Download as pptx, pdf, or txt
Download as pptx, pdf, or txt
You are on page 1of 60

IDENTIDADE DE GÊNERO E 

AS SIGLAS DO PRECONCEITO

Uma Visão Histórica do Pré-conceito Estruturado


Conheça a história do movimento por direitos 

Uma rebelião em 1969 é considerada o marco-zero


da luta pelos direitos LGBT nos EUA e no mundo 
 Em 28 de junho de 1969, Stonewall Inn,
Greenwich Village, Estados Unidos. A
história começa nas primeiras horas da
manhã, quando gays, lésbicas, travestis e
drag queens enfrentam policiais .
 iniciamuma rebelião que lançaria as bases
para o movimento pelos direitos LGBT nos
Estados Unidos e no mundo. O episódio,
conhecido como Stonewall Riot (Rebelião
de Stonewall).
 Teve duração de seis dias e foi uma
resposta às ações arbitrárias da polícia, que
rotineiramente promovia batidas e revistas
humilhantes em bares gays de Nova Iorque. 
Este episódio é considerado o marco zero do
movimento LGBT contemporâneo e, por isso,
é comemorado mundialmente em 28 de
junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT.
Uma data para celebrar vitórias históricas,
mas também para relembrar que ainda há
um longo caminho a ser percorrido. 
 Uma das consequências de Stonewall foi a
criação de dois grupos que desempenharam
um papel importante na história do
movimento LGBT: o Gay Liberation Front
(GLF) e o Gay Activists Alliance (GAA).
Violência: Uma linha do tempo
Os primeiros registros históricos da
homossexualidade datam de 1.200 A.C.
Diversos pesquisadores e historiadores
afirmam que a homossexualidade foi
aceita em diversas civilizações ao longo
da história... 
 Em muitos países, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais foram e ainda são constantemente
violentados, presos, torturados e mortos, sem proteção
das leis 
O primeiro código penal contra a
homossexualidade data do século XIII e
pertenceu ao império de Gengis Khan, onde
a sodomia era punida com a morte. 
 No Ocidente, as primeiras leis anti-homossexuais,
ambas redigidas sob influência da Inquisição,
foram publicadas em 1533: o Buggery Act
(Inglaterra) e o Código Penal de Portugal.
O escritor inglês Oscar Wilde, condenado a trabalhos
forçados e à prisão por se relacionar afetivamente
com o filho de um importante lorde inglês. 
 Durante os últimos dois séculos, a violência,
institucional ou não, continuou perseguindo os
LGBTs: no nazismo, eles eram levados aos campos
de concentração. 
 Doissímbolos do movimento surgem aí: o triângulo rosa
invertido, utilizado para identificar homens gays, e o triângulo
preto invertido, destinado às “mulheres anti-sociais”, grupo
que incluía as lésbicas. 
Dois símbolos do movimento surgem aí: o triângulo rosa invertido,
utilizado para identificar homens gays, e o triângulo preto invertido,
destinado às “mulheres anti-sociais”, grupo que incluía as lésbicas. 
 Teoriasmédicas e psicológicas tratavam a
homossexualidade como uma doença mental que
podia ser curada através de métodos de tortura,
como a castração, a terapia de choque, a
lobotomia e os estupros
É importante frisar que essas violências não
pertencem ao passado distante: até os anos 60,
a homossexualidade ainda era ilegal em todos os
estados dos EUA, com exceção de Illinois. Alan
Turing, o pai da computação foi preso e
torturado.
 Emdiversos países, comunidades terapêuticas
particulares continuam a oferecer serviços de
“cura gay”. Ainda nesta década, a relação
homossexual é crime em 73 países. Dessa lista, 13
nações preveem pena de morte
 NoBrasil, de acordo com os dados de 2016
do Grupo Gay da Bahia (GBB), um LGBT é
assassinado a cada 24 horas. 
“Fight back”: O contra-ataque 
 Não há consenso sobre qual episódio marca o
início dos movimentos trans, mas a criação do
periódico Transvestia: The Journal of the
American Society for Equality in Dress, em 1952,
é considerado por alguns o marco inicial.
Segunda onda do feminismo (1960-1980) 
 Fundamental para a articulação lésbica. Dentro do
movimento feminista, havia uma tensão frequente
entre mulheres heterossexuais, que consideravam as
pautas lésbicas secundárias ou “perigosas”
 “Perigosas”para o movimento e também entre mulheres
homossexuais que desejavam sentir-se verdadeiramente
contempladas pelo movimento. Aos poucos, feministas
lésbicas começaram a se auto-organizar. 
O movimento chega ao Brasil
 NoBrasil, o movimento LGBT começa a se
desenvolver a partir da década de 70, em
meio a ditadura civil-militar (1964-1985)
 Aspublicações alternativas LGBTs foram
fundamentais para esse desenvolvimento. Entre
elas, duas se destacam: os jornais Lampião da
Esquina e ChanacomChana.
 Em 1981, um grupo de lésbicas fundou o
ChanacomChana, que era comercializado no
Ferro’s Bar, frequentado por lésbicas. A venda do
jornal não era aprovada pelos donos do local, que,
em 1983 expulsará o grupo do bar.
 Em 1983, expulsaram as mulheres de lá. No dia 19 de agosto do mesmo ano,
lésbicas, feministas e ativistas LGBTs se reuniram no Ferro’s, onde fizeram um
ato político que resultou no fim da proibição.
 Esteepisódio ficou conhecido como o
“Stonewall brasileiro” e, por causa dele, no
dia 19 de agosto comemora-se o Dia do
Orgulho Lésbico no estado de São Paulo.
Epidemia do vírus HIV
 Na década de 80, o comunidade LGBT sofreu um grande
golpe. No mundo todo, uma epidemia do vírus HIV
matou muitos LGBTs e alterou significativamente as
organizações políticas do movimento.
A síndrome trouxe de novo um estigma para a
comunidade, agora vista como portadora e transmissora
de uma doença incurável, à época chamada de “câncer
gay”. As consequências dessa crise são sentidas até hoje.
O significado da sigla
A sigla “GLS” (Gays, lésbicas e
simpatizantes) caiu em desuso.
Organizações internacionais como a ONU e
a Anistia Internacional adotam a sigla
“LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e
transexuais)
A sigla “GLS” (Gays, lésbicas e
simpatizantes) caiu em desuso.
Organizações internacionais como a
ONU e a Anistia Internacional adotam a
sigla “LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais
e transexuais)
 Dentro do movimento propriamente dito, as
siglas podem variar (algumas organizações
usam LGBT, outras LGBTT, outras LGBTQ…).
Atualmente, a versão mais completa da
sigla é LGBTPQIA+. 
Conheça a representação de cada letra:
          L: Lésbicas    G:Gays B:            B:  Bissexuais

          T: Travestis ,Transexuais e transgêneros

            P: Pansexuais     Q: Queer       I: Intersex

                               A: Assexuais

 +: Sinal utilizado para incluir pessoas que não se


sintam representadadas. 
Na primeira sigla, GLS, o “S” representava os simpatizantes, pessoas
aliadas à causa LGBTQIA+. Mas logo o acrônimo se mostrou ultrapassado
e excludente porque deixava de fora as demais identidades.
Gay e lésbica
Quando “homossexual” passou a soar clínico e pejorativo, no fim dos anos 1960, “gay” virou o termo para
pessoas atraídas por parceiros do mesmo sexo. Com o tempo, “gays e lésbicas” se popularizou para frisar
questões distintas das mulheres, e “gay” hoje é mais usado para homens
Bissexual
Alguém atraído por pessoas de seu gênero e de outros. Estereótipos de que seria uma transição ou camuflagem
para promiscuidade são alvo de debate nos círculos LGBTQIA+. Defensores criticam o questionamento da
identidade bissexual, mas há pessoas que veem no prefixo “bi” o reforço do binômio masculino/feminino
Pansexual
Quem sente atração por gente de todas as identidades de gênero ou pelas qualidades de alguém
independentemente da identidade de gênero. Antes termo acadêmico, ganhou aderência com
visibilidade de celebridades como Miley Cyrus
Assexual
Alguém que sente pouca ou nenhuma atração sexual. Não equivale à falta de
atração romântica (os “arromânticos”)
Cisgênero
Alguém cuja identidade de gênero se equipara ao sexo que lhe foi designado ao
nascer
Transgênero
Termo amplo para pessoas cuja identidade ou expressão de gênero difere do sexo
biológico designado ao nascer
Não conformidade de gênero
Quem expressa o gênero fora das normas convencionais de masculinidade ou feminilidade. Nem todos
são transgênero, e alguns transgêneros se expressam da forma convencional masculina/feminina
Não binário
Pessoa que não se identifica como homem nem mulher e se vê fora do binômio
de gênero, como o personagem Taylor Mason, da série “Billions”
Genderqueer
Outro termo para quem não se vê no binômio feminino/masculino e exibe
características de um, de ambos ou nenhum
Fluidez de gênero
Termo usado por pessoas cuja identidade muda ou flutua. Às vezes podem se
expressar como mais masculinas em um dia e mais femininas em outro
Neutralidade de gênero
Alguém que não se descreve por um gênero específico e opta pelo uso de pronomes
neutros [em português, prevalece o uso de “x” ou “e” no lugar de “a” e “o”, como “elx”]
Intersexual
Pessoa com características sexuais biológicas não associadas tradicionalmente a
corpos femininos ou masculinos
+
O sinal denota tudo no espectro do gênero e sexualidade que as letras não
descrevem.
Principais pautas

 Essas
são algumas das pautas, no Brasil e no
mundo: 
 Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;
 Fimda criminalização da homossexualidade (e
consequentemente das punições previstas
pelas leis que criminalizam a prática);
 Reconhecimento da identidade de gênero
(que inclui a questão do nome social);
 Despatologização das identidades trans;
 Fim da “cura gay”;
 Casamento civil igualitário;
 Permissão de adoção para casais homo-afetivos;

 Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na


política;
 Leis
e políticas públicas que garantam o fim da discriminação
em lugares públicos, como escolas e empresas;
 Laicidade do Estado e o fim da influência
da religião na política;
 Leis
e políticas públicas que garantam o fim
da discriminação em lugares públicos, como
escolas e empresas; 
 Fimda estereotipação da comunidade LGBT
na mídia (jornais e entretenimento), assim
como real representatividade nela.
Para continuar aprendendo

 Apósconhecer a história que originou o Dia


Internacional do Orgulho LGBT, veja as
dicas de fontes e filmes para continuar se
informando sobre o movimento e a busca
por direitos no Brasil e no mundo.
Documentários:

 The Normal Heart (2014)


 She’s beautiful when she’s angry (2014)
 Paris is Burning (1991)
Fontes:
 Livro Stonewall: The riots that sparked the gay revolution; Livro
Cross Purposes: Lesbians, Feminists and the limits of Alliance;  G1;
Gay Liberation Front; Carta Capital; Zero Hora; Legislação LGBT;
Nexo Jornal; The Atlantic; Artigo científico sobre AIDS; O
Movimento de Travestis e Transexuais: construindo o passado e
tecendo presentes; Em direção a um futuro trans: contribuiçãopara
a história do movimento de travestis e transexuais do Brasil; History
of Lesbian, Gay & Bisexual Social Movements.

 Leia mais em:


https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-
vestibular/dia-do-orgulho-lgbt-conheca-a-historia-do-movimento-
por-direitos/
Agradecimento

 THAÍS FERRAZ, DO POLITIZE!


 Pelo texto Basilar que nos norteou

 ERYCK BRAGA
 Pelas informações vivenciais

 EQUIPE GESTORA E.E. RUY DE MELO JUNQUEIRA


 Pelo convite e profissionalismo

You might also like