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20102124, 13229 Resumo do lvro"O que & histéra’, de Vavy Pacheco Borges. ~ Histéria & Atualdades Historia & Atualidades Com o prof. Richard Abreu 19 DE MARCO DE 2018 PROF. RICHARD ABREU Resumo do livro “O que é histdria’”, de Vavy Pacheco Borges. Resumo do livro “O que ¢ histéria”, de Vavy Pacheco Borges. O que é Histéria, de Vavy Pacheco Borges, é um pequeno classico da colegao “Primeiros passos” da extinta editora Brasilense, publicado ha quase trinta anos, mas que por sua exceléncia, ainda hoje habita citagdes em artigos académicos e listas de livros obrigatérios para estudantes que iniciam-se no estudo da (https://historiaeatualidades.com.br/2021/06/06/historia-ciencia-homem-no- tempo/). E um livro de Teitura obrigatéria para todos queiram introduzir-se no assunto de forma simples e direta. © pequeno optisculo resume-se a citenta e ito paginas, organizadas em dois capitulos principais: A histéria da Histéria e A Histéria hoje em dia, além de apéndices finais sobre A Histéria no Brasil e IndicagSes para Leitura, que complementam e aprofundam o assunto. nips historiaeatualidades.com br2078/03/1Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 18 2evoaes, 1929 Resumo doll “0 que & hist, de Vavy Pacheco Borges. -Histéia& Atualéades O livro completo de Vavy Pacheco Borges, O que é histéria (https://amzn.to/3g5Gjp0), esta disponivel em sua versio original na Amazon Brasil, em versdes impressa e digital, ao custo de RS34,00 e R$9,90 respectivamente. A historia da Historia Desde sempre o homem sentiu necessidade de conhecer e explicar a si mesmo as préprias origens, mas os registros de uma histéria temporal, tal qual a conhecemos hoje, sé se fizeram presentes a partir do século VI a.C. Antes disso, porém, o homem jé utilizava-se de meios para contar sua ‘historia’ e a forma encontrada para tanto era fazendo uso da narragdo mitolégica. O mito é uma forma de pensamento primitivo que guarda suas préprias légicas e coeréncias na narrativa de histérias sobrenaturais, que envolvem deuses e personagens semi-humanos e faz uso de tais alegorias, para explicar as origens do universo, do cosmos, das sociedades e do proprio homem. Em geral 0 mito é visto como um exemplo, um precedente, um modelo para as outras realidades. Ele é sempre aplicado a situagdes concretas. Existem intimeros mitos da criagdo do mundo (mitos cosmogénicos) que sio vistos como exemplo de toda situagto criadora, As sociedades sito mostradas como tendo origem, geralmente, em lutas entre as diferentes divindades. (p. 12). -(BORGES, p.12) Com o surgimento da Histéria, a partir do século V ou VI a. C, a narragao mitica nao deixa de existir, a bem da verdade, esta presente até os dias atuais. Mas deixa de ser a tinica explicacao do passado do homem, passando a coexistir com a Histéria, ou seja, uma abordagem temporal do passado. Foi Herédoto de Halicarnasso, 0 primeiro usar o termo no sentido de pesquisa, investigagao, tendo registrado, em sua obra mais antiga: “Eis aqui a exposigéo da investigacao realizada por Herédoto de Halicarnasso para impedir que as agées realizadas pelos homens se apaguem com o tempo”. A atitude de Herdédoto, ao registrar as aces realizadas pelo homem, demonstram uma mudanga de perspectiva de seus contemporaneos em relagao ao tempo. O interesse volta-se para explicacdes sobre um tempo concreto, passivel de entendimento objetivo e, principalmente, voltado para a sua realidade mais préxima. Percebe-se, portanto, que os historiadores estado ligados a sua realidade mais imediata, espelhando a preocupacao com questées do momento. Nao vemos mais uma preocupagdo com uma origem distante, remota, atemporal (como existia no mito), mas sim a tentativa de entender um momento histérico concreto, presente ou proximamente passado. Hi uma narragio temporal cronolégica, referente agora a uma realidade concreta. Nito procuram mais conhecer uma realidade atemporal, mas a realidade especifica que vivem, a realidade de um determinado tempo e um determinado espaco. -(BORGES, p.) A medida que a narrativa mitica cede espaco A investigacao histérica, sob os auspicios do Império Romano, a histéria adquiri uma fungao mais pragmatica e passa a servir & exaltagao dos feitos de Roma sobre as vastas éreas dominadas. A cultura romana é, em grande parte, herdeira da cultura grega. As caracteristicas da histéria na Grécia, os romanos acrescentam sobretudo uma nogio utilitéria, pragmitica: a histéria vai exaltar o papel de Roma no mundo, servindo a seu imperialismo. -(BORGES, p.) nips historiaeatualidades.com br2078/03/1Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 218 2evoaes, 1929 Resume dol “0 que & hist, do Vavy Pacheco Borges. -Histéia& Atualiéades Com a desestruturagdo do Império, a partir do século V d.C., a Igreja ganhou relevo nos espacos antes ocupados por Roma, fazendo surgir, assim, um novo olhar para a histéria, que passa a ter uma esséncia teolégica, baseada em uma visio crist como fundamento ¢ justificativa. Assim, 0 marco temporal da contagem do tempo torna-se o nascimento de Cristo, e a histéria ganha uma perspectiva temporal linear, dividida cronologicamente em antes de Cristo (a.C) e depois de Cristo (d.C). O fim ltimo da humanidade é a salvacdo e a Igreja torna-se a responsavel pela orientagao da humanidade ao seu designio. Com Santo Agosto, introduz-se uma visdo sobrenatural como explicagao da realidade, mas ndo hi um regresso ao mito, como nos tempos antigos, j4 que a prépria vinda do Cristo, enviado por Deus, é fato datado e marcado temporalmente dentro de uma realidade histérica objetiva. Os séculos iniciais da Idade Média so marcados por uma significativa regressdo cultural, onde somente os clérigos dominam a leitura e a escrita, reduzindo as fontes histdricas as biografias da vida de santos. Com © declinio da Idade Média e 0 alvorecer da expanséo comercial, surge uma nova forma de pensar e enxergar 0 mundo, nao mais baseado na fé cristé, mas na razdo. O humanismo traz homem para o centro ateng6es e renasce o interesse pela cultura e erudi¢ao greco-romanos. Surge entao correntes filos6ficas que nao tardardo a suplantar as tradig6es cristas medievais por meio de um vido interesse em investigar 0 mundo e 0 passado sob o ponto de vista da raz4o, uma forma nao teoldgica de investigar a realidade. Durante 0 Renascimento, a cultura europeia ocidental, desprezando os dez séculos medieoais, procura retomar a Antiguidade Grego-romana, seus valores, sua arte, etc. Isso vai ter consequéncias importantissimas para a hist6ria. Com a preocupagdo pelos textos antigos e por sua exatiddo, com pesquisa e a formagio de colegdes de moedas, de objetos de arte, de inscrigdes antigas, vai ser langado um enorme material para a reconstituig@o desse passado. Do século XVI ao XIX vao-se multiplicar as técnicas para reunir, preparar e criticar toda essa documentagéo, que fornece os dado e os elementos para a interpretagio historica, -(BORGES, p.) Os humanistas, a partir da revisio de documentos histéricos, reviverdo uma tradicdo critica nascida com os pensadores da antiguidade classica, fazendo surgir, da apuragao de suas técnicas, estudos especializados, tais como a epigrafia, a numismatica, silografia, herdldica e outras area de dominio da erudigao. A partir do século XVIII, com a total faléncia do feudalismo, apés Revolugao Francesa, fortalece-se a corrente filoséfica dos pensadores iluministas, que voltam seu olhar para a histéria como 0 avanco linear e progressivo da razdo humana. No século XIX surgem as nagSes modernas, a partir do principio politico liberal ¢ inicia-se 0 predominio dos historiadores conhecidos como romAnticos, que deitam sobre a histéria um olhar nostalgico e sentimental, afim de resgatar o espirito da nagao. No século XIX, temos intimeros conflitos nacionalistas. Nesse sentido, os Estados em organizagio e estabilizagao (Franca e Inglaterra) e os Estados ainda em proceso de unificagao (como a Alemanha ea Itdlia) vo estimular o interesse pelo estudo da historia nacional. Cd Dentro dessa visio nacionalista € que se encaixam alguns historiadores que sto classificados como rominticos, pois, dotados de uma certa contemplagao sentimental de histéria, procuram uma volta ao passado cheia de nostalgia, Para eles, a historia nao pode ser feita como uma andlise fria: 0 passado deve ser ressuscitado em todo o seu ambiente préprio. ~(BORGES, p. ) nips historiaeatualidades.com 2078/0311 Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 38 2evoaes, 1929 Resumo doll “0 que & std, de Vavy Pacheco Borges. -Histéia& Atualéades Com Leopold von Ranke, no século XIX, surge a ideia de “historia ciéncia’. Com a “escola cientifica alema”, da qual Rank serd o maior expoente, os historiadores aspiram tratar a histéria com o mesmo rigor cientifico das ciéncias naturais. Tal linha de pensamento dé forcas ao positivismo histérico. O positivismo como filosofia surge ligado as transformacies da sociedade europeia ocidental, na implantagao da revolugio industrial. Para ele, cabe & histéria um leoantamento cientifico dos fatos, sem procurar interpreté-los, deixando & sociologia a sua interpretacao. Para os historiadores positivistas, os fatos levantados como que se encadeiam mecanicamente ¢ necessariamente, numa relagio determinista de causa e consequéncia (ou seja, efeitos). A historia por eles escrita é uma sucesso de acontecimentos isolados, relatando sobretudo os feitos politicos de grandes herdis, os problemas dinésticos, as batalhas, os tratados diplomiticos, etc. ~(BORGES, p. ) Na esteira das transformacGes sociais que vive a sociedade europeia pés-revolugao industrial, surgem dois pensadores que dardo inicio a um novo movimento histérico, 0 materialismo histérico, encabecado por Karl Marx e Frederick Engles. Subvertendo o principio da filosofia idealista de Hegel, apontam as condigdes materiais da humanidade como o fator primordial de desenvolvimento da histéria, sobretudo em sua relagao dialética de classes. E isso torna-se também uma reagdo ao modo de conceber a histéria pela escola cientifica alema. O materialismo histérico mostra que os homens, para sobreviverem, precisam transformar a natureza, 0 mundo em que vivem (...) todas as outras relagées que os homens estabelecem entre si dependem dessas relagies para a produgdo da vida, ndo sob uma forma de dependéncia mecinica, direta e determinante, mas sob forma de condicionamento. O ponto de partida do conhecimento da realidade sito as relagies que os homens mantém com a natureza e com os outros homens; ndo sdo as idéias que vio provocar as transformagées (principio hegeliano), mas as condicdes materiais e as relacdes entre os homens, que estas condicionam. Cd Essa atengéo para o aspecto da produgéo da vida material vai comegar a aparecer nos trabalhos de historiadores no marxistas: desde 0 inicio do século XX hi uma reagdo contra a historia positivista, que praticamente nada explicava, ¢, em sua procuragdo de explicagto, os historiadores oo comegar a levar em conta os fendmenos da produgao (para eles producao = economia). -(BORGES, p. ) Em finais do século XIX e inicio do século XX a histéria ganha espaco nas universidades, adentra a este meio com uma roupagem filoséfica liberal, ainda fortemente influenciada pelo positivismo. A partir do anos sessenta do século passado, hé um reavivamento do materialismo histérico que até entao havia sido deixado de lado pelos académicos, devido 4 sua associagao com teorias politicas dogmaticas expressas em paises como a extinta URSS pés Revolucao Russa. Com o surgimento da Escola dos Annales, a histéria, abre o horizonte para um grande leque de assuntos que Ihe interessa, superando, principalmente no meio académico francés, o positivismo, seus métodos e objetos de estudo. No momento posterior 4 Segunda Guerra Mundial, o estudo da histéria ganha novos enfoques, abrindo-se a possibilidade para novas aspectos do estudo do tempo passado que nao a tradicional visdo eurocentrista que desde sempre predominou. hitpshistoriaestuaidades.com bi2018/03/1Siresumo-resenha-do-lvro-o-que-e-histria-de-vavy-pacheco-borges! 48 2aio2ieg, 1329 Resumo dolivro"O que & histéria’, de Vavy Pacheco Borges. ~ Histéria & Atuaidades A Historia hoje em dia O termo “histéria” encerra diversos sentidos. O livro objeto desta resenha trata, especificamente, daquele que a entende como “o passado da humanidade” e ao mesmo tempo o “estudo deste passado”, se quisermos fazer uso de duas definices emprestadas ao verbete “histéria”, assim expresso no dicionario Aurélio. Para definir seu campo e objeto de atuacao, os historiadores muitas vezes acrescentam ao termo “histéria” as palavras “acontecimento” e “conhecimento”. Assim, “histéria-acontecimento” ganha 0 Os dois sentidos da palavra esto, pois, estreitamente ligados: os acontecimentos histéricos (a histéria- acontecimento), sio o objeto de anélise do conhecimento hist6rico (da hist6ria-conhecimento). (ad Numa extensdo anpla dos dois sentidos, historia seria entao aquilo que aconteceu (com 0 homem, com a natureza, com 0 universo, enfim) e o estudo desses acontecimentos. Tudo tem sua histéria, pois, sabemos que tudo se transforma o tempo todo. Mais aqui, interessam principalmente as transformacées das sociedades humanas. -(BORGES, p. ) O que é e para que serve a historia? Desde o inicio, a histéria serve 4 humanidade como forma de lhes oferecer explicagdes sobre suas origens, no entanto, hoje em dia, em proximidade com outras ciéncias humanas, procura explicar a dimensao do homem em sociedade, sobretudo em suas transformagées, sendo essa, pois a sua essncia: {2qEIEERE ne teg ee CUSSeMMSNENENY Assim, o tempo historia é diferente do tempo que vivemos. Ao analisé-lo, o historiador buscar enxergar as transformagées que se dao em curta duragio de tempo, tais como as revoluges e mudangas bruscas provocadas por eventos politicos, assim como o tempo de longa duracao, como as transformacGes sociais que se dao em longo espago de tempo, tais como os conceitos, crengas, valores e modos de vida. Desde sua fundagéo, como campo de conhecimento a histéria tem por pilar o conjunto de valores da sociedade europeia ocidental ¢ isso nos remete a uma equivoca observacao cronolégica da histéria. No entanto, 0 tempo da hist6ria nao é linear, nem se dar de forma progressiva, uma vez que toda Dizer que o processo historia é continuo néo significa dizer que ele obedeca a um desenvolvimento linear: ndo é uma linha reta com tendéncia constante, inclui idas e vindas, desvio, avangos e recuos, inversées, etc. Ha mesmo transformacées que podem ser vistas como rupturas, pois alteram toda uma forma de viver da sociedade. E, porém, uma ruptura que foi lentamente preparada, que estd sempre ligada com algo que ja existia, pois ndo se pode admitir o surgimento de uma situagiio nova sem ligacio com as anteriores ~(BORGES, p. 12) ips:istoraeotutsed {com bri2018/03/1Siresumo-resenha-co-lvro-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 58 2evoaes, 1929 Resumo doll “0 que & hist, de Vavy Pacheco Borges. -Histéia& Atualiéades Toda alteracao no processo histéria é decorrente da prépria atuaco do homem, assim ele é 0 agente de transformagées da realidade em que vive e a este fim serve a histéria, para compreender a realidade presente que ¢ fruto de uma construcao do passado, tornando o homem apto a transformar a realidade presente por meio da percepsao de que ela nao é eterna ou imutavel. Embora nao possa prever ou calcular o futuro, pode, no presente, conhecendo o passado, delinear ages futuras. ‘Como disse o historiador francés, Lucien Febvre, a “historia é filha do seu tempo”, ois a investigacdo do pasado nase da ndagar dos Nistoridores do presente Assi, cada usc comesponde a Un interesse presente. Uma vez que o presente esté em constante mutagao, mudam-se também os anseios ao perquirir o passado. Seu uso (da historia), porém, tem sido uma constante pelos que detém qualquer tipo de poder, ou mesmo 0 poder que advém de qualquer saber, A historia como forma de conhecimento no deve servir a uma ‘manipulacio dos poderosos. (2 ‘Mas, ao explicar as transformagdes resultantes das agdes dos homens, a histéria leva a perceber que a situagéo de hoje é diferente da de ontem e procura esclarecer os “comos” ¢ os “porqués” disso. Para os que ndo sabem das alteragées passadas, a realidade que vivem pode parecer “eterna” ou “intransformével”, ¢ como tal justificada. Isto leva a uma atitude passiva, @ uma conformagao. Ao contrario, 0 conhecimento dessas alteragdes passadas e a compreensiio das condigdes das mesmas podem levar ao desejo e i atuagio concreta em busca de outras transformacées. Como produzir a histéria? A histéria é feita a partir de documentos, e é comumente entendido como inicos documentos histéricos, aqueles escritos. Disso resulta que, embora o homem exista na face da terra ha milhares de anos, considera-se histéria somente aquela a partir do surgimento da escrita, desconsiderando-se, portanto, por meio de uma divisdo arbitrdria, toda a produgao humana antes deste evento. Embora ainda prevaleca uma forte tendéncia e predilecao de alguns historiadores por documentos escritos, hoje qualquer produgéo humana pode ser entendida e aproveitada como um documento histérico, cabendo ao historiador, seleciond-los conforme os objetivos de sua investigacao. _prisma positivista, apenas documentos oficiais eram considerados, alegando que os demais poderiam sofrer influéncias e apontar tendéncias ideolégicas. No entanto, independente da fonte histérica que se escolha ou se tenha a disposigao, é sempre o olhar do historiador que ditara os rumos da pesquisa Um historiador , ao se propor fazer uma pesquisa, jd faz uma opcdo bem sua, ao decidir qual a realidade que ele vai estudar. Sua escolha é sempre encaminhada pela sua situagdo concreta. O historiador é um homem em sociedade, ele também faz parte da histéria que esta vivendo, Escreve sua histéria historicamente situado, ou seja, numa determinada época, dentro de condigées concretas de sua classe, sua instituigao de ensino ou pesquisa, etc. Seu trabalho serd condicionado tanto pelo nivel de conhecimento entéo existente, como pelos interesses que ele possa estar defendendo, mesmo que inconscientemente. -(BORGES, p. ) A histéria, portanto, ndo € mais entendida como a simples extragio de fatos do passado, mas também, esta relacionada a propria interpretacio do historiador e a sua perspectiva do tempo presente. A interpretacio dos fatos estard sempre ligada a uma teoria, que por sua vez, ¢ um conjunto nips historiaeatualidades.com br2078/03/1Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 6 2a)oas, 1329 sumo do iro“ que & sli, do Vavy Pacheco Borges. ~ Hite & Aualcedes de conceitos que forma determinada visio da realidade, tal como a investigacio historia seré apresentada. Infelizmente, é preciso desiludir-se de inicio: escrever histéria nio é estabelecer certezas, mas é reduzir 0 campo das incertezas, é estabelecer um feixe de probabilidade. Nao é dizer tudo sobre uma determinada realidade, mas explicar o que nela é fundamental. Nem por isso, se deve cair numa posigio de relativismos absoluto em que todas as especulacées interpretativas sao permitidas. Cd Em histéria todas as especulagées sio provisérias, pois podem ser aprofundadas e revistas por trabalhos posteriores. Um saber absoluto, uma verdade absoluta ndo servem aos estudiosos sérios e dignos desse nome; servem aos totalitério, tanto de direita como de esquerda, que colocando-se como donos do saber e da verdade, procuram, através da explicagao histérica, justificar a sua forma de poder. ~(BORGES, p. ) ‘e\i— @ Livros P Publicado por Prof. Richard Abreu Fazer do oficio de ensinar, a arte bela de continuar a aprender. E com esse espirito que ha quase vinte anos dedica-se ao estudo da Historia, tendo como campos de interesse, também, a Filosofia, a Economia e os significados mais profundos da existéncia. Ver todos os posts por Prof. Richard Abreu 2 comentarios 1. Helio R. P. B disse: 9 DE ABRIL DE 2019 AS 19:33 Lamentavel nao podermos salvar essa material para uso em outros momentos. Material rico demais.. RESPONDER © Prof. Richard Abreu disse: 5 DE MAIO DE 2019 AS 08:47 Old, Hélio. Obrigado pelo comentario. Vocé pode usufruir do material no préprio site ou solicité-lo para download, enviando-nos uma mensagem. RESPONDER, nips historiaeatualidades.com br2078/03/1Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de-vavy-pacheco-borges! 78 20102124, 13229 Resumo dolivro "0 que é histra", do Vavy Pacheco Borges. nitpsihistoriaeatualidades.com br2018/03/1Siresumo-resenha-do-lvr-o-que-e-historia-de- Histérla & Atualdades 88

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