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eta pp so-so" 11982 Rave rams. Nova You O sistema estabilizador da coluna vertebral. Parte il. Zona Neutra e Hipdtese de instabilidade Manohar M. Panjabi Departamento de Ortopedia e Reabiltagdo, Escola de Medicine da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut, EUA, RResumo: A zona neutra 6 uma regido de movimento intervertebral em tomo da postura nevira onde pavca resistencia ¢oferecida pela coluna vertebral passva, Varios estudos - ‘em cadaveres in vio, animals in vivo e simulacdes matematicas - mostraram que a Zone neuita 6 um parametro que se correlaciona bem com outros parametros incicativos fe nstablidace do sistema espinal. Velicou-se que aurrenta coma lasdo@ possivelmente ‘com a degeneragao, diminui com o aumento da forga muscular ao longo do nivel ‘estandide e também diminui com a cago ospinhal insrumentada, Na matriadestos ‘etudos, a mudanga na zona neuta fi considerada mais sensivel do que a mudanea na ‘amplitude de movimento eresponderte, A zona neira parece ser uma medida cinicamente importante da fungao de estabilidade da coluna vertebral, Pode aumentar com lesbes na cola verenal ou com traqueza dos muscucs,o que por sua vez pote resulsr ‘em instabicade da coluna vertebral ou problema na regizo lombar. Pode diminuir e ser {razido dentro dos limites fsiolegicos pela foemacio de osiedfitos, fxardoltso citigica fe forelecimento muscular. © sistoma sstablizador da colune ee ajusta para que @ 20na nautra permaneca dentro de certos limites fiildgicos para evitar nstabidade clinica. Palavras-chave: Sistema estabiizador da coluna vertebral - Instabildade espinhal ~ Zona neutra - Fungo muscular - Dor lombar. Em estudos das medidas de comportamento do segment de movimento da coluna vertebral, as curvas de carga- ‘estocamento mustas vezes aparecem como lias quase rots, ‘comogando na origem (12,18,26). Acroditamos que isso soja, resultado do pré-condicionamento da amostra de duas a cinco vezes depois de zerar o sistema de medigao de deformarao. Esta pratica tem sido uliizada para minimizar os efeitos viscoelasticos, a fim de obter resultados mais repetiveis. Como consequéncia, pardo-so uma parte importante da fase inicial da curva carga-deslocamento. O que resta da curva carga-deslocamento é a parte eldstica mais ‘ou menos linear. Na realdade, porém. os ligarentos individuals da coluna vertebral (1,13), bem como os de muitos Encminhe carespandénciae acliciagies de rngrenabo a Prot Maronar M. Panjabi do Departamento de Ortopeda © Reali, rola de Motina ds Universidad Yale, New Havon, CT D650, EUR 390 articulagdes [como o joelho (11)], demonstraram tem curvas de carga-deslocamento altamente no lineares. © resultado desta néo linearidade € uma ata fexibiidade ‘em tomo da posigao neutra © um efeito de enrijecimenta ‘em deeeSo 20 fal da apltude de menimento. Anko neardade da curva carga-deslocamento é necesséria para o ‘bom funcionamento do sistema espinhal. Permite espi- ‘movimentos nais perto da posigao neutra com mini- an sticatiodeenerp, snd stn mace eta Sgneabee resistencia impressionante para evar movimento prejudciis ae extremidades da amplitude fisiologica de movimento. La- Portanto, 6 surpreendente ver que este aspecto da carga curva de deslocamento da coluna vertebra foi neghgenciada, Aexisténcia deste comportamento ltamente ndo linear de ‘a coluna tornou-se evidente para nos no decorrer de um investigagdo das tensdes fisiol6gicas na coluna vertebral ligamentos (22). As amplitudes de movimento de cada SISTEMA DE ESTABILIZAGAD DA COLUNA I 391 amostas veric da coluna lombar foram medias da mancira ‘normal - ou seja, pré-condicionamento seguido de zeragem do sistema de medio de movimento, Observamos que as amplitudes de movimentes eram menores do que ‘as madigdes in vivo disponivels. Mesmo permitindo ‘grandes eros de medic nos estudos in vivo, raciocinamos que o movimento in vitro deveria ser maior do que o ‘movimento in vivo porque: (a) pode-se esperar que os masculos produzam movimento que esta bem abaixo do liar que pode causar frimentos ou dor @(b) o8 movimantos in vitro foram obtidos carregando a amostra logo abaixo do limite de les 0. Nur estudo recente, foi demonstrado que as amplitudes de movimento da coluna lombar obtidas com a nossa metodologia (23), quando comparadas com estudos anteriores, estavam de facto mals proximas das ‘medicoes de movimento in vwo; € as amplitudes de movimento de outs estuios foram menores, A regio oe la fexbildace u frouxiddo em torno da posicao neutra 6 chamada de “zona naute 0 objetivo deste artigo é apresentar evidéncias ‘experimentais que apoiam a existéncia de zonas neutras tem espécimes de coluna intacta @ exploraros efeitos da lesao, da forca muscular e da instrumentacao na zona neutra. Além disso, oferecemos uma hipdtese de instablidade espinhal que incorpora o conceito de 2ona AZONA NEUTRA Antes de descrevermos os conceitos basicos e as bservacies expermenias ¢ tl define expcar breverente alguns termos relacionados com a curva carga- deslocamento, Eas trmos também aBo trades na Figura + ‘Termos © Conceitos Posigdo neutra. A postura da coluna vertebral na qual as fensbes internas gerais na coluna vertebral e 0 esforco ‘muscular para manter a postura sao minimos. Amplitude de movimento (ROM). Toda a amplitude do movimento intervertebral fisiol6gico, medido a partir da posigdo neutra. Esta dividido em duas partes: zonas noutas zones esticas Zona Neutra (NZ).A parte da amplitude do movimento intervertebral fsiclégico, medida a partr da posigéo neutra, dentro da qual o movimento da coluna vertebral € produzido com uma resisténcia interna minima. E a zona de alta flexibildade ou frouxidao. Zona Elastica (EZ). A parte do movimento intervertebral fisiolégico, medida desde o final da zona neutra até 0 limite fisiolégico. Dentro do DeFORMAGAO (ROM FIGO. 1, Acura caraadeformacto de um ecido mote ou coo nrc 8 eda us ca sureria Pra anlar estaba noltar campoiamento, «cua cerge-desocanenia da em duas partes ‘zona nea (NZ), a rgiao de alta fexbitdade; e zona eastca (2) a regio de ata rgidez. As duos zones juntas constluem tue a anpllade e movment icaligen ADM) dre ates 2 provnwrto dcr verbal & etude cnt ra aunt senate Resistencia intema. E a zona de alta rigidez. ‘Todas as quantidades acima existem para cada um dos seis graus de bordade de movimento, ou seja, tr rotagbes ‘rs trades. metodo de medio uaa una amor da coluna vertebral #earregada icloycamante repetidamente em uma direcao especifica, ao liberar 0 carga, a amostra nao retoma @ sua posicao inicial ‘mas apresenta um certo deslocamento residual. Nés usaram esse fenémeno como base para um padrao procedimento padronizado para @ quantficacdo do neutro ‘zona. O processo consiste em carregar trés vezes para a carga fisiolgica maxima estimada, em varios tapas increments, Os valores de carga-desiocamento $0 regjsirado apenas durante 0 trea cco de carge, que comeca gins 30 s apés a retirada da carga no final do segundo ciclo de carga, para permit fuéncia viscoeldstica, O © processo ¢ ento repetido carregando no oposto ddregao. Os desiocamentos residuais presentes logo antes antes do inicio do terceiro ciclo de carga em uma direcao ‘cdo, € 0 terceiro ciclo de carga na diregao oposta, defini os extremos da zona neutra. A posigao neutra ¢80 6 definida como o ponte intomedirio entre esses dois Valores. A ona elistica, pare cada uma das cargas, 6 ob- btido a partir da respectiva curva carga-desiocamento (00 teceito cio de carga). As duas amplitudes de movimento Detlev 8, 4,190 392 NM. PANLAB TABELA 1 Valores tipicos do N2 (graue), EZ (grave), ROM (araus) e NZR (%) para alguns nvels da coluna vertebral ee Exersae Letitia data vert madame ROM NER Noa zesnin ROM NER tmz ROM NER ROMEZ NR coo den a un ee pCeCNSADS NBT exer 3oao0 ma eae” yA ts? 8 mags ota Se Gab tao ae eka Song teABBtRAt amos ee te ye 2s ak SK SOAS mane, neste, RO Zone noua NZ. ‘so calculados como as somas das respectivas, Zonas neutras e elaslicas. Um pardmetro itll para fins de comparagao é a relacdo da zona neutra (NZR), que é igual a NZ/ROM x 100. ‘Aiguns valores de NZ, EZ, ROM e NZR 0s valores tipicos destes quatro pardmetros cinematicos para flexdo, extens&o, flextio lateral e rotagao axial, para niveis espinhais selecionados s2o apresentados na Tabela 4.08 dados foram retirados de estudos in vitro publicados (20,28) e de um trabalho experimental sobre a coluna cervical ainda nao publicada. A tabela nao contém dados da regi tordcica, porque estes dados néo esto atuaimente disponiveis. A proporgao da zona neutra (N2R) 6 pctada na Fig. CObservagies Experimentais Tanto a zona nuts quanto aampstude de movimento aio meddas certezas de deslocamento. Qual é 0 melhor indicador Lat unlteal Dobrar IGO. 2. Racéos opeseniatas da zona nea) a cduna vob Proporgio de zona neura, defini como a zona neu divi pela amped movant, ¢ pind cam un uno tro doe en gad movant pitude 8 movie, NZ jaya da zonaneut de instabilidade espinhal? Varios estudos experimentais ‘apoiam a viedo de que a zona neutra é um parametro mais sensivel do que a amplitude de movimento na caractenizaca0 da instabilidade espinhal. Um resumo desses estudos & presentado abaixo Zona Neutra e Degeneragao do Disco Embora nao existam evidéncias conclusivas, existem algumas indleagies de que pode haver uma relagio entre 0 aumento da zona neutra e a degeneracdo do disco. Num estudo invitoutiizando amostras trescas de cluna lombar cadaviricas descobriu-se que certos parametros de movimento estavam correlacionados com a degeneragiio do disco (21), Azona neutra, em alguns casos, foi considerada um pardmetro mais sensivel éo que a amplitude de movimento em telagao a degeneracso do disco. Por exemplo, embora ‘a amplitude de movimento em flexao/extensdo nao tenha mudado com o aumento da degeneragdo discal, @ zona neutra aumentou significativamente. Num recente estudo In vivo, foi postulada uma relacdo entre @ degeneragao {do disco e risco de problemas de dor lombar (27) Esta descoberta de que a “zona neutra aumenta com degenerapao" no movimento de flexdo-extensdo apoia as observagées clinicas in vivo do aumento do movimento espinhal antero-posterior abservado em pacientes com dor lombar (5.8.9). Zona Neutra e Lesdo Espinhal Em um experimento de trauma de alta velocidade utlizando ‘amostras da coluna cervical, tanto a zona neutra quanto descobrivse que. ameltude 2 mevimeniosumenta com a rensiade ‘gravidade de lesdo (17), Porém, numa comparacéo direta, tenire ¢ zona neutra © os pardmetros de amplitude de movimento ‘anos, a zone neutra aumenta (medida come uma taxa per- poreentagem do compartamerto intact) foram maiores que © aumentos correspondantes na amplitude de movimento para © mesma leo, Por exemplo, em compresséo de extensao ‘SISTEMA DE ESTABILIZAGAO DA COLUNA II 393 trauma, a zona neutra pera a instablidade rotacional axial ‘aumentou em 540%, enquanto 0 aumento correspondenite dda amplitude de movimento foi de apenas 240%. No timo ‘estudo sobre este assunto do nosso laboratério, no qual ‘amostras da coluna foram submetidas a traumas de alta Velocidade de gravidade ctescente, éescobrimos que © aumento {da zona neultra de flexo-extensao € o primeiro indicador do inicio da lesdo (15 ). Isto nao foi verdade para os ‘aumentos na amplitude de movimento correspandente, Zona Neutra e Fraturas por Compressao Em um estudo independente de outro laboratério, 2 instablidade das fraturas por compressio toracolombar frescas produzidas experimentalmente em cadaveres foi medida antes e depois do trauma experimental (2). Os momentos fisiolégicos foram aplicados nos planos verticais: plano sagital, plano frontal € varios planos intermediarios, na presenga de 400 N de pré-carga. Zonas neutras foram medidas em cada plano. Os autores tragaram em grafico as zonas: neutras, com flexo-extensa0 no eixo x e flexo lateral no elxo y. Os valores intactos e pés-lesdo foram + plotados. Descobriu-se que as lithas que unem 08 pontos formam retangulos aproximados. Os retangulos {foram quantiicados pela area e pela distancia do centrde € origem. A meihor correlagao foi encontrada entre a reducao da altura vertebral por trauma ¢ a rmudanga (de intacto para traumatizado) na distancia do centréide & origem. Ching et al. portanto, sugeriu que © deslocamento centroidal da zona neutra pode ser um bom indicador da potencial deformidade cifatica Assim, descobriu-se que um pardmetro de zona neutra 6 um indicador de outro aspecto das fraturas por compres. Zona Neutra © Fratura Explosiva Em estudo de outro insututo, trauma meduiar experimental de fraturas explosao foi produzide em laboratorio(25). Foram utlizadas amostras ftescas de coluna toracolombar humana cadavérica. A rigidez foi medida em flexao, flexdo lateral e rotagao axial, antes € depois do trauma, Os autores descobriram que todas as curvas de carga- deslocamento sao bilineares, ou soja, possuem duas regiées, distintas de valores de rigidez constantes. Na fase iniciel, ‘a curva carga-deslacamento apresentou baixa rigidez; fenquanio, na dima fase, apresentou elevada rgidez. Esses dois comportamentos so previsive's a partir dos nossos conceitos de zonas neulias @ elistcas, espectvamente. Para todos 08 tras tipos de movimento, a rigidez da fase inicial diminuiu muito mais significativamente do que a ultima. Figidez de fase. Isto equivale a dizer, usando os termos ‘aqui propostos, que para todos 0s t6s testes de instablidade, fas zonas neutras aumentaram muito mais do que as _zonas elaslices correspondentes, Para flex, flexo lateral e rotagdo axial, as Zonas elistcas aumentaram respectivaments ‘om 20%, 42% © 61%. Os aumentos correspondentes para a zona neuira foram de 49%, 80% e 87%. Slosar et al observou ainda que todos os aumentos de NZ (acima dos valores intactos) foram estatisticamente significativos, tenquanto nenhum dos aumentos de EZ foi significativo. Este estudo mostra claramente que a zona neutra 6 um parametro importante e senisivel para indicar lesao. Zona Neulta e Misculos Considere a zona neutra como sendo de dois tipas: passiva e ativa. A coluna vertebral in vitro, desprovida de ‘musculature, apresenta zonas neutras. Estas sao a5 z0nas neulras passivas, As zonas noutras ativas esto presentes in vivo, sob a ago do t6nus muscular em repouso. Embora nenhuma medida das zonas neutras ativas estoja atualmente disponivel, acreditamos que estas sejam menores do que as corrospondentes zonas neutras passivas medidas in vitro. Em dois estudos recentes, um experimento in vitro (19) ¢ outro um modelo matematico da coluna vertebral (14), fol investigada a aplicacao de forgas musculares mais profundas simuladas a amoata espinhal lesionada. Em ambos os estudos, lesdes sequenciais dos componentes da coluna vertebral resultaram em aumentes correspondentes nas zonas neutras @ amplitudes de movimento. A aplicacao de um vetor de forga direcionado anterior-inferiormente ao meio do processo espinhoso diminuiu a zona neutra para um valor quase intacto, ‘mas a amplitude de movimento nao diminuiu. Assim, se houvesse um aumento da zona neutra passiva - por ‘exemplo, devido a degeneragao ou trauma - entao os ‘milsculos seriam potencialmente capazes de diminui-la e trazé-la para dentro dos valores normais. O mesmo nao ‘aconteceu com o parémetro amplitude de movimento, Zona Neutra ¢ Fixagao Espinhal Num estudo olinice recente, um pequene fixador extemo {oi utlizado para estabilizar tamporariamente um segmento espinhal na coluna cervical (6). O fixador é utlizado como ferramenta de diagnéstico e sua aplicagao bem-sucedida na extingao da dor em um determinado nivel identificou aquele ‘segmenta como a fonte da dor. A validade do clagnéstico foi ‘comprovede per fusGes crutgicas bem-sucedidas. Para quantficar os movimentos subjacentes responséveis pela dor, sonduzimos urn estude in vio utlizando amostras {rescas de cadaveres da cokna corvcal humana (23), Neste pré= tia Easel Vo 6 ne, 182 394 MM, PANJABI No estudo preliminar, a amostra foi primeiro testada intacta quanto & sua flexibilidade tridimensional, usando protocolos nocmais para esse fim, Os pinos foram inseridos nas massas laterais de C5 e C6, utiizando a téc coturgia, @ a fixagso fo aplicada para evitar movimento em C5-C6, Em seguida, 2 amostra foi testada uma segunda ‘vez com 0 mesmo protocolo. Os resultados foram ‘expressos como a diminuigao percentual do movimento, devido a aplieagao do fxador. Na sequéncia foram tiradas conclusées preliminares, Para os movimentos de flexo- extensdo, rotagdo bilateral ¢ flexao lateral bilateral, as amplitudes de movimento diminuiram 47%, 54% 6 17%, respectivamente. Reducdes semelhentes para as zones neutras foram de 80%, 75% e 57%, respectivamente, Em média, combinando todos os resultados, a amplitude de ‘movimento diminuiy apenas 38%, enquanto a zona neutra diminui 71%. ‘Apatts dasses achados pode-se levantar a hipdtese de que © parametro de movimento que mais diminuiu, ou seja, a zona neutra, esté melhor correlacionado com a dor {que pode ser eliminada pela aplicagao do fxador. Até onde sabemos, esta € a primeira tentativa em um sujeto humana de relacionar um parametro de movimento quantificado ~ (4 geja, a zona neutra ~& dor no pescogo. Se estes resultados {orem apoiados por estutos adicionals, entdo a hipdtese atual de amplitudes de movimento aumentadas como indicadores: de instablidade pode ser questionada UMA HIPOTESE DE INSTABILIDADE, A instabilidade clinica tem sido definida como a perda da capacidade da coluna, sob cargas fisiolégicas, de ‘manter seu padrao de deslocamento, de modo que no haja deficit neurol6gico inicial ou adicional, nenhuma ddoformidade importante e nenhuma dor incapacttante (28) No contexto das observacées da zona neutra apresentadas cima, a definicdo clinica de instabiidade foi reinterpretada dda seguinte forma: Instabilidade clinica ¢ definida como uma diminuigao significativa na capacidade do sistema testabiizador da coluna vertebral para manter as zonas neutras Intervertebrais dentro os limites fisioldgicos para que no haja disfungao neurologica, nenhuma deforrnidade importante e nenhuma dor ineapactante Explicagao Combinando os conceltos do sistema estabilizador da coluna vertebral de trés partes apresentados na parte | deste estudo (16) e as observacdes experimentais da zona neutra, a definigdo de instabilidade pode ser apresentada graficamente (Figs. 3A @ B). As observagies ‘experimentals relativas & coluna vertebral, de um aumento Fiasco ease Nimes TS RL SP ca A enwnven sro Face 8 FIGO. 3, A: Tamanho da zona neuta em fungi da coluna vertebra ji e aumento so mosirados. Também 6 indicada afsiclogia ‘e1a0 cal para 2 zene noua. B: Tamanho da zona noua em furgio “émortradeo aumento a dnsnugde a funese da rea muscu “orb a verona grfcamene rego idge da zane nua na zona neutra com leséio na coluna vertebral « uma diminuigao com o aumento da coluna vertebral (xagao ‘acdo), S40 conceitiuados como mostrado na Fig. Também mostrada é a regio da zona neuta que ¢fsiologicamente l6gico, sem dor @ neurologicamente intacto. Um similar diagrama, descrevendo o in- interagao entre a forga muscular @ 0 neutro zona, é mostrada na Fig. 3. ‘Combinando Figs. 34 @ B, uma imagem tridimensional co de serie da zona now pode ser gerado, como mesrado na Fig. 4. dos exes nonzontasrepesertam a ecuna vertebral fungao da coluna e fungao muscular, enquanto 0 ver- © eo verical mesa otamanho da zona neutra, Leso e agosto mento da coluna vertebral s40 mostrados na opga0 posicione direges no eixo de funcao da coluna vertebral. De maneira semelhante, 0 aumento e a diminuigao da fungaio muscular so mostradas em direges opostas no eixo de fungao da forga muscular. O limite superior de a superficie da zona neutra € definida pelo maximo lesdo na coluna vertebral e no miisculo minimo ‘SISTEMA DE ESTABILIZAGAO DA COLUNA II 395 FIGO. 4, O tamanho da zona neutra é uma fungio dos componente passivos (coluna vertebra) e aivos (misculos espinhais) do sistema ‘elabiizador da coluna vertebral. Exile uma relagdo quarttativa ene 0 tamanio da zona nauirs eo estado deste doe componontes. lo @ mosrado pela superficie da zona reutra, onde um ponto na superficie representa © tamanno da zona neutra para uma determinada coluna vertebral ‘2 func muscular O panto P representa o valor normal da zena neutra ‘da. Indviduo pera tm doterminaga movimento da ecuna vertebral, So howver lesso cu aumento dos compenentes passives, entaoo pono P se move, respecivamente, pars cma ou pera belo na supartcla(nha 2). Por euto lado, se houver diminuigdo ou aumonto da funcéo muscular, nao pont Fe move espectvamanto, para cma eu para baie, mas em um caminho efererte (ina b).Utlizando a represertacao da superficie do nstabilsede, pace-3e tragar a regio de esiablidada para ‘2 funclonamenta normal da cakina raga isola (érea sombreada). ‘A superficie da zona neulra pode ser ullizada para visualizar 9 ‘undcnamenisdosenaeatabieaor de colana em coe de lente, Por exon, lume les modorada num componente da coluna vertebral pode tazor © ono P para fra da rogiao isil6gica, mas também pode sor trazido pars dent avavés do ortaleemerto ca tunes muncule. Uma eae ofve, entretanto, pode deslacar 0 ponta P tao longe que o aumento da fungao muscular eepinhal ncessaria para componsar pode estar além da ceapacidade do sistema, lovando a problemas clnicos - por exemp, fungao, enquanto o limite inferior é definido pela formagao osteofitca e pelo esforgo muscular maximo. ‘A regido fisiol6gica da zona neutra, mostrada pela area sombreada na Fig. 4, também possui limites superior € inferior. O limite superior & definido peles microdeformaghes dos tecidos moles que causam dor ou pelo estitamento € compressao dos elementos neurais devido & deformagao da coluna vertebral, causendo deficit neuroldgico. limite inferior da zona neutra fisiolégica é definido pelo esforgo muscular excessivo (causando fadiga ‘muscular) ou pelo enrijecimento da coluna vertebral causado pala formagao de ostaéftos @ outros efeitos deganeratvos. Embora a NZ em geral fosse equiparada a instabilidade, micromovimentos dentro da NZ fisiolégica regiao pode fornecer o sinal necessario para o neuro- ‘sistema muscular para 0 bom funcionamento do cérebro sistema estabitzador final piscussAo) Ahipétese basica aqui proposta é que o tamanho da zona neutra é um melhor indicador da evolugao clinica instablidade final do que a amplitude geral do movimento. Ser- porque a zona neutra in vivo ndo foi medida, ainda no hé evidéncias diretas que comprovem a hipétese: ha, no entanto, evidéncias indiretas significativas para apoiar porté-lo. Uma fusao posterior sdlida nem sempre alivia {dor nas costas, possivelmente por causa da presenga continua de micromovimento anteriommente entre os corpos vertebrais. Este movimento, que é de natureza repetiiva, pode causar microtensdes em fibras anulares e igamentos e até mesmo fricgao da raiz nervosa pelo tecido mole em contato. ‘A fusdo anterior pode eliminar completamente a micro- tensdo nas fibras anulares; mas se a dor se origina em estruturas posteriores, como os ligamentos capsulares, novamente a dor pode nao ser aliviada. Por causa do flexibilidade dos elementos posteriores, bem documentada tanto in vitro (24) quanto in vivo (4), uma fuso sélida em um lugar nao garante a eliminacao de micromo- em outro local dentro da unidade espinhal funcional. Nossos estudos biomecdinicos in vitro indicaram que a aplicagao de um fixador extemo para coluna cervical em um nivel reduz 2s zonas neutras com muito mais eficécia efetivamente (~70%) do que as amplitudes de movimento (~38%). O mesmo fixador aplicado clinicamente tem sido tencontrado para eliminar a dor exGnica em pacientes. Isso leva 2 hipdlese de que a redugao no movimento da Nova Zelandia produz uma reducao suficientemente grande na tensao no tecido gerador de dor, e que isso, por sua vez, produz . alivio da dor no paciente Em um estudo in vitro e em umn modelo matematico, o aplicagao da forga muscular simulada a um individuo Lnidade espinhal funcional jurada foi encontrada seletivamente, reduzira zona neutra para os valores intacios. Nés podemos levantar a hipstese de que os misculos s8o cepazes de restaurar ‘estaba da coin vertebral apn ume esto, Para etext patese Glinicamente, & possivel treinar os musculos ao redor coluna vertebral em pacientes que sofreram espionagem lesao da coluna nasal e observar 0 resultado clinico, ‘Acoluna vertebral apresenta deslocamento de carga ndo linear comportamento, e 0 comportamento é tal que a coluna 6 altamente flexivel nas proximidades da postura neutra. 4 Dichitio Esiohal Val 5,4" 4, 1982 396 MM, PANJAB Este comportamento fundamental da coluna vertebral - isto 6, 2 presenga de uma zona neutra ~ 6 semelhante a0, loser em muitos autos lecidos mols iclbgios, 0 comportamento bifasico, por exemplo, foi documentado para ligamentos espinhais (1,3.13) e para articulagdo do joetho (7,10,11). comportamento nao linear bifasico observado em ligamentos @ articulagbes ¢ provavelmente um requisito para atender a 4s necessidades aparentemente conadérias: emir mouimentos ras proximidades da postura neutra com gasto minimo ‘de energia muscular e fornecer establidade nas extremidades

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