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Revista Brasileira de Farmacognosia 11,2001) 21 Uso de plantas medicinais na gravidez Mengue, S.S.*; Mentz, L.A.% Schenkel, E.P? ‘PPG-Epidemiologia, Faculdade de Medicina/UFRGS; *PPG-BotinicwUFRGS e Departamento de Biologia, PUCIRS; Faculdade de Farmécia/UFRGS, Porto Alegre, RS. Este capitulo faz parte do livro: Sanseverino, M-T.V.; Spritzer, D.T. e Schuler-Faccini, L. (Org). Manual de Teratogénese. Porto Alegre: Editora da Universidade, UFRGS, 2001, PP. 423-450 e sua reprodugdo foi autorizada pelos organizadores, As plantas medicinais tam seu uso descrito por praticamente todos os povos desde os tempos mais remotos. A partir dos conhecimentos tradicionais do uso das plantas medicinais na busca da solugio de algum mal-estar ou a cura de alguma doenga, surgiram interesses comerciais, ecientificos. Entre 0 uso primitivo © magico das plantas pelos curandeiros até o conhecimento atual, existem diferengas dificeis de serem mensuradas. Entretanto, a partir do momento em que as Plantas passaram a ser utlizadas fora do seu contexto original, tomou-se necesséria a avaliagéo de sua eficdcia e seguranca © surgimento do conceito de “natural”, em muito contribuiu para o aumento do uso das plantas medicinais nas titimas décadas, Para muitas pessoas esse conceito significa a “auséncia de produtos quimicos”, que so aqueles que podem causar algum dano ou, de outra forma, ‘epresentam perigo. Assim, produtos naturais passaram a ser sindnimo de produtos saudaveis, seguros @ benéficos. Esse conceito & extremamente equivocado, jé que as plantas foram e sao ‘as fomecedoras dos grandes venenos da histéria da humanidade e o conhecimento da potencial toxicidade remonta & antigiidade. Sécrates, por exemplo, foi condenado & morte através da Ingestéio de cicuta, os indios americanos usavam o curare e a estricnina jé fez parte de romances, policiais envolvendo assassinatos. Muitas plantas contém substancias capazes de exercer ago téxica sobre organismos vivos. Segundo algumas teorias, essas substancias seriam formadas com a fungio de defender ‘@ espécie de seus predadores. Por isso, nao é de surpreender que muitas plantas acumulem substancias de elevada toxicidade, como os glicosideos cianogénicos, presentes na mandioca- brava, proteinas t6xicas como a ricina, presente na mamona, muitos alcaldides como a coniina, presente na cicuta e a estricnina, presente na noz-vémica. E de se ressaltar que muitas plantas ‘séo completamente desconhecidas quanto ao potencial de causar intoxicagées. Exemplifica essa questo 0 relato (Registro junto ao Centro de Informagies Toxicolégicas do Estado de Santa Catarina, outubro de 1997) da morte de uma crianga de trés anos de idade, atribuida a ingestio de sementes de Hennecartia omphalandta Poisson (pimenteira-do-mato), planta nativa na regiéo ‘sul do Brasil, para a qual nao havia registro escrito sobre toxicidade. Algumas plantas séo fontes {requentes de intoxicagdo, destacando-se em nosso meio, comigo-ninguém-pode, coroa-de-cristo, pinho-de-purga ou pinhao-paraguaio, aroeira-brava, mamona e cartucheira, entre outras (Schenkel etal, 2000). Além do vegetal em si, so necessérios outros pardmetros para a seguranga do uso de plantas medicinais. As condigdes de coleta e armazenamento so pontos criticos. Por exemplo, Plantas colhidas na beira de estradas movimentadas podem estar contaminadas com produtos ‘Rais Bras de Farmacognosia 11 (1) (2007) 2-05 (SSN: 0102-605% 22 Revista Brasileira de Farmacognosia 11 (2001) derivados do tréfego de automéveis. Da mesma forma, plantas medicinais coletadas proximo a lavouras, onde so utlizados defensivos agricolas ou préximo a depésitos ou emissio de residuos industriais, so potencialmente contaminadas por esses produtos. ‘A secagem das plantas, quando necessaria, deveria ser feita ao abrigo da luz, o que nem sempre ocorre. © armazenamento das plantas deveria ser feito em lugar seco e ventiiado de modo a no favorecer o desenvolvimento de fungos e/ou bactérias. Assim, efeitos adversos + advindes da utilizagao de plantas podem ter origem em circunstancias relacionadas com 0 processamento e/ou armazenamento. Outros fatores importantes na composigdo de plantas so as variagdes de tempo e lugar. Ela 6 fortemente influenciada por variagdes climaticas e de composigao do solo. Como elemento de comparacdo, pode-se citar as uvas utilizadas no fabrico de vinhos, cuja qualidade depende da origem da matéria-prima e do processamento. Nesse caso, so facilmente Identificados vinhos de determinada origem e de determinada safra, que possuem caracteristicas especialmente diferenciadas. De forma semelhante, a toxicidade de plantas medicinais pode apresentar variagdes significativas, relacionadas com fatores como a regio e época de coleta, processamento do material, forma de armazenamento e embalagens utlizadas, 'Nao obstante essa variabilidade poss{vel, para um nimero significative de plantas, existem dados acumulados sobre toxicidade, principaimente através de relatos de casos na literatura @ ‘em Centros de Informagdes Toxicolégicas, ou através de estucos em animais. Neste uitimo caso, além da variabilidade dos vegetais e das condigdes de ooleta e armazenamento somam-se as dificuldades de transposigao de resultados dos estudos em animais para seres humanos. Pelas razées apontadas acima, para as plantas medicinais e seus produtos (chés, garratadas, tinturas), ndo é possivel assegurar a reprodutibiidade dos efeitos, tanto aqueles desejados, quanto os indesejados. Da mesma forma, nao existe seguranga quanto & qualidade dos produtos, podendo ocorrer identificagio equivocada da planta, adulteragées intencionais ou acidentais e outras contaminagdes. Aidentiticagao das plantas medicinais 6 outro ponte ertico. Os nomes populares, algumas vezes, apontam para espécies bastante diversas. Por exemplo, na regiao sul do Brasil séo conhecidas como erva-cidreira 0 Cymbopogun citratus (DC.) Stapf, a Aloysia triphylla (U"Hérit) Brit. e a Melissa officinalis L. A primeira 6 uma erva que forma uma touceira com folhas lineares, de até 1,5 metros de comprimento e com as bordas cortantes. A segunda é um arbusto de até 3 metros de altura, com folhas verticiladas, ovalado-lanceoladas, de até 12 centimetros de ‘comprimento. Jaa itima 6 uma erva de até 80 centimetros de altura, com folhas opostas, ovaladas, de até 7 centimetros de comprimento @ com bordos dentados. Nesse exemplo, as diferencas entre as plantas so de fécil kdentificagao. Por outro lado, as plantas conhecidas na Regiao Sul ‘como marcela podem ser de duas espécies: Achyrociine satureioides (Lam.) DC. @ Achyrocline vauthieriana DC. A distingdo entre as duas espécies é dificil e os estudos existentes foram realizados com Achyroctine satureioides Lam.) DC. Assim, existe plantas bastante diferentes, que receber nomes populares iguais e plantas morfologicamente semelhantes, com composigo quimica bastante diversa. Nessa tiltima situagao, s80 conhecidos diversos casos de intoxicagbes pela identificagdo incorreta da espécie vegetal. Um exemplo, ¢ o de um casal que coletou uma espécie de Digitalis, crendo tratar-se da consdlida (contrei, Symphytum officinale L.). Quando se trata do uso de plantas medicinais 6 necessério caracterizar o que se denominou de medicamentos fitoterdpicos. Os medicaments industrializados ou processados, que contenham como parte ativa somente plantas medicinais, passaram a ser denominados de fitoterépicos ou produtos fitoterapicos, recebendo uma legislago especftica (Port. 6/SVS de 31/01/95, D.0.U. de (06.02.95, reformulada através da Resolugo RDC No. 17, de 24/02/2000), Segundo essa legistagéo, Revista Brasiora de Farmacognosia 11 2001) 23 ‘888¢8 produtos sdo caracterizados pelo conhecimento da eficticia e dos riscos de seu uso, assim ‘como pela reprodutibilidade e constincia da sua composigo. No processo de registro junto ao Ministério da Saude, 0 produtor deve comprovar a eficdcia, apresentar a avaliagéo dos tiscos de Seu uso ¢ estabelecer pardmetros de qualidade e estabilidade e, a partir dal, receber o nimero de registro do érgaio competente. Considerando essas exigénclas legais, seria de se esperar de um produto fitoterdpico a constancia da qualidade e declaragéo quanto aos riscos identificados. No entanto, face as deficiéncias notérias na area de vigiléncia sanitéria, até o momento, comum a presenga no mercado de produtos que ndo atendem as exigéncias legais. Como exemplo, pode ser referida a ‘xisténcia de produtos com a declaragao de tratar-se de “arnica’, dos quais esperar-se-ia conterem planta Amica montana L., espécie presente em muitas farmacopéias. Porém, de acordo com a declaragéio de composi¢ao, alguns contém a espécie Stenachaenium campestre Baker, outros Chaptalia nutans (L.) Polak e outros ainda Solidago chilensis Meyen, plantas que simplesmente tém a denominagao popular de amica. Da mesma forma, produtos com declaragao de “ginseng”, sugerem tratar-se da planta, bem conhecida e avallada, Panax ginseng C.A.Meyer, mas apresentam fa sua composi¢ao uma espécie pouco conhecida, a Paffia paniculata (Mart) Kuntze. Muitos desses produtos estado ilagalmente no mercado, deciarados como “isentos de registro conforme ‘Art, 28 —Decreto 79.094/77", Entretanto, 0 Ministério da Sade no reconhece a autorisencao de qualquer registro de medicamentos ou medicamento fitoterdpico. Na atual situago, o fato de uma planta estar sendo comercializada como um medicamento fitoterapico no garante maior seguranga quanto A qualidade do produto e conhecimento da eficdcia e dos riscos. Por tais raz6es, plantas medicinais e medicamentos fitoterdpicos ndo esto sendo abordados de forma diferenciada. As informagdes sobre as plantas medicinais aqui abordadas, estéo apresentadas na forma de tabelas e na forma de monografias sucintas. Na tabela 1 so apresentadas plantas pelo seu nome cientifico, além da parte da planta utilizada, a familia botdnica a que pertencem e as referéncias quanto ao uso como abortive ou suspeita de qualquer outro risco para a gestagao. ‘Nos casos em que existem outros estudos que nao apenas os etnobotanicos, foram elaborados textos sucintos nos quais so apresentadas uma descrigao botanica sumatia e informagSes sobre toxicidade. Na tabela 2, as plantas estado listadas segundo os nomes populares e os nomes Cientificos correspondentes. Nas duas tabelas 6 importante notar que nomes populares diferentes podem se referir a uma mesma espécie ou a varias egpécies de plantas ©, em outros casos, espécies diferentes de plantas podem ter 0 mesmo nome popular. Na utiizagao de qualquer medicamento durante a gestago, deve sempre ser levado em Conta a relagao risco-beneticio, Esse mesmo cuidado deve ser aplicado ao uso de plantas medicinals. Assim para cada situagao especitica, deve ser estabelecida uma relag&o risco-beneticio propria. Se para muitos medicamentos as informages cisponiveis so escassas, para as plantas medicinais essa escassez de dados é ainda mais acentuada, Na presenca de alguma informagao ue sugira risco para a gestacéo, plantas medicinais devern ser evitadas, até que evidéncias garantam seu uso seguro. 11 2001) 24 Rlovista Brasioia de Farmacognosia ‘pues6-01-0p-ole0d olood v euoiojas oxen | ‘opeyued-op-oleod ‘oyullsog aveoeiuiey | eweld e epo, -uueg ereudeoorqnu eyung ‘SpUBIBEYIOFap- -0p(a0d ‘oduseo-o-0 aeaoguie | eued e epoL ‘yuea seproyjuew Biting pHTUFeYOFap-ofoou “oweod aeaTeNTET | wIUEITe EOL TUBE SORIONED BIND ‘oleod aesoeNTeT | wiue|Ge eo. “uu BVeINOIOSEY BOND ‘plea aeeoeNIeT Seu "WURE (UPUY) SMIEGTEG STCTOD (Bean UME FEZ UMILOUIETTID) ‘0290-0p-ejeue9 ‘wjaueD, eeeoeney ose id WIAA winwOUTeULID eR]UEDY SeaTRIORY | BUETe wpoL | WSS MY wnuaUTET CaM TESAMID euew-eues-ep-eug | seesepodouso| eueld e epol " sapro;souquie wnspodousy PoURTED eyoU-eoq-ep-ioig | sesoeUmOdY | eTUEKTe Epo]. 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Nomes populares e cientiticos das plantas abordadas. Nome popular Nome cientifico ‘Agoniada ‘Himatanthus lancforus (MuBNArg) Woodson TAlgodosiro ‘Gossypium barbadense L., Gossypium herbaceumL. ‘Arruda. luta chalepensis ., Ruta graveoiens ‘Aromisia “Artemisia vulgaris L Chrysanthemum panhonium (L) Bern Boldo "oleus barbatus (Andr.) Benth., Peumus boldus Miol., Vernonia condensata Baker Bolde-do-chile Peumus boldus Mol ‘Bucha ‘Luff acutangula Roxb., Lutfa aegyptiaca Mil, Luffa cylindica (L.) Roem., Luffa opercutata (L.) Cogn. Bucha-do-norte ‘Luffa operculata (L.) Cogn Bucha-paulista Luffa operculata (L.) Cogn Buchinha Tuffa operculata (L.) Cogn Canela ‘Cinnamomum verum Presi. (= Cinnamomum zeylanicum Nees) “Caneia-do-calao Cinnamomum verum Presi. (= Cinnamomum zeylanicum Nees) Carapanauba ‘Himatanthus drasticus (Man) Plumel Carapia Dorstenia brasiliensis Lam. Carrapicho Xanthium cavanillesii Schouw. Catrapicho-rasteiro ‘Acanthospermum australe (Loaf) OK. Calinga-de-mulata Tanacetum vulgare. Cavalinha Equisetum giganteumT. (Cha-de-bugre Casearia silvestris Swartz Ginamomo Melia azedarach L. Cipéjarrinna Aristolochia trangufans Cham Cipé-mi-homens Aristolochia trangulans Cham. Coja-de-cavalo Equisetum giganteum ‘Comigo-ninguém-pode_| Dieffenbachia picta(L,) Shot “Contret ‘Symphytum officinale L. ‘Consdiida Symphytum officinale L. Corama, coTrama Ralanchoo brasiliensis Camb Ena-de-bugre Casearia silvestris Swartz. Enva-de-santa‘mara | Chenopodium ambrosioides U. TFeto-macho ‘Diyopters filk-mas (L.) Schott Figueira ‘Dorstenia brasiliensis Lam. lorda-boa-nofte Catharanthus roseus G.Dop ‘Guagatonga ‘Casearia sivestis Swartz Guiné Petiveria aliacea L. Hort ‘Mentha arvensis L., Mentha piperta L- Hortela-pimenta ‘Mentha piperita L. Tnfalivina “Artemisia veriotoram Lamote Tp8 . Tabebuia heptaphyla (Vell) Toledo (=T. impetginosa (Maa. exDC) Standley e T. avellanedae Lorentz ox Grisebach) PETS Tabebuia heptaphiyla (Vell) Toledo (=T- impeliginosa (war @x DC) Standley e . avellanedae Lorentz ox Grisebach) Tarofa ‘Jatropha gossypifolia L. equi ‘Abrus precatorivsL. Tosna’ “Artemisia absinthiam C, Louro Taurus nobilis. Manacd ‘Brunfelsia unifora (Pan DOR 28 Revista Brasileira de Farmacognosia 11 (2001) Manjeric&o-do-campo. Cunila menthoides Benth. Melo-de-so-caetano ‘Momordica charantia \. Pariparoba Piper mikanianum (Kunth) Steudel, Potomorphe umbellata (L) Mig. Pervinca Catharanthus roseus G.Don Pinhdo-de-purga Jatropha curcas L. Pinhdo-paraguaio ‘Jatropha curcas L. Pipi Petiveria aliaceaL. Poejdo-de-foiha-grande | Gunila menthoides Benth. Pogjinho Cunila galioides Benth., Cunila microcephala Benth. Posio ‘Cunila fasciculata Benth., Cunila platyphylla Epling, Cunila, spicata Benth., Mentha pulegium L. Poejo-de-foiha-miida ‘Cunila galioides Benth, Poejo-do-banhado ‘Cunila microcephala Benth., Cunila spicata Benth, Poejo-do-rio-grande (Cunila microcephala Benth. Primavera ‘Brunfelsia uniflora (Pohl) Don. ‘Saido ‘Kalanchoe brasiliensis Camb. Salvia Salvia officinalis. ARRUDA Nome cientifico: Ruta graveolens L. Familia botanica: Rutaceae ‘E um subarbusto, com flores amarelas, ireqdentemente cultivado em jardins, porter folhas fortemente aromaticas, esverdeado-esbranquigadas, de aspecto ceroso. A arruda ¢ origindria dos paises ao redor da bacia do Mediterraneo e preconizada na medicina popular “para vir @ menstruago”, como calmante, contra piolhos e contra mau olhado, entre outros. Varios autores mencionam o uso desta espécie como abortiva (Schenkel et al., 2000; Leung, 1980; Camargo, 1985; Duke, 1985; Tyler, 1987; Mengue et al., 1997; Gariet, 2000). Também ¢ cuitivada no Brasil a espécie Ruta chalepensis L., que se distingue da anterior por apresentar as pétalas laciniadas, sendo utlizada da mesma forma que Ruta graveolens. Toxicidade ‘O manuselo das folhas, flores e frutos est relacionado com a ocorréncia de dermatites, com eritema, cooeira @ vesicacao. Também é comprovada, através de testes em humanos, a potencialidade de causar fotodermatites (Mitchel ¢ Rook, 1979), atribuida a presenga de furanocumarinas. E considerada uma planta com atividade abortiva, relacionada com a presenga de alcaldides quinolinicos (Tyler, 1987). Em experimentas em ratos foi demonstrada uma atividade antifertiidade para as partes aéreas moidas seus extratos aquosos (Prakash et al., 1985; Gandhi et al., 1991). BOLDO, BOLDO-DO-CHILE Nome cientifico: Peumus boldus Mol. Familia botanica: Monimiaceae ‘© boldo ¢ uma arvoreta com folhas opostas, inteiras, verde-acinzentadas quando secas, ‘com a face superior aspera a0 tato e com os bordos levemente enrolados para a face inferior. As folhas apresentam numerosas glandulas, visivels @ olho nu, que séo responsdveis pelo odor aromatico caracteristico. A espécie 6 originéria do Chile, sendo o Brasil un pa(s importador das folhas secas, para uso medicinal, constando da Farmacopéia Brasileira (1996). O boldo evista Braslora de Farmacognosia 11 2001) 29 faz parte de megicamentos com a incicagao como colagogo e colerético. O nome popular boldo est relacionado a pelo menos outras duas espécies no Brasil, Coleus barbatus (Andr.) Benth. (Lamiaceae) e Vemonia condensata Baker (Asteraceae) para as quals existem poucas informagdes Quanto & seguranga para uso durante a gestagao. Toxicidade . Estudios em animais evidenciaram agao abortiva e teratogénica para o extrato hidroalcoblico de folnas secas e também para 0 alcal6ide boldina, considerado um dos principais componentes (Almeida et al., 2000). BUCHA, BUCHINHA, BUCHA-PAULISTA ou BUCHA-DO-NORTE Nome cientifico: Luffa operculata (L.) Cogn. Familia botnica: Cucurbltaceae A buchinha € uma planta escandente, originéria da América Tropical, cultivada Principalmente no nordeste e norte do Brasil. O fruto 6 ovdide-oblongo, marrom quando seco, de interior esponjoso, formado por um tecido reticulado, as vezes utilizado como “esponja vegetal’ substituindo as fibras obtidas de outra espécie, Luffa cylindrica (L.) Floem. O fruto 6 conhacido na. medicina popular pelo seu efeito purgativo e preconizado em algumas doengas parasitarias (Frese, 1993). Mais recentemente, os frutos secos so encontrados no comércio de rua e também em farmécias, com indicagao em “rine e sinusite”, para administragao através de “inalago ou solugao ‘nasal em gotas", recomendagao de uso que traz consigo um potencial aumento dos casos de intoxicagdes. Segundo depoimentos de alguns usuarios, esta utlizagdo é responsivel por graves initagdes e hemorragias nasais. AAs intoxicapbes registradas estdo relacionadas, de modo geral, com tentativa de aborto. Os dez casos registrados junto ao CIT/SC ocorreram em mulheres entre 19 26 anos, apés a ingestio de quantidade variével do cha preparado com os frutos secos (Schenkel et al, 2000) Toxicidade De espécies deste género, especiticamente de Lufa acutangula Roxb,, Lutfa cylindrica (L) Roem. e Lutfa aegyptiaca Mill, foram obtidas glicoproteinas com as ages inibidora da sintese protéica, embriot6xica e abortiva, demonstradas em experimentos em animals (Ngai et al., 1992a,b; 1993), CIPG-MIL-HOMENS ou CIPO-JARRINHA Aristolochia triangularis Cham. Familia botanica: Aristolochiaceas Euma planta escandente, volivel, com folhas triangular-deltdides, de base cordiforme. As. flores tem @ forma de uma pequena jarra, de cor amarelo-avermelhada, coberta de manchas ‘escuras (Simées et al., 1998). O cipé-mil-homens, também conhecido como cipé-jarrinha, 6 uma ‘espécie nativa no sul do Brasil, ocorrendo em beira de mata, desde os estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, Sao utilizadas, desta e de outras espécies do mesmo género, principalmente raizes e caules, mas também as folhas, com indicagdes amplas. As Indicagées para as diversas espécies de Aristolochia s4o semelhantes, considerando-se que apresentam as mesmas propriedades medicinais. Em uso extemo, sao atribuidas as suas preparagdes propriedades antisséptica e antiinflamatéria. O uso interno do decocto e alcoolaturas das raizes € dos caules é preconizado contra mordeduras de cobra. As preparagées séio ‘recomendadas também em problemas estomacais, em amenorréia, como antifebril, em diarréias rebeldes, em convulsdes, como anti-helmintica, em anorexia, em clorose, entre autras indicagSes (Simées et al., 1998; Balbach, 1967), 30 Revista Brasoira de Farmacognosia. 112001) Toxicidade Diversos autores de livros sobre medicina popular apontam como importante a agao das preparagies de Aristolochia sobre o ditero, sendo que a maior parte deles menciona, ao mesmo tempo, a preocupagdo com a toxicidade. Pio Corréa (1931) menciona como “regulador da menstruagao e emenagogo, abortivo enérgico, porém de uso perigoso". Balbach (1967) adverte que “em doses excessivas as aristoléquias so tdxicas. As mulheres gravidas néio devem usar esta planta, pois pode provocar aborto". Hoehne (1999) mencionou textualmente "para demonstrar «ave as aristoléquias tém ago t6xica sobre o organismo humano e do gado, néo precisaremos dizer mais do que tem sido documentado, isto é, que tm sido e continuam sendo empregadas, ccomumente, como abortivo”. ‘As espécies deste género apresentam, como componentes considerados t6xicos, os dcidos _atistol6quicos, derivados aromalioos com a ung dcido carboxilica eo grupo nitro, que é raramenio ‘encontrado em outros produtos naturais. Os acidos aristoléquicos | @ II sAo conhecidos, jd ha ‘décadas, como substancias de efeitos mutagénicos e carcinogénicos, o que levou a proibicdona Alemanha, em 1981, da comercializagdo de qualquer produto contendo esses components, mesmo em preparagées altamente diluldas utlizadas na homeopatia (Bundesgesundheitamt, 1981; Emst e De Smet, 1996). Posteriormente, a utllizagao de plantas contendo acidos aistléquioos, em qualquer forma de preparagao, fol banida em muitos paises, como a Austria, © Canada e o Reino Unido (Kessler, 2000). © potencial de dano de espécies de Aristolochia tem sido muito discutido na literatura da titima década, a partir do relato de nove casos de pacientes ‘admitides para didlise, devido & insuficiéncia renal progressiva, comprovadamente associada a0 seguimento de um regime para emagrecer, em uma mesma diinica, com a utiizagao de uma mmistura de plantas chinesas, entre as quais Aristolochia fangchi(Vanherweghem et al, 1993). Em seguida, casos semethantes foram descritos na Franga, Espanha, Japo, Reino Unido e Taiwan, sendo a sindrome designada como ‘nefropatia por ervas chinesas'. Apenas em um Departamento de Nefrologia de um Hospital Universitario da Bélgica foram tratados 105 pacientes com essa rretropatia, dos quais 31 sotreram transplante renal entre 1993 e 1997, enquanto outros 12 estavam sob dialise, esperando a oportunidade de transplante. De 39 pacientes, 18 desenvolveram carcinoma urotelial, associado a utilizagao regular desses produtos (Nortier etal, 2000). CONSOLIDA ou CONFRE! Nome cientifico: Symphytum officinale L. Familia botanica: Boraginaceae E uma erva perene, de folhas grandes, lanceoladas, inteiras, dispostas em uma roseta basal @ cobertas de pélos dsperos. Na época da floragao, produz uma inflorescéncia de flores rosadas, pequenas. A espécie é originéria da Europa e Asia e frequentemente cultivada em hortas ejardins no Brasil. Nos paises de origem, as ralzes eram preconizadas como cicatrizante, ‘em uso externo. No inicio do século, esta espécie era conhecida no Brasil apenas com o nome de ‘consélida, nome provavelmente derivado da propriedade atribuda de faciltar a recuperago no ‘caso de ossos quebrados. Na década de 70, apds a divulgacao de livros popularizando 0 seu uso nos Estados Unidos, tornou-se conhecida como confrei eo seu uso foi clfundido para outros paises, sendo preconizado também para o uso interno, principalemente o chés das folhas, como remédio miraculoso, para pufificar 0 sangue, em problemas respiratorios e em dezenas de outras atecgées (Tyler, 1987). Toxicidade ‘As raizes e as folhas mostraram agao carcinagénica em ratos, quando administradas ctonicamente, A toxicidade é atriouida aos alcalsides pirrolzidinicos, compostos conhecidos pela ‘ago carcinogéniea, teratogénica e hepatotdxica. Dependendo da estrutura desses alcalsides, les formam metabélitos de ago alqullante (Teuscher @ Lindequist, 1994). Considerando as evidéncias de toxicidade, em 1992, o Ministério da Satide, através da Secretaria Nacional evista Brasileira do Farmacognosia 11,2001) 31 de Vigilancia Sanitaria, proibiu © seu uso em produtos fitoterdpicos destinados ao uso interno, restringindo a indicago dos produtos ao uso extemo, de aplicagao tOpica (Portaria SNVS N°. 19, de 30.01.1992). ERVA-DE-SANTA-MARIA Nome cientifico: Chenopodium ambrosioides L. Alnvestigacao desse uso tradicional levou ao isolamento do ascaridol, uma substancia de estrutura perdxido, que efetivamente apresenta acdo anti-helmintica. O éleo volatil obtido da planta (com 60-80 % de ascaridol) e o préprio ascaridol foram utiizados por algum tempo em ‘medicamentos anti-helminticos. No entanto, essa utiizagao foi abandonada, devido aos efeitos {6xlcos no sistema nervoso central e toxicidade hepatica e renal (Roth et al., 1988). Alertas sobre © risco da utiizagdo desta planta jé foram mencionados por Hoehne, em 1939 (Hoehne, 1939). Intoxicagdes severas e morte foram relatadas com 0 uso do leo de Chenopodium (Montoya- Cabrera et al., 1996; Toll e Hurlbut, 2000). ientitico: Artemisia absinthium L. Familia botanica: Asteraceae Artemisia absinthium 6 um arbusto pequeno, de até 1,20 m de altura, lenhoso na base, ‘com caule prateado e piloso. As folhas so verde-acinzentadas na face superior e esbranquigadas na face inferior, sedosas devido a grande quantidade de pélos (Simées et al., 1998), tendo odor ‘romético acentuado e gosto amargo. E uma espécie origindria da Europa e Asia e trequientemente cultivada em hortas e jardins. Na medicina popular o uso do ché 6 preconizado em problemas hepatcos, contra vermes e "para vir a menstruacdo". E referida como abortiva em Leung (1980), Camargo (1985) @ Duke (1985). Industrialmente ¢ também utiizada na produgio de bebidas alcodlicas, de sabor acentuadamente amargo. Toxicidade O licor de absinto, uma das bebidas alcodilicas fabricadas com a losna, foi muito utilzado ‘como droga de abuso no século XIX. O seu uso continuado foi associado com a ocorréncia de istirbios visuais, alteragées da personalidade e convulses. Essas acdes, bem como a toxicidade hepatica, estdo relacionadas com a presenca de tujona, que é um dos componentes principais do leo volatil. O licor de absinto, devido a estas atividades, foi proibido na Franga e outros paises europeus em 1915 (Paris e Moyse, 1971). Atuaimente, 0 dleo utlizado na preparagao de bebidas deve ser isento de tujona, As intoxicagdes humanas conhecidas decorrem da utlizago na medicina Popular @ do uso como abortivo (Teuscher e Lindequist, 1994). (Outras plantas que apresentam risco semelhante, devido ao teor de tujona, sao Artemisia verlotorum Lamotte (infalivina), Artemisia vulgaris L. (artemisia), Chrysanthemum parthenium (L.) Bernh. (artemisia) e Tanacetum vulgare L. (catinga-de-mulata) da familia Asteraceae e Salvia officinalis L. (sdlvia) da familia Lamiaceae (Duke, 1985). MELAO-DE-SAO-CAETANO Nome cientifico: Momordica charantia L. Familia boténica: Cucurbitaceat © moldo-de-sao-caetano é uma trepadeira ramificada, de ciclo anual, com gavinhas. As folhas so grandes, palmatiobadas e levemente asperas ao tato. As flores so amarelas eos ‘rutos amarelo-alaranjados, de até 15 om de comprimento, com pericarpo tuberculado. As sementes sfo pardo-claras, com desenhos reticulados, cobertas por um tecido camoso e vermelho. A origem ‘da espécie 6 incerta, provavelmente da Asia ou ica, Atualmente ocorre assilvestrada ou cultvada ‘em todas as regides tropicals e subtropicais do globo. 82 Rovista Brasileira de Farmacognosia 14 (2001) E utiizada na medicina popular como estomaquica, emenagoga e anti-helmintica, sendo também conhecida como abortiva (Duke, 1985; Gupta, 1995). Toxicidade Das sementes de Momordica charantia foram isoladas glicoproteinas (alfa e beta- momorcharina), que mostraram aco abortiva em camundongos, com agao inibitéria sobre a multiplicagao celular do endométrio e miométrio (Chan et al., 1984, 1985). Devido a ago hipoglicemiante comprovada pata preparagdes dos frutos, destaca-se ainda 0 potencial de interferéncia da sua utilizagao nos tratamentos convencionais da diabete (Emst e De Smet, 1996). PINHAO-DE-PURGA ou PINHAO-PARAGUAIO Nome cientitico: Jatropha curcas L. Familia botanica: Euphorbiaceae Jatropha curcas 6 um arbusto latescente, caducifélio, com folhas simples, de peciolos longos e laminas cordiformes a lobuladas, palminérveas, de 5 a 10 cm de comprimento, frequentemente de cor vermelho-vinosa. O fruto é uma capsula tricoca, de aproximadamente 3 ‘cm de comprimento, com 3 sementes. A espécie 6 origindria da América tropical e cultivada como ‘omamental no Brasil. Outras espécies de Jatropha também sao consideradas toxicas, como Jatropha gossypitolia L. Toxicidade ‘As sementes contém uma proteina de agéo t6xica, semelhante a ricina (presente na rmamona, Ricinus cummunis L, também Euphorbiaceae). Além disso, 0 éleo presente nas sementes e oldtex presente nas partes aéreas da planta apresentam agao cdustica, podendo causar severa initagdo na pele (Gandhi et al., 1995). As intoxicagdes ocorrem usualmente em criangas, pela gestdo das sementes, confundidas com castanhas de espécies comestiveis. Em adultos, as intoxicagdes podem ocorrer pelo uso da planta como medicinal, preconizada em algumas regides como laxante, contra vermes @ em icera gastrica (Villegas et al., 1997). Em intoxicagdes experimentais em animais, observa-se, com 0 6ie0 das sementes, diarréia severa @ infiamacao

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