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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA Iso 148-1 Primeira edigao 25.10.2013 Valida a partir de 25.11.2018 Materiais metalicos — Ensaio de impacto por péndulo Charpy Parte 1: Método de ensaio Metallic materials — Charpy pendulum impact test Part 1: Test method ICS 77,040.10 ISBN 978-85-07-04516-8 ASSOCIACAO Numero de referéncia BRASILEIRA - i ee ABNT NBR ISO 148-1:2013 TECNICAS 26 paginas ©1SO 2009 - © ABNT 2013 ABNT NBR ISO 148-1:2013 © 180 2009 “Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagéo pode ser reproduzida ou utilzada por qualquer meio, eletrOnico ou mecéinico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissao por escrito da ABNT, Unico representante da ISO no territério brasileiro. © ABNT 2013, ‘Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagéo pode ser reproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletronico ou mecéinico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissao por escrito da ABNT. ABNT ‘Av-Treze de Maio, 18 - 28° andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RU Tel.:+ 5 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abni.org.br wow.abnt.org.br ii (© 1SO 2009 -© ABNT 2013 - Todos os divetos reservados “FL2- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Sumario Pagina Prefacio Nacional 1 Escopo 2 Referéncias normativas 3 Termos e definigoe: 34 Energia 32 Corpo de prova 4 Simbolos e suas designacées 5 Principio 6 Corpo de prova 64 Geral 62 Geometria do entalhe. 6.24 Entalhe emV 6.2.2 — Entalhe emU. 2 2 3 3 3 3 3 3 63 Tolerancias do corpo de prov: 4 64 Preparagao dos corpos de prov: 4 65 Marcacao dos corpos de prova.. 4 7 Equipamento de ensaio 4 7A Geral 4 72 Instalagao e verificacao 4 73 Cutelo... 4 8 Procedimento de ensai 4 8.1 Geral 4 82 Critério de classificaga 4 83 Amostra de transferéncia 5 84 Capacidade superior da maquina 5 85 Fratura incompleta 6 86 Interferéncia do corpo de prova. 6 a7 Inspegao pés-fratura 6 9 Relatério de ensaio 6 4 Informagées obrigatérias 6 92 Informagées opcionais 6 Bibliogratia ‘Anexos ‘Anexo A (informative) Pingas de autocentralizagao Anexo B (informative) Expansao lateral BA Geral B2 Procedimento Anexo C (informative) Aparéncia da fratura cA Geral C2 Procedimento © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados iii “FL3- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo D (informative) Energia absorvida versus temperatura e temperatura de transigao.. DA Curva de energia absorvida/temperatura D2 Temperatura de transigao Anexo E (informativo) Incerteza de medigao dos valores de energia absorvida, KV. Simbolos e unidades Determinagao da incerteza de medigao Geral Declaragao daincerteza Procedimento geral Fatores que contribuem para a incertez: Tendéncia do instrumento. Repetibilidade da maquina e heterogeneidade do material Tendéncia da temperatura Resolugao da maquina . Incerteza combinada e expandida ES Exemplo .. Figuras Figura 1 - Terminologia do corpo de prova mostrando a configuragao dos apoios e dos batentes do corpo de provae da maquina de ensaio de impacto do tipo pendular .. Figura 2 — Corpos de prova de impacto por péndulo Charpy. Figura A.1 — Pingas de centralizagao para amostras Charpy com entalhe em V Figura B.1 — Metades fraturadas da amostra de impacto Charpy com entalhe em V, ilustrando a medigo da expansao lateral, dimensées Aj, Az, Ag, Age a largura original, dimensao w. Figura B.2— Medidor da expansao lateral para amostras Charpy. Figura B.3 — Montagem e detalhes do medidor de expansao lateral Figura C.1 — Determinagao do percentual da fratura cisalhante Figura C.2— Aparéncia da fratura. Figura D.1 — Curva de energia absorvida/temperatura mostrada esquematicamente .. Figure E.1 — Estrutura da cadeia de rastreabilidade metrolégica para a definigao e disseminacao das escalas de energia absorvidas da maquina de ensaio de impacto 24 Charpy Tabelas Tabela 1 - Simbolos e as suas unidades e designacdes Tabela 2 - wTolerancias das dimensées especificadas do corpo de prova .. Tabela C.1 — Percentual cisalhante para medi¢des em milimetro: Tabela E.1 — Simbolos e unidades... Tabela E.2 — Resultados brutos do ensaio de Charpy .. iv © 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FLA ABNT NBR ISO 148-1:2013 Tabela E.3 - Plano para o calculo da incerteza de medi¢ao expandida, u(KV) Tabela E.4 —Tabela de resumo do resultado, KV, com a incerteza de medicao expandida, U(KV) .. Tabela E.5 - Valor do tp (v) da distribuicao-t para v graus de liberdade que define um intervalo = tp(v) até + tp(v), que engloba a fracao, p, da distribuicaol®) 25 © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados v FLS- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Prefacio Nacional A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizacdo. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagéo Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros) Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsdvel pela identificacao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR ISO 148-1 foi elaborada no Comité Brasileiro de Maquinas e Equipamentos Mecanicos (ABNT/CB-04), pela Comisséo de Estudo de Ensaios Mecanicos Estaticos (CE-04:005.15). © Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 07, de 15.07.2013 a 13.08.2013, com o nlimero de Projeto 04:005.15-006/1. Esta Norma 6 uma adogao idéntica, em contetido técnico, estrutura e redacéo, a ISO 148-1:2009, que foi elaborada pelo Technical Committee Mechanical testing of metals (ISO/TC 164), Subcommittee Toughness testing — Fracture (F), Pendulum (P), Tear (T) (SC 4), conforme ISONEC Guide 21-1:2005. Os Anexos B e C sao baseados na ASTM E23 (Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of Metallic Materials), copyright ASTM International, 100 Barr Harbor Drive, PO. Box C700, West Conshohocken, PA 19428-2959, USA. AABNT NBR ISO 148, sob o titulo geral "Materiais metélicos — Ensaio de impacto por péndulo Charpy’, tem previsdo de conter as seguintes partes: — Parte 1: Método de ensaio; — Parte 2: Verificagao de maquinas de ensaios; — Parte 3: Preparacdo e caracterizagao do corpo de prova Charpy com entalhe em V usados na verificagao indireta de maquinas de ensaios de impacto por péndulo. O Escopo desta Norma Brasileira em inglés é 0 seguinte Scope This part ofABNT NBR ISO 148 specifies the Charpy pendulum impact (V-notch and U-notch) test method for determining the energy absorbed in an impact test of metallic materials. This part of ABNT NBR ISO 148 does not apply to instrumented impact testing, which is specified in ISO 14556. vi © 180 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados FLB- NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 148-1:2013 Materiais metalicos — Ensaio de impacto por péndulo Charpy Parte 1: Método de ensaio 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR ISO 148 especifica 0 método de ensaio de impacto por péndulo Charpy (entalhe em V e entalhe em U) para a determinagdo da energia absorvida em um ensaio de impacto de materiais metalicos. Esta parte da ABNT NBR ISO 148 nao se aplicaao ensaio de impacto instrumentado, que ¢ especificado na ISO 14556. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir sao indispensdveis a aplicagéo deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas) ABNT NBR ISO 148-2, Materiais metélicos - Ensaio de impacto por péndulo Charpy — Parte 2: Verificagao de maquinas de ensaio ISO 286-1, Geometrical product specifications (GPS) — ISO code system for tolerances of linear sizes — Part 1: Basis of tolerances, deviations and fits 3 Termos e det Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes. 3.1 Ener 344 energia potencial inicial energia potencial Kp diferenga entre a energia potencial do martelo pendular antes da liberagao para 0 ensaio de impacto © a energia potencial do martelo pendular na posicao de impacto, como determinada pela verificagao indireta IABNT NBR ISO 148-2, definigao 3.2.2] 34.2 energia absorvida K energia requerida para quebrar um corpo de prova com uma maquina de ensaio de impacto por péndulo, aps a corregao por atrito NOTA As letras V ou U so usadas para indicar as geometrias dos entalhes, ou seja: KV ou KU. ‘Os ntimeros 2 ou 8 sao usados em subscrito para indicar 0 raio do cutelo, por exemplo KVs. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 1 “FLT- ABNT NBR ISO 148-1:2013 3.2 Corpo de prova Com 0 corpo de prova colocado na posigao de ensaio no apoio da maquina, a seguinte nomenclatura deverd ser aplicada (ver Figura 1) 3.2.1 altura h distancia entre a face do entalhe e a face oposta 3.2.2 largura w dimensdo perpendicular a altura paralela ao entalhe 3.23 comprimento I maior dimensao perpendicular ao entalhe 4 Simbolos e suas designagées Os simbolos e as suas designagdes aplicados a esta parte da ABNT NBR ISO 148 sao dados nas Tabelas 1 e 2 ilustrados na Figura 2 Tabela 1 - Simbolos e as suas unidades e designagées Simbolo | Unidade Designagéo K J Energia potencial inicial (energia potencial) FA % Aspecto do cisalhamento-fratura h mm___ | Altura do corpo de prova Energia absorvida para um corpo de prova com entalhe em U, usando. KUz J um cutelo de 2mm Energia absorvida para um corpo de prova com entalhe em U, usando. KUs J um cutelo de 8 mm Ky: J Energia absorvida para um corpo de prova com entalhe em V, usando um 2 cutelo de 2 mm Energia absorvida para um corpo de prova com entalhe em V, usando um KVg J cutelo de 8mm LE mm__ | Expansao lateral t mm | Comprimento do corpo de prova qh °C | Temperatura de transigao w mm__ | Largura do corpo de prova 2 0180 2009-@ ABNT 2013- Todos 0s diets reservados “FLB- ABNT NBR ISO 148-1:2013 5 Principio Este método consiste em romper um corpo de prova entalhado com um tinico golpe de um péndulo, sob ascondigées definidas nas SegGes 6, 7 8. O entalhe no corpo de prova tem geometria especificada 6 localizado no meio, entre dois apoios, opostos ao local que é atingido no ensaio. A energia absorvida no ensaio de impacto é determinada. Uma vez que os valores de impacto de muitos materiais metalicos variam com a temperatura, 0s ensaios devem ser realizados em uma temperatura especificada. Quando esta temperatura € diferente da temperatura ambiente, 0 corpo de prova deve ser aquecido ou resfriado até atingir esta temperatura, sob condigées controladas. 6 Corpo de prova 6.1 Geral © corpo de prova padréo deve ser de 55 mm de comprimento e de secéio quadrada, com 10 mm de tado. No centro do comprimento, o entalhe deve ser ou em V ou um U, tal como descrito em 6.2.1 © 6.2.2, respectivamente. Se 0 corpo de prova padréo nao puder ser obtido do material, um corpo de prova suplementar, tendo uma largura de 7,5 mm, 5 mm ou 2,5 mm (ver Figura 2 e Tabela 2), deve ser utilizado. NOTA Para baixas energias, a utilizacdo de calgos ¢ importante, pois 0 excesso de energia ¢ absorvido pelo péndulo. Para altas energias, isso pode ndo ser importante. Os calgos podem ser colocados sobre ‘0u sob 0 apoio do corpo de prova, considerando que a meia altura da amostra seja 5 mm acima da superficie de apoio da amostra de 10 mm. Os corpos de prova devem ter uma rugosidade superficial Ra melhor do que 5 yum, exceto para as extremidades. Quando um material tratado termicamente estiver sendo avaliado, 0 corpo de prova deverd ter acabamento usinado, incluindo o entalhe, apds 0 tratamento térmico final, a menos que se possa demonstrar que nao haja nenhuma diferenga quando usinado antes do tratamento térmico. 6.2 Geometria do entalhe entalhe deverd ser cuidadosamente preparado, de modo que o raio da raiz do entalhe esteja livre de marcas de usinagem que poderiam afetar a energia absorvida. plano de simetria do entalhe deve ser perpendicular ao eixo longitudinal do corpo de prova (ver a Figura 2). 6.2.1 Entalhe emV Oentalhe em V deve ter um Angulo de 45°, uma profundidade de 2 mm e um raio na ponta de 0,25 mm. ver Figura 2 a) e Tabela 2]. 6.2.2 Entalhe em U entalhe em U deve ter uma profundidade de 5 mm (a menos que especificado de outra forma) e um raio na ponta de 1 mm [ver Figura 2 b) e Tabela 2]. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 3 “FLS- ABNT NBR ISO 148-1:2013 6.3. Tolerancias do corpo de prova As tolerancias especificadas para 0 corpo de prova e as dimensdes do entalhe séo mostradas na Figura 2 e na Tabela 2. 6.4 Preparagao dos corpos de prova A preparagao deve ser realizada de tal modo que qualquer alteragao do corpo de prova, por exemplo, devido ao aquecimento ou ao resfriamento, seja minimizada. 6.5 Marcagao dos corpos de prova O corpo de prova pode ser marcado em qualquer face que nao entre em contato com apoios, batentes ou cutelo e em uma posigao que evite os efeitos de deformacao plastica e descontinuidades superti- ciais sobre a energia absorvida medida no ensaio (ver 8.7). 7 Equipamento de ensaio 7.1 Geral © equipamento utilizado para todas as medigdes devem ser rastredveis a padrées nacionais ou internacionais. Eles devem ser calibrados dentro de intervalos adequados. 7.2. Instalagao e verificagao ‘A maquina de ensaio deve ser instalada e verificada de acordo com a ABNT NBR ISO 148-2. 7.3 Cutelo ‘A geometria do cutelo deve ser especificada como sendo tanto 0 cutelo de 2 mm quanto 0 cutelo de 8 mm. Recomenda-se que 0 raio do cutelo seja mostrado como um indice da seguinte forma: KVa ou KVg. Deve ser feita referéncia & especificagao do produto para orientacao da geometria do cutelo. NOTA _Alguns materiais podem produzir resultados significativamente diferentes (diferenga em percentual) em baixos niveis de energia ¢ os resultados de 2 mm podem ser maiores do que os resultados de 8 mm. 8 Procedimento de ensaio 8.1 Geral © corpo de prova deve estar de frente aos batentes da maquina de ensaio, com o plano de simetria do entalhe dentro de 0,5 mm do plano médio entre os batentes. Ele deve ser atingido pelo cutelo, no plano de simetria do entalhe e do lado oposto ao entalhe (ver Figura 1). 8.2 Critério de clas: icagao 8.2.1 Salvo disposigao em contrario, os ensaios devem ser realizados a (23 + 5) °C. Se a temperatura for especificada, o corpo de prova deve estar limitado a uma temperatura de + 2°C. 4 (© 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FL10- ABNT NBR ISO 148-1:2013 8.2.2. Para controlaro aquecimento ou o resfriamento utilizando-se um meio liquido, o corpo de prova deve ser colocado em um recipiente sobre uma grade, que esteja pelo menos 25 mm acima do fundo do recipiente e coberto por pelo menos 25 mm de liquido e pelo menos a 10 mm dos lados do reci- piente. O meio deve ser constantemente agitado até atingir a temperatura especificada, por qualquer método conveniente. O instrumento utilizado para medir a temperatura do fiuido deve ser colocado no centro de um grupo de corpos de prova. A temperatura do meio deve ser mantida a temperatura especificada de + 1 °C durante pelo menos § min. NOTA — Quando um meio liquido estiver préximo do seu ponto de ebulic&o, o restriamento evaporative pode reduzir drasticamente a temperatura do corpo de prova durante o intervalo entre a remocao do liquido ea fratura (ver ASTM STP 1072 [°)) 82.3 Para controlaro aquecimento ou o resfriamento utilizando-se um meio gasoso, 0 cor- po de provadeve ser colocado em uma camara no minimo a 50 mm da superficie mais préxima. Corpos de prova individuais deve ser separados por pelo menos 10 mm. O meio deve ser constante- mente circulado até atingir a temperatura especificada, por qualquer método conveniente.O instrumento ulilizado para medir a temperatura do fluido deve ser colocado no centro de um grupo de corposde prova. ‘A temperatura do meio gasoso deve ser mantida & temperatura especificada de + 1 °C, durante pelo menos 30 min, 8.3 Amostra de transferéncia Quando o ensaio é realizado a uma temperatura diferente da ambiente, nao se pode passar mais do que 5 s entre o tempo que o corpo de prova é removido do meio de aquecimento ou restriamento ©. 0 momento em que é atingido pelo cutelo. dispositive de transferéncia deve ser concebido e utilizado de modo que a temperatura do corpo de prova seja mantida dentro da faixa de temperatura permitida. As partes do dispositivo em contato com a amostra durante a transferéncia do meio para a maquina devem ser controladas termicamente com as amostras. Deve-se ter cuidado para assegurar que o dispositivo utilizado para a centralizagdo do corpo de prova nos batentes nao cause fraturas nas extremidades em baixa energia.Os corpos de prova de alta resisténcia que causam rebote a partir desses dispositivos dentro do péndulo podem causar uma indicagao errdnea de alta energia. Tem sido mostrado que a folga entre a extremidade de um corpo de prova na posigao de ensaio e o dispositivo de centralizacao, ou de uma parte fixa da maquina, deve ser superior a aproximadamente 13 mm ou mais, como parte do processo de fratura, onde as extremidades podem rebotarpara o péndulo. NOTA _ Pingas de autocentralizagao, semelhantes aos corpos de prova com entalhe em V no Anexo A, ‘so muitas vezes utilizadas para transferir 0 corpo de prova a partir do meio, com temperatura controlada Para a posicao de ensaio adequado. Pingas desta natureza eliminam problemas potenciais de obstrugao devido a interferéncia entre as duas metades da amostra fraturada e 0 dispositivo de centralizagao. 8.4 Capacidade superior da maquina Aenergia absorvida, K, nao pode exceder 80 % da energia potencial inicial, Kp. Se a energia absorvida exceder esse valor, a energia absorvida deve ser relatada como aproximada e deve ser descrito no relatério de ensaio que ela excedeu 80 % da capacidade da maquina. NOTA Idealmente, um ensaio de impacto deve ser conduzido a uma velocidade de impacto constante. Em um ensaio do tipo pendular, a velocidade diminui com o avango da fratura. Para amostras com energias de impacto que se aproximam da capacidade do péndulo, a velocidade do péndulo diminui durante a fratura a ponto da exatidao da energia de impacto nao ser mais obtida. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 5 “FLAN ABNT NBR ISO 148-1:2013 8.5 Fratura incompleta Se 0 corpo de prova no for completamente fraturado durante um ensaio, a energia de impacto pode ser relatada ou 0 seu resultado pode ser inserido na média dos corpos de prova completamente fraturados. 8.6 Interferéncia do corpo de prova Se houver qualquer interferéncia do corpo de prova na maquina, os resultados deverdo ser descartados e améquina devera ser cuidadosamente checada pelos danos que poderiam afetar sua calibracao. NOTA _Interferéncias ocorrem quando um corpo de prova quebrado 6 preso entre as pecas méveis € nao méveis da maquina de ensaio. Isso pode resultar em absoredo de energia signiticativa. Interferéncias podem ser diferenciadas a partir das marcas secundérias de golpe, porque uma interferéncia esta associada com um par de marcas em oposig¢ao a amostra.. 8.7 Inspegdo pés-fratura Se a inspegdo pés-fratura mostrar que qualquer porcao da marcagéo esté na porcéo do corpo de prova que foi visivelmente deformado, o resultado do ensaio pode nao ser representativo do material ¢ isso deve ser descrito no relatorio de ensaio. 9 Relatorio de ensaio 9.1 Informagées obrigatérias O relatério de ensaio deve incluir as seguintes informacdes: a) uma referéncia a esta parte da ABNT NBR ISO 148, por exemplo, ABNT NBR ISO 148-1:2013; b) _identificago do corpo de prova (por exemplo,tipo de ago e nimero de identificagao); ©) o tipo de entalhe; d) 0 tamanho do corpo de prova, se diferente do tamanho-padrao; e) a temperatura de condicionamento do corpo de prova; f) aenergia absorvida, KV2, KVa, KUz ou KUg, quando apropriada; g) qualquer anormalidade que possa afetar o ensaio. 9.2. Informagées opcionais O relat6rio de ensaio pode incluir opcionalmente, em adigdo as informagées apresentadas em 9.1 a) a orientago do corpo de prova (ver ISO 3785); b) aenergia nominal da maquina de ensaio, em joules; ©) a expansdo lateral (ver Anexo B); d) aaparéncia da fratura, por cisalhamento percentual (ver Anexo C); e) a ccurva de energia absorvida/temperatura (ver D.1); f) a temperatura de transic&o e 0 critério utilizado (ver D.2); 6 © 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FLI2- ABNT NBR ISO 148-1:2013 @) ontmero decorpos de prova que nao foram completamente quebrados no ensaio; h)aincerteza de medica (ver Anexo E) Legenda batente corpo de prova de tamanho-padrao apoios do corpo de prova protegao altura do corpo de prova ‘comprimento do corpo de prova largura do corpo de prova Centro do cutelo. Diregao do péndulo. ces +> kena Figura 1 — Terminologia do corpo de prova mostrando a configuracao dos apoios e dos batentes do corpo de provae da maquina de ensaio de impacto do tipo pendular w I! w 4 5 3 io a) geometria do entalhe em V rN ¥ +tAS 4 5 b) geometria com entalhe em U NOTA Os simbolos /, h, we os ntimeros 1 a 5 esto referenciados na Tabela 2 Figura 2 - Corpos de prova de impacto por péndulo Charpy © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados “FLI3- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Tabela 2 - Tolerancias das dimensées especificadas do corpo de prova simboio Corpo de prova com entalhe emV Corpo de prova com entalhe em U ass | elie Toleréncia de usinagem | >| | Tolerdncia deusinagem ‘ eee Classe de Classe de w pominal : nominal rs tolerancia® tolerancia? Comorimento i Sr | £060 mm B15 sSmm | =060mm | jst ‘Ata? h tomm | £0,075 mm pre tomm | so1tmm | p13 Largura? w —corpo de prova pedro tomm | £0.11 mm js19 tomm | 011mm | jets —corgo de prova com 75mm | £0.11 mm i183 = - - seg reduzida — corpo de prova com smm | £006mm jet - - - ‘ogo reduzida — corpo de prova com 25mm | £005 mm pre . = = ego reduzida Trguo do entalhe 7 er ra E e = = ‘Altura abaixo do entalhe (ature do corpo de prova \ po fr 2 8mm | £0075mm pre smme | +0.00mm | is13 menos @ profundidade do entalne) aio da curvatura na 3 0.25 mm | +0025 mm - tmm | s007mm | ist2 base do entalhe Distancia do plano de simetra do entaine até a 4 atsmm | so4ammé | sts 275mm | £042mm4] ists extremidade do corpo de prove “agul entre o plana de simetria do entane € 0 . 901 2 2 90" +2 - xo longitudinal do corpo de prova ‘Angulo entre as faces longitutinais adjacentes 5 22 : 90" se - do corpo de prove De acorde coma ISO 286-1 © Os corpos de prova davem tor uma rugosidada superficial melhor que Ra pm, exceto para as suas exremidacos © Se outra altura (2mm.ou3 mm for especticade, as tlerancias correspondentes também davem ser especticadas. 9 ara méquinas com posicionamento automitico do corpo de prova, recomenda-se que a tlerancia Saja tomada como + 0,165 mm em vez de 0.42 mm 8 (© 1SO 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados FLA ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo A (informativo) Pingas de autocentralizacao As pingas mostradas na Figura A.1 sao frequentemente utilizadas para transterir os corpos de prova de um meio com temperatura controlada para a devida posigéo do corpo de prova na maquina de ensaio Charpy. Dimensées em milimetros ® \ie sabe 1 476 253, Largura da base ‘Altura A B 1,60 para 1,70 1,52 para 1,65 5 0,74 para 0,80 0,69 para 0,81 3 0.45 para 0.51 0,36 para 0.48 @ Pegas de ago soldadas para pincas paralelas uma as outras. Figura A.1 — Pingas de centralizacao para amostras Charpy com entalhe em V © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 9 “FLIS- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo B (informativo) Expansao lateral B.1 Geral ‘A medida da capacidade do material de resistir & fratura quando submetido a tenses triaxiais, como aquelas na raiz do entalhe em um corpo de prova Charpy, é a quantidade de deformacéo que ocorre neste local. A deformacdo, neste caso, é uma contragaio. Em funcdo das dificuldades de medicao desta deformagao, mesmo apés a fratura, a expansdo! que ocorre na extremidade oposta a fratura plana € habitualmente medida e utilizada como um substituto da contragao. B.2_ Procedimento método de medigéo da expansao lateral deve considerar 0 fato de que a fratura plana raramente bifurca 0 ponto de expanséo maxima em ambos os lados do corpo de prova. Uma metade de um corpo de prova fraturado pode incluir a expansao maxima em ambos os lados, de um lado somente, ‘ou nenhum. A técnica utilizada deverd, portanto, fomecer um valor de expansao igual a soma do maior dos dois valores obtidos para cada lado, pela medigéo de duas metades separadamente. A quantidade da expansao de cada metade deve ser medida em relagao ao plano definido pela porgao no deformada do lado do corpo de prova (ver Figura B.1). A expansdo pode ser medida pelo uso de um medidor semelhante aquele mostrado nas Figuras B.2 e B.3.Medir as duas metades fraturadas individualmente. Primeiro, entretanto, verificar os lados perpendiculares ao entalhe para garantir que nenhuma rebarba foi formada nestes lados durante o ensaio de impacto; se tal rebarba existr, ela deve ser removida, por exemplo, a partir do uso de ura lixa, certificando-se de que as saliéncias a serem medidas nao foram lixadas durante a remogo da rebarba. Em seguida, colocar as metades da amostra juntas, para que as superficies originalmente opostas estejam face a face. Pegar uma das metades da amostra (ver Figura B.1) e pressiond-la firmemente contra os apoios de referéncia, com a saliéncia contréria ao medidor do batente. Observar a indicagao e, entdo, repetir este passo com a outra metade da amostra (ver Figura B.1), garantindo que o mesmo lado seja medido. O maior dos dois valores 6 a expansdo deste lado do corpo de prova. Repetir este procedimento para medir as saliéncias no lado oposto e, entao, adicionar o maior valor obtido para cada lado. Por exemplo, se A1>Az @ Ag = As, consequentemente LE = A; + (Ag ou Ay). Se Ai>Az @ Ag>As, consequentemente, LE= Ay +A3. Se uma ou mais saliéncias do corpo de prova tiverem sido danificadas pelo contato com o batente, com a superficie de montagem da maquina ete., 0 corpo de prova nao pode ser medido e a condigao deverd ser indicada no relatorio de ensaio. Medir cada corpo de prova. 1 Este anexo é baseado na ASTM E23 (Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of Metallic Materials) e € utilizado com permisséo da ASTM International, 100 Barr Harbor Drive, PO. Box C700, West Conshohocken, PA 19428-2959, USA. 40 (© 1SO 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FLI6- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Ay w Ag 1 2 cn B w. A3 ‘As metades so numeradas: 1 ¢ 2. Figura B.1 — Metades fraturadas da amostra de impacto Charpy com entalhe em V, ilustrando ‘a medigdo da expansao lateral, dimensdes Ay, Az, Ag, Aa,e a largura original, dimensao w Figura B.2 ~ Medidor da expansao lateral para amostras Charpy © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados "4 “FLAT ABNT NBR ISO 148-1:2013 Dimensdes em milimetros OH 159 = 64 t 175 | 7 “Il exon & \ HT exon 19.1 66,1 60,3 1715 88,9 476 88,9 1,59 158.8 Legenda almofada de borracha indicador com faixa de 10 mme menor diviséo em 0,01 mm placa de base de ago inoxidavel ou ago cromado_ mostrador de ago inoxidével ou ago cromado han 1/4-20 UNC para parafuso com 7/8" sextavado longo para montagem do indicador M6 x 1 para parafuso com 25 mm sextavado © Volta na montagem Figura B.3 ~ Montagem e detalhes do medidor de expansao lateral 12 © 180 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FL18- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo C (informativo) Aparéncia da fratura C1 Geral A superficie da fratura do corpo de prova Charpy ¢ frequentemente avaliada pelo percentual de cisalnamento que ocorre na fratura®. Quanto maior o percentual cisalhante da fratura, maior a tenacidade do entalhe do material. A superficie da fratura da maioria das amostras Charpy exibem uma mistura de ambos, fratura cisalhante e clivagem (fragil). Devido a avaliagao extremamente subjetiva, ¢ recomendado que ela nao seja utilizada nas especificagdes. NOTA — Otermo aparéncia da fratura fibrosa é frequentemente utilizado como um sindnimo para a aparéncia da fratura cisalhante. Os termos aparéncia da fratura-clivagem e cristalinidade sao frequentemente utilizados para expressar 0 oposto da fratura cisalhante. Ou seja, 0 % de fratura cisalhante significa 100 % de fratura por clivagem. C.2 Proce ento O percentual da fratura cisalhante é comumente determinado por qualquer um dos seguintes métodos: a) medir o comprimento e a largura da poreao clivada (a porcao “brilhante”) da superficie da fratura, como dada na Figura C.1, e determinar o percentual cisalhante a partir da Tabela C.1; b) comparar a aparéncia da fratura do corpo de prova com o quadro-aparéncia da fratura, de acordo com o apresentado na Figura C.2; ©) _ampliara superficie da fratura e comparar com o gréfico de sobreposigao de fraturas pré-calibradas ou medir o percentual da fratura por clivagem, utilizando-se um medidor de planeza, e entao calcular 0 percentual da fratura cisalhante (sendo 100 % 0 percentual da fratura por clivagem); d) fotografar a superficie da fratura com uma ampliago adequada e medir o percentual da fratura por clivagem, utilizando-se um medidor de planeza, e entao calcular o percentual da fratura cisalhante (sendo 100 % o percentual da fratura por clivagem); e) medir o percentual da fratura cisalhante pela técnica de andllse de imagem, 2 Este anexo é baseado na ASTM E23 (Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of Metallic Materials) e € utilizado com permisséo da ASTM Intemational, 100 Barr Harbor Drive, PO. Box C700, West Conshohocken, PA 19428-2959, USA. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 13 “FL19- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Legenda 1 entalne 2. rea clivada (fragil) 3. rea cisalhada (duct) NOTA1 Medir as dimensbes médias de A e B para o mais préximo de 0,5 mm. NOTA2 Determiner 0 percentual da fratura cisalhante utilizando a Tabela C.1 Figura C.1 — Determinacao do percentual da fratura cisalhante Tabela C.1 ~ Percentual cisalhante para medi¢des em milimetros A mm mm|10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 7.0 75 80 85 90 95 10 Percentual cisalhante TO |88 98 9887 96 96 95 G4 Os OS G2 02 91 1 00 89 60 68 8B 15 [38 07 96 95 94 03 92 G2 07 00 09 08 @7 66 05 64 @3 G2 61 20 [08 9 95 94 92 91 90 69 68 66 65 64 62 81 60 79 77 76 7% 26 [07 9 94 92 01 80 68 86 84 63 61 60 78 77 75 73 72 70 © 30 [86 94 92 91 69 67 65 63 81 79 77 76 74 72 70 68 66 64 62 35 [06 93 91 69 67 8 62 80 78 76 74 72 68 67 65 63 61 58 56 40/95 92 90 88 85 8 80 77 7 72 70 67 65 62 60 S7 85 52 60 45 [F 92 69 66 63 80 77 75 72 © 6 @ 61 58 ob 52 49 46 44 50 [oe 91 88 8 61 78 75 72 69 66 62 60 66 83 8 47 4 4M 9 56 [93 90 86 63 79 76 72 6 66 62 69 65 62 48 45 42 38 35 St 60 [2 89 8 61 77 74 7 6 62 00 6 | 47 4% 4% 0 3 2 2 es [02 88 84 8 76 72 67 63 59 55 61 47 43 99 3 31 OF 2B 19 70 [ot 87 82 78 74 69 65 61 56 58 47 43 39 SF 90 2G 1 17 12 w(t 68 8 7 2m 8 oO oe Oo Oo Oe 6 80/9 8 6 75 70 65 60 8 50 4 4 3 30 2% 0 1 10 5 O TOO % de cisahamanto davem sar Telatados quando A ouB 6 zero 14 (© 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados -FL20- ABNT NBR ISO 148-1:2013 a) Quadro da aparéncia da fratura e 0 comparativo percentual da fratura cisalhante SooGeoone 10 b) Guia para estimativa da aparéncia da fratura Figura C.2 ~ Aparéncia da fratura ©1S0 2009 - © ABNT 2013 - Todos 08 dios reservados: 15 ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo D (informativo) Energia absorvida versus temperatura e temperatura de transicao D1 Curva de energia absorvida/temperatura A curva de energia absorvida/temperatura (curva KV/T) mostra a energia absorvida em fungao da temperatura de ensaio para uma dada geometria da amostra (ver Figura D.1). Em geral, a curva 6 obtida a partir do desenho de uma curva ajustada de valores individuais. A forma da curva eadispersdodos valores de ensaiosaodependentes domaterial,dageometriadaamostra edavelocidade de impacto. No caso de uma curva com umazona de transigao, a distingdo é feita entre azona do patamar superior, a zona de transigao e a zona do patamar inferior. Legenda T temperatura KV energia absorvida 1 zona do patamar superior 2 zona de transigao 3 zona do patamar inferior Figura D.1 - Curva de energia absorvida/temperatura mostrada esquematicamente 16 © 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FL22- ABNT NBR ISO 148-1:2013 D.2 Temperatura de transigaéo ‘A temperatura de transig&o, Tj, caracteriza a posigéo de aumento acentuado na curva de energia absorvida/temperatura. Desde que este aumento acentuado se estenda ao longo de uma faixa de temperatura relativamente ampla, pode nao haver nenhuma definigao geralmente aplicével para a temperatura de transicao. O seguinte critério, entre outros, tem sido considerado como util para determinar a temperatura de transigAo: A temperatura de transigao, 7, 6 a temperatura onde: a) um valor particular de energia absorvida é alcangado, por exemplo, KVg = 27 J, b) um percentual particular de energia absorvida do valor do patamar superior é aleangado, por exemplo, 50 %, ©) uma porgao particular da fratura cisalhante ocorre, por exemplo, 50 %, € d) uma quantidade de expansao lateral ¢ aleangada, por exemplo, 0,9 mm A-escolha do método utilizado deve definir a especificacao da temperatura de transigo, ou por acordo. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 17 FL23- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Anexo E (informativo) Incerteza de medicao dos valores de energia absorvida, KV E.1 Simbolos e unidades Os simbolos e unidade utlizados neste Anexo séo dados na Tabela E.1. Tabela E.1 — Simbolos e unidades Simbolo | Unidade Definigao ay : Tendéncia da maquina de ensaio por péndulo, como determinado por meio da verificagao indireta k Fator de cobertura RV 4 Energia absorvida medida de acordo com esta Norma Internacional para uma amostra com entalhe em V wv J Média de KV relatada a partir de um conjunto de amostras do material de ensaio Valor certificado de KV do material de referéncia utilizado na KVp J oe es verificacao indireta Rw ‘ Valor médio de KV dos corpos de prova de referéncia ensaiados para a verificagao indireta n NGmero de amostras ensaiadas r J Resolugao da escala do instrumento & J Desvio-padrao dos valores obtidos em n amostras de ensaio Te J Erro de medigao do valor de KV devido ao efeito de temperatura u(RV) 7 Incerteza-padrao de KV U(KV) J Incerteza-expandida de KV com um nivel de confianca de aproximadamente 95%. ur K | Incerteza-padréo da temperatura de ensaio w J Incerteza-padrao do resultado da verificagao indireta u(x) J Desvio-padrao de x zg 4 Valor médio de KV observado de um conjunto de n amostras do material de ensaio VRV Graus de liberdade correspondente com u(KV) w Graus de liberdade correspondente com uy Ve Graus de liberdade correspondente com u(x) 18 (© 1SO 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados “FL2d- ABNT NBR ISO 148-1:2013 E.2 Determinagao da incerteza de medi¢ao E.2.1 Geral Este anexo especifica um método robusto para a determinacao da incerteza de medigao, u(KV) , associado com a média da energia absorvida, KV, de um grupo de amostras de um material de ensaio. Outros métodos para a avaliagao de u(KV) podem ser desenvolvidos e so aceitos, se eles cumprirem 08 requisitos da ISO/IEC Guide 98-3 [3]. Esta aproximagao requer a entrada de dados da ‘verificacdo indireta’ da maquina de impacto por péndulo Charpy, que é um método normativo para a avaliacéio do desempenho do instrumento com referéncia aos corpos de prova (ver ABNT NBR ISO 148-2, Anexo A) NOTA1 AABNT NBR ISO 148 (todas as partes) requer que as maquinas de impacto por péndulo Charpy cumpram com sucesso todos os requisitos de ambas verificagdes indireta e direta. Este ultimo é constituido por uma checagem de todas as exigéncias individuais geométricas e mecanicas impostas na construgao do instrumento (ver ABNT NBR ISO 148-2). As regras para a verificagao direta e indireta na cadeia de rastreabilidade metrolégica das mediges Charpy so dadas na Figura E.1 .A cadeiase iniciano nivel internacional com adefini¢aio domensurando, KY, ou energia absorvida, a partir de procedimentos normalizados descritos na ABNT NBR ISO 148 (todas as partes). Comparabilidade global se baseia em comparag6es internacionais de maquinas de referéncia Charpy e em valores certificados de corpos de prova de referéncia certificados e produzidos or organismos nacionais ou internacionais utilizando um conjunto de maquinas de referéncia Laboratérios de calibracéo usam os corpos de prova certificados de referéncia para verificar suas maquinas de referéncia, e seu péndulo pode ser usado para caracterizar e produzir corpos de prova de referéncia. No nivel do usuario, os laboratérios de ensaio Charpy podem verificar seu péndulo com corpos de prova de referéncia para se obter os valores desejados de KV com confiabilidade. NOTA 2 Os usuérios podem optar por adquirir corpos de prova de referéncia certificados por organismos nacionais ou internacionais, ultrapassando o nivel de laboratério de calibracao. NOTA3 Para informagées adicionais na diferenga entre 0 corpo de prova de referéncia certificado © 08 corpos de prova de referéncia, ver ISO 148-3:2008, Anexo A. E.2.2 Declaragao da incerteza A andlise da incerteza de medigdo é util na identificago das maiores fontes de inconsisténcias nos resultados medidos. Normas de produtos e bancos de dados de propriedade de materiais com base nesta parte da ABNT NBR ISO 148 tém uma contribuigao inerente na incerteza de medicao. No entanto, € inapropriado aplicar ajustes adicionais para a medicao da incerteza e, assim, implicar no tisco de um produto nao contorme. Por esta razao, as estimativas de incerteza derivadas deste procedimento so apenas para informagao, salvo indicagao em contrario por parte do cliente, As condigdes de ensaio ¢ os limites definidos nesta parte da ABNT NBR ISO 148 néo podem ser ajustados para considerar as incertezas de medicao, salvo indicagao em contrério por parte do cliente. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 19 FL25- ABNT NBR ISO 148-1:2013 E.3 Procedimento geral E.3.1_ Fatores que contribuem para a incerteza Os principais fatores que contribuem para a incerteza esto associados com: a) _tendéncia do instrumento deduzida a partir da verificagao indireta; b) homogeneidade do material de ensaio e a repetibilidade do instrumento; ©) temperatura de ensaio. ‘A equacaio de medicdo para a energia absorvida média KV é a Equagao (E.1): KV =x-By -h (E.1) onde X 6a energia média absorvida observada das n amostras de ensaios; By 6a tendénciado instrumento com base na verificaco indireta; Tx 6 atendéncia devido a temperatura E.3.2 Tendéncia do instrumento Como regra (ver ISO/IEC Guia 98-319)), os valores de medicdo tém que ser corrigidos para a tendéncia conhecida. A verificacao indireta é uma forma de se estabelecer 0 valor desta tendéncia. A tendéncia do instrumento determinado pela verificagao indireta é definida naABNT NBR ISO 148-2, como dada na Equagao (E.2) By =KVy-KVk (E2) onde KVv — € ovalormédio dos corpos de prova de referéncia fraturados durante a verificagao indireta; KVa 60 valor certificado dos corpos de prova de referéncia. Dependendo de quao bem o valor de By é conhecido, diversas agdes sdo propostas na ABNT NBR ISO 148-2, Anexo A,que tratada incerteza associada com os resultados da verificagao indireta: a) By & bem conhecido e estavel - neste caso excepcional, 0 valor observadoé corrigido por um termo equivalente a By para se obter KV. b) Na maioria das vezes, nao ha provas concretas sobre a estabilidade do valor de By; neste caso, a tendéncia nao écorrigida, mas ela contribui para uy, incerteza do resultadoda verificagao indireta. Em ambos os casos a) @ b), uma incerteza, uy, associada ao resultado de verificagao indireta e & tendéncia do instrumento, 6 calculada de acordo com os procedimentos descritos na ABNT NBR ISO 148-2, Anexo A. O resultado daandlise de incerteza da verificacao indireta 60 valor wy. Se houver uma diferenga significativa entre os valores de KV e KVv, ento, os valores By e Uy devern ser multiplicados pela relagao KV/KVy. 20 (© 1SO 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados -FL26- ABNT NBR ISO 148-1:2013 E.3.3 Repetibilidade da maquina e heterogeneidade do material A incerteza de X, a média observada da energia absorvida de namostras de ensaios, é determinada utiizando a Equagao(E.3): u(x)=* (E.3) onde s, € 0 desvio-padrao dos valores obtides com as na mostras de ensaios. Sy @ causado por dois fatores: a repetibilidade da maquina e a heterogeneidade do material amostta para amostra. Estes fatores so confusos e, portanto, esto incluidos neste termo. E recomendado relatar a incerteza de medigo total com o valor de sy como uma medida conservadora da variagdo de KV devido a heterogeneidade do material. O valor de, vz, 0 ntimero de graus de liberdade de u(x), € calculada como n-1. E.3.4 Tendéncia da temperatura O efeito da tendéncia da temperatura, Ty, na energia absorvida 6 extremamente dependente de material. Se 0 ago ¢ ensaiado na regido da temperatura da transigao fragil para diictil, pequenas variagdes de temperatura podem corresponder a grandes diferencas de energia absorvida. No momento da publicagdo, nao foi possivel apresentar uma abordagem genérica e aceitdvel para 0 cdlculo da contribuicéo da incerteza da energia absorvida corespondente a incerteza da temperatura de ensaio medida. Em vez disso, foi proposto complementar a declaragao da incerteza de medigao em termos de energia absorvida com uma declaragao separada sobre ur, a incerteza da temperatura de ensaio em que a energia absorvida foi medida (ver, por exemplo, E.5). E.3.5 Resolugdo da maquina O efeito da resolugdo da maquina ¢, na maioria dos casos, desprezivelem comparagdo com as de outros fatores que contribuem para aincerteza (ver E.3.1 a E.3.4). Uma excegao é 0 caso em que a resolugao da maquina é grande e a energia medida é baixa. Neste caso, a contribuigdo da incerteza correspondente é calculada usando a Equacao (E.4): (E.4) 1G v3 onde ré a resolugao da maquina. O correspondent numero de graus de liberdade é E.4_Incerteza combinada e expandida Para calcular u(KV) os fatores que contribuem para a incerteza (ver E.3) devem ser combinados. Desde que ur seja tratado separadamente, e ainda que os termos u(x), uy e u(r) sejam independentes, aincerteza-padrao combinadaé determinada usando a Equagao (E.5): uv (E5) = Ju? (x)+ uP +u2(r) © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 24 “FLOT- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Para calcular a incerteza expandida, a incerteza-padréo combinada ¢ multiplicada pelo_fator de cobertura, k apropriado. O valor de k depende de viz, os graus de liberdade efetivos de u(KV) , que pode ser calculado usando 0 aproximagao simples de Welch-Satterthwaite[3], por meio da combinag&o dos graus de liberdade, vy e v,, e a avaliagdo das contribuigdes de incerteza correspondentes u e u(x). Considerando que 0 grau de liberdade correspondente a u(r) & =, a resolugdo do instrumento nao contribui para Vgy. Ver a Equacdo (E.6): (E6) NOTA No caso dos ensaios de Charpy, 0 nimero de amostras ¢ frequentemente limitado a 5 ‘ou mesmo 3. Além disso, a heterogeneidade das amostras muitas vezes leva a um valor significativo de u(x). E por isso que o ntimero de graus de liberdade efetivos frequentemente nao é suficientemente grande para utilizar um fator de cobertura de k igual a 2. O fator de cobertura, k, correspondendo a um nivel de confianga de aproximadamente 95 %, ¢ obtido a partir de ISO/IEC Guia 98 - 3 (GUM), tabela t, como fos ( Vzy ). (Para valores t selecionados, consultar a Tabela E.5.) A incerteza expandida de KV é determinada usando a Equacéio (E.7) U (RV) = kx u( RP) =t96 (ey x ul) (E7) E.5 Exemplo Neste exemplo, a incerteza de medigao é calculada para o valor médio, X, de um conjunto de n= 3 amostras de um ensaio de material em particular. Os resultados na Tabela E.2 foram obtidos em um péndulo que foi verificado com sucesso em ambos procedimentos de verificagao direta e indireta. Como um primeiro passo, o valor médio de KV observade, x, é calculado como a incerteza-padrao, x, u(X), Que é calculada usando a Equagao (E.3) ‘Tabela E.2 — Resultados brutos do ensaio de Charpy Dimensdes em Joules Resultados do ensaio KV, Amostra 1 105.8 KY, Amostra 2 109.3 KY, Amostra 3 112.2 Média KV, x 109,1 Desvio-padrao de n= 3 KV valores, 5 32 Incerteza-padrao da média observada KV, u(x), calculada de acordo 19 com a Equagao (E.3) No segundo passo, os resultados brutos foram combinados com os resultados do ensaio de verificagao indireta mais recente,para que os corpos de prova de referéncia de diferentes niveis de energia (por exemplo 20 J, 120 J e 220 J) fossem utilizados. O ensaio do material tinha um nivel de energia absorvida mais préximo do nivel de 120 J (x = 109,1 J). Portanto, os resultados da verificacdo indireta obtidosneste nivel de energia foram utilizados na avaliagao da incerteza. O valor da tendéncia, By, correspondeu aos critérios de verificago de acordo com a ABNT NBR ISO 148-2. Uma vez que nao ha provas concretas sobre a estabilidade do By, 0 valor medido nao foi corrigido para a tendéncia. 22 © 180 2009 -© ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados -FL28- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Portanto, o valor relatado KV, KV, 6 igual ao valor médio medido x. Desde que o valor da tendéncia nao foi corrigido, ele contribuiu para a incerteza do resultado da verificagao indireta, uy. O resultado da incerteza-padrao da verificacao indireta a 120 J foi uy =5,2 J, com um ntimero degraus de liberdade igual a 7 (ver ABNT NBR ISO 148-2). Estas conclusdes e valores podem ser tomados a partir docertificado de calibracdo ou de verificago do péndulo usado. A Tabela E.3 dé a procedimento para 0 célculo da incertezade medigao. Tabela E.3 - Plano para o célculo da incerteza de medic&o expandida, U(KV) Resultados de ensaio brutos Resultados da verificagao indireta em 120 J u(x) 1,95 Ww 52d Grote Ot Dera pay Graus de liberdade da veriticagao amostras, calculado como 2 ingle vgiomecos a partir do 7 mt certificado de calibracao Incerteza-padréo combinada u(kV) , da Equacao (E.5) 5,5 J viv» grau de liberdade efetivo de u(RV) , da Equacdo (E.6) 8 Fator t correspondente a um YkV de 8 ¢ nivel de confianga de 95 %, tos (vxy) 2,3 Incerteza expandida ux) 12,6J A Tabela E.4 pode ser usada para relatar os resultados do ensaio € 0 calculo da incerteza de medicao. ‘Tabela E.4 —Tabela de resumo do resultado, KV, com a incerteza de medicao expandida, U(KV ) = — h ow Rw vey | tesvav) | orev) J J J 3 3,2 109,14 8 23 12,6 ® Este desvio-padréo é uma estimativa conservadora do ensaio de material heterogéneo (seu valor contém também uma contribuigo da repetibilidade, que no pode ser avaliada separadamente). > A incerteza expandida, calculada de acordo com o procedimento descrito no Anexo A, corresponde a um nivel de confianga de aproximadamente 95 %. © A incerteza citada é tipica de uma incerteza de temperatura de ensaio, que foi medida para uma incerteza de 2 K (nivel de confianga de 95 %). As incertezas citadas no sao consideradas contribuigSes que podem ser introduzidas por caracteristicas particulares do material de ensaio. © 180 2009 - © ABNT 2013 - Todos os ditvitos reservados 23 -FL29- ABNT NBR ISO 148-1:2013 (Comparagées Internacionais Nivel internacional ISO 148 - Definigoes internacionais Nivel nacional Conjunto de maquinas de referéncia f+ | Verificacao direta ide Charpy i (Compas de ensaio de referéncia certiicados v Nivel de Laboratério de Calibragao | Maquina de referéncia Charpy + Veriticacao direta Corpos de ensaio de referéncia 1 Nivel de usuario Maquina de ensaio Charpy Veriicacao direta [Energia absorvida confidvel, KV Figure E.1 - Estrutura da cadeia de rastreabilidade metrolégica para a definigao e disseminagao das escalas de energia absorvidas da maquina de ensaio de impacto Charpy 24 (© 1SO 2009 - © ABNT 2013 - Todos 0s direitos reservados -FL30- ABNT NBR ISO 148-1:2013 Tabela E.5 - Valor do {p (v) da distribuigao-t para v graus de liberdade que define um intervalo = ipfv) até + f,(v), que engloba a fracao, p, da distribuicao!®) Graus de liberdade, y t,{v) da fragao p= 95 % 1 12,71 2 4,30 3 3,18 4 2,78 5 2,57 6 2,45 7 2,36 8 2.31 9 2,26 10 2,28 1 2,20 12 218 13 216 14 214 15 213 16 212 17 ant 18 2,10 19 2,09 20 2,09 25 2,06 30 2,04 35 2,03 40 2,02 45 2,01 50 2,01 100 1,98 en 1,98 ©180 2009-© ABNT 2019 - Todos os dios reservados 25 “FL ABNT NBR ISO 148-1:2013 Bibliografia [1] 1SO 3785, Metallic materials — Designation of test specimen axes in relation to product texture [2] ISO 14556, Steel — Charpy V-notch pendulum impact test — Instrumented test method [3] ASTM E23, Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of Metallic Materials [4] NANSTAD, R.K., SWAIN, R.L. and BERGGREN, R.G. 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