma frase, o
mesmo tom, o mesmo som. O anti-semitismo é enfadonho. No
entanto, o anti-semita nunca se cansa de sua obsessão.
Os anti-semitas estão sempre ansiosos para contar ao mundo
sobre os banqueiros judeus, magnatas de Hollywood, conspiradores
maçônicos e os nove Cabalistas ocultos no topo. Sua crença nos
Protocolos dos Sábios de Sião é inabalável. Eles são imunes às
evidências. (Quando a Hitler se apresentou a prova de que Os
Protocolos eram uma falsificação, ele rosnou que isso não importava,
porque em todo caso o livro era "verdadeiro em princípio").
O anti-semita cultural, como Kevin MacDonald, pode vestir seu
cavalinho de pau com chavões da ciência evolucionária, mas suas
conclusões não estão longe do filme de Fritz Hippler, da era nazista,
O Eterno Judeu, que afirmava que "os judeus estão situados na
junção dos mercados financeiros do mundo". Desse modo, os judeus
se tornaram "uma potência internacional" que "aterroriza as bolsas
de valores mundiais, a opinião mundial e a política mundial". Tal era a
paranóia de Hitler e dos nazistas. Tal era a justificativa para a sua
fúria assassina.
O anti-semitismo continua a infectar o discurso público. O anti-
semita atribui os problemas econômicos e sociais aos judeus. A
decadência moderna, eles argumentam, é judia. Tudo o que deu
errado dentro da cristandade é atribuído à sabotagem judia. O anti-
semita esquece que as civilizações se tornam senis por causa da
prosperidade. É algo que já aconteceu antes — aos gregos e
romanos da antigüidade. Os pagãos do século IV lamentaram a
morte do "Grande Pã" assim como Nietzsche lamentou a morte de
Deus no século XIX. Os judeus não têm culpa. A história é cíclica.
Há muitos fatores contribuindo para a nossa angústia:
materialismo, ateísmo, urbanização e o colapso da família.
Invenções terríveis prometem nos aniquilar. O vírus da COVID-19,
que agora ameaça a humanidade, parece ser uma criação chinesa
— não judia. Nosso estilo de vida perdulário de endividamento é em
toda parte apoiado e encorajado por um regime hedonista de
shopping center — algo tão americano quanto a torta de maçã.
Justificando a sua própria malevolência étnica, o anti-semita é o
próprio modelo da degeneração que ele pretende combater. Suas
percepções manchadas são o resultado de um astigmatismo
intelectual. Seus argumentos sociológicos e "ciência" evolucionária
(como a de Kevin MacDonald) soam vazios. É a mesma velha
fórmula do bode expiatório. E, uma vez que todos os grupos e povos
compartilham a culpa pela corrupção dos últimos tempos, sempre é
possível produzir provas para condenar um dentre os outros.
Enquanto assistimos a personagens de desenho animado
concorrendo a altos cargos nos Estados Unidos, com a metástase
do contágio socialista no segundo plano, o anti-semita quer que você
acredite que tudo isso faz parte de uma trama judaica. Nenhum
estudante sério de história aceita esta tese. E por um bom motivo.
Se Hitler tivesse o que queria e exterminasse todos os judeus da
terra, nossa situação não seria diferente; pois o Nacional-socialismo
era o seu próprio hospício.
Você não pode confiar nos anti-semitas. Eles não são os
patriotas que fingem ser. Eles se juntarão aos comunistas no final,
porque os comunistas lhes oferecerão um acordo. E, como todos os
outros idiotas úteis, eles terminarão como forragem aproveitável.

Curiosidades inesperadas vindas de um


desertor militar russo
05/03/2020

No final de agosto de 1998, encontrava-me sentado numa sala


de reuniões privada no Cosmos Club em Washington, D.C., ladeado
por dois jornalistas. Pensativo, parado ao lado de sua cadeira do
outro lado da mesa, estava o ex-coronel do GRU, Stanislav Lunev,
que havia desertado da Federação Russa em março de 1992.
Enquanto ouvíamos, fascinados por seu brilhantismo, aprendíamos
sobre a queda da Rússia na corrupção. Mas então ele nos
surpreendeu, de forma bastante inesperada, ao dizer que a
degradação da Rússia havia ocorrido como um efeito inesperado
após uma campanha de décadas da KGB para espalhar a corrupção
moral na América.
Mesmo? Por que a Rússia soviética desejaria espalhar a
corrupção na América? A que propósito isso poderia servir?
"Porque", ele explicou, "os americanos eram honestos demais. Nós
não conseguíamos recrutar efetivamente o seu povo como espiões.
Precisávamos amolecê-los."
Ele disse que agentes soviéticos deram dinheiro a pessoas em
Hollywood com a idéia de colocar mais sexo e violência nos filmes.
Foi uma tentativa de embrutecer a sensibilidade moral dos
americanos comuns. Lunev disse que essa política saiu pela culatra.
"Tínhamos nos livrado da religião na Rússia, então não tínhamos
nenhuma proteção. Nosso povo perdeu todo o senso do certo e
errado. O seu país ainda acreditava em Deus, daí o dano não foi tão
grande."
Então me virei e perguntei: "Que tipo de pessoas você recrutava
como espiãs?" Ele tinha uma resposta de uma só palavra, que era
inesquecível: "Jornalistas".
Isso despertou o interesse dos dois jornalistas ao meu lado. "O
que é um jornalista?", Lunev perguntou retoricamente. "Uma pessoa
que coleta informações e faz reportagens."
Muita gente hoje acha que os Estados Unidos são líderes em
desinformação e propaganda. Mas essa idéia pode ser prontamente
descartada pelo fato de que os Estados Unidos há muito foram
infiltrados e influenciados para aceitar mensagens e temas
antiamericanos como algo natural. Nossos centros de aprendizagem
são focos antiamericanos. Na verdade, o antiamericanismo é tão
difundido que não é mais reconhecido como tal — de modo que ser
contra o próprio país foi "normalizado".
Como o governo não controla a mídia nos Estados Unidos, a
narrativa cultural mais ampla há muito está dando sopa. Se o país
não tivesse sido infiltrado e parcialmente dominado por dentro, a
retórica de muitos políticos e jornais de hoje não poderia ser
explicada.
A nossa realidade, em grande medida, é uma construção
meticulosamente erigida, tijolo a tijolo, com elementos concebidos no
estrangeiro. Os americanos foram persuadidos, por incontáveis
artifícios de retórica, pelo Paraíso dos Tolos do regime dos
shoppings, de que a vigilância contra a ameaça comunista era
paranóia, de que a Rússia e a China não eram governadas por
comunistas, de que não estavam usando nossa abertura e
ingenuidade contra nós.
Então veio o ataque de 11 de setembro. De repente, nossos
recursos militares e de inteligência foram desviados de seus alvos da
era da Guerra Fria para um novo inimigo. Terroristas islâmicos,
escondidos em cavernas, eram a nova ameaça. A Rússia seria
nossa aliada contra essa ameaça. Fomos à guerra com Bagdá e
Cabul. Gastamos trilhões. Desperdiçamos toda a nossa atenção,
todos aqueles anos, todos aqueles recursos, combatendo pessoas
as quais não tínhamos nenhuma necessidade real de combater. A
verdadeira ameaça foi descartada sem consideração. Os chineses e
russos eram agora nossos parceiros. Esquecemos de manter a
nossa indústria de armas nucleares. A vigilância do país caiu para
um novo degrau inferior. Os marxistas inundaram o governo sob o
comando de Obama.
Em novembro de 1998, perguntei ao coronel Lunev como um
ataque nuclear bem-sucedido contra os Estados Unidos poderia ser
executado. Ele disse: "Se você alguma vez ouvir falar que terroristas
árabes atacaram uma cidade americana com armas nucleares... Não
acredite."
"Por que não?"
"Porque", disse ele, "será o meu povo". Será o Spetsnaz[15]
[russo]."
"O que acontecerá depois desse ataque nuclear [de operação
de bandeira falsa]?", perguntei.
"Algumas semanas ou meses depois, os mísseis virão da
Rússia", disse ele.
Nunca perguntei a Lunev o que significava um intervalo de
"semanas ou meses" entre um ataque de bandeira falsa e ataques
nucleares da Rússia. Voltei e reli vários livros militares soviéticos, em
busca de pistas.
Revendo a literatura, fiz a seguinte lista: (1) o livro do marechal
Sokolovskiy, Soviet Military Strategy, diz que a Rússia deve orientar
abertamente seu povo a fazer guerra à América antes que um
ataque seja viável; (2) essa orientação teria de ocorrer "à vista de
todos", mas de uma forma que os americanos não se alarmassem;
(3) as primeiras ondas devastadoras de qualquer ataque aos
Estados Unidos, usando armas de destruição em massa, não
poderiam ser ataques diretos; (4) a Rússia e a China precisariam de
um álibi infalível (conforme sugerido pelo cenário de Lunev de 1998
envolvendo um ataque terrorista de bandeira falsa); (5) o mistério do
intervalo de "semanas ou meses" de Lunev tem a ver com o objetivo
de colapsar a economia dos Estados Unidos antes do advento da
guerra; (6) a agitação doméstica subseqüente, com a presença de
divisões políticas, seria mais efetivamente inflamada; (7) o colapso
financeiro anularia os sistemas de alerta precoce, bem como o
comando e controle.
Os sete pontos listados acima podem ser chamados de "A
seqüência". Ou seja, em termos estratégicos, uma série de eventos
catastróficos em cascata que levam à negação das defesas do
Ocidente.
Se considerarmos a nossa situação atual à luz da "Seqüência",
veremos muitos pontos se alinhando. Com relação ao surto da
COVID-19, pode ter ocorrido (a esse respeito) uma "evolução das
intenções". Uma vez que o inimigo pretende destruir os Estados
Unidos por meio da "Seqüência", a liberação acidental do patógeno
da COVID-19 na China fornece a ocasião para um desfecho
espontâneo, supondo-se que involuntário. Em outras palavras, por
que não seguir com a correnteza?
A COVID-19 oferece o álibi perfeito para a China. Também dá
cobertura para a mobilização de guerra disfarçada de medidas de
combate ao vírus. É óbvio que um surto de COVID-19 atingirá os
Estados Unidos nos próximos dias. O pânico resultante causará uma
contração financeira sem precedentes. A sociedade americana,
amolecida por décadas de vida livre, está ideologicamente dividida.
Pior ainda, uma porcentagem significativa do país acredita que o
presidente é um fantoche russo.
As pré-condições para desencadear "A Seqüência" estão
colocadas? As intenções da China em relação ao vírus da COVID-19
estão "evoluindo"?
O socialismo como solvente universal
06/03/2020

Solvente: algo que elimina ou atenua algo especialmente


indesejado.
— DICIONÁRIO MERRIAM-WEBSTER

Suponha que rejeitemos a nossa existência dada por Deus. O


que se segue? A criatura ingrata, ávida por contrariar seu Criador,
teria de inventar um antídoto para a existência — um solvente
universal — com o qual dissolver o Ser Universal.
Dissolver cada pedacinho dele.
Para alcançar resultados duradouros, o seu solvente pode
também ter como objetivo a dissolução de Deus. Portanto, inclua o
ateísmo em seu solvente. Abale a crença no sobrenatural. Declare
que Deus está morto.
E se, apesar de seus melhores esforços, Deus permanecesse
presente — em homens fiéis?
Não é um problema! Uma vez que nada foi criado que não
mereça o esquecimento, podemos usar a fórmula de Stalin: "Nenhum
homem, nenhum problema".
Se você matar um homem, nenhuma dificuldade surge de sua
não-existência. (Supondo-se que não haja vida após a morte). O
solvente necessário é, portanto, qualquer coisa que mate o corpo.
Mas por que remover apenas um homem para só resolver um
problema? Todos os homens não são problemáticos? Portanto, o
solvente necessário é um elixir de liquidação em massa.
Você está chocado? Não deveria estar. Lembre-se: — O plano
é negar tudo no universo, incluindo o Criador desse universo. O elixir,
é claro, tem muitos ingredientes corrosivos. Seu principal ingrediente,
como mostra a história, tem sido o "socialismo".
Isso vai surpreender muita gente, mas é verdade.
O socialismo foi projetado pela esquerda — pelos pretensos
negadores de tudo o que tem existido. Como o colega de Marx,
Friedrich Engels, certa vez escreveu: "A... negação da negação...
tem aliás de servir aqui como a parteira para dar à luz o futuro do
ventre do passado."
Num país depois do outro, durante cem anos, o socialismo de
Marx e Engels trouxe pobreza, tirania e corrupção. Os socialistas
afirmavam estar dissolvendo a pobreza, a tirania e a corrupção. Eles
estavam — nas palavras de Engels — "negando a negação". Por
que, então, a humanidade perdeu com isso? — na URSS de Stalin,
na China de Mao, no Camboja de Pol Pot, na Venezuela de Chávez?
Por quê?
A negação da negação é uma questão de lambança filosófica?
Ou é o surto malévolo de um desajustado? O socialismo, como
sonhado pela esquerda, é uma impossibilidade lógica? Ou o
socialismo, como solvente, é um projeto malicioso daqueles que
almejam a aniquilação?
Sem dúvida, com o socialista bem-intencionado, existe o fator
lambão do idealista ilegítimo — um idealista que inadvertidamente
abre a porta para a astúcia malévola do psicopata. Há uma
sensação de que, com o advento do socialismo, o idealista e o
psicopata tornam-se co-dependentes políticos. A impossibilidade
lógica da utopia socialista garante que o lambão e o malfeitor
comparecerão ao seu advento; assim, vemos que seu curso
destrutivo é assegurado por um ambiente "binário". Aqui vemos que
dois elementos são necessários para fazer uma sociedade implodir.
Resultados destrutivos decorrem de princípios destrutivos. E
todos os princípios do socialismo são feitos, consciente ou
inconscientemente, para a liquidação das coisas essenciais.
Considere o que é colocado diante de nós sob a bandeira socialista:
É um "ideal" que priva o homem de seus direitos de propriedade, de
sua família, de seu pai, de sua nacionalidade, de sua alma.
Como isso funciona, na prática?
Ele emprega regulamentações ambientais, escolas, tribunais de
família e administrativos, para negar a essência do indivíduo de
forma niilista.
Eis uma malevolência especial. Pode-se enfeitá-la com frases
refinadas e poses nobres, mas o objetivo não é criar algo novo. O
verdadeiro objetivo é a destruição por amor à destruição. E é isso
que vemos na paixão comunista pela revolução. Não é uma nova
tábua de valores. É a negação de todos os valores — da
possibilidade dos valores.
Se a fé é uma crença na bondade de Deus, então o desespero
é uma crença na malevolência de Deus. O socialismo revolucionário
baseia-se neste último. Uma pessoa verdadeiramente religiosa
percebe inevitavelmente que a revolução socialista é um erro. Não há
salvação nele, mas danação em abundância.
O socialismo se resume a uma pergunta: a criação de Deus é
uma dádiva ou algo contra o qual se rebelar? Qualquer que seja a
posição que você tomar, tudo decorre daí. Pergunte a si mesmo, de
forma prática, qual premissa tornou o mundo melhor? Qual premissa
nos torna pessoas melhores? Qual premissa preserva? Qual destrói?
Apenas uma resposta está certa.

A ascensão e queda do Paraíso dos Tolos


09/03/2020

Vinte anos atrás, um leitor me enviou um e-mail assim: "Li seus


artigos mais recentes com interesse e fascinação." Ele então se
descrevia como um especialista "em biologia, biotecnologia, química
e armamento biológico". Ele aparentemente estava intrigado com
minha abordagem do assunto da guerra biológica e fez a seguinte
pergunta: "Você tem alguma idéia de por que tantos escritores ou
vários indivíduos se concentram na ameaça e não gastam o mesmo
tempo com discussões de contra-estratégia?"
Você levanta uma grande questão, respondi. A razão pela qual
os escritores gastam pouco tempo com contra-estratégias é que
uma adaptação realista às armas de destruição em massa requer
mudanças institucionais que há muito são politicamente inaceitáveis
para os americanos.
Foi o Comitê Gaither, em 1957, que primeiro tentou uma visão
realista do problema das armas de destruição em massa. O relatório
emitido pelo comitê supersecreto, que incluía importantes oficiais
militares e cientistas, é conhecido como o Relatório Gaither (embora
Rowen Gaither tenha tido pouco a ver com ele, devido a problemas
de saúde).
O Relatório Gaither tinha 29 páginas. Seu título oficial era
"Dissuasão e sobrevivência na era nuclear". O relatório foi entregue
ao presidente Dwight Eisenhower em 7 de novembro de 1957. Os
autores do relatório viam sérios perigos de longo prazo para os
Estados Unidos e ofereciam uma série de soluções, das quais
apenas algumas, do aspecto militar, foram adotadas (como manter
os bombardeiros do SAC[16] no ar e a colocação de mísseis de longo
alcance em silos subterrâneos).
Como estávamos entrando numa era de bombas de hidrogênio e
mísseis de longo alcance, o Relatório Gaither disse que a América
precisava de um imenso sistema de abrigo para proteger a
população civil. Um programa intensivo de custo superior a $ 20
bilhões (em dólares de 1957) seria necessário. Se não me falha a
memória, o relatório também recomendava desviar o concreto da
construção rodoviária para atender às demandas do programa de
abrigo. Além disso, a população civil precisava ser educada no
anticomunismo (já que o comunismo era a ideologia de nosso
adversário).
Insatisfeito com o relatório, Eisenhower rejeitou seus pontos-
chave. Ele foi apoiado pelo Secretário de Estado John Foster Dulles.
Ambos previam uma vitória sem derramamento de sangue contra o
comunismo soviético. Essa vitória seria conquistada com a
construção de shoppings e rodovias. Nosso meio de dissuasão
nuclear nos protegeria, ameaçando a União Soviética com pesada
retaliação. Enquanto isso, o povo americano viveria uma vida
despreocupada e feliz, livre da defesa civil ou de programas de
educação anticomunista nas escolas secundárias. De acordo com a
visão de Eisenhower, nós triunfaríamos sobre o comunismo ao viver
melhor do que os russos. Nós mostraríamos a eles como viver uma
vida boa. Nós compraríamos o nosso caminho à vitória.
Sem sacrifícios, sem decisões difíceis, sem confrontos trágicos.
A fórmula de Eisenhower tinha um encanto irresistível. Foi uma
fórmula que rapidamente se tornou institucionalizada e
intelectualizada dentro da elite formuladora de políticas. Nós
vivíamos essa política e vivíamos bem. No final de seu mandato,
Eisenhower advertiu indiretamente contra os autores do Relatório
Gaither, conclamando os americanos a "ficarem de guarda contra a
aquisição de influência injustificada... pelo complexo militar-industrial".
A esquerda se apoderou das palavras de Eisenhower. Um
estereótipo surgiu — de militaristas mastigadores de charuto que
tinham aprendido a "parar de se preocupar e amar a bomba".
Também fomos ensinados a desprezar os fornecedores de armas
cuja ganância alegadamente alimentou a Guerra Fria. "O potencial
para o aumento desastroso de poder mal aplicado existe e vai
persistir", advertiu Eisenhower. Os militares e seus patrocinadores
industriais representavam uma ameaça.

Nunca devemos permitir que o peso dessa combinação


coloque em risco nossas liberdades... Somente uma
cidadania alerta e informada pode obrigar o adequado
entrosamento do enorme maquinário industrial e militar de
defesa com nossos métodos e objetivos pacíficos, de modo
que a segurança e a liberdade possam prosperar juntas.

Essas são as palavras de um presidente — e de um general


cinco estrelas — que temia mais o anticomunismo do que o
comunismo. Ao contrário do Discurso de Despedida de George
Washington, que advertiu sobre os perigos de envolvimentos
estrangeiros e da guerra civil, o Discurso de Despedida de
Eisenhower advertiu sobre um perigo interno das instituições
encarregadas de defender a América do armamento nuclear e
biológico do bloco comunista.
Por um lado, a preocupação de Eisenhower era sensata. Por
outro lado, o bloco comunista estava sitiando a América e o
Ocidente. Eles foram preparados para se infiltrar em nossas
instituições. Eles já haviam influenciado as políticas de dois
presidentes, Roosevelt e Truman; e haveria outros. O comunismo era
uma ameaça real para a América — interna e externamente. Com
medo de que uma forma de anticomunismo semelhante ao fascismo
se instalasse, Eisenhower não queria enfrentar a ameaça comunista
de frente. Portanto, o discurso de Eisenhower efetivamente
estabeleceu uma evasão psicológica no cerne da política americana.
Viver uma boa vida viria antes da segurança. Por fim, o socialismo
pegaria carona nessa fórmula hedonística, até que a demanda por
gastos sociais começasse a impedir o gasto militar.
Foi assim que chegamos a viver no paraíso dos tolos de hoje —
despreparados para lidar com os métodos nucleares, biológicos e
econômicos de travar guerra de nosso inimigo. Em vez de uma
filosofia de prontidão, a nossa tornou-se uma política impulsionada
pelo hedonismo — à esquerda e à direita. Fazer comércio com a
China e a Rússia não transformará essas nações em democracias
amigáveis. O comércio apenas garantirá que o nosso complexo
militar-industrial — há tanto tempo difamado pela esquerda — seja
minado e enfraquecido.
Tivemos nossa chance em 1957. Poderíamos ter construído
defesas. Mas agora estamos viciados no regime de shopping center.
Soluções sérias estão agora além de nosso alcance psicológico. Não
temos vontade política ou integridade intelectual para romper nossa
antiga ilusão de supremacia. Algo vital em nós se deteriorou. Para
consertar a situação, devemos primeiro ter um diagnóstico, uma
análise sociológica profunda, seguida por uma compreensão pública
do problema. Mas isso nunca vai acontecer.
Se você apresentasse o Relatório Gaither hoje, as pessoas
balançariam a cabeça como se você fosse um lunático. Abrigos
contra precipitação radioativa? Auto-sacrifício nacional? Educação
patriótica para nossos alunos do ensino médio? A mera sugestão
faria com que a esquerda se mobilizasse. Haveria sangue nas ruas.
Claro, eu sei o que a maioria das pessoas dirá. Numa guerra
nuclear, todos morremos e não há sentido. Então coma, beba e seja
feliz. Aproveite o momento. Esqueça todas aquela bobagem militar.
Faça comércio com a China. Financie o Kremlin. Compre até que
ELES caiam!
Eis a sua solução americana moderna. E a maioria das pessoas
acha que funcionou perfeitamente. Vencemos a Guerra Fria vivendo
no bem-bom. Não é essa a verdadeira história aqui? Vencemos os
russos pela conversa e pela retirada, ficando cada vez mais moles
sob uma ética de compras. Deixamos nossos filhos fumarem
maconha, nossas escolas caíram no politicamente correto, enquanto
a contra-inteligência entrou em colapso — se é que alguma vez
existiu. Mas então, nós na verdade não vencemos a Guerra Fria.
Qualquer acadêmico ou literato que ousasse sugerir que
perdemos a Guerra Fria, que construímos um regime de auto-
indulgência e auto-ilusão, veria o seu trabalho — se chegasse a ser
publicado — completamente ignorado. Ele seria impedido de seguir
uma carreira respeitável e as autoridades se negariam a escutá-lo.
Na igreja e na cidade, as pessoas iriam cochichar: "Lá vai aquele
maluco."
Soluções realistas para problemas realistas nem sempre são
realistas. Este é o Ardil 22[17] de nossa política. E então, vamos
analisar uma coisa de cada vez. Não vamos discutir soluções até que
tenhamos um consenso sobre o problema. E a esquerda, com todo o
seu poder cultural, nunca permitirá isso.
Essa foi minha resposta há vinte anos — alguns meses antes do
ataque de 11 de setembro às Torres Gêmeas. Temos estado em
guerra contra o "terrorismo" desde aquela época. Houve até um
pânico do antraz; mas o país voltou às compras, sob o conselho do
presidente Bush. É conveniente que o nosso inimigo naquela guerra
não tivesse fronteira nacional, nenhuma religião reconhecida (visto
que o Islã é a religião da paz) e nenhum apoio visível de qualquer
estado-nação. Nós bombardeamos e invadimos vários países neste
estranho conflito, desperdiçando trilhões de dólares de defesa, o que
Viktor Suvorov previu, em 1987, como uma operação diversiva
soviética conhecida como "terror cinza".
Se Suvorov servir de guia, estamos atualmente experimentando
"o prelúdio", descrito em seu livro intitulado Spetsnaz. À medida que
tudo se aproxima da beira do "terror vermelho", uma pandemia viral
da China comunista derruba o mercado de ações. Hotéis,
restaurantes e companhias aéreas estão fadados ao fracasso. O
mercado imobiliário vai quebrar. Um feriado bancário é inevitável. O
regime de shopping center está prestes a falhar no teste da história.
O sonho de prosperidade sem vigilância, sem medidas
defensivas adequadas, sem a identificação adequada dos inimigos,
estava condenado desde o início. É realmente um sonho encantador;
mas era um sonho — usado contra nós pelo Partido Comunista
Chinês, o Kremlin e seus aliados. Nossa vulnerabilidade à subversão
e infiltração foi algo que nunca reconhecemos. Enquanto os Estados
Unidos enfrentam a sua maior crise em muitas décadas, agora
sofreremos as conseqüências de nossa morosidade crônica. Uma
arma biológica chinesa, provavelmente planejada para o propósito de
eliminar o capitalismo global, foi acidentalmente liberada. A pandemia
está ao pé da porta. Pode uma sociedade politicamente dividida e
subvertida enfrentar o desafio?
Vamos rezar.

Marxismo e destruição em massa


24/03/2020

Já dissemos... que a teoria de Marx e Engels da


inevitabilidade de uma revolução violenta refere-se ao
estado burguês. Este último não pode ser desbancado pelo
estado proletário... mediante o processo de 'definhamento',
mas, como regra geral, apenas mediante uma revolução
violenta.

— V. I. LENIN

De acordo com os pais fundadores do comunismo, a derrocada


final do capitalismo será violenta. Friedrich Engels disse que as
futuras guerras revolucionárias resultarão no extermínio de classes e
raças inteiras de pessoas.
Como Lenin explicou, "O panegírico que Engels cantou em
homenagem à [violência revolucionária], e que corresponde
plenamente às repetidas declarações de Marx... não é de forma
alguma um mero 'impulso', uma mera declamação ou gracejo
polêmico." Os fundadores do comunismo moderno adoravam a idéia
de exterminar a burguesia mundial.
"Só a revolução pode 'abolir' o estado burguês", disse Lenin, que
não acreditava na política pacífica de uma república democrática.
"Uma república democrática é o melhor escudo político possível para
o capitalismo", observou ele. E o capitalismo deve ser erradicado.
Este é o ímpeto subjacente ao dogma revolucionário marxista. A
democracia é uma fraude porque — argumentou Lenin — ela
estabelece o poder dos capitalistas "com tanta segurança, com tanta
firmeza, que nenhuma mudança de pessoas, instituições ou partidos
na república democrático-burguesa pode abalá-lo".
Lenin, portanto, acreditava em destruir a democracia e o
capitalismo ao mesmo tempo. Mas ele não parava por aí. Lenin
acreditava em nivelar todas as instituições — a família, a igreja, a
propriedade privada, etc. Essa campanha de erradicação levaria a
humanidade ao comunismo; isto é, uma forma tecnocrática moderna
de comunismo.
O credo de Lenin, é claro, é um credo de destruição; pois a
Terra Prometida de paz e abundância nunca será encontrada. No
final das contas, a violência revolucionária do marxismo não pode
alcançar resultados positivos. Na prática, o comunismo sempre traz
guerra e pobreza. O comunismo é um sistema dos psicopatas, para
os psicopatas e pelos psicopatas. A forma de Estado que
aperfeiçoaram — na Rússia, na China, na Coréia do Norte, no Irã,
em Cuba, etc. — é voltada para as armas favoritas do psicopata;
isto é, as armas de destruição em massa.
Os governantes criminosos do "bloco socialista" estão sempre
construindo armas nucleares e biológicas. Eles estão sempre
sonhando com o dia em que essas armas serão lançadas em um
mundo desavisado. Uma filosofia de violência revolucionária e
extermínio anima os líderes comunistas.
O governante comunista quer ser Deus. Ele quer virar a criação
de cabeça para baixo. Sua teoria revolucionária começa com a
premissa grandiosa de que a base deve estar no topo, de que a
criatura deve suplantar o Criador, de que a destruição deifica de
alguma forma o destruidor.
"A necessidade de sistematicamente imbuir as massas... dessa
visão da revolução violenta está na raiz de toda a teoria de Marx e
Engels", escreveu Lenin em O Estado e a Revolução. Imaginar uma
transição pacífica ou "democrática" para o socialismo é, segundo
Lenin, "oportunismo"; isto é, o pecado de vender a revolução por um
pedaço de torta capitalista.
A ênfase na violência, no assassinato em massa e na pilhagem é
intrínseca ao marxismo. Note bem: Marx, Engels e Lenin ensinavam
que o estado é um instrumento de violência. Ele é composto por
policiais e soldados e prisões, dizia Lenin. Estes são sempre usados
por uma classe contra outra. Assim, na visão de Lenin, o estado
burguês existe para oprimir os trabalhadores e o estado dos
trabalhadores existe para oprimir — depois finalmente destruir — a
burguesia.
Dado este impulso destrutivo, uma guerra biológica deve ser
uma tentação irresistível. O capitalismo está de aordo com todas as
normas de cooperação social, otimismo econômico e livre
associação. Uma doença contagiosa mortal descarrila o sistema de
mercado, pois pulveriza o otimismo econômico. O medo afasta o
investimento. O terror fortalece o estado socialista e a revolução
socialista ao mesmo tempo. A Governança Global da Saúde torna-
se o slogan subversivo do momento.
Dada a sede comunista de poder e a inclinação para destruir,
uma guerra nuclear não deixa de ser atraente. Esse tipo de guerra
torna uma nação dependente da autoridade de cima para baixo. E o
que poderia ser mais inebriante do que o poder de incinerar cidades,
frotas e exércitos com bombas de hidrogênio. O planeta tremerá. A
raça humana se submeterá. Os deuses do socialismo serão
exaltados.
Há também a lógica da progressão numérica: Stalin matou 30
milhões, Mao matou 60 milhões — por que Xi Jinping não mataria
120 milhões? A ambição é tudo; pois a Revolução Mundial tem
muitos agentes e muitos idiotas úteis. Por trás deles estão os
mísseis do novo bloco comunista.
Quando o vírus tiver feito o seu trabalho e o poder financeiro da
América se esvair, os discípulos de Lenin começarão a sua guerra
destrutiva. Se tiverem sucesso, eles ditarão os termos de paz a
outros países. Pequim decidirá a demografia da Ásia, do anel do
Pacífico e dos 48 estados inferiores. A Rússia governará a Europa,
o Alasca e partes do Canadá.
A vitória de Moscou e Pequim, se a conseguirem, sinalizará o
eschaton socialista — o "fim da história" como imaginado por Marx,
Engels e Lenin. Sobre este Eschaton, Eric Voegelin escreveu:

A interpretação escatológica da história resulta em uma


falsa imagem da realidade; e erros relativos à estrutura da
realidade têm conseqüências práticas quando a falsa
concepção se torna a base da ação política.

Os estados ditadores não podem construir um novo mundo


baseado em violência e mentiras. Qualquer vitória que obtiverem
será temporária. Sua revolução "é uma história contada por um
idiota, cheia de som e fúria, sem significar nada". O marxismo, como
um todo, — em todas as suas manifestações politicamente corretas
— é uma doutrina de contraprincípios que se opõem aos princípios
da existência. Ele facilita a hora da morte. Nada mais.

Para cada coisa há uma época, E um tempo para cada


propósito sob o céu; Um tempo de nascer e um tempo de
morrer.

O atual ciclo autodestrutivo da política trará novas condições e


um novo começo. Aconteça o que acontecer, a primavera voltará.
A estratégia sino-soviética de longo alcance:
do Sputnik à Terceira Guerra Mundial
26/03/2020

A humanidade está entrando em um período da maior


revolução científica e tecnológica, resultante do domínio da
energia nuclear e da conquista do espaço... Esses
desenvolvimentos irão determinar em grande medida a
natureza de uma guerra futura...

— SOVIET MILITARY STRATEGY


(ESTRATÉGIA MILITAR SOVIÉTICA)[18]

Nas duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial,


ocorreu uma revolução nos assuntos militares. Nesse período, a
Rússia e a América desenvolveram a bomba H, e a Rússia lançou o
primeiro satélite feito pelo homem, denominado "Sputnik". Esses
avanços prefiguraram a futura implantação de milhares de foguetes
intercontinentais armados com ogivas termonucleares.
Reconhecendo a necessidade de uma revisão estratégica, o
ditador soviético Nikita S. Khrushchev criou um comitê de altos
estrategistas soviéticos sob o comando de Leonid Brezhnev. O papel
de Brezhnev foi crucial, devido ao interesse de Brezhnev em
estratégia e sua amizade com pensadores estratégicos importantes,
levando à sua ascensão política após a misteriosa "aposentadoria"
de Khrushchev — anunciada, talvez de maneira profilática, um ano
depois da morte do presidente John Kennedy, e vinte dias após o
relatório final da Comissão Warren omitir a menção ao envolvimento
soviético.
De acordo com informações fornecidas pelo desertor tcheco Jan
Sejna, o comitê Brezhnev tinha quatro subcomitês abaixo dele, cada
um chefiado por um estrategista soviético: Marechal V. D.
Sokolovskiy (militar); Dmitry Ustinov (indústria militar); Boris
Ponomarev (relações exteriores); e o general Nikolai Mironov da
KGB (inteligência).
O comitê Brezhnev desenvolveu as seguintes "orientações"
estratégicas: (1) Os militares soviéticos se preparariam para lutar e
vencer uma guerra nuclear-biológica de armas combinadas contra as
"potências imperialistas"; (2) todos os meios econômicos e
científicos seriam mobilizados para construir armas de destruição em
massa, um sistema nacional de proteção contra explosão e
precipitação radioativa, incluindo minas subterrâneas, fábricas e
"cidades" científicas na região industrial dos Urais; (3) a política
externa do país seria flexível e pragmática, focada em promover
tratados de controle de armas que limitariam as defesas estratégicas
americanas, o armamento biológico e as capacidades nucleares
ofensivas; (4) os esforços militares, industriais e diplomáticos do
bloco comunista só teriam sucesso se o Ocidente pudesse ser
persuadido de que o comunismo havia "entrado em colapso" na
esfera soviética. Essa parte da "estratégia de longo alcance" exigia
uma reorganização da KGB em uma camada "externa" de
funcionários, que não tivessem nenhum conhecimento da estratégia
ou de seus princípios orientadores, e uma KGB "interna" altamente
secreta, responsável por organizar trapaças em série.
O subcomitê do General Mironov da KGB recomendou as
seguintes operações de trapaça de longo alcance, exigindo a
realização de várias tarefas: (1) Penetrar os serviços de inteligência
do Ocidente com "toupeiras";[19] (2) Convencer os serviços de
inteligência ocidentais da autenticidade da informação falsa oferecida
por "dangles"[20] e, assim, ganhar promoções para "fornecedores de
uma historia falsa e desarmadora" dadas por agentes de penetração
que inevitavelmente se tornarão as principais figuras da inteligência
ocidental; (3) ao mesmo tempo em que se assume o controle do jogo
de inteligência na base, promover a idéia de que "a ideologia está
morta" no bloco comunista; (4) promover a idéia de uma divisão
"ideológica" entre Moscou e Pequim, de modo que o Ocidente irá
"lançar mão da China"; isto é, invadir cegamente e transformar a
China em um gigante industrial e tecnológico para enfrentar a URSS;
(5) promover falsos grupos dissidentes e celebridades dissidentes na
União Soviética e seus satélites; (6) estabelecer movimentos
controlados de oposição nos países do bloco; (7) preparar-se para
organizar, por meio de agentes dos movimentos dissidentes,
revoluções anticomunistas em todo o bloco; (8) promover a idéia de
que um futuro líder soviético é, na verdade, um "reformador liberal";
(9) quebrar o Pacto de Varsóvia e derrubar a União Soviética de uma
forma "controlada"; (10) preparar comunistas dissimulados como
candidatos a altos cargos na América e na Europa Ocidental. Estes
se apresentariam como "moderados", mas operariam como agentes
de "penetração" dedicados a facilitar aspectos críticos da estratégia;
a saber, a sabotagem econômica e a redução ou o desvio de
recursos militares dos EUA.
A complexidade da estratégia de inteligência é impossível de
exagerar. No entanto, o seu conceito abrangente é simples e
consistente com as práticas comunistas anteriores. Aqueles que
realizam a "fase final" da estratégia foram orientados a não se
preocupar com perdas no decorrer de uma "grande manobra". O
modus operandi era seguir o exemplo da operação Trust de
Dzerzhinsky, que facilitou a Nova Política Econômica de Lenin e abriu
a União Soviética ao investimento ocidental na década de 1920.
Como o Ocidente é cego em relação aos planos soviéticos, o
otimismo econômico do livre mercado naturalmente obrigaria todos
os matizes de opinião política a aceitar o "colapso do comunismo"
como genuíno. Uma corrida louca pelos mercados se seguiria,
embora a maior parte das quantias de dinheiro investidas fosse
perdida.
Os capitalistas, sob essa dinâmica, não puderam agir com
prudência. Eles engoliram a isca e se acharam na ponta afiada de
um anzol — seduzidos por seu inimigo bolchevique a arranjos que
comprometeriam a eles e ao seu sistema comercial. (Um jogo de
enganação semelhante já estava se desenrolando vis-à-vis a China).
Enquanto isso, os analistas conservadores relutariam em admitir que
foram enganados quanto a terem vencido a Guerra Fria. Protegendo
suas reputações, os principais conservadores da América seriam os
primeiros na fila para dar prosseguimento ao engano — apesar de
um conjunto cada vez maior de fatos sem explicação (por exemplo, o
avanço contínuo do comunismo na África e na América Latina).
Qualquer um que ousasse questionar a narrativa triunfalista seria
condenado ao ostracismo como alarmista.
Há muito mais neste quadro, tendo a ver com operações
conjuntas da KGB e da inteligência militar, subversão ideológica,
terrorismo, movimentos de libertação nacional, crime organizado e
tráfico de drogas. Como essas operações envolvem orientações
estratégicas dos militares soviéticos e da KGB, é melhor descrevê-
las separadamente.
A estratégia de longo alcance exigia maior treinamento para
líderes de movimentos revolucionários — nas áreas de
especialização civil, militar e de inteligência. Conforme observado por
Joseph Douglass, "A fundação da Universidade Patrice Lumumba em
Moscou é um exemplo de uma das primeiras medidas tomadas para
modernizar o treinamento da liderança revolucionária soviética."
Os russos também decidiram montar campos de treinamento
terrorista. Este treinamento ocorreu sob a alçada do apoio aos
movimentos de "libertação nacional" relacionados com a anterior
política de descolonização da Comintern.
Como parte da contínua ofensiva de "libertação" na América
Latina (especialmente na Colômbia), os soviéticos e seus aliados
tchecos se envolveram com o tráfico internacional de drogas e
entorpecentes. De acordo com Douglass,

As drogas foram incorporadas à estratégia para travar a


guerra revolucionária como uma arma política e de
inteligência para mobilização contra as 'sociedades
burguesas' e como um mecanismo para recrutar agentes de
influência em todo o mundo.

Antes da ofensiva do tráfico de drogas, a inteligência soviética


se infiltrou no crime organizado. A KGB também estabeleceu
"sindicatos do crime organizado patrocinados e controlados pelo
Bloco Soviético em todo o mundo", explicou Douglass.[21]
O crime organizado, o tráfico de drogas e a conseqüente
lavagem de dinheiro provaram ser a direção estratégica mais
lucrativa de todas. Aqui estava uma combinação irresistível para se
infiltrar nos bancos, para adquirir informação sobre corrupção
política, para controlar policiais corruptos, operadores de inteligência
desonestos e empresários. Esse foi um fator na ascensão dos
Clintons, um fator importante nas guerras afegãs, na Guerra dos
Contras na Nicarágua e nas guerras de Pablo Escobar e das FARC.
Terroristas podiam ser financiados por tais operações.
As direções estratégicas relacionadas de sabotagem,
operações de desvio e "exércitos" terroristas podiam agora ser
alimentadas com suprimentos de dinheiro ilícito (lavado por bancos e
protegido por políticos corruptos). De acordo com Jan Sejna, "A rede
para essa atividade deveria estar instalada por volta de 1972." A
decisão soviética de entrar no crime organizado ocorreu em 1955 e
se tornou parte da estratégia de longo alcance nos anos
subseqüentes.
Enquanto a "burguesia mundial" aceitava a liberalização da União
Soviética e o colapso do comunismo como genuínos, os
estrategistas russos e chineses organizavam uma operação
terrorista diversiva. O desertor do GRU soviético, Victor Suvorov,
descreveu-a da seguinte maneira:

[Operações generalizadas de terrorismo e sabotagem


antes da Terceira Guerra Mundial] são conhecidas
oficialmente no GRU como o "período preparatório" e não-
oficialmente como o "prelúdio". O prelúdio é uma série de
grandes e pequenas operações cujo objetivo é, antes do
início das operações militares propriamente ditas,
enfraquecer o moral do inimigo, criar uma atmosfera de
suspeita, medo e incerteza e desviar a atenção dos
exércitos e forças policiais do inimigo para um grande
número de alvos diferentes, cada um dos quais pode ser o
objeto do próximo ataque.

O prelúdio é realizado por agentes dos serviços secretos...


e por mercenários recrutados por intermediários. O
principal método empregado neste estágio é o "terror
cinza", isto é, uma espécie de terror que não é conduzido
em nome da União Soviética. Os serviços secretos
soviéticos não deixam, nesta fase, os seus cartões de
visita, nem deixam os cartões de outras pessoas. O terror é
realizado em nome de grupos extremistas já existentes,
sem qualquer ligação com a União Soviética, ou em nome
de organizações fictícias.[22]

Não devemos nos surpreender ao saber que o desertor da


KGB/FSB Alexander Litvinenko apontou Putin como o verdadeiro
patrocinador da Al Qaeda numa entrevista a um jornal polonês (a
qual será postada amanhã neste site).[23] No ano seguinte, Litvinenko
foi fatalmente envenenado com polônio 210 radioativo por agentes
dos serviços especiais russos.[24]
Esta visão geral toca de leve na ampla gama de eventos que
levaram ao ataque biológico da COVID-19. Se alguém duvida da
existência de uma estratégia sino-soviética de longo alcance para
derrotar o Ocidente, e se alguém duvida que a COVID-19 faça parte
dessa estratégia, basta apenas consultar o apoio da Rússia à China
neste momento. Esse apoio vem na forma de uma campanha de
desinformação contra o Ocidente.[25] Por que elementos da mídia
russa de controle estatal, do Irã e da China iriam todos sugerir que a
COVID-19 é uma arma biológica americana? Nenhum mexeriqueiro
poderia nos contar mais.
A Rússia, o Irã e a China são liderados por pessoas que querem
destruir os Estados Unidos da América. Você pode negar o quanto
quiser, mas a evidência está bem na sua frente. O momento do surto
da COVID-19 é mais do que suspeito. Muitos detalhes sugerem que
um ataque começou. Mas o Ocidente continua dormindo. Diz-se que
estamos "lutando contra um vírus".
Ah, não. Outra coisa está vindo atrás de nós; uma coisa que é
muito maior e mais mortal.

China e Rússia vs. América


03/04/2020

O fato de que visitarei a Rússia, nossa afetuosa vizinha,


pouco depois de assumir a presidência, é uma prova da
grande importância que a China atribui às suas relações
com a Rússia.

— XI JINPING

O presidente dos Estados Unidos mobilizou um milhão de


militares em 27 de março. O "pessoal essencial" do Pentágono foi
colocado a 2.000 pés de profundidade em um bunker do Colorado.
Nossos dois porta-aviões no Pacífico Ocidental, o USS Roosevelt e o
USS Ronald Reagan, estão presos no porto por causa da COVID-
19. Há movimentos militares dos EUA no Caribe que podem estar
mascarando preparativos contra Cuba, Venezuela e Nicarágua.
O que o governo dos EUA está vendo? O que estão pensando?
A mobilização precede a guerra da mesma forma que cozinhar
precede o ato de comer. O presidente Trump está sinalizando para
os chineses? Ele os está alertando por meio de indícios não-verbais?
Pelo mundo afora, uma linha divisória está sendo desenhada. De um
lado, países estão se alinhando atrás da China. Do outro lado,
países estão se alinhando com os EUA.
Um evento interessante em tudo isso: a China e a Rússia
fecharam suas fronteiras desde fora — portanto, nada pode entrar.
Isso sugere que movimentos mais sérios estão por vir.
Economicamente, o fechamento de uma fronteira significa autarquia
econômica. Sugere uma estocagem pré-planejada de importações
antes da crise. Sugere, de fato, que Moscou e Pequim estiveram se
preparando para este exato momento — que o planejaram.
Você está chocado?
O fechamento das fronteiras russas e chinesas ao tráfego de
entrada tem um significado adicional. Ele não apenas sugere a
possível implantação de uma cepa mais mortal da COVID-19, mas
também apresenta uma barreira a uma retaliação viral vinda do
Ocidente. Eis uma estranha mistura de medo e premeditação militar.
Dos 195 países do mundo, a China e a Rússia são os únicos que
estão se isolando de todos os outros. Também estão usando meios
de vazão propagandística para acusar os Estados Unidos de iniciar
uma guerra biológica. Isso em si é uma medida operacional pré-
guerra. É uma justificativa para fazer-se guerra na América.
Por que tal justificativa seria empregada por Rússia, China e
Irã?
Acontece que a China passou muitos anos se preparando para a
guerra. E também a Rússia. Os dois "antigos" parceiros do bloco
comunista não apenas estiveram estocando ouro — uma clássica
preparação para a guerra — mas também estiveram construindo e
modernizando suas forças nucleares.
O recente testemunho no Congresso do almirante Charles A.
Richard, comandante do Comando Estratégico dos Estados Unidos,
apresentou o seguinte quadro alarmante, em 27 de fevereiro deste
ano:

…a nação está em um momento crítico em relação ao


futuro de nossas forças nucleares. Desde o fim da Guerra
Fria, lideramos o mundo na redução de nosso estoque
nuclear e concomitante aumento da transparência.
Enquanto reduzíamos o número e os tipos de armas
nucleares em nosso arsenal, nossos adversários seguiram
na outra direção e continuaram a modernizar e expandir
suas capacidades estratégicas. Agora nos vemos
colocando em campo um arsenal reduzido da era da Guerra
Fria contra uma força russa maior, mais moderna e mais
variada e uma força chinesa em constante aperfeiçoamento
e crescimento.

Devo lembrar ao leitor que o major Anatoliy Golitsyn da KGB


previu esta exata situação? No livro de Golitsyn de 1984, New Lies
for Old (Meias Verdades, Velhas Mentiras), aprendemos sobre uma
estratégia soviética de longo alcance baseada numa "liberalização
enganosa". Aprendemos sobre um plano em que o Partido
Comunista abre mão do poder na União Soviética. Ficamos sabendo
do planejado colapso da Aliança do Pacto de Varsóvia. De acordo
com Golitsyn, se o Ocidente aceitasse essas mudanças como
genuínas, os chineses e os russos explorariam totalmente a
ingenuidade dos Estados Unidos. Os Estados Unidos parariam de
construir armas nucleares enquanto a Rússia e a China construiriam
e se modernizariam. Então chegaria o momento do "punho cerrado"
— quando a Rússia e a China se uniriam para dominar a América.
Pode ser coincidência que a previsão de Golitsyn tenha se
tornado realidade? — que quase todas as suas previsões se
concretizaram?
Considerando o testemunho do almirante Richard no Congresso
em 27 de fevereiro, acho que estamos nos aproximando do momento
do "punho cerrado". O plano do inimigo está aparecendo por
completo.
É uma vergonha que quase ninguém conheça a verdadeira
história dos últimos trinta anos. E agora temos de agüentar esta
confissão patética do comandante das Comunicações Estratégicas
americanas (STRATCOM) — enquanto ele implora a um governo
falido dos EUA pelo dinheiro para reconstruir um dissuasor nuclear
em decomposição. Restará algum dinheiro no tesouro após o ataque
biológico da China ter derrubado as receitas fiscais do governo
federal? Dadas as muitas advertências de desertores e dissidentes,
é claro que ninguém em nossa inteligência, governo, think tanks ou
universidades fez o seu dever de casa. Nenhum deles viu as terríveis
conseqüências que nos aguardam depois de engolir a isca do anzol
de Moscou — junto com a promessa de mão-de-obra barata da
China.
O que devemos fazer agora? O que podemos fazer?
Há árduas tarefas políticas que nos aguardam. Temos de
colocar a nossa própria casa em ordem. Em relação à nossa
comunidade empresarial e seus contratados políticos, deve haver um
dia do ajuste de contas. Todos os homens de negócios e políticos
que ganharam dinheiro com os comunistas chineses, que facilitaram
as políticas de subversão e guerra de Pequim, deveriam ser
expulsos do mercado, ou expulsos do cargo, e condenados ao
ostracismo. Não precisa haver nenhuma lei, nenhum decreto do
governo. Que seja um ato pessoal e espontâneo de todo americano
afastar-se dos "parceiros de crime" americanos do PCC.
É vital que cultivemos sentimentos adequados a esse respeito.
Para começar, observe a declaração profunda e emocional desta
corajosa mulher chinesa (abaixo).[26] Algumas semanas atrás, ela se
levantou contra o Partido Comunista Chinês (PCC). Ela não tem
ninguém a seu lado, nenhuma esperança além da prisão, nenhum
futuro além da execução. Mesmo assim, ela diz a verdade. Observe
o seu exemplo brilhante. Resista com ela. O inimigo que ela
denuncia é o seu inimigo.

O triunfo da inversão
10/04/2020

O socialismo dará início a uma nova era neste país. A


grande riqueza dos Estados Unidos, pela primeira vez, será
para o benefício de todo o povo.

— PROGRAMA DO PARTIDO
COMUNISTA DOS ESTADOS UNIDOS

Vinte e um anos atrás, eu estava tomando café em Washington,


D.C., com o ex-parlamentar britânico John Browne, a editora-chefe
do Newsmax, Missy Kelly, e o coronel Stanislav Lunev, um desertor
do GRU que veio para os Estados Unidos. John estava ficando cada
vez mais eloqüente com a idéia de que Margaret Thatcher e Ronald
Reagan haviam salvado o Ocidente do socialismo. Enquanto Missy
demonstrava interesse na tese de John, Lunev se inclinou e
sussurrou em meu ouvido: "Eu não entendo isso." Lunev então
acrescentou: "A América é o paraíso marxista. A Rússia é um
capitalismo selvagem."
Na mesma linha, Clare Berlinski recentemente observou que a
URSS "poderia ser" definida como um "regime autoritário de extrema
direita". Mas isso está indo longe demais. Em meu livro Origins of
the Fourth World War (Origens da Quarta Guerra Mundial), sugeri
que não existe absolutamente nenhuma direita política; que todos
estão agora na esquerda.
Como posso justificar isso?
O principal ideal de nosso tempo, abraçado de leste a oeste, é
esquerdista. Não importa se esse ideal encontra expressão em um
governo autoritário ou em uma democracia. A América está na
esquerda porque tudo aqui é feito em nome do "povo".
Quem é "o povo", nesse contexto? São aqueles retratados como
"menos que iguais", aos quais se deve dar uma mãozinha, os quais
devem ser tornados iguais. E por que eles devem ser tornados
iguais? Porque o socialismo é a religião vindoura — uma religião
secular — em que a salvação do homem é realizada pelo
nivelamento político.
Veja o que se está ensinando às crianças na escola. A
doutrinação igualitária está em toda parte. O socialismo se apropriou
do sistema educacional. Como resultado, você não pode falar sobre
o tempo sem se arriscar a ouvir um sermão de um estudante
universitário acerca das mudanças climáticas.
Nossos impostos não podem começar a cobrir as despesas
decorrentes da crescente lista de demandas do socialismo. Estamos
gradualmente indo à falência e, com o pânico econômico resultante
da pandemia da COVID-19, o colapso financeiro agora é inevitável.
O livre mercado está livre apenas no momento. Assim que os
mercados decaírem, os suspeitos de sempre culparão o capitalismo
por "falir". Não é preciso muita imaginação para vislumbrar o que
vem a seguir. Intervenção governamental desastrosa, seguida de
escassez, seguida de racionamento, seguida de uma escassez pior.
O exército dos Estados Unidos não será financiado depois que
nossos esquerdistas assumirem o poder. Assim que a América
estiver desarmada, todos verão os mísseis nucleares na Rússia e na
China como um reforço da agenda socialista. Dado o poder
irresistível desses mísseis, como o socialismo poderia ser revogado?
Como os Estados Unidos poderiam recuperar a sua soberania?
À guisa de nota adicional: talvez seja um exagero dizer que
"todos" estão na esquerda. Eu não estou na esquerda. Suponho que
meus leitores não estejam na esquerda. Mas, falando de forma
prática, o que podemos fazer? Estamos presos a uma sociedade em
que as principais instituições estão dominadas por esquerdistas.
O socialismo é uma religião. Não é um fingimento, porque as
pessoas realmente acreditam nele. Mesmo que todos os regimes de
esquerda acabem, na prática, por criar uma ordem autoritária, isso
não transforma os esquerdistas em "direitistas". Eles ainda são
adoradores de um ideal de esquerda: a saber, que todos os homens
devem ser irmãos; que o mundo deveria ser como um só; que não há
céu, de modo que devemos tentar construir um mundo perfeito aqui
na terra. Esses são os ideais que tornam a esquerda perigosa, que
levam à "imanentização do eschaton gnóstico".
O socialismo é um credo perigoso porque os socialistas são
obrigados a ocupar o cargo de Deus. Eles devem resgatar o homem
da destituição de sua condição no "estado de natureza" capitalista. É
uma missão grandiosa que requer poder de verdade. E o maior
poder disponível ao homem é o poder estatal. Assim, os socialistas
retificaram o seu igualitarismo em princípio — preferindo a fórmula:
"De cada um de acordo com a sua capacidade, a cada um de
acordo com a sua necessidade". Esse refinamento ideológico evita o
paradoxo de uma hierarquia de esquerda. A desigualdade pode ser
permitida em prol do bem maior.
É um erro dizer que o autoritarismo é um fenômeno estritamente
de direita. Clare Berlinski está se confundindo quando sugere que a
URSS era um sistema político de direita. O ideal soviético era de
esquerda. Qualquer que seja a hierarquia que eles construíram, na
prática, acabou sendo uma inversão da aristocracia — com os piores
criminosos e psicopatas nos cargos mais altos. Este é o princípio
dominante da Rússia até hoje.
Na verdade, alguns teóricos têm afirmado que o fascismo
também é um fenômeno de esquerda. Ele é coletivista no mesmo
sentido que o comunismo. Ele é revolucionário, garantindo que
mediocridades invejosas — como Himmler ou Goebbels —
governarão à sombra de um Hitler. Veja como isso segue de perto o
modelo soviético, onde Stalin, com seu séquito bizarro de anões e
desajustados, conduziu uma campanha paranóica contra a própria
sociedade. Em contraste com isso, a aristocracia é um ideal — em
princípio — onde as melhores pessoas deveriam ocupar sua
posição, onde os bons e os nobres são chamados para liderar,
proteger e defender a comunidade. Por pior que esse ideal tenha
sido praticado, ele nunca afundou ao nível da ditadura do
lumpemproletariado de Lenin, ou do estado policial do submundo do
crime de Kang Sheng.
O homem nobre permite a liberdade aos outros porque ele é
nobre. O homem ignóbil vive com medo de que os outros,
descobrindo suas más intenções, o denunciem — porque ele é, na
verdade, um vilão.
A liberdade também tem a ver com freios e contrapesos, o que
a esquerda e os fascistas abominam. O homem inferior só pode
governar por meios criminosos. Ele não poderia sobreviver em um
ambiente constitucional adequado. Aquele que é sinistro por natureza
se opõe aos freios e contrapesos motivado pela paranóia. Ele se
opõe ao veto aristocrático à inveja, à multidão, aos instintos
inferiores. Ele suspeita de uma conspiração contra si mesmo e não
vai tolerá-la.
Encontramos muitas lições relacionadas na história da antiga
República Romana, com plebeus competindo contra patrícios.
Apenas descobrimos que os plebeus tinham mais bom senso do que
os "democratas" de hoje. O que se desenvolveu em Roma foi uma
constituição relativamente equilibrada, geralmente considerada uma
das formas de governo mais eficazes e singulares em toda a história.
De maneira nenhuma ela era utópica ou algo irrepreensível. Era algo
muito mais significativo. Era durável e sensata, e produziu uma
liderança coletiva competente — os pais conscritos do Senado
Romano. Este foi um corpo governante que uniu a Itália e conquistou
o Mediterrâneo. Relembrando o Estupro de Lucrécia, seu ideal era a
liberdade (quer dizer, a liberdade aristocrática, não a liberdade
proletária).
Da mesma forma, pode-se elogiar o sistema de governo
britânico após a Revolução Gloriosa — apesar de sua corrupção e
venalidade e de toda a maldade de seu imperialismo. Mas,
novamente, havia uma aristocracia naquela época. Ela permitia o
constante aprimoramento moral da sociedade. Ela também evoluía
na direção da liberdade.
Nunca houve um momento perfeito — um ontem ideal. Mas
houve séculos de melhoria e crescimento. Agora tivemos um século
de decadência e declínio. Você pergunta quando isso começou?
Devem-se dar datas diferentes para a Grã-Bretanha e para a
América. 1911 serviria para a Grã-Bretanha? (Se não me falha a
memória, em 1911 a Câmara dos Lordes perdeu o seu poder de
veto).
Quando chegamos à teoria de que "todos os homens são
criados iguais", estamos removendo a mola mestra do governo
constitucional. A porta está aberta para nivelamento. Como você
pode ter um sistema real de freios e contrapesos quando você
eliminou a sua base aristocrática clássica? Se todos os homens
pertencem a uma única ordem da sociedade, o que acontece com
nosso conceito de posição? — de pais conscritos? — de
maternidade e paternidade? — de família? — da própria autoridade?
Resta-nos um burocrata — um ninguém investido de poder absoluto,
com tendência a ter inveja de seus superiores.
O vento nivelador do igualitarismo leva a outras patologias
também. Ele não só retira a classe. Ele tenta abolir a tribo. Tenta
abolir as diferenças sexuais. Isso pode ser conveniente para os
individualistas — que excentricamente perseveram no
desenvolvimento de sua individualidade única fora das limitações da
tribo. Mas a maioria das pessoas não pode existir como átomos —
isto é, como indivíduos solitários. Elas consideram isso um fardo
insuportável. Ai de nós, pensar é a trabalheira mais terrível!
E então, sob a bandeira igualitária, você tem o problema de
partidos competindo para dar "ao povo" mais e mais "coisas",
baseando o seu poder em um desenfreado consumismo do estado
assistencial. A falência é apenas uma questão de guerra, colapso do
mercado ou pandemia.
Quando digo que a direita política não existe mais, que todos
estão na esquerda, estou dizendo que a classe representativa da
direita — a coluna de ferro de toda constituição orgânica — se foi. A
própria idéia de uma classe dominante adequada foi deslegitimada. A
direita política é agora uma direita falsificada. É um coletivo que não
compreende a si mesmo e cujo conservadorismo é sustentado por
pressupostos esquerdistas. É por isso que ela inevitavelmente se
rende à extrema esquerda. Se você compartilha das premissas da
esquerda, não será capaz de resistir aos argumentos esquerdistas.
E é para isso que somos rotineiramente convidados. Isso é o que
todos nós temos testemunhado.
É importante acrescentar que um sistema de freios e
contrapesos, dentro de uma constituição, depende inteiramente de
distinções de classe reais. Assim que abolir a aristocracia como um
constructo, você ficará preso a uma oligarquia igualitária — a forma
mais degenerada de oligarquia. É um regime em que "todos os
homens são criados iguais", sem nenhum ponto de vista social para
refrear os ímpetos licenciosos do povo — sem nenhum argumento
para impedir o povo de devorar as suas próprias sementes de milho.
Defender esse caso a uma pessoa instruída não é tão difícil. Em
vista de um plebeísmo materialista, com todos os seus mal-
entendidos, uma pessoa inteligente fica quieta. Como H. L. Mencken
escreveu certa vez: "A democracia é o sistema em que as pessoas
conseguem o que querem, e o conseguem da maneira mais difícil".
O que chamamos de "direita" (hoje) é meramente uma mistura
de sentimentos nacionalistas/tradicionalistas/cristãos baseados nos
princípios da supremacia plebéia. O que chamamos de esquerda
também se baseia na supremacia plebéia, mas se opõe aos
costumes tribais e religiosos. Pode-se dizer que nossos costumes
tradicionais estão em um estado avançado de decadência e/ou
desintegração.
Após essa longa explicação, muitos leitores irão discordar,
agarrando-se à idéia de que realmente existe uma direita política,
porque o uso estabelecido reconhece que existe. Mas eu ofereceria
mais um argumento, se me permitem. A linguagem é importante, e
devemos sempre lutar para preservá-la das maquinações dos
subversivos políticos. Como exemplo dessa corrupção, a palavra
"casamento" foi recentemente redefinida pela Suprema Corte;
enquanto que através de toda a história até então o casamento
significava a união de homem e mulher, agora ele não tem esse
significado. Se uma Suprema Corte supostamente conservadora
pode redefinir o casamento e ninguém os enforca como traidores de
Deus e do país, então a direita não tem absolutamente nenhuma
existência real. O escândalo está exposto, embora quase ninguém
esteja escandalizado.
Quando a linguagem é politicamente depravada, especialmente
pela esquerda, ela torna o cheiro da carcaça podre do Estado cada
vez mais indecente. E daí, se a chamada direita política faz
exatamente a mesma coisa que a esquerda? — Depravando a
linguagem ao aceitar a redefinição de uma palavra essencial, sem
dar um pio!
O partido comunista tem um ditado: "A esquerda de hoje é o
centro de amanhã, o centro de hoje é a direita de amanhã, etc." E
isso vai ao cerne da questão. O espectro político tem se movido
constantemente para a esquerda há cem anos. Isso foi habilmente
demonstrado por Tim Groseclose em um livro intitulado Left Turn. Ele
prova — com notável destreza — que o congresso de maioria
democrata em 1980 estava consideravelmente à direita do
Congresso Republicano de 1999. Ele usa critérios objetivos, então
não há como questionar o fato.
Claro, a ordem de posição não desapareceu totalmente. Ela
desvanece por centímetros, mais senil e decrépita, década após
década. O nivelamento é estável e contínuo. O socialismo nos
segura com um aperto mortal. Ele pode ser retardado, mas nunca
interrompido. Trump não está à direita de Ronald Reagan. Ele está à
esquerda de Reagan. O mesmo é verdade para todos os primeiros-
ministros tory[27] depois de Thatcher. Para a esquerda, para a
esquerda, sempre para a esquerda. Todos os inimigos à direita. O
indivíduo notável que parece, contra todas as probabilidades,
desacelerar a marcha para a esquerda, é uma exceção à regra. Uma
pessoa pode interromper momentaneamente o processo, mas uma
pessoa não faz uma aristocracia.
Guerra psicológica em meio a um ataque
biológico
15/04/2020

…nunca usaremos os malditos germes, então de que


adianta a guerra biológica como dissuasor? Se alguém usar
germes contra nós, nós lhe faremos um ataque nuclear.

RICHARD NIXON

O professor Yanzhong Huang é um cientista político e


"especialista" em pandemias. Ele é um exemplar da abordagem da
grande mídia para a questão da COVID-19 como arma biológica.
Pode ser mais apropriado classificá-lo como um especialista em
"polêmica". O professor Huang claramente não gosta da idéia de que
o vírus foi transformado em arma em um laboratório chinês. Pode-se
até dizer que ele é sensível acerca da questão.
Ele escreveu um artigo na Foreign Affairs, intitulado
"Desconfiança EUA-China está incitando perigosas teorias da
conspiração sobre o Coronavírus e minando esforços para conter a
epidemia". O próprio título do artigo do professor Huang lê-se como
uma acusação a qualquer pessoa que diga que o vírus é uma arma
biológica projetada. Ele alude ao artigo do Zero Hedge que citou o
meu texto do Epoch Times sobre o assunto. O professor Huang diz,
em essência, que tais visões (como as minhas) colocam em risco a
paz mundial e a "cooperação sino-americana".
Mas a "cooperação sino-americana" de hoje nunca significou
uma paz real. Ela sempre foi uma forma de guerra de baixa
intensidade, praticada pela China, enquanto que a América dorme —
sem saber que a sua posição está gradualmente se desgastando.
Para ofuscar a questão da armamentização do vírus, a melhor
defesa é (evidentemente) um forte ataque. Huang nega que o vírus
tenha saído de um programa de armas biológicas. Ele difama
qualquer um que diga o contrário como um "perigoso... teórico da
conspiração". Ele censura o Zero Hedge por me citar. Ele diz que
estão contribuindo para a gravidade da pandemia. Dizer que o artigo
do professor Huang é honesto, a esse respeito, é não perceber o
propósito político subjacente às suas declarações.
O mais importante: o professor Huang não está sozinho no que
diz. Acadêmicos marxistas e esquerdistas da mídia se inclinaram de
maneira favaróvel aos regimes comunistas no passado e continuarão
a fazê-lo. Esse tipo de coisa não é totalmente inesperada vindo da
revista do Conselho de Relações Exteriores (Council on Foreign
Relations – CFR), no qual o professor Huang é bolsista. Alguns de
nós suspeitam que o CFR é um centro para infiltrados comunistas,
pegando carona no internacionalismo ingênuo da elite capitalista.
Com efeito, o professor Huang usa o CFR como uma plataforma
para atacar os anticomunistas como "perigosos teóricos da
conspiração". Aqueles de nós que escrevem sobre a ameaça
comunista são, na melhor das hipóteses, ignorados pela grande
mídia. Nesse caso, somos escolhidos para o ostracismo; — ou seja,
o ostracismo do Establishment. Não temos voz. Mas o professor
comunista chinês, promovendo desinformação comunista chinesa,
tem voz. O Establishment lhe dá uma plataforma para atacar
aqueles que alertam o Ocidente sobre as intenções de Pequim.
O professor Huang e sua laia são publicados prontamente em
todos os grandes jornais e revistas. De sua posição privilegiada, este
estrangeiro da China continental orienta a opinião americana. Quem
é ele? O que ele representa?
Foi interessante ler as muitas críticas positivas de alunos que ele
recebeu como professor na Universidade de Seton Hall. Mas entre
elas há algumas avaliações negativas: "Não gosto dele. Tem uma
postura ruim em relação a alguns alunos... " — e ainda mais
específico: "Este homem é ignorante, teimoso, desrespeitoso e muito
difícil de compreender. Um comunista chinês oculto." [Itálico meu.]
Parece ter havido animosidade entre este professor da China
Vermelha e um subgrupo de seus alunos americanos. Essa
animosidade era ideológica? O professor Huang tem uma dívida de
gratidão para com o governo de Pequim? Por que a revista Foreign
Affairs o convidou para escrever uma peça de propaganda?
Ou é propaganda?
O professor Huang defende boas relações entre a China
comunista e os Estados Unidos. Naturalmente, nenhum de nós quer
uma guerra; mas os comunistas chineses não são amigos de
confiança. Eles cometeram muitos crimes, prejudicaram a economia
da América usando o comércio como arma — roubando tecnologia,
corrompendo o nosso sistema político com dinheiro, tornando-nos
dependentes de cadeias de suprimentos que agora são usadas
como armas de coerção econômica e médica.
Vemos, nesta prestigiosa revista, a revista do Council on
Foreign Relations, uma disposição para denegrir o nome de qualquer
um que suspeite que a República Popular da China tenha cometido
uma grave violação de tratado relacionada ao vírus da COVID-19. O
artigo é um aviso claro a todo escritor na América. Alinhem-se atrás
do poder da China. Elogiem as boas intenções da China. Critiquem
severamente aqueles que alertem sobre uma ameaça comunista
chinesa.
Se você quiser saber com o que uma guerra biológica se
parece, contemple as nossas praças municipais vazias e os
necrotérios sobrecarregados da Cidade de Nova York. Se você
quiser saber com o que a guerra psicológica se parece, leia o artigo
do professor Huang na Foreign Affairs.[28]

O que o presidente Trump deve fazer para


impedir a invasão da China
17/04/2020

Um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo — na


esperança de que este o comerá por último.

WINSTON CHURCHILL

O Presidente dos Estados Unidos deve mudar publicamente a


sua posição sobre a China. No passado, o presidente Trump
descreveu o presidente da China, Xi Jinping, como seu "amigo". É
necessário, neste momento crucial, que o presidente Trump diga que
o presidente Xi não é seu amigo. Ele deve admitir, em vez disso, que
Xi é inimigo da América. Fazer o contrário é encobrir as muitas
ações hostis do presidente Xi, seus preparativos para a guerra e sua
política de culpar a América pela pandemia.
É hora de o presidente dos Estados Unidos enfrentar a verdade
— e dizer a verdade — sobre Xi Jinping e o Partido Comunista
Chinês. É hora de retribuir inimizade com inimizade, retribuir a
hostilidade da China comunista e preparar-se para repelir a sua
agressão. Pois ela tem usado a nossa abertura e generosidade
contra nós. Ela tem tomado a nossa gentileza por fraqueza. Ela tem
cometido traição contra a nossa boa-fé, e tem feito guerra contra a
nossa economia. Não podemos mais nos referir aos comunistas
como "amigos". Eles são inimigos.
Precisamos ouvir a verdade de nosso presidente sobre a quinta-
coluna da China comunista nos Estados Unidos. Essa verdade não
deve ser suavizada ou atenuada com as tolices de sempre acerca do
livre comércio e da paz; da concórdia doméstica ou da tolerância
racial. Estamos numa situação de vida ou morte agora. A
propaganda inimiga e os propagandistas do inimigo devem ser
identificados e condenados ao ostracismo. Não podemos permitir
que agentes de influência comunistas virem o jogo, culpem a
América, condenem o patriotismo e abram o país ao ataque inimigo.
Em relação àqueles que desejam devolver o país à dependência
econômica da China: os regimes comunistas sempre usarão o
comércio como arma. Eles corromperão a todos e a tudo que
tocarem — homens de negócios e políticos, estrelas do esporte e
produtores de Hollywood. Negociar com a China comunista é uma
tolice. Um tratado, para eles, é como uma crosta de torta — algo
que é feito para ser quebrado. A história do comunismo é longa e a
natureza criminosa de todos os regimes comunistas não pode ser
negada. Não há desculpa para ter relações com eles. Fazer parceria
com eles é se tornar parceiro deles no crime.
O presidente Xi tomou uma decisão consciente de permitir que o
vírus do PCC ficasse incubado em Wuhan até o Ano Novo Chinês —
o maior dia do calendário de viagens saindo da China. Os relatórios
sobre o surto na China não são ambíguos a esse respeito.
O que aconteceu em Wuhan foi dirigido — cada passo do
caminho — a partir do gabinete do Presidente Xi. Os oficiais do
partido foram forçados a permitir que as multidões se reunissem
durante o feriado de Ano Novo em Wuhan. Eles foram obrigados por
Pequim a hospedar 40.000 pessoas na festa da cidade, embora uma
forma infecciosa de pneumonia viral estivesse se espalhando pela
cidade. As intenções de Xi podem ser lidas em dezenas de
reportagens e editais oficiais. Xi só permitiu que Wuhan combatesse
a pandemia depois que os visitantes da cidade tinham retornado aos
seus países — levando a infecção para a Europa, a Austrália e a
América do Norte.
As decisões dos dirigentes chineses, nesse sentido, não foram
improvisadas. As decisões estratégicas chinesas são
cuidadosamente pensadas com antecedência. Já haviam decorrido
anos de estudo a respeito de vírus de morcego no laboratório de
virologia Wuhan NBS-4. Na verdade, a localização das instalações do
NBS-4 em Wuhan desafia a lógica — a menos que reconheçamos a
notável previdência de Pequim.
A fim de lançar um ataque biológico, a China precisaria de um
álibi para evitar retaliações. O álibi teria dois lados: um álibi focaria
em colocar a culpa na América, o outro mascararia as intenções
malévolas de Xi.
O álibi bilateral teria, por necessidade, as seguintes
características: (1) Para evitar retaliação contra a China, seriam
plantados indícios quanto a questões de segurança e um vazamento
num laboratório de virologia chinês; (2) para silenciar as críticas do
público chinês, funcionários do Partido Comunista afirmariam que a
CIA ou os militares dos EUA plantaram o vírus como parte de um
ataque ao povo chinês.
Para tornar esses álibis paralelos executáveis ao mesmo tempo,
os planejadores chineses teriam primeiro considerado qual cidade
chinesa um inimigo atingiria numa guerra biológica. Como eixo central
das comunicações ferroviárias e fluviais da China, Wuhan seria a
escolha lógica. Portanto, os planejadores chineses teriam construído
a sua estratégia em torno de um cenário de infecção em Wuhan.
Para tornar este cenário compatível com o álibi do "laboratório com
vazamento", o estrategista da China também teria de colocar suas
instalações NBS-4 em Wuhan, em vez de num local mais remoto no
deserto de Gobi.
É impraticável travar uma guerra biológica sem dar a primeira
versão do vírus ao seu próprio povo. Visto que um álibi é
fundamental, Wuhan teve de se tornar o centro da pandemia. O povo
chinês seria o primeiro a sofrer. Portanto, a versão inicial da arma
seria projetada de acordo com os princípios da guerra assimétrica,
com a seguinte estipulação: primeiro, a arma beneficiaria
estrategicamente a China; segundo, ela prejudicaria o Ocidente.
Considere os efeitos do vírus. Ele normalmente mata os idosos
e doentes. Do ponto de vista darwiniano, o vírus favorece a
sobrevivência do mais apto. Para um país superpovoado como a
China, esse surto viral é útil para diminuir o rebanho. Considerando
meio século sob a "política do filho único" da China, esse rebanho é
não só muito grande, mas também muito velho. Enquanto isso, a
América e o Ocidente estão irrevogavelmente comprometidos em
proteger os membros mais fracos e menos aptos da sociedade.
Podia-se confiar que o Ocidente gastaria incontáveis trilhões para
deter o vírus. A China sofreria um breve choque, é claro, e perdas
econômicas, mas essas perdas seriam compensadas no final. A
China receberia ordens de voltar ao trabalho — com incontáveis
cidadãos idosos lacrados vivos em sacos de cadáveres para
cremação.
Você acha que tal plano é monstruoso demais para alguém
como Xi Jinping?
Xi Jinping é comunista. Seus heróis são Mao, Hitler e Stalin —
os três maiores assassinos em massa da história. Percebe um tema
em comum aqui? Ora, vamos! Uma pessoa assim é tranqüilamente
capaz de sacrificar os idosos! Por que ele hesitaria nessas
circunstâncias?
Xi Jinping não é uma pessoa normal. Ele pertence às antigas
tradições maquiavélicas da filosofia chinesa. Ele está imerso nos
escritos de Sun Tzu e Han Fei-Tzu. Esses pensadores acreditavam
no uso implacável da força e da fraude. Eles se opunham à idéia de
que os governantes pudessem ser amigos. Essa idéia, na tradição
legalista chinesa, é criticada como perigosa. Portanto, Xi não é
amigo do presidente Trump.
Em 1999, eu entrevistei um famoso dissidente chinês, Harry Wu.
Ele passou dezenove anos no sistema de campos de Lao Gai.
Quando pedi a Wu para descrever os líderes da China, ele disse:
"Eles são assassinos."
Como o presidente Trump pode ser amigo de um assassino? Xi
Jinping aprisiona e executa cidadãos chineses honestos por dizerem
a verdade. E, como todos os assassinos, Xi Jinping mente — nem
que seja só para esconder os seus muitos crimes.
Os serviços de inteligência de Xi Jinping têm usado o comércio
internacional e os acordos corporativos para se infiltrar em nosso
sistema político, roubar nossa tecnologia e minar a nossa economia.
Seus agentes usaram o dinheiro como uma cenoura e uma vara. Eles
compraram políticos. Corromperam a nossa mídia. Entraram em
nossos institutos de pesquisa.
Os agentes do presidente Xi infestam Washington. Alguns de
nós acham que esses agentes deveriam ser expulsos. Dê-nos uma
boa razão para que lhes seja permitido permanecer em nossa
capital? — e dê-nos uma razão que não esteja manchada de
covardia ou ganância.
Pense, agora, no que está por vir. Pergunte a si mesmo para
onde o nosso relacionamento com a China comunista está nos
levando. Xi Jinping é um seguidor de Mao Zedong. Em 1958, Mao
deu a seus generais uma diretiva estratégica. Ele disse: prepare o
Exército de Libertação Popular para o dia em que as tropas chinesas
desembarcarão em Manila e São Francisco.
Essa diretiva ainda está em vigor. Como sabemos? Porque a
China construiu uma frota anfíbia com alcance de seis mil milhas.[29]
Este é exatamente o alcance necessário para desembarcar tropas
chinesas na costa oeste dos Estados Unidos — em São Francisco.
Duas divisões foram preparadas para um desembarque imediato (a
fim de proteger as instalações portuárias). Alguém acha que Xi
precisava de transportes anfíbios com alcance de seis mil milhas
para invadir Taiwan? Vencer Taiwan não o leva a lugar nenhum.
Taiwan não é o seu objetivo principal. Ele precisa vencer os Estados
Unidos. Se a América perder uma guerra, Taiwan se renderá sem
lutar. Qual é, então, o sentido de invadir Taiwan?
Ignore-o!
Quando um país desenvolve capacidades militares, como uma
frota anfíbia com alcance de seis mil milhas, você tem de começar a
prestar atenção caso você esteja a seis mil milhas de distância. O
pensamento estratégico orienta o desenvolvimento da força chinesa.
O alcance de ataque dessas tropas não foi atribuído ao acaso.
Considere a grande estratégia por trás dos preparativos de
guerra de Xi: as armas biológicas enfraquecem, depois incapacitam
o país-alvo. Armas nucleares e mísseis de cruzeiro, lançados de
locais escondidos, podem destruir os recursos navais, aéreos e
estratégicos da América. A frota anfíbia da China depois
desembarca na costa oeste e guarda as instalações portuárias para
navios mercantes de reforço carregados com homens, tanques e
artilharia.
A invasão dos Estados Unidos pela China é possível? Sim — é
mais do que possível. Os chineses estão se preparando para nos
invadir há décadas. Eles têm estocado suprimentos no México em
segredo, como o jornalista Scott Gulbransen ficou sabendo há muitos
anos. Ele publicou suas descobertas em um livro, The Silent
Invasion.
Há um antigo ditado chinês atribuído a Lao Tzu: "Uma jornada de
mil milhas começa com um único passo."
Anos atrás, o general Chi Haotian, ministro da Defesa da China,
fez um discurso para altos funcionários do partido. Ele falou de um
futuro ataque biológico "para limpar a América". Ele disse que a
ameaça de Pequim a Taiwan era diversiva. O verdadeiro plano, disse
ele, era invadir e ocupar os Estados Unidos.
Há dezoito anos, uma jornalista britânica entrou em contato
comigo. Ela tinha estado junto com uma equipe de um filme
documentário, entrevistando marinheiros chineses durante exercícios
anfíbios ao largo da costa da China. Ela perguntou como eles se
sentiam em relação a praticar uma invasão a Taiwan. Os marinheiros
ficaram perplexos. "Não estamos praticando para invadir Taiwan",
disseram a ela. "Estamos praticando para invadir a América."
Quando os oficiais militares chineses perceberam o que a
tripulação britânica havia descoberto, eles confiscaram as câmeras e
as gravações. Ela contou suas experiências a colegas no Reino
Unido — mas foi marginalizada por ser "anti-chineses". Ela soube do
meu trabalho por meio de um leitor e me contatou. "Ouça", ela disse,
"eu prejudiquei minha carreira. Mas preciso contar a alguém na
América. Você precisa prometer que não usará meu nome ao contar
esta história. Eu tenho que ganhar a vida. Tenho que retomar minha
carreira."
Xi Jinping não é amigo do presidente Trump. Ele é inimigo da
América. Os chineses têm se preparado para a guerra. Seus aliados
russos, iranianos, cubanos e norte-coreanos também têm se
preparado.
Represento um número crescente de americanos que não
querem ouvir o presidente Trump se referir a Xi Jinping como seu
"amigo". Xi é um ditador assassino e é nosso inimigo. Precisamos
que o presidente Trump reconheça isso.
Não há um momento a perder.

As mentiras em que acreditamos


23/04/2020

As pessoas que trouxeram Vladimir Putin de São


Petersburgo para Moscou nunca se importaram com suas
credenciais como especialista em desenvolvimento de
negócios. Para eles, ele era um especialista em controle de
negócios. Durante todo o tempo em que Putin trabalhou em
São Petersburgo, ele desempenhou um papel oficial como
vice-prefeito e presidente do Comitê [para Relações
Exteriores], mas, nos bastidores, o Sr. Putin operava em
sua identidade mais importante — o Oficial de Caso.[30] Em
São Petersburgo, Vladimir Putin era um 'operativo'. Os
empresários não eram sócios, mas alvos.

— FIONA HILL AND CLIFFORD GADDY


MR. PUTIN: OPERATIVE
IN THE KREMLIN, P. 166

A maioria das pessoas, incluindo jornalistas e líderes políticos,


tem uma idéia errada sobre a "queda da União Soviética" e as
mudanças na Rússia. Elas também têm uma idéia errada sobre a
China.
Entre um disparate absoluto repetido na televisão e a sutil
interpretação errônea de especialistas, a ameaça da Rússia e da
China passou despercebida. Esses dois países têm cultivado uma
imagem enganosa de si mesmos. Eles têm mascarado as suas
intenções hostis; e, apesar do mau comportamento de Moscou e
Pequim durante a pandemia viral, ainda não estamos aprendendo.
Na citação acima, Fiona Hill e Clifford Gaddy descrevem com
precisão a função e utilidade de Putin para as estruturas "pós-
soviéticas" da Rússia. Eles apontam para as permanentes atividades
da polícia secreta de Putin, sugerindo que a liberalização econômica
na Rússia estava sob o controle da segurança do Estado. Putin,
como oficial da Segurança do Estado, foi um dos controladores.
A anunciada transição da Rússia para a democracia e o
capitalismo foi fraudulenta. Ela simplesmente não aconteceu. Fomos
enganados pela falsa fachada de vice-prefeitos como Putin e
"liberais" importantes da Rússia, como Anatoliy Sobchak e Boris
Yeltsin. A economia da União Soviética, que era em grande parte
uma economia de mercado negro, era administrada pelos comunistas
da mesma forma que antes. Apenas as aparências mudaram.
No excelente livro de Karen Dawisha, Putin’s Kleptocracy (A
cleptocracia de Putin), ela cita o relatório de um promotor espanhol
sobre o envolvimento russo no narcotráfico e na lavagem de dinheiro
durante os anos de Yeltsin. Dawisha cita o promotor da seguinte
maneira: "[Na Rússia] não se pode diferenciar entre as atividades do
governo e os grupos do CO [crime organizado]." Além disso, a
KGB/FSB "controla o crime organizado na Rússia... A FSB está
'absorvendo' a máfia russa" e — acrescenta Dawisha, "usando-a
para operações negras em território russo ". (Loc 263-269, Kindle
Ed.)
Não seria seguro presumir que o crime organizado assumiu o
controle da Rússia após 1991. Seria mais correto dizer que a KGB e
as velhas estruturas do partido assumiram (ou ativaram) as várias
máfias russas — transformando-as em instrumentos de Estado.
Como Arkady Vaksberg apontou em seu livro de 1991 sobre a máfia
russa, as facções regionais do Partido Comunista da União Soviética
geraram clãs mafiosos nativos. Estes foram úteis para os
comunistas por vários motivos.
A título de explicação, Vaksberg recebeu uma carta quando a
União Soviética estava "entrando em colapso". Era de um "leitor
dedicado... que ficava bem próximo dos órgãos do poder", assinando
com o pseudônimo de V. N. Voloshin. De acordo com Voloshin, a
liberalização da economia russa estava fadada ao fracasso.

Nossos líderes estão deliberadamente desestabilizando o


país... tudo está sendo feito para levar o povo a gritar, em
uníssono: 'Deixem-nos ter um governo forte de volta.’
THE SOVIET MAFIA, P. 266.

Voloshin explicou ainda como criminosos eram recrutados pelos


políticos: "Nós 'fisgamos' essas pessoas, deixando-as escapar de
pequenos crimes... depois disso, elas cumprem cuidadosamente as
nossas ordens".

Nós [comunistas] operamos como sempre operamos,


exceto que adotamos um perfil mais discreto e mudamos
nossas táticas. Paramos de tomar medidas de proteção...
mas apenas coletamos informações... que nos
capacitarão... quando chegar o momento certo. Todo
mundo aqui amaldiçoa as reformas e espera a queda da
democracia, e isso vai acontecer mais cedo do que você
pensa. E o exército está por trás de nós também.
IBID, P. 266-67.

Voloshin acrescentou: "A única coisa que pode nos salvar é uma
dissolução completa da KGB..." Obviamente, livrar-se da KGB nunca
fez parte do plano. Na verdade, a KGB tornou-se mais poderosa do
que nunca, sendo crucial para a fachada capitalista da falsa
liberalização da Rússia. Aqui estava um processo de reforma que o
acadêmico polonês Wisla Suraska caracterizou como uma
"sociedade civil apadrinhada pela polícia" trabalhando rumo a uma
"revolução apadrinhada pela polícia". (How the Soviet Union
Disappeared, p. 49.)
Sem submeter o leitor a uma avalanche de livros e análises, eis
aqui apenas uma pitada de escritos inteligentes sobre o processo
que estupidamente proclamamos como "o colapso do comunismo" ou
o "fim da Guerra Fria". Conforme observado por um oficial soviético,
Georgi Arbatov, em dezembro de 1988, o plano de Gorbachev era
"retirar a imagem do seu inimigo". A substância desse inimigo
permaneceria, preparando-se para a guerra enquanto o Ocidente
relaxava sua vigilância.
É vergonhoso que tenhamos sido enganados pelos russos e
seus aliados chineses. Analistas conservadores como Sean Hannity e
Patrick Buchanan, que não se dignariam a ler Hill e Gaddy, se
contorceriam ao ouvir falar da catimba enganosa de Putin. A verdade
não apenas confundiria esses analistas, mas também os afastaria de
sua narrativa favorita — a saber, a de como Ronald Reagan venceu
a Guerra Fria.
Começar com um erro no início de sua análise é construir um
edifício de erro, até que a verdade desapareça de vista. E como
nossos conservadores perdidos voltam? Como eles refazem seus
passos? Quem tem a humildade de voltar pelos últimos trinta anos?
Se você pegar todos os escritos especializados sobre o tema da
China, sobre o tema da Rússia, sobre o tema da guerra nuclear,
você encontrará um país desconhecido. As opiniões dominantes de
hoje, construídas sobre alicerces de incompreensão e erro, estão
recheadas de inverdades. A primeira e maior dessas inverdades? —
O COLAPSO DO COMUNISMO

Os conservadores se felicitaram, várias e várias vezes, por


derrotarem o comunismo. Porém eles não fizeram tal coisa. É um
caso clássico de presunção. Para mostrar o quanto é ilusória essa
presunção, lembre-se do cancelamento do Desfile do Torneio das
Rosas em Portland, Oregon, durante 2017. Ela foi cancelada porque
os comunistas ameaçaram de violência contra os republicanos
programados para participar.[31]
Os comunistas sempre foram um grupo pequeno. Mas sempre
exerceram um poder e uma influência acima do que seus números
reais poderiam sugerir. Por quê? Porque possuem um zelo
missionário. Porque são implacáveis. Porque são mais bem
organizados, melhores em estratégia, melhores em se infiltrar,
sabotar e assumir o controle.
Impedindo um desfile das rosas em Oregon, os comunistas
flexionaram seus músculos numa cidade importante. Mas, em outro
lugar da América do Norte, os comunistas tornaram-se donos de um
país inteiro. Considere o artigo de Evan McGuire de 2018 no
American Spectator: "A Cold War Communist is Still Killing People
in Nicaragua" ("Uma guerra fria comunista ainda está matando gente
na Nicarágua"). Ah, sim. Reagan venceu a Guerra Fria, mas os
sandinistas estão governando a Nicarágua como antes.[32]
Considere o que aconteceu na Venezuela. Segundo Luis
Henrique Ball, no Pan American de 17 de dezembro de 2017, o
prêmio rico em petróleo da América Latina foi convertido em um
reduto comunista por meio de uma estratégia de incrementalismo
socialista. O que tornou isso possível? Os nossos conservadores
tornaram possível, porque não estavam mais preocupados com a
difusão do marxismo-leninismo. Por quê? Porque foram enganados
de forma a acreditar que o comunismo colapsou.
É uma situação desastrosa. A "teoria do dominó" foi superada
pela "história do dominó", em que um país após o outro sucumbe ao
comunismo. Infelizmente, a chamada "queda da União Soviética" não
marcou o fim da expansão comunista, mas abriu uma nova fase —
na qual o comunismo avançou de vitória em vitória, irreconhecível e
desimpedido.
A África do Sul foi o primeiro grande prêmio a ser conquistado
pelos "extintos" comunistas depois de 1991. Enquanto o Ocidente
celebrava uma vitória imerecida sobre o leninismo, os leninistas
davam muitas risadas. O progresso do comunismo na África do Sul é
uma longa história. Na década de 1950, o Partido Comunista da
África do Sul ordenou que seus membros ingressassem no
Congresso Nacional Africano (CNA). Como Richard Monroe apontou
em seu Lessons of the 1950s (Lições dos anos 1950), "Tudo o que
os comunistas fizeram foi feito por meio do movimento do
Congresso... Exceto por um ou dois casos menores, nada foi feito
pelo PC [Partido Comunista] que estivesse em conflito com a política
do Congresso."[33]
Como registra a história, o Partido Nacional cedeu seu
monopólio de poder ao Congresso Nacional Africano (CNA) em 1994.
Pelos últimos 26 anos, a África do Sul tem sido um Estado de partido
único governado por comunistas do CNA que seguiram a mesma
estratégia gradualista usada por Hugo Chávez na Venezuela. Mais
uma vez, um país estratégico foi conquistado.
Estratégico de que maneira?
A África do Sul está situada na rota marítima do Cabo da Boa
Esperança, usada pelos petroleiros europeus que retornam do Golfo
Pérsico. A África do Sul também é o "depósito de minerais" da
África. O controle deste país pelo bloco comunista, durante a Guerra
Fria, teria assustado os estrategistas ocidentais. Em termos
militares/econômicos, o bloco agora desfruta de um monopólio dos
metais — com implicações paralisantes para o espaço aéreo
americano. Mas nenhum alarme foi disparado. Os conservadores
não se importam com quem governa a África do Sul — contanto que
o fluxo de metais preciosos continue. O Ocidente logo descobrirá o
seu erro quando a ofensiva econômica do bloco comunista se
acelerar. Essencialmente, a África do Sul é agora um país do bloco
comunista governado pelo Congresso Nacional Africano — uma falsa
frente por trás da qual se escondem russos e chineses.
Como o Zimbábue e a Namíbia, a Angola e o Congo, a África do
Sul virou comunista. Em cada país, somos enganados acerca dos
governantes, que fingem ser democratas. Mas eles não são
democratas. Mais uma vez, a nossa própria presunção leva a melhor
sobre nós. Esses países estão do lado da China. Eles estão do lado
da Rússia. E esse não é um assunto menor.
O mito do "colapso do comunismo" poderia se transformar em
um livro muito grosso. Mas quem compraria tal livro? A preferência
do mercado está clara. As pessoas anseiam por mentiras. Elas
querem mitos. Os comunistas têm fomentado esses mitos. Como
Lenin disse no advento de sua Nova Política Econômica em 1921:
"Diga aos capitalistas o que eles querem ouvir."

UMA GUERRA NUCLEAR NÃO PODE ACONTECER

As pessoas adoram bobagens, especialmente sobre guerra e


paz. É muito reconfortante imaginar que ninguém vai lançar uma
guerra nuclear. Também é ingênuo. Existem pessoas neste mundo
que gostam de matar, que gostam de destruir coisas, e encontram
uma alegria auto-afirmativa na aniquilação pelo amor à aniquilação.
O mundo normal — o mundo civilizado — nunca explorou
realmente o abismo do comunismo (como um fenômeno psicológico).
Não perceberam que um espírito de destruição pelo amor à
destruição havia aparecido junto ao marxismo. Não conseguiram
entender o destino que os aguardava quando esse espírito se
apossou de armas nucleares e biológicas. Não conseguiram entender
que essas armas seriam usadas — com explicações razoáveis
empregadas a favor do uso. Aqui, a tarefa da razão, no fundo,
operaria de acordo com um espírito de destruição.
Assim que as potências totalitárias obtivessem a bomba, uma
guerra catastrófica seria apenas uma questão de tempo. É apenas a
ilusão de ótica do momento, quando pessoas normais projetam o seu
próprio pensamento sobre os governantes totalitários, que
imaginamos um regime perpétuo e bem-sucedido de moderação
global.
A ilusão de paz perpétua é endossada plutocraticamente, na
teoria e na prática, pelo hedonismo de mercado. Aqui, a auto-
indulgência é transferida para a política nacional — para a
manutenção cada vez mais pobre de nosso meio de dissuasão
nuclear. Nós simplesmente não acreditamos em guerra nuclear. Não
acreditamos em abrigos antiaéreos ou defesa contra mísseis
balísticos. Há algo inerentemente louco, ou perigoso, em pensar a
respeito. Mas se não podemos pensar a respeito, como vamos nos
defender contra ela? E esse é o ponto. Há muito tempo deixamos de
levá-la a sério. Mas a Rússia e a China continuam fabricando
bombas e mísseis. Enquanto isso, os nossos apodrecem em seus
silos.
E assim dizemos a nós mesmos que uma guerra nuclear não
pode ser vencida. Acreditamos que essas armas podem "destruir o
planeta" muitas vezes seguidas. Imaginamos que existe um
"equilíbrio de terror". Mas essas são histórias que você conta a
crianças. A realidade é muito diferente. Orienta-se aos leitores que
consultem o livro de Peter Vincent Pry, Nuclear Wars: Exchanges
and Outcomes — que é o Volume II de sua obra maior, The Nuclear
Balance. Os leitores também devem consultar The ABM Treat
Charade, de William Lee, o clássico Soviet Military Strategy, de
Sokolovskiy, e The Offensive, de Sidorenko.
Ou informar-se a respeito de Ted Bundy, o assassino em série.
Ele é um bom modelo para este assunto. Ele se apresenta como um
ser humano benigno, amigável e racional. Porém ele é na verdade
assassino, malicioso e irracional. Coloque esse tipo de pessoa junto
com armas de destruição em massa e você terá o casamento
perfeito. Nesse caso, é claro, o noivo já encontrou a sua noiva.
É, mais uma vez, a presunção do Ocidente — e a presunção de
todas as pessoas "normais" — de que tal casamento nunca poderá
acontecer. E assim, ano a ano, a nossa vigilância se atenua. Nós
compramos a conversa enganosa dos totalitários. Queremos
acreditar neles. Em tempo, eles nos farão um ataque nuclear. O que
os impedirá?

A AMÉRICA É INVENCÍVEL
Sempre se acredita em um mito lisonjeiro — para a ruína de
quem acredita. A vida é cheia de lições duras, pancadas duras e
cabeças duras. Muita gente nascida após a Segunda Guerra Mundial
age como se os Estados Unidos fossem indestrutíveis. Isso serve
para explicar a sua predisposição para políticas destrutivas,
comportamentos destrutivos e pensamento destrutivo.
Quando a sobrevivência de uma sociedade ou país é tida como
certa, e todo tipo de experimentação social é realizado em
conseqüência dessa opinião, pode ter certeza de que uma enorme
pilha de escombros será o legado.
Veja a geração "baby boomer": ela cresceu em um país que
venceu os nazistas e o Japão imperial. Era tão rico, tão poderoso,
que nada lhe poderia fazer mal. Então fez-se o mal em grande
medida. O tecido da sociedade não foi tratado com gentileza ou
respeito. Tudo foi submetido a críticas implacáveis. Maternidade,
patriotismo, palmada, honestidade, sobriedade, castidade, bom
senso, anticomunismo. Tornou-se moda ridicularizar ou diminuir esses
itens. Quanto mais eram associados ao passado, mais eram
ridicularizados.
Na década de 1980, a "manhã na América" de Ronald Reagan
passou ao primeiro plano, como se a República já não estivesse
cambaleando devido a feridas internas. A verdadeira situação foi
encoberta e a falta de sinceridade ganhou maior liberdade. Esse foi
o contexto no qual abraçamos Gorbachev e transformamos a China
em um colosso. Fizemos isso com um Semblante Feliz do Reagan.
Invencível? Não. Estúpida e auto-enganadora? Sim. Nada aqui é
intrínseco à invencibilidade. Tudo conspira para despir o todo,
preparando o caminho para um niilismo destrutivo. O que temos, na
América, é uma série de doenças — e a COVID-19 é a menor delas.
Fora esses pontos, não há países invencíveis — especialmente
numa época como a nossa. Armas biológicas e nucleares podem
destruir qualquer país a qualquer momento. Especialmente, elas
podem destruir um país que se recuse a lidar de forma realista com
elas; um país que queira viver como se essas armas não exigissem
mais de nós.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tudo escrito aqui é inadequado. Mas há, não obstante, valor no


que está escrito, nem que seja só como um ponto de partida. Não
poderemos seguir em frente a menos que dispensemos os mitos
corruptores listados acima. Mas como podemos superar esses
mitos?
Uma montanha de mal-entendidos não é removida por uma única
frase, um parágrafo ou um ensaio. Palavras não são suficientes para
remover tal montanha. Mas as palavras devem ser pronunciadas,
não obstante. E devem ser pronunciados na cara daqueles que
discordam com veemência.
Talvez o mais desconcertante em escrever estes ensaios seja a
má qualidade dos críticos. É cansativo ser criticado por coisas nunca
ditas — por coisas que outras pessoas imaginaram; por exemplo,
que defendo a guerra com a China, o Irã ou a Rússia; ou que eu
quero que a América ocupe o Oriente Médio — ou que domine o
mundo.
Fui presenteado, esta semana, com vários e-mails de um
escritor libertário que se gabava de ler este site — apesar de ter
opiniões que eram "o oposto" das minhas. Ele se parabenizava por
sua mente aberta, lembrando-me que "o patriotismo é o último
refúgio de um canalha". Ele apontou os gastos supérfluos do
Pentágono, repreendendo-me por ser um "belicista" que busca
converter os outros ao "belicismo". Ele disse, em essência, que eu
não deveria me preocupar com os crimes da China comunista,
quando os Estados Unidos assassinavam centenas de milhares de
pessoas inocentes no Oriente Médio.
Com toda certeza, ele insinuou que eu era um propagandista de
assassinos de bebês. Ele perguntou como eu podia dizer que a
América é boa enquanto a China é má. A China não bombardeou o
Iraque, observou ele. A China não invadiu o Afeganistão. Se eu fosse
uma pessoa moral, estaria preocupado com a imoralidade dos
americanos, não com a imoralidade dos comunistas chineses. Ele
disse que a China não era uma ameaça porque o nosso arsenal
nuclear nos protege. Minhas preocupações, disse ele, eram,
portanto, "tolas".
Ele reclamou que minha resposta subseqüente foi
"condescendente". Mas de que outra forma eu deveria responder a
um imbecil? Uma resposta respeitosa teria soado sarcástica.
Acusado de ser um canalha e um belicista, uma resposta amigável
teria soado subserviente, covarde, talvez até choramingueira.
O patriotismo é o último refúgio de um canalha? Defender o país
contra a China ou a Rússia é ser "belicista"?
Meu crítico entende mal o significado da palavra "patriotismo". A
palavra se refere ao amor paternal e à preocupação com o próprio
país. Ela não significa o elogio desmedido ao próprio país, ou gabar-
se da bandeira. Não tem nada a ver com tornar a América "grande
de novo". O que expresso, em meus escritos, é uma preocupação
real quanto à sobrevivência do meu país. É a única expressão
genuína de patriotismo que conheço. Agora, consideremos o que
significa classificar essa expressão genuína como "o último refúgio
de um canalha".
Quem é que vive sem se preocupar com seu país? Quem é que
não dá valor ao seu país? Quem é que, com eloqüência, mete o pau
em seu país por conta de sua ideologia? Quem é que ridiculariza
expressões de genuína preocupação patriótica como "tolas"? Este é
um patriota? Não. O que é que um escritor assim ama? A verdade?
O seu país? Ou o som de suas próprias palavras vazias?
Se estou errado, NÃO é porque sou um canalha. Se a guerra
estourar, NÃO será por causa do meu "belicismo". Parece que
existem duas abordagens para este assunto. Somente uma é
motivada por uma preocupação genuína com o país. A outra não é
absolutamente nada séria.

Crise econômica e agitação política


29/04/2020

Você está travando uma guerra econômica no Texas!


— SENADOR TED CRUZ
AO EMBAIXADOR SAUDITA

O desertor da KGB Anatoliy Golitsyn, que previu com sucesso


todos os estágios da estratégia de longo alcance do bloco comunista
em 1984, nos alertou sobre "as armas econômicas do bloco": grãos
e petróleo. Podemos ver facilmente que os metais preciosos também
fazem parte deste jogo. Conforme os eventos se desenrolam, fica
cada vez mais óbvio que a América está sob intenso ataque
econômico.
A China, a Rússia, o Irã e países associados estão aplicando
pressões generalizadas para trazer os aliados dos Estados Unidos
para o seu campo; mais recentemente, alguns observadores
acreditam que a Arábia Saudita se voltou contra Washington. Em
resposta ao colapso da demanda de petróleo, os sauditas não
reduziram a sua produção de petróleo. Em vez disso, eles a
aumentaram — devastando a indústria de petróleo da América.
Claro, os sauditas se ressentem da independência energética
americana. Eles se ressentiram de nosso abandono passado de seu
amigo, o presidente Hosni Mubarak do Egito. Eles também se
ressentem de nosso apoio ao governo da maioria xiita no vizinho
Iraque. Do ponto de vista deles, nós não somos os aliados confiáveis
de décadas passadas. Somos atrapalhados, erráticos e irritantes.
O ressentimento é a mãe de toda traição. E como temos — por
tantos anos — acreditado nas mentiras da Rússia e da China, por
que não acreditaríamos nas mentiras sauditas? Assim, os sauditas
aumentam a sua produção de petróleo no meio de uma
superabundância, derrubam o preço do petróleo para menos de
zero, e fingem que estão fazendo isso para prejudicar a Rússia
quando a coisa toda é quase com certeza idéia da Rússia. Quem é o
grande vencedor neste jogo? A República Popular da China
consegue acumular milhões de barris de petróleo barato. A Rússia e
a Arábia Saudita levam os produtores de petróleo americanos à
falência. A economia dos EUA sofre um grande golpe quando menos
pode gastar.
Eis uma vitória estratégica de significado incalculável. Parece
que Moscou e Pequim persuadiram a Arábia Saudita a se alinhar
com eles; pois como pode a relação entre Riade e Washington ser
restaurada depois que o mercado de energia dos Estados Unidos foi
tão devastado? Uma ruptura inevitável — embora oficialmente
negada — deve ocorrer. E haverá um golpe financeiro também,
quando o dólar for atacado na próxima rodada de batalha. Eis o
Rubicão de Riyadh. Não há retorno. E não devemos esquecer uma
velha regra da política beduína: a traição leva o traidor a se tornar
mais paranóico que sua vítima; pois o traidor deve ficar na
expectativa do troco e, a partir daí, deve distanciar-se de sua vítima.
Se for assim, estamos no início de uma seqüência muito
desesperada de eventos, em que a guerra econômica se torna o
coração e a alma do Grande Jogo. É fácil prever que a guerra
econômica contra os Estados Unidos se intensificará. A China e a
Rússia usarão todas as suas armas econômicas — e está claro que
estão se preparando há muito tempo.
A idéia aqui é paralisar a economia dos EUA, evitar preparativos
de guerra eficazes dos EUA, distrair as autoridades políticas com
agitação interna, forçar a desvalorização da moeda, colapsar as
receitas fiscais e incitar a violência doméstica entre vários campos
políticos, e separar a América de seus aliados.
Se a Arábia Saudita se uniu ao bloco Moscou-Pequim, a
pressão aumentará para que outros países mudem de lado. A
realidade econômica que desponta será sombria, de fato, para
qualquer nação que estiver com a América; pois a América — como
defensora do Ocidente — é o alvo principal. Qualquer nação que se
voltar contra os Estados Unidos receberá um salvo-conduto.
Qualquer nação que se oponha ao bloco Moscou-Pequim sofrerá de
maneira correspondente.
Sérias pressões econômicas e financeiras serão aplicadas
contra o Japão, a UE, a Austrália, a Índia, o Brasil, etc. Se esses
poderes derem lugar à Rússia e à China, o isolamento econômico da
América estará assegurado. A América então sofreria um lento
estrangulamento, um colapso econômico e turbulência na política
interna. Mesmo que o Ocidente se mantenha firme, as armas
econômicas do bloco serão empregadas, uma a uma. O
abrandamento da resistência aliada será encorajado a cada passo
do caminho. Leremos e ouviremos que a China é o líder econômico
do mundo. Quem é que ousa romper seus laços econômicos com a
China? Países pequenos e atrasados tremerão.
A ameaça contra o Japão e a Europa envolverá a negação de
recursos estratégicos vindos do Oriente Médio e da África. Moscou e
Pequim certamente farão uma série de jogadas devastadoras —
preparadas há muito tempo. O ataque à indústria de petróleo
americana, com o colapso dos preços do petróleo, é apenas o
começo. A China e a Rússia têm acumulado ouro e recursos
estratégicos há décadas. Eles estão nos sitiando, tendo já separado
os suprimentos necessários para uma luta prolongada. Suas
unidades militares foram modernizadas, seus arsenais nucleares,
atualizados — tudo de prontidão antes dos distúrbios econômicos
calculados para impedir que os Estados Unidos jamais as alcancem.
As pessoas na Rússia e na China estão sofrendo
economicamente? Sim. Elas sofrem como os súditos de regimes
autocráticos estão destinados a sofrer — em todas as épocas, para
sempre. Na China, as fileiras da Polícia Armada do Povo
aumentaram. Uma revolução contra o regime é impossível. A sua
organização é totalmente voltada para a segurança e para esmagar
a dissidência. A desobediência é punível com a morte. Quem é que
ousa se opor ao Partido Comunista Chinês? O seu poderio é medido
em milhões de soldados armados, mísseis, armas nucleares e uma
marinha de alto mar com vistas a controlar o Oceano Pacífico.
A preparação russa e chinesa para a atual fase de guerra
econômica foi longa e árdua. Todos os presidentes americanos, de
Reagan a Obama, voluntária ou involuntariamente ajudaram os
russos e chineses a obter as vantagens que eles agora brandem
contra nós. Washington tomou uma decisão consciente de fortalecer
a China. Os Estados Unidos estão atualmente vulneráveis à guerra
econômica de Moscou e Pequim. Isso também se deve a anos de
irresponsabilidade fiscal e maus hábitos nacionais. Durante décadas
de prosperidade, incentivamos o endividamento — em todos os
níveis de governo e no setor privado. O Congresso deu dinheiro a
vários grupos de interesse. Os pagamentos de assistência social
dispararam. As pensões dispararam. O Obama Care foi instituído e
ninguém teve coragem de derrubá-lo. Políticos até sugeriram o
conceito de "renda garantida". Foi tudo uma loucura. Não podíamos
pagar por nada disso, nem pelas aventuras militares que se seguiram
à provocação do 11 de setembro. Enquanto isso, nossos inimigos
observavam de longe, encorajados por nossa falta de visão,
Uma crise econômica sem precedentes está agora em
andamento. Esta crise terá efeitos políticos diferentes de tudo que já
vimos. Não é exagero dizer que os choques já administrados exigirão
grande paciência e disciplina do povo americano, além de grande
habilidade política. Imagine milhões de americanos desesperados
sem trabalho, enfrentando escassez de alimentos. Imagine um
governo federal falido — e estados, condados e municípios falidos.
Todos falidos ao mesmo tempo.
A divisão entre direita e esquerda será exacerbada. A esquerda
dirá que o capitalismo falhou. Uma espiral descendente começará,
impulsionada pelo público eleitor. Seremos levados pela esquerda a
destruir nossos recursos econômicos por causa de uma falha em
nossa ideologia política dominante.
O grande historiador britânico Lord Macaulay previu o futuro
desmoronamento da economia americana em uma carta escrita em
maio de 1857. A previsão de Macaulay foi baseada em sua análise
das instituições americanas. Discutindo a vida de Thomas Jefferson
com um autor americano, Macaulay escreveu: "Você está surpreso
ao saber que não tenho uma opinião elevada sobre o Sr. Jefferson e
estou surpreso com a sua surpresa. Estou certo de que nunca
escrevi nenhuma linha e… proferi nenhuma palavra indicando uma
opinião de que a autoridade suprema em um estado deveria ser
confiada à maioria dos cidadãos [contados] por cabeça; em outras
palavras, à parte mais pobre e ignorante da sociedade."
De acordo com Macaulay, os Estados Unidos estavam se
tornando cada vez mais democráticos ao longo do século XIX. E
essa tendência, ele argumentou, era perigosa para a liberdade e
para o bem-estar econômico do país. Como Macaulay explicou: "Há
muito tempo estou convencido de que instituições puramente
democráticas devem, mais cedo ou mais tarde, destruir a liberdade
ou a civilização, ou ambas."
Macaulay apontou para a Revolução Francesa e para a
tendência dos movimentos democráticos de espoliar os ricos. "Você
pode pensar que seu país goza de uma imunidade contra esses
males", escreveu Macaulay a seu correspondente americano. "Vou
confessar-lhe francamente que tenho uma opinião muito diferente.
Acredito que o seu destino é certo, embora seja adiado por uma
causa física. Desde que vocês tenham uma vasta extensão de terra
fértil e desocupada, a sua população trabalhadora estará muito mais
à vontade do que a população trabalhadora do Velho Mundo e,
enquanto for esse o caso, a política de Jefferson pode continuar a
existir sem causar qualquer calamidade fatal."
Em algum momento, obviamente, os Estados Unidos terão de se
encher de gente. Serão obrigados a perder as suas vantagens
econômicas. "[C]hegará o momento", observou Macaulay, "em que a
Nova Inglaterra estará tão densamente povoada quanto a velha
Inglaterra. Os salários serão tão baixos e oscilarão tanto com vocês
quanto conosco." A América então será urbanizada, com uma grande
população de "artesãos". Então acontecerá que um grande número
desses artesãos às vezes ficará sem trabalho. "Então as suas
instituições serão justamente colocadas à prova", escreveu
Macaulay. "A aflição em toda parte torna o trabalhador rebelde e
descontente, e o deixa inclinado a ouvir com avidez os agitadores
que lhe dizem que é uma iniqüidade monstruosa que um homem
tenha um milhão, enquanto outro não consegue obter uma refeição
completa."
Com o poder supremo nas mãos de uma multidão descontente,
que tipo de governo provavelmente elegerão? Seria um governo
comprometido com "a segurança da propriedade e a manutenção da
ordem"? Ou seria um governo que atravessa tempos difíceis
roubando os ricos "para assistir os indigentes"? Em algum momento,
escreveu Macaulay, a tendência jeffersoniana dos Estados Unidos
resultará na destruição da propriedade, na pilhagem dos abastados.
"É bastante claro que o seu governo jamais será capaz de conter
uma maioria aflita e descontente. Pois com vocês a maioria é o
governo, e os ricos, que são sempre uma minoria, estão
absolutamente à sua mercê."
Como vemos hoje, todos os níveis de governo na América estão
engajados em aliviar a aflição dos pobres e desempregados, e
também vemos que isso é feito atualmente pela tributação dos ricos
assim como pelo endividamento. Atualmente, os Estados Unidos têm
o sistema de imposto de renda mais progressivo do mundo
industrializado. O problema aqui, em relação ao futuro, é o papel
desempenhado pelos ricos no investimento e no progresso
econômico geral. Sem os ricos, não há oportunidade econômica
futura para os pobres.
O processo sobre o qual Macaulay escreveu, como qualquer
pessoa com olhos pode ver, está agora a ponto de terminar. A crise
da COVID-19 levou as coisas ao ápice. Macaulay explicou a seu
correspondente americano: "Eu seriamente tenho o receio de que
vocês, numa época de adversidade como a que descrevi, farão
coisas que impedirão a prosperidade de retornar, que agirão como
pessoas que em um ano de escassez devorão todos os grãos de
milho, e assim farão com que o próximo ano seja não de escassez,
mas de fome absoluta. Haverá, temo eu, espoliação. A espoliação
aumentará a aflição. A aflição produzirá nova espoliação. Não há
nada para pará-los. A sua constituição é toda vela e nenhuma
âncora." À medida que o processo de desmoronamento continua,
acrescentou ele, "Ou algum César ou Napoleão tomará as rédeas do
governo com mão forte, ou a sua república será tão terrivelmente
saqueada e devastada pelos bárbaros... quanto o Império
Romano..."
Os "bárbaros" que estavam à espreita são os russos e os
chineses. A demagogia comunista que eles apoiaram na África e na
América Latina, especialmente em seu controle da Venezuela e da
África do Sul, baseia-se na dinâmica que Macaulay descreveu em
1857. Quando as pessoas estão lutando na pobreza, por que não
encorajá-las a espoliar os ricos e assim dar o poder à esquerda
militante (que trabalha em estreita colaboração com Pequim e
Moscou)? Eis a dinâmica de uma revolução socialista popular. Do
jeito que as coisas estão acontecendo agora, esse processo
destrutivo se alinha diretamente com a estratégia de guerra
assimétrica do Partido Comunista Chinês.
A guerra econômica está embutida na estratégia de longo
alcance de Moscou. Essa estratégia foi descrita em detalhes pelo
desertor tcheco Jan Sejna, em um livro de 1982 intitulado We Will
Bury You (Vamos Enterrar Vocês). Começando na página 100, ele
descreveu um plano para prejudicar a economia dos EUA e fomentar
a agitação doméstica. Não há dúvida de que os comunistas há muito
pretendem derrubar a economia dos EUA por meio de uma série de
movimentos estratégicos. Podemos agora ver esses movimentos se
concretizando. É um processo que continuará enquanto as pressões
militares se intensificam.[34]

O período preparatório
01/05/2020

A guerra nuclear… não deve ser pensada apenas como um


gigantesco empreendimento técnico — como o lançamento
de um enorme número de mísseis com ogivas nucleares...
A guerra nuclear é um... processo multifacetado, que...
envolverá formas de luta econômicas, diplomáticas e
ideológicas. Todas elas servirão aos objetivos políticos da
guerra...

— MARXISM-LENINISM
ON WAR AND ARMY, P. 12

Os generais em Moscou e Pequim foram educados de acordo


com princípios de guerra antitéticos aos nossos. O marxismo-
leninismo tomou emprestada a sua teoria militar de Clausewitz;
especialmente acreditando que "a guerra é simplesmente a
continuação da política por outros meios." (Ibid, p. 2). Embora os
americanos se recusem a acreditar nisso, os estrategistas da Rússia
há muito defendem que a guerra nuclear não é uma exceção à regra
de Clausewitz.
Em The Philosophical Heritage of V. I. Lenin and Problems of
Contemporary War, editado pelo Gen. Maj. A. S. Milovidov, lemos
na página 37 que os estrategistas americanos estão errados em
suas crenças sobre a guerra nuclear. A "esmagadora maioria"
daqueles que não consideram a guerra nuclear como uma
continuação da política está fazendo um "julgamento puramente
subjetivo". Esse julgamento, diz o texto de Milovidov, "expressa um
mero protesto contra a guerra nuclear".
Os generais de Moscou e os generais de Pequim há muito
entenderam que as armas nucleares são assimétricas. A sociedade
totalitária é adaptável às condições da guerra nuclear. A sociedade
burguesa, não. Para a mente americana, a guerra nuclear não faz
sentido. Portanto, os americanos não levam os estrategistas russos
a sério quando escrevem: "a preparação e o empreendimento... [da
guerra nuclear] devem ser considerados como a principal tarefa da
teoria da estratégia militar e da liderança estratégica". (Ver a
tradução de Harriet Fast Scott de Soviet Military Strategy, p. 195).
Negando que os estrategistas russos e chineses estejam falando a
sério, os estrategistas americanos pensam em termos de dissuasão.
Tão logo a dissuasão falha, a América não tem nenhuma estratégia.
Sendo excepcionalmente vulnerável, o nosso pensamento deteriora
para a negação; isto é, a negação da guerra nuclear, a negação de
que o inimigo fala sério e de que ajustes devem ser feitos.
Naturalmente, os estrategistas russos e chineses concordam
que seria melhor evitar uma guerra nuclear. Mas a evitação da
guerra, para o bloco comunista, tem um sentido completamente
diferente do que para o mundo livre. Para o comunista, a única
alternativa à guerra nuclear é a convergência política e social em
termos comunistas. Estes podem ser disfarçados sob os auspícios
do "desenvolvimento sustentável", por meio de tratados sobre
"mudança climática" ou por meio do comércio. Há também a
possibilidade de convergência por meio de uma pandemia — por
meio da "governança global da saúde" e do despovoamento
"gerenciado" de regiões inteiras (a saber, os Estados Unidos). A
atual pandemia comunista chinesa pode ser exatamente um desses
dispositivos — para acelerar a "convergência". Também pode ser um
precursor de uma guerra nuclear, empregado para distrair e
desestabilizar as sociedades-alvo antes do uso em massa de
foguetes nucleares. Obviamente, uma pandemia pode servir para
ambas as funções. Se o mundo livre não abraçar o plano da China
para a governança global da saúde, Moscou e Pequim não perderão
nada. Nesse caso, a virada para a guerra poderia ser perfeita, a
maskirovka não-detectada.
Dado o papel central que os chineses deram ao ataque biológico
(conforme descrito pelo ministro da Defesa Chi Haotian), o bloco
comunista teria mirado há muito tempo, para infiltração e subversão,
nos Institutos Nacionais de Saúde e os Centros de Controle de
Doenças. O envolvimento dos Estados Unidos com a China
proporcionaria uma abertura ainda mais poderosa para o ataque; a
saber, a indústria farmacêutica americana — companheira atual do
complexo médico-industrial-militar da China, fornecendo ingredientes
médicos e elementos "precursores" relacionados a vacinas (abrindo
um caminho para um ataque biológico/químico binário, combinando
medicamentos e/ou vacinas com uma arma viral, aumentando a
letalidade de cada vetor por combinação.)
Se o Ocidente emperrar a convergência, retirando-se das
vacinações obrigatórias e da lei marcial médica, pode haver em
seguida uma guerra nuclear total. A sabotagem, neste contexto, não
é uma atividade imaginária dos serviços especiais chineses e russos.
É uma de suas especialidades, projetada para o "período
preparatório" antes dos ataques nucleares. A presença de agentes
russos e chineses em nosso governo representa um perigo especial
durante esse período. As operações do inimigo em Washington,
evidentes na recente rixa do impeachment, ainda não foram
controladas. Com toda probabilidade, o seu ataque às instituições do
país se intensificará. Talvez o sinal mais devastador de um ataque
iminente seja a notícia de que centenas de funcionários públicos,
generais e legisladores estão a serviço do inimigo. De acordo com o
desertor do GRU, Vladimir Rezun, os serviços especiais russos
trairão todos os seus agentes de alto nível na véspera da guerra —
para semear o máximo de desconfiança e confusão. Também
prepararão falsas alegações contra pessoas inocentes — uma tática
de pré-guerra em curso desde 2016.
O que leva à suspeita de que estamos agora no "período
preparatório" é o desaparecimento de vários líderes comunistas.
Vladimir Putin demitiu o seu governo em janeiro, imediatamente antes
de a pandemia atingir a China. Mesmo assim, o primeiro-ministro
russo demitido, Dmitri Medvedev, manteve a sua posição no conselho
de segurança russo. O gabinete russo desapareceu (com
destacados joões-ninguém em seu lugar). E agora Putin também
desapareceu.
Os líderes comunistas da Nicarágua e da Venezuela também
desapareceram de vista. Se isso não for uma estranha coincidência,
considere o caso de Kim Jong-un, da República Popular Democrática
da Coréia — desaparecido por mais de duas semanas. Enquanto
isso, fontes de inteligência na Ásia relatam que os principais líderes
chineses estão abrigados em algum lugar no noroeste da China.
Cito a partir de uma fonte asiática o seguinte: no Vietnã, em
Laos e no Camboja, "nossos órgãos de inteligência podem confirmar:
...os principais líderes... [do partido e dos militares] têm se
escondido alternadamente". A fonte asiática acrescenta que a China
e a Rússia estão estudando a reação do Ocidente ao vírus,
preparando-se para "seus próximos movimentos numa coordenação
mais agressiva rumo à fase final de uma guerra estrondosa..." O
momento escolhido, diz a fonte, será repentino.
De acordo com o marechal da União Soviética K. Moskalenko,
escrevendo no Voyennaya mysl[35] (janeiro de 1969), "O emprego de
armas qualitativamente novas... criará condições numa guerra futura
para a obtenção de resultados em seu período inicial que não podem
ser comparados com os resultados da... guerra passada. O primeiro
ataque nuclear pode levar imediatamente à desorganização do
governo, do controle militar e de toda a retaguarda de um país e à
interrupção do emprego sistemático das forças armadas e de todas
as medidas tomadas para a mobilização. Tudo isso terá um efeito
revelador..."
A situação atual não é de paz. Quando os países do Bloco
oriental mantêm sigilo absoluto, proibindo investigações e inquéritos,
escondendo seus líderes em locais remotos, devemos deixar de lado
todas as suposições ingênuas. Temos estado sob intenso ataque
ideológico por muitos anos. Métodos avançados de guerra
psicológica têm sido empregados contra nossas instituições. Nossa
mídia tem sido subvertida e usada contra nós. Mas nós elegemos
Donald Trump assim mesmo, e Trump desafiou os mecanismos de
convergência. Ele emperrou o plano comunista.
Então, aqui estamos nós.

Sobre a brevidade do discernimento


13/05/2020

A maioria dos seres humanos... reclama da mesquinhez da


natureza, porque nascemos para um breve período de vida,
e porque esse espaço de tempo... passa de forma tão
rápida e veloz que, com muito poucas exceções, a vida
acaba... justo quando estamos nos preparando para ela.

— SÊNECA

Sêneca reclamava que a degradação da Roma antiga se


originava das preocupações das pessoas. Correr por aí, sem pensar
com cuidado, era um desperdício da própria vida. Viver, dizia ele, é
estar vivo para a verdade — levar em consideração a realidade. O
problema com a preocupação, com a ambição e a profissão, é a
maneira como as pessoas ambiciosas e preocupadas desprezam a
verdade. Depois de muitos anos, em vez de ficar mais sábio, o
homem ambicioso parece um tolo. Ele não parou para levar em
consideração o seu entorno, ou suas associações, ou seu país, ou a
verdade sobre si mesmo.
Sócrates celebremente disse que "a vida não examinada não
vale a pena ser vivida". Praticando essa idéia, Sêneca escreveu o
seu livro Sobre a Brevidade da Vida, dizendo que a vida não
examinada não só é inútil, mas dolorosamente curta. Quem vive
apressado, sem parar para pensar, sucumbe às rodas de hamster
da ganância, da luxúria, da ambição e da inveja. A vida, sob esses
imperativos, torna-se uma corrida cega de um lado para outro.
O homem preocupado se move muito depressa. Ele agarra
todas as oportunidades, sem pensar. Ele não vê. Ele não lê. Ele não
pensa. Sua desculpa é sempre a mesma. "Não tenho tempo." Sendo
vazias, sendo irrefletidas, as idéias superficiais dessas pessoas não
são nem mesmo delas mesmas. Quando tentam raciocinar, sua
imaturidade é flagrante. Existe apenas a recompensa imediata de
agir prontamente, de aproveitar uma oportunidade. Mas como não
pensaram bem nas coisas, suas oportunidades não levam a lugar
nenhum.
"A velhice as apanha enquanto ainda estão mentalmente
infantis", diz Sêneca. Isso descreve o resultado da vida romana
agitada do primeiro século — e da vida americana agitada do século
XXI. Neste momento, deparamo-nos com uma massa de
concidadãos que não raciocinam bem e líderes que conduziram o
país ao beco sem saída da dependência dos inimigos. A situação do
país é desesperadora — piorando a cada dia. Ouvem-se coisas
tolas de ambos os lados do corredor político. Todo mundo regride a
uma série de reações automáticas. Por quê? Porque nunca foram
muito judiciosos, em primeiro lugar. Nunca desenvolveram a sua
curiosidade, nunca fizeram as perguntas certas e nunca entenderam
para onde estavam indo.
Se, como diz Sêneca, "os preocupados acham a vida muito
curta" — pode-se acrescentar que a vida da sociedade também
pode ser encurtada quando essas pessoas estão no comando.
Nossos políticos e especialistas avaliaram mal todos os grandes
eventos dos últimos 31 anos. O Ocidente está agora sob ataque de
um vírus chinês. Algum deles previu isso?
Olho para a esquerda, e vejo slogans. Olho para a direita, e vejo
slogans. A nossa é uma época em que o pensamento foi substituído
pelo nonsense político. Isso ocorre naturalmente com pessoas
preocupadas — como argumentou Sêneca. O quanto essas pessoas
entendem? Não muito.
E agora, mais do que nunca, as massas estão desorientadas.
Não há nada além de confusão, nada além do barulho de opiniões
contrárias. O foco de nossos líderes é "econômico", não filosófico.
Nós deixamos de lado todas as questões mais importantes,
preocupando-nos com o entretenimento e a prosperidade.
"Oh, que escuridão", observou Sêneca, "a grande prosperidade
lança sobre as nossas mentes." — Essa tem sido a prosperidade da
América, que agora se desfaz. Tudo aqui não é apenas idiota.
Sêneca nos diz que os homens maus se orgulham de não saber o
que fazem. "De fato", escreveu ele, "o estado de todos que estão
preocupados é deplorável... enquanto roubam e são roubados,
enquanto perturbam a paz uns dos outros, enquanto tornam uns ao
outros infelizes, suas vidas passam sem satisfação, sem prazer, sem
aperfeiçoamento mental."

O significado de inimizade
25/05/2020

A revolta social e política eclodiu na periferia européia e


mundial na década anterior à Primeira Guerra Mundial,
começando com a Primeira Revolução Russa em 1905,
seguida pela revolução iraniana de 1906, a grande revolta
camponesa romena de 1907, a rebelião dos Jovens Turcos
de 1908, a revolta militar grega de 1909, a derrubada da
monarquia portuguesa e o início da revolução mexicana em
1910, e a revolução chinesa em 1911.

— STANLEY G. PAYNE
THE SPANISH CIVIL WAR
(A Guerra Civil de Espanha, a União Soviética e o Comunismo).
O que desencadeou as revoluções e guerras civis do século
passado? O que desencadeou a primeira e a segunda guerras
mundiais? Uma coisa as desencadeou: A INIMIZADE.
O que é a inimizade?
A inimizade é má vontade, hostilidade, antipatia, animosidade,
rancor — e, acima de tudo, é ódio — não passivo, mas ativo. É um
ódio que alimenta a crueldade da guerra. É o sentido da guerra. É o
motivo da guerra. É a totalidade da guerra.
Recentemente, o autor de best-sellers Graham Hancock
denunciou com veemência a Joe Rogan a estupidez do orçamento do
Pentágono americano. O dinheiro desperdiçado em armamentos,
disse ele, poderia ser usado para acabar com a pobreza ou curar
doenças. Hancock falava como se a inimizade contra a América
fosse uma espécie de ficção conveniente dos "manda-chuvas". Ele
não considerou adequadamente aqueles que efetivamente odeiam a
América, que querem ver a América em chamas.
Pode ser que valha a pena considerar a intuição do Sr. Hancock
sobre uma civilização pré-histórica perdida, mas sua intuição sobre a
nossa civilização atual não tem mérito. Se a América se desarmasse
como ele recomenda, não só uma pobreza terrível infligiria a todo o
planeta, mas o colapso da América na insignificância militar
sinalizaria uma era sombria de domínio global sino-russo — uma era
de escravidão e perseguição; uma era em que os dissidentes seriam
presos, torturados e executados às dezenas de milhões. Basta olhar
para as opressões sangrentas do Estado policial na China, para o
assassinato de jornalistas na Rússia, para saber o destino que
estaria reservado a todos nós.
Ouvir o Sr. Hancock falar contra as armas de defesa do meu
país, como se o meu país fosse o problema, é mais do que um
pouco desconcertante; especialmente porque o Sr. Hancock não tem
nenhuma experiência declarada em assuntos mundiais, nenhum
conhecimento militar ou formação em ciência política. Não posso
deixar de imaginar, também, que ele poderia estar falando alemão,
se não fosse pelo armamento do meu país. No entanto, ele condena
o sistema de defesa do meu país como se fosse o único obstáculo
ao progresso da humanidade.
Hancock, que de forma alguma é um inimigo da América, adotou
os pontos de discussão do inimigo da América. Se todos
acreditassem nesses pontos de discussão, quem se beneficiaria? É,
de fato, um caso de cui bono; pois um absurdo desse tipo tem um
propósito. Aqueles que odeiam a América querem vê-la indefesa.
Eles têm trabalhado incessantemente para esse fim durante
décadas.
Recentemente, um leitor me enviou uma foto de uma multidão de
manifestantes queimando uma bandeira americana em Los Angeles.
Aparentemente, eu deveria expressar choque ou surpresa. Se
alguém está chocado, não sou eu. Los Angeles é, em muitos
aspectos, o território de uma potência estrangeira. Muitos lugares na
América não são mais americanos. Eles se opõem ao país, se
opõem à sua defesa e o querem em chamas.
Quando eu estava na pós-graduação, há mais de trinta anos,
muitos professores e alunos de pós-graduação trabalhavam para
desfazer o país. Eu ouvia ríspidas expressões de ódio e desprezo
pela América. Parecia, de fato, que esse ódio estava gradualmente
se tornando academicamente obrigatório. Foi exatamente naqueles
dias que queimar a bandeira foi judicialmente aprovado como
"liberdade de expressão" pela Suprema Corte. Muitos libertários e
conservadores aprovaram essa decisão. Mas então, dado que ovos
de dragão estavam incubando dentro das universidades, a decisão
da Suprema Corte foi mais como um marco — a meio caminho entre
a censura de Joseph McCarthy e a destruição total pelo fogo.
Falando sério. Este é um país governado por tolos muito
especiais. Ele tem sido governado por esses tolos há algo entre
cinqüenta a sessenta anos ou mais. Quase todos os homens, em
todas as épocas, são tolos. Mas viver sem um pingo de instinto, sem
senso de autopreservação e considerar arrogantemente o próprio
estupor como um estado superior de consciência, é condenável.
Deus não sorri diante disso.
Inimizade é ódio. É o tipo de ódio que queima bandeiras. É o
tipo de ódio que queima delegacias de polícia e subúrbios. É o tipo
de ódio que lança mísseis balísticos com ogivas nucleares. É o tipo
de ódio que organizou a fome de terror na Ucrânia há noventa anos.
É o tipo de ódio que asfixiou milhões de judeus na Segunda Guerra
Mundial — que bombardeou Dresden e colocou nuvens de cogumelo
sobre Hiroshima e Nagasaki.
Você acha que a inimizade é um conto de fadas? Você acha que
é um mito alardeado pelo "complexo militar-industrial"? Pense melhor.
Se não tivéssemos um único rifle para nos defender, os incendiários
de bandeiras em Los Angeles de repente saudariam a nossa
bandeira? Não. Eles prosseguiriam para incendiar todo o país. Por
quê? Porque a bandeira simboliza o país. Eles queimam a bandeira
agora porque não podem queimar o país.
Quando alguém queima a bandeira do seu país, o que você
acha que eles pretendem? Você acha que queimar uma bandeira é
um passatempo divertido? Você acha que queimar uma delegacia de
polícia é um discurso protegido? Você acha que queimar os
subúrbios é uma forma compreensível de protesto?
E agora Mineápolis está em chamas. Que outras cidades vão
queimar? Consideremos, mais uma vez, aquela curiosa expressão
latina — cui bono. Consideremos a conexão entre a queima da
bandeira (pelos comunistas) em Los Angeles e a queima de uma
delegacia de polícia em Mineápolis. Elas estão, na verdade,
intimamente conectadas.
Pode-se perguntar, retoricamente, por que as bandeiras dos
inimigos da América não estão queimando? É simples. São eles que
estão praticando as queimadas — de bandeiras e de delegacias de
polícia. Eles têm incitado o frenesi da multidão. Eles têm usado raça,
classe e sexo para dividir a América em campos hostis e
beligerantes. O jogo deles é "dividir para conquistar". E nós —
otários que somos — cooperamos com este jogo.
Alguém vê o que está acontecendo? Alguém vê quem está por
trás disso? Alguém percebe quem tem a ganhar com isso? — Nem
pretos, nem brancos, nem americanos de qualquer cor.
Ah, sim. Nós somos tolos muito, muito especiais.

Mito e apocalipse
02/06/2020

A partir de antigas fontes caldaicas e hebraicas (Gen. iv e parte


de x), aprendemos sobre uma era mítica de gigantes e heróis —
antes do dilúvio. Hoje nós evitamos essa pré-história. Não
acreditamos numa Era Dourada perdida ou no dilúvio que a varreu.
Não acreditamos no Timeu e no Crítias de Platão, ou no fragmento
de Políbio sobre as catástrofes cósmicas que aniquilam
periodicamente a civilização. Não acreditamos nos relatos caldaicos
e hebraicos de uma grande inundação.
Nós, modernos, preferimos acreditar que o passado era
inteiramente primitivo, que o progresso foi gradual e "evolutivo".
Preferimos acreditar que não houve Era Dourada, nem gigantes ou
heróis, nem dilúvio, nem mundo antediluviano. Acreditamos que o
tempo corre em linha reta. Quanto mais para trás você vai, mais
atrasados os homens. Quanto mais para frente, mais instruídos e
avançados. (Um conceito autolisonjeiro, se é que jamais houve
algum).
Os antigos caldeus, egípcios, hebreus e gregos ficariam
chocados com nosso desprezo pelas tradições orais e escritas. Eles
teriam aversão à nossa visão da história como "uma coisinha atrás
da outra". Certamente, a história tem sentido. Certamente, há um
padrão — a sugestão de algo maior e mais grandioso em ação.
Pergunte a si mesmo: por que a pré-história durou tanto, com
tão pouco realizado? Nossos ancestrais da Idade da Pedra tinham
cérebros tão grandes quanto os nossos e supostamente não
conseguiram descobrir nada — construir nada — durante 180.000
anos.
Há mais de cem anos, o orientalista William Saint Chad
Boscawen referiu-se ao dilúvio como "uma linha divisória entre a era
mítica dos deuses e o início da história..." Ser mítico, no entanto,
não quer dizer que não era real. Se encontrarmos metáfora,
parábola e símbolo em nossos mitos — tanto melhor.
Giorgio de Santillana e Hertha von Dechend tentaram elucidar a
profundidade do mito antigo em seu livrinho, Hamlet's Mill (O Moinho
de Hamlet). Eles negaram que os mitos fossem um tipo distorcido de
história. Em vez disso, sugeriram que a mitologia contém mensagens
codificadas para a posteridade. Eis algo para confundir o cientista de
mente literal, para confundir nossos modernos saqueadores do
inconsciente (isto é, psicólogos). Santillana e Dechend sugerem que
o mito representa algo mais alto que a história e mais profundo que a
ciência. É até sugerido que o mito representa algo que torna
possíveis estes últimos afloramentos; pois o mito não nos diz o que
aconteceu tanto quanto diz o porquê. Eis o fundamento de sentido
que foi drenado de nossa ciência, de nossa história, gota a gota.
Será que, desde o início, as bordas de nosso mundo têm
avançado ou retrocedido, não pelas explorações de Colombo e
Magalhães, mas pelos efeitos benéficos ou deletérios dos
entendimentos mitológicos — ou a falta deles? Será que dragões e
serpentes marinhas não são apenas representados nas margens de
mapas antigos, mas também são igualmente representados nas
margens do tempo?
O grego-caldeu Beroso escreveu:

Uma grande multidão de homens de várias tribos habitava a


Caldéia, mas viviam sem nenhuma ordem, como os
animais... Então apareceu para eles, vindo do mar, na costa
da Babilônia, um animal temível de nome Oan. Seu corpo
era o de um peixe, mas sob a cabeça do peixe outra
cabeça estava presa, e nas nadadeiras havia pés como os
de um homem, e ele tinha uma voz de homem. Sua imagem
ainda está preservada. O animal veio pela manhã e passou
o dia com os homens; mas não se alimentou, e ao pôr-do-
sol voltou para o mar, e lá permaneceu durante a noite.
Este animal ensinou aos homens a linguagem e a ciência, a
colheita de sementes e frutos, as regras para as
delimitações de terra, o modo de construir cidades e
templos, artes e escrita, e tudo o que se relaciona com a
civilização da vida humana.

O absurdo intrínseco do texto não deveria ser nenhuma objeção.


É uma história que é encontrada, de forma alterada, entre o povo
dogon do Mali, a milhares de quilômetros da Mesopotâmia. O povo
dogon manteve suas tradições orais até os tempos modernos. Eles
falam do Nummo, uma criatura anfíbia comparável a um lagarto ou
camaleão. Essa criatura também era descrita como um peixe que
ficava de pé — e também como uma serpente!
Curiosamente, foi uma serpente que falou com Eva no Jardim do
Éden; e, assim falando, convenceu o primeiro homem e a primeira
mulher a sairem do Éden — para entrar nos rigores da labuta
civilizada. Um réptil, uma cobra, um "dragão" — com pés! E esse
réptil aparece de novo, no Livro do Apocalipse, capítulo 12.

Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida de


sol, com a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na
cabeça. Ela estava grávida e chorava de dor no momento
em que estava para dar à luz. Em seguida, outro sinal
apareceu no céu: um enorme dragão vermelho com sete
cabeças e dez chifres e sete coroas em suas cabeças. Sua
cauda varreu um terço das estrelas do céu e as jogou na
terra. O dragão postou-se diante da mulher que estava
para dar à luz, de modo que pudesse devorar-lhe o filho no
momento em que nascesse.

Esta mulher é Eva, a mãe da humanidade? Nossa aversão aos


répteis, neste caso, é recíproca? E aqui está o réptil mais terrível de
todos, juntando um terço das estrelas como meio de
bombardeamento — para matar a humanidade em seu berço. Se a
cobra nos atraiu para fora do Éden com o fruto proibido (contendo o
conhecimento do bem e do mal), prometendo que seríamos "como
deuses" — então essa cobra era um inimigo cuja estratégia era nos
destruir com uma vaidade perigosa.
Será que o moderno revigoramento dessa vaidade é uma
coincidência?
O que acontece com as mitologias — de todo o mundo — são
as formas sutis pelas quais elas se conectam (mesmo que não
concordem totalmente). Existe o absurdo palpável de um peixe
ambulante, ou uma serpente que fala com mulheres, ou um camaleão
que ensina as artes da civilização, ou um dragão bombardeando a
terra com um terço das estrelas do céu para "devorar" um recém-
nascido. Porém as testemunhas estão de acordo em todos os
lugares. O peixe, a serpente e o dragão são parte integrante da
nossa história. E por mais metafóricas, ou simbólicas, ou mesmo
enigmáticas, essas criaturas arcaicas são, como afirmam Santillana
e Dechend, "cosmológicas da primeiro à última".

Isso foi compreendido apenas por poucos, interessou a


muitos, e é para sempre espinhoso para aqueles que o
abordam por meio das "maravilhas da matemática" ou pela
especulação sobre o inconsciente. Em outras palavras,
trata-se de uma abordagem seletiva e difícil, empregando
os meios disponíveis e muita reflexão, certamente limitada,
mas resistente à falsificação.

Este último ponto merece nossa atenção. Enquanto rimos da


ignorância de nossos ancestrais da ciência, a sua mitologia ainda
ecoa. Enquanto falsificamos a realidade com nossos "fatos" —
enquanto estamos perdidos em "fatos" — imaginamos que
descobertas "científicas" falam por si mesmas. Isso é mais absurdo
do que um anfíbio que fala e anda; pois as noções "cientificistas"
vazias da modernidade devem se mostrar intrinsecamente
falsificadoras. Falamos sobre fatos o tempo todo, e fingimos
respeitá-los. Mas usamos os fatos como um titereiro usa seus
títeres. Fazemo-los dizer, nas profundezas da nossa corrupção, o
que queremos que digam.
Enquanto um mito relata esotericamente o que é proibido a
cativos e reféns, "fatos" tomados fora do contexto podem ser usados
para garantir a continuidade do cativeiro. Da mesma forma, descer à
trivialidade é o destino de quem está preso em uma falsa realidade,
absorvendo a luz de um sol artificial, lutando por uma liberdade
artificial, aderindo a uma ciência artificial.
A pergunta pode ser: o que nos capturou? Qual é a coisa má
que ainda nos mantém como reféns? — com a promessa de uma
serpente ainda ressoando em nossos ouvidos?
Aos americanos que estão de joelhos
04/06/2020

O rei ordena aos suiços que baixem as armas


imediatamente e se retirem para o quartel.

— LUÍS XVI
PARA SUA GUARDA SUÍÇA
10 DE AGOSTO DE 1792

Estamos próximos do fim da República. Uma revolução começou


e nenhuma ação contra-revolucionária decisiva foi ordenada. Por que
isso aconteceu? Porque fomos desarmados psicológica e
lingüisticamente.
Por exemplo: — O juramento de lealdade de funcionários
federais é defender a Constituição contra todos os inimigos,
estrangeiros e domésticos; mas se nos recusarmos a reconhecer a
existência de inimigos, se não pudermos dar nome a nossos
inimigos, nenhuma defesa será possível. E esta é a única coisa,
acima de todas, que tem sido proibida: Não temos permissão para
dar nome a nossos inimigos.
Esta é a essência crua do desarmamento lingüístico e
psicológico. Acrescente-se a isso um processo no qual os inimigos
da América inundaram o próprio governo. E agora, quando a
violência da turba tem sido empregada numa escala gigantesca, o
país se encontra despreparado, desorientado e indefeso.
Como chegamos aqui?
Os esquerdistas gradualmente assumiram o controle do
currículo de nossas escolas. Este currículo foi copiado de projetos
feitos na URSS para nosso uso expresso.[36] Este currículo destrói a
habilidade da mente de trabalhar competentemente com abstrações.
Isso leva nossos filhos para longe do patriotismo. Leva as mulheres a
se voltarem contra os homens, os negros contra os brancos e os
americanos contra o seu próprio país. É um processo de doutrinação
muito simples que ninguém contestou seriamente. Temos apoiado
essa traição nós mesmos, com um financiamento lucrativo. Em
conseqüência, temos gradualmente perdido o controle de nossas
próprias instituições, década após década. E é assim que chegamos
a este momento trágico no tempo.
A expressão que melhor descreve este processo geral é
"desarmamento psicológico e lingüístico". Fomos desarmados
intelectualmente e agora o processo avançou do reino das idéias
para a violência nas ruas. Se permitirmos que o processo continue,
americanos de todas as raças e crenças serão massacrados quando
o inimigo estrangeiro colocar seus mísseis, exércitos e frotas em
ação. Atualmente, nossa economia está sob ataque em várias
frentes. A lei e a ordem estão sendo retiradas de nós. Primeiro, a
polícia perderá o financiamento; em segundo lugar, a Revolução
tirará o financiamento do exército dos EUA; terceiro, os chineses e
russos vão bombardear e invadir o país.
Considere os seguintes acontecimentos: em todo o país,
policiais estão se ajoelhando diante de "manifestantes", implorando
perdão. Os brancos nos subúrbios também estão se ajoelhando
diante dos negros. Um espírito apaziguador e obsequioso apoderou-
se de uma classe média neutralizada. É um presságio da
expropriação em massa iminente. É um presságio de atrocidades,
assassinatos, massacres, prisões arbitrárias, turbas violentas,
invasão estrangeira e ditadura militar.
Nos estados azuis, os revolucionários marxistas estão usando a
raiva dos negros para encobrir um ataque à economia do país —
para tomar as ruas, queimar e saquear empresas, intimidar o
governo e subjugar a população. A partir deste momento, a
estratégia deles está funcionando. Se o governo não retomar as ruas
e impedir a destruição de propriedades, os revolucionários
começarão a ditar regras. Nesse caso, toda negociação irá contra o
governo até que os revolucionários SEJAM o governo.
Atualmente, os revolucionários exigem que as prisões sejam
esvaziadas e a polícia desmantelada. Isso garantirá o seu controle
das ruas indefinidamente. Isso lhes permitirá usar a força à vontade,
confiscar propriedades e cometer execuções "extrajudiciais". Os
revolucionários formarão o seu próprio governo, seguindo o modelo
do Comitê de Segurança Pública de Robespierre.
Há muitos que dirão, em resposta aos parágrafos acima, que
estou exagerando os problemas atuais. Dirão que meu preconceito
anticomunista me levou a uma visão distorcida dos acontecimentos.
Argumentarão que esses protestos são "pacíficos", e que
absolutamente não têm nenhuma relação com o marxismo, mas têm
a ver com "privilégio branco" e "racismo sistêmico". Embora muitos
manifestantes estejam genuinamente preocupados com a brutalidade
policial e o racismo sistêmico, eles são apenas peões — e um
biombo para que a esquerda revolucionária conduza os seus ataques
violentos.
Muitas pessoas boas e generosas acreditam em uma utopia
esquerdista de amor e paz. Mas o seu mundo é um mundo de
cabeça para baixo, no qual todos os fatos são vistos através dos
óculos sempre invertidos da ideologia. Infelizmente, elas ignoram as
forças reais que as manipulam. Seu conhecimento de história e
política é muito limitado para um envolvimento seguro em
controvérsias que não entendem completamente. Vladimir Lenin tinha
um nome para essas pessoas boas. Ele as chamava de "idiotas
úteis".
As agitações atuais têm pouco a ver com racismo branco e tudo
a ver com os preparativos de guerra da China e da Rússia contra os
Estados Unidos. A esquerda neste país — intencionalmente ou não
— é o instrumento de potências estrangeiras. Não perceber isso é
ser uma criança política. Significa ignorância.
O grito de guerra de "racismo branco sistêmico" é um tema
fornecido por nossos inimigos. Este tema sempre foi apoiado por
Pequim e Moscou. É apoiado para fins estratégicos que agora estão
entrando em foco. Quaisquer que sejam nossos problemas internos,
ajoelhar-se diante de um protesto que é usado como um biombo por
comunistas e inimigos estrangeiros é suicídio.
Se dobrarmos o joelho para isso, nada voltará ao normal. Há um
vídeo de vândalos invadindo uma loja; as pessoas lá dentro estão
gritando: "Estamos do seu lado! Estamos do seu lado!" Mas os
vândalos não param. Eles continuam a destruir tudo o que esteja à
vista.
Muitos de nossos políticos e líderes militares são simpáticos aos
"manifestantes". Eles têm medo de usar a força contra saqueadores
e incendiários agressivos. E assim o saque, o incêndio e a violência
continuarão. Os revolucionários são encorajados principalmente por
uma resposta fraca — uma resposta que lembra a monarquia
francesa de 1792.
É uma tarefa perigosa defender governos fracos. Esses
governos nunca são firmes. Eles estão prontos para apaziguar ou
mesmo capitular. A polícia jurou proteger a sociedade com suas
vidas, mas não será apoiada (por sua vez) por políticos fracos. Ela
será deixada na mão. Toda ação sua será questionada. Ela é,
mesmo agora, caluniada coletivamente como racista.
O conselho municipal de Mineápolis está — neste exato
momento — deliberando sobre a possibilidade de desmantelar a
polícia. Em Los Angeles, foi aprovada uma medida para tirar
parcialmente o financiamento da polícia e desviar o dinheiro para
radicais negros.
Considere o que aconteceu na Revolução Francesa: o rei Luís
XVI, vendo uma insurreição sendo preparada e desejando poupar a
vida de seus súditos, colocou-se nas mãos dos revolucionários,
dizendo: "Senhores, venho aqui para evitar um grande crime; acho
que não posso estar mais seguro do que com vocês." Ele abandonou
o seu palácio e desistiu da proteção de sua guarda suíça.
Os revolucionários, com o rei sob custódia, ordenaram à guarda
suíça que baixasse as armas e se rendesse. "Nós nos
consideraríamos desonrados", respondeu a guarda. "Somos suíços,
e os suíços não se separam de suas armas senão junto com suas
vidas."
Uma luta pesada começou dentro e ao redor do palácio. Os
suíços se defenderam. Os revolucionários ficaram furiosos com a
resistência. Luís XVI ouviu falar da luta e ordenou que sua guarda
baixasse as armas de uma vez. Eles tentaram obedecer e foram
massacrados. Dos 900 guardas suíços, 600 foram mortos
imediatamente. Outros 200 morreram de ferimentos ou foram
assassinados posteriormente.
Eis um resumo de todo o processo: — Para evitar
derramamento de sangue, o Rei se entregou. Sua guarda foi
massacrada. O rei foi mais tarde decapitado pelos revolucionários
(que antes haviam prometido sua segurança). Sua esposa, a rainha,
foi decapitada. Seus filhos foram aprisionados. Milhares de pessoas
inocentes foram decapitadas por sua vez. A turba parisiense dominou
a política daqueles anos, até que um jovem oficial de artilharia,
chamado Napoleão Bonaparte, disparou tiros de metralha
diretamente contra a turba parisiense e a dispersou. Chega de turba.
Adivinhe quem foi o próximo governante do país?
Temos algum líder ousado e capaz nas forças armadas dos
EUA? Atualmente, a liderança do Exército está apavorada com a
possibilidade de a divisão racial dentro das forças armadas dividir o
Exército em campos mutuamente hostis. É impolítico, dizem, usar os
militares para parar a queima e a pilhagem dos revolucionários de
esquerda.
E assim, até os generais do Exército dobraram os joelhos. As
tropas chinesas, quando chegarem, lhes dirão para se levantarem.
Os chineses lhes darão pás e ordenarão que cavem. E quando os
buracos estiverem suficientemente profundos, tiros ressoarão; então,
corpo após corpo cairá nos buracos. E o Exército da Libertação
Popular, com terra macia, cobrirá os buracos onde os cadáveres
caíram.
Aos nossos imbecis politicamente corretos: vocês deveriam ter
vergonha — porque são um bando de condenados à morte
emasculados, choramingueiros, repugnantes e insensíveis. Vocês
tornaram-se merecedores do destino que lhes está reservado. Vocês
morrem de joelhos devido à sua covardia moral vil, fraca de espírito.
Amanhã os subúrbios serão queimados e vocês, dizimados. E
enquanto vocês cavam as suas sepulturas para os "simpáticos"
soldados chineses, quero que estas palavras estejam gravadas em
suas mentes: Vocês traíram o seu país durante trinta anos de
paz e prosperidade. Quando o seu inimigo dominou as escolas,
vocês não se importaram. Quando tudo na loja era fabricado
pelo seu inimigo, vocês gostaram dos preços baixos. Quando o
seu inimigo concorreu ao Congresso e à Casa Branca, vocês
votaram nele. E se parabenizaram por serem virtuosos. Mas
vocês não são virtuosos. São covardes.
Vocês aceitaram as mentiras comunistas. Gabaram-se de ter
vencido a Guerra Fria. Fingiram que a China era um país com o qual
poderíamos fazer negócios. Mas agora chegou a vez de vocês
sofrerem.

As tarântulas
09/06/2020

Vede, esta é a toca da tarântula! Queríeis ver a própria


tarântula? Aqui dependura-se a sua teia: tocai nisto, de
modo que ela possa tremer.

— FRIEDRICH NIETZSCHE
ASSIM FALOU ZARATUSTRA, 29

Nietzsche escreveu às tarântulas: "A vingança está em vossa


alma; onde quer que mordeis, surge ali uma crosta negra..." As
tarântulas da parábola de Nietzsche pregam a igualdade. Mas sua
pregação não é honesta.
Nietzsche queria expor os motivos das tarântulas, repreendendo-
lhes o espírito de vingança com risos. "Portanto", escreveu
Nietzsche, "rasgo a tua teia, para que a tua raiva te tire do covil de
mentiras, e para que a tua vingança salte para frente saindo de trás
da tua palavra 'justiça'."
Nietzsche advertiu que as tarântulas querem encher o mundo
"com as tormentas de sua justiça". Sua "Vontade de Igualdade"
tornou-se a base para um falso sistema de valoração. As tarântulas
de hoje são mais conhecidas como "justiceiros sociais". Elas são,
nas palavras de Nietzsche: "contra tudo o que tem poder". Mas esse
clamor contra o poder mascara o próprio desejo de poder das
tarântulas mesmas.
Muitos anos atrás, confrontei um ativista político cuja excessiva
cobiça de poder foi repentinamente exposta. Em vez de encobrir e
negar, ele me disse: "Não quero ser inseto, como meu pai". Essa
confissão chocante é algo que Nietzsche, como psicólogo da
"vontade de poder", abordou com as seguintes falas:

O que o pai escondeu aparece no filho; e muitas vezes


encontrei no filho o segredo revelado do pai.
Os inspirados se assemelham; mas não é o coração que os
inspira — mas a vingança. E quando se tornam sutis e frios,
não é o espírito, mas a inveja que os torna assim.
Seu ciúme os leva também aos caminhos dos pensadores;
e este é o sinal do seu ciúme — eles vão sempre longe
demais: de modo que a sua fadiga tem de ir enfim dormir
na neve.
Em todas as suas lamentações soa a vingança, em todos
os seus elogios está a maleficência; e ser juiz parece-lhes
beatitude.

Nietzsche alertou seus leitores para que desconfiassem de


todos "em quem o impulso de punir seja poderoso". De tais
semblantes, "despontam o carrasco e o cão de caça". Eles são, na
verdade, pregadores da morte. Nietzsche disse: "eles próprios foram
anteriormente os melhores caluniadores do mundo e queimadores de
hereges."
O mundo nunca será um paraíso no qual todos têm tudo na
mesma medida. A paz universal não está em perspectiva. O desígnio
desta vida, deste mundo, é aquele em que a alma avança à
maturidade através de dificuldades de todo tipo. O caminho
destinado ao homem não é uma utopia socialista. O caminho do
homem é um caminho ascendente, feito para escalar. Cada indivíduo
escala em seu próprio ritmo. Não é um mundo em que os
escaladores mais adiantados devam ser forçados a refazer os seus
passos por causa daqueles que permanecem abaixo. De acordo com
Nietzsche, o mundo requer elevação e, portanto, requer degraus e
"uma variação de degraus". A vida se esforça para se elevar e, com
isso, se superar.
Ao citar Nietzsche, não estou endossando a sua filosofia. No
entanto, quando um homem tem boas idéias a oferecer, é melhor
reconhecê-las. Os justiceiros sociais de hoje não são libertadores.
São carcereiros. Eles não estão ajudando as mulheres e as minorias,
eles estão destruindo o país.
Como psicólogo da "vontade de poder", Nietzsche viu que algo
incrivelmente perigoso estava destinado a congelar dentro da mente
ocidental, e dentro da Alemanha. Para esclarecer suas posições
reais, Nietzsche não era racista ou anti-semita. Ele desprezava o
chauvinismo alemão. Ele desprezava o socialismo e o nacionalismo e
o comunismo. É uma daquelas ironias da história que Hitler tenha
usado Nietzsche como suporte para sua demagogia, encontrando-se
com a irmã do filósofo morto, dando as obras reunidas de Nietzsche
como presente para Mussolini. Na verdade, Hitler perverteu o que
encontrou em Nietzsche — ainda que apenas para mascarar a sua
própria carreira como a tarântula suprema, ávido por vingança e
com desejo de poder.
O que encontramos, ao examinar os escritos de Nietzsche, é
alguém que temia pelo futuro da Europa, que alertava para o advento
do "niilismo europeu". Esse niilismo oferece liberdade de movimento
para as tarântulas, porque poucos são capazes de se manter firmes.
O niilismo enche os homens de dúvidas. Essa dúvida rapidamente se
transforma em desespero. O desespero se transforma em
autopiedade. A autopiedade degenera na política da vítima. Aqui nos
aproximamos do cinismo absoluto — do ponto em que a fé
desmorona. E lá está a tarântula com a sua "nova fé". Ela lhe
oferece "igualdade" e "justiça". Mas, como Nietzsche advertiu, a
tarântula é motivada pela inveja. Ela tem uma fixação pela vingança,
pois tem sede de poder.
Você está pronto para se juntar às tarântulas? Elas estão lhe
pedindo, agora, para dobrar os joelhos. Muitos o farão, e não têm
idéia do que estão prestes a desencadear. As pessoas as quais
estão dando poder não são psicologicamente normais. O processo é
desintegrador. O que deixamos de avaliar, após tantos anos de
estabilidade e prosperidade, é que todas as instituições são frágeis;
que a própria vida é frágil.
O poder das tarântulas está crescendo. Muitos governos locais
e estaduais estão em suas mãos. A grande mídia está em suas
mãos, junto com muitas publicações. Um exemplo deve bastar.
Se você abrir as páginas da Atlantic (que era a minha revista
favorita há duas décadas), você encontrará uma concentração de tal
veneno, de tal rancor e ódio, que ler a coisa toda é ser envenenado
com um ódio pela América tão violento, e tão profundo, que ou você
mesmo se torna uma tarântula ou se volta contra elas para todo o
sempre.
Quando absolutamente todo artigo é orientado contra o
interesse nacional da América, contra os sentimentos americanos,
contra os Pais Fundadores, contra o presidente, contra a
manutenção de uma fronteira nacional — como se todas essas
coisas fossem manifestações de "fascismo" — você deve concluir
que as tarântulas estão por trás do trabalho; pois ele é promovido
sob a bandeira da "justiça" e da "igualdade". Ele é tão condenatório
quanto um carrasco, tão implacável quanto é falsa a sua pose de
razão, e tão sedicioso em espírito quanto a insurreição comunista
que ele complementa.

É o comunismo, estúpido
14/06/2020

A erosão ideológica da ordem burguesa em todos os níveis


— econômico, político, cultural, social — daria início a
ataques frontais diretos ao Estado.

— CARL BOGGS
GRAMSCI’S MARXISM, P. 52[37]
O professor Carl Boggs admira Antonio Gramsci. Como
socialista, Boggs entende que a idéia de Gramsci do "processo"
revolucionário comunista depende "do desenvolvimento contínuo e
orgânico das… classes oprimidas..." Esse desenvolvimento é
impulsionado por "novas formas de participação social" que
gradualmente ampliam "o domínio do igualitarismo, [e de] formas
não-burocráticas de autoridade social..."
No momento, o Black Lives Matter funciona como a "nova forma
de participação" para ampliar "o domínio do igualitarismo". Os
Estados Unidos agora estão desestabilizados. O jogo comunista de
dividir para conquistar atingiu o seu estágio maduro. Há uma quebra
contínua de autoridade, uma atitude de pouca seriedade em relação
à lei e à ordem, e um lapso de patriotismo.
A morte de George Floyd foi usada como um catalisador. Foi o
tipo de "evento" para o qual a supracitada formação revolucionária
(Black Lives Matter) foi criada. Agora, o Black Lives Matter tornou-se
um poder por si só.
É apenas a ignorância da maioria, e a "névoa da guerra", que
deixa o observador casual duvidoso quanto à autoria da presente
insurreição. Para aqueles que não estudaram as táticas comunistas,
outros choques os aguardam. O sistema político existente não
conseguiu apoiar a fina linha azul,[38] e essa linha está se
desintegrando. Os comunistas estão vencendo.
Para piorar a situação, os generais das forças armadas dos
EUA sinalizaram a sua neutralidade. O general Mark Milley,
presidente do Estado-Maior Conjunto, referiu-se aos tumultos e ao
vandalismo como "política doméstica". Deturpando o juramento do
oficial como um compromisso com valores igualitários, Milley ignorou
o seu dever de defender a Constituição contra "todos os inimigos,
estrangeiros e domésticos". Enquanto os inimigos da nação
defenderem o igualitarismo da boca para fora, o general Milley não
os classificará como inimigos. Portanto, um sinal verde foi dado. Os
revolucionários estão livres para cometer inúmeros ultrajes.
Considere os 1.500 edifícios danificados ou destruídos na área
das Cidades Gêmeas de Minnesota. Os generais da América dizem
que este é um assunto policial — embora a polícia em Mineápolis
possa em breve ser desmantelada em favor de gangues
revolucionárias armadas (quer dizer, policiamento comunitário).
Quando o senador Tom Cotton escreveu seu artigo de opinião
no New York Times em 3 de junho, ele escreveu: "A nação deve
restaurar a ordem. Os militares estão prontos." Mas nossos líderes
militares não estavam prontos. E os editores do New York Times,
criticados por publicar o texto de Cotton, imploraram perdão por
tolerarem o "tom severo" do senador. Os editores opuseram-se à
afirmação de Cotton de que "quadros de radicais de esquerda"
estavam por trás das agitações, da violência, da pilhagem e do
incêndio de edifícios. Na verdade, disseram os editores do Times
"essas alegações não foram comprovadas e têm sido amplamente
questionadas".
De acordo com os editores do jornal, "O artigo de opinião [do
Senator Cotton] deveria ter sido submetido a outras revisões
substanciais... ou rejeitado." É um trabalho difícil, realmente, ser
editor do New York Times. Tal editor é capaz de comprovar que o
sol é quente, que a água é molhada — mas é incapaz de comprovar
a presença de incendiários e vândalos esquerdistas por trás da
retórica política e dos slogans da esquerda. Foi por preguiça ou
incompetência que os repórteres do Times ainda não tinham
participado de telefonemas em grupo de ativistas de esquerda a
respeito de alicates corta vergalhão, latas de gasolina e fósforos?
(Conheço um jornalista conservador que escutava essas ligações). E
qual é a teoria desses gênios jornalísticos? — Que multidões de
saqueadores, numa cidade após a outra, foram convocados durante
a noite pela apatia política?
A negação do New York Times do envolvimento comunista nas
ações revolucionárias de hoje é ainda mais uma dimensão da
revolução. Aqui, o "jornal oficial" da América está ensinando o país a
ser cético em relação ao capitalismo — não ao comunismo. Não
podemos culpar a esquerda. Toda a culpa é dirigida ao racismo
branco sistêmico; ou seja, o suposto racismo do sistema capitalista.
Não podemos dizer que uma revolução comunista começou. Não
podemos dizer que grupos marxistas estão engajados numa tomada
de poder; que estão usando questões raciais como camuflagem,
"ampliando o domínio do igualitarismo"; que saquear lojas, espancar
cidadãos brancos e oficiais de polícia tem tudo a ver com a
supremacia comunista (e nada a ver com boas relações raciais).
Para aqueles que estudaram o comunismo, que participaram de
reuniões comunistas, a situação é perfeitamente óbvia. No entanto, a
grande mídia finge que não há comunistas. Finge que a esquerda
não tem culpa. Nossos generais fecham os olhos para os
desordeiros. O presidente é contestado ou ridicularizado por
governadores e prefeitos. Os comunistas são imunes a um contra-
ataque porque se apoderaram da vantagem igualitária da política
americana. Eles têm seguido o método de Gramsci.
A derrubada de nossa cultura pelo comunismo foi acelerada
pelas feministas, pelos abortistas, pela normalização de
"estrangeiros ilegais", pelo casamento gay, pela compaixão pelos
transgêneros. E agora ela avança como inimiga da polícia e
defensora dos afro-americanos. Cada uma dessas "causas", uma
após a outra, tem sido usada para assaltar o flanco aberto da
civilização. É exatamente como disse Boggs: a revolução é
impulsionada por "novas formas de participação social" que
gradualmente ampliam "o domínio do igualitarismo, [e de] formas
não-burocráticas de autoridade social..."
"A primeira prioridade de Gramsci", escreveu Boggs, "era a
transformação multidimensional da sociedade civil, que ele
considerava a chave definitiva para a 'guerra de movimento', uma vez
que... deve haver hegemonia política mesmo antes da obtenção do
poder." E aqui vemos como a hegemonia política anterior à tomada
do poder funciona na prática.
Ontem entrevistei Jimmy, do Brooklyn, famoso ouvinte de
programas de rádio, que é um especialista em comunismo.
Explicando o significado do livro de Boggs sobre Gramsci, Jimmy
disse: "Basicamente, os comunistas precisam colocar um grande
número de pessoas do seu lado antes de poderem tomar o poder."
Segundo Jimmy, um pequeno grupo marxista, sem o apoio
numérico, teria de reeducar e também exterminar milhões de
pessoas depois de assumir o poder. Portanto, é melhor transformar
antecipadamente quase todos em marxistas involuntários. Se as
pessoas de todas as posições sociais tiverem aceitado as idéias
esquerdistas, se não mais entenderem ou preservarem as idéias de
seus antepassados, a Revolução avançará sem grande resistência.
Os comunistas tomaram uma decisão estratégica, há muito
tempo, de defender as "causas" das mulheres, dos negros e de
outras minorias. A idéia toda é conseguir uma maioria em oposição
ao "patriarcado branco". De acordo com Jimmy, "é semelhante a
como um cafetão recruta uma jovem moça. Ele simpatiza com ela.
Ele oferece-lhe ajuda. Ele ouve-lhe as queixas sobre o pai. Assim
que ela vê que a sua orientação é necessária, ela começa a
obedecê-lo. Em breve, ela se torna uma prostituta."
"Esta é a verdadeira natureza da organização comunitária",
disse Jimmy. "Eles oferecem ajuda genuína às pessoas em nível
local. Mas essa ajuda tem um preço". Agora estão oferecendo uma
ordem alternativa, sem polícia. "Nesse processo, os comunistas
estão vencendo", disse Jimmy, "e os conservadores são estúpidos
demais para perceber."
Para salvar o país, devemos começar a chamar as coisas pelos
próprios nomes. Não podemos ter medo da retórica igualitária do
inimigo. Não devemos permitir que eles nos intimidem. Devemos
tomar conta de nossa própria linguagem. Devemos chamar nosso
inimigo pelo nome. Devemos identificar os comunistas e expor a sua
atividade. Se não conseguirmos fazer isso, estaremos perdidos.[39]

A estratégia chinesa e o mínimo solar


20/06/2020

O aquecimento global sempre foi seguido por um


resfriamento intenso em ciclos regulares de dois séculos.

— KHABIBULLO ABDUSSAMATOV
ASTRÔNOMO, OBSERVATÓRIO PULKOVO
ACADEMIA RUSSA DE CIÊNCIAS
O que não lhe contaram, o que não lhe dirão, o que suas
medidas ativas foram projetadas para ocultar de você, é o
significado do mínimo solar que se aproxima.[40] Se quisermos
entender o timing estratégico da China, em termos de ações
desestabilizadoras e preparações militares, o próximo mínimo solar
precisa ser levado em consideração.
O que é o mínimo solar?
Ele envolve um enfraquecimento cíclico do campo
eletromagnético do Sol, resultando em um bombardeio mais intenso
dos oceanos por raios cósmicos, aumentando a formação de nuvens
de baixo nível que podem refletir até 60 por cento do calor do Sol.
Os efeitos sobre o clima incluiriam inundações de primavera mais
freqüentes e uma estação de cultivo mais curta nas latitudes do
norte. Resultaria, desses e de outros efeitos, uma redução
significativa na produção mundial de alimentos.
O governo russo sabe tudo sobre isso. O governo chinês também
sabe. E ambos os governos têm se preparado, em segredo. O clima
já causou perdas de safra na China (mascaradas pelo discurso de
perdas relacionadas à COVID-19). Enquanto isso, o Ocidente tem
sido ludibriado com uma medida ativa chamada "ciência do
aquecimento global antropogênico". Na verdade, a "teoria do
aquecimento global antropogênico" é uma pseudociência. Alguns dos
que promoveram essa pseudociência eram agentes de Moscou.
Outros eram "idiotas úteis".
Ao contrário da narrativa predominante, o aquecimento global é
um fenômeno cíclico — como o Dr. Abdussamatov explicou em seu
artigo de 2009. Os dogmáticos do aquecimento global antropogênico
caluniaram o Dr. Abdussamatov, chamando-o de "picareta". Mesmo
assim, o seu crédito é alto nos círculos do Kremlin. Há alguns anos,
quando questionado sobre o aquecimento global, o presidente russo
Putin disse: "Eu acredito no resfriamento global". Putin apóia as
afirmações do astrônomo uzbeque, nas quais os seguintes fatos são
enfatizados:
…os ciclos de onze anos e dois séculos de variações
idênticas e sincronizadas de luminosidade, atividade das
manchas solares e diâmetro do Sol, é um dos fatos mais
confiáveis averiguados na física solar.
O clima da Terra sempre esteve mudando periodicamente e
nosso planeta já experimentou vários aquecimentos globais,
semelhantes a este que [agora] observamos. O
aquecimento global sempre foi seguido por um resfriamento
intenso...

Em 2015, Abdussamatov publicou um artigo na Thermal Science,


intitulado "Earth is now entering its 19th little ice age" (A Terra está
entrando agora em sua 19ª pequena era do gelo). O governo russo
colocou Abdussamatov no comando de todos os experimentos
solares realizados na Estação Espacial Internacional. Os cientistas
russos e agentes do governo sabem que o Sol é o fator causal
número um quando se trata de clima. E sabem que o Sol, como o
próprio sistema solar, opera ciclicamente. Também sabem que
estamos prestes a entrar no 25º ciclo solar, o qual acreditam que
trará uma década de temperaturas mais frias.
Os russos estão certos?
O pesquisador australiano David Archibald concorda com os
russos. Seu livro é intitulado Twilight of Abundance: Why Life in the
21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short (O Crepúsculo da
Abundância: Por que a vida no século XXI será desagradável, brutal
e curta).[41] Archibald cita evidências científicas de que um mínimo
solar está diante de nós. Estamos justo agora chegando ao fim de
um período de aquecimento. Mas este não foi um período de
aquecimento comum. "De 1930 a 2010", escreve Archibald, "a
população mundial aumentou 250% enquanto a produção mundial de
grãos aumentou 392%". Em outras palavras, nós vivemos o maior
período de prosperidade da história do homem; mas agora, devido a
mudanças no Sol, nossa sorte vai acabar.
Acontece que 1816 foi o pior ano do mínimo solar anterior
(também conhecido como Mínimo de Dalton).[42] Archibald avisa:
"Uma repetição da experiência climática de 1816 nos cinturões de
grãos da região temperada provavelmente resultaria em quase todos
os países exportadores de grãos cessando as exportações para
conservar os grãos para o consumo interno." Ele então lista vários
países que devem importar grãos para evitar a fome em massa.
Quais países estão em maior perigo? Arábia Saudita, Síria, Iraque,
Irã, Egito, Israel, Afeganistão, Tunísia, etc. Essas, diz ele, são
"populações à beira do colapso". O capítulo de Archibald sobre a
China é intitulado "A China quer uma guerra". É perfeitamente natural
que um país superpovoado, incapaz de alimentar a si mesmo,
considere um caminho de conquista.
Consideremos alguns paralelos históricos. A humanidade
enfrentou a fome e o frio muitas vezes na história. É quase certo que
foi isso que obrigou as tribos germânicas a cruzar o Reno no início
do século V, resultando na queda do Império Romano ocidental.
Suspeita-se até que o resfriamento global tenha causado o colapso
dos impérios sumério e hitita no segundo milênio A.C. Embora não
relacionada ao resfriamento global, uma calamidade mais recente é
ainda mais ilustrativa do perigo: a Alemanha experimentou a fome
durante a Primeira Guerra Mundial, resultando em agressão militar
para adquirir "lebensraum" (espaço vital). Os alemães precisavam
de mais terras, disse Hitler, para evitar uma repetição da fome que
resultou do bloqueio dos aliado de 1914–1919. (Note bem: o
bloqueio foi mantido após a guerra, durante a Conferência de Paz de
Paris que se reuniu em janeiro de 1919. Em conseqüência, várias
centenas de milhares de crianças alemãs morreram de fome e
doenças).
Se o resfriamento global ameaça as grandes potências com
efeitos mais catastróficos do que os sofridos pela Alemanha em
1914–19, que políticas de agressão provavelmente surgirão? Além
disso, com a população global em precários 7,7 bilhões, a questão
de quem passa fome e quem come torna-se uma questão política,
uma questão de nacionalidades e — como sugere o exemplo de
Hitler — uma questão racial. Nesse contexto, podemos perguntar
por que a China, na qualidade de regime comunista, adotou
recentemente o "grande chauvinismo Han". O fundador da China
comunista, Mao Zedong, denunciava o chauvinismo han. Mesmo
assim, os discípulos de Mao estão adotando essa ideologia racial.
Com relação a essa mudança ideológica, devemos fazer uma
pergunta: essa mudança foi provocada pela aproximação do mínimo
solar?
Pense da seguinte maneira: sabe-se que grandes migrações
tribais, envolvendo massas de seres humanos, sob ameaça de fome,
infligem guerra e rapina a nações fracas e despreparadas. Os
americanos vêem sua riqueza e proezas tecnológicas como
vantagens. Mas essas "vantagens" invariavelmente amolecem
aqueles que mais desfrutam delas. Hoje, esse amolecimento é
chamado de "privilégio branco" — um termo que designa aqueles que
estão prestes a ser expropriados, saqueados, ou até mesmo levados
a morrer de fome. Se Stalin tirou a comida dos "culaques"
ucranianos, matando-os de fome aos milhões para alimentar os
bolcheviques nas cidades, como é que o crescente movimento
esquerdista de hoje distribuirá a comida durante uma fome global?
Ouvimos a retórica dos revolucionários em nossas ruas. Se três
bilhões de pessoas tiverem de morrer de fome, quem eles vão
selecionar como um "culaque", que merece morrer de fome?
Tocando neste assunto, Lawrence Pierce, autor de A New Little Ice
Age, escreveu:

A comida se tornará a arma definitiva, e a melhor forma de


derrotar seus inimigos sem ser o vilão é só achar uma
forma de não enviar comida para eles.

Os Estados Unidos seriam, nessas circunstâncias, um dos


poucos países exportadores de alimentos em perspectiva. A
importância estratégica da América do Norte, em um mundo
superpovoado, não pode ser subestimada a partir da perspectiva de
um país, como a China, que contém 1,4 bilhão de pessoas —
incapazes de se alimentar de sua própria terra. A imensa extensão
de terra arável da América, e o caráter deficiente dos estadistas e
generais americanos, torna o país um alvo tentador às vésperas do
mínimo solar. A atual ativação de uma quinta-coluna comunista em
solo americano, e o uso de chantagem econômica (e outras) chinesa
contra a elite americana, promete dividir (e conquistar) os Estados
Unidos no início do 25º ciclo solar. Isso é uma coincidência ou é uma
diretriz? É uma tentativa de arrebatar a provisão alimentícia da
América?
Nesse contexto, devemos reavaliar uma das medidas ativas mais
significativas promovidas pelos comunistas nas últimas três décadas.
A conexão íntima entre o ex-vice-presidente (e ativista do
aquecimento global) Al Gore Jr. e um proeminente agente da KGB
chamado Armand Hammer (ver o dossiê de Edward Jay Epstein
sobre Hammer, link abaixo),[43] é mais do que sugestiva. Junto com
ingênuos diversos e aliados comunistas no Ocidente, os serviços
especiais russos promoveram a teoria do "aquecimento global
antropogênico" desde o início. Foi, sem dúvida, uma fraude
estratégica da mais alta ordem.
Nossos grandes centros de aprendizagem não apenas
sucumbiram aos ditames do marxismo de Gramsci (discutido em meu
ensaio anterior), mas também ao absurdo da "ciência do
aquecimento global antropogênico". Se olharmos mais de perto,
parece que nossos grandes centros de aprendizagem são em grande
parte compostos de fantoches políticos, ingênuos e mediocridades
brilhantes, cujas palavras e lugares-comuns são plagiados das
páginas de revistas "liberais". Ali ainda existe um punhado de
pessoas sensatas que foram expelidas da academia — as quais não
são bem-vindas no governo e nas grandes corporações. Estas foram
excluídas por um processo sutil de ostracismo pelos pares. Estas
pessoas desesperadamente necessárias devem ser resgatadas para
a nação. Em vez de tirar a verba da polícia, devemos tirar a verba de
nossos "grandes" centros de aprendizado e criar novas instituições
dedicadas à sobrevivência da nação, livres da interferência e
subversão inimiga. Mas, primeiro, devemos ter clareza. Devemos
compreender a estratégia do inimigo e a lógica por trás do timing
dessa estratégia.
Os leitores são incentivados a estudar os links abaixo e tirar suas
próprias conclusões.[44]
Facção, subversão e insurreição
08/07/2020

Colocamos em primeiro lugar, como uma máxima geral, que


facções e partidos são perigosos... Devem, portanto, ser
evitados, sempre que possível, por meio de deliberações
inteligentes... e todos os meios devem ser usados para
curá-los...

— JEAN BODIN
SOBRE A SOBERANIA[45]

O teórico político do século XVI Jean Bodin advertiu que, se as


diferenças faccionárias não puderem ser resolvidas por um processo
legal, então o soberano "deve recorrer à força para extingui-las por
completo, punindo os líderes manifestos antes que se tornem tão
fortes que não haja como prevalecer contra eles."
Desde que esse livro foi escrito, os Estados Unidos da América
estão cercados por diferenças faccionárias que não podem ser
resolvidas por um processo legal; pois a própria lei foi subvertida. E,
atualmente, por mais que esperemos o contrário, não há soberano
principesco que possa "recorrer à força para extingui-las... punindo
os líderes manifestos", porque, sob o nosso sistema político, "o
povo" goza de soberania, e o próprio povo está dividido em dois
campos hostis, cada um oposto ao outro.
A título de exemplo, o presidente Donald Trump fez um discurso
em 4 de julho no Monte Rushmore. Ele homenageou os presidentes
Washington, Jefferson, Lincoln e Roosevelt, prometendo defender
este e outros monumentos contra o vandalismo. Em resposta, a CNN
disse: "Trump insiste com mensagens divisivas", enquanto a CNBC
afirmava que Trump estava alimentando "divisões nacionais".[46]
Na América hoje existem dois poderes soberanos — duas
noções distintas de "nós, o povo" — que reivindicam palavras como
"justiça" e "liberdade" e "bom governo". Mas cada um desses
poderes entende as palavras de maneira diferente; e suas diferenças
não são negociáveis, nem pode haver uma conciliação entre eles.
Bodin advertiu que "é mais fácil prevenir uma invasão do que
expulsar o inimigo, uma vez que ele tenha efetuado a entrada" e, da
mesma forma, "é melhor prevenir a sedição do que tentar curá-la". E
então ele acrescentou, como que para nosso proveito: "Isso é ainda
mais difícil em um estado popular do que em qualquer outro."
O problema da soberania em um estado popular dividido (como
o nosso) é um que agora enfrentamos; pois a Constituição dos
Estados Unidos é algo estranho para a maioria das pessoas que
ocupam o atual governo formado conforme ela, mesmo que os
interesses e idéias do governo estejam em desacordo com "o povo",
ou o que restar depois que vários grupos de "vítimas" tiver se
separado para formar um "novo povo".
Por várias décadas, uma minoria subversiva tem tentado se
tornar uma maioria soberana inatacável — mais recentemente
importando milhões de estrangeiros ilegais não-brancos, levados
clandestinamente através de uma fronteira que é condenada como
"racista". Esta pretensa maioria soberana deseja acabar com as
tradições nacionais do país, seus símbolos nacionais, e até mesmo
seus ideais nacionais.
Eis uma tentativa de derrubar "o povo dos Estados Unidos" em
favor de uma pirataria e banditismo enraizado no "socialismo", ou
"marxismo", ou "comunismo", mas que, por razões táticas, prefere se
camuflar como "anti-racismo". Na tentativa de construir uma nova
maioria soberana, vários grupos marxistas montaram uma coalizão
de mulheres raivosas, jovens que passaram por lavagem cerebral,
minorias e estrangeiros "desfavorecidos". Referindo-se a si próprios
como "progressistas", esta facção afirma representar "o povo".
Aqueles que antes eram representados pela expressão constitucional
"nós, o povo", agora são denunciados como "racistas". As
instituições políticas da América, o livre mercado e a polícia são
considerados "sistemicamente racistas". Em conseqüência, as
estátuas dos heróis e Fundadores da América serão derrubadas, a
bandeira nacional, queimada, e os monumentos nacionais,
profanados.
Esta campanha para destruir os símbolos americanos e caluniar
seus fundadores não deveria surpreender ninguém. Durante o último
meio século, uma "facção de subversão" começou a dominar as
universidades, o governo e a mídia americanos. A presidência de
Barack Obama aumentou ainda mais suas esperanças. Na verdade,
sua consolidação de poder estava quase completa em 2016. A
"facção da subversão" apenas precisava de mais um presidente
"socialista disfarçado" antes que a vitória fosse final e irreversível.
Hillary Clinton foi indicada para completar o processo, sendo sua
eleição "garantida"; ainda assim, ela não conseguiu derrotar um
candidato azarão — Donald J. Trump.
Trump venceu a eleição com slogans como "cadeia nela" e
"drene o pântano". Mas a "facção da subversão", agora dominante
no Departamento de Justiça e no FBI, estabeleceu uma "apólice de
seguro" no embuste do conluio Trump/Rússia, que foi usada para
contestar a legitimidade do novo presidente. Assim começou uma
campanha coordenada de mentiras, processos e insubordinações,
que irrompeu em todo o governo, apoiada por uma campanha de
mídia de malícia sem precedentes.
Depois de repetidos apelos para o impeachment, seguiu-se um
impeachment real — com um circo de fofoqueiros burocratas e uma
narrativa de supostos crimes insignificantes demais para serem
considerados a sério. Então, no meio de uma pandemia de origem
chinesa, uma insurreição começou, coincidindo com uma disputa
eleitoral de Trump com uma nulidade obviamente senil, imprestável,
corrupta.
Essa breve visão geral de nossa situação não se presta a uma
previsão otimista. Muitos de nossos concidadãos, ano após ano, têm
se escondido na "esfera privada que não oferece risco",
descansando na posse segura de sua "propriedade privada", ficando
fora de controvérsias políticas, cedendo terreno político a narrativas
e pessoas cada vez mais patológicas. Por fim, essa "esfera privada
que não oferece risco" já não é mais segura. As saídas foram
bloqueadas. Um confronto agora é inevitável.
Há um lado positivo em tudo isso, de acordo com Jean Bodin.
Se uma insurreição falhar, seu veneno é expurgado do corpo político.
Uma multidão iludida pode ser curada uma vez que seus líderes
agitadores sejam presos. E quem são esses líderes agitadores, na
verdade? No início do livro de Bodin, Sobre a Soberania, há uma
lista de princípios necessários para uma comunidade bem
organizada. A pedra angular desses princípios pode surpreendê-lo.
Em primeiro lugar, escreveu Bodin, a ordem correta envolve distinguir
"uma comunidade de um bando de ladrões ou piratas. Com eles não
se deve ter relações, comércio, nem aliança."
A perigosa facção que atualmente divide o país está enraizada
numa ideologia de banditismo e pirataria. Não se engane. Essa
também é a ideologia de Pequim, Havana e outras potências hostis.
O erro mais grave que se possa imaginar foi começarmos a manter
"relações" e "comércio" com os comunistas chineses. Também foi um
grave erro que se permitisse que a ideologia deles de espoliação
universal criasse raízes em nossas próprias escolas e universidades.
A partir daí, o veneno se espalhou e a violência revolucionária agora
nos ameaça.[47]

Notas sobre as percepções de um oficial


da KGB
16/07/2020

Poderia muito bem crescer a pressão por uma solução para


o problema alemão em que alguma forma de confederação
entre a Alemanha Oriental e a Ocidental seria combinada
com a neutralização do todo...

— ANATOLIY GOLITSYN
MEIAS VERDADES, VELHAS MENTIRAS, 1984[48]

Tive uma longa conversa com um oficial aposentado da KGB em


janeiro de 2011. Ele descreveu a história não contada do colapso da
União Soviética. O tenente-coronel da KGB Victor Kalashnikov foi um
analista da KGB que trabalhou na Áustria durante os eventos de
1989–1991. A queda da União Soviética, diz ele, foi um evento que
tem sido amplamente mal interpretado e mal compreendido. "Vamos
comemorar o 20º aniversário desse evento este ano", observou.
"Acontece que fui uma testemunha e vou comentar, de memória, o
que vivi; como as autoridades agiram e como reagiram."
De acordo com Kalashnikov, "há uma opinião generalizada de
que os problemas econômicos foram a principal causa do colapso da
URSS, que os problemas econômicos levaram às reformas de
Gorbachev. Meus contra-argumentos são: (1) a URSS era uma
sociedade dirigida por pessoas com interesses e motivos
particulares; (2) essas pessoas estavam perfeitamente felizes com o
arranjo econômico da União Soviética."
Kalashnikov apontou para a cidade de Taganrog, no sul da
Rússia, onde seu tio Alexei era o chefe da KGB da cidade. "Visitei
ele e sua família várias vezes nos anos 60 e 70", disse Kalashnikov.
"Meu tio, que era general da KGB, ocupava o melhor apartamento
desta bela cidade do sul. Ele tinha dois carros Volga e um da KGB
com motorista, para viagens. Lembro-me na época de como as
pessoas levavam enormes quantidades de iguarias para o
apartamento do meu tio. Ele tinha uma enorme quinta na costa do
Mar Negro. Além disso, ele, juntamente com seus colegas do
Partido, tinham um avião à sua disposição, um antigo avião de lend-
lease (empréstimo-aluguel), para que pudessem voar até Moscou
para fazer compras. Eles também faziam excursões européias pelo
Mediterrâneo. Resumindo tudo isso, meu tio não tinha nenhum
problema econômico na velha União Soviética. A maioria das seções
da nomenklatura soviética [classe dominante] vivia normalmente uma
existência de classe média alta. Hoje, muitos deles vivem muito
melhor, obviamente. Mas, na década de 1980, eles absolutamente
não estavam motivados para fazer nenhuma mudança radical. Esse é
o meu ponto."
Enquanto a elite governante vivia confortavelmente, o povo da
União Soviética vivia na miséria. Era assim que as coisas eram,
durante todo o período soviético. De acordo com Kalashnikov,
"Marina e eu fizemos viagens muito caras pela URSS como
pesquisadores, junto com outros pesquisadores e estudantes de
nossa universidade. Em 1980 ou 1981, visitamos os Urais. Deixe-me
dizer-lhe, com franqueza: visitei centenas de empresas industriais e
fazendas, prefeituras e hotéis, e aldeias, e praticamente não havia
alimentos nos armazéns, porque tudo era distribuído pela população
através de um sistema sofisticado. As prateleiras dos armazéns
ficavam vazias. Havia um único tipo de feijão enlatado, alguns poucos
produtos básicos, e nada mais. Agora, na época do verão, a água
quase não era potável. O cheiro era horrível. A condição de vida da
grande maioria das pessoas era absolutamente miserável. A
nomenklatura vivia bem, mas até 90% das pessoas viviam na
miséria. A moradia para os cidadãos normais estava de
desesperadora a catastrófica. Sim, de fato, o povo russo estava
enfrentando problemas muito graves, é verdade. Mas, e daí? A
situação econômica do povo não tinha nenhum impacto sobre a
estabilidade do regime. Havia qualquer perigo de revolta?
Absolutamente nenhum. Depois do terror de Stalin, os governantes
sabiam como bloquear a dissidência, como colocar pessoas na
prisão. Eles tinham o gulag [sistema de campo de prisioneiros]. Não
havia, obviamente, nenhum movimento sindical. Estava
absolutamente calmo, e esse era o normal. Havia uma espécie de
piada contada na época: 'O que é a Solidariedade polonesa
[sindical]? Se não há comida em Sverdlovsk, eles fazem greve em
Gdansk.' A situação estava absolutamente horrível na Rússia, mas
eles fazem greve na Polônia. Essa é a forma sarcástica do humor
russo. Para avaliar esse desenvolvimento do ponto de vista dos
problemas econômicos gerais, se você olhar os grupos sociais,
podemos facilmente descobrir que não havia nenhuma agitação
política ou social da população. Nos Urais, por exemplo, estava tudo
bem. Gorbachev poderia ter governado da mesma maneira por mais
20 anos. Então, por que tudo mudou? Não acredito que os
problemas econômicos tenham sido a principal causa das mudanças
de Gorbachev."
Kalashnikov apresenta um ponto importante, que poucos no
Ocidente consideraram. Além disso, sabemos, pelos escritos de
desertores do Bloco Soviético (como Jan Sejna[49] e Anatoliy
Golitsyn), que uma mudança no sistema comunista era considerada
muito antes da década de 1980. Essa mudança foi concebida como
parte de uma estratégia de longo prazo. A causa imediata para voltar
a essa estratégia, de acordo com Kalashnikov, foi Ronald Reagan.
"Não apenas ele pessoalmente", explicou Kalashnikov, "mas também
sua administração, sua política, sua estratégia e a estratégia da
OTAN. No início e em meados dos anos 80, eu estava no
Departamento Analítico da KGB, e havia uma preocupação quanto à
pressão político-militar do Ocidente, dos americanos especialmente.
Havia competição no espaço, nos oceanos e na área militar. Para
avaliar tudo isso de maneira adequada, é preciso olhar para os
eventos do início dos anos 70. O que quero dizer é, obviamente, a
guerra do Vietnã. Moscou tirou uma conclusão simples dessa guerra.
A conclusão do Estado-Maior Soviético foi que os americanos
poderiam ser derrotados no campo de batalha sem o recurso a
armas nucleares. Para isso, só precisaríamos de um país do
Terceiro Mundo, armado e treinado por nós, e um bom partido
proletário com uma liderança forte. Para ganhar esses países, a
União Soviética embarcou numa expansão mundial sob a política de
détente [ou разрядка]. Os soviéticos intervieram na África,
conquistando Angola e Moçambique, e envolveram-se na Nicarágua.
Houve uma ofensiva global exitosa, com alguns contratempos. Isso
ocorreu em um momento de fraqueza geral dos Estados Unidos,
devido ao apoio que tínhamos de esquerdistas e pacifistas. Tive
acesso aos relatórios do Estado-Maior de 1984, com avaliações
militares operacionais. Estas incluíam os efeitos das manifestações
de massa nas bases militares e de foguetes americanas. Os
soviéticos continuaram assim até que algo mudou um tanto
inesperadamente para nós."
Como Kalashnikov explicou, o presidente Ronald Reagan tinha
começado a exercer pressão militar sobre a União Soviética durante
o seu primeiro mandato. Reagan propôs a construção de defesas de
mísseis antibalísticos para a América (a Iniciativa de Defesa
Estratégica). Ele supervisionou um aumento no tamanho do Exército
e da Marinha dos EUA. Houve melhorias qualitativas e tecnológicas
também nas forças armadas americanas. Os americanos estavam
blefando? O período de fraqueza dos EUA havia chegado ao fim?
Então, em 1986, terroristas árabes atacaram uma discoteca na
Alemanha. "Isso foi realizado pelos líbios com a ajuda da Stasi da
Alemanha Oriental", disse Kalashnikov. "Três pessoas foram mortas,
incluindo militares americanos, e 200 feridas. Alguns dias depois
disso, aeronaves americanas bombardearam a Líbia. Foi uma
resposta militar massiva, o que era grave. Meus superiores
avaliaram a situação com cuidado, e eu participei de várias reuniões.
Só um único ataque a uma discoteca, e os americanos enviaram
bombardeiros. Não ia ter brincadeira com Ronald Reagan ou seu
pessoal. Esse episódio mostrou que a estratégia soviética de
pressionar o Ocidente havia atingido o seu limite. Tínhamos agora de
reconsiderar as coisas. Meus chefes ficaram chateados e
preocupados com o comportamento americano. Foi um desses
eventos cruciais, junto com outras indicações de crescente vontade
do lado ocidental de conter a ofensiva soviética, e de lançar contra-
ataques estratégicos sempre que possível, sem nenhuma consessão
séria."
Como a União Soviética começara a avançar na África, no
Afeganistão e na América Central, os americanos se sentiram
obrigados a reforçar suas defesas. Do ponto de vista estratégico
soviético, não havia mais nada a ser obtido com a expansão direta.
Um retorno a outro modelo estratégico, há muito mantido como
reserva, estava para começar. A nova estratégia empregaria a
diplomacia. "Trata-se da idéia de lançar a casa européia comum",
disse Kalashnikov, "permitindo que os alemães se unificassem, de
modo que eles pediriam aos americanos que fossem para casa, e
pagariam Moscou e transfeririam tecnologias para a URSS, etc. Eu
sei que a unificação alemã era um esquema para produzir um
resultado favorável para o Kremlin, porque forças pró-soviéticas
chegariam ao poder na Alemanha, principalmente vindas da
esquerda. Tínhamos certeza disso. O objetivo principal era expulsar
os americanos da Europa. Se, nesse caso, tivéssemos sucesso na
desestabilização da OTAN, teríamos mais opções dos nossos
companheiros europeus. Na primeira fase desse chamado
condomínio germano-soviético, o destino da Tchecoslováquia e da
Polônia não tinha importância, porque a estrutura era nossa.
Estávamos trabalhando diretamente com os alemães. Estava tudo
dentro do espírito do Tratado de Rapallo [1922], ou do Pacto
Ribbentrop-Molotov. O slogan era: 'Os americanos de fora, os
soviéticos de dentro, os alemães em cima.' O que aconteceu a
seguir, contudo, não era esperado. A unificação da Alemanha foi
realizada muito rápido, em poucos meses. Ninguém esperava isso.
No decorrer de 1990, as forças armadas soviéticas, que pretendiam
ocupar a Europa Ocidental, encontraram-se paradas em território da
OTAN. Não havia opção de manter essa força na Alemanha.
Portanto, Moscou foi colocada numa situação impossível. As forças
soviéticas tiveram de partir. O processo dessa retirada massiva teve
um enorme impacto na União Soviética. A máquina soviética era um
enorme monstro industrial militar. Portanto, a retirada dos exércitos
soviéticos da Europa queria dizer que o sistema estava amplamente
desestabilizado. Queria dizer que um efeito cascata era sentido em
todos os Urais [isto é, na indústria militar]. Todo o aparato de
fiscalização saiu do equilíbrio. A situação impunha uma mudança
abrupta da política interna. Em agosto de 1991, forças
conservadoras supostamente assumiram o poder em um golpe.
Gorbachev arranjou isso ele mesmo, porque se sentia enganado na
Europa. Ao mesmo tempo, encarregaram Saddam Hussein de
ocupar o Kuwait, e Saddam começou a ameaçar a Arábia Saudita.
Bush pai foi esperto o suficiente para não se envolver muito no
Iraque naquela época, enquanto Moscou se tornava um parceiro
indispensável para o Ocidente no Conselho de Segurança das
Nações Unidas. Mais tarde, a catástrofe do 11 de setembro foi
necessária para atrair o poderio militar dos Estados Unidos para o
Afeganistão e o Iraque. Isso tornou Washington ainda mais
dependente de Moscou, e essa é a situação estratégica de hoje. O
que aconteceu em 1991, com o colapso da URSS, foi devido ao
agravamento de uma crise política na Ucrânia. Esta era uma parte
enorme e importante da União Soviética, e os ucranianos
continuaram a oferecer resistência, levando a sério
descontentamento e oposição. E eu sei por gente da KGB ucraniana
que eles se preocupavam o tempo todo que algo estivesse se
passando; e se perdessem o controle, haveria sérios problemas para
a própria Moscou. É por isso que a KGB ucraniana era ainda mais
cruel e inflexível do que era na Rússia. Em nossas conversas,
quando eles vieram a Lubianka para várias reuniões, expressamos
nossas críticas à sua severidade e aos seus vários escândalos. Eles
respondiam: 'Vocês não têm idéia de como a situação é perigosa e
difícil na Ucrânia.' Então, quando os militares soviéticos e as forças
soviéticas sofreram o choque da retirada da Europa, os ativistas na
Ucrânia organizaram uma revolta. Os ucranianos estavam prontos
para a resistência armada. Eles também tinham unidades dentro das
forças armadas soviéticas. Fomos avisados disso, que era sério e
com base na realidade. A liderança em Kiev não parava de ligar para
Moscou pedindo ajuda, pedindo qualquer tipo de apoio. Mas Moscou
não pôde ajudar, porque estava ocupada com a Alemanha e a OTAN.
Então era absolutamente impossível mobilizar unidades para suprimir
a resistência ucraniana. Esse era o verdadeiro problema. Quando a
Ucrânia conquistou sua independência, os democratas nacionais
chegaram ao poder lá, e a União Soviética acabou. Isso ficou claro
para todos. Sem a Ucrânia, a URSS era uma ficção. A influência
política da Ucrânia espalhou-se em todas as direções. Ela se
espalhou para a Rússia, infectou os democratas russos. A Ucrânia
tornou-se um grande obstáculo para a elite soviética."
Mas nem tudo estava perdido para a KGB ou para a elite
comunista. Décadas antes, os planejadores soviéticos haviam
antecipado uma época em que uma reforma do sistema soviético
seria necessária. Em um livro publicado em 1984, o desertor da KGB
Anatoliy Golitsyn escreveu sobre um plano soviético secreto para
acabar com o domínio do Partido Comunista. Isso, disse ele, seria
um artifício. O Partido Comunista ainda existiria sob a superfície. Ele
simplesmente se tornaria clandestino ou se dividiria em vários novos
partidos que controlariam o processo político russo de acordo com
um roteiro. Ao enfrentar a crise, Kalashnikov notou a agilidade do
Kremlin: "Moscou conseguiu se reagrupar, se recuperar, mediante o
lançamento de forças islâmicas. Dessa forma, eles mantiveram a
legitimidade soviética. É extremamente importante entender isso. Em
termos diplomáticos, a Federação Russa é a União Soviética de
hoje. Ela tem todos os pré-requisitos, com o Conselho de Segurança,
estruturas centrais, etc. E conserva o status de superpotência
nuclear. Lá em 1991, disseram-nos: 'Ouçam, camaradas, é uma
derrota para nós. Mas é um revés temporário.’ A União Soviética
nunca aceitou a derrota na Guerra Fria, nem por um minuto. Não
houve nem mesmo uma interrupção temporária na política desde
Gorbachev, passando por Iéltsin até Putin. Estamos nos
reorganizando e estaremos de volta aos trilhos. Você deve se
lembrar da remoção do monumento Dzerzhinsky da frente da sede
da KGB. Agora, deixe-me descrever a reação em nossas fileiras, em
nossas residências. Quando vimos o que aconteceu em Moscou,
houve um suspiro geral de alívio. Sabíamos que alguém havia
distraído com maestria a multidão em frente à nossa sede, de modo
que o pobre monumento Dzerzhinsky em nossas instalações
permaneceu intocado. Isso foi uma grande diferença daquilo que
aconteceu em Berlim Oriental. Imediatamente percebemos que os
líderes e organizadores daquela multidão eram ativos da KGB,
nossos agentes. A queda da estátua de Dzerzhinsky foi planejada
pela KGB. Foi, em última análise, um evento fajuto."
E qual foi a atitude da liderança principal da KGB na época?
"Em outubro de 1991, fui a Moscou para me encontrar com o
General Victor Ivanenko, que era quem comandava a segurança da
KGB. Ele queria me ver para discutir a situação do dinheiro do
Partido Comunista e da KGB. A Áustria, onde trabalhei para a KGB,
era fundamental para os negócios internacionais do Partido
Comunista Soviético. Na Áustria, tínhamos vários bancos sob nosso
controle, e os diretores gerais eram funcionários da KGB; isto é, na
Áustria capitalista. A presença russa na Áustria era avassaladora.
Meu objetivo ao contar sobre minha visita ao General Ivanenko foi
mostrar que a elite da KGB não demonstrava nenhum nervosismo ou
ressentimento acerca do que aconteceu. Eles estavam apenas
reorganizando seus negócios de acordo com uma nova situação. Na
própria Viena, o chefe do Partido Comunista trocou de terno e virou
capitalista."
A virada para o capitalismo na Rússia não foi uma virada
honesta para a liberdade. A privatização da União Soviética apenas
significou a transferência da propriedade do Estado para as mãos da
nomenklatura. De acordo com Kalashnikov, "Em termos simples,
eles começaram um processo de transferência de riqueza nacional,
fábricas, recursos, etc., em troca de nada, para as mãos da elite
soviética e de pessoas de confiança. Na Rússia, a nomenklatura
levou tudo para si. Eles não estavam preocupados em se limitar por
leis, normas ou instituições de qualquer tipo."
Essa foi a fórmula para o capitalismo controlado na Rússia.
Dessa forma, explicou Kalashnikov, os comunistas russos usaram o
processo de "privatização" para se tornarem uma classe empresarial
que pudesse fazer acordos com o Ocidente. "Os russos", disse ele,
"precisavam obter status legal para suas empresas no Ocidente.
Então, novamente, os russos estão colocando o Ocidente numa
posição estratégica terrível, por causa da Al Qaeda, por causa de
uma nova dependência do gás e do petróleo russos, porque setores
da comunidade empresarial ocidental estão colaborando com a
Rússia em empreendimentos comerciais; e isso permitirá que
Moscou expanda seus esforços político-militares por todo o globo. A
Rússia hoje possui recursos com os quais só poderia sonhar durante
a Guerra Fria. Eles não precisam espionar a British Petroleum, pois
estão ajudando a British Petroleum. O mesmo é verdade em relação
à mídia do Ocidente, às suas finanças, etc., etc. O campo da
inteligência mudou e diferentes táticas estão sendo usadas. Portanto,
a natureza da espionagem mudou. Ela não é menos do que antes,
mas ainda mais intensa."
Assim terminou um notável monólogo de um funcionário
aposentado da KGB sobre como e por que a Guerra Fria nunca
chegou ao fim. Não é algo que você encontrará em revistas
acadêmicas. Esta história não será contada pelos noticiários da
televisão ou por políticos proeminentes. No entanto, ela explica
melhor o que vemos hoje.
Eu acho que ele estava me dizendo a verdade.[50]
A verdade de Hamlet
25/07/2020

Mostre-me um homem que não seja escravo da paixão, e


eu o colocarei no fundo do meu coração, sim, no meu
coração do coração.

— HAMLET, ATO 3, CENA 2

Em 10 de junho de 1859, no Royal Princess's Theatre em


Londres, Charles Kean desempenhou o papel principal no Hamlet,
Príncipe da Dinamarca, de Shakespeare. Ele escreveu um prefácio
laudatório para a peça, caracterizando-a como "o mais estupendo
monumento do gênio de Shakespeare, valendo como um farol para
comandar o maravilhamento e a admiração do mundo..." Ela
constituía, de acordo com Kean, "a perfeição da arte trágica — o
grandioso, o lamentável e o terrível". Kean interpretou a peça como
"uma história da mente — uma tragédia do pensamento" contendo "a
filosofia mais profunda, a mais profunda sabedoria; embora fale a
linguagem do coração..."
Acrescentando ao que diz Kean, o brilhantismo de Shakespeare
reside na apresentação dramática de dilemas recorrentes da vida: a
calamidade do governo perverso, a traição dos invejosos, a primazia
da virtude e a cegueira dos tolos. Qualquer que seja a história que
Shakespeare conte, é sempre a nossa história.
Hoje, pode-se argumentar que o Hamlet de Shakespeare tem
um significado especial; pois ele poeticamente se debate com a
tragédia de um país subvertido pela intriga, derrubado por
conspiração secreta, seduzido por falsas aparências e corrompido
por um desejo de não ver.
A história de fundo de Hamlet é mais ou menos a seguinte: o
jovem príncipe dinamarquês estava longe, estudando na Universidade
de Wittenberg, quando seu tio Cláudio mata seu pai, casa com sua
mãe e usurpa a coroa. Ao voltar para casa, Hamlet fica
profundamente perturbado com a morte do pai e o apressado
casamento da mãe com o seu tio. Nas intrigas desesperadas que se
seguem, Hamlet procura pela verdade. Ele encontra falsos amigos,
idiotas úteis e peões desavisados. Ele tem razão para ficar
desiludido com o que encontra, e essa desilusão torna-se um
problema por si só.
Muitas das melhores falas desta peça podem ser usadas para
descrever os dias atuais. A corrupção da vida política americana
encontra a sua expressão na personagem de Shakespeare, Marcelo,
que disse a famosa frase: "Há algo de podre no reino da
Dinamarca."
Considere-se a história paralela de uma funcionária aposentada
da CIA, com quem conversei recentemente. Ela não percebeu a
queda na corrupção até que, como Hamlet, ela voltou do exterior. A
princípio ela ficou "chocada" com o que descobriu. Depois ela ficou
desiludida, e depois deprimida.
"Passei quatro anos terríveis no Texas", disse-me ela, "mas não
sabia realmente contra o que estava lutando lá." Os oficiais de
inteligência que ela encontrou — especialmente aqueles com
autoridade — não eram impressionantes. "Todos tinham diplomas
impressionantes, é claro, que gostavam de exibir, mas... era difícil
realizar qualquer coisa." Como ela ainda relatou:

Ninguém estava preparado para me ouvir, ou aos outros


poucos conservadores que eu conhecia lá. Arrogantes,
desdenhosos e infantis são as descrições que mais vêm à
mente. Já se foram os dias em que as pessoas estavam
realmente interessadas em aprimorar as suas habilidades
analíticas. Agora tudo é político.

Um Hamlet moderno, que quisesse sobreviver na comunidade de


inteligência de hoje, teria de fingir loucura — teria de se esconder
atrás de uma máscara impenetrável. Caso contrário, um príncipe da
CIA com a sensibilidade e o valor de Hamlet seria tratado com
rudeza — levado a se demitir, ou forçado a sentar-se a uma pequena
escrivaninha num canto com uma tarefa sem sentido.
"Descobri a verdadeira e cada vez mais política natureza da CI
(Comunidade de Inteligência)", explicou ela. Os obstáculos colocados
em seu caminho estavam longe de serem triviais. A podridão,
observou ela, espalhou-se para além da comunidade de inteligência,
indo para o exército, que "foi corrompido, também —

principalmente porque os coronéis (e muitos generais) de


hoje foram doutrinados pela esquerda desde o jardim-de-
infância. Eu vi uma mudança dramática da direita para a
esquerda (do bom-senso ao nonsense) desde que [tive
contato com a ala militar].

Se Hamlet foi incapaz de resolver o problema de um Estado


dinamarquês corrupto, ele poderia ter se saído melhor com a
podridão de Langley e do Pentágono? Existe uma cura para o câncer
ideológico que corrói o nosso estado de segurança?
"Não acho que nossos serviços de inteligência tenham conserto",
respondeu ela. Anos antes, ela pensava que os problemas poderiam
ser enfrentados, "mas agora eu sinceramente duvido. Seria
necessário alguém como Trump, só que com mais poder para
dissolver o sistema inteiro, para fazer algo construtivo." Ela ainda
explicou:

Infelizmente, a Comunidade de Inteligência tornou-se tão


abrigada dentro do sistema maior que, mesmo se fosse
dissolvida e ressuscitada, ela só voltaria com as mesmas
pessoas...

Ela achava que o presidente Trump poderia desmantelar "as


burocracias uma por uma... reconstruindo-as sem o preconceito
partidário". Mas isso por acaso era factível? Talvez a resposta fosse
construir as organizações sucessoras simultaneamente, antes da
dissolução total das agências existentes. "Isso, obviamente, é quase
impossível", ela admitiu, "e uma abordagem de 'castelos no ar', em
todo caso."
Essa situação, como a da peça de Shakespeare, só pode ter
um final trágico. O algo podre no reino da Dinamarca não tem
conserto. O enredo é desembaraçado apenas pelo fim natural para o
qual tende toda maldade e estupidez. Rechaçando uma intriga após
a outra, Hamlet usa a abordagem que nós inevitavelmente usaremos.
Ele espera pelo último ato de agressão do inimigo, sabendo que está
em desvantagem, embora corajosamente decidido. "Desafiamos o
augúrio", diz Hamlet a Horácio:

…há uma especial providência na queda de um pardal. Se


for agora, ela não está por vir; se não estiver por vir, ela
será agora; se não for agora, ainda ela virá: a prontidão é
tudo; visto que nenhum homem possui nada do que deixa, o
que há de mais deixá-lo em breve?

É verdade, talvez, que estejamos "adoentados com a pálida


fôrma do pensamento" — apenas porque isso caracteriza a nossa
preparação espiritual para o ato final de agressão do inimigo. As
pessoas escrevem livros sobre os males do comunismo, sobre a
tomada das escolas pela esquerda, o governo, os grandes negócios,
o entretenimento e a mídia. O que alguém por acaso faz para
impedir os comunistas? Década após década, eles avançam. Todo
mundo olha para o outro lado. Aqueles que viram isso acontecer
sempre estiveram sozinhos com o seu conhecimento, sem o apoio do
país ou do governo. Aqueles que vêem e entendem são portadores
da verdade de Hamlet.
No final do Ato 1, Cena 5, Hamlet diz: "O tempo está
descompassado. Ó desgosto maldito, / Que para consertá-lo eu
jamais tenha nascido!" Hamlet deve destituir um inimigo enganador,
astuto e assassino — cujo método principal é a conspiração, que
zelosamente guarda o poder que tomou; um "vilão detestável" que
seduziu a mãe de Hamlet e tem a lealdade dos burocratas (Lord
Polônio). É uma situação aparentemente desesperadora. Assim, a
desilusão dá lugar à depressão:
Ser, ou não ser, eis a questão: se mais nobre é sofrer na
mente / As pedras e flechas da fortuna ultrajante, / Ou
pegar em armas contra um mar de problemas / E extingui-
los pelo confronto.

Como é que se "pega em armas contra um mar de problemas"?


A palavra decisiva aqui é "fé". Confiança na Providência. A virtude
prevalece no fim não porque o bem sempre vence e o mal sempre
perde. A virtude prevalece porque a Verdade é eterna. Pense
naquele paladino da República, Marco Cícero, cuja cabeça e mãos
decepadas foram expostas por Marco Antônio para aterrorizar o
partido da liberdade. Pense ainda como, dezoito séculos depois,
John Adams carregou as palavras de Cícero consigo, a cada passo
do caminho, durante a Revolução Americana.
A eloqüência da virtude, após dezoito séculos, não estava
esgotada. Ela não foi derrotada. Ela foi e é e está por vir. Tal foi o
triunfo final de Hamlet, o dinamarquês — que encontrou a verdade e
viveu por ela.[51]

A farsa do aquecimento global


antropogênico e o grande mínimo solar
03/08/2020

"[O] Mínimo Solar está se tornando realmente muito


profundo. No fim de semana, o sol bateu o recorde de
limpeza na Era Espacial. Até agora, em 2019, o sol esteve
sem manchas solares por mais de 270 dias, incluindo os
últimos 33 dias consecutivos. Desde o início da Era
Espacial, nenhum outro ano teve tantos sóis em branco.

— SPACEWEATHER.COM
"SUNSPOTS SET A SPACE AGE RECORD"
17 DE DEZEMBRO DE 2019
O físico solar da Nova Zelândia Dr. John Maunder, em um
ensaio de 2012 intitulado "Reflections on a changing climate"
("Reflexões sobre uma mudança climática"), informou sobre uma
conferência climática patrocinada pela ONU, realizada em Villach,
Áustria, em outubro de 1985. De acordo com Maunder, uma das
principais descobertas da conferência foi que "os gases do efeito
estufa provavelmente serão a causa mais importante das mudanças
climáticas no próximo século."
Maunder agora está desconcertado com essa afirmação porque
ele é um dos muitos cientistas que vieram a se opor fortemente à
chamada teoria do aquecimento global antropogênico. Para o
cientista verdadeiramente inteligente e não-ideológico, essa teoria
tem envenenado o discurso científico, substituindo o espírito de
investigação livre por intimidação profissional e descarado assédio
moral. Se queremos ser científicos, se queremos ser honestos, o
mundo não está ficando mais quente. Está ficando mais frio. Assista
ao vídeo a seguir sobre uma tempestade de neve que atingiu o oeste
da China em 29 de junho.

Sim. Falando sério. E, acredite ou não, no dia 26 de julho nevou


em Pequim. Só por seis minutos, é claro, mas é sério. Mas nevou.
Veja por você mesmo.

E o que Greta Thunberg diz? Ela diz que pessoas estão


"sofrendo e morrendo", e que os ecossistemas estão colapsando
conforme o planeta vai ficando cada vez mais quente. Portanto,
precisamos de controles socialistas impostos à economia mundial.
Assim, a criança dá sermões aos adultos, e lhes aponta o dedo. "A
mudança está chegando", diz ela, "quer vocês gostem ou não".
Vamos parar por um momento para ouvir a "Karen"[52] das mudanças
climáticas:
Vídeo: Greta Thunberg aos líderes mundiais: "Como se
atrevem?"[53]

Além da perversidade sinistra de uma criança repreendendo


adultos quanto a assuntos que ela mesma possivelmente não
consegue entender, a assim chamada "ciência" do aquecimento
global antropogênico é um escândalo. Ela só é compreensível à luz
de um conjunto maior de escândalos filosóficos; primeiro, o
escândalo de nosso niilismo epistemológico pós-moderno, o
escândalo de nosso niilismo metafísico e, por último, mas não menos
importante, o escândalo de nosso niilismo moral — como
exemplificado pela exploração cínica de uma criança.
O vídeo a seguir pode estar um pouco desatualizado, mas ouça
com cuidado as evidências e argumentos de Peter Temple, que é um
estudante da teoria dos ciclos. Quaisquer que sejam as críticas que
possamos fazer a essas teorias, elas têm mais dados e lógica por
trás delas do que a pobrezinha da Greta.

Vídeo: Resfriamento Global.[54]

Corpos celestiais e partículas subatômicas se movem em


círculos, orbitando outros corpos ou girando em um eixo. Portanto,
muitos fenômenos seguem padrões cíclicos. Isso deve fazer todo o
sentido. O ciclo menstrual feminino reconhecidamente segue o ciclo
lunar. As estações acompanham o caminho da Terra em torno do sol.
O dia e a noite derivam do "giro" da Terra sobre seu eixo. A idéia de
que nosso mundo ficará cada vez mais quente, queimando mediante
um circuito de retroalimentação, desencadeando reações em cadeia
irreversíveis, é propaganda comunista. Ela foi imposta à nossa
comunidade científica por agentes de influência que cresceram em
poder e cujas táticas de intimidação implacável não sofreram uma
resistência adequada — como deveriam ter sofrido.
Há alguns anos, um pesquisador na Alemanha me enviou um
ensaio do acadêmico soviético Ivan Frolov, escrito em 1982. O
ensaio se refere à teoria do aquecimento global antropogênico pelo
gás do efeito estufa. Ele culpa o capitalismo e é intitulado “Global
Problems and the Future of Mankind" ("Problemas globais e o futuro
da humanidade"): Frolov observou que a "poluição do meio-ambiente,
a destruição de ecossistemas, a destruição de muitas espécies...
atingiram agora proporções ameaçadoras." Essas "perigosas
desarmonias nas interações do homem com a natureza estão
associadas… à formação socioeconômica capitalista..." Portanto,
essas desarmonias exigem uma "transformação social fundamental"
para serem resolvidas.
Façamos uma conexão, aqui. Transformação social fundamental
tem tudo a ver com o Black Lives Matter. Transformação social
fundamental tem tudo a ver com a "mudança climática". Mudança
social fundamental também tem tudo a ver com o comunismo. Não
deveríamos presumir uma relação entre essas três causas célebres?
Greta Thunberg e o ex-vice-presidente Al Gore Jr. estão
basicamente em sintonia com o Antifa e o Black Lives Matter e o
Partido Comunista da União Soviética! É hora de uma revolução,
camaradas, porque o capitalismo está "destruindo o planeta". É hora
de uma revolução, camarada, porque "capitalismo é racismo". Ouça
Greta promover a Revolução do Black Lives Matter, usando a
mesma linguagem que ela usa para promover o alarmismo das
"mudanças climáticas":

Vídeo: Greta Thunberg diz que as pessoas estão "acordando"


para a injustiça racial assim como acordaram para a mudança
climática.[55]

A fonte de ambas as narrativas é o Partido Comunista da União


Soviética. Tanto o BLM/justiceiros sociais quanto os alarmistas da
"mudança climática" são subversivos ideológicos numa longa guerra
contra nossa civilização.
Culpar o capitalismo por todos os nossos problemas,
especialmente quando esses problemas são ou falsos ou
exagerados, é incrivelmente egoísta. Podemos ver, no ensaio de
Frolov, que tudo é planejado assim. Segue o modelo da Guerra Fria
e é um aspecto da estratégia comunista, conforme explicado pelo
desertor da KGB Anatoliy Golitsyn, na página 95 de seu famoso livro,
Meias Verdades, Velhas Mentiras:

…deve-se dar a devida atenção ao fato de que [o


presidente da KGB] Shelepin, em seu relatório e seus
artigos de maio de 1959 para o pessoal da KGB... pediu a
preparação de operações de desinformação destinadas a
confundir e desorientar os programas... científicos
ocidentais; para trazer mudanças nas prioridades
ocidentais; e envolver o Ocidente em linhas de pesquisa
caras, dispendiosas e inúteis...

Devo lembrar aos leitores que a "desinformação" é um tipo de


guerra de informação em que idéias venenosas são disseminadas
por meio de veículos ocidentais — não de veículos soviéticos ou
russos. Essas idéias devem parecer ter se originado no Ocidente.
Assim, Moscou e Pequim colhem uma vantagem dupla. Primeiro,
cientistas e políticos ocidentais são contaminados por idéias falsas;
segundo, os acadêmicos russos e chineses não são contaminados.
Eles podem continuar o seu trabalho em silêncio com a vantagem de
saber que seus colegas ocidentais estão seguindo
entusiasmadamente na direção errada.
A teoria dos gases do efeito estufa antropogênico do
aquecimento global descontrolado era um original soviético. Mas
ninguém na grande mídia percebeu. Eis as palavras do acadêmico
soviético Frolov, em seu ensaio de 1982:

Como resultado da formação de uma camada de dióxido de


carbono ao redor da Terra, que a envolve como uma
cobertura de vidro, surgiu a ameaça de mudanças
desfavoráveis no clima que podem transformar nosso
planeta azul em uma enorme estufa... com possíveis efeitos
catastróficos.
Eis a inspiração da Gretinha. Em 1996, o antigo colega do
Politburo de Frolov, Mikhail Gorbachev, reconheceu que a "ameaça
de crise ambiental será a chave do desastre internacional para
desbloquear a Nova Ordem Mundial". Como Frolov originalmente
formulou a idéia em 1982:

O efeito de tal abordagem poderia ser enorme se também


pudesse ser aplicada em uma escala internacional mais
ampla em situações em que os interesses da humanidade
em geral sejam prejudicados pelas atividades de indivíduos
ou organizações que busquem interesses privados.

A teoria do aquecimento global antropogênico é uma arma de


guerra — uma arma de subversão ideológica, desmoralização e
sabotagem. O fato de que esta arma continua a ser utilizada, visto
que continua a prejudicar as economias de vários países ocidentais,
não deve passar despercebido. Não devemos ser tão estúpidos a
ponto de imaginar que os inventores da arma não estão mais no
jogo.
Nossas defesas, como sempre, estão abaixadas. A sociedade
não está reagindo contra seus envenenadores e sabotadores.
Estamos intimidados pelo assédio moral dos alarmistas do clima.
Tememos o rótulo de "racista", assim como tememos o rótulo de
"negador da mudança climática". Muitos de nossos maiores
cientistas foram rotulados como "negadores", incluindo Freeman
Dyson, Zbigniew Jaworowski, Antonio Zichichi, Christopher Landsea,
Hendrik Tennekes, Paul Reiter, David Bromwich, Edward Wegman e
Henrik Svensmark — para citar apenas alguns.
Aqueles heróis que iriam contradizer as falsas alegações de
"ciência falsa", às vezes foram marginalizados, despojados de seus
financiamentos ou ameaçados. Os "agentes de mudança" do inimigo
dominam uma cultura que não é defendida contra seus inimigos.
Armas conceituais são empregadas contra nós em todas as frentes,
de forma contínua — em termos de relações raciais, política de
imigração, ameaça islâmica, casamento gay, ambientalismo,
pobreza, economia, educação e crime. Essas armas continuam a ser
usadas, dia após dia, ano após ano. Nossa civilização está
cambaleando sob repetidas marteladas de propaganda.
A maioria das pessoas ou cede à propaganda inimiga, evitando
indiferentemente a responsabilidade, ou concorda com ela na
preguiçosa suposição de que os mais barulhentos valentões do dia
têm razão. Conseqüentemente, as piores pessoas do país, com os
piores dos motivos, estão nos empurrando para a beira de um
abismo em todas as áreas da política. Nossa civilização e nosso
pensamento foram corroídos, ano após ano, década após década,
por narrativas planejadas para nos destruir.
Como Joseph Peiper observou, em seu livro Abuse of Language
— Abuse of Power: "Todos os homens são alimentados, antes de
mais nada, pela verdade, não só aqueles que buscam o
conhecimento..." Todos, de fato, dependem da verdade para sua
contínua existência. Peiper explicou ainda:

O habitat natural da verdade se encontra na comunicação


interpessoal. A verdade vive no diálogo, na discussão, na
conversa — ela reside, portanto, na linguagem, na palavra.
Em conseqüência, a existência humana bem ordenada,
incluindo em especial a sua dimensão social, é
essencialmente baseada no emprego da linguagem bem
ordenada.

Se você pensasse que o nosso sistema de ordem está


estragado, você estaria correto. É o uso rotineiro e desonesto das
palavras, antes de mais nada, que permitiu aos inimigos da
civilização imporem sobre nós sua revolução calamitosa. A teoria do
aquecimento global antropogênico, como uma parte distinta dessa
revolução, nunca teve a ver realmente com o clima, da mesma forma
que tirar a verba da polícia não tem a ver com racismo sistêmico. A
coisa toda tem a ver com poder. É um pretexto para tomar o poder.
Cada questão levantada pela esquerda hoje é um pretexto para
estender o socialismo, e o socialismo nada mais é que um sistema
para estender o poder despótico. A verdade é que a teoria do
aquecimento global antropogênico foi uma farsa de inspiração
política na qual os cientistas soviéticos nunca acreditaram — e nem
os cientistas chineses acreditam, embora sejam sem dúvida
ordenados por seus mestres comunistas a entrarem no jogo pelo
bem das aparências.
Abrindo um parêntese, podemos não apreciar totalmente as
razões do nosso inimigo para promover agressivamente a farsa da
"mudança climática". Na década de 1970, os cientistas temiam uma
era do gelo. O que, afinal, é mais perigoso para a sobrevivência do
homem? Um clima mais quente significa uma estação de cultivo mais
longa e colheitas maiores. Um clima mais frio significa uma séria
limitação no abastecimento de alimentos. Agora pense nisso de uma
perspectiva estratégica superior. O conhecimento antecipado do
resfriamento global não seria a informação mais importante de
todas? Considere o valor estratégico de negar ao Ocidente o
conhecimento antecipado de uma fome global induzida pelo
resfriamento! Assim, você pode iludir seu inimigo a vender seus
estoques de grãos e negligenciar os dele próprio. Isso não
preservaria você dos efeitos do resfriamento global enquanto a
sociedade dele se desintegra com a fome e a má administração?
A importância de ter conhecimento e se preparar para o
resfriamento global não deve ser subestimada; pois tal preparação
necessitaria de uma política estrita no que diz respeito a comida e
água. Dependendo de onde se formam as massas de ar frio e em
quais latitudes, o resfriamento global significaria enchentes em
algumas regiões e seca em outras. Historicamente, o resfriamento
global tem coincidido com secas de uma década na China. Portanto,
deve-se fazer a pergunta: é por isso que a China construiu 87.000
barragens nos últimos setenta anos? Eles estão tentando armazenar
água porque antecipam secas severas, que historicamente
devastaram a sua agricultura durante grandes mínimos solares no
passado? Considere este relatório indiano sobre as barragens da
China. É um caso de guerra pela água por si só, ou se trata do
armazenamento de água em um continente seco e superpovoado?

Vídeo: A China quer a guerra da água.[56]


Há muitos fatores a serem considerados e o quadro não está
totalmente claro. Mas uma coisa é certa: a narrativa da esquerda
sobre a "mudança climática" tem sido um ardiloso desvio de atenção
desde o início.
Nos últimos 35 anos, não há nenhuma evidência real de que a
humanidade causou o período quente dos três ciclos solares
anteriores. Os dados, mesmo em um gráfico simples, mostram que
estamos caminhando para algo muito diferente; quer dizer, um
período de resfriamento. Pelo bom senso, quase todo o nosso calor
vem do sol. Certamente não o recebemos da lua, e não o recebemos
da própria Terra, ou de nossos SUVs. O Sol é o principal condutor do
clima; não o homem, não os gases do efeito estufa. Não! O dióxido
de carbono não conduz o clima. O Sol conduz o clima. A relação de
causa e efeito aqui foi mal compreendida por aqueles gênios que
acreditam no que lhes dizem os "agentes de mudança" comunistas.
Considere a ciência real, por um momento, se puder agüentar.
Considere o que tem acontecido com o campo eletromagnético do
Sol durante as últimas quatro décadas:

Figura: Gráfico – Área das manchas solares: 1985-2019.

A atividade das manchas solares está em declínio, assim como


o campo eletromagnético do Sol (que acompanha as manchas
solares). Para explicar esse gráfico: aproximadamente a cada onze
anos, o campo eletromagnético do Sol perde a força, reverte e
recarrega. O gráfico acima, portanto, pressagia um enfraquecimento
constante do campo eletromagnético do Sol.
Com cada colapso sucessivo do campo eletromagnético solar, o
campo recarrega em um nível mais fraco. Isso é significativo porque
o campo eletromagnético do Sol bloqueia os raios cósmicos que
aceleram a formação de nuvens. As nuvens refletem o calor do sol
de volta ao espaço, resfriando o planeta. Atualmente, estamos no
fundo do poço do mínimo solar, e todas as evidências sugerem que o
campo eletromagnético do Sol não vai se recuperar até a máxima
anterior, levando a uma década de temperaturas significativamente
mais frias; quer dizer, teremos estações de cultivo mais curtas, clima
irregular — incluindo enchentes e secas (como as enchentes na
China).
O cientista dinamarquês Henrik Svensmark demonstrou que os
raios cósmicos, conhecidos como múons, ou partículas subatômicas
pesadas de estrelas em explosão, definitivamente aceleram a
formação de nuvens de chuva sobre os oceanos, resfriando a Terra e
aumentando a precipitação global. No ponto mais baixo do ciclo solar
de 24 a 25, o clima começará a ficar estranhamente frio em alguns
lugares e algumas regiões serão inundadas. Massas de ar frio
aparecerão, a corrente de jato mudará. O ar tropical será
redirecionado. O ar do Ártico será puxado para latitudes mais baixas
por cima dos continentes. O tempo gelado ocorrerá em épocas e em
lugares onde não deveria ocorrer. As colheitas serão arruinadas.
Algumas regiões experimentarão o aquecimento (devido à corrente
de jato), enquanto as temperaturas globais cairão em geral. (Por
exemplo, algumas fontes que consultei dizem que, durante os
períodos de resfriamento global, o oeste dos Estados Unidos
experimentará temperaturas mais quentes do que a média).
Se você acha que Svensmark é um palhaço, e insiste em
acreditar na teoria dos gases do efeito estufa, então também deve
colocar os cientistas chineses e russos no departamento dos
palhaços. Estes, é claro, não falsificaram seus dados para eliminar o
período de aquecimento medieval de vários séculos atrás. Eles não
acreditam servilmente num "consenso científico" sobre "mudanças
climáticas". Eles fazem o seu trabalho em silêncio.
Do South China Morning Post de 11 de agosto de 2019, a
manchete de Stephen Chen diz: "Cientistas da China alertam que a
natureza traz um resfriamento global escondido na manga."[57] De
acordo com Wu Jing do Instituto de Geologia e Geofísica da
Academia Chinesa de Ciências, o efeito dos gases de efeito estufa
produzidos pelo homem provavelmente tem sido "exagerado". Na
verdade, a China não está sofrendo com o aquecimento global, mas
com os efeitos do resfriamento, como atesta a neve de julho em
Pequim. A China também está sofrendo com grandes inundações. O
South China Morning Post culpa o "ar frio" no Pacífico Norte,
compelindo o ar úmido tropical até a China. Assim, as inundações na
China são causadas por um frio anormal e não por um calor anormal.
Os cientistas chineses temem que a conversa estridente sobre
"aquecimento global" deixe o público com uma "confiança
equivocada" de que podemos mudar o clima. O fato é que não há
muito que possamos fazer. A verdadeira ameaça para a humanidade
pode não ser o aquecimento global, mas o resfriamento global, que o
artigo de Chen diz que "pode nos pegar totalmente despreparados
— causando o caos, o pânico, a fome e até guerras..."
Agora há um ponto a se considerar. Dada a paciente ascensão
da China de um status atrasado ao de superpotência, por que ela
começaria a agir agressivamente agora? Olhando-se para a
vulnerabilidade da China ao clima, especialmente a perda de safras
da China para as enchentes e a baixa temperatura do final da
primavera no norte, aparece aí uma ponta de desespero. Os
chineses têm esperado pela seca e pela fome? Eles estão
preparando uma guerra por causa dessas expectativas?
Alguém em Washington está fazendo as perguntas certas aqui?
[58]

Subversão cultural e ditadura socialista


18/08/2020

É a... construção de uma nova consciência coletiva pelo


ataque, mediante a luta ideológico-cultural e a ação política,
a todos os fundamentos 'intelectuais-morais' da sociedade
burguesa. Isso significa… uma revolução cultural
completa...
— CARL BOGGS
GRAMSCI’S MARXISM, PP. 121-123

De acordo com uma história dos "órgãos" da Segurança do


Estado soviética, publicada em 1977, cidadãos soviéticos
politicamente "instáveis" eram monitorados e "administrados" pela
KGB. Acontece que esse manejo exigia um tipo especial de trabalho
"profilático". O segredo era persuadir o cidadão soviético em
questão a reconhecer o "dano político" das "indiscrições cometidas...
[de modo que pudessem] voltar ao caminho certo". Se essa
"persuasão" fosse bem-sucedida, evitaria violações criminosas do
sistema de segurança soviético e da estrutura social.
Um processo semelhante de correção "profilática" foi
estabelecido hoje, nos Estados Unidos. Só que tem sido feito sem
referência aos órgãos de segurança do Estado ou à polícia. Se você
é um profissional em quase todas as áreas, você provavelmente foi
obrigado a aceitar os dogmas ou programas politicamente corretos.
Por exemplo, seu emprego ou carreira pode ser prejudicado caso
ouvirem você por acaso dizer que casamento é a união de homem e
mulher. Ou suas notas podem ser prejudicadas em um curso
universitário se você questionar a "ciência consolidada" do
aquecimento global antropogênico. Pior ainda, você pode ser
atacado e espancado na rua por dizer: "Todas as vidas são
importantes."
Nosso sistema emergente de controle cultural antecipa um futuro
sistema de controle policial. Elementos anti-socialistas são
rotineiramente identificados e demonizados (como visto no caso do
presidente Donald Trump ou de seus seguidores). Uma vasta
doutrinação, utilizando a pressão grupal dos colegas e incentivos à
carreira, tem estado em construção há muito tempo nos Estados
Unidos. Cidadãos em todas as esferas da vida são julgados como
"responsáveis" ou "irresponsáveis" com base em sua disposição de
cooperar com a agitação-propaganda do lado socialista. Aqueles que
se opõem ao socialismo são considerados "reacionários". Aqueles
que vacilam e tentam adotar o pensamento independente são
rotulados de "imaturos". Não se trata de ser preso. O sistema
funciona propagando conseqüências sociais e administrativas —
aplicadas por gerentes, professores e colegas. Ele tem progredido
lentamente, imperceptível, usando palavras em código que evitam
declarações socialistas diretas. Sempre, nesse processo, o lado
socialista avança sob um disfarse, usando o ambientalismo, o anti-
racismo e a preocupação com os pobres.
A coisa toda é uma pilantragem cínica. Aqueles que enxergam
através dela são marcados para o ostracismo. Isso é especialmente
verdadeiro para aqueles que tentam expor as atividades subversivas
do lado socialista. Essas pessoas são denegridas. Elas são levadas
a se sentir como malucas, expulsas da sociedade respeitável para as
periferias; demitidas de seus empregos acadêmicos ou públicos,
forçadas a se aposentar ou pior.
Esse processo têm feito muitas vítimas. Naturalmente, em uma
sociedade livre, aqueles que são colocados para fora do ensino, do
governo ou da mídia podem tentar uma nova profissão. Eles podem
encontrar emprego como lavadores de pratos, baristas ou porteiros
noturnos. Eles não são presos ou executados, como aconteceria na
China, em Cuba ou na Coréia do Norte; portanto, alguém poderia
perguntar por que é que se deveria chegar a falar em vítimas. A
tirania suave da esquerda americana se considera humana. No
entanto, uma sociedade que acredita numa mentira e amordaça os
que dizem a verdade não permanecerá humana por muito tempo.
O que vem acontecendo na América, há muitos anos, é uma
revolução cultural que prepara o caminho para um tipo mais violento
de levante. Como Carl Boggs explicou em seu livro sobre o marxismo
de Gramsci, estamos falando de "uma revolução cultural completa
que se propõe a transformar todas as dimensões da vida cotidiana e
estabelecer as bases psicológicas sociais do socialismo antes de a
questão do poder do Estado organizado ser resolvida."
Eis uma abordagem defendida pelo comunista italiano Antonio
Gramsci. É uma emenda à teoria revolucionária de Lenin, oferecendo
a perspectiva de mudanças culturais que facilitarão a tomada
revolucionária do poder em um país capitalista avançado (como os
Estados Unidos).
Para entender a contribuição de Gramsci para a teoria leninista,
vale a pena examinar o conceito leninista de "ditadura do proletariado
[isto é, da classe trabalhadora]". De acordo com Marx, o estado é
uma máquina de opressão de classe. Portanto, a atual forma de
governo nos Estados Unidos é chamada pelos marxistas de "a
Ditadura da Burguesia [isto é, a ditadura dos que são donos de
empresas]". É, de acordo com os marxistas, uma forma de governo
em que os ricos empregam a democracia e o livre mercado para
roubar os pobres. O objetivo da revolução marxista-leninista é
derrubar a ditadura da burguesia em favor da ditadura do
proletariado.
O que é, então, a ditadura do proletariado? Primeiro, é "o
instrumento da revolução do proletariado". Em segundo lugar,
significa o "domínio sobre a burguesia". Como tal, ela se interessa
pelo poder político. Mas a tomada do poder não é o objetivo final.
De acordo com J. V. Stalin, em seu livro Fundamentos do Leninismo,
"A tomada do poder é apenas o começo". Por quê? Porque o poder
da burguesia não se quebra com a conquista do governo. Em muitos
casos, a burguesia pode tomar o governo de volta. A questão é
como evitar isso. De acordo com Stalin, "a idéia central é reter o
poder, consolidá-lo, torná-lo invencível."
A consolidação do poder em um sistema federal, sujeito a freios
e contrapesos, com governos estaduais e um governo nacional
operando separadamente, não é fácil. Requer décadas de trabalho
árduo. (Eis porque Gramsci é tão útil!). Vemos como os marxistas
nos Estados Unidos sempre buscaram a centralização do poder de
uma forma que nenhum mecanismo de lei — nenhum freio e
contrapeso — poderia se opor efetivamente. Seu controle das
alavancas burocráticas é a essência do "deep state". Ele se recusa a
obedecer a freios e contrapesos, procedimentos legais e ordens
legais de magistrados eleitos. Ele só obedecerá quando um
presidente do lado socialista entrar na Casa Branca.
Para atingir a invencibilidade na consolidação do poder,
observou Stalin, três tarefas principais devem ser realizadas.
Primeiro, quebrar a resistência dos proprietários e capitalistas, "para
liquidar toda tentativa de sua parte para restaurar o poder do
capital". Segundo, preparar a eliminação das classes média e alta.
Terceiro, "armar a revolução, organizar o exército da revolução..."
A resistência pode ser quebrada, por exemplo, retirando-se a
verba da polícia, difundindo-se as pilhagens, colapsando-se a
moeda. Ao mesmo tempo, a infiltração marxista nas grandes
empresas pode ser usada para encenar provocações que ressaltem
a maldade dos capitalistas. É importante, do ponto de vista da
revolução, que os capitalistas sejam sempre culpados.
Psicologicamente, a expropriação dos ricos precisa acontecer
de repente. Ela deve ser implacável e completa. Ela é facilitada pelo
fato de que os ricos são numericamente insignificantes e o governo
pode ser levado a se voltar contra eles. Se, ao mesmo tempo, as
massas estiverem fazendo tumulto e saqueando, os ricos se verão
numa situação desesperadora.
No que se refere a estabelecer uma sociedade socialista, a
coisa mais difícil de se realizar, em tudo isso, é a expropriação dos
pequenos empresários. Essas pessoas são bastante numerosas.
Elas têm o pensamento independente. Onde quer que elas existam,
o capitalismo continua. Para garantir a segurança da nova ditadura,
de acordo com Lenin, "a abolição das classes significa não só
expulsar os proprietários e capitalistas", o que se consegue com
relativa facilidade. Ela significa "abolir os pequenos produtores de
mercadorias..."
Sim, significa que todas as pequenas empresas devem
desaparecer. Elas não podem ter permissão para existir.
Naturalmente, sua resistência pode se tornar violenta. Assim, Lenin
explicou: "A ditadura do proletariado é uma... guerra implacável
travada... contra um inimigo mais poderoso, a burguesia, cuja
resistência é multiplicada por dez com sua derrubada."
A teoria revolucionária antecipa uma reação burguesa muito
violenta. A contra-revolução que se segue ao estabelecimento da
"ditadura do proletariado" exigirá que os marxistas usem formas de
luta sangrentas e incruentas. Isso envolverá meios de persuasão
violentos e pacíficos. Contará com armas educacionais, econômicas
e administrativas para esmagar "as forças e tradições da velha
sociedade", observou Lenin.
Acerca desse processo, Karl Marx disse aos trabalhadores:
"Vocês terão de passar por quinze, vinte, cinqüenta anos de guerras
civis e conflitos internacionais... não só para mudar as condições
existentes, mas também para mudar a si mesmos e se tornarem
capazes de exercer o poder político..."
Lenin escreveu: "Será necessário, sob a ditadura do
proletariado, reeducar milhões de... pequenos proprietários,
centenas de milhares de empregados de escritório, funcionários
públicos e intelectuais burgueses, a fim de subordiná-los todos ao
Estado proletário e à liderança proletária, a fim de superar seus
hábitos e tradições burguesas..."
Lenin brincava que os trabalhadores não desistiriam facilmente
de seus "preconceitos burgueses de um só golpe, por milagre, por
ordem da Virgem Maria..." Isso só aconteceria, dizia ele, "no curso
de uma longa e difícil luta das massas contra as influências, nas
massas pequeno-burguesas," da tradição.
A luta que Lenin descreveu envolverá slogans e estratagemas;
mas também envolverá o rompimento violento da velha ordem em
todas as suas particularidades. A ditadura do proletariado, como
uma nova forma de governo, disse Stalin, "é um poder revolucionário
baseado no uso da força contra a burguesia".
Talvez a nota mais importante que Stalin incorpora ao seu
resumo dos ensinamentos leninistas sobre a ditadura do proletariado
é que essa ditadura "não pode surgir como o resultado do
desenvolvimento pacífico da sociedade burguesa e da democracia
burguesa..." Esta ditadura, que os comunistas procuram estabelecer
a todo custo, "só pode surgir como o resultado do esmagamento da
máquina do Estado burguês, do exército burguês, do aparelho
burocrático burguês, da polícia burguesa."
Estremecemos ao imaginar o "esmagamento" de tantas
instituições, a destruição do próprio sistema capitalista e o advento
de uma ditadura socialista plena. Pergunte a si mesmo: o meio de
dissuasão nuclear da América sobreviveria a tal
processo? Certamente, Pequim aplaudiria o advento de um regime
comunista em Washington, nem que seja só porque o domínio
mundial chinês estaria garantido.
É hora de sair da Califórnia
09/09/2020

Não adianta mentir para nós mesmos. O estado da Califórnia


não é mais seguro. O seu governo assumiu a aparência de algo
hostil. Ele é "progressista", havendo se virado para a "esquerda". Ele
colocou o tapete de boas-vindas para o La Raza (UnidosUS), o
Antifa e o Exército da Libertação Popular. O estado parece ser
administrado por marxistas. Isso deveria nos surpreender? As elites
empresariais e políticas da Califórnia estão ligadas a Pequim. São
Francisco, com seus muitos acampamentos de sem-teto, é parte
colônia chinesa e parte zoológico liberal. Enquanto isso, Los Angeles
está se tornando uma cidade estrangeira.
Enquanto estas palavras são escritas, a Califórnia queima. Do
lado de fora da minha janela, cinzas estão caindo. O céu tem um
brilho laranja-rosado porque incêndios florestais estão assolando
todo o estado. Ontem, os incêndios derrubaram a nossa conexão
com a internet. Os principais políticos do estado colocam a culpa dos
incêndios no fracasso de Trump em combater o "aquecimento
global". Mas os incêndios florestais não se devem a mudanças
climáticas globais. Os incêndios, escreveu Chuck Devore da Forbes
Magazine, são o resultado de "décadas de má gestão ambiental que
criou um barril de pólvora de madeira não colhida, árvores mortas e
espessa vegetação rasteira."[59]
Os esquerdistas radicais, que dominam a Califórnia, estão
destruindo-a lentamente. Seus anseios totalitários sempre estiveram
em evidência. Se você tiver alguma dúvida sobre o assunto,
considere o que aconteceu com a senadora estadual republicana da
Califórnia, Janet Nguyen, em 23 de fevereiro de 2017. Logo após a
morte do senador Tom Hayden, um radical pró-comunista, Nguyen
preparou um comentário sobre as atividades traiçoeiras de Hayden
durante a Guerra do Vietnã. Ela primeiro leu sua declaração em
vietnamita, mas assim que começou a pronunciá-la em inglês, o
senador presidente Ricardo Lara disse que ela estava fora das
normas, desligou-lhe o microfone e trouxe o oficial de justiça para
escoltá-la para fora a sala.[60]
Mesmo antes de Nguyen tentar criticar Hayden, um membro
democrata chamado Dan Reeves, trabalhando para o presidente do
Senado, Kevin de Leon, havia enviado um e-mail para a equipe de
Nguyen, avisando que qualquer declaração contra o senador Hayden
seria uma violação dos direitos de Hayden e "será considerada fora
das normas e reprovada pelo corpo [do Senado]."
O presidente do Senado, Kevin de Leon, assumiu total
responsabilidade pela ação contra Nguyen, enfim concordando em
deixá-la falar. No entanto, os verdadeiros sentimentos de De Leon
são melhor refletidos nas novas declarações de seu colaborador,
Dan Reeves, que afirmou que Nguyen não tinha nenhum direito de
criticar Hayden porque Hayden não a havia criticado. Podemos ver,
por meio disso, o verdadeiro norte da bússola moral do dirigente
democrata.
Esse lamentável caso aconteceu há mais de três anos. Hoje a
situação continua piorando. O governo estadual, por se opor à
eletricidade pelo bem do "planeta", não permitiu a construção de
usinas elétricas suficientes; então a onda de calor do mês passado
resultou em contínuos apagões, fechamentos de empresas e horas
de trabalho perdidas. No outono passado, houve desligamentos
preventivos de energia. Veja só: a possibilidade ocasional de que o
vento pudesse derrubar uma árvore numa linha de energia resultou
em cidades inteiras sendo privadas de energia. E no entanto as
florestas e os arbustos queimam mesmo assim.
O ambientalismo do tipo comunista, voltado para a sabotagem
da propriedade privada, é um aspecto importante da política da
Califórnia. Lembra da coruja-pintada? Eles interromperam a queda
de árvores para salvar a coruja-pintada. Agora a coruja-pintada foi
queimada junto com o seu habitat porque os madeireiros não estão
limpando as árvores mortas e os galhos quebrados.
Seria uma ilusão esperar que o partido governante da Califórnia
mudasse. Eles não vão reprovar suas políticas radicais.
Conseqüentemente, empresas e pessoas estão deixando o estado.
Elas estão votando com os pés. Como um amigo em São Francisco
me disse esta manhã: "O povo está fugindo, os aluguéis estão
caindo; mas, mesmo com os aluguéis caindo, o povo não quer morar
aqui, porque aqui virou um esgoto."
O sinal está claro. É hora de sair da Califórnia. Estou me
preparando para sair também. Aconteça o que acontecer, vai piorar
na Califórnia antes de melhorar. Os Estados Unidos têm tolerado a
traição e a sedição por décadas. Nossa relutância coletiva para
identificar inimigos domésticos e externos levou o país a uma crise.
Mesmo agora, não estamos enfrentando os fatos. A Califórnia, assim
como a cidade de Nova York, está sendo abandonada por aqueles
que trabalham e produzem. Por quê? Porque, no final, os marxistas
são destruidores. Eles destruirão a propriedade privada. Eles
acabarão com a liberdade de expressão. À medida que forem
encorajados, sua tirania aumentará.

O 13º Vindemiário da América?


16/09/2020

Daremos a eles um sopro de metralha.

— NAPOLEÃO BONAPARTE

Alguns dizem que a Revolução Francesa passou a se recuperar


quando Napoleão Bonaparte, no dia 13 do Vindemiário (5 de outubro)
1795, ordenou que 40 canhões abrissem fogo contra uma multidão
armada de 30.000 parisienses. A multidão estava vindo para atacar
a Convenção Nacional no Palácio das Tulherias. De quatrocentos a
mil "cidadãos" nas primeiras filas da multidão foram massacrados
por metralhas e balas. A multidão fugiu em pânico. O poder na
França permaneceu com cinco homens que, em 1799, deram lugar a
um único homem — Napoleão.
Na América, agora mesmo, uma revolução está em curso. Os
revolucionários se vêem como paladinos da igualdade, do anti-
racismo e da "salvação" do planeta. A mentalidade por trás da
revolução de hoje pode ser vislumbrada nas "segundas instruções
táticas" da Adbusters Media Foundation (a respeito de um cerco de
cinqüenta dias à Casa Branca, programado para 17 de setembro).
De acordo com a Adbusters, a América é oprimida por "forças das
trevas", consistindo em "hordas da direita alternativa (alt-right) e
supremacistas brancos" supostamente alinhados com o presidente
Donald Trump. Para salvar a democracia americana desses
"asseclas do mal", centenas de milhares de "manifestantes pacíficos"
estão sendo convocados a Washington, D.C. Seu objetivo declarado
é "lembrar a este regime autoritário" a importância da esquerda.
A Adbusters Media Foundation está localizada no Canadá. Ela
nem mesmo é americana. No entanto, decidiram intervir na política
americana. A esquerda é internacional, obviamente, tendo pouca
consideração por fronteiras ou nações. A esquerda também se opõe
à religião tradicional. Sua ideologia revolucionária é algo saído da
música de John Lennon, Imagine. Alguns acham que essa música é
linda. Mas, olhando de perto, é uma condenação de Deus e do país
(e, também, da propriedade):

Imagine que não há paraíso


É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Sobre nós somente o céu
Imagine todas as pessoas vivendo pelo dia de hoje

Imagine que não há países


Não é difícil imaginar
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador


Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo será um só

Imagine que não há posses


Eu me pergunto se você consegue
Nenhuma necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas compartilhando o mundo inteiro...

Vinda de uma estrela do rock super-rica vivendo sob o


capitalismo, a música é uma mistura muito peculiar de melodia e
hipocrisia. Se você tentar "imaginar" um mundo sem fé religiosa, sem
nações ou propriedade, é melhor você se preparar; pois pessoas
que não acreditam em nada são perigosas, e pessoas que não têm
país são chamadas de "apátridas", como os judeus que foram
asfixiados por Hitler. Fazer uma república do mundo inteiro é
construir uma Torre de Babel que desabará numa guerra civil. E um
mundo sem propriedade é ainda menos bonito; pois, como ninguém é
dono de nada, ninguém cuidará de nada. Por que alguém faria algo,
ou construiria algo, se não puder vendê-lo como propriedade para
outra pessoa? Os valores comunistas expressos na canção de John
Lennon são, na prática, uma inversão de todas as coisas
necessárias que tornam a civilização possível em primeiro lugar. E,
no entanto, nossos revolucionários, não conhecendo nem filosofia
nem história, vêem-se como filósofos e fazedores da história.
Se nossos jovens revolucionários conhecessem só um pouco de
história, saberiam quanto sangue foi derramado na tentativa de
construir sua utopia socialista no século XX. Se soubessem um
pouco sobre ciência política, saberiam que o seu ideal significa
tirania na prática. Mas eles não sabem quase nada. Isso é o que
condena estes filhos da revolução. Seus ideais foram testados na
Rússia Soviética e na China Comunista, em Cuba e na Venezuela —
e em muitos outros lugares, também. O resultado das revoluções
socialistas é sempre o conflito civil, fome causada pelo homem,
execuções em massa, informantes secretos, julgamentos
espetaculares, gulags e pobreza.
Ser tão desonesto a ponto de afirmar uma mentira e lutar por
essa mentira é renunciar à própria humanidade. Eis uma passagem
para a corrupção que apodrece a alma, se é que alguma vez houve
alguma. Ser tão descuidado, tão desatento, a ponto de
inconscientemente ficar do lado de "ideais" totalitários, é declarar-se
inimigo de todos os que pensam e de todos os que realmente se
importam. Essa desatenção se reflete na própria linguagem de
nossos jovens revolucionários. Considere, por assim dizer, as
profanações ultrajantes do ativista do Black Lives Matter, John
Sullivan, que deu o seguinte discurso em 29 de agosto para uma
multidão esquerdista em Washington, D.C.:

…meu nome é John Sullivan. Sou de Salt Lake City, Utah.


Meu grupo é o Insurgents USA. Estamos prestes a botar
fogo nesta merda. Foda-se esta merda... Poder para o
povo! Poder para o povo! Poder para o povo! [A multidão
repete o refrão] Isso aí, caralho! Precisamos chutar o
Trump pra fora daquele escritório lá, botando ele pra fora
daquela merda. Não [estamos] interessados em esperar
pela próxima eleição. [Estamos] interessados em pegar
esse filho da puta. Eu estou interessado nesta merda.
Porque, sabem que hora é agora? Quero que vocês
repitam depois de mim. É hora da revolução! É hora da
revolução! É hora da revolução! [A multidão repete o
refrão].[61]

Isso é a música de John Lennon sem a melodia bonita. É,


obviamente, um refrão sedicioso — incitando a rebelião contra o
governo. Como tal, é punível por multas e prisão, embora seja
duvidoso que Sullivan venha a ser punido algum dia. Essa agitação
revolucionária é, em todos os lados, alimentada pela tolerância
equivocada do Estado. O que vai resultar disso?
"As idéias têm conseqüências", observou Richard M. Weaver,
em um livro de mesmo título. A verdade absoluta existe; e somos
obrigados, como seres humanos, a encontrar essa verdade e viver
por ela. Caso contrário, a civilização declina ou colapsa; pois a
civilização se eleva apenas na medida em que a verdade é honrada.
O revolucionário violento de hoje, no entanto, não acredita na
verdade absoluta. Ele pode nem mesmo acreditar na realidade.
Noções falsas, ensinadas por professores socialistas, o degradaram.
O mesmo pode ser dito de nossos políticos pavorosos — cujas
invenções doentias não são mais toleráveis.
As falsas idéias de esquerda, que estão por trás da revolução
de hoje e podem ser fatais para o nosso país, são alimentadas e
transmitidas por nossas universidades. Elas são ignoradas pelos
políticos e repetidas ad nauseam pela mídia. Em sua forma atual,
elas demonizam um único homem: o Presidente Donald J. Trump.
Como nas "segundas instruções táticas" da Adbusters Media
Foundation, encontramos Trump descrito como "este presidente que
é uma grande nulidade" com "pecados demais para citar..." Mas a
"grande nulidade" verdadeira se encontra na esquerda. A canadense
Adbusters afirma estar trabalhando por "um movimento global de
mudança sistêmica — uma Primavera Global — um impulso cultural
em direção à verdadeira ordem mundial". Mas é tudo bobagem. Eles
não saberiam o que é uma "verdadeira ordem mundial". Em primeiro
lugar, se eles se importassem com a opressão, estariam agonizando
com os campos de trabalho escravo da China e da Coréia do Norte.
Mas não. Eles estão se preparando para atacar a Casa Branca; e
depois disso, os subúrbios.
Quem, de fato, defenderá os subúrbios? Qual oficial, designado
para defender, diria com Bonaparte: "Daremos a eles um sopro de
metralha"? Quem tem a coragem?
Em 1850, Thomas Carlyle escreveu: "A explosão francesa [de
1848], não prevista pelos homens mais astutos... [desafiou toda]
contabilização ou controle. Pouco depois dela… toda a Europa
explodiu...". Ele acrescentava: "Em todo lugar, a democracia
incomensurável se ergueu monstruosa, ruidosa, ostensiva,
inarticulada como a voz do caos". Carlyle disse que a civilização "foi
escandalosamente exposta aos cães e aos profanos..." Os reis da
Europa "olharam com horror repentino, a voz do mundo inteiro
urrando em seus ouvidos: 'Vão embora, seus hipócritas imbecis...
Fora com vocês, fora!'" O que era mais condenatório, pensava
Carlyle, era a fraqueza da resposta oficial. Ninguém "permaneceu em
seu reinado, como em um direito pelo qual ele poderia morrer, ou
arriscar a pele". Carlyle chamava essa resposta fraca de uma
"peculiaridade alarmante". Ele escreveu: "A democracia, nesta nova
ocasião, encontra todos os Reis conscientes de que são apenas
atores."
Hoje não temos um rei, mas uma Constituição. Nossa
Constituição, agora, é uma Constituição encenada? Alguém a
defenderá com seriedade? Pois, se você se comprometeu a
defender a Constituição, qual é a sua obrigação em relação aos
inimigos dela? Você não é obrigado a lidar com eles? Se você
prometeu fidelidade e é prefeito, governador, presidente, general
comandante, o que está esperando? Você não jurou defender a
Constituição contra "todos os inimigos, estrangeiros e domésticos"?
Ou é um juramento encenado que todos esses funcionários de
encenação fingiram fazer?
Ah, claro, eles nunca tiveram a intenção de cumprir o juramento!
Quando juraram, estavam todos apenas fingindo. Todo o nosso
funcionalismo, então, é uma fraude! Eis a "alarmante peculiaridade"
de Carlyle em nosso tempo, em que leis e formas de governo
solenemente constituídas são abolidas pelo "guincho" da voz juvenil
do Antifa. Napoleão foi um açougueiro no 13 Vindemiário? Sim.
Aquilo foi horrível? Sim. Tendo jurado defender a Constituição da
França, ele tinha alguma escolha? Não. Havia, diante dele, um dever
a defender. Você tinha a idéia errada de que defender é agradável?
A ordem é uma coisa necessária. Ela não deve ser colocada de
lado. O colapso da ordem, por sua própria natureza, sempre significa
uma carnificina encharcada em sangue. Se a violência é necessária
para fazer cumprir a ordem, então é uma violência necessária. No
entanto, a ordem não pode ser estabelecida por homens
fraudulentos ostentando idéias fraudulentas. É por isso que, nesta
conjuntura, apenas o verdadeiro pode nos salvar. Como Carlyle
observou:

Um fenômeno mais escandaloso... nunca afligiu a face do


sol. Falência em todo lugar; ignomínia suja, e a abominação
da desolação, em todos os lugares elevados: é odioso de
se olhar, como a carnificina de um campo de batalha na
manhã seguinte; — um massacre não dos inocentes... mas
uma queda universal de Impostores e de Imposturas na rua!

O mistério da doutrina militar da China


24/09/2020

Na guerra, a sujeição do inimigo é o fim, e a destruição de


suas forças de combate, o meio.
— CARL VON CLAUSEWITZ

Roger Cliff é o autor de um estudo recente sobre o Exército da


Libertação Popular (People’s Liberation Army — ELP),
intitulado China’s Military Power: Assessing Current and Future
Capabilities (Poder Militar da China: Avaliando Capacidades Atuais
e Futuras).[62] Cliff diz que as guerras modernas são decididas por
estratégia e doutrina. Ele também diz que a China esconde sua
doutrina militar por trás da desinformação e do sigilo.
Não deve ser surpresa que Pequim mantenha sua doutrina
militar oculta. A razão é simples. Os governantes chineses têm duas
faces: (1) uma face comunista; (2) uma face capitalista. Vamos
adivinhar qual é a sua verdadeira face?
O regime de Pequim é marxista-leninista. É totalitário e
criminoso. Ele reprime energicamente a dissidência, assassina
ativistas políticos, opera campos de trabalho de reeducação e
persegue fiéis religiosos. Acrescente-se a isso o crescimento militar
e o comportamento ameaçador da China em relação a Austrália,
Índia e Taiwan. Que sentido faz pensar que os líderes chineses são
capitalistas que apenas fingem ser comunistas?
De acordo com Roger Cliff, os objetivos militares da China são
determinados pelo Partido Comunista governante. Este partido
subscreve a teoria revolucionária leninista — uma teoria que visa
engendrar a ruína do capitalismo. Tradução: Pequim está tentando
derrotar os Estados Unidos.
Sobre este último ponto, Washington e o Pentágono estão
confusos. Ocasionalmente, eles vêem o que a China está tramando.
Mas então todos em Washington voltam a abraçar o panda. Alguém
poderia perguntar: por que negociamos com a China se Pequim usa
tantas práticas comerciais desleais? Por que toleramos seu contínuo
roubo intelectual e subversão política?
Aqui, descobrimos que os legisladores americanos também têm
duas faces. Eles têm uma face que fica indignada com os crimes de
Pequim e uma face que quer fazer negócios com Pequim. Qual é a
verdadeira face dos legisladores americanos? Vamos adivinhar?
É hora de dizer a verdade. A política americana de comércio
com a China é perigosa. Ela tem que parar. Não devemos
compartilhar tecnologia com o Exército da Libertação Popular. Não
devemos dar aos comunistas chineses acesso ao nosso sistema
financeiro. O presidente Xi Jinping é um bandido que está sentado no
alto de um regime assassino, repleto de corrupção e aparelhado
para a agressão militar. Uma colaboração estreita com tal regime
nos dará uma faca nas costas.
É apenas uma questão de quando os comunistas chineses
decidirão nos esfaquear. Afinal, a América é o inimigo que o Partido
Comunista jurou destruir. No livro de Roger Cliff, há várias pistas
sobre a estratégia militar da China para derrotar os Estados Unidos.
Sabemos que a estratégia chinesa enfatiza a preempção, a surpresa
e o desejo de "decisão rápida". Os textos chineses dizem: "tome a
iniciativa o mais rápido possível". Consistentes com a prática chinesa
antiga, esses textos também enfatizam evitar um "engajamento direto
com as forças militares inimigas", juntamente com "ataques de
precisão" e "liderança unificada sob comando centralizado".
Em termos da doutrina militar da China, eis os lemas para os
documentos secretos de "Orientação de Campanha" da China: (1)
"operações combinadas integradas" (sugere uma invasão anfíbia);
(2) "novos domínios de luta" (sugere que a operação anfíbia mirará
em objetivos fora da esfera de influência da China); (3) "expansão do
escopo das operações" (sugere um palco de operações inteiramente
novo). Se tomarmos juntos os três conceitos de "Orientação de
Campanha", parece que os chineses vislumbram algum tipo de
invasão naval/anfíbia envolvendo "novos domínios", mediante a
expanção do "escopo das operações [militares]."
Mais recentemente, o ELP emitiu um quarto conceito de
"Orientação de Campanha" em apoio aos três primeiros: a saber,
"operações antiterroristas". Os chineses aparentemente esperam
ocupar o território de alguém, encarregando-se da resistência civil
(isto é, "terrorismo"). Assim, o "antiterrorismo" é necessário,
possivelmente seguindo as linhas das referências do General Chi
Haotian (em seu discurso secreto)[63] ao assassinato de "mulheres,
crianças e prisioneiros de guerra".
Poderiam os documentos de "Orientação de Campanha" do ELP
referir-se a um ataque direto ao território dos EUA após o colapso
da economia dos EUA num cenário de guerra civil?
Quando questionado pelo autor se uma invasão da América do
Norte já foi alguma vez contemplada por estrategistas russos ou
chineses, o Coronel Stanislav Lunev (um desertor russo) se referiu
à Operação Weserübung — a invasão alemã da Noruega em 1940.
Em seguida, ele fez uma menção especial às tropas de infiltração
alemãs. O papel dessas tropas, em um cenário de invasão
russa/chinesa, poderia ser bastante ampliado para operações na
América do Norte. As tropas poderiam ser infiltradas nos Estados
Unidos como turistas, estudantes ou estrangeiros ilegais. Uma vez
dentro dos Estados Unidos, elas poderiam pegar uniformes e armas
em esconderijos de armas secretos. Elas poderiam então assegurar
os principais pontos de entrada (como aeródromos e portos). As
forças invasoras não precisam vir diretamente da China ou da
Rússia. Lunev observou que as idéias apresentadas no Telegrama
Zimmerman,[64] durante a Primeira Guerra Mundial, estavam à frente
de seu tempo. Nesse telegrama, o Ministério das Relações
Exteriores da Alemanha propôs uma aliança militar entre o México e
a Alemanha Imperial. O México, nas circunstâncias certas, poderia
ser um importante aliado de uma potência invasora. (Embora a
Alemanha naquela época não estivesse em posição de invadir os
Estados Unidos ou de posicionar tropas no México).[65]

A conversa democrata sobre secessão


28/09/2020

Caros Estados Vermelhos... Decidimos ir embora.


Pretendemos formar nosso próprio país, estamos levando
os outros Estados Azuis[66] conosco... isso inclui Havaí,
Óregon, Califórnia, Novo México, Washington, Minnesota,
Wisconsin, Michigan, Illinois e todo o Nordeste.

— LANNY DAVIS (TWITTER)

O que devemos pensar sobre democratas proeminentes, como


Lanny Davis, que querem dividir a América em dois países
separados — segundo linhas partidárias?
Em seu discurso de despedida, George Washington explicou que
a união deve ser considerada como "o paládio" de nossa "segurança
política e prosperidade..." A união é tão benéfica, e a desunião tão
prejudicial, ele acrescentou, "que sempre haverá razão para
desconfiar do patriotismo daqueles que em qualquer parte possam
se esforçar para enfraquecer os seus vínculos".
Washington advertiu contra aqueles que, ao buscar a desunião,
distorcem as opiniões e objetivos dos outros: "Nunca é demais se
proteger contra os ciúmes e ressentimentos que brotam dessas
distorções; eles tendem a tornar estranhos uns para os outros
aqueles que deveriam estar unidos pelo afeto fraternal".
Um governo da totalidade é "indispensável", disse Washington,
mesmo que apenas por razões de defesa nacional. Ele explicou:
"Nenhuma aliança, por mais estrita que seja, entre as partes pode
ser um substituto adequado; elas inevitavelmente vivenciarão as
infrações e interrupções que todas as alianças em todos os tempos
vivenciaram." A Constituição que nos une sob uma única lei, "é
inviolavelmente obrigatória para todos. A própria idéia de o poder e o
direito do povo estabelecerem um governo pressupõe o dever de
cada indivíduo obedecer ao governo estabelecido."
Qualquer coisa destrutiva desses princípios fundamentais,
advertiu Washington, terá "uma tendência fatal". Qualquer coisa que
sirva para "organizar uma facção, para lhe dar uma força artificial e
extraordinária", deve ser desaprovada. A oposição constante à
autoridade reconhecida e "o espírito de inovação em relação aos
seus princípios" também devem ser desaprovados. Washington
considerou que o "espírito partidário" é justameente o "pior inimigo"
do governo popular:

A dominação alternada de uma facção sobre a outra,


aguçada pelo espírito de vingança, natural da dissensão
partidária, que em diferentes épocas e países perpetrou as
mais horríveis enormidades, é ela mesma um despotismo
assustador.

Washington advertiu que a contenda partidária "agita a


comunidade com ciúmes infundados e alarmes falsos, desperta
animosidade de uma parte contra a outra, fomenta ocasionalmente
tumultos e insurreições". Mais perigoso ainda, Washington alertou
que despertar tal animosidade interna "abre a porta para a influência
e corrupção estrangeira, que encontra um acesso facilitado ao
próprio governo por meio dos canais das paixões partidárias". Em
outras palavras, os Estados Unidos, por meio desse processo,
poderiam ficar sujeitos a uma potência estrangeira.
A conversa de secessão por parte de um democrata
proeminente, como o ex-conselheiro especial da Casa Branca Lanny
Davis, não é brincadeira. Ele exibe, em vários tuítes, um ódio ardente
por cristãos e conservadores, referindo-se a eles como
"desgraçados loucos". Seus elevados ideais não passam de má
educação, insolência e cinismo degenerado.
Você quer dividir o país, Lanny? Pessoas da sua laia têm tido a
permissão de dominar o nosso país por tempo demais. Agora vemos
o que vocês são; isto é, todas aquelas coisas que vocês acusam os
outros de ser. Sim, Lanny, isso mesmo. Você é um homenzinho
desagregador. Um intolerante. Você não tem caridade para com
seus próprios compatriotas; e você não tem nenhum intelecto
verdadeiro, sendo incapaz de avaliar os argumentos intelectuais
daqueles que você tem denunciado. Você realmente acha que é
honesto — ou mesmo inteligente — dizer que uma criança humana
nascitura não é humana? Você acha que é inteligente sugerir (por
meio de argumentos complicados) que nosso país não deveria ter
uma fronteira? — quando todos os outros países do mundo têm
uma! Sua opinião é a de que Trump é um belicista e um fantoche
russo? Olhe para seus clientes, Sr. Davis. Quer ver um fantoche da
Rússia e da China? Os Clinton se encaixam na descrição muito
melhor que o presidente Trump.
Divida este país por sua própria conta e risco, Sr. Davis. A
União é indivisível. Milhões lutaram por ela e milhões lutarão
novamente. E agora você mostra suas presas esquerdistas, como se
quisesse nos impressionar. Muitos de nós já sabemos o que você é.
Sim, enxergamos você com clareza: — enxergamos o seu coração
de traidor, seus clientes corruptos, suas cidades azuis disfuncionais
(como São Francisco e Nova York) sendo entregues a bandidos e
criminosos. Tudo em seu mundo cheira a esgoto a céu aberto. Nós
entendemos. Entendemos sim.
Você é um subversivo, Sr. Davis, e agora é um defensor da
traição. Então, eis aqui algumas linhas de escolha a respeito de seu
projeto, retiradas de Tróilo e Créssida de Shakespeare:

Oh, quando os graus se abalam,


Que são a escada a todo alto desígnio,
Logo se adoenta a empreitada! Como poderiam as
comunidades,
Os graus nas escolas e as confrarias nas cidades,
O comércio pacato desde margens divisíveis,
A primogenitura e o direito de nascença,
A prerrogativa da idade, as coroas, cetros, louros,
Senão pelos graus, manter-se no lugar autêntico?
Apenas retirai os graus, desafinai esta corda,
E ouvi a discórdia que se segue! Cada coisa se encontra
Na mera opugnação. As águas delimitadas
Alçariam as superfícies mais alto que as margens,
Ensopando todo este globo sólido;
O vigor seria senhor da imbecilidade,
E o insolente filho golpearia o pai à morte;
A força estaria certa; ou antes, o certo e o errado
(Entre cujo jarro infinito a justiça reside)
Perderiam os nomes, e assim perderia a justiça também.
Tudo então inclui-se no poder,
O poder, na vontade, a vontade, no apetite;
E o apetite, um lobo universal,
Assim duplamente secundado por vontade e poder,
Há de fazer por força uma presa universal,
E no fim comer-se a si mesmo.

A dialética de Putin
09/10/2020

O Partido Democrata está tradicionalmente mais próximo


de... idéias social-democratas. E foi a partir do ambiente
social-democrata que o Partido Comunista evoluiu. Afinal,
eu fui membro do Partido Comunista Soviético por quase 20
anos. Eu era membro da base, mas pode-se dizer que eu
acreditava nas idéias do partido. Ainda gosto de muitos
desses valores de esquerda. Igualdade e fraternidade. O
que há de ruim neles? Na verdade, eles são semelhantes
aos valores cristãos.
— VLADIMIR PUTIN

O presidente Vladimir Putin, da Rússia, deu uma entrevista na


semana passada, na qual negou ter interferido nas eleições
americanas. Ele foi questionado sobre qual candidato o agradava
mais — Trump ou Biden? "Somos espectadores", respondeu Putin;
"não interferimos no processo". Sobre as alegações de que a Rússia
tinha interferido nas eleições americanas no passado, ele disse:
"Isso é a prova do padrão da cultura política [na América] — ou da
falta dele."
Putin achou um pouco divertido o crédito que ele recebeu (dos
democratas) por manipular as eleições de 2016. Referindo-se ao
impeachment de Trump no início deste ano, Putin observou: "quando
alguém tenta humilhar ou insultar o chefe de estado em exercício,
neste caso... isso na verdade aumenta o nosso prestígio, porque
estão falando sobre nossa incrível influência e poder. De certa forma,
pode-se dizer que eles estão jogando a nosso favor..."
A sutileza de duplo sentido dos comentários de Putin não parou
por aí. Putin admitiu que o presidente Trump estava interessado em
melhorar as relações russo-americanas. Embora isso certamente
tenha sido apreciado em Moscou, a realidade da política de Trump
acaba sendo negativa em relação à Rússia. De acordo com Putin, "o
maior número de tipos variados de restrições e sanções foi
introduzido durante a presidência de Trump". Trump impôs novas
sanções ou estendeu sanções existentes 46 vezes e retirou-se do
Tratado INF, disse o presidente russo.
Então Putin começou a analisar os democratas. Ele notou a
"retórica anti-russa bastante contundente" dos democratas. No
entanto, os democratas compartilham idéias social-democratas
européias, e essas também são as idéias do Partido Comunista da
União Soviética. Este foi o partido ao qual Putin pertenceu por quase
vinte anos. Putin admitiu: "Eu acreditava nas idéias do partido. Ainda
gosto de muitos desses valores de esquerda. Igualdade e
fraternidade O que há de ruim neles? Na verdade, eles são
semelhantes aos valores cristãos." Portanto, insistiu ele, há "uma
base ideológica para desenvolver contatos com o representante
democrata".
Então, com uma piscadela para o Black Lives Matter, Putin
disse: "É um fato que os afro-americanos constituem… um dos
eleitorados do Partido Democrata. É um fato bem conhecido... A
União Soviética também apoiou o movimento dos afro-americanos
por seus direitos legítimos." Putin acrescentou:

Lá na década de 1930, os líderes da Internacional


Comunista escreveram que tanto os trabalhadores negros
quanto os brancos tinham um inimigo comum — o
imperialismo e o capitalismo. Eles também escreveram que
essas pessoas poderiam se tornar o grupo mais eficaz na
futura batalha revolucionária. Então, isso é algo que pode
ser visto… como valores comuns, se não como um agente
unificador para nós. Não tenho medo de dizer isso. Essa é
a verdade. Você se lembra… de uma época em que
enormes retratos de Angela Davis, membro do Partido
Comunista dos Estados Unidos e ardente lutadora pelos
direitos dos afro-americanos, estavam em exibição em toda
a União Soviética?

A camaradagem ideológica entre comunistas soviéticos e


democratas americanos é agora inequívoca, e Putin escolheu um
momento interessante para acenar para seus camaradas
americanos. Muitos ficarão surpresos, talvez até alarmados com
essa guinada repentina; mas não há absolutamente guinada
nenhuma. Em geral, o mundo tem sido enganado pelos russos. Putin
não é nacionalista, como os nacionalistas russos têm atestado. Putin
não é pró-capitalista. Ele ainda gosta das idéias marxistas, assim
como seus futuros parceiros no Partido Democrata. Na verdade,
Putin disse que Biden está "pronto" para assinar um "novo tratado
sobre reduções de ofensiva estratégica" com Moscou.
Como Putin sabe com o que Biden está pronto para concordar?
Bem, em vista dos relacionamentos anteriores de Biden com
"antigos" funcionários soviéticos na Ucrânia e na Rússia, e os
negócios lucrativos de sua família com a China comunista, a resposta
deveria ser óbvia. O engraçado para o ex-coronel da KGB é que ele
pode dizer a verdade, de maneira clara e simples, enquanto muitos
observadores simplesmente não acreditarão nele. Enquanto isso, os
comunistas nas ruas da América são encorajados por tais
comentários. Eles têm um aliado poderoso no Kremlin e um aliado
poderoso em Pequim. Portanto, está na hora de queimar mais lojas
sofisticadas, forçar os brancos do subúrbio a se ajoelhar e derrubar
o governo.[67]

Dois presidentes, duas narrativas


11/11/2020

O Sr. Lincoln chegou a Washington e assumiu as rédeas do


controle. Logo ficou muito evidente que, no que diz respeito
ao Partido Republicano, a secessão, se administrada de
maneira adequada, é mais um benefício do que um
infortúnio.

— HENRY ADAMS

Em seu famoso ensaio, "The Great Secession Winter of 1860-


61" ("O Inverno da Grande Secessão de 1860-61"), Henry Adams
escreveu: "Aparece de maneira muito generalizada entre nosso povo
que a nossa teoria de governo é um fracasso." Essa falha se
manifestou em 18 de fevereiro de 1861, quando Jefferson Davis
prestou juramento como Presidente Provisório dos Estados
Confederados da América na escada do Capitólio do Estado do
Alabama. Duas semanas depois, Abraham Lincoln foi empossado
como o 16º presidente dos Estados Unidos no Pórtico Leste do
Capitólio dos Estados Unidos em Washington, D.C. Naquele
momento, a América tinha dois presidentes em vez de um. Duas
narrativas em vez de uma. Dois exércitos opostos em vez de um
exército unificado.
É claro que foi um erro de Adams pensar que a divisão do país
era "antes um benefício que um infortúnio". Ele não previa os campos
de batalha cobertos de cadáveres. Ele não dizia como as incontáveis
disputas seriam resolvidas entre o Norte e o Sul. Adams era então
inexperiente demais para ver que nenhum benefício poderia sair de
dois presidentes liderando dois países com dois exércitos.
A polarização política da América, antes de 1861, foi um
processo gradual. Demorou tanto, e avançou com tanta sutileza, que
Abraham Lincoln zombou da probabilidade da secessão do Sul
durante a convenção do Partido Republicano de 1860 em Chicago. O
Sul estava blefando, disse ele. A secessão nunca aconteceria porque
o Sul perderia cargos federais e privilégios. Obviamente, Lincoln
estava errado. A maioria dos políticos do Sul não se importava com
cargos federais e privilégios. Eles tinham outras prioridades. Pode-se
dizer, portanto, que um longo processo de polarização levou a um
desmembramento do país e a uma guerra civil sangrenta.
A polarização da América, antes de 2020, também foi gradual —
mascarada pela prosperidade e aparente estabilidade do país. O
país agora está dividido em dois campos, governados por princípios
diametralmente opostos. As diferenças são agora tão contundentes,
tão profundas, que é inconcebível que tolerem um ao outro por muito
tempo. A violência do verão passado é apenas uma amostra do que
devemos esperar.
Apesar do que a mídia diz, Joseph Biden não ganhou a
presidência legalmente. A eleição está em disputa por causa de
"irregularidades" eleitorais. E agora, com dezenas de milhões de
cédulas pelo correio, um princípio básico das eleições livres e justas
foi violado; ou seja, a exigência de que as pessoas compareçam
pessoalmente para votar. Uma eleição com cédulas pelo correio,
enviada por Deus sabe quem, era um convite permanente à fraude. E
uma fraude gigantesca foi exatamente o que aconteceu.
Votar tem a ver com responsabilidade do governo. A fraude
eleitoral, em sua essência, anula essa responsabilidade. Grande
parte de nossa mídia, e os partidários de Biden, não querem ser
responsabilizados. De seus lábios, falar em investigar
"irregularidades" eleitorais produz zombaria, de um lado, e ameaças,
de outro. Por vários indícios, dão-nos a entender que qualquer
contagem adequada dos votos pode levar à violência generalizada. A
esquerda, afinal, preparou esta ameaça com antecedência
(exatamente para esta eventualidade).
Desde os saques e vandalismos do verão passado, a esquerda
tem recorrido à violência e à intimidação. Sua política é a política da
extorsão. A esquerda, em essência, está pedindo ao país que
comprometa a transparência eleitoral para evitar violência. Se a
América ceder, o Partido da Extorsão estenderá o seu domínio sobre
todo o país. Se não for reprimido pelo poder da polícia, virá uma
atrocidade depois da outra. O Partido da Extorsão, tendo
conquistado a polícia, começará a exercer seus próprios poderes de
polícia. Será então uma questão de aceitar a escravidão ou travar
uma guerra civil.
Em que medida esse cenário é realista? Um amigo americano na
América do Sul, que testemunhou o colapso da Venezuela e a guerra
civil na Colômbia, me mandou uma mensagem na noite da eleição.
Vendo que o Arizona havia mudado para o lado de Biden, ele sentiu
que as cartas estavam marcadas, que a eleição seria roubada.
Havendo perdido a fé na justeza do processo, com décadas de
experiência latino-americana nas costas, ele sugeriu que a guerra
civil seria nossa única saída. Eu fiquei chocado. Mas olhe para a
situação a partir do ponto de observação dele: a América poderia
escolher ou o destino da Venezuela ou o destino da Colômbia. No
primeiro exemplo, os venezuelanos se sujeitaram a várias eleições
fraudulentas e perderam sua liberdade para uma ditadura socialista.
No segundo exemplo, a Colômbia salvou-se pela resistência à
esquerda numa longa guerra civil.
Essa análise terrível pareceria excessivamente pessimista à
maioria dos americanos. A fraude eleitoral, afinal de contas, é um
problema latino-americano e não americano. Todavia, as eleições da
América não seguem as diretrizes de nossa própria Comissão de
Assistência Eleitoral (Election Assitance Commission — EAC). Dos
dez requisitos da EAC para uma eleição livre e justa, os Estados
Unidos ficam aquém em quatro pontos: (1) Os votos foram lançados
sem o registro adequado; (2) dezenas de milhões não votaram
pessoalmente; (3) não foram contados todos os votos lançados; (4)
e nos casos de Detroit e Filadélfia, o presidente Trump não foi
autorizado a ter um agente dentro das seções eleitorais.
Mesmo que a maioria dos americanos desvie o olhar e finja que
nada aconteceu, o problema não irá embora. A polarização segue
uma lógica própria. Em 1860-61, a maioria dos americanos não
achava que a eleição de 1860 levaria à secessão do Sul, seguida de
uma guerra civil. "Que os estados do sul se separem, se quiserem",
as pessoas diziam. "Eles acabarão voltando para a União." Esse é o
tipo de pensamento positivo que geralmente prevalece no início de
uma crise. Porém muito em breve o pensamento positivo dá lugar à
realidade. Em 1861, o ataque confederado ao Forte Sumter causou
uma mudança psicológica no Norte. De repente, os sulistas foram
vistos como "rebeldes" e "traidores" que faziam guerra ao seu
próprio país.
Na crise atual, uma mudança semelhante na psicologia nacional
não pode ser descartada. Tudo depende de como as coisas se
desenrolem deste ponto em diante. Os advogados do presidente
Trump irão provar que uma fraude eleitoral gigantesca ocorreu. Se a
esquerda e o Partido Democrata se recusarem a aceitar o veredicto
dos tribunais, teremos dois presidentes, duas narrativas e dois
campos armados.
Pode ser prematuro escrever, no momento, sobre "O Inverno da
Grande Secessão de 2020–2021", mas teremos de confrontar a
corrosão do primado da lei na América. Não podemos nos esconder
disso. Um confronto virá, seja agora ou mais tarde. Enquanto isso,
em Pequim, os comunistas chineses acreditam que conquistaram
duas vitórias contra os Estados Unidos. Primeiro, perturbando nossa
sociedade com um vírus; e segundo, há o "golpe Biden".
O processo político na América se tornou, ao longo dos anos, um
processo de subversão estrangeira sob a falsa bandeira da política
de interesse especial. Fizemos vista grossa a esse processo porque
valorizamos a paz e o sossego. O dissidente russo Natan Sharansky
disse certa vez: "Nas ditaduras, você precisa de coragem para lutar
contra o mal; no mundo livre você precisa de coragem para enxergar
o mal." Se não quisermos enxergar, se enterrarmos a cabeça na
areia, a América não continuará como uma grande potência. A
verdade é que fomos subvertidos, nossas instituições foram
penetradas e comprometidas. Sem clareza de visão quanto a isso,
estamos condenados à derrota. O sistema dos Pais Fundadores não
pode compensar a falta de coragem de nossa parte.
Em 1861, Henry Adams pensou que o "experimento" da América
com o governo republicano fracassaria porque os próprios Pais
Fundadores duvidavam de suas chances de sucesso. Eles sabiam
que haveria problemas, especialmente sobre a questão da
escravidão. Henry Adams escreveu: "Por uma necessidade
lamentável que tem crescido com seu crescimento, o país continha
em si mesmo, em sua fundação, as sementes de seus problemas
futuros." A América superou esses problemas, com um alto custo em
sangue e tesouro. E agora estamos encarando problemas piores.
A nova religião do socialismo, que tem devastado muitos países
ao redor do mundo, agora nos apanha de surpresa em casa. Ela tem
crescido como um câncer, dentro do estado, dentro da cultura. Se o
câncer do socialismo continuar sem controle, ele destruirá o país.
Com Joe Biden na Casa Branca, os socialistas vão fechar o cerco
para a matança. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez e outros já
estão falando em fazer listas dos apoiadores de Trump para
represálias futuras.
É preciso coragem para enxergar o mal, como disse Sharansky.
E é para ter coragem que devemos rezar. Não podemos ter medo de
dois presidentes com duas narrativas e dois campos armados; pois,
se não confrontarmos o mal, ele nos destruirá. Nesse caso, não
haverá nenhum presidente e nenhum país.

Cegueira voluntária
20/11/2020

Pense nos interesses globais por trás de suas próprias


organizações de notícias. Pense na pressão mobilizada
pelas empresas de rede social para impedir a liberdade de
expressão acerca de qualquer contestação às eleições.
Este é um esforço gigantesco, bem financiado e
coordenado para privar a 'nós, o povo dos Estados Unidos'
de nosso direito mais fundamental sob a Constituição, que é
o de preservar esta República que todos prezamos. É o
1775 de nossa geração e das seguintes.

— SIDNEY POWELL, 19 DE NOVEMBRO DE 2020


CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DOS ADVOGADOS DA CASA
BRANCA SOBRE A FRAUDE ELEITORAL

A fraude eleitoral em 3 de novembro foi significativa. A evidência


de fraude foi apresentada ontem em uma conferência de imprensa
liderada por Rudy Giuliani e Sidney Powell. A questão é: vamos
restabelecer os valores da Revolução Americana ou vamos abraçar
os valores da Revolução Bolchevique? Estamos prontos para
verdades duras? Ou preferimos a cegueira voluntária? Eis o cerne da
questão. A civilização é uma proposição ética. E a ética está
enraizada na verdade — não na cegueira.
Durante uma entrevista com Sydney Powell na Fox Business,
Lou Dobbs lamentou que o Departamento de Justiça (DOJ) fosse
"lento para agir" em irregularidades eleitorais. Powell objetou. O
problema com o DOJ não era a lentidão, disse Powell. "Eles
adotaram uma atitude de cegueira voluntária para essa corrupção
gigantesca em todo o país..."
A cegueira voluntária, neste caso, é o resultado de
compromissos ideológicos; especificamente, compromissos
socialistas. Como Benjamin Gitlow apontou há nove décadas, os
socialistas da América foram corrompidos, após o sucesso da
Revolução Bolchevique, pelos ensinamentos de Lenin de que os fins
justificam os meios. Um desrespeito cínico pelo trato honesto e pela
verdade tornou-se moda na esquerda radical. E agora vemos como
isso se desenrola, conforme observado por Sidney Powell durante a
entrevista coletiva dos advogados da Casa Branca na quinta-feira.
Ela falou de um "ataque gigantesco à integridade do sistema de
votação..." Ela disse: "Eles destruíram o direito ao voto... E não há
dúvidas quanto a isso. Isto é um plano. Você teria de ser um tolo
para não perceber." Powell falou sobre "a enorme influência do
dinheiro comunista vindo por meio da Venezuela, de Cuba e,
provavelmente, da China" em nossa eleição.
Como os comunistas fizeram isso? Vários métodos foram
usados. O método de maior impacto supostamente envolvia o uso de
um software de computador para alterar votos.
De acordo com Powell, eles usaram os "sistemas de votação da
Dominion, a tecnologia de software da Smartmatic, e o software que
entra em outros sistemas de votação computadorizados". Estes
foram "criados na Venezeula, sob a direção de Hugo Chávez, para
garantir que ele nunca perdesse uma eleição..." Powell mencionou
uma "testemunha muito forte que explicou como é que funciona."
Chávez, é claro, era comunista. Ele morreu na Cuba comunista
antes de passar o poder para Nicholas Maduro, o atual ditador da
Venezuela. Os comunistas têm mantido o poder na Venezuela por
meio de eleições fraudulentas. E agora eles exportaram esse
método de tomar e manter o poder para os Estados Unidos.
Você pode perguntar: como isso aconteceu? E por que o
Departamento de Justiça não interveio para proteger a integridade
de nosso sistema eleitoral? E por que o sistema de justiça permitiu
que práticas eleitorais corruptas se desenvolvessem?
Isto é o que você provavelmente esqueceu: os comunistas
entraram em nosso sistema de justiça depois de dominarem várias
faculdades de direito. Sob o comando dos Clinton e de Obama, eles
invadiram o governo, infectando o Departamento de Justiça com
"cegueira voluntária". O ex-funcionário do DOJ J. Christian Adams[68]
explicou a situação da seguinte forma: "Na verdade, a instituição
específica projetada para proteger nossos direitos está ocupada por
pessoas que acreditam que alguns de nós não são dignos de
proteção". Adams continuou a explicar:

O DOJ já tinha a sua cota de radicais de esquerda durante


o governo Bush, mas seus trambiques eram
contrabalançados pelo profissionalismo de advogados não-
ideológicos recém-contratados e pela liderança política.
Mais tarde, no governo Obama, vi o que acontece quando
todas as partes da máquina burocrática resistem a fazer a
coisa certa...

De acordo com Adams, "o DOJ agora conta com muito mais
extremistas do que nunca. A perspectiva de que esses sejam os
exatos indivíduos que farão cumprir as leis eleitorais... deveria
manter todo americano que respeita a lei acordado à noite."
E agora chegamos. A esquerda está tentando roubar uma
eleição. Se tiverem sucesso, começarão a exercer um novo tipo de
poder. Eis o contexto para compreender a declaração de Powell a
Lou Dobbs. Ela sabe que a esquerda está ideologicamente
comprometida em substituir nosso sistema constitucional por um
sistema socialista. Eles pretendem usar a pandemia em curso como
uma alavanca. A menos que sejam impedidos, os Estados Unidos
poderão estar politicamente e militarmente enfraquecidos além do
ponto de recuperação.
Nada sobre a nossa eleição roubada deve nos surpreender.
Fomos alertados acerca da fraude eleitoral por muitos anos.
Jornalistas da América do Sul, como Allan dos Santos,[69] tentaram
nos alertar. Membros do Congresso tentaram nos alertar. Powell
citou uma carta de 2006 escrita a Hank Paulson pela congressista
Carolyn B. Maloney, alertando que agentes estrangeiros, escondidos
atrás de vários nomes de empresas, estavam passando a fazer
parte dos sistemas de votação computadorizados americanos.
Referindo-se ao software de votação da Smartmatic, a carta
afirmava que um empresário venezuelano possuía um "controle
acionário" da Smartmatic. Os outros proprietários estão "escondidos
por uma rede de entidades privadas offshore."
Dois senadores norte-americanos expressaram preocupações
quanto à integridade de nossas urnas eletrônicas no ano passado,
observou Powell. "O porquê de nosso governo não os ter levado a
sério está além da minha compreensão", acrescentou Powell.
E quanto aos perpetradores da fraude eleitoral com ligações
estrangeiras? Powell fez a seguinte observação, que vale a pena
citar: "os executivos da Dominion não se encontram em lugar nenhum
agora. Eles estão mudando seus escritórios para lugares diferentes
de um dia para o outro. Seu escritório em Toronto [Canadá] era
compartilhado com uma das entidades de Soros." (É claro).
Abrindo um parêntese, pessoas associadas ao desenvolvimento
do software Smartmatic fizeram algumas declarações curiosas. De
acordo com Powell,

Falando da liderança da Smartmatic, um dos detentores de


patentes da Smartmatic, Eric Coomer,[70] acredito que seja
seu nome, aparece na internet como tendo sido gravado
numa conversa com membros do Antifa, dizendo que ele
havia manipulado a eleição a favor de Biden, 'Nada para se
preocupar aqui.' E que eles iam 'F* o Trump'. Suas redes
sociais estão cheias de ódio pelo presidente e pelos
Estados Unidos da América como um todo, assim como as
contas das redes sociais de muitas outras pessoas da
Smartmatic.

Powell então declarou que este sistema computadorizado de


contagem de votos corrupto (associado à Smartmatic) foi "usado em
duas mil jurisdições e trinta estados". O uso generalizado do
software desafia os avisos de especialistas de que o software é
altamente vulnerável à manipulação. "As pessoas podem literalmente
entrar e mudar o que quiserem", observou Powell.
Powell e Giuliani falaram longamente durante a coletiva de
imprensa dos advogados da Casa Branca. Ambos são notáveis por
sua coragem e serviço público. Os advogados envolvidos neste
processo têm sido fisicamente ameaçados e assediados. Estas não
são pessoas estúpidas, mas sim pessoas altamente profissionais. As
tentativas de ridicularizá-las acabarão no fim saindo pela culatra. Os
cidadãos estão começando a se manifestar. Considere a recente
apresentação do ator Jon Voight, que fez uma declaração muito
forte:

Vídeo: "…esta contagem de votos é corrupção, assim como


eles…"[71]

Esta é uma mensagem que é bem recebida por milhões de


americanos, e ela vai crescer. Por que ela vai crescer? Porque a
esquerda militante se tornou um câncer na República — um câncer
de corrupção que agora ameaça nossa liberdade.
Giuliani disse durante a coletiva de imprensa na quinta-feira:
"Nosso país teve seus votos contados — calculados e manipulados
— em um país estrangeiro com uma empresa controlada por amigos
de um inimigo dos Estados Unidos". Isso é um resumo e tanto.
Powell tinha razão quando alertou que é o 1775 outra vez. O
povo deste país tem uma reclamação real. Se não for levada a sério,
haverá um colapso no sistema político do país. "Os americanos
estão fartos da corrupção do nível mais baixo ao nível mais alto de
nosso governo", disse Powell, "e nós vamos retomar este país. Não
seremos intimidados. Não vamos recuar."[72]

Um livrinho perturbador
24/11/2020

Quem quer que defenda a restauração dos valores, mais


cedo ou mais tarde se depara com a objeção de que não
se pode voltar, ou como é provavel que a frase seja: 'você
não pode fazer o relógio andar pra trás'. Ao presumir desta
forma que somos prisioneiros do momento, a objeção
revela bem a posição filosófica do modernismo.

— RICHARD M. WEAVER
Richard M. Weaver nasceu em 3 de março de 1910 e morreu
em 1 de abril de 1963. Ele foi um estudioso e autor cujo trabalho
continua relevante até hoje. Se tivesse vivido até o fim da Guerra
Fria, ele não teria parabenizado a América por sua suposta vitória.
Ele sabia que o comunismo era parte de um problema mais
profundo; isto é, um problema filosófico e moral. O Ocidente estava
aos poucos entrando em decadência. Estava se desintegrando
espiritualmente. "Todo homem que participa de uma cultura tem três
níveis de reflexão consciente", observou Weaver: "suas idéias
específicas sobre as coisas, suas crenças ou convicções gerais, e o
seu sonho metafísico do mundo".
O homem ocidental perdeu o seu sonho metafísico do mundo.
De acordo com Weaver, nosso sentimento intuitivo sobre a natureza
da realidade é a chave. Como ele explicou, "esta é a confirmação à
qual tanto as idéias quanto as crenças são, em última análise,
encaminhadas para verificação". E, como estamos prestes a
descobrir no meio de uma eleição disputada, "Sem [este] sonho
metafísico, é impossível pensar em homens vivendo juntos
harmoniosamente ao longo do tempo." O sonho nos liga a uma
comunidade espiritual. Ele nos orienta em relação ao mundo e uns
aos outros. Mas agora, como os eventos recentes indicam, não há
nenhum "sonho metafísico do mundo". Aparecem em seu lugar as
imbecilidades em série da ideologia.
Estou, obviamente, tirando citações de um livrinho perturbador,
escrito por Weaver em 1948, intitulado As Idéias têm
Conseqüências. O livro oferece profecias sombrias apoiadas por
argumentos metafísicos (como o argumento acima). O Ocidente,
previu Weaver, tentaria vencer a Guerra Fria vivendo com mais
conforto do que o Oriente. Os comunistas, observou ele, acreditam
no esforço. Portanto, sugeriu Weaver, o comunismo provavelmente
prevaleceria. Todas as nossas vantagens econômicas e tecnológicas
seriam irrelevantes para deter o comunismo. Na verdade, essas
vantagens nos prenderiam em um casulo de ilusão.
Mesmo aqueles conservadores que elogiam Weaver hoje, que
ecoam muitos de seus insights, estão presos a este casulo de
ilusão. Por exemplo, o prefácio de Roger Kimball à nova edição
expandida do livro de Weaver é um bom exemplo. Enquanto elogia
Weaver como um de nossos "sábios conservadores meio
esquecidos", Kimball permanece evasivamente dúbio quanto ao
antimodernismo de Weaver. Weaver, afinal de contas, defendia que a
igualdade entre os sexos era "decadente". Ele achava que a
tecnologia moderna era estonteante e degradante. Kimball não ousa
afirmar esses pontos. Ele não pensa, como Weaver, que a
modernidade está condenada. A ciência, diz Kimball, moldou o nosso
mundo. Kimball então pergunta: não é arrogância, da parte de
Weaver, "pensar que poderíamos dispensar este mundo num esforço
para viver 'ativamente ou romanticamente'?"
Mas Weaver não está argumentando que devemos "dispensar
esse mundo". Ele está dizendo que o mundo dispensará a si mesmo.
As idéias, afinal de contas, têm conseqüências. Portanto, Kimball
não pega o sentido do livrinho perturbador de Weaver. A
"desintegração espiritual" da modernidade não está ocorrendo em
algum hospício remoto. Ela está ao nosso redor, na política e no
mercado. Ela permeia tudo e seus efeitos destrutivos são
inescapáveis. Weaver diz que uma civilização decadente pode
parecer prosperar, mas que não devemos ser enganados pelas
aparências. A civilização está indo embora.
Weaver sabe que a modernidade vai implodir. Seremos forçados
a viver ativamente, queiramos ou não. Não é uma questão de nos
voluntariarmos para desistir de nossas tecnologias distrativas, de
nossa decadência e das mentiras confortáveis que nos dominam. No
longo prazo, não teremos escolha. Teremos de desistir.
Ao mesmo tempo, nenhum programa político poderia conter o
declínio moral e cultural das últimas sete décadas. A nossa é uma
cultura que nega a sua decadência. Observe a velhacaria por todos
os lados. Para cada problema, temos uma solução falsa. Estufados
de mentiras como estamos, o primado da lei está desabando.
Estamos agora passando de uma era de prosperidade baseada em
dinheiro emprestado para uma era de espoliação total.
O livrinho de Weaver é perturbador porque ele sabia que tudo
isso estava por vir. Ele previu que todos os nossos especialistas,
nossos políticos faz-tudo, seriam fim-de-carreira. Não temos
coragem para enfrentar nossos problemas. Inevitavelmente, porém,
nossos problemas nos trarão à força de volta à verdade. Weaver
sabia que uma cultura construída sobre noções falsas deve entrar
em colapso. Afinal, temos estado organizando o nosso próprio
colapso por muitos anos. Mesmo assim, haverá sobreviventes.
Haverá um futuro. E, nesse futuro, os homens viverão mais
ativamente.
É estranho, não é, que aqueles que negam as coisas
permanentes — que negam a primazia do espírito — imaginem que o
mundo da ciência e da tecnologia seja permanente. Mas nada aqui,
no mundo material, é permanente. E como a modernidade é baseada
na mais material de todas as concepções materiais da existência, ela
é a coisa menos permanente de todas. Dizer, como Kimball diz, que
o mundo imaginado por Weaver é "um domicílio inabitável" é,
portanto, uma inversão estranha; pois o "mundo moldado pela
ciência" de Kimball é um trem em fuga, indo cada vez mais rápido —
seja pulando os trilhos ou quebrando no final da linha.
Weaver introduz As Idéias têm Conseqüências com a seguinte
frase: "Este é outro livro sobre a dissolução do Ocidente." Nos
inclinamos a ignorar a palavra "dissolução" porque não queremos ir
para lá. Não podemos imaginar que este nosso mundo, "feito pela
ciência", como diz Kimball, esteja fadado ao fracasso. Acreditamos
com muito carinho nos "sucessos" do homem moderno. No entanto,
um colapso espiritual já ocorreu. Já estamos retrocedendo, asneira
por asneira — e é provável que voltemos à Idade Média, se não à
Idade das Trevas.
Por que estamos voltando? Porque a civilização é uma
proposição ética e o niilismo moral se apoderou de nós. Nosso
problema, diz Weaver, "é fazer os homens distinguirem entre o
melhor e o pior". Este não é um problema que possamos resolver
com smartphones. Não podemos consertá-lo por meio de redes
sociais. Essas tecnologias dificilmente impressionariam Weaver, que
escreveu: "Há fundamento para declarar que o homem moderno se
tornou um idiota moral."
Como isso aconteceu? Weaver tem uma resposta singularmente
concisa. Por volta do final do século XIV, o Homem Ocidental
abandonou a crença na existência dos transcendentais; isto é,
abandonamos nossa crença na verdade, na beleza e na bondade.
Isso aconteceu por meio de uma "forma aparentemente inocente de
ataque aos universais". O resultado foi um subjetivismo rasteiro que
nos levaria à anarquia moral. Ao mesmo tempo, iniciou-se um
processo de desespiritualização. Finalmente, durante o século
passado, o homem voltou-se para a política em busca de salvação
por meio do liberalismo, do comunismo e do nacional-socialismo.
Mas não há salvação nenhuma em ideologias políticas.
De acordo com Weaver, a negação dos universais leva ao culto
do empirismo. Ela leva à negação da verdade e a um colapso
intelectual geral. Nossos intelectuais, de fato, são incrivelmente
corruptos. Até a ciência foi corrompida por eles; pois a ciência agora
é território de políticos picaretas que não sabem o que a palavra
"ciência" significa. Pior ainda, a própria linguagem começou a se
decompor.
"O resultado prático", argumentou Weaver, "é banir a realidade
que é percebida pelo intelecto e postular como realidade aquilo que é
percebido pelos sentidos. Com esta mudança na afirmação do que é
real, toda a orientação da cultura dá uma guinada..." Adeus verdade,
beleza e bondade. Tudo o que é "superior", tudo o que é nobre, é
ridicularizado.
Seguindo esta moda, o homem moderno foi reduzido a um
estado abismal. E é aí onde estamos hoje. O homem anseia pela
verdade, notou Weaver, mas lhe dizem para viver
"experimentalmente" (sem uma bússola moral). Isso nos levou a
"uma longa série de abdicações". Eis o ápice da nossa decadência,
acompanhada de negações e autocongratulações — com mentiras
em cima de mentiras. "Estabelecer o fato da decadência", escreveu
Weaver, "é o dever mais urgente de nosso tempo porque, até que
tenhamos demonstrado que o declínio cultural é um fato histórico...
não poderemos combater aqueles que caíram vítimas do otimismo
histérico."
Otimismo histérico? Você quer me convencer de que as coisas
estão melhorando, não piorando? Considere como estamos prontos
para apagar a verdade: (1) denunciando a verdade como
"pessimismo"; ou (2) denunciando a verdade como "impraticável"; ou
(3) rejeitando a verdade porque ela não faz aquela coisinha melosa
que massageia o seu ego.
O que Weaver está dizendo, no final, é que a verdade é nossa
única fonte de salvação, embora estejamos prontos para nos revoltar
contra ela. As verdades mais importantes vêm como avisos. "É
quando os primeiros avisos vagos vêm que a pessoa tem a melhor
chance de se salvar", observou Weaver. Se perdermos a chance que
se apresenta, nossa cegueira autoimposta nos paralisará. "Assim,
em face da enorme brutalidade de nossa época, [pareceremos]
incapazes de dar uma resposta apropriada às perversões da
verdade e atos de bestialidade."
Veja o que está acontecendo em nosso país. Temos visto
ilegalidades ignoradas, mentiras consideradas verdadeiras,
criminosos recompensados e justos denunciados. Uma eleição foi
roubada. A Constituição não é mais a Lei Suprema do País. A
civilização, observou Weaver, "tem sido um fenômeno intermitente;
para esta verdade, permitimo-nos ser cegados pela insolência do
sucesso material."
O livrinho perturbador de Weaver pode ser lido em poucas
horas. Ele nos oferece um vislumbre mais realista da nossa situação.
Ele desafia o nosso falso otimismo. Ele aponta para os nossos erros
filosóficos. Eis um corretivo intelectual. Eis um remédio para a alma.
Eis uma claridade.

Sobre a escolha do lado certo


17/12/2020

Quando você dirige o seu carro, você dirige no meio da


estrada? Esta parece uma pergunta boba de se fazer,
porque você obviamente não faz isso, caso queira
permanecer vivo e chegar a algum lugar.
Porém muitas pessoas têm sido enganadas pela idéia de
que o meio da estrada é o lugar mais seguro na política, em
todos os tipos de questões controversas. Elas têm sido
levadas a acreditar que, na posição intermediária, você está
fora de perigo e que tem mais probabilidade de estar certo
do que aqueles que estão em cada um dos lados de uma
questão. Um pouco de reflexão mostrará que essa idéia
não nasce da sabedoria, mas da confusão ou do medo ou
de ambos.

RICHARD M. WEAVER
“THE MIDDLE OF THE ROAD: WHERE IT LEADS”, 1956

Maquiavel alertou que a neutralidade é mais perigosa do que


tomar partido; pois se você deixar de tomar partido, ambos os lados
o desprezarão. Jogar nas duas extremidades contra o meio também
é perigoso, já que você prova ser um falso amigo para todos. E ser
amigo de todos não funcionará se cada lado representar princípios
diametralmente opostos. A posição certa nunca se encontra no meio-
termo entre duas posições opostas. O filósofo conservador Richard
M. Weaver apontou em 1956: "o meio-da-estradismo absolutamente
não é uma filosofia política. Ele é antes a ausência de uma filosofia
ou uma tentativa de fugir de ter uma filosofia."
Na grande e perpétua luta que é a história, empenhar-se
vigorosamente sem princípios é empenhar-se em vão. Mesmo que
você consiga vencer, nada é afirmado. Nada avança. À medida que o
tempo passa diante de nós, algo será afirmado. Algo avançará. Os
princípios filosóficos de alguém vão prevalecer. Esses princípios
serão bons ou maus? Eles vão sustentar a civilização ou vão destruí-
la?
Se seus princípios são bons, você estaria disposto a
comprometê-los por uma questão de conveniência? Weaver
perguntou a seus leitores: "Tentem imaginar a figura que Washington
faria na história hoje se tivesse decidido por um acordo de
compromisso com os britânicos." Weaver entendia que o
establishment republicano emergente do período pós-McCarthy, sob
o comando do presidente Dwight Eisenhower, representava o oposto
do exemplo de Washington: "Os profetas do Novo Republicanismo...
insistem para que o Partido Republicano continue se movendo para a
esquerda, atrás (mas não muito atrás) do Partido Democrata."
Alguma coisa mudou nos últimos 64 anos?
Para onde o Partido Republicano sob o comando de Eisenhower
e Nixon pensava que estava indo? Para onde o Partido Republicano,
antes e depois de Trump, pensa que está indo? Weaver observou:
"Eles não se preocupam em perguntar se a inclinação para a
esquerda não está na direção de algo essencialmente ruim..."
Weaver chamou isso de "uma curiosa peça de servilismo e cegueira
política". Ele caracterizou o establishment republicano emergente do
período pós-macartista como "um produto típico do 'pensador
operacional', que realmente não 'pensa'. Em vez disso, ele 'sente'",
como "um inseto com suas antenas", detectando "a inclinação das
coisas". A questão, observou Weaver, é se o pensador operacional
"pode algum dia ser algo mais que um inseto..."
Thomas Carlyle, que passou sua carreira literária descrevendo
heróis e grandes homens, disse que um grande homem é alguém que
vê a verdade que os outros têm medo de ver. Um herói se posiciona
quando outros não o fazem. Carlyle sugeriu que o homem medíocre
— o "inseto" — não pode ver a verdade ou defendê-la. Em vez de se
posicionar, o homem medíocre procura um meio-termo. Ele falsifica a
realidade. Ele contemporiza. Ele forja um caminho do meio imaginário
entre opostos irreconciliáveis. Ele imagina que esta é uma aposta
segura. Obviamente, ela não é segura. Como Weaver explicou, "uma
posição intermediária entre o certo e o errado não é uma posição
sólida. Ela apenas adia e torna mais difícil a decisão definitiva."
É aqui que estamos hoje. Nosso sistema constitucional foi
comprometido. Nossas eleições foram comprometidas. Nossos
tribunais foram comprometidos. Dizem-nos que devemos fechar os
olhos e fingir que está tudo bem. Isso é o que muitas de nossas
autoridades estão fazendo. Elas fingem que não há fraude, o que é
outro tipo de fraude.
Em princípio, não deveria haver concessões quando se trata de
corrupção. Não deveria haver concessões quando se trata da
verdade. E, no entanto, isso é tudo o que podemos esperar. Os
homens imaginam que ganharão com isso; mas no final todos
perderão. A história nos oferece uma escolha de ou/ou. Ela não nos
oferece ou e ou.
"As grandes causas que triunfaram e os líderes que as lideraram
nunca se encontraram no meio da estrada", observou Weaver, que
descreveu o Partido Whig da primeira metade do século XIX e seu
líder, Henry Clay, como tendo caído no "erro fatal de tentar ficar em
cima do muro nas principais questões que estavam em conflito".
Como resultado, Clay não foi à Casa Branca. Foi o "contundente"
Andrew Jackson que se tornou presidente. Podemos ver, a partir
disso, que a história recentemente tem se repetido. O meio-termo
Jeb Bush não foi à Casa Branca, mas o contundente Donald J.
Trump está sentado na Casa Branca enquanto estas palavras são
escritas.
Outro exemplo histórico, observou Weaver, é o Partido Liberal
Britânico. Este partido neutralizou-se ao assumir uma posição
intermediária entre o Partido Conservador e o Partido Trabalhista. Ao
fazer isso, o Partido Liberal destruiu sua posição na política britânica.
"Todos os grandes partidos políticos devem sua vitalidade à
importância dos princípios que defendem", escreveu Weaver. O
meio-termo, portanto, não é o caminho do sucesso político, porque
não é um caminho de princípios. De acordo com Weaver, "Um
partido derrotado que tenha uma questão real tem uma excelente
chance de voltar. Um partido derrotado que não tenha uma questão é
um fracasso." Ele acrescentou: "Evitar questões e diluir soluções não
é apenas o caminho para o fracasso; é o caminho para a extinção."
Por que as conseqüências de evitar questões e diluir as
soluções seriam tão terríveis? "Há um grupo", escreveu Weaver,
"não claramente distinguido por um nome de partido, mas bastante
definido quanto ao que deseja e espera realizar nesta nação." É um
grupo que atua "em várias frentes e sob vários rótulos, mas não é
preciso ficar confuso quanto aos seus objetivos. Ele quer uma
América remodelada de acordo com a União Soviética." Este grupo
opera mediante duas idéias principais: (1) o materialismo ateísta; e
(2) uma supremacia estatal que "esmaga o indivíduo". Comprometer-
se com este grupo é, de fato, "o caminho para a extinção."
"Você poderia pensar que neste nosso grande país", escreveu
Weaver, "com sua herança e suas realizações, haveria um tremendo
protesto e oposição a qualquer coisa tão unilateral [quanto o
coletivismo] em sua interpretação da... natureza do homem e tão
assustador para os instintos humanos." Porém muitos de nossos
líderes, disse Weaver, "adotaram a política de apaziguamento. Em
vez de lançar um desafio direto em termos de princípio, eles
tentaram ver quantas concessões poderiam fazer sem serem
acusados de rendição". Ele acrescentava: "Eles tentaram ver até que
ponto poderiam se aproximar da posição do coletivismo enquanto
ainda louvavam da boca para fora o que deveriam estar
defendendo."
Weaver argumentou que não há posição intermediária viável
"entre o coletivismo militante e nossa tradição de liberdade e
individualismo". Ele continuava: "Os exemplos históricos mostram que
o próximo passo é a capitulação, ou a liquidação do partido que é
tão covarde". Se os coletivistas vencerem, escreveu Weaver,
"certamente ficará registrado pela história que nenhum povo desistiu
de tanto por tão pouco".
Era assim que Weaver via a situação em 1956. E aqui estamos,
64 anos depois, sem eleições livres e justas, sem investigações
sobre traição e subversão, sem qualquer reparação de muitas
queixas graves, sem proteção contra corrupção e fraude, sem uma
maneira lícita de revidar. "Há poucas dúvidas de que o meio da
estrada conduz nessa direção", escreveu Weaver. "Os radicais
sabem o que querem; muitos dos restantes de nós apenas
contemporizam e têm esperança."
O que é necessário? "A necessidade do momento é uma
liderança disposta a enfrentar os fatos", disse Weaver. Não
precisamos de líderes ou partidos políticos baseados na
"autoderrota por meio da conciliação". Muitos de nós queremos
saber quando as coisas vão mudar. Quem está disposto a agir?
Quem vai enfrentar os coletivistas e cobrar-lhes explicações?
Já é tarde. Nosso legítimo objetivo é a justiça. O problema,
escreveu Weaver em As Idéias têm Conseqüências, é que o homem
moderno "é um idiota moral". Próximo ao final do livro, Weaver
acrescentou: "o homem moderno é um parricida" que "pegou em
armas contra... o que os homens anteriores consideravam com
veneração filial". Pense em como o amor ao país é agora difamado
como nacionalismo branco. Até a existência da fronteira da América
é "racista". Família e tradição foram traduzidas como preconceito de
gênero. Essa "idiotice" nos domina. Ela nos corrompe conforme nos
engana.
A hora de organizar a oposição a essa "idiotice" é agora.
Devemos defender o país. Devemos defender a posteridade. Esta
pode ser a nossa última chance de escolher o lado certo.
Um dia marcante
06/01/2021

É precisamente porque o marxismo não é um dogma sem


vida, não uma doutrina completa, já pronta e imutável, mas
sim um guia vivo para a ação, que ele estava fadado a
refletir a mudança surpreendentemente abrupta nas
condições da vida social.

— VLADIMIR LENIN

Já é muito tarde. O país tem estado adormecido por décadas.


Mas agora, ao que parece, o país está começando a acordar. A
verdadeira questão é se nossos líderes estão prontos para a tarefa
em causa. Temos algumas pessoas inteligentes no governo; mas
elas entendem o inimigo que estamos enfrentando? Elas estão
preparadas para lutar contra aquele inimigo em meio a tanta
confusão e desinformação?
Hoje de manhã vi uma manchete do Breitbart sobre a China:
"Xi Jinping ordena que o exército chinês se prepare para a guerra 'a
[73]
qualquer instante'". Eis nosso inimigo, posicionando-se para
atacar. Não há outra maneira de ler isso. Se considerarmos o
momento desta ameaça, fica claro o que eles querem que façamos.
Afinal de contas, eles têm muito a ganhar se Biden se tornar
presidente. Além disso, eles não são tão descuidados a ponto de
deixar a sua presa escapar.
Enquanto observamos o que acontece na sessão conjunta de
hoje do Congresso, lembro-me da pergunta de Stalin, expressa em
seu livro Fundamentos do Leninismo: "A história do movimento
revolucionário não mostra que a forma parlamentar de luta é apenas
uma escola e um auxiliar para a organização da luta
extraparlamentar?"
Marx, Engels e Lenin se opuseram ao "oportunismo" daqueles
que queriam trabalhar dentro do sistema capitalista para uma
mudança pacífica. A idéia central do marxismo é fazer uma
revolução. A Segunda Internacional, de acordo com Lenin, foi
dominada por oponentes da revolução. Ele os chamava de
"oportunistas". Essas pessoas não eram marxistas de verdade. "Em
vez de política revolucionária", escreveu Stalin, "havia filistinismo
frouxo e barganha política sórdida, diplomacia parlamentar e
maquinações parlamentares..."
"Uma revolução não é um jantar", rosnava Mao Zedong, "ou
escrever um ensaio, ou pintar um quadro, ou fazer um bordado; ela
não pode ser tão refinada, tão vagarosa e gentil, tão branda, amável,
cortês, contida e magnânima. Uma revolução é uma insurreição, um
ato de violência pelo qual uma classe derruba outra."
Os americanos podem não compreender totalmente o que os
espera. Uma revolução comunista, dizia Friedrich Engels, requer a
aniquilação de raças e classes inteiras de pessoas. É nesse sentido
que a América é o alvo de uma revolução comunista. Nesse contexto,
Joe Biden pode parecer bem inofensivo, porém seus apoiadores
comunistas chineses são assassinos. Se Biden assumir o poder, o
governo se transformará em um estado de partido único. Ele vai se
prostrar diante da China. Não haverá mais um meio de dissuasão
nuclear dos EUA. A economia do país será prejudicada. Um
processo de enfraquecimento, de remoção das defesas, se
acelerará. Os comunistas em Pequim sabem que a América não
pode ser transformada em um país comunista. O povo americano se
voltaria com violência contra o governo. Para usar uma velha
expressão soviética, a América é "irremediavelmente burguesa". Em
outras palavras, Engels estava certo. Uma revolução comunista
requer a aniquilação de raças e classes inteiras de pessoas. Acima
de tudo, ela requer a aniquilação dos americanos.
Este aspecto do comunismo nem mesmo é compreendido pela
maioria dos comunistas. Afinal, muito poucos deles realmente leram
Marx ou Engels. Esse tipo de estudo é reservado a pessoas no topo
da hierarquia comunista. Os americanos também nunca entenderam
o comunismo, porque ele era chato demais para se importar com
ele. Os conservadores, que fingiam entender o comunismo como
uma "ideologia" de assassinato em massa na verdade não o
entendiam de modo algum; ou seja, nunca chegaram a conhecer o
comunismo em profundidade. Eles sabiam que ele era assassino,
todavia nunca viram o método em sua loucura. O que viram os enojou
e horrorizou, então não quiseram chegar mair perto e saber o que
ele era na realidade.
Os líderes marxistas não são pessoas normais. Quando Lenin
atacou os "oportunistas" da Segunda Internacional, a primeira coisa
que ele zombou foi de suas inclinações burguesas; isto é, ele os
criticou por serem normais. Estes falsos marxistas, disse ele, não
queriam fazer uma revolução porque não tinham a maioria do seu
lado. Eles não queriam fazer uma revolução porque não tinham
quadros treinados. Eles não queriam fazer uma revolução por meio
de uma "greve geral" porque a política parlamentar era mais eficaz.
Lenin disse que o marxismo deles era besteira. Você não precisa de
uma maioria, disse Lenin. Você não espera para tomar o poder
porque está em falta de quadros treinados. Primeiro tome o poder,
depois treine os quadros. E quem se importa com o conceito
anarquista de "greve geral"? O marxismo é uma forma de violência
mais focada, e controlada de forma mais rígida e inteligente.
A chave, claro, é sempre a violência; mas violência com
destreza e astúcia por trás dela. Não há nenhum dogma no marxismo
quanto a ter maioria, ou ter quadros de elite, ou lançar uma greve
geral. Lenin disse que "a teoria revolucionária não é um dogma" e
que ela "assume a forma final apenas em estreita conexão com a
atividade prática de um movimento verdadeiramente de massa e
verdadeiramente revolucionário..." (Ver, para mais detalhes: "Left-
Wing" Communism: An Infantile Disorder).
Agora que estamos assistindo a uma revolução comunista se
desenrolar aqui nos Estados Unidos, devemos nos familiarizar um
pouco mais com o marxismo-leninismo como uma "tese" e não como
um "dogma". É algo que nossos conservadores por muito tempo se
recusaram a fazer; e é exatamente por essa recusa que correram
como cães para lamber o rosto de Gorbachev há três décadas. Você
sempre ouvirá conservadores se referindo à "ideologia comunista" e
seus "fracassos", como se o comunismo realmente representasse
uma doutrina econômica. Mas não há nenhum sistema econômico
proposto por Marx. De sua parte, Lenin recuou para o capitalismo de
estado após a Guerra Civil Russa. E a coletivização da agricultura
por Stalin foi antes uma medida política do que uma medida
econômica. Se ele não tivesse empobrecido os fazendeiros, os
fazendeiros o teriam derrubado.
Todo o curso do marxismo-leninismo tem sido mal
compreendido, do princípio ao fim. Nossos grandes historiadores e
pensadores conservadores tinham todos os fatos. Mas eles nunca
leram de verdade Marx, Lenin ou Stalin. Eles nunca entenderam
muito bem a motivação, a estratégia, a capacidade intelectual. E
assim, eles confundiram o marxismo com uma ideologia quando o
marxismo nunca foi uma ideologia. Marx definia "ideologia" como a
"falsa consciência" de uma classe dominante em uma sociedade em
que as idéias dominantes são representadas como "verdade
universal". Veja bem, os marxistas absolutamente não acreditam em
verdade universal.
Stalin dizia que o marxismo tinha dois elementos: (1) uma
"perspectiva" materialista e (2) um método dialético. Tudo decorria
dessas duas coisas. Muitas pessoas que não são comunistas
acreditam que uma perspectiva materialista é a visão de mais bom
senso disponível ao homem moderno. Aqui começamos a ver porque
tem sido tão difícil opor-se ao comunismo. Afinal, muitos de nossos
não-comunistas não têm nenhum problema com a sua proposição
central.
O marxista, observou Stalin, se opõe ao "idealismo" que
"considera o mundo como a personificação de uma 'idéia absoluta',
um 'espírito universal', 'consciência'..." Stalin explicou que "o mundo
é, por sua própria natureza, material, que os fenômenos
multifacetados do mundo constituem diferentes formas de matéria
em movimento, que... o mundo se desenvolve de acordo com as leis
do movimento e da matéria e não precisa de um 'espírito universal'."
(Ou seja, não precisa de Deus).
Como você pode ver, isso não é uma "ideologia". Isso é algo
mais amplo e fundamental. É uma de duas cosmologias possíveis:
(a) uma que tende para o sobrenatural e (b) outra que tende para o
natural. O que torna o marxismo diferente, e mais eficaz como arma
contra o sobrenaturalismo, é a sua confiança na dialética. "Ao
contrário da metafísica", escreveu Stalin, "a dialética não considera a
natureza como uma aglomeração acidental de coisas, de fenômenos,
desconectados, isolados e independentes uns dos outros, mas como
um todo conectado e integral, no qual as coisas... organicamente se
conectam... e se determinam umas às outras." O que isso significa
não está totalmente claro, e não é por acaso que os marxistas olham
para trás com ternura para o filósofo pré-socrático Heráclito,
também conhecido como Heráclito, "o obscuro". Stalin citou Heráclito
no sentido de que "o mundo, o tudo em um, não foi criado por
nenhum Deus ou homem, mas foi, é e sempre será uma chama viva,
sistematicamente se aumentando e sistematicamente diminuindo."
Lenin chamava isso de "uma excelente exposição dos rudimentos do
materialismo dialético".
Heráclito ensinava que o universo estava mudando
continuamente. "Ao contrário da metafísica", observou Stalin, "a
dialética sustenta que a natureza não é um estado de repouso e
imobilidade, estagnação e imutabilidade, mas um estado de
movimento e mudança contínuos, de renovação e desenvolvimento
contínuos, onde algo está sempre surgindo e se desenvolvendo, e
algo está sempre se desintegrando e morrendo."
É aqui que entra a revolução. A percepção simples do
comunista é que a ordem existente (capitalismo) e a civilização cristã
que o acompanha estão "se desintegrando e morrendo". Nietzsche
não foi o único pensador do século XIX a supor que "Deus está
morto". O marxista é aquela espécie inteligente de caçador de
legados que vai ao funeral do "Deus morto" esperando roubar algo; a
saber, o legado da civilização ocidental.
Uma das razões pelas quais o marxismo teve tanto sucesso é
a maneira como ele explora de maneira plausível as suposições
superficiais do homem moderno. Outra razão é a flexibilidade
estratégica e tática do marxismo. Quando você se inspira em um
obscuro filósofo grego, cujas declarações eram tão duvidosas quanto
o Oráculo de Delfos, e afirma ser "científico" em sua abordagem, é
fato que suas teses mudarão com o tempo. E foi exatamente isso
que aconteceu. Aqueles pedantes acadêmicos que vêem no
marxismo um conjunto de doutrinas rígidas desacreditadas pela
história não perceberam o principal objetivo dos escritos de Marx.
Cada tese marxista fracassada abre o caminho para uma nova tese.
Este é, afinal, o método científico. Se algo falhar, você retorna à
prancheta; pois o marxismo não tem a ver com acreditar. O
marxismo tem a ver com fazer. Tem a ver com a "ciência da
revolução", como disse Stalin. E essa ciência, na época de Marx,
estava apenas em sua infância. Hoje ela atingiu a sua completa
maturidade destrutiva. Note bem com que sofisticação o marxismo
comanda os eventos, domina a mídia, dita os princípios da
educação, destrói a carreira de seus oponentes, coopta os liberais e
finge lutar contra as mudanças climáticas. Há muito mais coisas que
podem ser adicionadas aqui.
É verdade, claro, que os marxistas obtiveram um grande poder
ao vender várias doutrinas falsas e dogmas de esquerda: casamento
homossexual, transgenerismo, teoria racial crítica, aquecimento
global, etc. Mas nenhum desses é marxista no sentido verdadeiro.
Esses "dogmas" são meramente ferramentas do marxismo —
ferramentas na caixa de ferramentas científica da revolução. Em seu
ensaio, "Acerca de Algumas Particularidades do Desenvolvimento
Histórico do Marxismo", Lenin explicou que o marxismo "não é um
dogma, mas um guia para a ação". Lenin continuava: "Esta
declaração clássica enfatiza com notável força e expressividade
aquele aspecto do marxismo que muitas vezes é perdido de vista. E,
ao perdê-lo de vista, transformamos o marxismo em algo unilateral,
distorcido e sem vida; nós o privamos de seu sangue vital; minamos
seus fundamentos teóricos básicos — a dialética, a doutrina do
desenvolvimento histórico, abrangente e cheia de contradições;
minamos sua conexão com as tarefas práticas definidas da época,
[74]
que podem mudar a cada nova virada da história."
Imagine a flexibilidade de uma ciência que "pode mudar a cada
nova virada da história". É por isso que George Orwell estava tão
assustado com os marxistas; por isso que o regime socialista em seu
romance 1984 foi descrito como uma bota pisoteando um rosto
humano, "para sempre". Ele não via como é que o marxismo jamais
chegaria a perder. Aqueles que diziam que os marxistas
fracassariam porque nunca haviam entendido a natureza humana
estavam errados. Marx entendia a natureza humana perfeitamente.
Seus adeptos não poderiam ter durado tanto no poder — na China e,
ouso dizer, na Rússia também, onde foram flexíveis o suficiente para
desistir do rótulo comunista enquanto mantinham os fundamentos do
sistema comunista. Aquelas famílias que governavam a Rússia
Soviética — as famílias do Comitê Central — ainda permanecem no
controle. A velha oligarquia soviética se esconde atrás dos falsos
"capitalistas" da NEP da Nova Política Econômica (Novaya
Ekonomiceskaya Politika – NEP) de Gorbachev-Yeltsin-Putin. A
coisa toda saiu da cartilha de Lenin. (E é isso o que a flexibilidade
tem a oferecer).
Você pode perguntar: por que o marxismo é tão interessado
em revolução? Por que o materialismo dialético requer revolução? A
resposta a esta pergunta é simples. Todos os argumentos marxistas
em favor da revolução não são científicos. Eles são uma fachada. A
razão da revolução nunca será declarada publicamente por teóricos
ou líderes marxistas-leninistas. Esta é a parte em que você deve
estudar as biografias; onde você tem de olhar para a psicologia dos
revolucionários marxistas. Pense, se puder, no que decorre de um
ser humano cínico como Marx, que não acredita em Deus ou na vida
após a morte. Privado de toda esperança de salvação espiritual, a
única coisa que resta a tal pessoa é o poder político; quer dizer, o
único poder real em que um materialista pode acreditar. A salvação
encontrada aqui é a de se tornar um Deus por meio da política da
revolução. Aqui nos aproximamos do verdadeiro Marx, e do
verdadeiro Lenin e — inegavelmente — do verdadeiro Stalin; pois os
ditadores marxistas realmente alcançaram um status divino para si
próprios.
Portanto, enquanto vivemos este dia marcante, devemos
refletir sobre o que será necessário para derrotar o marxismo. Se
você acha que enfrentamos uma batalha árdua agora, você não viu
nada ainda. Não acredito que realmente conheçamos nosso inimigo.
Também não acredito que nos conheçamos a nós mesmos; no
entanto, hoje pode ser um bom dia para começar a aprender.

Dia da Posse: Utopia Limitada ou As Flores


do Retrocesso
21/01/2021
Até agora, a pergunta sempre esteve de pé: o que é Deus?
— e a filosofia alemã a resolveu assim: Deus é o homem...
O homem deve agora organizar o mundo de uma maneira
verdadeiramente humana, de acordo com as demandas de
sua natureza.

— FRIEDRICH ENGELS

Várias décadas depois que o infernal Friedrich Engels escreveu


que o homem "agora deve organizar o mundo", Leon Trotsky
argumentou que a Revolução deve fazer do "homem coletivo" o
"único mestre" de todos.[75] E agora, quase um século depois de
Trotsky ter feito esse pronunciamento, chegamos à posse de Joseph
Biden. Olhe para ele, diante do Capitólio, tomando o lugar de George
Washington. Contemple esta fraude, de joelhos envelhecidos,
personificando o "único mestre" e o "homem coletivo", com seus
malapropismos disléxicos e lapsos de memória. Atrás de Biden, os
olhos da vice-presidente Kamala Harris estão animadamente
grudados numa casca de banana sob seu sapato esquerdo. A gente
pensa em Joseph Stalin e o debilitado Lenin em 1922. Se
escutarmos, podemos ouvir a voz zombeteira de Karl Marx citando o
comentário de Hegel de que "todos os fatos e personagens de
grande importância na história mundial ocorrem, por assim dizer,
duas vezes."[76] Hegel se esqueceu de acrescentar: "a primeira vez
como tragédia, a segunda como farsa".
E que farsa! No lugar de Kerensky, temos Trump; no dos
kadets, temos os republicanos; no do ataque ao Palácio de Inverno,
o ataque ao Capitólio; no de Fanny Kaplan, temos dois guardas com
laços com a milícia; no de Felix Dzerzhinsky, temos o General
Stanley McChrystal; no do Terror Vermelho, temos um novo Projeto
de Lei do Terror nacional. Como escreveu Marx: "Os homens fazem
sua própria história, mas não a fazem como querem; eles não a
fazem sob circunstâncias escolhidas por eles próprios, mas sob
circunstâncias diretamente encontradas, dadas e transmitidas desde
o passado."
O passado é algo de que não podemos escapar, mesmo que
não nos lembremos dele. Marx achava ruim que a "tradição de todas
as gerações mortas pesasse como um pesadelo no cérebro dos
vivos". Se ao menos a "filosofia" de Marx não tivesse destruído
nossa consideração pelo passado, se ao menos tivéssemos mantido
viva a memória, talvez este momento vergonhoso não tivesse
chegado. Todavia ele chegou, com as impressões digitais
multicoloridas de um palhaço marcando uma reação exagerada que
poderia ter sido menos ridícula se o Capitólio tivesse sofrido o
destino do Reichstag em chamas de 1933.
Infelizmente para o Sr. Biden, nossos antigos vilões direitistas
estavam ocupados demais tirando selfies e esqueceram suas latas
de gasolina. Mas pode-se, com a ajuda de uma mídia cada vez mais
verborrágica, fazer uma cordilheira do Himilaia com um monte de
cocô de cavalo. E agora, com 30.000 soldados se apinhando no
Capitólio, e o FBI anunciando uma imensa conspiração contra o
governo, Biden faz o Juramento de Posse para defender a
Constituição contra todos os inimigos, imaginários e domésticos.
Que absurdidades ele vai pronunciar em seu discurso inaugural?
Marx escreveu que os homens não podem resistir a conjurar "os
espíritos do passado a seu serviço", adotando gritos de guerra e
bandeiras de guerras passadas. "Assim Lutero vestiu a máscara do
Apóstolo Paulo, a Revolução de 1789 a 1814 revestiu-se
alternadamente de República Romana e Império Romano..." Qual
pose Biden assumirá? As palavras de quem ele pegará
emprestadas? Ele vai imitar Lincoln? Ele vai pegar emprestado uma
frase de FDR? Que tal uma ou duas frases da Lei Habilitante de
1933 de Hitler? Mas não, este não é o fim da República de Weimar.
É uma farsa, e nada mais. A administração Biden já é uma paródia
de opressão, iniciada por agências de inteligência do tipo Maxwell
Smart; todas elas prometendo com entusiasmo: "Não se preocupe
chefe, isso não vai acontecer de novo." (Ou, no caso do Russia-
gate, "Perdeu por este tantinho!").
No outro extremo da paródia, encontramos a eficiência
desmiolada do Facebook, da Apple e do Twitter, movendo-se contra
os inimigos recém-declarados do estado: Donald Trump, o Parler e
a liberdade de expressão. O que esses palhaços das redes sociais
sabem de nossas grandes tradições de discurso livre? Eles
tagarelam sobre a primeira emenda como se tudo estivesse baseado
nela. Ah não, seus analfabetos históricos. Muito antes de a Primeira
Emenda dizer que "o Congresso não fará nenhuma lei... restringindo
a liberdade de expressão ou de imprensa", tínhamos a Areopagítica
de John Milton. O grande poeta protestou contra aqueles que em vão
sustentavam "que ninguém deve ser ouvido senão aqueles de quem
eles gostam..."[77] É por meio dessas pessoas que "o conhecimento
é mantido à distância de nós". Sim, é exatamente isso. Ao
interromper a liberdade de expressão, você interrompe o fluxo livre
de pensamento e o motor que tornou a América grande. Mas, é
claro, todos vocês odeiam a idéia da grandeza americana. Então
agora vocês param o cérebro da América, sua criatividade, embora
seja o próprio sangue vital de vocês. Vocês isolam os seus próprios
clientes e destroem a base de sua própria "economia da
informação". Não há palavras para vocês. Existe apenas o suicídio
que vocês obtiveram bloqueando o seu único caminho para a
correção e a reforma. "Pois quando Deus sacode um reino com
fortes e saudáveis comoções para uma reforma geral", escreveu
Milton, "Deus então levanta para seu próprio trabalho homens de
habilidades raras, e de indústria mais do que comum, não apenas
para olhar para trás e revisar o que foi ensinado antes, mas para
ganhar mais e dar alguns novos passos iluminados na descoberta da
verdade."
E que verdade encontraremos bloqueando todas as críticas ao
politicamente correto? Como escaparemos dos mantras intolerantes
da esquerda sobre a tolerância ou da demagogia odiosa de declarar
que as pessoas são iguais em um mundo onde ninguém é igual?
Como iremos, então, preservar o que é melhor contra o hediondo
espírito de negação da cultura do cancelamento, uma vez que ela
põe fim às nossas tradições de liberdade de expressão? Vamos
permitir que estas hienas, ganindo com suas imbecilidades rançosas,
ditem a nossa expressão, o nosso discurso social? Seremos
comandados por esses autômatos esquerdistas, com seus cérebros
lobotomizados em potes de formaldeído rotulados com os diplomas
universitários assim obtidos?
Como é que as hienas ganindo e os autômatos esquerdistas se
tornaram tão proeminentes em nossa mídia, em nossas grandes
corporações e no governo? Isso é apenas uma prova da falência
intelectual deste país lastimável. Somos uma sociedade incrivelmente
estúpida, tendo acumulado para nós e para nossos filhos um castigo
de proporções bíblicas; pois já temos sufocado a expressão nas
universidades, em nossos centros de ensino, por toda uma geração.
E assim, um tempo de espoliação e destruição e assassinato que
excede em muito nossas piores imaginações está a caminho. Pois
qual é a verdadeira promessa daqueles que agora assumem o cargo
em Washington? É a promessa de força contra inimigos
estrangeiros? Estamos recebendo pessoas honradas e confiáveis?
Quando Biden escorregar naquela casca de banana, haverá a
presidente Harris — tão genuína quanto uma nota de três dólares,
tão vazia quanto o Tesouro dos Estados Unidos, tão incapaz quanto
traiçoeira. A história não é gentil quando os países são governados
por gente como Kamala Harris.
Na aspiração de se tornarem deuses da colméia humana, esses
ambiciosos joões-ninguém podem destruir a nossa liberdade, a
nossa prosperidade, e o próprio país; primeiro, porque suas
intenções não são benevolentes; segundo, porque suas ambições
são inadequadas para quem eles são; terceiro, porque eles são
fracos, tolos e ímpios.
Todos esses jovens de olhos brilhantes, ansiosos pelo mundo de
igualdade e tolerância sobre o qual aprenderam na escola, não
encontrarão salvação em Biden ou Harris. A esquerda se ilude ao
achar que o fracasso iminente da administração Biden/Harris será
totalmente devido às maquinações perversas da direita, levantando a
sua cabeça horrenda e bloqueando o caminho para a utopia. Mas
isso é estúpido. Não há nenhum caminho para a utopia aqui. Se a
direita não existisse, e se O MALVADO HOMEM LARANJA
desaparecesse completamente, sua utopia ainda fracassaria. Não
poderia acontecer de outra forma; pois não há utopia. O homem não
pode se salvar por meio da política. Pensar assim é a essência do
analfabetismo histórico.
O belo mundo de alegria que nos aguarda, após a posse de
Biden, lembrará o próprio fascismo que a esquerda supostamente
detesta. Só que será um tipo ridículo de fascismo, cuja subserviência
a Pequim o tornará duplamente ridículo. Os comunistas chineses
sabem que uma verdadeira revolução socialista não pode ser
realizada apenas por uma solenidade de posse. O socialismo real
requer violência e coerção. Ele deve significar o fim da liberdade e o
fim da prosperidade. Com Biden e Harris cambaleando com
hesitação nos ombros de Marx e Engels, com a China avançando
pelas costas, as elites americanas estão cometendo suicídio grupal.
Um homem sensato não fica embaixo de uma estrutura que está
prestes a desabar. Ele corre o mais longe que pode do marco zero.
Enquanto isso, o governo pode reunir todas as tropas que quiser na
capital, como uma demonstração de força. O povo americano não os
está ameaçando. A verdadeira ameaça é uma bomba nuclear da
China, ou da Rússia, ou da Coréia do Norte, ou do Irã. Mas mesmo
quando nossos novos governantes fulminarem com os olhos os
patriotas da América, eles estarão brindando com os chineses.
Podemos contar com isso.

Quem cavar uma cova cairá nela, e uma pedra voltará


sobre aquele que a começar a rolar.
PROVÉRBIOS 26:27

APÊNDICE

O discurso secreto do General Chi Haotian


Em 2005, o Epoch Times adquiriu um discurso secreto proferido
pelo Ministro da Defesa Chi Haotian a altos Quadros do Partido
Comunista algum tempo antes de sua aposentadoria em 2003. Os
detalhes dados no discurso de Chi coincidem com o testemunho
inédito de um desertor acerca dos planos militares sino-russos.
Segue o discurso:

‘Camaradas,
Estou muito animado hoje, porque a vasta pesquisa online
sina.com, que foi feita para nós, mostrou que a nossa próxima
geração é bastante promissora e que a causa do nosso partido vai
continuar. Ao responder à pergunta: "Você vai atirar em mulheres,
crianças e prisioneiros de guerra?", mais de 80 por cento dos
entrevistados responderam afirmativamente, superando em muito
nossas expectativas.
Hoje, eu gostaria de me concentrar em por que pedimos à
sina.com para realizar esta pesquisa online entre o nosso povo. O
meu discurso de hoje é uma continuação do meu discurso da última
vez, durante o qual comecei com uma discussão quanto ao problema
das três ilhas, [em que] mencionei que 20 anos do idílico tema de
"paz e desenvolvimento" tinham chegado ao fim, e concluí que a
modernização pelo sabre é a única opção para a próxima fase da
China. Também menciono que temos um interesse vital no exterior.
Hoje, falarei mais especificamente sobre essas duas questões.
A questão central desta pesquisa parece ser se devemos atirar
em mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, mas o seu sentido
real vai muito além disso. Ostensivamente, nossa intenção é
principalmente descobrir qual é a atitude do povo chinês em relação
à guerra: se estes futuros soldados não hesitarem em matar até
mesmo os não-combatentes, eles naturalmente serão duas vezes
mais propensos e implacáveis para matar combatentes. Portanto, as
respostas às perguntas da pesquisa podem refletir a atitude geral do
povo em relação à guerra.
Na verdade, porém, essa não é a nossa intenção genuína. O
objetivo do Comitê Central do PCC ao conduzir esta pesquisa é
sondar a mente do povo. Queríamos saber: se o desenvolvimento
global da China exigir mortes em massa em países inimigos, o nosso
povo endossará esse cenário? Ele será a favor ou contra?
Como todos sabem, a essência do pensamento do Camarada
Xiaoping é "o desenvolvimento é a dura verdade". E o Camarada
Jintao também assinalou repetida e enfaticamente que "o
desenvolvimento é a nossa maior prioridade", o que não deve ser
negligenciado nem por um momento. Mas muitos camaradas tendem
a entender "desenvolvimento" em seu sentido estrito, presumindo que
se limite ao desenvolvimento doméstico. O fato é que nosso
"desenvolvimento" refere-se à grande revitalização da nação chinesa,
a qual, obviamente, não se limita às terras que temos agora, mas
também inclui o mundo inteiro.
Por que o coloco dessa forma?
Tanto o camarada Liu Huaquing, um dos líderes da velha
geração em nosso Partido, quanto o camarada He Xin, um jovem
estrategista de nosso Partido, enfatizaram várias vezes a teoria
concernente à mudança do centro da Civilização Mundial. Nosso
slogan de "revitalizar a China" tem como base essa forma de pensar.
Vocês podem consultar os jornais e revistas publicados nos últimos
anos ou acessar a internet para fazer pesquisas a fim de descobrir
quem levantou o slogan da revitalização nacional primeiro. Foi o
Camarada He Xin. Vocês sabem quem é He Xin? Ele pode parecer
agressivo e desprezível quando fala em público, com suas mangas e
calças todas arregaçadas, mas a sua visão histórica é um tesouro
que o nosso Partido deveria apreciar.
Ao discutir este assunto, começemos do início.
Como todos sabem, de acordo com as visões propagadas por
estudiosos ocidentais, a humanidade como um todo se originou de
uma mãe solteira na África. Portanto, nenhuma raça pode reivindicar
superioridade racial. No entanto, de acordo com a pesquisa realizada
pela maioria dos estudiosos chineses, os chineses são diferentes
das outras raças do planeta. Não somos originários da África. Em
vez disso, nós nos originamos de forma independente na região da
China. O Homem de Pequim em Zhoukoudian, com o qual todos
estamos familiarizados, representa uma fase da evolução de nossos
ancestrais. "O Projeto de Busca das Origens da Civilização Chinesa",
realizado atualmente em nosso país, visa a uma pesquisa mais
abrangente e sistemática sobre a origem, o processo e o
desenvolvimento da antiga civilização chinesa. Costumamos dizer: "A
civilização chinesa tem uma história de cinco mil anos". Mas, agora,
muitos especialistas envolvidos em pesquisas de diversos campos,
incluindo arqueologia, culturas étnicas e culturas regionais, chegaram
ao consenso de que as novas descobertas, como a da cultura
Hongshan no nordeste, a cultura Liangahn na província de Zhejiang,
as ruínas de Jinsha na província de Sichuan, e o Sítio Cultural do
Imperador Yongzhou Shun na província de Hunan, são todos
evidências convincentes da existência das primeiras civilizações da
China e provam que só a história da agricultura de cultivo do arroz na
China pode ser rastreada até 8.000 a 10.000 anos atrás. Isso refuta
o conceito de "cinco mil anos de civilização chinesa."
Portanto, podemos afirmar que somos o produto de raízes
culturais de mais de um milhão de anos, e uma entidade chinesa
única de dois mil anos. Esta é a entidade chinesa de dois mil anos.
Esta é a nação chinesa que se autodenomina "descendentes de Yan
e Huang", a nação chinesa da qual temos tanto orgulho. A Alemanha
de Hitler certa vez se gabou de que a raça alemã era a raça mais
superior da terra, mas o fato é que nossa nação é muito superior aos
alemães.
Durante nossa longa história, nosso povo se espalhou pelas
Américas e pelas regiões ao longo do Círculo do Pacífico, e veio a
ser os índios nas Américas e os grupos étnicos do Leste Asiático no
Pacífico sul.
Todos sabemos que, devido à nossa superioridade nacional,
durante a vibrante e próspera Dinastia Tang, nossa civilização estava
no auge do mundo. Éramos o centro da civilização mundial e
nenhuma outra civilização do mundo era comparável à nossa. Mais
tarde, por causa de nossa complacência, estreiteza de visão e
fechamento de nosso próprio país, fomos superados pela civilização
ocidental e o centro do mundo mudou para o Ocidente.
Ao revisar a história, pode-se perguntar: o centro da civilização
mundial voltará para a China?
O camarada He Xin colocou isso em seu relatório ao Comitê
Central em 1988: se o fato é que o centro da liderança do mundo
esteve localizado na Europa a partir do século XVIII, e depois mudou
para os Estados Unidos em meados do século XX, o centro de
liderança do mundo mudará para o Oriente do nosso planeta. E "o
Oriente", é claro, refere-se principalmente à China.
Na verdade, o camarada Lui Huaquing fez observações
semelhantes na década de 1980. Com base em uma análise
histórica, ele apontou que o centro da civilização mundial está
mudando. Ele mudou do Oriente para a Europa Ocidental e mais
tarde para os Estados Unidos; agora está voltando para o Oriente.
Portanto, se nos referirmos ao século XIX como o século britânico e
ao século XX como o século americano, então o século XXI será o
século chinês.
Compreender com consciência esta lei histórica e saudar o
advento do século chinês é a missão histórica do nosso Partido.
Como todos sabemos, no final do século passado, construímos o
Altar para o século chinês em Pequim.
No exato momento da chegada do novo milênio, a direção
coletiva do Comitê Central do Partido se reuniu ali para um comício,
empunhando as tochas de Zhoukoudian, a fim de prometerem se
preparar para saudar a chegada do século chinês. Estávamos
fazendo isso para seguir a lei histórica e definindo a realização do
século chinês como a meta dos esforços do nosso Partido.
Posteriormente, no relatório político do XVI Congresso Nacional
do nosso Partido, estabelecemos que a revitalização nacional deveria
ser nosso grande objetivo e especificamos explicitamente em nossa
nova Constituição do Partido que o nosso Partido é o pioneiro do
povo chinês. Todas essas etapas marcaram um grande
desenvolvimento no marxismo, refletindo a coragem e a sabedoria do
nosso Partido. Como todos sabemos, Marx e seus seguidores nunca
se referiram a nenhum partido comunista como um pioneiro de um
certo povo; tampouco disseram que a revitalização nacional poderia
ser usada como slogan de um partido comunista. Mesmo o
Camarada Mao Zedong, um corajoso herói nacional, só levantou a
bandeira da "revolução proletária global", mas mesmo ele não teve a
coragem de dar a publicidade mais forte ao slogan da revitalização
nacional.
Devemos saudar a chegada do século chinês levantando a
bandeira da revitalização nacional. Como devemos lutar pela
realização do século chinês? Devemos tomar emprestadas as
experiências preciosas da história humana, aproveitando a notável
fruição da civilização humana e tirando lições do que aconteceu a
outros grupos étnicos.
As lições incluem o colapso do comunismo na antiga União
Soviética e no Leste Europeu, bem como as derrotas da Alemanha e
do Japão no passado. Recentemente, tem havido muita discussão
sobre as lições do colapso do comunismo na antiga União Soviética e
nos países do Leste Europeu, então não vou me alongar sobre elas
aqui. Hoje eu gostaria de falar sobre as lições da Alemanha e do
Japão.
Como todos sabemos, a Alemanha nazista também dava muita
ênfase à educação do povo, especialmente da geração mais jovem.
O Partido Nazista e o governo organizaram e estabeleceram várias
instituições educacionais e de propaganda, como a "Agência de
Orientação da Propaganda Nacional", o "Departamento de Educação
e Propaganda Nacional", a "Agência de Supervisão de Estudo e
Educação da Cosmovisão" e o "Gabinete de Informação", todos
visando a incutir na mente do povo, desde as escolas primárias até
as faculdades, a idéia de que o povo alemão é superior, e convencer
o povo de que a missão histórica do povo ariano é tornar-se os
"senhores da terra", cujo direito é "governar o mundo todo". Naquela
época, o povo alemão era muito mais unido do que nós somos hoje.
Não obstante, a Alemanha foi derrotada de maneira totalmente
vergonhosa, junto com seu aliado, o Japão. Por quê? Chegamos a
algumas conclusões nas reuniões de estudo do Politburo, nas quais
buscávamos as leis que regiam as vicissitudes das grandes
potências e tentávamos analisar o rápido crescimento da Alemanha e
do Japão. Se decidimos revitalizar com base no modelo alemão, não
devemos repetir os erros que eles cometeram.
Especificamente, as seguintes são as causas fundamentais de
sua derrota: primeiro, eles tinham muitos inimigos ao mesmo tempo,
visto que não aderiram ao princípio de eliminar os inimigos um de
cada vez; segundo, eles eram muito impetuosos, carecendo da
paciência e perseverança necessárias para grandes realizações;
terceiro, quando chegou a hora de serem implacáveis, eles se
mostraram muito moles, deixando assim problemas que ressurgiram
mais tarde.
Vamos supor que, naquela época, a Alemanha e o Japão
tivessem conseguido manter os Estados Unidos neutros e travado
uma guerra prolongada, passo a passo, na fronte soviética. Se eles
tivessem adotado essa abordagem, ganhado algum tempo para
avançar em suas pesquisas, conseguido no devido tempo obter a
tecnologia de armas nucleares e mísseis, e lançado com elas
ataques surpresa contra os Estados Unidos e a União Soviética,
então os Estados Unidos e a União Soviética não teriam sido
capazes de se defender e teriam de se render. O pequeno Japão,
em particular, cometeu um erro flagrante ao lançar o ataque furtivo a
Pearl Harbor. Esse ataque não atingiu partes vitais dos Estados
Unidos. Em vez disso, ele arrastou os Estados Unidos para a guerra,
para as fileiras dos coveiros que por fim enterraram os fascistas
alemães e japoneses.
Claro, se eles não tivessem cometido esses três erros e
ganhado a guerra, a história teria sido escrita de uma maneira
diferente. Se esse tivesse sido o caso, a China não estaria em
nossas mãos. O Japão poderia ter transferido a sua capital para a
China e governado a China. Posteriormente, a China e toda a Ásia,
sob o comando do Japão, teriam trazido à tona a sabedoria oriental,
conquistado o Ocidente governado pela Alemanha e unificado o
mundo inteiro. Isso é irrelevante, é claro. Sem mais digressões.
Então, a razão fundamental para as derrotas da Alemanha e do
Japão é que a história não os preparou para serem os "senhores da
terra", pois eles não são, afinal, a raça mais superior.
Ao que parece, em comparação, a China de hoje é
alarmantemente semelhante à Alemanha daquela época. Ambas se
consideram as raças mais superiores; ambas têm um histórico de
serem exploradas por potências estrangeiras e, portanto, são
vingativas; ambas têm a tradição de adorar suas próprias
autoridades; ambas sentem que têm espaço vital consideravelmente
insuficiente; ambas erguem as duas bandeiras do nacionalismo e do
socialismo e se rotulam como "nacional-socialismo"; ambas adoram
"um só estado, um só partido, um só líder e uma só doutrina".
E, no entanto, se realmente quisermos fazer uma comparação
entre a Alemanha e a China, então, como disse o Camarada Jiang
Zemin, a Alemanha pertence à "pediatria" — trivial demais para ser
comparada. Qual é o tamanho da população da Alemanha? Qual o
tamanho de seu território? E qual a duração de sua história? Nós
eliminamos oito milhões de soldados nacionalistas em apenas três
anos. Quantos inimigos a Alemanha matou? Eles estiveram no poder
por um período passageiro de pouco mais de uma dúzia de anos
antes de perecerem, enquanto nós ainda estamos ativos depois de
ficarmos por aí por mais de oitenta anos. Nossa teoria da mudança
de centro da civilização é, obviamente, mais profunda do que a teoria
de Hitler dos "senhores da terra". Nossa civilização é profunda e
ampla, o que determinou o fato de sermos muito mais sábios do que
eles.
Nosso povo chinês é mais sábio do que os alemães porque,
fundamentalmente, nossa raça é superior à deles. Como resultado,
temos uma história mais longa, mais pessoas e maior área de terra.
Com base nisso, nossos ancestrais nos deixaram as duas heranças
mais essenciais, que são o ateísmo e a grande unidade. Foi
Confúcio, o fundador da nossa cultura chinesa, quem nos deu essas
heranças.
Essa herança determinou o fato de termos uma capacidade de
sobrevivência mais forte do que o Ocidente. É por isso que a raça
chinesa conseguiu prosperar por tanto tempo. Estamos destinados a
"não ser enterrados nem pelo céu nem pela terra", não importa a
gravidade dos desastres: naturais, causados pelo homem e
nacionais. Essa é a nossa vantagem.
Tome-se a resposta à guerra como exemplo. A razão pela qual
os Estados Unidos permanecem hoje é que nunca viram guerra em
seu continente. Quando seus inimigos apontarem para o continente,
estes inimigos chegarão a Washington antes que o seu congresso
termine de debater e autorize o presidente a declarar guerra. Mas,
quanto a nós, não perdemos tempo com essas coisas triviais. O
Camarada Deng Xiaoping disse uma vez: "A liderança do Partido é
rápida na tomada de decisões. Assim que uma decisão é tomada,
ela é imediatamente implementada. Não há perda de tempo com
coisas triviais como nos países capitalistas. Essa é a nossa
vantagem! O centralismo democrático do nosso Partido baseia-se na
tradição da grande unidade. Embora a Alemanha fascista também
enfatizasse o centralismo de alto nível, ela se concentrou apenas no
poder do líder máximo, mas ignoraram a liderança coletiva do grupo
central. É por isso que Hitler foi traído por muitos, mais tarde em sua
vida, o que basicamente esgotou a capacidade de guerra dos
nazistas.
O que nos torna diferentes da Alemanha é que somos ateus
completos, enquanto a Alemanha era principalmente um país católico
e protestante. Hitler era apenas meio ateu. Embora Hitler também
acreditasse que os cidadãos comuns tinham pouca inteligência e que
os líderes deveriam, portanto, tomar decisões, e embora o povo
alemão adorasse Hitler naquela época, a Alemanha não tinha a
tradição de adorar os sábios de forma ampla. Nossa sociedade
chinesa sempre adorou os sábios, e isso porque não adoramos
nenhum Deus. Quando você adora um deus, você não pode adorar
uma pessoa ao mesmo tempo, a menos que reconheça a pessoa
como o representante de deus, como fazem nos países do Oriente
Médio. Por outro lado, quando você reconhece uma pessoa como um
sábio, é claro que você vai querer que ela seja o seu líder... Este é o
fundamento do nosso centralismo democrático.
O ponto principal é que somente a China é uma força confiável
na resistência ao sistema democrático parlamentar ocidental. A
ditadura de Hitler na Alemanha foi talvez apenas um erro
momentâneo na história.
Talvez vocês agora tenham entendido por que decidimos
recentemente promover ainda mais o ateísmo. Se deixarmos a
teologia do Ocidente entrar na China e nos esvaziar desde dentro, se
deixarmos todos os chineses ouvirem a Deus e seguirem a Deus,
quem nos ouvirá e nos seguirá obedientemente? Se as pessoas
comuns não acreditarem que o Camarada Hu Jintao é um líder
qualificado, questionarem a sua autoridade e quiserem monitorá-lo,
se os adeptos religiosos em nossa sociedade questionarem por que
estamos deixando Deus nas igrejas, o nosso Partido poderá
continuar governando a China?
O sonho da Alemanha de ser o "senhor da terra" falhou porque,
em última análise, a história não lhe concedeu esta grande missão.
Mas as três lições que a Alemanha aprendeu com a experiência são
as que devemos lembrar ao completar nossa missão histórica e
revitalizar nossa raça. As três lições são: segurar com firmeza o
espaço vital do país; segurar com firmeza o controle do Partido
sobre a nação; e segurar com firmeza a direção geral para se tornar
o "senhor da terra".
A seguir, eu gostaria de abordar essas três questões.
A primeira questão é o espaço vital. Esse é o maior foco da
revitalização da raça chinesa. Em meu último discurso, eu disse que
a luta pelos recursos vitais básicos (incluindo terra e oceano) é a
fonte da grande maioria das guerras da história. Isso pode mudar na
era da informação, mas não fundamentalmente. Nossos recursos per
capita são muito menores do que os da Alemanha daquela época.
Além disso, o desenvolvimento econômico dos últimos vinte anos
teve um impacto negativo e os climas estão piorando rapidamente.
Nossos recursos estão bastante escassos. O meio ambiente está
gravemente poluído, em especial o solo, a água e o ar. Não apenas
nossa capacidade de sustentar e desenvolver nossa raça, mas até
mesmo sua sobrevivência está gravemente ameaçada, numa medida
muito maior do que a enfrentada pela Alemanha naquela época.
Qualquer pessoa que já esteve em países ocidentais sabe que o
espaço vital deles é muito melhor do que o nosso. Eles têm florestas
ao longo das rodovias, enquanto nós dificilmente temos alguma
árvore ao lado de nossas ruas. O céu deles é geralmente azul com
nuvens brancas, enquanto o nosso céu é coberto por uma camada
de névoa escura. A água da torneira deles é limpa o suficiente para
beber, enquanto até a nossa água subterrânea está tão poluída que
não pode ser bebida sem filtrar. Eles têm poucas pessoas nas ruas,
e duas ou três pessoas podem ocupar um pequeno prédio
residencial; em contraste, nossas ruas estão sempre cheias de
gente, e várias pessoas têm de compartilhar o mesmo quarto.
Muitos anos atrás, havia um livro intitulado Catástrofes
Amarelas. Ele dizia que, por seguirmos o estilo americano de
consumo, nossos limitados recursos não sustentariam por muito
tempo a população e que a sociedade entraria em colapso, quando
nossa população atingisse 1,3 bilhão. Agora nossa população já
ultrapassou esse limite e contamos agora com as importações para
sustentar nossa nação. Não é que não tenhamos prestado atenção a
esse problema. O Ministério de Recursos da Terra é especializado
neste assunto.
Mas o termo 'espaço vital' (lebensraum) está muito relacionado
à Alemanha nazista. O motivo pelo qual não queremos discutir isso
tão abertamente é evitar que o Ocidente nos associe à Alemanha
nazista, o que poderia, por sua vez, reforçar a visão de que a China
é uma ameaça. Portanto, em nossa ênfase na nova teoria de He Xin,
"Direitos humanos são só direitos de viver", falamos apenas de
"viver", mas não de "espaço", a fim de evitar o uso do termo "espaço
vital". Do ponto de vista da história, a razão pela qual a China se
depara com a questão do espaço vital é porque os países ocidentais
estabeleceram colônias antes dos países orientais. Os países
ocidentais estabeleceram colônias em todo o mundo, o que lhes deu
uma vantagem na questão do espaço vital. Para resolver este
problema, devemos levar o povo chinês para fora da China, para que
ele possa se desenvolver fora da China.
A segunda questão é o nosso foco na capacidade de liderança
do partido governante. Nesta, temos feito melhor do que o partido
deles. Embora os nazistas tenham espalhado o seu poder em todos
os aspectos do governo nacional alemão, eles não enfatizaram a sua
posição de liderança absoluta como nós temos feito. Eles não
consideraram o problema da gestão do poder do partido como
primeira prioridade, o que nós temos feito. Quando o camarada Mao
Zedong resumiu os "três tesouros" da vitória do nosso partido na
conquista do país, ele considerava como "tesouro" mais importante o
desenvolvimento do Partido Comunista Chinês (PCC) e o
fortalecimento de sua posição de liderança.
Temos de nos concentrar em dois pontos para fortalecer nossa
posição de liderança e melhorar nossa capacidade de liderança.
O primeiro é promover a teoria dos "Três Representantes",
destacando que o nosso Partido é o pioneiro da raça chinesa, além
de ser o pioneiro do proletariado. Muitos cidadãos dizem em
particular: "Nunca votamos em vocês, do Partido Comunista, para
nos representar. Como podem ter a pretensão de serem nossos
representantes?"
Não há necessidade de se preocupar com esse problema. O
camarada Mao Zedong disse que, se pudéssemos liderar o povo
chinês para fora da China, resolvendo a falta de espaço vital na
China, o povo chinês nos apoiaria. Nesse momento, não
precisaremos nos preocupar com os rótulos de "totalitarismo" ou
"ditadura". Se poderemos representar para sempre o povo chinês é
algo que depende de conseguirmos conduzir o povo chinês para fora
da China.
O segundo ponto, se poderemos levar o povo chinês para fora
da China, é o fator mais importante da posição de liderança do PCC.
Por que digo isso?
Todos sabem que sem a liderança do nosso Partido, a China
não existiria hoje. Portanto, nosso maior princípio é proteger para
sempre a posição de liderança do nosso Partido. Antes de 4 de
junho, percebemos vagamente que, enquanto a economia da China
fosse desenvolvida, as pessoas apoiariam e amariam o Partido
Comunista. Portanto, tivemos de usar várias décadas de tempo de
paz para desenvolver a economia chinesa. Não importa quais sejam
os ismos, quer seja um gato branco ou preto, ele será um bom gato
se puder desenvolver a economia chinesa. Mas, naquela época, não
tínhamos idéias maduras sobre como a China lidaria com as disputas
internacionais após o desenvolvimento de sua economia.
O Camarada Xiaoping disse então que os principais temas do
mundo eram a paz e o desenvolvimento. Mas a agitação de 4 de
junho deu um aviso ao nosso Partido e deu-nos uma lição que ainda
está fresca.
A pressão da evolução pacífica da China nos faz reconsiderar
esses dois temas principais de nosso tempo. Vemos que nenhuma
dessas duas questões, paz e desenvolvimento, foi resolvida. As
forças de oposição ocidentais sempre mudam o mundo de acordo
com suas próprias visões; elas querem mudar a China e usar a
evolução pacífica para derrubar a liderança do nosso Partido
Comunista. Portanto, se apenas desenvolvermos a economia, ainda
encaramos a possibilidade de perder o controle.
A agitação de 4 de junho quase conseguiu fazer uma transição
pacífica; se não fosse pelo fato de que um grande número de
camaradas veteranos ainda estavam vivos e que num momento
crucial eles retiraram Zhao Ziyang e seus seguidores, então todos
nós teríamos sido colocados na prisão. Depois da morte, teríamos
muita vergonha de aparecer diante de Marx. Embora tenhamos
passado no teste de 4 de junho, depois que nosso grupo de
camaradas antigos faleceu, sem o nosso controle, a evolução
pacífica ainda pode chegar à China assim como chegou à antiga
União Soviética. Em 1956, eles abafaram o incidente húngaro e
derrotaram os ataques dos revisionistas de Tito da Iugoslávia, mas
não puderam resistir a Gorbachev uns trinta anos depois. Assim que
esses antigos camaradas pioneiros morreram, o poder do Partido
Comunista foi retirado pela evolução pacífica.
Depois que a agitação de 4 de junho foi reprimida, estivemos
pensando em como prevenir a China de uma evolução pacífica e
como manter a liderança do Partido Comunista. Nós refletimos várias
vezes, mas não tivemos nenhuma boa idéia. Se não tivermos boas
idéias, a China inevitavelmente mudará de forma pacífica e todos nós
nos tornaremos criminosos na história. Depois de intensas
ponderações, finalmente chegamos a esta conclusão: somente
transformando a nossa potência nacional desenvolvida na força de
um primeiro ataque no exterior — somente levando o povo a sair —
poderemos ganhar para sempre o apoio e o amor do povo chinês
pelo Partido Comunista. Nosso partido ficará então em um terreno
invencível, e o povo chinês terá de depender do Partido Comunista.
Ele seguirá para sempre o Partido Comunista com seus corações e
mentes, como foi escrito em um dístico freqüentemente visto no
campo alguns anos atrás: "Ouça o Presidente Mao, siga o Partido
Comunista!" Portanto, a agitação de 4 de junho nos fez perceber que
devemos combinar o desenvolvimento econômico com a preparação
para a guerra e o direcionamento do povo a sair! Portanto, desde
então, nossa política de defesa nacional deu uma volta de 180 graus
e, desde então, temos enfatizado cada vez mais a "combinação de
paz e guerra". O nosso desenvolvimento econômico trata
inteiramente de se preparar para as necessidades da guerra!
Publicamente, ainda enfatizamos o desenvolvimento econômico como
o nosso centro, mas, na realidade, o desenvolvimento econômico
tem a guerra como centro! Fizemos um esforço tremendo para
elaborar o "Projeto da Grande Muralha", a fim de construir, ao longo
de nossas fronteiras costeiras e terrestres, bem como ao redor de
cidades grandes e médias, uma sólida "Grande Muralha" subterrânea
que possa resistir a uma guerra nuclear. Também estamos
armazenando todos os materiais de guerra necessários. Portanto,
não hesitaremos em travar uma Terceira Guerra Mundial, a fim de
fazer sair o povo e garantir a posição de liderança do Partido. Em
qualquer caso, nós, o PCC, nunca desceremos do palco da história!
Preferimos que o mundo inteiro, ou mesmo o globo inteiro,
compartilhe conosco a vida e a morte do que sair do palco da
história! Não existe uma teoria da "dependência nuclear"? Ela quer
dizer que, uma vez que as armas nucleares comprometeram a
segurança do mundo inteiro, todos morrerão juntos caso a morte for
inevitável. Na minha opinião, existe outro tipo de dependência, ou
seja, o destino do nosso Partido está ligado ao do mundo inteiro. Se
nós, o PCC, acabarmos, a China estará acabada e o mundo estará
acabado.
A missão histórica do nosso Partido é levar o povo chinês a sair.
Se olharmos com uma visão ampla, veremos que a história nos
conduziu por esse caminho. Primeiro, a longa história da China
resultou na maior população do mundo, incluindo chineses na China e
no exterior. Segundo, assim que abrirmos nossas portas, os
capitalistas ocidentais em busca de lucro investirão capital e
tecnologia na China, a fim de ajudar nosso desenvolvimento, de
modo que possam ocupar o maior mercado do mundo. Terceiro,
nossos numerosos chineses no exterior nos ajudam a criar o
ambiente mais favorável para a introdução de capital estrangeiro,
tecnologia estrangeira e experiência avançada na China. Assim, é
garantido que nossa política de reformas e de porto aberto
alcançará um tremendo sucesso. Quarto, a grande expansão
econômica da China inevitavelmente levará à redução do espaço vital
per capita para o povo chinês, e isso incentivará a China a se voltar
para o exterior em busca de um novo espaço vital. Quinto, a grande
expansão econômica da China inevitavelmente virá com um
desenvolvimento significativo de nossas forças militares, criando
condições para nossa expansão no exterior. Desde a época de
Napoleão, o Ocidente tem estado alerta para o possível despertar
do leão adormecido que é a China. Agora, o leão adormecido está
se levantando e avançando no mundo, e se tornou imparável!
Qual é a terceira questão que devemos resolver com firmeza
para cumprir a nossa missão histórica de renascimento nacional? É
agarrar com firmeza o grande "problema da América".
Isso parece chocante, mas a lógica é na verdade muito simples.
O Camarada He Xin apresentou um julgamento muito
fundamental, o qual é muito razoável. Ele afirmou em seu relatório ao
Comitê Central do Partido: o renascimento da China está em conflito
fundamental com os interesses estratégicos do Ocidente e, portanto,
será inevitavelmente obstruído pelos países ocidentais fazendo tudo
o que podem. Portanto, somente quebrando o bloqueio formado
pelos países ocidentais encabeçados pelos Estados Unidos a China
poderá crescer e se mover em direção ao mundo!
Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para ganhar um
novo espaço vital? Em primeiro lugar, se os Estados Unidos estão
resolutos em nos bloquear, é difícil para nós fazer algo significativo
em relação a Taiwan, Vietnã, Índia ou mesmo Japão, [então] quanto
mais espaço vital podemos conseguir? Muito simples! Apenas países
como Estados Unidos, Canadá e Austrália têm terras vastas para
atender à nossa necessidade de colonização em massa.
Portanto, resolver o "problema da América" é a chave para
resolver todos os outros problemas. Primeiro, isso possibilita que
muitas pessoas migrem para lá e até mesmo estabeleçam outra
China sob a mesma liderança do PPC. A América foi originalmente
descoberta pelos ancestrais da raça amarela, mas Colombo deu
crédito à raça branca. Nós, os descendentes da nação chinesa,
temos direito à posse da terra! Diz-se que os residentes da raça
amarela têm um status social muito baixo nos Estados Unidos.
Precisamos libertá-los. Em segundo lugar, depois de resolver o
"problema da América", os países ocidentais da Europa se curvariam
diante de nós, sem mencionar Taiwan, Japão e outros pequenos
países. Portanto, resolver o "problema da América" é a missão
atribuída aos membros do PCC pela história.
Às vezes penso como é cruel para a China e os Estados Unidos
serem inimigos que estão fadados a se encontrar numa estrada
estreita! Lembram-se de um filme sobre as tropas do Exército da
Libertação lideradas por Liu Bocheng e Deng Xiaoping? O título é
algo como "Batalha Decisiva nas Planícies Centrais". Há um
comentário famoso no filme que é cheio de poder e grandeza: "Os
inimigos estão fadados a se encontrar numa estrada estreita, apenas
os bravos vencerão!" Foi esse tipo de espírito de lutar para vencer
ou morrer que nos permitiu tomar o poder na China continental. É um
destino histórico que a China e os Estados Unidos hão de chegar a
um confronto inevitável num caminho estreito e lutar entre si! Os
Estados Unidos, ao contrário da Rússia e do Japão, nunca ocuparam
e prejudicaram a China, e além disso ajudaram a China em sua
batalha contra os japoneses. Mas certamente serão uma obstrução,
e a maior das obstruções! No longo prazo, o relacionamento da
China e dos Estados Unidos é de uma luta de vida ou morte.
Certa vez, alguns americanos vieram nos visitar e tentaram nos
convencer de que a relação entre a China e os Estados Unidos é de
interdependência. O Camarada Xiaoping respondeu de maneira
educada: "Vá dizer ao seu governo, a China e os Estados Unidos não
têm uma relação interdependente e de confiança mútua". Na
verdade, o Camarada Xiaoping estava sendo educado demais, ele
poderia ter sido mais franco: "A relação entre a China e os Estados
Unidos é de uma luta de vida ou morte." Claro, agora não é hora de
romper abertamente com eles ainda. Nossa reforma e abertura para
o mundo exterior ainda dependem de seu capital e tecnologia, ainda
precisamos da América. Portanto, devemos fazer tudo o que estiver
ao nosso alcance para promover nosso relacionamento com a
América, aprender com a América em todos os aspectos e usar a
América como exemplo para reconstruir nosso país.
Como temos administrado nossos negócios estrangeiros nestes
anos? Mesmo que tivéssemos de botar uma cara sorridente para
agradá-los, mesmo que tivéssemos de lhes dar a face direita depois
de terem batido em nossa face esquerda, ainda assim teríamos de
aguentar, a fim de aprofundar o nosso relacionamento com os
Estados Unidos. Lembram-se da personagem de Wuxun no filme A
História de Wuxun? A fim de cumprir sua missão, ele aguentou
tantas dores e sofreu tantas pancadas e chutes! Hoje, os Estados
Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo. Somente depois de
aprendermos todas as suas experiências úteis, poderemos substituí-
los no futuro. Mesmo que atualmente estejamos imitando o tom
americano: "A China e os Estados Unidos apoiam-se mutuamente e
compartilham a honra e a desgraça", não devemos esquecer que a
história de nossa civilização repetidamente tem nos ensinado que
uma única montanha não permite que dois tigres vivam juntos.
Também não devemos esquecer o que o camarada Xiaoping
enfatizou: "Abstenha-se de revelar ambições e tirar os outros do
caminho." A mensagem escondida é: devemos tolerar a América;
devemos ocultar nossos objetivos últimos, esconder nossas
capacidades e aguardar a oportunidade. Dessa forma, nossa mente
está clara. Por que não atualizamos nosso hino nacional com algo
pacífico? Por que não mudamos o tema bélico do hino? Em vez
disso, ao revisar a Constituição desta vez, pela primeira vez
especificamos claramente que a "Marcha dos Voluntários" é o nosso
hino nacional. Assim, entenderemos por que constantemente falamos
em voz alta sobre o "problema de Taiwan", mas não sobre o
"problema americano". Todos nós conhecemos o princípio de "fazer
uma coisa sob a cobertura de outra". Se a gente ordinária só
consegue ver a pequena ilha de Taiwan com seus olhos, então
vocês, como a elite do nosso país, deveriam ser capazes de ver o
quadro completo da nossa causa. Ao longo desses anos, segundo o
acordo do Camarada Xiaoping, uma grande parte do nosso território
no Norte foi entregue à Rússia; vocês realmente acham que o nosso
Comitê do Partido é bobo?
A fim de resolver o problema da América, devemos ser capazes
de transcender convenções e restrições. Na história, quando um país
derrotava outro país ou ocupava outro país, ele não podia matar
todas as pessoas na terra conquistada porque naquela época não se
podia matar pessoas de maneira eficaz com sabres ou lanças
longas, ou mesmo com rifles ou metralhadoras. Portanto, era
impossível ganhar um pedaço de terra sem manter o povo naquela
terra. Entretanto, se conquistássemos a América dessa forma, não
poderíamos fazer com que muitas pessoas migrassem para lá.
Somente usando meios especiais para "limpar" a América é que
seremos capazes de levar o povo chinês até lá. Esta é a única
escolha que nos resta. Esta não é uma questão de estarmos
dispostos a fazer isso ou não. Que tipo de meio especial existe
disponível para nós para "limpar a América"?
Armas convencionais como caças, canhões, mísseis e navios de
guerra não vão adiantar; nem as armas altamente destrutivas, como
as armas nucleares. Não somos tolos a ponto de querer morrer junto
com a América usando armas nucleares, apesar do fato de termos
estado exclamando que resolveremos o problema de Taiwan a
qualquer custo. Somente usando armas não-destrutivas que podem
matar muitas pessoas seremos capazes de reservar a América para
nós mesmos. Tem havido um rápido desenvolvimento da tecnologia
biológica moderna e novas armas biológicas têm sido inventadas
uma após a outra. Obviamente, nós não ficamos ociosos, nos últimos
anos aproveitamos a oportunidade para dominar armas desse tipo.
Somos capazes de alcançar o nosso propósito de "limpar" a América
subitamente. Quando o Camarada Xiaoping ainda estava conosco, o
Comitê Central do Partido teve a perspicácia de tomar a decisão
certa de não desenvolver grupos de porta-aviões e se concentrar,
em vez disso, no desenvolvimento de armas letais que possam
eliminar populações em massa do país inimigo.
Do ponto de vista humanitário, deveríamos dar um aviso ao povo
americano e persuadi-lo a deixar a América e deixar a terra onde
tem vivido ao povo chinês. Ou pelo menos deveriam deixar metade
dos Estados Unidos para ser colônia da China, porque a América foi
descoberta pelos chineses. Mas isso funcionaria? Se essa estratégia
não funcionar, então só nos restará uma escolha. Ou seja, usar
meios decisivos para "limpar" a América e reservar a América para
nosso uso num instante. Nossa experiência histórica provou que,
contanto que façamos isso acontecer, ninguém no mundo poderá
fazer nada a nosso respeito. Além disso, se os Estados Unidos,
como líder, estiverem acabados, então os outros inimigos terão de
se render a nós.
As armas biológicas não têm precedentes em sua crueldade,
mas se os americanos não morrerem, então os chineses terão de
morrer. Se o povo chinês estiver amarrado à terra atual, um colapso
social total está fadado a ocorrer. De acordo com os cálculos do
autor de Perigo Amarelo, mais da metade dos chineses morrerão, e
esse número seria de mais de 800 milhões de pessoas! Logo após a
libertação, nossa terra amarela sustentava quase 500 milhões de
pessoas, enquanto hoje o número oficial da população é de mais de
1,3 bilhão. Esta terra amarela atingiu o limite de sua capacidade. Um
dia, quem sabe quando chegará, o grande colapso ocorrerá a
qualquer momento e mais da metade da população terá de ir
embora.
Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas armas
biológicas tiverem sucesso no ataque surpresa, o povo chinês será
capaz de manter as suas perdas em um número mínimo na luta
contra os Estados Unidos. Se, no entanto, o ataque falhar e
desencadear uma retaliação nuclear dos Estados Unidos, a China
sofreria talvez uma catástrofe na qual mais da metade de sua
população pereceria. É por isso que precisamos estar preparados
com sistemas de defesa aérea para nossas cidades grandes e
médias. Seja qual for o caso, só podemos avançar com coragem,
pelo bem do nosso Partido e nosso Estado e do futuro da nossa
nação, independentemente das adversidades que tenhamos de
enfrentar e dos sacrifícios que tenhamos de fazer. A população,
mesmo que mais da metade morra, pode se reproduzir. Mas, se o
Partido cair, tudo estará perdido, e perdido para sempre.
Na história chinesa, na substituição das dinastias, os implacáveis
sempre venceram e os benevolentes sempre fracassaram. O
exemplo mais típico envolveu Xiang Yu, o Rei de Chu, que, após
derrotar Liu Bang, deixou de continuar a persegui-lo e a eliminar suas
forças, e sua leniência resultou na morte de Xiang Yu e na vitória de
Liu... Portanto, devemos enfatizar a importância da adoção de
medidas enérgicas. No futuro, os dois rivais, China e Estados Unidos,
no devido tempo se encontrarão numa estrada estreita, e nossa
leniência para com os americanos significará crueldade para com o
povo chinês. Aqui, algumas pessoas podem querer me perguntar: e
os vários milhões de nossos compatriotas nos Estados Unidos?
Podem perguntar: não somos contra chineses matando outros
chineses?
Esses camaradas são muito pedantes; não são pragmáticos o
suficiente. Se tivéssemos insistido no princípio de que chineses não
deveriam matar outros chineses, teríamos libertado a China? Quanto
aos vários milhões de chineses que vivem nos Estados Unidos, este
é, sem dúvida, um grande problema. Por isso, nos últimos anos,
temos feito pesquisas com armas genéticas, isto é, armas que não
matam pessoas amarelas. Mas produzir um resultado com esse tipo
de pesquisa é extremamente difícil.
Das pesquisas feitas com armas genéticas em todo o mundo,
Israel é o mais avançado. Suas armas genéticas são projetadas para
atingir os árabes e proteger os israelenses. Mas mesmo eles não
alcançaram o estágio de implantação real. Temos cooperado com
Israel em algumas pesquisas. Talvez possamos importar algumas
das tecnologias usadas para proteger os israelenses e remodelar
essas tecnologias para proteger o povo amarelo. Mas suas
tecnologias ainda não estão maduras e é difícil para nós superá-las
em poucos anos. Se for preciso cinco ou dez anos para que algum
avanço possa ser alcançado em armas genéticas, não podemos nos
dar ao luxo de esperar mais do que isso.
Velhos camaradas como nós não podem se dar ao luxo de
esperar tanto tempo, porque não temos assim tanto tempo de vida.
Os velhos soldados da minha idade podem esperar mais cinco ou
dez anos, mas os do período da Guerra Antijaponesa ou os poucos
velhos soldados do Exército Vermelho não podem esperar mais.
Portanto, temos de desistir de nossas expectativas quanto a
armas genéticas. É claro que, de outra perspectiva, a maioria dos
chineses que vivem nos Estados Unidos se tornaram nosso fardo,
porque foram corrompidos pelos valores liberais burgueses por muito
tempo e seria difícil para eles aceitar a liderança do nosso Partido.
Se sobrevivessem à guerra, teríamos de lançar campanhas no futuro
para lidar com eles, para corrigi-los. Vocês ainda se lembram que,
quando tínhamos acabado de derrotar o Kuomintang (KMT) e libertar
a China Continental, muita gente da classe burguesa e dos
intelectuais nos receberam de forma extremamente calorosa, mas
depois tivemos de lançar campanhas como a "repressão aos
reacionários" e o "Movimento Antidireitista" para limpá-los e corrigi-
los? Alguns deles estiveram escondidos por muito tempo e não foram
expostos até a Revolução Cultural. A história provou que qualquer
turbulência social pode envolver muitas mortes.
Talvez possamos colocar desta forma: a morte é o motor que
move a história para frente. Durante o período dos três reinos,
quantas pessoas morreram? Quando Genghis Khan conquistou a
Eurásia, quantas pessoas morreram? Quando Manchu invadiu o
interior da China, quantas pessoas morreram? Poucas pessoas
morreram durante a Revolução de 1911, mas, quando derrubamos
as Três Grandes Montanhas, e durante as campanhas políticas
como a "supressão dos reacionários", a "Campanha Três-Anti" e a
"Campanha Cinco-Anti", pelo menos 20 milhões de pessoas
morreram. Estávamos com receio de que alguns jovens de hoje
tremeriam de medo ao ouvir falar de guerras e pessoas morrendo.
Durante a guerra, estávamos acostumados a ver gente morta.
Sangue e carne voavam por toda parte, cadáveres jaziam em pilhas
nos campos e o sangue corria como rios. Nós vimos isso tudo. Nos
campos de batalha, os olhos de todos ficavam vermelhos de tanto
matar porque era uma luta de vida ou morte e apenas os bravos
sobreviveriam.
É de fato brutal matar cem ou duzentos milhões de americanos.
Mas esse é o único caminho que garantirá um século chinês no qual
o PCC liderará o mundo. Nós, como humanitários revolucionários,
não queremos mortes. Mas se a história nos confronta com uma
escolha entre as mortes de chineses e as de americanos, teríamos
de escolher as últimas, pois, para nós, é mais importante
salvaguardar a vida do povo chinês e a vida do nosso Partido. Isso
porque, afinal, somos chineses e membros do PCC. Desde o dia em
que nos juntamos ao PCC, o Partido, a vida sempre esteve acima de
tudo! A história provará que fizemos a escolha certa.
Agora, que estou para terminar meu discurso, vocês
provavelmente entendem por que queríamos saber se o povo se
levantaria contra nós se um dia adotássemos secretamente meios
enérgicos para "limpar" a América. Por mais de vinte anos, a China
tem desfrutado de paz e uma geração inteira não foi testada pela
guerra. Em particular, desde o final da Segunda Guerra Mundial,
houve muitas mudanças nos formatos da guerra, no conceito de
guerra e na ética da guerra. Especialmente desde o colapso da
antiga União Soviética e dos Estados comunistas do Leste Europeu,
a ideologia do Ocidente passou a dominar o mundo como um todo, e
a teoria ocidental da natureza humana e a visão ocidental dos
direitos humanos têm sido cada vez mais disseminadas entre os
jovens da China. Portanto, não tínhamos muita certeza quanto à
atitude do povo. Se nosso povo se opõe fundamentalmente à
"limpeza" da América, teremos, é claro, de adotar medidas
correspondentes.
Por que não conduzimos a pesquisa por meios administrativos
em vez de pela internet? Fizemos o que fizemos por um bom motivo.
Em primeiro lugar, fizemos dessa forma para reduzir a inferência
artificial e para ter certeza de que receberíamos o que o povo pensa
de verdade. Além disso, essa forma é mais confidencial e não revela
o verdadeiro propósito da nossa pesquisa. Mas o mais importante é
o fato de que a maioria das pessoas que podem responder às
perguntas online são de grupos sociais relativamente bem-educados
e inteligentes. São os grupos radicais e de liderança que
desempenham um papel decisivo entre o nosso povo. Se eles nos
apoiarem, então o povo como um todo nos seguirá. Se se opuserem
a nós, desempenharão o perigoso papel de incitar as pessoas e criar
distúrbios sociais.
O que acabou sendo muito reconfortante é que não entregaram
uma prova em branco. Na verdade, entregaram uma prova com uma
pontuação superior a 80. Este é o excelente resultado do trabalho de
propaganda e educação do nosso Partido nas últimas décadas.
Claro, algumas pessoas sob influência ocidental se opuseram a
atirar em prisioneiros de guerra, mulheres e crianças. Está todo
mundo louco? Outros disseram: "Os chineses adoram se rotular
como um povo que ama a paz, mas na verdade são o povo mais
cruel. Os comentários evocam matança e assassinato, trazendo
arrepios ao meu coração."
Embora não haja muitas pessoas com esse tipo de ponto de
vista e não afetem a situação geral de forma significativa, ainda
precisamos fortalecer a propaganda para responder a esse tipo de
argumento.
Quer dizer, propagar vigorosamente o último artigo do
Camarada He Xin, que já foi apresentado ao governo central. Vocês
podem procurá-lo no site.
Se acessarem o site pesquisando por palavras-chave,
descobrirão que há algum tempo o Camarada He Xin disse ao Hong
Kong Business News, durante uma entrevista, que: "Os EUA têm
uma conspiração chocante." De acordo com o que tinha em mãos,
de 27 de setembro a 1º de outubro de 1995, a Fundação Mikhail
Sergeevich Gorbachev, financiada pelos Estados Unidos, reuniu 500
dos mais importantes estadistas, líderes econômicos e cientistas do
mundo, incluindo George W. Bush (ele não era o presidente dos
Estados Unidos na época), a Baronesa Thatcher, Tony Blair,
Zbigniew Brzezinski, bem como George Soros, Bill Gates, o futurista
John Naisbitt, etc., todas as personalidades mais populares do
mundo, no hotel Fairmont de São Francisco, para uma mesa-redonda
de alto nível, discutindo os problemas da globalização e de como
guiar a humanidade para avançar no século XXI. De acordo com o
que He Xin tinha em mãos, as pessoas importantes do mundo que
estavam presentes pensavam que, no século XXI, apenas 20 por
cento da população mundial seria suficiente para manter a economia
e a prosperidade do mundo, os outros 80 por cento ou 4/5 da
população mundial seriam lixo humano incapaz de produzir novos
valores. As pessoas presentes pensavam que esse excesso de 80
por cento da população seria uma população de escória e que meios
de "alta tecnologia" deveriam ser usados para eliminá-la
gradualmente.
Já que os inimigos planejam em segredo eliminar nossa
população, por certo não podemos ser infinitamente misericordiosos
e compassivos com eles. O artigo do Camarada He Xin saiu na hora
certa, ele provou a justeza de nossa abordagem de batalha ao estilo
olho por olho... [e] a grande previsão do Camarada Deng Xiaoping
de preparar as tropas contra a estratégia militar dos Estados Unidos.
Certamente, ao divulgar os pontos de vista do Camarada He
Xin, não podemos publicar o artigo nos jornais do Partido, para evitar
aumentar a vigilância do inimigo. A conversa de He Xin pode lembrar
ao inimigo que apreendemos a ciência e a tecnologia modernas,
incluindo a tecnologia nuclear "limpa", bem como a tecnologia de
armas biológicas, e podemos usar medidas poderosas para eliminar
sua população em grande escala.
O último problema de que eu gostaria de falar é o de tomar com
firmeza os preparativos para a batalha militar.
Atualmente, estamos na encruzilhada de avançar ou retroceder.
Alguns camaradas viam problemas inundando todo o nosso país — o
problema da corrupção, o problema da empresa estatal, o problema
de contas ruins do banco, problemas ambientais, problemas de
segurança da sociedade, problemas educacionais, o problema da
AIDS, vários problemas de apelação, até mesmo o problema das
agitações. Esses camaradas vacilavam na decisão de se preparar
para batalhas militares. Eles pensavam: deviam pegar primeiro o
problema da reforma política, isto é, a nossa própria reforma política
vem primeiro. Depois de resolver os problemas internos, poderemos
então lidar com o problema da batalha militar estrangeira.
Isso me lembra o período crucial de 1948 na Revolução
Chinesa. Naquela época, os "cavalos" do Exército da Libertação
Popular "estavam bebendo água" no rio Yangtze, mas enfrentavam
situações extremamente complexas e problemas difíceis por todas
as áreas libertadas, e a autoridade central recebia relatórios de
emergência diariamente. O que fazer? Deveríamos parar para
administrar as áreas de retaguarda e assuntos internos antes de
seguir em frente, ou continuar, apesar das dificuldades, a fim de
transpor o rio Yangtze com uma única tentativa vigorosa? O
Presidente Mao, com sua extraordinária sabedoria e coragem, deu a
ordem da marcha: "Continuem a revolução até o fim", e libertou toda
a China. Os problemas conflitantes anteriormente considerados
"sérios" foram todos resolvidos nesta grande onda revolucionária que
se movia para frente.
Agora, parece que estamos no mesmo período crítico dos dias
em que os "cavalos estavam bebendo água" no rio Yangtze na era
revolucionária: contanto que resolvamos o problema dos Estados
Unidos de um só golpe, nossos problemas domésticos serão todos
prontamente solucionados. Portanto, nossa preparação para a
batalha militar parece visar Taiwan, mas na verdade ela visa os
Estados Unidos, e a preparação vai muito além do escopo de atacar
porta-aviões ou satélites.
O marxismo apontou que a violência é a parteira para o
nascimento do século da China. Conforme a guerra se aproxima, fico
cheio de esperança em relação à nossa próxima geração.

FIM

[1] n.t.: nos Estados Unidos, o termo "liberal" costuma ser usado, de modo geral, como
sinônimo de "esquerdista" ou “progressista”. Neste livro, o termo às vezes aparecerá com
esse sentido. [N.T.]
[2] n.t.: "the proof is in the pudding" ("a prova está no pudim") é uma expressão derivada do
provérbio "the proof of the pudding is in the eating" ("a prova do pudim está em comê-lo"),
equivalente a "só a experiência comprova". [N.T.]
[3] Ver: https://www.scribd.com/book/438107041.
[4] Cf. “The Schiff Report Document”, 4 dez. 2019: https://jrnyquist.blog/2019/12/04/614/
[5] Ver Parte 2:
https://www.google.com/amp/s/m.delfi.lt/endelfi/article.php%3fid=66856642&amp=1
[6] "A novel coronavirus capable of lethal human infections: an emerging picture", de Gulfaraz
Khan: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3599982/
[7] "Coronavirus Bioweapon – How China Stole Coronavirus From Canada And Weaponized
It": https://greatgameindia.com/coronavirus-bioweapon/
[8] Aqueles que não percebem a tendência esquerdista de ambos os partidos políticos,
conferir o livro do cientista político Tim Groseclose, Left Turn, em:
https://www.amazon.com/dp/1250002761/ref=cm_sw_r_cp_api_i_HJhtEbG76A194
[9] "The Paranoid Style in American politics": https://harpers.org/archive/1964/11/the-paranoid-
style-in-american-politics/
[10] "Paranoid Personality Disorder": https://www.therecoveryvillage.com/mental-
health/paranoid-personality-disorder/#gref
[11] Sobre a penetração do governo dos Estados Unidos por agentes soviéticos, ver The
Venona Secrets: The Definitive Exposé of Soviet Espionage in America (Cold War Classics):
https://www.amazon.com/dp/1621572951/ref=cm_sw_r_cp_api_i_vTUrEbGM7ZJK1
Ver também American Betrayal, de Diana West:
https://www.amazon.com/dp/1250055814/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aVUrEbYZQ3QF8
[12] "Conspiracy craze: why 12 million Americans believe that alien lizards rule us":
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/lifeandstyle/2016/apr/07/conspiracy-
theory-paranoia-aliens-illuminati-beyonce-vaccines-cliven-bundy-jfk
[13] David Icke: https://en.m.wikipedia.org/wiki/David_Icke
[14] Entrevista de Joe Rogan com Alex Jones: https://youtu.be/-5yh2HcIlkU
[15] Termo russo que designa as forças especiais da Federação Russa. [N.T.]
[16] n.t.: SAC – Strategic Air Command (Comando Estratégico Aéreo) era o Departamento de
Defesa, Comando Especial e Força Aérea dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.
[17] n.t.: "Ardil 22 é uma expressão cunhada pelo escritor Joseph Heller no seu romance Ardil
22 que descreve uma situação paradoxal, na qual uma pessoa não pode evitar um problema
por causa de restrições ou regras contraditórias. [...] A expressão ‘ardil-22’ baseia-se na
explicação do personagem Doc Daneeka de como qualquer piloto requisitando uma avaliação
psicológica na esperança de não ser considerado são o bastante para voar, e assim escapar
de missões perigosas, demonstraria deste modo sua sanidade." Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ardil_22_(lógica)
[18] Tradução do russo de V. D. Sokolovskii, com análise e notas de H. Dinerstein, L. Gouré e
T. Wolfe: https://www.rand.org/pubs/reports/R416.html
[19] n.t.: “topeira” é um infiltrado, em jargão de espionagem.
[20] n.t.: "dangle" ou, em russo, подстава (podstava) é um agente que finge desertar e
oferecer informações autênticas às agencias de inteligência do inimigo.
[21] Joseph D. Douglass, Jr., Red Cocaine: The Drugging of America and the West, p. 47 e
pp. 17-18: https://portalconservador.com/livros/Joseph-Douglass-Red-Cocaine-The-Drugging-
of-America-and-the-West.pdf
[22] Viktor Suvorov, Spetsnaz: https://books.google.com/books/about/Spetsnaz.html?
id=LVI2AAAACAAJ&source=kp_book_description
[23] Cf. "On Global Terrorism: FAKT interview with A. Litvinenko", 31 mar. 2020:
https://jrnyquist.blog/2020/03/31/on-global-terrorism-fakt-interview-with-a-litvinenko/
[24] "Anatoliy Golitsyn: The Key to Understanding Today’s World Situation":
https://thecontemplativeobserver.wordpress.com/tag/new-lies-for-old/
[25] Desinformação do Kremlin:
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2020/mar/18/russian-media-
spreading-covid-19-disinformation
A versão de desinformação do Kremlin: https://euvsdisinfo.eu/report/the-coronavirus-is-part-
of-a-us-war-against-russia-and-china/
[26] Vídeo "Chinese Woman Tells Truth About Current Situation in China":
https://www.youtube.com/watch?v=VfN_jtYmqG4
[27] n.t.: Tory: partido conservador do Reino Unido.
[28] NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.foreignaffairs.com/articles/united-states/2020-03-05/us-
chinese-distrust-inviting-dangerous-coronavirus-conspiracy%3famp
https://www.ratemyprofessors.com/ShowRatings.jsp?tid=336548
https://www.google.com/amp/s/www.nytimes.com/2020/01/01/opinion/china-swine-
fever.amp.html
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/26552008/
https://apnews.com/PR%20Newswire/ff548c99a03afb0d69bb7871f7cd4fc0
[29] https://www.globalsecurity.org/military/world/china/yuzhao-capabilities.htm

Nota: o alcance do transporte do tipo 071 é de "vários milhares de milhas náuticas" para um
transporte que pode carregar 1.000 tropas, além de veículos blindados e (em versões
posteriores) helicópteros. Dez foram construídos, de acordo com uma fonte. Pode haver 15
atualmente, mas alguns dos artigos parecem confusos. Some-se a isso os porta-aviões de
assalto existentes com alcance semelhante e a China poderá entregar duas divisões de 18
batalhões na costa oeste dos Estados Unidos. A capacidade real de condução pode ser
maior, considerando outros navios e conversões não listadas.
[30] Oficial de inteligência especializado em gerenciar agentes e redes de agentes. [N.T.]
[31] https://www.google.com/amp/s/amp.theatlantic.com/amp/article/524334/
[32] https://spectator.org/daniel-ortega-a-cold-war-communist-is-still-killing-people-in-
nicaragua/
[33] https://www.sahistory.org.za/archive/chapter-4-role-communist-party-anc-richard-monroe
[34] https://www.breitbart.com/politics/2020/04/27/producers-warn-america-is-facing-protein-
shortage-in-coronavirus-era/
[35] n.t.: Voyennaya Mysl (Pensamento Militar): jornal militar soviético.
[36] Ver Robin Eubanks, Credentialed to Destroy: How and Why Education Became a
Weapon:
https://www.amazon.com/dp/1492122831/ref=cm_sw_r_cp_api_i_JdM2Eb4HBATWR
[37] Gramsci’s Marxism:
https://www.amazon.com/dp/0904383032/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aWL6EbTEDEPX1
[38] n.t.: a "fina linha azul" (em inglês, "the thin blue line") é uma expressão que se refere à
idéia de que a polícia é a linha que impede a sociedade de cair no caos violento.
[39] NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.marketplace.org/2014/11/26/lingering-cost-rioting/amp
https://www.google.com/amp/s/www.forbes.com/sites/jackkelly/2020/06/02/cities-will-see-
citizens-flee-fearing-continued-riots-and-the-reemergence-of-covid-19/amp/
[40] https://www.amazon.com/s?
k=grand+solar+minimum&hvadid=78271608348644&hvbmt=be&hvdev=c&hvqmt=e&tag=mh
0b-20&ref=pd_sl_8wkgkb0eqs_e
[41] Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short:
https://www.amazon.com/dp/1621571580/ref=cm_sw_r_cp_api_i_zCQ6EbNZMKPA0 — A
preliminary sketch.
[42] https://en.wikipedia.org/wiki/Dalton_Minimum
[43] Edward Jay Epstein, The Hammer File: https://www.amazon.com/-/de/Dossier-Secret-
History-Epstein-1996-10-01/dp/B01FKUZHIE/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8
[44] NOTAS E LINKS:
The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change:
https://www.amazon.com/dp/1840468157/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hAQ6Eb12XR3WC
https://www.whatsorb.com/news/global-warming-by-co2-or-cooling-by-a-grand-solar-
minimum
Cold Sun:
https://www.amazon.com/dp/1426967918/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hxQ6Eb3MN313X
A NASA nega oficialmente a teoria da pequena Era Glacial, agarrando-se à sua obsessão
com o CO2: https://climate.nasa.gov/blog/2953/there-is-no-impending-mini-ice-age/
[45] Bodin: On Sovereignty: Six Books Of The
Commonwealth: https://www.amazon.com/dp/1438288700/ref=cm_sw_r_cp_api_i_oEobFb3G
EHK8E
[46] https://www.google.com/amp/s/www.cnbc.com/amp/2020/07/05/trump-stokes-national-
divisions-in-fourth-of-july-speech.html
[47] Algumas pessoas enxergam com mais clareza que outras:
https://townhall.com/tipsheet/elliebufkin/2020/06/03/nobody-takes-america-philly-woman-
shuts-down-protestors-outside-city-hall-n2570000
[48] New Lies for Old:
https://www.amazon.com/dp/0945001088/ref=cm_sw_r_cp_api_i_T8oeFbM31J29Y
[49] We Will Bury You, de Jan Sejna (1985-08-
03): https://www.amazon.com/dp/B01FEONCKG/ref=cm_sw_r_cp_api_i_K-oeFb6W08FMG
[50] Se você sabe como ler o seguinte livro, todos os fatos que comprovam as alegações de
Kalashnikov estão aqui: Putin’s Kleptocracy: Who Owns
Russia?: https://www.amazon.com/dp/1476795207/ref=cm_sw_r_cp_api_i_H.oeFb07VCGGS
[51] Shakespeare’s Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, arranjada para representação no
Royal Princess’s Theatre, com Notas Explicativas de Charles Kean, F. S. A., conforme
apresentada na segunda-feira, 10 de janeiro de 1859:
http://www.gutenberg.org/files/27761/27761-h/27761-h.htm
[52] n.t.: Karen: gíria americana que, em suma, se refere pejorativamente a uma mulher
branca que exige direitos acima do normal ou usa a sua posição privilegiada para conseguir o
que quer.
[53] https://youtu.be/TMrtLsQbaok
[54] https://youtu.be/B1KYvz7FFrE
[55] https://youtu.be/AyRbfteCex8
[56] https://youtu.be/FhXIifZYvxM
[57] "China scientists warn of global cooling trick up nature’s sleeve", de Stephen Chen, South
China Morning Post: https://www.scmp.com/news/china/science/article/3022136/china-
scientists-warn-global-cooling-trick-natures-sleeve?onboard=true
[58] VÍDEOS, NOTAS E LINKS:
"Solar Minimum Approaching: A Mini Ice Age?", de Bob Berman, 27 de fevereiro de 2019, The
Old Farmer’s Almanac: https://www.almanac.com/news/astronomy/astronomy/solar-
minimum-approaching-mini-ice-age#
"Chinese scientists say region to get cooler", de KG Chan, Asia
Times: https://asiatimes.com/2019/08/chinese-scientists-say-region-to-get-cooler/
"What Lengths Will China Go to Feed Its People as Ancient Cycles Repeat?", de David
DuByne, 30 de janeiro de 2019: https://medium.com/@globalcooling/what-lengths-will-china-
go-to-feed-its-people-as-ancient-cycles-repeat-156f0b2c7052
[59] https://www.forbes.com/sites/chuckdevore/2019/02/25/wildfires-caused-by-bad-
environmental-policy-are-causing-california-forests-to-be-net-co2-emitters/#6ca23fd75e30
[60] https://www.mercurynews.com/2017/02/23/gop-state-senator-a-vietnamese-refugee-
removed-from-california-senate-floor-after-criticizing-late-senator/
https://www.sacbee.com/news/politics-government/capitol-alert/article135336514.html
[61] https://youtu.be/I8Pl564BnfA
[62] Roger Cliff, China’s Military Power: Assessing Current and Future
Capabilities: https://www.amazon.com/dp/1107502950?tag=sa-sym-new-
20&linkCode=osi&th=1&psc=1
[63] Ver "O discurso secreto do general Chi Haotian", no Apêndice.
[64] https://en.wikipedia.org/wiki/Zimmermann_Telegram
[65] NOTAS E LINKS:
Viktor Suvorov, Spetsnaz: The Inside Story of Soviet Special
Forces: https://www.amazon.com/s?k=spetsnaz&i=stripbooks&ref=nb_sb_noss_2
Huffington Post, "Putting China on Our Border": https://www.huffpost.com/entry/putting-china-
on-our-bord_b_14685690
https://youtu.be/lp0eWqx6eRU
[66] n.t.: os Estados Vermelhos são aqueles cuja maioria dos votos costuma ir para os
Republicanos, ao passo que os Estados Azuis são aqueles cuja maioria vai para os
Democratas.
[67] https://youtu.be/4QrHzhmDme4
[68] https://www.amazon.com/dp/B005QBKXSM/ref=dp-kindle-redirect?
_encoding=UTF8&btkr=1
[69] https://www.ntd.com/allan-dos-santos-us-election-problems-mirror-vote-rigging-in-latin-
america_525377.html
[70] https://www.bing.com/news/search?q=Eric+Coomer&qpvt=eric+coomer&FORM=EWRE
[71] https://youtu.be/k1jcy17vThA
[72] https://youtu.be/akqeL9AtJYI
[73] "Xi Jinping Orders Chinese Army to Prepare for War 'at Any Second'":
https://www.breitbart.com/asia/2021/01/05/xi-jinping-orders-pla-prepare-war-any-second/
[74] V. I. Lenin: Marx, Engels, Marxism, Oitava edição revisada, Progress Publishers,
Moscou, 1968, p. 248.
[75] https://www.marxists.org/archive/trotsky/1924/lit_revo/intro.htm
[76] Karl Marx, The 18th Brumaire of Louis Bonaparte, I.
[77] John Milton, Areopagitica.

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