Fenícios, Hebreus e Persas

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Houve até comparagdes histéricas entre a politica de domina- Ga0assiria ea persa, em que se ressaltava ocardterintolerante a primeira em relagdo’ posturade toleréncia da segunda. Qual € a origem do pov persa? De que forma os persas constriram seu império? Sea civilizagao persa era tio desenvolvida,o que explica sua decadéncia e dominacao pelos macedénios? Em que consist a cultura persa? Essas so algumas perguntas que iro ser respondidas a segui. Os persas e os medos compreendiam o grupo dos érios {grupos indo-europeus), que se estabeleceram na regido do Planalto do Iré por volta de mil anos antes de Cristo. Eram tribos némades que mantiveram relagdes de parentesco, intensificadas apés a sedentarizagao. Dai originou-se o ter ‘mo Ir, que significa terra dos érios ou arianos. Os medos, situados mais ao norte, exerceram um poder politico sobre ‘0s grupos persas do sul por um largo periodo, exigindo deles varios tributos, ‘Apenas em 558 aC, o chefe persa Ciro (560-530 a.C.) reuniu os varios grupos sob seu poder e derrotou os medos, constituindo aia base do Império Persa. Pasérgada, Persépo- lise Susa tornaram-se importantes cidades persas no quadro de expanso em dire¢3o & Mesopotamia. Em poucos anos, Ciro passou a controlar um vasto territério com inameros gru- os humanos, dominando a Babildnia em 539 a. Esse chefe persa liberou os hebreus do cativeiro da Babilénia e entabu- lou relagdes amistosas com povos submetidos, incorporando varios elementos das culturas mesopotimicas. Seu sucessor, Cambises (530-522 a.C.}, ampliou ainda mais o dominio per- saa controlar o Egito. Foi a época de Dario | (521-486 a.C.) que o Império atin- ‘iu seu auge. A ordem persa sobre inimeros grupos possi- bilitou contatos e intercdmbios. 0 dinamismo comercial foi ( TH Feito de origem dos persas | [Bi expansto do impérioPesa de tal magnitude que o imperador ordenou a cunhagem de moedas, as daricas. Estradas foram construidas para a ci Culacdo de tropas, mas também foram iteis para a integra- 680 comercial. Dessa forma, membros das elites dos povos ‘submetidos foram também contemplados, pois a politica de Dario buscava o envolvimento dessas liderangas no corpo ‘administrative do Império. Um exemplo dessa politica de cooptacao das elites aparece nitidamente no estabele mento de governos provinciais (satrapias), em que os go- vernantes (sétrapas) eram, em parte, oriundos das lideran- 6625 dos grupos dominados. 0 sistema administrativo criado Conciliava a descentralizagio com a unidade do Império, pois existiam funciondrios reais conhecidos por “olhos e ‘ouvidos do rei" que fiscalizavam o gaverno dos sétrapas, ou seja, havia vigilancia sobre suas agdes. A qualquer sinal de desobediéncia, as tropas persas eram mobilizadas. 0 siste- rma era to complexo que a fiscalizacao era feita em um sis- ‘tema de rodizio para evitar que os satrapas corrompessem 08 fiscais. Assim, um funcionério real persa vivia se deslo- cando de provincia em provincia, o que impedia vinculos mais fortes facilitadores de agdes contrarias aos interesses dos imperadores. Dario chegou a ordenar a construcdo de templos para 0s deuses dos povos submetidos, como forma de agradar a populagao e incorporar os simbolos de poder desses povos. Nos templos erguidos, ordenava-se, em geral, a inscri¢ao do nome de Dario ao lado do deus mais importante do grupo que fosse contemplado pela construcao religiosa, Assim, muitos associavam o deus ao seu benfeitor, Dario, Tal associarao era ‘oportuna, pois reforcava o controle persa, ou seja, a ordem impenal. Pode-se afirmar que varios grupos submetidos pas- saram a pensar e a se sentir parte do Império, pois também eram beneficiados por sua existéncia, 0 Império realizava, assim, sua vocaco expansionista Entretanto, foi em sua movimentagao expansionista que Dario conheceu sua decadéncia Ele pretendia dominar uma {rea colonizada pelos gregos na Asia Menor, a regito da Jonia. As coldnias gregas pediram o auxilio de outras cidades, colo- Cando em rota de colisdo o mundo persa oriental e o mundo rego ocidental, ‘As cidades gregas foram mobilizadas devido ao receio de perderem sua autonomia politica, enfrentando um império gi gantesco que chegou a utilizar elefantes em combates, porém as estratégias de guerra gregas impediram a tiizaca0 de todas {as forgas persas| Caso contrério, provavelmente, 0 mundo i dependente grego teria sido destruido, Daiterem ocortido bata- llsas como a de Termépilas, num desfiladeir, pois este impedia 0.uso dos elefantes persas, entre outros aspectos. Dario conheceu a derrota diante dos gregos; aliés, nao apenas ele, pois seu filho Xerxes (485-464 a.C), apés ven- cer a batalha de Termépilas, foi derrotado na de Salamina (480 a.C_). Em 479 a, os persas, apés as vitérias gregas de Plateia e Micale, renunciavam a novas campanhas mil tares contra o mundo grego. Muitos poves jé se rebelavam € o mais importante naquele momento para oimperador era tentar manter a ordem interna, Isso representou o inicio da decadencia do Império Persa ou Aqueménida. Mais adiante, com Dario Ill (336-330 a.C), jf num qua dro de enfraquecimento do poder central, o Império ruiu com ‘a conquista empreendida por Alexandre Magno em 331 a. Nascia aio Império Maceddnico, Os persas assimilaram elementos de varias culturas, pois sua postura de relativa tolerancia em relac3o aos povos submetidos favorecia a incorporacdo de costumes e valores, Houve, contudo, um setor original persa digno de registro, 0 setorreligioso. Os persas tiveram um lider spiritual chamado Toroastro, ou Zaratustra, que pregava uma cren¢a em torn de principios opostos: um do bem o outro do mal. O bem era Ormuz-Mazda, deus da vida, da cria¢ao, dajustica, eo mal era Arima, deus da morte, da destruigéo, da injustica. O universo, dessa forma, era constituido de uma luta entre forga da cria- a0 da destruicao. A proposta religiosa de Zoroastro nao envolvia o culto ao ‘mal, mas o reconhecimento de sua existéncia e a afirmacao dda busca do bem como compromisso moral do homem. Sua pregacdo destinava-se aos governantes e aos trabalhadores, ‘como forma de acao comum em defesa da forga criadora, Za- ratustra afirmava que os defensores do bem seriam protegi- dos das perversidades de Arima e teriam garantido um lugar 1no além, em uma espécie de paraiso. Esse dualismo persa teria influenciado os hebreus em sua sistematizacao religiosa, contudo, para estes, nao ha- via uma divindade do mal, mas um anjo caido, Licifer. Des- a forma, o monotefsmo tomnou-se uma expressao religiosa hebraica com uma acentuada influéncia do pensamento re- ligioso petsa, 0 diabo tornou-se a versao hebraica do Arima do zoroastrismo. Deve-se ressaltar a existéncia de uma obra, sagrada atribuida a Zoroastro chamada Zend Avesto, em que se encontram os principios da religiio persa. APRENDER SEMPRE a > o1.uFPB Com relagao a0 Império Persa, ¢ incorreto afirmarque €. 05 persas desenvolveram uma administrac3o relat vamente descentralizada, com base nas satrapias. b. as estradas e os correios foram bastante aperfei- ‘goados durante esse Império. io persa era 0 zoroastrismo, que pregava ‘a existéncia de uma luta entre o mal e 0 bem, na qual o bem s6 seria vencedor no dia dojuizo final. 4. 05 persas perseguiram ferozmente as religides de ‘outros povos, matando sacerdotes e destruindo temples, como foi 0 caso do Templo de Salomao em Jerusalém. €. 08 povos dominados pelos persas eram obrigados ‘a pagar tributos e a fornecer homens para os exér- citos do "grande rei. Resolugéo Em geral, os imperadores persas tinham o habito de permitir cultura e a crenga religiosa do povo subjugado, ‘até mesmo para tentar evitar rebelides por parte dos do- rminados. Foram os persas que libertaram os judeus do Cativeiro da Babilénia, quando dominaram a Mesopota- ‘mia, e permitiram 0 retorno desse povo & Palestina e a re- construgao do Templo de Jerusalém. Os judeus pagavam impostos 0s persas, como todos os povos dominados poreles, mas, como podemos perceber, continuaram com ‘seu monoteismo religioso. Alternativa correta: D ‘A histéria do povo hebreu constitui um capitulo & parte alVida do mundo antigo oriental, 0 que fez de sua historia algo especial diz respeito a uma influéncia indireta da cultura hebraica sobre 0 Ocidente, principalmente no periodo do Im- pério Romano. A que influéncia estamos nos referindo? Grupos de hebreus viviam se revoltando contra o dominio omano e muitos afirmavam, baseados em uma tradi¢o pro- fética, a crenga na vinda de um messias que salvaria 0 povo eleito de Deus da dominacao estrangeira. Foi nesse quadro que ‘urgiu um hebreu conhecido por Josué, na lingua grega, Jesus, ue foi identificado por alguns membros da comunidade he- braica como o Messias, dando inicio a um movimento que, ape ‘ar de contestado por varios rabinos, transformou-se em seita depois, em uma religito com proposta de salvacao universal ‘De que formaisso se relaciona com o Ocidente? E s6lembrar {que essa proposta de salvacdo universal oi cistianismo,0 qual Converteu povos e marcoulindelevelmente ahistria do Ocidente devido, entre outros aspectos, & defesa do monotefsmo Assim, ‘aquele monotesmo professado pelos hebreus, que acreditavan ‘er 0 povo eleito de Deus, tomou-se uma crenca que definiu a cultura europeia do Periodo Medieval em diante, extrapolando 0s, Vtios limites 6tnicos do mundo europeu. De acordo com a historiografia cléssica sobre os he- breus, os primérdios da comunidade hebraica encontrariam suas raizes na Mesopotamia, mais precisamente em uma cidade suméria chamada Ur. De Ia teria saido um homem, ‘Abrado, com um pequeno grupo que se fixou na Palestina hé cerca de dois mil anos antes de Cristo. Os hebreus vivian de atividades agropastoris e mantinham contatos, na i80, com grupos humanos de origem semitica. Essa primei- ra fase do povo hebreu ficou conhecida como patriarcado, pois a vida da comunidade era conduzida pelos chefes de familia, os patriarca8. Estes foram, na sequéncia, Abrado, Isaac, Jacé, José € Moisés. José teria sido vendido pelos irmaos como escravo e seguido para o Egito, tornando-se 0 segundo em poder no governo. Para muitos historiadores, a explicagao para a presenga hebraica no Egito associava-se ’ ocupacao dos hicsos que dominaram 0 Vale do Nilo naque- le periodo. Como os hicsos mantinham boas relagdes com 0s hebreus, permitiram a entrada desses semitas no Egito. Apés a expulsao dos hicsos, a situac3o dos hebreus ficou, ‘muito dificil em razao dos maus tratos recebidos, por isso teriam se rebelado, quando chefiados por Moisés. 0 episé- dio do Exodo, de acordo com alguns historiadores, teria sido, Ciinicio da criagao do Estado de Israel. ABSS)Se perderemin deserto, sob a chefia de Josué, iniciaram a luta pelo controle da Palestina, a Terra Prometida, ‘A morte de Josué causou 0 fracionamento do povo he- breu, resultando na formacdo de grupos, os quais eram con- dduzidos pelos Juizes. Dai ter-se iniciado a fase do Juizado da histéria hebraica. Otoniel, Gededo, Jefté, Sansdo e Samuel foram alguns dos juizes que comandaram combates contra, ‘outros grupos semitas que viviam na Palestina. Essa foi uma fase de confrontos permanentes entre hebreus efilisteus. Dada a dificuldade de controle da regido, os grupos fo- ram se unindo em tomo de homens que pudessem coorde- nar esforcos paraa fixacao definitivana rea, Nesse sentido, do Juizado os hebreus caminharam para o Reinado, a sua “ttima fase politica. 0 primeiro rei foi Saul, depois Davi, su- cedido por Salomao. Daviteria consolidado o controle de vastos teritrios por meio de atividades militares, estendendo seus dominios as proximidades do rio Eufrates. Contudo, Salomao foi orei mais, poderoso dos hebreus. Em seu reinado, houve a intensifica {G30 do comércio, o estabelecimento de relacdes diplomaticas, ‘com outros grupos e a construgao de obras publicas, entre as, uais, seu grandioso templo. ‘OMuro das Lamentagses tela sido o que restou do antige Templo {4 Salomio,apés ordem de demolicio dada pelo imperador romano Tite, em 70.4. Localizado em Jerusalém, 6 local mais sagrado paras judeus, que consideram sua preservagio a allanca elta por Deus com opovo elete Sabe-se que o muro foi construido come fortiieagio para protegerotemplo que, depois da sua primeira destrugio pelos babliénios em $86 a, fol reconetruldo, ‘Apés a morte de Salomao, 0s grupos hebreus comegaram [Gia intensa disputa pelo controle politico. Dissoresultou uma, divisao do reino em dois outros. As dez tribos do narte cria- ram o Reino de Israel e as duas do sul construiram 0 Reino de Judé. Esses reinos acabaram sofrendo dominios estrangeiros ‘nao durando muito tempo. 0 primeiro Reino a desaparecer foi o de Israel, conquistado pelos assirios em 722 aC. Aesse respeito, podemos afirmar que 6SaSSifiosHizeram Com queOS hebreus se espalhassem pelo seu imenso império, episédio onhecido como Diéspora, 14 0 Reino de Judé foi dominado pelos caldeus conduzidos por Nabucodonosor I. imperador caldeu aprisionou os hebreus e levou-os para a Babilénia,lo- calem que tiveram que realizar trabalhos forcados. 0 episédio, que correspondeu a experiéncia hebraica na capital do Impé- rio Caldeu ficou conhecido como Cativeiro da Babildnia. Esses hebreus s6 foram libertados apés a conquista da Babilénia pelo lider persa Ciro. € importante afirmar que as relacbes en. tre hebreus e persas foram cordiais e que o povo hebreu pode voltar paraa Palestina Daf em diante ocorreram sucessivos dominios estrangei- tos, Depois dos persas, foia vez de Alexandre Magno conduzir ‘um império que uniu o Ocidente eo Oriente, envolvendo aster- ‘as palestinas. 0 encerramento do império Macedénico, coma ‘morte de Alexandre, fez a Palestina passar ao controle da ult ‘ma dinastia egipcia, a dos Ptolomeus. Nesse interim, Roma ji havia inaugurado sua trajetériarumoasterras orientais. Apésa derrota de Marco Antonio, general romano, eCledpatra, citima representante dos Ptolomeus, Otévio, conhecido a partir dat ‘como Augusto, passou a exercer plenos poderes em todas as terras,incluindo aia regido da Palestina (Judeia). Em 70.4, ‘em meio a conspiracdes dos hebreus contra o dominio romanoflal6eiss6 de Roa fol Fealiza¢s6| deri WissporalUo|pOVe hebreu. Desde entio, os hebreus ficaram espalhados pelo mundo, mas preservaram suas tradigdes e sua histéria na Biblia, procurando preservar com isso sua identidade, ‘Acultura do povo hebreu esteve ligada & palavra, a uma literatura engajada que procurou, na maior parte de sua hist6ria, defender a existéncia de um Deus. Isso nao significa dizer que os hebreus tenham sido desde os primérdios monoteistas, pois existem relatos de idolatria e de cultos primitivos associados ao politefsmo. 0 que prevaleceu, porém, foi a existéncia de uma teligido diferente de muitas expresses religiosas orientais. Essa crenca, de acordo com alguns historiadores, estaria vinculada Alinfluencia do sistema religioso persa dualista, mas que pregava a vitdria do Deus do bem (Mazda) no fim de tudo, Noque diz respeito’ literatura, encontramos varias obras que defendem omonoteismo, como 0s Salmos, os Provérbios, o Cénti- co,dos Cénticos eo Livro de.J6. Podemos afirmar que a obra mais debatida e representativa da importancia do pensamento religioso politico dos hebreus ¢ a Biblia (Antigo Testamento). Os fenicios habitaram uma estreita faixa de terra na regido que compreende o atval Estado do Libano. Essa érea, cercada por cadeias de montanha e por uma floresta de cedros, nao favorecia a atividade agricola e, nesse sentido, contribuiu para que ‘a histéria daquela comunidade destoasse do modelo imperial e de regadio existentes no Vale do Nilo e na Mesopotamia, Dessa forma, podemos entender que, em razdo de dificuldades de subsisténcia, surgiram comunidades empenhadas na troca e na navegacao. Desde o terceiro milénio antes de Cristo, povos de origem semita se estabeleceram naquele espaco e iniciaram uma movi- ‘mentaco maritima que cobriu a Bacia do Mediterraneo de leste a oeste. Os fenicios (asiaticos), como os gregos os chamaram, organizaram-se em cidades-Estado, mantiveram relagdes comerciais com varios povos por meio de feitorias e, em alguns casos, de coldnias, absorvendo culturas e amalgamando-as em seu universo social, Chegaram a desenvolver a agricultura (cereais, leguminosas e linho) a pecuéria (ovelhas e cabras), mas a planicie era estreita e, nos seus limites, estava o Mar Mediterraneo. Desde sua origem, os fenicios extrafam metais das serras e madeira da floresta para produzir artesanato e embarcacées, ficando mais conhecidos, entéo, por suas atividades maritimo-comerciais. ‘Suas principais cidades eram Biblos, Sidon, Tir, Ugarit e uma cidade-templo, Gebal. Embora nos primérdios dessas cidades o poder estivesse nas mos de uma aristocracia (realeza) constituida por linhagens ‘antigas reconhecidas no interior da sociedade e que atuava, principalmente, no ambitorelgioso, aos poucos houve o desloca- mento desse poder para homens que se destacavam nas atividades néuticas e comerciais, constituindo uma talassocracia, Saliente-se que sempre existiu um espaco considerdvel para os sacerdotes que conformavam as vontades com a revelagio dos designios dos deuses, alinhando os interesses aristocréticos com os comerciais. ‘Alguns historiadores assinalam que a atividade néutica fenicia foi to desenvolvida no mundo antigo que embarcacdes ‘conseguiram passar pelo estreito de Gibraltar e fazer incursdes no Oceano Atlantico, até que atingissem teritrios da atual Inglaterra. E certo também que eles estabeleceram entrepostos comerciais e colonias no norte da Africa, na liha da Sicilia, ro sul da Franca e no sul da Peninsula Ibérica, entre outros lugares, comerciando couros, betume, vinho, vidrarias, pedras preciosas, perfumes, incenso, madeiras etc. Os fenicios mantiveram fortes lacos com o Egito dos farads e praticaram comér- ‘io com povos mesopotmicos e palestinos. Por isso, pode-se concluir que estabeleceram um império maritimo-comercial, Cartago, uma das colénias fenicias, foi herdeira dos circuitos comerciais desse povo, dominando o comércio mediterranico a partir do século Villa. {i eri sob controle dos encos [Bil Area de comércio fenicio = Pincipsisrotas de ravegogbo © cidaesfenicios + Pincpaiscolniasfencias ‘Mapa das principas rotas martimasfenicias de comérco. ‘A produgao cultural dos fenicios foi marcadamente funcional, contemplando o aprimoramento de suas atividades martimo- -comerciais, 0 que os fez desenvolver mapas celestes para o estabelecimento de rotas comerciais, rientavam-se pelo Sol durante ‘dia e,& noite, guiavar-se pela Ursa Menor. Desenvolveram conhecimentos sobre as correntes maritimas, os ventos e suas dire- ‘s0es e sentidos comuns, observavam a migracdo das aves — pelas quais também se orientavam ~ entre outros aspectos. ‘Além disso, a necessidade de registrar as atividades comerciais, uma espécie de contablidade, contribuiu para a simplificago dos sinais hieroglificos egipcios, por meio da associacao aos sinais cuneiformes. Disso resultou a criacdo de uma escrta conhecida ‘como alfabeto. Esse sistema de escrita simplificado foi adotado e adaptado por gregos, etruscos e latinos, originando a escrita oci- dental em suas virias versbes, a Y < A A A Ga o 7 a 8 8 ) uy a 1 r ‘ ¥ ¥ a a £ 7 oe | wv ie 4 k kK oon, oe 4 4 ~ i el 4 7 \ N : = = ° ° 2 0 8 a ll 4 E P T + x iT; T | T eas eo w 4 | z > Este quadro 6 uma possibildade de entender a derivaco da escrita fenica para aepipcia , por extensio, a adodo ‘dos sinaisfenicios pelos gregose romanos. alfabeto fel omalorlegadofencioparaoOcidente.

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