A Observação Cientifica

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UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIENCIAS DA EDUCAGAD NeW OMAI0 de 95H) Marta SANTOS ‘A OBSERVAGAO CIENTIFICA a Telerace aasvreestseo) ] pirecotor Pot. FELIK FERNANDO MONTERO NETO i CENTRO BE PsIcoLocIA sociaL ft CENTRO DE PSICOLOGIA SOCIAL Faculdade de Psicologia e de Ciéndias da Educagto Universidade do Porto Ney (MAIO de 1994) Marta SANTOS ‘A OBSERVACAO CIENTIFICA, £ aqui referido que a observacio € efectivamente um método clentifico de direito proprio, embora muitas vezes sela identificado, apenas, como uma fase do método experimental Como qualquer método de investigacio tem vantagens, limites ¢ apresenta dificuldades na sua utilizagio. No entanto, tem vindo a fazer um esforgo para ter cada ver mais hipéteses de controlo no sentido de permitir a repeticio da observagio, Pode ser aplicével em inmeros estudos e reas de investigacéo, nomeadamente: na Psicologia Escolar, Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia Social, Psicologia Ambiental e Ecolégica, Psicologia dos Comportamentos Desviantes, Antropologia, Etnologia, ete 1 inoice: 1. Obsorvagio come método cienttico 2, Formas @ molos de observagao 2.1. Grau de participagéo do observador 2.1.1. Observagao paricipante e partcipada 2.1.2, Observagéo néo-partcipante 2.2 Sistematizagao da observagio 2.2.1. Observagéo ocasional 2.2.2, Observagéo naturalsta 2.2.3. Observagio sistematizada 2.24, Observacao mult sistematizada 2.8, Campo de Observagio: (Observacéo molar e observagio molecular 3, Técnicas de registo observacionals 4. A quantiicagto na observagso 5. Fidelidade @ Validade nas observagses 5.1. Fidelidade 8.2, Validade Resume Reteréncias Bibliograicas 10 13 13 13 7 19 20 at A OBSERVAGAO CIENTIFICA 1. Observacao como método clentifico AA Psicologia adquire um estatuto cienttico, com 0 advento do método experimental, para ser considerada como ciéncia do comportamento observével, (© método experimental organize-se em 3 momentos bésicos: um primeiro, fem que se observa; © segundo, recorrente do anterior, onde se procede 20 levantamento de higdteses; ¢ 0 tercero, que permite chegar as conclus6es. ‘Assim, parece que podemos concluir que a ciéncia comeca com a observacto: ) Seguros de que a experimentagio nfo 6 Unico método da ciéncia e sem vida a psicologia cientitica ndo repousa nem repousara jamais num conjunto de conhecimentos trados unicamente da experimentagao. ‘A observagdo em todas as suas formas teré sempre um papel importante, ‘mas serd tanto menos contestével quanto ela seja considerada como um momento da “demarche" experimental & qual nos temos que limitar sempre que a natureza dos factores ou as exigéncias morais impedirem 0 recurso & experimentagéo. Esta ditima permanece o ideal do clentista uma vez que nés no conhecemos adequada @ exaustamente um facto a nao sar quando somos ‘capazes do 0 reproduzir. Nesse momento a ciéncia pode ndo apenas predizer 08 fenémenos mas também chegar as aplcagées cientificas propriamente ites.” (Fralsse 1936 in Paul, 1985, pg. 18). ‘Segundo Padi (1985, pag. 17), a observacao tem, no entanto, vindo a ‘automatizar-se como "métado de dreto préprio” abandonando a sua “condigéo de momento do método exporimental. Isto deve-se, sobrotudo, a ullizagso de ‘écnicas de video, flmagens, gravagbes audio, assoclados a meios de registo andlise dos dados capazes do fornecer relagbes exaustvas @rigorosas dos comportamentos, Por outro lado, foram sendo colocadas algumas limitagBos para © método ‘experimental, nomeadamente as frequentes restrigbes éticas da experimentagdo 6, om alguns casos, as situagdes laboratoriais foram consideradas articiais e reduzidas (Kalverboer e Hopkins, 1983 in Paill, 1985, p49. 17) j& que o individuo nao estava exposto @ estimulos biolégicos rolevantes nem se sabia qual o impacto, sobre o individuo, da investigagéo experimental. ‘Simultaneamento, foram-se tentando utrapassar os obstaculos mals ertinentes que se colocavam a observagéo (como adiante se poderd constatar), ‘Assim, de acordo com Vazquez ¢ Lépe2 Rivas (1962 in Anguera, 1978, pag. 19) "para adquirir a ci8neia real dos homens, das intimidades e estrutura da vida 6 estrtamente incispensével praticar pessoalmente a observacao. Néo se trata de uma observagao superficial, mas de uma obsarvagéo centifica. Para isso & preciso estar-se em estado de atencSo constante, fazer uma observago ‘80 objoctiva quanto possivel, depois de se ter tornado a firme deciséo ea afte psiquica de incinar-se escrupulosamente perante os temas.” ‘Anguera (1978, pag. 21), prop6e que s6 se pode falar em observagao cientifica quando so utiizadas hipéteses expressas @ manifestas. Deste ‘modo, 6 necessério que & observacso compraenda 4 condlgSes para se poder converter numa técnica cionttia: 1) Serve a um objective jd formulado de investigagéo; 2) € planiicada sistematicamente; 3) E controtada e relacionada com proposigées mais gerais em vez de ser presentado como uma séria de curiosidades interessantes; 4) Est sujeita a comprovagtes de validade @ fdelidade. ‘Quando nao 6 possivel observar estas 4 condigées, entéo as hipdteses dovem ser formuladas a partir de uma explorago empirica que procuraram esclarecer © veriticar estas mesmas hipéteses através da controntagao com ‘um grande nimero de acontecimentos resutantes de investigagées anteriores .@ que permitem valdar a cbservagdo felta @ etaborar uma exploragao teérica ‘ue seja passivel de generalizagtes a acontecimentos semelhantes, ‘As fases do método observacional sto coincidentes com as da investigagao Coontfica om geral, deste modo, # observagio inicla'se com a formulagée do problema (apesar de em muitos casos, s6 apés se proceder a observagtes iniciais, 6 que se poderd detinir precisa e objectivamente o problema), faz-se a recolha dos dados (que pode ser feito de diversas formas de acordo com os ‘objectivos que foram previamente formulados - por ex: a escolha da amostra; 0 ‘custo econémico e de tempo; 0 registo dos dads, etc), de seguida procede-se {8 andlise @ interpreta¢ao dos dados observacionals (procurar confirmar ou infirmar as hipéteses levantadas e elaborar as conclusées) e,finalmanto, ha a ‘comunicagéo de resultados (apresentam-se os resultados obtides de modo a ‘que qualquer pessoa iteressada possa “epetir ou continuar as observagbes tectuadas), Para a elaboragéo de um projecto de observagto 6 necessérloidentiicar os objectivos que permitem a sua construgéo, que implica, sagundo Estrela (1990, Ag. 29) "= A delimitagao do campo de observagio - stuagtes o comportamentos, actividades € taretas, tempos @ espagos Ce acca, formas e contoldos da ‘comunicacdo, interacgSes verbals © néo-verbais, etc; 2- A definigdo de unidade de observagéo - por exemple (..) um determinado tipo de tenémenas; 3+ O estabelacimentos de sequéncies comportamentals- 0 “continuum” dos Comportamentos, o reporéro comportamental, ete ‘Ap6S a detinigdo dos objactvos @ da delmitago do campo de abservagéo ha que determinar a estratégia a utlizar, @ que 80 relaciona com: “i® Uma opgao por doterminadas formas @ meios de observagéo (orocessos, métodos, técnias,instumentos); 2% Uma escolha de criéris e de unidad de regsto dos dados (ertérios de ‘ordem funcional ou temporal, uni¢ades molares ou moleoulares, et; 3% Uma elaboragéo de métodos de andliso e tratamento dos dados recolhidos (delidade e vaidade dos dades, identiicacdo de variéveis ou de faciores determinantes, elaboragdo de modelos de intoligbilzagdo do real etc) 4% Uma preparacdo (preliminar @ de aperteigoamento) dos cbservadores (comparagéo entre diverses protocoles de observagies directa; andlise de fotocdplas, "tapes" e fies; simulagdes de observadores © de observado, tc) (Estrela, 1990, pag. 30) (© método de observardo apresonta algumas vantagens na sua utlizaglo, (Anguera, 1978, pag. 25) (2) Permite obter as informagdes tal como elas ocorrem;, (0) Permite estar atento am relagto aqueles comportamentos que sao considerados pelas observados como de menor Importancia ou de dificil ‘radugao para palavras @ por isso grande parte das vezes nd so referidos; (6) Permite obter dados relativas a eriangas ou animals cujas informagoas vverbais podem ser insuficientes ou inexistentes, devendo por isso recorrer-se -20 método de observacéo; (d) Permite reduzir algumas resisténcias por parte dos observados ja que, habitualmente nao solicita uma cooperagéo to activa como outros métodos (@ ‘entrevista, por exemplo). Aiguns dos limites colocados a este método - métado observacional - so a seguir enumerados (Anguera, 1978, pag. 27) (@) € dificil prever a ocorréncia de determinades acontecimentos para que seja possivel estar presente para a observacio nesse praciso momento (ex: desastre de automével, ciscusséo familar, etc); (©) Hé a possibilidade de haver uma certa interteréncia por parte do ‘observador quando se pretende observar acontecimentos comuns, dlérlos; (6) A observacao de determinados acontecimentos esta condicionada & sua duragio e & sua natureza, nomeadamente aquoles que dificultanvimpedem a presonca dos observadores (ex: cris familar). Vasta (1979, In Padl, 1985, pag. 18), fomece algumas solugses possiveis para algumas das limitagses encontradas no método de observagao: (..) a reactividade dos sujetos 20 observador e a stuagso de observacdo soluciona-se alargando o porfedo de obeorvapio ¢ utlizando métedos néo Intrusivos (por ex: espelho unidirecional, cémaras distarcadas, etc), as expectativas dos observadores, o feed-back © 0 conhecimento que sles ossuam da fidelidade da avaliaggo que se neutralza pela utlizagdo de observadores ucegos» que desconhecem as hipéteses experimentais (..) @ finalmente, os problemas mals ligados ao experimentador que seriam a complexidade do cédigo @ as estimativas de fidelidede inflacionadas que se evitam pelo uso do cédigo simples, treino dos observadores e métodos estatisticos adequado: Em relagdo &s diffculdades das observages, foram assinaladas por Mucchioll (1974, in Anguera, 1978, pg. 28), 4 crtérios principals que esto Subjacentes a esta técnica, devendo 0 observador estar atento A sua ccorréncia: 1 - Obstdculos gerais igados a percepgo como uma operagéo humana - para uma observagéo mais correcta & importante que as sensagdes tenham ‘uma boa integridade para que se possa perceber bem; 2 + Obstaculos ligados & maneira de ser individual e subjectiva do ‘observador - a Equagao Pessoal do Obsorvador; 3 Obstaculos que decorram do quadro de refer8ncia teérica do observador + evitar que hala uma certa tendéncia do observador para interpretar os acontecimentos de acorco com o seu quadro de referéncias e evitar também, as suas previsSes/antecipacées, uma vez que podem, de algum modo, induzir 08 resultados. Decorrente deste ponto, reconhece-se que, por um lado, & importante que haja uma carta fariliaridade inicial (conhecimento basico} com a situagdo a ‘observer, por outro, esta familaridade néo deve ser exegerada para evitar enviezamentos na andlise dos dados, jé que a subjectividade do observador pode estar presente, sobretudo quando comega a fazer antecipagSes do que val acontecer por achar que ja sabe tudo o que hé para saber sobre © grupo observado. Assim, segundo Roberto Mota (in Costa, 1986), “deve-se questionar 0 exético tranformando-o om familiar € questionar © familiar transformando-o em exético 4 ~ Obstéculos ligados com os observados - podem alterar os seus Ccomportamentos hatbituais na stuagao de observagto, 2. Formas e meios de observacdo 2.1 Grau de participagdo do observador 2.1.1 Observagao participante e participada Segundo Estrela (1990, pag. 92), a observacto particinante aquela cujo observador participa da vida do grupo que esté a estudar. O observador ‘desempenha um papel bem detinido na organizagéo saclal que observa. De acordo com iturra (1988, pag. 149), “a observagéo partcipante & tenvolvimento directo que o Investigador de campo tem com um grupo social que estuda dentro dos pardmetros das préprias normas do grupo. (..) € 0 exercicio que tenta ultrapassar o etnocentrismo cultural espontneo com que cada ser humane define 0 seu ester na vida." (Os dados recolhides pelos invesigadores estdo dependentes da forma como participa enquanto observadores: + 08 observadores particinantes procuram integrar 0 seu papel com os domais do grupo, tentando assim um envolvimento méximo com 0 observado através da paricipagao nas actividades do grupo, utlizando o mesmo cédigo linguistico e recolhendo os cados, multas vezes, através de conversas informais. ~ na obsarvactio particinada, o observador pode interagir com 0 observado ‘mas sem deixar do representar 0 seu papel, isto 6, som perder 0 seu estatuto de observador. Procura-se, com esta postura, minimlzar os enviezamentos Introduzidos pelos lagos afectivo-ecomocionals que podem advir do estabelecimento de uma relacSo muito préxima com 0 grupo de observados, Vazquez © Lépez Rivas (1982 in Anguora, 1978, pags. 195 © 196), apresentam algumas vantagens da observacso partcipante @ participada: "I+ Facilia a «percepeéo», preparando a compreenséo da situagto @ do cenério social das interrelagSes entra os membros e a dinémica do grupo; 2. Tem grande valor psicolégico, acostumande os membros do grupo a ver o ‘observador até que acabem por aceitare, na observagéo activa’, a incorporé- 'o. como um dos membros; {3 Existe um maior niémero de oportunidades de observagdo: 4- Facita 0 conhecimento de dados guardadios secretamente no grupo, que no se proporcionam a pessoas estranhas; se o fazem 6 com invasées; 5: Acesso a0 pequeno mundo do que se diz e se faz, olerecendo juizos ‘acerca do comportamento que ndo podem ser obtides de nenhuma outra maneira" Segundo Anguera (1978, pag. 136), os inconvenientes principals deste tipo de observagdio so os seguintes: 1- A subjectvidade 6 uma das dificuldades, uma vez que 0 observador pode atrbuir ao grupo 0s seus sertimentos e preconcettes; 2- A falta de espontaneidade pelos observadoras, multe necesséria neste tipo de observacso, 6 também um dos inconvenientes; 3+ Pelo facto do observador se tomar muito familar com 0 grupo de ‘bservados (sobretudo na observagéo paricipante) ele poderd ser “absorvido" pelo grupo, perdendo a sua capacidade critica sobre os acontacimantos; 4: Outro dos inconvenientes seria a interferéncia que o investigador poderia, ter na vida do grupo de observadores; 5- Nem sempre 6 fécil proceder-se a estandardizago da observagéo e réplica a novas situagses, 2.1.2 Observagaio ndo-participante A gbservacio 6 ndo gatcinante quando o observador no pertence ou néo participa do grupo de observadores - evita-se qualquer tivo de interacpo com este grupo. ‘robserarao acta nest cotesto deve sr entandida como observasto paricpant Em determinadas situagdes (especialmente em situagdes naturals que ocorrem diariamente), 6 Impossivel proceder-so a uma observagdo sem quo, Por este facto, se inraduzam alteragSes nos acontecimentos, deixando estes 9 serem naturals. Neste sentido, 6 importante precaver, que £6 se devem fazer observagdes quando 0 papel do observador parece no introduzir modificagSes no processo ou quando essas modilicagées so controléve's. ‘As formas de observacso ndo-participanto s4o duas (Anguera, 1978, pags. 126 © 127): a observagio directa, que integra toda a investigagto ‘observacional feita no terreno em contacto directo com o grupo de observados © © contexto envolvente; e, a obssrvacdia indivecta, que se baseia om fontes documentais existentes, no tendo 0 observador controlo sobre o modo como estes documentos foram obtis, Aigumas das vantagens desvantagens tipo de observagao, foram sistematizados por Anguera (1978, pags.127 0 128) do sequinte modo: Vantagens: 41+ 0 observador pode estar constantemente em observagdo e realizar as ‘anotagdes simultaneamente a ocarréncia dos fenémenos; 2: A observagao néo-participante pode utilizar uma metodologia sistematizada de modo que exista a possibilidade de se obter dados quantitative: 8+ Através da obsorvacao indirecta ha a hipétese de se analisarinformagées retrospectvas. A principal desvantagem & absorvagéo néo-participante relaciona-se com 0 facto de a validade dos resultados estar dependente das repercussies fexistentes no grupo de observades, ao tomarem conhecimento da existéncia, do um observador. 2.2, Sistematizacio da observagio 2.2.1 Observagéo ocasional ‘Segundo Young (Anguera, 1978, pég. 84), a obsarvacdia ocasional (ou néo- sistematizada) “recorre a0 escrutinio culdadoso das situagses da vida real, ‘som tentar usar instrumentos de preciso nem comprovar a exactiddo dos fenémenos observades". A observacao ocasional, pode funcionar como uma primeira aproximag&o a uma problemética para, posteriormente, se fazer uma Investigagéo mais sistematizada. A importancia da observagao ocasional val diminuindo & medida que se vai constituindo como um quadro de reteréncia de conhecimentos teéricos, tornando-se mais adequada para InvestigagSas em que se sabe pouco acerca do observade ou para quando 0 observader se encontra numa fase exploratsria de investigagées e por isso, deva estar o mals aberto possivel a todos os acontecimentos que ocorrem na situacdo de observagéo. Os elementos importantes a obsorvar, durante a ebeervagio ocasional, séo 08 participantes; o ambiente envolvente; o objective (ex: porque & que estes partcipantes estavam juntos naquele momento, ...); 08 comportamentos (ex. ual 0 estimulo que deu origem ao comportamento, qual 0 objective do comportamento, que trequéncia tem, ...); @ a fraquéncia @ duracdo do comportamento, Estrola (1990, pag. 41), apresenta um exemplo de como o registo de uma observagao ocasional pode sar felto - neste caso particular para @ observago de um aluno durante uma aula: Forms oon isin Data. Siuscto ute upo de comportmena &: = Fregeente a — Povo tequete a — Rao a Neste tipo de registos 6 importante identiticar claramente © que é que fol observado realmente © as inferéncias que podem ser feltas sobre essa ebservagao. Mormente, ambos os registos sejam importantes (até porque as inferéncias podem clariicar algumas dividas subjecentes & cbsarvagao), 6 necessétio que sejam escritos independentemente (em espagos diiarenciados) @ também que 0 protocolo de observacao soja alvo de actualizagSes sempre que novos dados ocorram © que alteranveomplatem as inferéncias jé registadas, Colocam-se alguns perigos & observagso ocasional, nomeadamante (Anguora, 1978, pgs. 39, 40, 41 0 42} 1+ Ficar-se com a sensagéo de que se sabe mais do que aquilo que se observou; 2: Pelo facto de nao existirem unidades de medida ou um estabelecimento prévio dos acontecimentos a observar, tomna muita complicado a comparagiio {de um mesmo fenémeno observado por lferentes investigadores; 3+ Uma das formas existentes para evitar 0s erros @ 0s pontos menos claros 6 proceder a revisdes e comprovagses dos dados recolhides @ mudar 0 modo estabelecido para a observagao (ex: uma observagao mais préxima pode ormiti a descoberta de relagdes novas que néo eram as esperadas), 2.2.2 Observagso naturalista ‘Segundo Pinto (1990, pags. 47 @ 48) a observacso naturalista é uma técnica do investigagdo integrada no método deseritvo (oujo objectvo 6 caracterza do modo mais completo possivel, as varlévels que estéio envolvidas em

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