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a fisicos e evolucso das recomendacées de acubacao e calagem para o estado do Parana Aagricultura paranaense é rica na diversi ; dion dé ttandieds ene ox lira erecta natural e culturas agricolas por estar em acima de 22°C, e emperado (Ci) pi fa), com temperatura média no més mais quente i ; com temperatura média no més mais quente abaixo de 22°C (Figura 1.1). A mesma tiqueza também pode ser observada 40 geold = observada na formacio geolégica do Estado, que imentares, i, 61 Fj tame, no material de origem e no clima associada as. oe 4 ee eee Hee me variag6es de relevo, organismos e tempo de formagio ‘terminam a ocorréncia de grande diversidade de sol i i . Acesso em: 25 out. 2016. KALCKMANN, R. E.: MUNHOZ, FG. Alguns dados da anilise de assisténcia dos soles do estado do Parana, Revista da Escola de Agronomia ¢ Veterinaria, Curitiba, v.5, p. 16, 1969. LANTMANN, A. E. et al. Bases para o uso racional de corretivos e adubos no estado do Parana. Londrin: TAPAR; Embrapa, 1982. 149 p. 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Neste sistema, 0s solos sio agrupados em caregorias ame os poe ” ee c reecbem denominasoes proprias ¢ condizentes com o estigio ‘ :ntifico. No SiBCS, os solos sio classificados principalmente com base em propriedades que resultam dos processos de génese do solo, ou seja, do modo como foram formados. O SIBCS & um sistema taxondmico de classificagéo de solos multicategérico no qual sfo previstos seis niveis, embora somente quatro estejam atualmente definids. As categoria deste sistema séo: ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, familia ¢ série. Essas categorias sio divididas em classes, separadas por caracteristicas diferenciais: horizontes diagndsticos e atributos diagndsticos. ‘No primeiro nivel categérico existem 13 ordens, as quais sio separadas pela presenca ou auséncia de atributos, horizontes diagndsticos ou propriedades que so caractersticas passiveis de rene identificadas no campo, mostrando diferencas no tipo grau de desenvolvimenco de um conjunto de processos que atuaram na formacio do solo. As 13 ordens sio: Organossolos (O), Necssalos (R), Vertissolos (V), Espodossolos (F), Planossolos (S), Glessolos (G), Latossolos (L), Chernossolos (M), Cambissolos (C), Plintossolos (F), Luvissolos (T), Nitossolos (N) ¢ Argissolos (P). As letras maitisculas entre parénteses sto padronizadas e utilizadas para identificar as ordens nos mapas de solos. A ordem Alissolo, criada em 1999, foi retirada na segunda edigao do SiBCS, sendo que os solos desta ordem foram inclufdos, principalmente, nas ordens Argissolos © Nirossolos. ‘aelmente, as 13 ordens do SiBCS dividem-se em 44 subordens, 192 grandes grupos ¢ : str6fico tipico, 0 Neossolo lo Litélico Dis 938 subgrupos, Por exemplo, na classe de solo Neosso'o Nt, copie, 0 Ne éa onlin subordem & Neossolo Litdlico, 0 grande grupo é Neossolo Litélico Distréfico ¢ 0 subgrupo é Neossolo Litélico Distréfico tipico. : Para classificar um solo, ou seja, atribuir-lhe um nome, Enecessiria (SANTOS et al., 2018) com base nos horizontes diagnésticos (uperfic attibutos diagnésticos. 1a chave de classificagio «se subsuperficiais) ¢ nos ev Est do. ma _ 21 Levantamentos de Sol0s n° Js Esta Ce Poa eee Tons i no estado do Paran: oe Levan E relevante para os profissionals qué aa pe como apoio 3 recomendagoes técnicas. ‘ he! dispontveis sobre solos, de forms # poder weil: en — Capitulo 2 Ss = ee ado com CamScanner , corre em 1966, dividindo-se 0 ¢ onto de solos do Parand 6 a leyantament q a as que Foran publica go dos anos. Este trabalho gerow a publi que foram 0 ode : s do Es cago de dives” ns de levantan le * Lenantansento de Recourecimento de Soles do Eada dy py lo 0 Lena rang 984, foi publicad 2 (eseala 11600.000) e dois toms, com metodaf Bm a PeRAPA, 1984), constitufdo por un 18h (EMBRAI aspectos dos solos do estado, reunindo todo 0 esforgo de levantimenn fis ¢ principa I is 2 i lo Sa a er tiragem ji se enconcra eaorad, ainda pode ser encom Se itério da Embrapa', Embora nela aindg stado ¢ no teposit é um import s do Parana. neeessitam de informag os solos do Dad te Posteriormente foi publicado 0 Mapa de Solos do Estado do Parand ~ Legenda Atualizady E 5 TOS, 2008), 0 qual, além de atualizar a legenda do levantamento a 4 Foe i pct infomgte de evanementos ma eee, Fete mtg fal um novo Tevantamento de solos, mas a atualizagio da legenda do mapa do levancamenys publicado em 1984, Um aspecto importante deste mapa com legenda atualizada fi disponitilins (os mapas nas escalas 1:600.000 ¢ 1:250.000, em formatos PDF eJe 'G. No geoportal digital d: Embrapa Solos, os mapas também estio disponiveis em formato edicivel (shapefile). Este material esti publicado em escala pequena (1:250.000), 0 que limita seu uso, embora possa servir como referéncia para estudos mais detalhados. Sio poucos os levantamentos mais detalhados realizados no estado do Parand representados em escalas entre 1:100.000 € 1:50.00 como, por exemplo, partes do noroeste do Estado (FASOLO et al., 1988), virzeas do Rio Iwai (HENKLAIN, 1989), varzeas dos rios das Cina, Laranjinha, Sapé, Iguacu, Piquiri, Pirapé e do Litoral (HENKLAIN, 1994) ¢ municipios de Cast (FASOLO et al., 2002), Carambei (BOGNOLA et al., 2002), Pirai do Sul (POTTER et al., 2002), Tibagi (CARVALHO et al., 2002), Londrina (BOGNOLA er al., 2011), Cambé (FARIAS, 2012) e Bela Vista do Paraiso (GOMES et al., 2012). Se o profissional atua em uma destas dress ji Jevantadas com maior detalhamento, é importante consulti-las. 2.2 Principais Solos do Estado do Parana As principais ordens de solos que ocorrem no estado do Parané (Figura 1.3) sio Latossoles, Neossolos, Argissolos, Nitossolos e Cambissolos (BHERING; SANTOS, 2008), Algumas orders como as dos Gleissolos, Organossolos, Espodossolos e Chernossolos ocorrem em érea menor 8° Estado, Os Chernossolos, por exemplo, sfo predominantes em apenas 0,05% da rca das unidads de mapeamento de solos do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), embor possam ocorer com? componentes da legenda ou inclusdes em slgumas unidades de mapesmercx As ordens Planossolos, Plintossolos, Luvissolos ¢ Vertissolos na scritas na legends 40 Mapa de Solos do Eaado do Parand ~ Legenda Atwalieade CUHERINGS SANTTOS 2000) embors Possam existir no Estado, Os Planossolos, por exemplo, foram deseritos cm estudos mais dealhices como no levantamento realizado nas varzeas do Rio Ivaf (HENKLAIN, 1989). 2.21 Latossolos 4) Coneeito resumido: Grupamento de ‘li tipo de horizonte A, aumento do ter de arate hen eons acentuado (ANJOS et al., 2012), 1, em sequéncia 2 qualquet cor de argila do horizonte A para o B quase nulo ou P " woosinftce enptixembrapabthande/don/336076 i italizado com CamScanner ) Aspectos usuais e significado agricola: Solos com sequéncia de horizontes A-Bw-C (Figura 2.1a), geralmente muito profundos, bastante intemperizados ¢ alterados em relacéo a0 material de origem. Ocupam normalmente os topos das paisagens, cm relevo plano a suave ondulado (Figura 2.1b), sendo muito porosos, permedveis ¢ fortemente a acentuadamente drenados ¢ sem pedregosidade. Em fungao desses atributos, facilitam a mecanizagio, sendo muito utilizados na produgao agrossilvipastoril. Embora m geralmente de baixa fertilidade quimica, as praticas de adubagio € corresio do solo realizadas pelos produtores rurais os tornam mais srodutivos, No entanto, encontram-se Latossolos com carater cutréfico no estado, principalmente em algumas sireas de solos derivados do basalto, O relevo plano e as caracteristicas fisicas adequadas determinam que a maioria dos Latossolos apresentem baixo risco de erosio e grande capacidade para suportar estradas e construgées urbanas ou rurais, Contudo, 05 Latossolos do Noroeste do Parand tém textura predominantemente média e, por esse motivo, so mais suscetiveis & erosao ambientalmente mais frigeis, apesar do relevo plano a suave ondulado. sncia de Larossolos 0 igura23. Perfil 1 de ocorte janorte — PR (a) © paisagem de Latossolo no municipie de Cano igura21. Perfil de rent de Fass PR) = Digitalizado com CamScanner ©) Ocorréncia: E a principal classe de solo encontrada no Varana, sendo predominante 30,76% das dreas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), alin de ocorrer como classe nao predominante ou: como inclusio em outras unidades de mapeamento, A planicie litorinea ¢ as regides com tetrenos mais declivosos do estado apresentam meng, ocorréncia desta classe de solo. 2.2.2 Neossolos a) Conceito resumido: Grupamento de solos pouco evoluidos, sem horizonte B diagnésticy definido ¢ com predominio de caracteristicas herdadas do material de origem (ANJOS ct al, 2012). b) Aspectos usuais e significado agricola: A sequéncia de horizontes nestes solos, normalmente, é A-R, A-C-R, ou A-C (Figura 2.2a). A maior parte destes solos no Parand sig Neossolos Regoliticos (predominantes) ¢ Neossolos Litélicos, tendo como principais obstaculos ao seu uso o relevo declivoso, serem predominantemente pouco profundos (50 a 100 cm de espessura) ou rasos (até 50 cm de espessura) ¢, muitas vezes, pedregosos (Figura 2.2b). Podem ser eutrdficos (maioria) ou distréficos. Quando possuem melhor fertilidade, principalmente aqueles formades a partir de rochas igneas basicas (como basalto), sio muito utilizados para agricultura ou pecudtia, principalmente por agriculcores familiares. Quando possuem baixa fertilidade ¢ ocorrem em relevos mais declivosos sio mais utilizados para pastagens, reflorestamento ou preservacio, embora também sejam usados para culturas anuais, Considerando as caracteristicas jd relatadas, principalmente elevada declividade e reduzida espessura, constituem dreas muito frigeis. A perda de solo por erosio é muito relevante para essa classe de solo que, em geral, apresenta perfis de profiandidade efetiva reduzida, ©) Ocorréncia: Predominantes cm 22,22% das areas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), também ocorrem como classe nao predominante ou como inclusao em outras unidades de mapeamento. Os Neossolos estao presentes em todas as regiées do Estado, porém com pouca incidéncia na Regiéo Notoeste. Os Neossolos Regoliticos ¢ Neossolos Litdlicos sio os mais comuns no Estado, que possui reduzida area de Neossolos Flivicos ¢ Neossolos Quartzarénicos. 2.23 Argissolos 4) Conceito resumido: Solos com horizonte B textural ¢ com argila de atividade baixa ot argila de atividade alta conjugada com saturaséo por bases baixa ou cariter alitico (ANJOS ec als 2012). 4) Aspectos usuais e significado agricola: Apresentam scquéncia de horizontes A-BcC (Figura 2.3a), geralmente com actimulo de argila no horizonte B em comparagao com o horizonte A. A maioria dos Argissolos Vermelho-Amarelos mapeados no Parana sio distroficos (V < 50%) embora os Argissolos Vermelhos possam ser tanto eutréficos (V > 50%) quanto distrsficos- O relevo mais comum de ocorréncia no Estado ¢ ondulado (Figura 2.3b), embora tenham side mapeados desde planos até montanhosos. Devido ao maior teor de areia no horizonte A, €" relagdo ao horizonte B, a maioria dos Argissolos sio mais suscetiveis 4 erosio, principalmente & relevos mais declivosos. Muitos dos problemas de crosio existentes no Noroeste do Parana ocorte!” neste tipo de solo. Nesta regio € comum a presenga de Argissolos cujos perfis estéio decapits™ sem a presenga de horizonte A, jd removido pela crosio. ©) Ocorréncia: Predominantes em 15,53% das areas das unidades de mapeamenco do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), também ocorrem como classe nao predominante ou 6? 18 Manualde aduba¢So‘ calagem pera. estado do Perarst aC a Figura 22, Perfil de Neossolo no municipio de Guarapuava ~ PR (a) e rea de ocorréacia de Neossolos no municipio de Renascenga ~ PR (b) mento. Os Argissolos so observados desde o litoral aré inclusio em outras unidades de mapeat regides Norte, © noroeste, mas so pouco frequentes nas regides de rochas basilticas do Estado ( Oeste e Sudoeste). 2.24 Nitossolos 4) Conceito resumido: Grupamento de solos com horizonte B nitico abaixo do horizonte A (Figura 2.4a), com pequeno gradiente texcural entre os horizontes Ac Bs apresentando estrucura em blocos subangulares ou anguliues, ou prismdica, de grau moderado ou forte, com cerosidade expressiva ou superficiesbrilhantes nas unidadeseserturas, ou cater ett (ANJOS eral, 2012) ]aptuc2 19 Gretta iia cas Coieenne Figura 2.3. Perfil de Argissolo no municipio dc Paranavai — PR (a) ¢ drea de ocorréncia de Argissolos no municipio de Peabiru ~ PR (b) 5) Aspectos usuais ¢ significado agricola: Solos caracterizados pela presenga de horizan'® B com estrutura desenvolvida, cujos agregados normalmente apresentam em sua superlici brilho caracteristico (cerosidade). Nas areas dos derrames basdlticos, é facilmente observi'«! no campo a diferenciagéo entre a estrutura granular predominantemente forte da males dos Latossolos em comparagéo 4 estrutura forte em blocos ou prismdtica dos Nivossolos. Ne Parana, ha muitos Nitossolos Vermelhos com carter eutréfico (V 2 50%), embora os Nitossele® Brunos, principalmente, sejam distrdficos e até mesmo aluminicos. Sao largamente urlizades na agriculcura, principalmente aqueles com maior saturagao por bases. Por ocorrer em ane predominante ondulado, podem ter considerével risco de erosio entre suilcos ou em sulcos que? manejados inadequadamente. De acordo com Bheting e Santos (2008), estes solos caraeterzan= Pela fracéo argila apresentar baixa capacidade de troca de cétions, predominantemente caulinis com baixo gradiente textural, ¢ ser muito rica em. sesquiéxidos de ferro c aluminio € derivados 4° 20 Manual deadubagSo.calagem para oestadodo Parana ‘4alizada com CamScanner rochas eruptivas bisicas, sendo solos de j porosos «bem drenadow » de coloragio uniforme, avermelhados, profundos, argilosos, ¢) Ocorréncia: Predominantes e (BHERING: SANTOS, 2008), bee das reas das unidades de mapeamento do estado ceo em outras unidedes tne ecotreM como classe no predominance ou como veees de rochas basen de Bogart Os Nlossolos esti presents prineipalmente nas cB ne Masiltica Estado (re ° " (Figura 2.4b). (regibes Norte, Oeste e Sudoeste), em relevos ondulados Figura2A, Perfil de Nicoselo no munie(plo de Palotina —PR (a epaiagem de ocoréncia de Niselee no ‘municipio de Jussara — PR (b) Coptub2 = 2.2.5 Cambissolos ‘@) Conceito resumido: Solos pouco desenvolvidos, com horizonte B incipiente, desde que nio satisfaga aos critérios de Chernossolos (ANJOS et al., 2012). b) Aspectos usuais ¢ significado agrtcola: Geralmente pouco profundos (50 a 100 cm de espessura), apresentam horizonte B ainda em estigio inielal de formagao (Figura 2.5a), embora Sejam encontrados perfis mais profundos desta classe de solo. A fertilidade quimica ¢ bastante variivel, podendo ser alta ou baixa, dependendo da rocha de origem ¢ do clima, A maioria dos Cambissolos ocorre em relevo menos moyimentado (Figura 2.5b) comparativamente aos Neossolos. Quando férteis, sio intensamence utilizados na agricultura, apesar do relevo mais acidentado. No entanto, a maioria dos Cambissolos do estado do Parand apresenta baixa saturasao por bases e elevada saturagio por aluminio. Porém, quando situados em relevos mais aplainados, podem ser utilizados para cultivos agricolas apés a corregio da acidex fertilidade, como ocorre, por exemplo, na regio de Lapa ~ PR e em Campo do Tenente ~ PR. Na planicie litorinea de Figura25. Perfil de Cambissolo no municipio de Pinhais ~ PR (a) e paisagem de ocorréncta . primeiro plano) no muniefpio de Pinhio— PR (b) = be Cambie lit 22 Manual deadubagto ecalagem parac estado doParand influéncia continental, sio observados Cambissolos Flivicos em relevo plano, largamente ucilizados para cultivo de olericolas ¢ algumas fructferas, como em Mortetes ~ PR € Antonina - PR. Os Cambissolos pouco profundos ¢ que ocorrem em relevos declivosos sto mais suscerfveis }erosio, que se agrava quando, juntamente com o solo, sao levados adubos e agrotoxicos, que jodem contaminar rlos ¢ reservatdrios. Frequentemente encontram-se Areas de Cambissolos cujo horizonte A j foi perdido pela crosio, ¢ os cultivos agricolas sio desenvolvides no horizonte B. As reas declivosas ¢ com perfis menos profundos deveriam destinar-se 2 preservagio da fauna e da flora ou a pastagens, «) Ocorréncia: Predominantes em 10,63% das drcas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), ocorrem como classe nao predominante ou como inclusio em outras unidades de mapeamento. Os Cambissolos sto encontrados principalmente no litoral, primeiro e segundo planaltos paranaenses ¢, em menor proporsio, também em algumas areas do Terceiro Planalto, 2.2.6 Espodossolos 4) Conceito resumido: Solos com B cspédico em sequéncia a horizonte E (ilbico ot: nao) ou horizonte A (ANJOS et al., 2012), 5) Aspectos usuais e significado agricala: Sao solos arenosos, com acimulo de matéria orginica e/ou éxidos de ferro no horizonte Bh ou Bs, frequentemente com horizonte E acima deste (Figura 2.6a). Em muitos casos, este horizonte pode ser muito duro e pouco permevel a dgua (Bsm ou Bhm), caracterizando 0 ortstein, popularmente conhecido por “picarra” na regiao litorénea. Ocorrem usualmente em relevo plano (Figura 2.6b). Considerando a grande quantidade de areia, esses solos apresentam baixa fertilidade quimica ¢ baixa capacidade de retengao de nutrientes. Sua drenagem é muito varidvel, indo do excessivamente drenado ao mal drenado, dependendo da posigdo na paisagem e da presenca ou auséncia de ortstein. Com todas essas limicacées, sio utilizados apenas esporadicamente para a agricultura, em pequenas 4reas. ¢) Significado ambiental: Por serem arenosos, sio extremamente frageis ¢ deveriam ser utilizados apenas para a preservacio ambiental, Devido & grande capacidade de infiltragio ¢ baixo poder de retensao de poluentes, o lengol fredtico pode ser facilmente contaminado por adubos aplicados em excesso, agrotéxicos e poluentes urbanos ou industriais. A exuberincia das espécies florestais nativas é dependente da mineraliza¢o continua da matéria orginica e liberagao de nutrientes para 0 solo (ciclagem de nutrientes), favorecida pelo clima quente ¢ timido do litoral, visto que a fertilidade quimica do solo € baixa. Muitas éreas de Espodossolos sto ocupadas por unidades de conservacio (parques, estagées ecolégicas etc.) no liroral do Parand. No entanco, outras reas de Espodassolos sio utilizadas para loteamentos, quando préximas & orla marinha, quando sio terraplanados ¢ & eliminado o sistema natural de cordées ¢ intercordées litorineos. d) Ocorréncia: Predominantes em 0,42% das areas das unidades de mapeamento do Estado (BHERING; SANTOS, 2008), além de ocorrer como inclusio em outras unidades de mapeamento, Estéo presentes somente na planicic itoranea do Estado, 2.27 Gleissolos a) Conceito resumido: Solos com presenga de horizonte glei, evidenciando expres gleizagao (ANJOS et al., 2012). 4) Aspectos usuais e significado A-Cg ou A-Bg, scndo o horizonte subsuperfici devido aos processos de redugio do ferro ocorrent sive agricola: Geralmente, apresenta sequéncia de horizontes fal de cor usualmente acinzentada (Figura 2.72), es neste solo. Normalmente, estes solos situam-se Captule2 2B ee ey ee Figura26. Perfil de Espodossolo no municipio de Paranagud — PR (a) ¢ érca de ocorréncia de Espodossolos na Floresta Estadual do Palmito, em Paranagui ~ PR (b) em relevo plano nas dreas de planicie aluvial dos rios (Figura 2.7b). Apés retirado 0 excesso dedguz por drenagem, podem ser utilizados na agricultura. Normalmente, so solos de baixa fertilidale guimica, o que implica no emprego de adubos ¢ corretivos. ©) Significado ambiental e urbano: Localizam-se proximos aos tios ¢, em ratio cists geralmente apresentam-se saturados por agua, 0 que facilita a contaminagéo da 4gua subrerine com adubos em excesso agrotéxicos utilizados na agricultura. Devido a essa fragilidade ambien’ as leis ambicntais passaram a proteger grande parte destes solos, transformando-os em ares 4 prescrvagao ambiental. A ocupacio urbana dos Gleissolos ¢ desaconselhada, por apresestte™ excesso de agua serem sujeitos 4 inundagao, embora seja frequente sua utilizagio em a idades do Estado. Os Gleissolos localizados nas reas de manguezais também apresentarn 2" importincia por manterem a estabilidade deste frégil ecossistema fluviomarinho. 4) Ocorréncia: Predominantes em 1,17% das dreas das unidades de mapeamento do et : (BHERING; SANTOS, 2008), ocorrem como classe nio predominante ou incluséo em (ut 24 Manual de adubagao ecalagem para o estado do Parana ie Figura22. Perfil de Gleissolo em drea de vireea no muni Gleissolos (em primeiro plano), na varzea do Rio Canguiri, no municl ina ~ PR (a) € paisagem de acorréncia de de Colombo ~ PR (b) unidades de mapeamento. Os Gleissolos esto presentes em regides planas de virzcas ¢ banhados de tios, nas quais hd excesso de dgua. Outro ambiente de ocorréncia deste ti dle manguerais no licoral do Estado, as quats apresentam excesso de sis soliveise omorfismo 2.2.8 Organossolos po de solo sio as ircas a) Definigao: Solos com preponderancia de atribucos dos constituintes orginicos em relagao 20s dos minerais, em condicées de saturagao por 4gua, nos ambientes timidos alcomontanos saturados de 4gua po! chuvoso (ANJOS et al., 2012) 8) Aspectos usuais e significado agrico HLA-C, H-C, O-A-R ou O-R (Figura 2.8a). Apresentat (2 80 ekg?) e cor muito escura na superficie € favorecida pelo actimulo de restos vegetais altomontanos, Em condigées de saturagio por gua, a de oxigtnio e a matéria orginica se acumula, formando o hori mal drenados, para sua utilizagao agricola é né com a finalidade de permitir a safda do excess de agua. alto tamponamento ¢ que exigem grande ¢ incorporagio ao cultivo agricola ocorreu co! no perfodo de 1981 a 1990, Contudo, a acu ee i on ecessirio realizar obras de So solos com uantidade de corretivos P: m o apoio de programas gove! | egislagéo ambiental restrin permanente ou petiddica, ou em elevagoes 1 apenas poucos dias durante o perfodo Ja: Usualmente apresentam sequéncia de horizontss m elevados conteiidos de carbono orgint: do solo, A grande quantidade de macéria org ‘em ambientes saturados por 4gua (banhados) vs decomposigio é lenta em izonte H. Como sfo originalmente drenagem (Figura 2.85). baixa fertifidade nature’, duair sua acidee. Sua snamentais, prineipalmen age 0 uso destes solos. razio da faiza Capitulo? 2 Figura2.8. Peril de Organossolo no municipio de Pinhais — PR (a) e paisagem de ocorréncia de Organossolos drenados (em primeiro plano) no municfpio de Tijucas do Sul ~ PR (b) ©) Significado ambiental e urbano: Quando drenados, 0 maior arejamento acelera a mineralizaséo da matéria organica, contribuindo para a degrada¢ao dos seus horizontes orginicos ca perda de carbono para a atmosfera. Este solo tem grande importancia por abrigar fauna e flora especificas. Também funcionam como verdadeiras “esponjas”, recendo agua proveniente das chuas e das vertentes, ajudando na perenizacio dos tios. A proximidade com os cursos de dgus e a elevada saturacéo por dgua cornam essas reas suscetiveis a contaminagéo por agrotdxicos, por excesso de adubos € outros residuos, assim como por qualquer tipo de residuo doméstico ou industrial Equivocadamente, algumas areas destes solos sio ocupadas por loteamentos, principalmente regio metropolitana de Curitiba. d) Ocorréncia: Predominantes em 0,50% das dreas das unidades de mapeamento do estado (BHERING; SANTOS, 2008), ocorrem como classe nfo predominante ou como inclusio em outras unidades de mapeamento. Os Organossolos esto presentes principalmente nas virzexs do° rios [ap6, Alto Iguacu ¢ Parana (principalmente no Parque Nacional da Ilha Grande). També™ ocorrem nas regi6es altomontanas, principalmente da Serra do Mat, as quais nao sio registradas n° Mapa de Solos do Estado do Parana em fungao da escala de mapeamento. Este capitulo nao pretende esgotar o assunto mas apresentar, de modo sucinto, solos encontrados no territério paranaense, estimulando os leitores a buscar fontes mais com 26 © Manualdeadubor30e calagem parao estado do rans Referéncias ANJOS. L. H. et al. Sistema brasileira de classificagio de solos, In: KER, J. C. et al. (Ed), Pedologie fandamientos. Vigoss: Sociedade Brasileira de Citnete do Solo, 2012. Cap. VIIL BHERING, S. Ba SANTOS, H. G. (Ed,). Mapa de solos do estado do Parand: legenda awalizad, Rtv de Janeiro: Embrapa Plorestas, Embrapa Salos, ‘Agrondmico do Parand, 2008. 74 p, Instituto, BOGNOLA, I. A. et al, Caracterizasio dos solos do municipio de Carambei, PR. Rio de Jancito: Embrapa Solos, 2002. 75 p. Woletim de Pesquisa ¢ Desenvolvimento, 8). BOGNOLA, |. A. et al. Levantamento semidetalhado de solos do municipio de Londrina. Londrina: IAPAR, 2011. 100 p. CARVALHO, A. P. et al. Caracterizagio dos solos do municipio de Tibagi, PR. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2002. 78 p. (Boletim de Pesquisa ¢ Desenvolvimento, 14). FARIAS, G. S. (Ed.) Levantamento semidetalhado de solos ¢ diagnéstico dos remanescentcs florestais do municipio de Cambé-PR. Londrina: IAPAR, 2012. 147 p. FASOLO, B. J. et al. Caracterizagie dos solos do municipio de Castro, PR. Rio de Janciro: Embrapa Solos, 2002. 88 p. (Boletim de Pesquisa ¢ Desenvolvimento, 9). Ee a ail entitio de areas eriticas « IAPAR, 1988. 29 p. FASOLO, PJ. ec al, Brosio: roeste do Parang, Lon ‘Técnico, 23) GOMES, J. B. V. etal. Levantamento semidetalhado de solos do municipio de Bela Vista do Parafso-PR. Londrina: IAPAR, 2012. 68 p. HENKLAIN, J, C, (Coord.). Potencial de uso agricola das dreas de varzea do estado do Parand: hacia hiidrografica do baixo Ivai. Londrina: IAPAR, 1989. 160 Pp. (Holetim Técnico, 24). HENKLAIN, J. C. (Coord.). Potencial de uso agricala das areas de virzea do estado do Parand: bacias hhidrogrifleas dos rios das Cinaas e Laranjinha, lapé, Iguacu, Piquiri, Pirap6, Tibagi e Litoral. Londrina: JAPAR, 1994, 172 p. (Boletim Técnico, 24). EMBRAPA. Servigo nacional de levantamento € conservasio de solos. In ‘Levantamento de reconhecimento dos solos do estado do Parand, Curitiba: EMBRAPA/SNLCS, 1984. 2. (EMBRAPA- SNLCS, Boletim de Pesquisa, 27; IAPAR. Boletim Técnico, 16) POTTER, R. 0.; CARVALHO, A. B; FASOLO, P J. Caracterizagio dos solos do municipio de Pirai do Sul, PR. Rio de Janciro: Embrapa Solas, 2002. 59 p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 12). SANTOS, H. G. et al. Sistema brasileiro de lassificagio de solos. 5. ed. Brasilia: Embrapa, 2018. 356 p. ee Avaliagao da fertilidade do solo erizacao dos sol i is di Acaract sie 8 solos é feita com as mais diversas finalidades, dentre elas: + [dentificar a classe pedolégica dos solos medi : a ediante uso de anilises quimicas, mineralé ts eal ise pate og (eoeta quimicas, mineralégicas, + Detectar condig6es biolégicas favordveis e/ou desfavoraveis (i 4 ee. iveis (investigagao da presenca de . Detectar impedimentos fisicos ¢ quimicos ao crescimento ¢ desenvolvimentos das raizes; & + Avaliar 2 capacidade de o solo fornecer nutrientes ¢ Agua para as plantas. A anilise do solo para fins de avaliagao da sua fertilidade tem como objetivos avaliar a sua capacidade para fornecer iutientes as plantas ¢ verificar a ocorréncia de elementos téxicos em niveis indesejados. Escas so questées centrais € decisivas para 0 bom éxito de qualquer atividade agropecuatia ¢ florestal, em todos os sistemas de produgio rural. ‘A sua execucéo & répida, apresenta baixo custo, possbilita obter informagées antes do cultivo, com previsibilidade adequada, ¢ est apoiada em critérios técnico-cientificos que tém sido aperfeigoados continuamente. Essas caracterfsticas romam a andlise do solo um importante recurso desuporte & produgéo agr(cola, pecuria eflorestal de alta produsividade e sustentavel. Varias ag6es, igualmente imporantes, io desenvolvidas para se avallar fertilidade do solo: Coleta das amostras na unidade de produgao ag} . Encaminhamento para as unidades laboratoriais de anilise de sol . Avaliagao dos resultados para estabelecimento de um diagnéstico (interpretagio); ¢, | Elaboragao de sugestées para 0 manejo de nutrientes (adubagéo) ¢ acidez (calagem) por profissionais das ciéneias agrérias. 0 éxito da avaliagio da fertilidade méximo possivel a realidade da drea na qu cicola (amostragem de solo); los (determinacdes analiticas)s Abe do solo comeca na amostragem, que deve representar 2 fl serd realizada a adubagio cfou a calager. 31 Amostragem de Solo seo de andlise do solo e posterier iti de todo 0 proce SE ae y jo de adubos & A amostragem é a prime - jem é a primeira e a mai a mane adubagig © calagem, sendo fundamental na tomads de decisio do uso ¢ corretivos, / : amas isso nao perrite Os métodos analiticos estio em constante aprimoramento, rea a ser avaliada. de amostragem, caso esta ndo represente aS Sep ~ Capitulo 3. 2 contig erres See SE NN ALE SRO Para exemplificar a imporrineia da adequada amostragem, numa rea de 10 h, profundidade de 20 em, tem-se um volume cle solo de 20,000 m? ot 20.000.000.000 eqn? p" a anilise do fésforo e do portssio ead apenas 10-cm? provenlentes da amostre et. nesta dea, out sejas apenas 0,0000000005% deste volume, Portanto, sf especiais na obtengao de amostras tepresentativas da drea, pois no ha como corrigir ser a reatizagao de uma nova coleta. A amosttagem mal fein, ot a lta, Necessatios cuidag.. uidad lox amostragem mal feita, a nto an {ticos nfo representativos da rea amostrada ¢, consequentemente, & definics, 4 de wos que podem nfo ser adequiadas as plantas culivadas no local resultados a1 doses de adubos ¢ correti 3,11 Definicdo de areas homogéneas para: coleta de amostras solo é uma tarefa simples. No entanto, deve ser executada com bastante cri te heterogéncos ¢ isso tende a aumentar na medida em qu, Alita fielmente a dtea a ser manejadae repraeny, histérico de uso € mangjo. Pottanto, un, A amostragem de visto que os solos sfio naturalment sio cultivados. E fundamental que a amostra re reas homogéneas quanto as suas caracteristicas € seu propriedade deve ser dividida em areas homogéneas que néo necessariamente so iguais 205 talhoe, ‘ou glebas de cultivo (Figura 3.1). Na definicao de cada drea homogénca utilizam-se, dentre outras, caracteristicas do solo com + Cons * Textura; + Profundidade; + Relevos © Vegeracaos + Drenagem; + Caracteristicas de uso e manejo, como praticas corretivas; + Adubasoes: * Rotagao de culturas; e + Produtividade, Nova subdiviséo da drea a ser analisada deve ser realizada sempre que se observar um fator discrepante, como a produtividade, por exemplo. Em culturas perenes, deve-se considera, aind a cultivar e a idade das plantas. A dimensio da area homogénea pode variar de alguns metros quadrados até varios hectares. 31.2 Coleta de amostras de solos representativas ‘mica do solo expressem a média da fertilidade da dtc Para que os resultados da anélise quit t devem ser coletadas de 20 a 25 amostras simples em pontos distribufdos aleatoriamcn' independentemente da dimensio da érea homogénea a set amostrada. O conjunto de ames simples deve ser reunido em balde pléstico limpo, homogencizado e, a seguir, uma fragio constituir uma amostra composta de aproximadamente 500 g de solo deve ser retirada, 2 qual = enviada ao laboratério para andlise, queith 3.13 Equipamentos e cuidados na amostragem de solo Diversis ferramentas podem ser utilizadas pata a amostragem de solo (Figura 3.20): allt os casos, os equipamentos nao devem apresentar sinais de oxidacio (ferrugem), pa ate ran agio dus ammostras, we Floresta - Se, D Plano Coleta de pontos Figura 31. Modelo esquemstico de definigio de dreas para amostragem,rerultando na coleta de cinco amostras ma propriedade © local de retirada de cada amostra simples deve ser limpo apenas retitando-se os restos de plantas da superficie do solo, sem revolver a sua camada superficial (nao raspar). Quando utilizada apide corte, deve-se abrir um buraco na profundidade desejada com o enxadio, uma fatia de solo, eliminando as porgées AA seguir, cortar com a pi de corte, num dos lados, laterais ¢ coletando 0 terco médio da fatia de solo. Cuidar para que as amostrss simples tenham volume de solo iguais ou muito préximos em todas as amostras simples. ‘As amostras nao devem ser colocadas em recipientes usados ou sujos, tanco durante o processo de coleta de amostras simples quanto para envio da amostra composta 20 laboratério, com a devida identificagdo (Figura 3.2b). Para manter a homogeneidade nas coletas, nfo s° deve wel a inane simples cm locais com presenga de erosio kaminar ou ¢m sulcos, préximo a car , drvores, i i a consencto de formigucitos, cupinzcitos, cochos, saleiros, locals de mobilizagio de sl ps cons citndes on cerston lenis de deposito de coreivos, rests curs ¢ ejetos anima, outros. valizar a retirada de amostras capitulo} 3 Dignalizado com Lamocanner En Nome: Propriedade: Municipio: Trade, ‘Trado— Pade Fado, jglandds —calador corte it £6 Figura 3.2. Equipamentos utlizdos para amostragem de solo (a) esupestio de etiqueta com informagécs sor Gleba: Amostra né: Profundidade: | Escolha a andlise OMicro Os | Re Fisica: amostra (b) 3.1.4. Local e profundidade da amostragem de solo 41 Amostragem em dreas com mobilizagdo de solo ou a serem adequadas Em éreas com mobilizagio mecinica ou de adequagio da fertilidade do sclo para iniciar nows cultivos, amostrar na profundidade de 0 a 20 cm. A amostragem de camadas mais profundas, de 20 2 40 cm, possibilita avaliar a necessidade de corregao de impedimentos quimicos 9 desenvolvimento radicular, tais como: elevada acidez, elevados teores de aluminio, baixos teores de cilcio, teores de nutrientes de maior mobilidade (enxofre ou boro), relevantes para muitas cultura, especialmente plantas perenes ¢ culturas sensiveis& acidex ou exigentes nestes nutrients. No caso de coletas em mais de uma profundidade, apés coletar a primeira camada (0 a 10 cm ou 0.2.20 cm), deve-se proceder 4 retirada do excesso de terra que caiu no buraco para, na sequéncia, efetuar a coleta na profundidade de 10 a 20 cm ou de 20a 40 cm. Nas culturas com preparo de solo profundo, tais como cana-de-agticar € batata, as amests devem ser coletadas na profundidade de 0 a 30 cm. 34.2 Amostragem de solo em sistema de semeadura direta Na semeadura direta, a variabilidade espacial da fertilidade do solo € maior do que em areas co” mobilizagao mecanica, especialmente pela formagio de gradiente em profundidade. Este decor da permanéncia dos residuos vegerais na superficie do solo, da aplicagao dos adubos nas camadss mais superficiais (a lango ou em sulco) e da aplicagio superficial de calcério, . bem como pela formagéo de gradientes horizontais decorrentes principalmente ¢: denere outros fo a aplicagio # adubos em sulcos. eT 4 ' Esta variabilidade espacial aumenta com o espagamento das culturas. No entant | variabilidade horizontal provocada pela aplicago de adubos em sulcos tende a desapareee™ ads hic mache eave Dignalizado com Lamscanner 9 tempo como resultado dla consotidacig feos das inassalas, Alga disso, a eae dina sala, mio permite identi not permaneeer com elevada concentra Porcanto, a amostragem deve ser felt semeadura, pode induzie a eros de ine apliead. Para no eorter Fiscos, enn para fazer aamostagcm & no final do cilo on pode distinguir as inhas da cultura presente gto Geinverno c alcangars mais rapidamente semeadura d qieadura diteta, pemanecendo basicamente os alemtéitia, por mais Por mais que ditecionada para a entrelinha a linhas di 'as de cultivos anteriores ir a e nd alguns nuttientes pe poseantiatnds has entrelinhas d imerpretagio ©, conse Areas com concentrag as culturas. Caso sejafeita no sulco de ‘eqquentemente, da dose de adubo a set io de adubo em sulcos, a melhor época tea cultura de verso, quando ainda se ssim, 0 agriculcor adubard a cultura ahomogeneizaga De dren homogeneizagao da dre: é parti Pores baixa ou média fertlidade, onde o cole rk bias anes po! éximo a linha de semeadura pode ser muito mais Fertil do que © das entrelinh : s, Considerando resultados recentes obtido. monitoramento vertical da fertilidade no amento vertical da petfil do solo, para avaliago da disponibilidade de ensofre, cileine da ents a de 20 2 40 cm, ficial, 3143 Amostragem de solo em culturas perenes Na defini¢éo de dreas homogéneas, além dos aspectos mencionados no item 3.1.1. d considerar as diferengas na idade das plantas, producéo, sistem de cordece nde espacamento, cultivares ¢ combinagio de porta-enxertos. rea Quando realizada antes da implantagio da cultura, a coleta deve ser efetuada nas camadas de 0 2.20 em e de 20 a 40 cm, Em dreas com a cultura ja instalada e que recebam aplicacdes localicadas de adubos, a coleta das amostras deve ocorrer nos locais onde o adubo é aplicado e nas mesmas profundidades. 314.4 Amostragem de solo em pastagens Em areas de implantacao ou reforma de pastagens deve-se amostrar o solo na profundidade de 0.220 cm. Em areas com pastagens jé instaladas, em que as aplicagées de adubos ¢ corretivos sio realizadas a lango € sem incorporagao, deve-se monitorar a fertilidade do solo em duas profundidades: de 0. a 10 cm ede 10.220 cm. 34.5 Frequéncia e época de amostragem 0 monitoramento da fertilidade do solo ¢ da época preferencial das 1 e sustencivel de adubos ¢ corretivos. Elas dependem do dda intensidade das adubagdes € corregies, A definigéo da frequéncia ni amostragens possibilita 0 uso racional ch poder tampio do solo, do sistema de manejo utilizado, do planejamento das rotagdes e das sequéncias de culturas. ; a A aioe para fins de diagnose da fertilidade do solo deve ser realizada a cada dois ou tis , silte e argila) pode anos. Devido 3 variagéo minima com 0 tempo 2 ser realizada somente na primeira amostragem da. re és i agio deve~ q Em reas cultivadas com espécies anuais ¢ si a ci de produgio. Em pastagens jt preferencialmente,apés a colhei da cultura ee oi eses antes do crescimento vegetativo . 4 m cerca de crés me a apés a estabelecidas, sugere-se proceder ‘a amostrage! ta cerca de dois meses ap mésimo. Ne caso de eulturas perenes @2mossge™ pode ser fei . No cas ‘i . és a colheita. tikima adubagao de manutengio ou logo apes a ——- Capitulo3 B analise granulométrica (are se realizar a amostragem, igitalizado com Camscanner deve considerar o tempo necessirio para bem 5 i mostrager taint apliear os insumos € para a reagio dos comet receber ¢ 8 reap v0, te A época de a anilise, comprat ise. interpretar aan. ras para envio ao laboratorio scolcionadas om embalagenslivts 8 conan pastas devem ser acond iadas). Se a amostra de so} aA, A ano eras ou esas de papetio apropriadss), 1 ao exe ga Pose de coloc-la na embalagem para remessa 20 laboratérin, Cae en a ane identificada, de modo que os resultados possam ger telacioneg’ mente ada, de : oe , oa cali le de contr as informages bas, omg pects eas em ue Fram coletadas, al F cae aa : Ai eevee proprictiio ¢ localizagio (Figura 3.2b). Caso cam waladss ciguaa Sareea ieem ser preenchidas a Lipis o¥ caneta que ndo borre ¢ icarem prota idemtificagio, estas aes i i lise esteja partici Sugere-se que 0 ktboratério escolhido para realizar a an; Ja patticipande desig rae eterno de qualidade, No Parand, maior parte dos Iaboratéios participa de aa dk qualidade realnado pela Comissio Estadual de LaboraGrios de Andlises Aprontorc (CEL le qualidade te : le de qual , re o controle de quali gucci dee 195, A CELA rls wimeralmenceo ont «de qualidade de ties hrs vinlader emit slo de quadadeSqueles com baa vaiabilidade em sus nt 3.6 Preparagio de amost (sacos plisticos convém see composta deve ser devid 3.2 Amostragem de Solo para Agricultura de Precisio 71 sistema ois pode Gensiderando que os solos possuem variabilidade espacial, a amostragem de solo em u de gerenciamento de agriculvura de precisdo deve ser a mais representativa possivel, impactar diretamente nas doses de corretivos e adubos. Assim, podem ser consideradas trés formas de se real agricultura de precisio: 1. Amostragem em grade: 6 uma metodologi fixa ou varidvel entre os pot @ vatiabilidade do solo, sio alocad. Har a coleta de amostras de solo pan ido em quadros coletadas aleatoriamente, gerando uma Por uma anilise de solo, Neste caso, 0 niimero poor poe coletando-se mais subamostras quanto sie coletadas, ¢ uosttagem em grade podemos citar a grande © qe permite conhecer a variabilidade € os limites minimos € maximos de cada 1 ni ‘orém, come ponto 'eBativo, ha o risco de nio Fiente no solo, P Pi si “ quantidade de amostras Necessérias para a Fepresentacio da : stiagem com base ¢ a vatiabilidade real do sol ina "ep la variabilidade real do solo. em grade. Por no eves ae Cane Prévio: Tem custo teduzido em relagio a amosttage™ Pode ser em, ane analises geoestatisticns Para a geragio de map: mM po ‘i - #7 ificar sg Sm Partida (Figura 3.4). Esse tipo de amostraget™ le do sole a Piesehtes no campo sao eavwadas por algul © Podem ser utilizados mapas de produtividadé de amostras simples & de tamanho da céhila, Com uantidade de amostras 2 20 por célula, ¢ sili a

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