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  • AGUIAR, Joaquim Alves de. Anotações à Margem de Um Belo Livro

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    42 ead & 199 88 Anotacdes a margem nen soca de um belo livro Litera e Literatura Comparads. Nest ter- tito nmr, sbdicouse do tstamento temitica no inate de erat maior ibeds de de colaboraia"Ensios"vesbre comum artigo da profesora Matia Elizabeth de Yasconodor sabe o ater moran dss ‘Shue de Bopo lias na Kade Média por fugues amber um eater morizant ets sin Alves de Aguic mm pegs do vo Sind dr Thay en Ais fe Auer por siguma peonagens de Machado de ‘ess o artigo da profesor pesquiadors ‘Marlyse Meyer, artigo que hi algum tempo 2 revi et por pia. (Os ensioeseguines tam da ies ia Yat Sn, 0 to dg 1 brasleits dose scl, na forma de dllogo: I re al ene, So Pl Capi Raul Antl iad cages ene a obra de caren 1a bors pelos quai &qusse imposive aio alguns criticos e/ou criadores modernistas se apaixonar & primeira leitura, Penso ser este ‘0 mio com a pacnde ffendiana ou com 0 caso de © Exit das Rous, de Gilda de Fred; Sandra Nini compara a ligaret Mello © Sours, pois tatate de una obra &: Rikens Govtoc Ousan Linscoms tors prim do modetno ens brea. Por gava pati de ses lvoe de viagems e Regie au? Em primi lugs to modo de abor- Sh Lica Ponte apenima dois de nonor darosssnto: a moda é vita pls tors como maiorer promidores modernos, Mario de fenémeno a um s6 tempo extic «soca ‘Andeade e Charice Lispector, vendo 0 tata Em segundo lugar, pela prosa perfita com mento dapentdo 4 queso do feminino aque 0 ive fect, sa pron, com a de (Os dango rants tém um into Antonio Candido, clinica, discret, precisa ¢ basicamente teérico: 6 primeito, de Walter refinada. Chamam a atengio, em O Espirito Moser, professor que vsiton o Departamen- das Roupas, a delicadera e a axgicia no trato to em 1997, aba algun aepecor da ea. ds até, a eruig flgurantee a viras des entre estudoe culturais estudos obseragde de uma oud ipa A fina lection ssgundo,de Leopoldo Waisbore do recone & reletida na ira do ex, de trata do memorial aadimicoenqvano mode que fando ¢ forma se equilibram no nero literirio, Ligado a0 texto do prof. mesmo nivel ¢ com perftic3o. Em suma, te~ Vissbor a tegio “Depoimento” publics 0 mos ai uma tori sta da moda © 20 ‘memorial de Joso Luiz Lafeti, profesor do ‘mesmo tempo uma pefa inestimivel da nossa Departamento ¢ da Universidade de 1978 a sociologia da arte ¢ da cultura, 1986 Estos flindo de wna obrs que mui- “Biblioteca resenhas bre obras im tos gostacam dete eset, Mat nem sem porns nor eidos teresa primei 3 pre foi assim. Tanto que 0 liveo cou ‘edicio atualizada da correspondéncia de praticamente esquecido durante quase qua- Eucldes da Cunha; segunda, o feo em renta anos, Elsborado como tese de homenagem 201 tens ans de Déeio de doutoramento, ob orientagao de Roger ‘Almeida Pradoje dima, o vo mais teen Bastde, pas o Departamento de Sociologia te de Divi Arvigueci fe 4a USB, O Eppinita dat Renpas foi publcado, 150 nt Sifts 1 KO com o titulo de A Mode no Séalo XIX, na Revista do Muu Paulie, onde permsneces ganhando poe, timidamente exerando sa hora ever, 2 eaparecer,em 1987,em nova cedigio bastante cuidads, pela Companhia das Lets. Bra até entio, podemos dizer, um lier frente do eu tempo, langaco nor snot 50 pata leitotes dos anos 80 e 90.Sua anai- dade somente agora pode ser vst com tods a nities. Para comegar,O Expt ds Roypas ante ipou as wes sobee tomas tdos como me- noresenguadrando-te assim, 0 que hoje se melhor sinds, como. obras de arte autént- ‘2s, no podiam ter prego” A saida, 6 apa- rentemente banal, nos prende pelo niémero de componente que + enformam: brinca- dein, vaidade,arogineia,esperteza, attevi- mento, ingenuidade, cebotinismo, auto-estims toni ato-itoia et. rsulan- do num conjunto com notivel teor de comiciade. De fito, conforme 0 animo do telespectador, 2 resposa pode acordito, = zendo-o rir Sobreméo quando se observa 0 antista ai armando o inefivel de sua arte para si mesmo, pan o entrevisador ¢ para 0 habituou 2 chamat, no melhor sentido que “mundo”, peta & poltona diane da televi- sas expresbes poss ter, de"esudos cul- sto, em noize de mais um domingio init, toi" "hist das mentalidader","da vida [i esti ele, na tela, to topiniguim, fn ‘cotidina” et. E depois, ratse Je um ta- do entre outras cosas de corte © costura, © bulho que quebrava as barteits as specis- asim se posicionando acima de outros gran- Tizagdes fo em voga no momento de sua des nomes de toda s Epocat.Até bem pow claborugio, Numa época de tabahosacadé- co, antes da crise asiftca, volta e meia micos ssudes, O Bipnio seavizara 0 pano~ _ouviamos falar de cif atronSmicas pagae rama,o que custou aserpercebda? Asarts, por algum empresirio japonts, num deste: Ieilbes londtinos, por uma tela famosa, de preferéncia impressionist, Mae também & cengracada a reposts do entreviseado se pen= sarmos que, muito provavelmente, ss ou- passe destin nfo &s mulheres elegantes ¢ sim 3s hoje chamadas “emergentee” de al- gum quadeitero da soja ou rede de padari- 2s,queandam em ala,afemando-teportodoe 2 (0s cantos como novos membros da elite, splawsos dos colonists estes tempos neolibenis, parece que 0 dinheito ¢somente el, tornou-se 0 pase porte de reconhecimento piblico ds ma a sociologs, 2 hiséria ¢ a Titeratia s jun- tam par focmar o ensaio, um enaio arguto {que compartitha sus qualidades com os me Totes produzidos no campo dos etudosbra= sles contemporinens. Ni fiz muito tempo,o costuteip Clodovil Hernandes,indagado pelo jornalstae ape sentador de tev Boris Casoy sobre of p= osdos westidesassnados porelequitouse tia educads pelos mcios de comunicagio, de pergunt, dizendo, num sorts irbnico, Cabe observar que ji no temos a {que suas roupas exam “muito cae" e que, contraculturs dos anos 60 e 70 para fusigar Gb de Met e Sous, 0 inter Rep « Meno She Deen, So Pala, Compania ds Lee, 187, Para iat tage ae eo pie 6oabmee a pki ete pants, 2 Sobre a cari inlet de Cid de Melo e Sour, qe perenne 0 grape evita China conse Helos Ponts, Detins Mise Chi o Go China om Sy Pe: 140-196, Ses Pela Compain ds Leas 1988 oheado pp, 187-190\er bem de poping de forma’ A tes Ri a Este Fob dos Poesors Fences, Exes Lina So Pal, Dass Cis, 180, 956 1 atoa merino programs Puss Limp. de 10 jpn. 198d pls Rede Reco de SS sl, so comindo de Boi Cy Agr tare aren dun btw as falgoragdes burguesss, hoje reduidas 20 reinado do tet. Eniwe as pessoas da minha ‘geragio, nessa época, via of que se seniam esconfortiveis quando andavam em outro carro que aio fose o Volkswagen, porque este, sendo popular e despretentioso, aio agredia tanto 2 diposigio de no ostentar ‘Um misico como Juea Chaves ea desprexi- vel pongue gosta de exaltar em cangiee 8 superioridade do modu rvend burgués. Nam de seus muitos efides de praca duvidoss, dizi © compositor, aludindo 20 patio aquiitive dos rcos, com os quais se identifica, e dos pobres, que desqualificava: “eu bebo Sendo asim, é possivel trata o objeto da ‘moda com os istrumentosutizadee para anise da obea de um artva plistico: "deste onto de vista, os principais aspectos da ‘escimenta seriam a forma, cor, 0 tecida © «a mobildade;da conjugac dos quateo com- ponents nasceriaa obra dearte,embora cada tum deles pudese se foesizadoisladamen- te, com seus problemas esolugSes" (p42). Nests e noutras observagiee sobre 0 c+ titer artstico da moda, chamaatensi0 o olhat pictdrico de Gilda de Mello ¢ Seuza, que Viria ser, com todos 0s métitos, professora e Esttica do Departamento de Filosofia da champagne, vocé bebe cafe” USP? O olho clinic para os abjetos de ate, de uma cloreza e precsio impresionantes, smareariafiememente 0 seu exo mprimin- 5 do 3 sa pross uma notivel plasticidade, Ve- fo de leita” que fande a destigSo da indumentivia com 1 percepeio das linhas conseraivas de uma tela do século XV italiano, autora refere- 52205 erates femininos, sjeitor, na época, STpompa do toueade: Retomando a questi sobre Clodovil, em que pese o que disemos sobre repost dada por ele a Boris Cascy hi fata de que ele revindica para io esatuto de ate e para a roupa que sins 0 estatuto de arte. Ito nos reconduza O Eiplnto dar Roupas pois moda & mesmo vist, no vo, como uina dette 3s formas da arte Veiamos esta definigio do trabalho do ests: “fechado em sed esti io", como um pintor ou escultor, “a costueito,20 criar um modelo, eslve pro- Dlemas de equilbrio de volumes, de lina, de coms, de ritmos” (p, 38) Alm dss, € 4 smoda"a mais viva,a mais humana da artes", pois 0 corpo completa aguilo que o artista produziu:"o wstido que escolherot atenta- mente na modista ou no ‘magasin bon ‘marché’ nio tem moldaraalguma que 0 con- fenha & n6s completamos com 0 corpo, 0 colorido, os gests, a obra que o artist nos

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