EIA-RIMA UHE Salto Pilão

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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

USINA HIDRELÉTRICA SALTO


PILÃO

Diana Beltrame Müller


Otávio Georg Júnior
Riceli Antunes Maiochi
Sueli de Andrade Teixeira
Walmir Wehmuth
Equipe Técnica

A equipe técnica é composta por:

• 2 Eng. Sanitaristas
• 1 Socióloga
• 1 Geólogo
• 5 Biólogos
• 1 Eng. Civil
• 5 Arqueólogos
• 1 Eng. Agronômo
• 1 Arquiteto
INTRODUÇÃO:

• Os estudos relativos a Usina Hidrelétrica de Salto


Pilão remontam a 1963, no estudo de reversão do Rio
Canoas. Em 1966 projeto foi reestudado como parte
do Levantamento de Potenciais Energéticos realizado
no Centro-Sul do Brasil .Baseado nesses
levantamentos, a viabilidade do projeto foi registrada
em 1969 no estudo de reversão do Rio Canoas.

• Todo o potencial hidrelétrico do Rio Itajaí foi


levantado pela JICA entre 1990 e 1991, onde o Salto
Pilão foi identificado como o aproveitamento mais
promissor da bacia. Os estudos de viabilidade foram
realizados entre 1993 e 1994.
• A geração de energia será do tipo Fio d’água, que
utiliza pouca quantidade de água e uma queda
considerável, onde o fator principal é a pressão
d’água exercida sobre os geradores.

• A necessidade de uma nova UHE dá se ao motivo


da CELESC produzir apenas 4% de toda energia
distribuída em Santa Catarina e do
desenvolvimento de todo o Vale do Itajaí,
principalmente a região de Rio do Sul e
Blumenau.
ESTUDOS DE PRÉ-VIABILIDADE

• Entre 1990 e 1991 foram levantados 16 pontos de


aproveitamento do potencial hidrelétrico através de
estudos cartográficos, dos quais foram selecionados 3:
Salto Pilão (1), Dalbérgia(2) no rio Itajaí do Norte na
localidade de Dalbérgia e Benedito Novo(3) no rio
Benedito.
• Foram determinadas as dimensões, aproveitamentos e
estimado o custo de construção.

Local Cap. Custo n° de Terras


Instalada const. hab. alag.
(MW) (U$$10 atingidas (km²)
6)
Salto Pilão 113,6 178,2 9 0,33

Dalbérgia 16,8 102,2 17 0,25


Benedito 13,2 56,5 23 0,03
Novo

O resultado da avaliação sob os quatro aspectos citados


apontou o Salto Pilão como o mais promissor dentre os
três.
• Após estudos de engenharia para a determinação do local
mais adequado para a instalação da barragem iniciaram-se
os estudos da tomada d’água e conduto de adução.
• Levando em conta que a casa de forças ficará a
um desnível de aproximadamente 250 m., a
6.744,65 m. de distância do ponto de captação,
optou-se por uma adução por túneis e a
existência de dois vales no percurso, um de 100 e
um de 2.800 m. tornou-se um empecilho.
• No primeiro vale a tubulação ficará apoiada
no chão mantendo o alinhamento do túnel e pro
segundo vale teve que se escolher entre duas
alternativas: a rota I e a rota II, alternativa que
resultaria em 239 m. a mais de comprimento.
• Após a avaliação dos aspectos econômicos,
ambientais e de eficiência optou-se pela opção II
para a rota do duto de adução.
• O circuito de adução, desde a sua captação até a
chaminé de equilíbrio é composto por duas
tubulações e dois túneis com comprimento total de
6.165 m., onde 600 m. dos túneis não será
necessário revestir pois a rocha é composta de
granito e riolito sãos, e os demais trechos terão um
revestimento de concreto projetado que variará de
25 a 40 cm.
• Após a realização de estudos em relação ao
número de unidades produtoras e a forma de
abastecimento optou- se por duas unidades com
uma bifurcação na canalização próximo a casa de
força.
FICHA TÉCNICA
• Localização: Rio Itajaí Açu
• Municípios: Lontras, Ibirama e Apiúna
• Nível do Reservatório: 319 m.
• Nível de cheia do Reservatório: 325 m.
• Volume na cota 319: 280.000 m³
• Vazão máxima diária: 2.499 m³/s
• Vazão mínima diária: 4,1 m³/s
• Engolimento máximo: 90 m³/s
• Nível d’água no canal de fuga: 111,5 m.
• Descarga máxima para as duas unidades geradoras: 90,0
m³/s
• Descarga média para as duas unidades geradoras: 56,3
m³/s
Barragem e Vertedouro

• Nível d’água no canal de fuga: 111,5 m.


• Descarga máxima para as duas unidades geradoras: 90,0
m³/s
• Descarga média
• Comprimento total: 301,0 m.
• Altura máxima: 18,0 m.
• Comprimento do Vertedouro:200,0 m.
• Largura da comporta: 5,0 m.
• Comprimento( transição + túnel):454,0 + 5.638,0 m.=6.091
m.
• Diâmetro interno do túnel: 5,8 m.
Casa de Força
• Cota do piso: 125,0 m.
• Cota das turbinas: 107,2 m.
• Número de unidades geradoras: 2 un.
• Rotação nominal: 327,3 rpm.

Custos
• Custos diretos: U$$ 137.377.000,00
• Custo indiretos: U$$ 39.839.000,00
• Custo do Investimento: U$$ 215,5 milhões (dez 92)
TENDÊNCIAS RECENTES E
SITUAÇÃO ATUAL DOS
MEIOS FÍSISCO E BIÓTICO
Caracterização Climática

• Clima subtropical chuvoso com verão quente e


sem estação seca
• Precipitação média anual = 1530mm
• Temperatura média oscila entre 18 e 21ºC
• Umidade média relativa do ar oscila entre
77,0% e 85,7%
RECURSOS HÍDRICOS
Vazões
 Vazão média mensal 108,2 m3/s

 Vazões Mínimas encontradas na bacia


1952 – 4,1m3/s 1968 – 4,3m3/s 1986 – 4,7m3/s
1945 – 4,8m3/s 1985 – 7,6m3/s 1943 – 7,9m3/s

 Vazões máximas para diversos períodos de retorno

m3/s
METODOLOGIA PERÍODO DE RETORNO (ANOS)
2 5 10 20 50 100 200
Jica 1.100 1.800 2.700 3.200 4.300 4.800 5.700
Eletrosul 1.000 1.600 2.000 2.400 2.800 3.200 3.600
Transporte de Sedimentos

 Rio do Sul:
 Carga média = 231.000ton/ano
Peso específico = 1,2 ton/m3
Volume de sedimentos = 193.000m3
Vazão específica = 37m3/Km2 x ano
Transporte total (incluindo 20% material do fundo) =
230.000m3 ou 44m3/ton x ano
 Reservatório = 247.000m3/ano
Usos da Água
Demanda
Tipos de uso Bacia do Itajaí Montante
UHE Salto Pilão
Doméstico 2,4 0,3
Industrial 0,7 0,2
Rural 0,5 0,3
Total Parcial 3,6 0,8
Irrigação(Dez/ Mar) 33,1 12.2
Total Geral 36.7 13.0
Qualidade da Água

• Demanda Biológica de Oxigênio (DBO)


inferior a 3,0mg/l
• Oxigênio Dissolvido (OD)acima do valor
mínimo exigido para a manutenção da vida
aquática
• Nitrogênio Amoniacal e fosfatos mais elevado
que o estipulado
• Altos teores de coliformes totais e fecais
Fontes de Poluição
• Na bacia do Itajaí a carga orgânica total = 880
ton. DBO/d
Atividades Industriais = 86%
Urbana = 4%
Rural =10%
• No barramento a carga poluidora representa
• Atividades industriais = 60%
• Urbana = 3%
• Rural = 29%
GEOLOGIA,
GEOMORFOLOGIA E
PAISAGEM
Aspectos Geomorfológicos

• Diversas serras litorâneas esparsas


• Drena para o atlântico
• Se divide em três formadores
- Itajaí do Norte,
- Itajaí do Oeste,
- Itajaí do Sul.
• Existência de depósitos aluvionares
• Corredeiras e Saltos
Aspectos Paisagísticos
• Rocha nua e encostas íngremes recobertas pela mata
natural secundária;
• Canyon;
• Relevo suave, de morros arredondados, característico
de áreas graníticas;
• Serras: do Mirador, das Cobras e da Concórdia,
moldadas sobre rochas sedimentares estratificadas,
com resistência variável;
• Vale amplo de baixa declividade, com planície
aluvionar.
Aspectos Geológicos
• Ibirama - complexo granulítico (gnaisses)
• Grupo Itajaí
 Baú – rochas sedimentares arenosas com seixos ( conglomerados)
 Gaspar – arenitos
• Formação Campo Alegre - Rochas vulcânicas (basaltos, andesitos,
riodacitos e riolitos), Sedimentares (siltitos e arenitos)
• Suíte Intrusiva Subida - granito
• Formação Rio do Sul – folhelhos, argilitos, ritmitos, arenitos, e
diamictitos
• Formação Rio bonito – arenitos , siltitos, argilitos e folhelhos
• Formação Serra Geral - diques e sills de diabásio
• Rio Itajaí Açú e Afluentes - depósitos aluvionares
Recursos Minerais

• Granito - Área de Interesse


• Jazida de Caulim - Ibirama
• Argila - Próximo a Lontras
• Rocha para pedreira - Formação Serra Geral
• Jazidas de areia - município de Laurentino
Condicionamentos Hidrogeológicos

• O potencial hidrogeológico da área é baixo,


atendendo apenas ao abastecimento de
necessidades localizadas, como é o caso do
poço da CASAN para abastecimento de água
da comunidade de SALTO PILÃO.
SOLOS
Área do Reservatório

• Solos profundos, sem impedimentos à


penetração das raízes, com drenagem interna
que permitem a percolação da água, boa
capacidade de retenção de água, baixa
fertilidade natural, suscetibilidade à erosão
moderada29
Área da Casa de Máquinas

• Predominam os cambissolos associados aos


solos lítólicos e afloramentos de rocha nas
partes mais ingremes. Mesmo quando situados
em relevo ondulado, a pedregosidade é uma
característica sempre presente, além de
possuírem uma profundidade menor que a
usual para os cambissolos e podzólicos
vermelho-amarelo.
Classes de Aptidão
• Área do reservatório
- Classe 1= 5% - Classe 2 = 13%
- Classe 3 = 55,5% - Classe 4 = 6,5%
- Massa de água = 20%

• Área da casa de Máquina


- Classe 2 = 12% - Classe 3 = 56%
- Classe 4 = 8% - Classe 5 = 24%
FLORA E VEGETAÇÃO
Área do Reservatório
Espécies Arbóreas Freqüentes
Margem Direita Margem Esquerda
Inga marginata Ficus organensis
Ficus organensis Ocotea pretiosa
Rapanea ferruginea Bathysa meridionales
Sapium glandulatum Euterpe edulis
Erytrina falcata Pachystroma longifolium
Peschiera catarinensis Vitex megapotamica
Pera glabrata Clusia criuva
Nectandra sp. Bactris lindmaniana
Tabebuia umbelata Pithecoctenium echinatum
Vegetação secundária em Estágio inicial de
Regeneração
Pteridium aquilinum – samambaia-das-taperas
Andropogon sp. – capim-colchão
Braccharis sp. – vassoura-branca
Espécies típicas de campo
Axonopus cupressus
Cynodon dactylon
Mimosa pudica
Desmodium sp.
Espécies Áquaticas
Eichornia crassipes – aguapé
Pistia stratiotes – alface-d’água
Salvinia spp. – marrequeira
Margem dos rios
Colocasia sp. – inhame
Echinochloa polystachya – capim-arroz
Echinodorus grandiflorus – chapéu-de-couro
Banhado
Typha dominguensis – taboa
Eriantus asper - juncus
Área da casa de Força

Espécies Árbóreas
Licurana - Hieronyma alchormeoides
Cedro- Cedrela fissilis
Canjerana- Cabralea glaberrima
Bicuiba - Virola oleifera
Figueira de folha grande- Ficus enormis
Tucum - Bractria lindmaniana
Canela-amarela- Nectandra leucothyrsus
FAUNA TERRESTRE

Mastofauna (mamíferos)

Tatu - Dasypus spp


Gambá - Didelphis albiventris
Lontras - Luntra longicaudis
Capivara - Hydrochoerus hydrochoerus
Cutia - Dasyprocta azarae
Gato-do-mato - Felis tigrina
Herptofauna (anfíbios)
Tupinambis teguixim – largato-de-papo-amarelo
Bothrops jararaca – jararaca
Liophis miliares – cobra-d’água
Ornitofauna( aves)
Nycticorax nycticorax – savacu
Phalacrocorax olivaceus - biguá
Amazonetta brasiliensis – marreca-de-pé-vermelho
Actitis malucaria – maçarico-pintado
Ralidae – saracuras
Ardeidae – garças e socós
Procnia nudicollis – arapongas
Furnarius rufus – joão-de-barro
FAUNA ICTÍICA
Loricaridae - cascudos 49,7%
Characidade -lambari e peixe-cachorro
25,5%
Pimelodidae – mandi e jundiá 13,7%
Cichlidade – cará e joaninha 9,9%
Curimatidae – saguarú 1,2%
Tendências Recentes e Situação Atual do Meio
Sócio Econômico
• O êxodo rural vivido no país a partir da segunda
metade do século XX também se aplica aos municípios
em questão, onde Rio do Sul por exemplo contava com
22% de sua população em meio rural na década de 70 e
em 1991 contava com apenas 6,40%. Durante o
mesmo período o município de Ibirama passou de uma
população rural de 80 % para 29%, isso ocorreu devido
ao processo de mecanização agrícola e o excessivo
desmembramento das glebras rurais além das crises
vividas pelo país durante esse mesmo período.
• Rio do Sul ao contrário de outros municípios da região
como Lontras,desponta como um importante pólo
industrial no alto vale do Itajaí, atraindo pessoas de
municípios vizinhos e outras regiões para seu “parque
fabril”, onde anualmente instalam-se 4 novas grandes
empresas em média
• Visto esse desenvolvimento dessa região e da região de
Blumenau, tem-se a necessidade de uma produção de energia de
qualidade que atualmente vem de outras regiões do país.
• Os municípios de Rio do Sul, Apiúna, Ibirama e Lontras
consomem em média 10.341 GW/h. e a UHE Salto Pilão poderá
chegar a produzir 522.720 GW/h. O consumo desses municípios
chegará a apenas 2 % do produzido pela usina.
Número de consumidores e consumo total dos municípios da AI (1996)

Classes Consumidores Consumo


KWh/mes
Residencial 19.033 3.389.271
Industrial 810 712.855
Comercial 2.127 1.502.694
Rural 3.658 697.534
Poder público 307 225.631
Outros 41 813.186
TOTAL 25.976 10.341.171
Participação de cada município no total de consumo de energia

Município % do total
Ibirama 20%
Lontras 8%
Apiúna 11%
Rio do Sul 61%
Total 100%
Abastecimento de água

Municípios n° de ligações
Ibirama 2.422
Lontras 1.249
Apiúna 764
Rio do Sul 12.219
Patrimônio Histórico-Cultural e Arqueológico
• O cenário é de grande beleza, realçada pela pouca
ocupação humana da área. O patrimônio natural é
constituído pelo rio e suas margens, formando um
conjunto de apreciável valor paisagístico.
• O patrimônio cultural é formado pelo trecho da antiga
EFSC que cortava a área. O leito encontra-se pouco
alterado, embora totalmente desprovido de dormentes
ou trilhos desde a década de 70. Verifica-se a
ocorrência de túnel,pontilhões e um viaduto no futuro
braço do reservatório, construídos em técnica mista de
concreto e alvenaria de pedras.
• Em relação à arqueologia, na ADA não foi encontrado
nenhum sítio arqueológico de grande importância, mas
mesmo assim as obras serão acompanhadas por uma
equipe de arqueólogos.
PROGRAMA DE SALVAMENTO DA
FLORA

O PSF É A AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA


FLORA REGIONAL E LOCAL, O APROVEITAMENTO
MÚLTIPLO (científico, econômico e medicinal) DA FLORA E
A RETIRADA DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE
INTERESSE, PRIORIZANDO AS ESPÉCIES ENDÊMICAS,
RARAS E AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
SARANDI - Raulinoa echinata (Rutacea)

NESTE PROGRAMA DE SALVAMENTO DA FLORA


FOI DADO ENFASE ESPECIAL PARA ESTA ESPÉCIE
POR SER CONSIDERADA ENDÊMICA DO RIO
ITAJAÍ-AÇÚ.

O GRAU DE IMPORTÂNCIA DESTA ESPÉCIE ESTÁ


RELACIONADA AO GRAU DE PRESERVAÇÃO DA
MATA CILIAR.
INVENTÁRIO FLORESTAL

A REGIÃO ONDE SERÁ IMPLANTADO O


APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO (AHE) SALTO
PILÃO É EM GERAL CARACTERIZADO PELA
PRESENÇA DE PROPRIEDADES DE USO
AGROPECUÁRIO E REFLORESTAMENTO COM
ESPÉCIES EXÓTICAS.

AS TIPOLOGIAS FLORESTAIS MENCIONADAS PARA


A REGIÃO NÃO ESTÃO REPRESENTADAS NA SUA
TOTALIDADE NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA –
(ADA), SENDO POUCOS OS REMANESCENTES DA
COBERTURA ORIGINAL MESCLADOS NA
FITOCOMUNIDADE.
OBJETIVOS

•DETERMINAR ASPECTOS FITOSSOCIOLÓGICOS E


VOLUMÉTRICOS DA VEGETAÇÃO DA ÁREA EM
ESTUDO, PARA O ENQUADRAMENTO DO TIPO DE
VEGETAÇÃO DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO
CONAMA 004/94.
•ESTUDAR A COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, ESTRUTURA
E ESTÁGIO SUCESSIONAL DA VEGETAÇÃO QUE SERÁ
OBJETIVO DE CORTE NA ÁREA DIRETAMENTE
ATINGIDA.
•CARACTERIZAR AS DIFERENTES TIPOLOGIAS
VEGETAIS, POR UNIDADE DE AMOSTRAGEM, BEM
COMO DETERMINAR O POTENCIAL FLORESTAL.
•SUBSIDIAR O ORGÃO AMBIENTAL NA EMISSÃO DA
AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO.
METODOLOGIA

• Foram consideradas como UA as frações vegetais arbóreas e


arbustivas, nas áreas de bota-fora, eixo da barragem e áreas de
apoio.

• AMOSTRAGEM SISTEMÁTICA - Unidades amostrais


selecionadas a partir de um esquema rígido e pre estabelecido.

• O Inventário Florestal caracterizou-se pelo estudo:

• Quantitativo – determina a qdade. de sp. somente nas UA


• Qualitativo - Identifica as sp. florísticas nas UA e no
entorno das áreas amostradas.

• As UA ou parcelas em forma quadrada 20x20 (400 m²)


• A descontinuidade entre as áreas foi o fator decisivo para a
escolha da metodologia.
LEVANTAMENTO

• Em todas as sp. com DAP > 8 cm

• As sp. com DAP < 25 cm foram contabilizadas como lenha

• As sp. com DAP > 25 cm foram contabilizadas como madeira


comercial

• Com base na Resolução CONAMA 004/94 foram analisados os


parâmetros dendrométricos dos valores médios de AB (m²/ha),
altura total (m) e DAP (cm), para identificação dos estágios de
regeneração, além do volume por/ ha exigido para supressão.

• Os nomes populares e classificação taxonômica foram baseados


em REITZ (1978), KLEIN (1978,1990) e MARCHIORI (2000).
CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO

• VEGETAÇÃO ORIGINAL – Segundo Klein (1978) a


cobertura original da região pertence a Floresta Ombrófila
Densa, fazendo parte da Floresta Atlântica.

• PRINCIPAIS ESPÉCIES
• Canela Preta - Ocotea catarinensis
• Laranjeira do Mato – Sloanea guianensis
• Tanheiro - Alchornea triplinervia
• Palmito - Euterpe edulis
• Maria Mole - Guapira oposita
• Gramirim Chorão - Calyptranthes strigipes
• Pau Óleo - Copaifera trapezifolia
• Peroba Vermelha - Aspidosperma olivaceum
• Canela fogo - Cryptocarya aschersoniana
• VEGETAÇÃO ATUAL - A floresta original em função da
ação antrópica deu lugar a uma vegetação secundária em
diversos estágios de sucessão.

• No presente inventário foram identificados os seguintes tipos


de cobertura florestal:

•FLORESTA SECUNDÁRIA – Identificada em apenas um


ponto em um local de difícil acesso.
• Licurana - Hieronyma alchorneoides
• Canjerana - Cabralea canjerana
• Canela Branca - Nectandra menbranaceae
• Cedro - Cedrela fissilis
• Canela Lajeana - Ocotea pulchella
• Camboatá Branco - Matayba guianensis
• Aguaí - Chrysophilum gonocarpum
• CAPOEIRÃO - Com ocorrência significativa na área.

• Camboatá vermelho - Cupania vernalis


• Tanheiro - Alchonea triplinervia
• Ingá - Inga marginata
• Figueira - Ficus organensis
• Coqueiro jerivá - Syagrus romanzoffianum
• Chá de bugre - Casearia silvetris
• Carobinha - Jacaranda puberula
• Capororoca - Rapanea umbellata
• Pau jacaré - Piptadenia gonoacantha
•CAPOEIRA – O segundo estágio sucessional mais freqüente.

• Embaúba - Cecropia glazioui


• Caprororoca mirim - Rapanea ferruginea
• Maricá - Mimosa bimucronata
• Aroeira vermelha - Schinus terebentifolius
• Quaresmeira - Tibouchina pulchra
• Pau jacaré - Piptadenia gonoacantha
• Forquilheiro - Peschieria fuchsiaefolia
• Cobertura herbácea com predominância de gramíneas
• CAPOEIRINHAS

• Vassoura branca - Baccharis gaudichaudiana


• Capim rabo de burro - Andropogon bicornis
• Vassoura - Baccharis dracuncufolia
• Aroeira vermelha - Schinus terebentifolius
• Maria mole - Guapira oposita
• Seca ligeiro - Pera glabrata
•TERRENOS COM PASTAGENS

• Grama missioneira - Axonopus sp


• Capim forquilha - Paspalum notatum
• Grama vermelha - Ischaenum minus
• Algumas espécies da família das leguminosas.

•ÁREAS COM REFLORESTAMENTOS

• Eucalipto - Eucalyptus grandis

• OUTRAS ESPÉCIES EXÓTICAS EM ÁREAS RESIDENCIAIS

• Laranja - Citrus sinensis


• Cinamomo - Melia azedadrach
• Uva do japão - Hovenia dulcis
QUANTIFICAÇÃO DAS ÁREAS INVENTARIADAS

IDENTIFICAÇÃO ÁREA ha
Área de apoio 1 1p 0.6079
Área de apoio 2 1p 1.1204
Área de apoio 3 5p 3.6129
Área de apoio 4 2p 1.0758
Área de apoio 5 0.4472
Bota fora 4 3p 8.1275
Bota fora 7 2p 2.7346
Bota fora 16 0.8964
Bota fora 17 0.3714
Bota fora 19 3p 2.5346
Bota fora 20 2p 5.9537
Eixo da barragem 4p 3.2876
TOTAL 23 p 30.77
ESTIMATIVAS DE FITOMASA TOTAL

• Estrutura Diamétrica
• Volume Total ff = 0,6
• Estimativa da Fitomassa Comercial
• Estimativa do Material p/ Beneficiamento Madeireiro
• Estimativa do Material Destinado p/ Uso Energético

ESTIMATIVAS DOS PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS

• Freqüência
• Densidade
• Dominância
• Índice de Valor de Importância
• Índice de Valor de Cobertura
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

• Blume Leiss
• Escalímetro
• Trena
• Ortofotocarta
• Calculadora
• Giz Branco
• Bibliografia de Botânica Sistemática
•Mapas do Reservatório
• GPS
• Corda
• Binóculo
• Estacas
• Foice
• Facão
RESULTADOS
Área de Apoio 1 - Dominância de gramíneas c/ arbustos isolados

• N° de parcelas - 01
• Nº de arvores p / ha - 300
• Volume - 140,3 m³ / ha

Área de apoio 2 - Dominância de gramíneas c/ algumas sp. exó-


ticas (pinus e eucapiltos)
• Nº de parcelas - 01
• Nº de arvores p / ha - 225
• Volume - 74,1 m³ / ha

Área de apoio 3 - Predominância Capoeirão

• Nº de parcelas - 05
• Nº de árvores p / ha - 3.450 - média p/ parcela - 690
• Volume - 416,9 m³ p/ ha - média p/ parcela – 83,3 m³ p/ha
Área de apoio 4 - Floresta de Estágio Avançado de Regeneração
( Área mais significativa e preservada)

• Nº de parcelas - 02
• Nº de arvores p/ ha - 1350 média p/ parcela - 675
• Volume - 532,8 m³ / ha média p/ parcela - 266,4 m³ / ha

Eixo da Barragem - Área de Mata Ciliar com tipologia Capoei-


rão e com reflorestamento de eucaliptos.

• Nº de parcelas - 04
• Nº de arvores p/ ha - 2275 média p/ parcela - 568
• Volume - 436,5 m³ / ha média p/ parcela - 109,1 m³ / ha
Bota Fora 04 - Área com um mosaico de vegetação
Pastagens, lavoura e reflorestamentos

• Nº de parcelas - 03
• Nº de árvores p/ ha - 1550 média p/ parcela – 516
• Volume - 426,2 m³ p/ ha média p/ parcela - 142,1 m³ p/ha

Bota Fora 07 - Área em regeneração - Capoeira

• Nº de parcelas - 02
• Nº de árvores p/ ha - 674 média p/ parcela - 337
• Volume - 86,8 m³ p/ ha média p/ parcela – 43,4 m³ p/ha

Bota Fora 20 - Área c/ lavoura e reflorestamento de eucaliptos

• Nº de parcelas - 02
• Nº de árvores p/ ha - 1050 média p/ parcela - 525
• Volume - 90,9 m³ p/ ha média p/ parcela – 45,4 m³ p/ha
Bota Fora 19 - Área com 50% de pastagens e algumas arbustivas,
25% capoeirão e 25% capoeira

• Nº de parcelas - 03
• Nº de árvores por ha - 1826 média p/parcela - 608
• Volume - 201,8 m³ p/ ha média p/ parcela - 67,2 m³ p/h

Nas áreas do Bota Fora 16 , 17 e na Área de Apoio 5 não foram


realizados os levantamentos volumétricos devido a inexistência de
vegetação de maior porte (DAP > 8 cm)
VOLUMES TOTAIS A SEREM SUPRIMIDOS

• Volume Comercial - 120,45 m³ p/ ha


• Volume Lenha - 283,10 m³ p/ ha
• Volume total - 403,55 m³ p/ ha
• Volume total suprimido - 1.079,21 m³
ESPÉCIES RARAS OU AMEAÇADS DE EXTINÇÃO

Nas parcelas do Inventário Florestal não foi constatado


nenhuma das 107 sp da Flora Brasileira Ameaçada de
Extinção, conforme a Portaria nº 37-N/IBAMA de 03/04/92
que indica a lista oficial.

Raulinoa echinata
• Presente em apenas um local onde haverá supressão
• A supressão deverá ser acompanhada pela equipe de
salvamento da flora, sendo que os indivíduos ali encontrados
devem ser preservados sempre que possível, ou relocados , e
parte poderão ser utilizados para estudos de reprodução por
estaquia.
CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Verificou-se pelo Inventário Florestal que a cobertura


florestal sofreu grandes alterações em função do uso do solo,
pela exploração madeireira ou agropecuária.

• Segundo os parâmetros da Resolução CONAMA Nº 004/94


constatou-se a ocorrência dos seguintes estágios sucessionais:

-Estágio Avançado de Regeneração ou Floresta Secundária


- Estágio Médio de Regeneração ou Capoeirão
- Estágio Inicial de Regeneração ou Capoeira
- Reflorestamento
- Pastagem

RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Engenheiro Florestal - Jusselei Edson Perin
Biólogo - Francisco Antônio da Silva Filho
AVALIAÇÃO
DOS IMPACTOS
• Qualificação das principais obras e ação do
empreendimento.
- Principais obras para avaliação de impacto:
• Vias de acesso (QUADRO); canteiro de obras; pedreira; bota-
foras; vila residencial; ensecadeiras; túnel de desvio;
barragem; tomada de água; túnel de adução; chaminé de
equilíbrio; conduto forçado; casa de força/canal de
fuga/subestação. (LAY-OUT)

– Ações referente à implantação do empreendimento


para avaliação:
• Aquisição de áreas para implantação das obras, formação
do reservatório e implantação de programas sócio-
ambientais; mobilização de mão-de-obra; transporte de
matérias-primas e maquinários.
• Matriz de interação entre as ações do
empreendimento e impactos correspondentes.
• Rede de interação dos impactos associados
às ações principais do empreendimento

– Interação CELESC e comunidade, troca de idéias;


– Desapropriação, aquisição de terras e
implantação de medidas mitigadoras;
– Mobilização de mão-de-obra;
– Desmatamento para construção;
– Tráfego de veículo;
– Transporte e montagem de equipamento eletro-
mecânicos;
– Desmonte da rocha, para construção (túnel,
fundações, pedreira).
• Caracterização dos impactos
– Meios Físicos e Biótico (Figura)
– Meio Sócio-Econômico. (Figuras)

• Classificação dos impactos


– Momento de ocorrência
– Grau de reversibilidade
– Grau de importância
Classificação dos Impactos
MEDIDAS
MITIGADORAS,
PLANOS E
PROGRAMAS
Medidas Mitigadoras (Quadro Impactos Mitigação)

• Plano de Controle Ambiental


– Corresponde a reorganização do quadro de vida
afetado pelo ciclo de implantação do
empreendimento. Reúne 17 programas.
• Plano de Desapropriação.
– O objetivo é de viabilizar a liberação de áreas de
terras necessárias á implantação de usinas
hidrelétricas, de forma a assegurar o justo valor da
reposição dos bens patrimoniais atingidos, garantindo
à comunidade condições compensatórias pelas perdas
sofridas e proporcionando a retomada de suas
atividades sócio-econômicas.
– Caracterização e Qualificação das Áreas a Adquirir.
– Aspectos Jurídico-Administrativos.
• Plano de Utilização E Aproveitamento Múltiplo
do Reservatório.

– Advém da necessidade de levar-se em consideração


o uso integrado dos recursos hídricos, de forma a
compatibiliza-lo com as diretrizes nacionais de
recursos hídricos definidas pelo DNAEE...)”.
• Programa de Utilização;
• Programa de Uso Múltiplo do Reservatório;
• Código do Reservatório
Área de intervenção específica direta do Plano de Utilização.
Síntese dos Custos
Cronograma de Implementação dos Programas
RIMA
USINA HIDRELÉTRICA
SALTO PILÃO
• Quem pretende construir uma UHE e porquê?

• A UHE Salto Pilão. (Figuras)

• O que é RIMA e como foi realizado?

• Como se encontra a região hoje? (Figuras)

• Como ficará a região depois da construção da


UHE Salto Pilão?

• Que medidas serão tomadas para reduzir os


impactos?
Imagem captada do rio Itajaí-
açú, na Ilha das Cutias, no dia
22/5/2003. Vazão aproximada
de 42,69 m3/s.
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Vias de acesso

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Degradação provocada pela exploração do granito
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Edificações atingidas na Casa de Força.
Rafting no Rio Itajaí
Ilha das Cotias Voltar
Localização da UHE Salto Pilão
Cronograma das Obras

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Área diretamente afetada para o Meio Físico-Biótico
Demarcação AI: Áreas sujeitas a ocorrência de cheias.
Vista geral da região da barragem Voltar
Impactos Mitigação
Impactos Mitigação
Impactos Mitigação

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