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Aula 1 - Psi Ciencia e Profissão-Práxis Psicológica
Aula 1 - Psi Ciencia e Profissão-Práxis Psicológica
PSICOLÓGICA
Juliany Santo
Preâmbulo...
■ Assim, o que a Psicologia veio fazendo foi: construir-se no campo das contradições do
ser humano com a prática
Psicologia
■ Criar uma Psicologia do ser humano com suas leis e regras gerais a partir de uma
análise do anormal, do patológico, do conflituoso, uma reflexão sobre as contradições
do homem consigo mesmo...
■ Como que por esforço para dominar suas “contradições” é que a Psicologia busca criar
leis e regras gerais, assim como as Ciências Naturais
Psicologia
■ Mas por que essa instabilidade do objeto? Porque uma coisa são as representações que
fazemos do objeto e outra é o objeto em si
■ A experiencia que temos do nosso eu, só pode ser expressa pela Psicologia através
desses elementos, os quais são recortes de um conjunto que já não são a experiência
genuína que vivemos do nosso eu.
Psicologia
■ “As disciplinas psi não só produzem um tipo de representação sobre a dita realidade subjetiva,
como também, através de seus saberes e autoridades que se alastram cada vez mais em toda
trama social, demarcam racionalidades práticas, regimes de pensamento que conformam o ser
humano na maneira de conduzir-se ética e moralmente em sua vida cotidiana” (Rose, 2001)
■ Por assim ser, a Psicologia se questiona sobre como foi produzida como realidade ou como
chegou a ser o que é...
■ Quando as coisas ganham o teor de universais, perdem sua história, passando por um processo
de formalização que as instituem como naturais ... Apresentar como os objetos são
historicamente constituídos é o propósito da desnaturalização
Psicologia
■ A ponto é estarmos alertas aos cuidados que devemos ter em relação às afirmações
verdadeiras e universais que costumamos fazer sobre nossos objetos de estudo, pois há
uma série de condições históricas e específicas que condicionam nossas criações de
verdade, já que “o símbolo corresponde aos hábitos mais arraigados de nosso
pensamento” (Bergson, 1974)
Por que pensar sobre a práxis?
■ Sujeito: pensado como relação, como “um singular que não pode existir sem o outro”;
subjetivação (processo), resultante de relações de força, invenção de modos de
existência e de possibilidades de vida que não cessam de se recriar (Deleuze)
■ Texto: “Ao propor direitos e melhores condições de vida, impõem-se certas regras sociais que
cumprem o papel de „habilitá-los‟ – ou normalizá-los, como melhores pessoas”
■ Exemplos
Por que pensar sobre a práxis?
■ Fisionomias (direitos humanos) que nos possam alertar para que não nos acostumemos
com práticas cotidianas de violações dos mais diferentes direitos, fazendo com que não
percamos nossa capacidade de estranhamento e, portanto, de indignação, acreditando na
possibilidade de experimentação de ferramentas que afirmem diferentes potências de
vida.
Por que pensar sobre a práxis?
■ Pôr em análise nossas práticas não significa estar aquém ou além de uma adesão ou
recusa de suas enunciações. O que interessa, aqui, é problematizá-las e pensá-las em
seus efeitos, nos agenciamentos que produzem e atualizam, expressos nas “diferentes
formas de se estar nos verbos da vida‟ (Neves, 2002).
Por que pensar sobre a práxis?
■ A Psicologia compõe o imenso aparato de saberes e práticas que, de diversas
formas, vão interferir nos modos de existência do humano.
■ Reconhecer as amarras e resistir aos a prioris que nos impõem uma lógica única de ir
sendo e fazendo psicologia – postura a partir do próprio pensamento, colocando a
serviço da potência criadora
■ Nietzsche: não basta desautorizar os valores, é preciso desfazer as conexões que foram
sendo produzidas entre os mesmos, por em questão o próprio valor da verdade, criar
novos valores, novas interpretações
Compromissos ético-político da Psicologia
■ Formação e aplicação caminham lado a lado, mantendo-se uma tensão permanente entre
ação e problematização, por uma psicologia que não só solucione problemas, mas que
também os invente.
■ Também faz parte de nossas funções conhecer as condições de produção dos nossos
saberes e competências profissionais e utilizar criticamente esses conhecimentos não
esquecendo que os mesmos forjam saberes, subjetividades, modos de vida.
Referências
■ Bergson, H. (1974). Introdução à metafísica. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural.
■ GUARESCHI, N. M. F. (et al). Psicologia, formação, políticas e produção da saúde. Porto Alegre: Edipucrs, 2014.
(Biblioteca Virtual)
■ RIBEIRO, M. A. T. A produção na diversidade: compromissos éticos e políticos em psicologia. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2007. (Biblioteca da Virtual da Pearson).