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APLICAÇÃO DA MODULARIDADE EM PROGRAMAS BIM - Estratégias de Compartilhamento de Dados de Famílias em IFC
APLICAÇÃO DA MODULARIDADE EM PROGRAMAS BIM - Estratégias de Compartilhamento de Dados de Famílias em IFC
APLICAÇÃO DA MODULARIDADE EM PROGRAMAS BIM - Estratégias de Compartilhamento de Dados de Famílias em IFC
RESUMO/ ABSTRACT............................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
1.2. Revisão sistemática da literatura ................................................................. 5
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 14
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 15
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RESUMO
ABSTRACT
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1. INTRODUÇÃO
Apesar do potencial claro dessa integração, a forma de trabalhar em plataformas BIM deve
ser avaliada cuidadosamente. Questões como interoperabilidade de dados, padrões de
comunicação entre diferentes plataformas e a necessidade de uma mudança cultural
dentro da indústria são obstáculos que precisam ser superados. Contudo, as
oportunidades que essa integração oferece, em termos de redução de custos e eficiência
operacional, são imensas e representam um caminho promissor para o futuro da
construção civil. Este artigo visa explorar a integração entre BIM e modularidade,
abordando tanto os desafios quanto as estratégias para sua implementação eficaz.
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1.2. Revisão sistemática da literatura
Nos últimos anos, a indústria da construção tem passado por uma significativa
transformação em sua abordagem tradicional de projeto e construção, impulsionada
pela adoção da Building Information Modeling (BIM). A tecnologia proporciona uma
representação digital tridimensional abrangente de um empreendimento,
incorporando informações sobre geometria, propriedades físicas e características
funcionais dos elementos da construção. Essa abordagem integrada tem como
objetivo melhorar a colaboração, reduzir custos e minimizar riscos ao longo do ciclo
de vida do projeto (Eastman et al., 2011).
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2.1. Interoperabilidade e Padrões IFC
Eastman et al. (2011) explica que com o uso de BIM, determinadas atualizações
seguem automaticamente as regras paramétricas estabelecidas, enquanto
modificações adicionais entre sistemas podem ser revisadas e ajustadas de forma
visual. As ramificações de uma mudança são representadas com precisão no modelo,
refletindo-se em todas as visualizações subsequentes. Além disso, as revisões no
projeto são resolvidas de maneira mais eficiente em um sistema BIM, pois as
modificações podem ser compartilhadas, visualizadas, estimadas e solucionadas sem
recorrer a procedimentos morosos em papel.
Estudos realizados por diversos autores destacam a importância dos padrões IFC na
melhoria da colaboração e na redução de conflitos e retrabalhos, ao permitir que as partes
interessadas acessem e trabalhem com informações consistentes do projeto (Zhang e Issa,
2013), facilitando a troca de informações entre diferentes softwares (Sacks et al., 2010).
Este conceito é ampliado por Lee, Yu, e Jeong (2014), que demonstraram, através de um
estudo de caso, como a aplicação dos padrões IFC pode resultar em um fluxo de trabalho
mais integrado e eficiente, reduzindo significativamente os prazos e custos de projeto.
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2.2. Modularidade de processos na gestão de projetos
Huang e Kusiak (1998) destacam que a definição clara e precisa de famílias de produtos
facilita a identificação de módulos e componentes comuns que podem ser compartilhados
entre diferentes variantes de produtos. Os autores sugerem que decomposição permite
explorar módulos potenciais entre componentes e analisar vários tipos de modularidade. O
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desafio é agrupar os componentes em módulos de tamanho ou custo aceitáveis. Rocha e
Koskela (2020) enfatizam a necessidade da compreensão de cada componente ao
trabalhar com as famílias de produto e a conexão das interfaces na construção civil.
Apesar do potencial dos padrões IFC para melhorar a interoperabilidade entre diferentes
sistemas BIM, vários desafios permanecem. A complexidade e a falta de entendimento
sobre como implementar efetivamente esses padrões em projetos reais podem ser
barreiras significativas Poirier et al. (2015). Além disso, a compatibilidade parcial entre
diferentes softwares BIM e a implementação inconsistente de padrões IFC podem levar à
perda de informações críticas durante a troca de dados (Kensek, 2014). Para superar
esses desafios, Poirier et al. (2015) sugerem o desenvolvimento de diretrizes claras e a
formação contínua para profissionais da indústria sobre como utilizar padrões IFC de forma
eficaz.
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modelagem de informações permite uma visualização precisa dos módulos, facilitando
a detecção de conflitos e o planejamento da construção (Wong et al., 2015).
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• Incompatibilidades de Formato: Nem todos os softwares BIM interpretam ou
suportam todos os elementos e parâmetros do formato IFC da mesma maneira,
levando à perda ou à distorção de informações.
• Limitações de Exportação/Importação: As ferramentas de exportação/importação
podem não transferir todos os dados entre plataformas, especialmente detalhes
específicos de customização e parâmetros avançados de famílias.
• Complexidade dos Dados: Dados altamente personalizados ou complexos em
famílias IFC podem não ser adequadamente suportados por diferentes sistemas,
resultando em simplificações ou omissões indesejadas.
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os desafios da interoperabilidade. A colaboração entre desenvolvedores de software,
profissionais da indústria e organismos de normalização também é crucial para
avançar na compatibilidade entre diferentes plataformas BIM.
A eficácia de uma família IFC em projetos BIM depende da sua capacidade de adaptação
às necessidades específicas do projeto sem a necessidade de recriação completa. Isso
é alcançado por meio da definição clara e estratégica de parâmetros. Parâmetros bem
definidos permitem ajustes precisos em dimensões, materiais, e outras propriedades sem
alterar a essência ou funcionalidade do componente. Esses parâmetros devem ser:
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• Relevantes para a fase de projeto: Adaptar o nível de detalhe conforme a etapa
do projeto, evitando informações desnecessárias nas fases iniciais e garantindo
detalhamento adequado para a construção e manutenção.
• Otimizados para desempenho: Manter um equilíbrio entre a quantidade de detalhes e
o desempenho do modelo, garantindo que o modelo seja detalhado o suficiente para
ser útil, mas não tão complexo que torne o trabalho com ele oneroso.
Este capítulo culmina com uma análise aprofundada sobre a relevância da gestão de
projetos BIM desde suas etapas iniciais, destacando a importância crucial do Common
Data Environment (CDE) como ponto central para o armazenamento e organização eficaz
das informações. A integração harmoniosa uma base de dados bem definida pela
empresa, ferramentas de manipulação de dados e plataformas colaborativas emerge como
um fator-chave para otimizar a gestão de informações ao longo do ciclo de vida do projeto.
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necessidade da centralização dos modelos e documentos de projeto, facilitando o
acesso e a colaboração entre os participantes. Garantindo que a plataforma escolhida
ofereça um robusto controle de versão, permitindo o acompanhamento de alterações
e a recuperação de versões anteriores dos modelos IFC.
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4. CONCLUSÃO
BARLISH, K.; SULLIVAN, K. How to measure the benefits of BIM — A case study
approach. Automation in Construction, v. 24, p. 149-159, 2012.
LEE, Y., YU, J., & JEONG, H. S. Benefits of Building Information Modeling in the
Project Lifecycle: Construction Projects in Asia. International Journal of Information
Management, 45, 106-20, 2014.
LIN, Y. et al. Integrating Building Information Modeling and green building certification:
The BIM-LEED application model development. Automation in Construction, v. 84, p.
134-146, 2017.
MARIZ, F.; PICCHI, F. BIM and the construction management: A systemic approach
to the integration of design and construction. Construction Management and
Economics, v. 35, n. 8-9, p. 464-477, 2017.
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ULRICH, K. T., & EPPINGER, S. D. Product Design and Development. New York:
McGraw-Hill Education. 2015.
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