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Sismologia
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2 SISMOLOGIA
ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA
― 2.1 Vulcanismo
― 2.2 Sismologia
― 2.3 Estrutura interna da Terra
― Um sismo é resultado da libertação súbita dessa energia acumulada, podendo provocar destruição e perda de
vidas humanas.
― Os sismos podem ser naturais como os de origem tectónica, vulcânica, deslizamento de terrenos ou colapso de
grutas; ou podem ter origem artificial como as explosões ou o colapso de galerias em minas.
― Os sismos principais podem ser precedidos de pequenos tremores, abalos premonitórios, e sucedidos por
outros, também mais fracos, as réplicas.
― Falhas geológicas ativas, são as que registam movimento nos últimos 2,58 Ma, sendo que as restantes são
designadas por falhas inativas.
― A Teoria do Ressalto Elástico defende que as tensões provocam movimentos tectónicos que condizem à
acumulação de energia nas rochas que se vão deformando até atingirem o limite de elasticidade a partir do qual
sofrem rutura.
Os movimentos tectónicos As rochas acumulam energia Quando o limite de elasticidade Após o sismo, as rochas
originam tensões nas rochas. e sofrem deformação até das rochas é ultrapassado, estas podem voltar a acumular
atingirem o limite de sofrem rutura e libertam parte energia.
elasticidade. ou a totalidade da energia sob a
Fig. 2 – Representação da Teoria do Ressalto Elástico. forma de ondas sísmicas.
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Estrutura e dinâmica
e dinâmica da da geosfera
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Conceitos básicos em sismologia
― Hipocentro ou foco sísmico: local no interior da Terra onde ocorre libertação de energia sob a forma de ondas
sísmicas. Está situado sobre uma falha geológica ativa.
― Epicentro: ponto à superfície terrestre na vertical do hipocentro.
― Ondas sísmicas: movimentos vibratórios dos materiais terrestres originados pela propagação em todas as direções
da energia libertada no hipocentro.
Fig. 3 – Relação hipocentro, epicentro, propagação das ondas sísmicas e falha geológica.
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Ondas sísmicas
― Existem dois tipos de ondas:
― Profundas ou internas, que se propagam no interior da Terra;
― Superficiais, que se propagam na superfície e resultam da interação das ondas profundas com a superfície
da Terra.
― Estas são registadas pelos sismogramas, produzidos por sismógrafos que se encontram em estações
sismográficas.
A B
Fig. 5 – Relação entre a direção de vibração das partículas e a direção da propagação das ondas P.
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Ondas sísmicas profundas ou internas
― Existem dois tipos de ondas profundas ou internas:
― Longitudinais, primárias ou ondas P;
― Transversais, secundárias ou ondas S.
Fig. 6 – Relação entre a direção de vibração das partículas e a direção da propagação das ondas S.
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Ondas sísmicas superficiais
― São ondas de maior amplitude e que produzem grande destruição.
― Ondas de Rayleigh
Fig. 7 – Relação entre a direção de propagação das ondas superficiais, de Love (A) e de Rayleigh (B), e a direção de vibração das partículas.
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B
Registo das ondas sísmicas
― Devido às diferentes velocidades, as ondas
sísmicas são registadas em tempos diferentes
nas estações sismográficas.
Fig. 8 – Os sismogramas (A) permitem constatar que as ondas P, S e superficiais se propagam com velocidades diferentes (B).
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Ondas sísmicas e descontinuidades do interior da Terra
― As ondas sísmicas sofrem alterações significativas da sua velocidade ou desvios na sua trajetória quando
atravessam uma superfície de separação entre dois meios com diferentes propriedades físicas e/ou químicas.
― As ondas que se propagam sempre no mesmo meio são designadas de ondas diretas.
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Descontinuidade de Mohorovicic
― Andrija Mohorovicic verificou que a partir de uma determinada distância do hipocentro de um sismo, as ondas P
refratadas chegavam mais rapidamente que as ondas P diretas.
― Estudos posteriores revelaram que as ondas sísmicas ao passarem da crosta para o manto aumentavam a sua
velocidade. Deste modo, apesar de percorrem uma distância maior, o aumento da velocidade de propagação faz
com que cheguem mais rápido.
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Descontinuidade de Mohorovicic
Legenda:
Ondas sísmicas diretas
Ondas sísmicas refratadas
E.S. – Estação sismográfica
Fig. 10 – Relação entre os tempos de chegada das ondas sísmicas P diretas e refratadas e a distância das estações sismográficas ao hipocentro.
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Descontinuidade de Mohorovicic
Legenda:
Ondas sísmicas diretas
Ondas sísmicas refratadas
E.S. – Estação sismográfica
Fig. 10 – Relação entre os tempos de chegada das ondas sísmicas P diretas e refratadas e a distância das estações sismográficas ao hipocentro.
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Descontinuidade de Gutenberg e de Lehmann e zonas de sombra sísmica
― A uma distância epicentral de 11600 km, que corresponde a um angulo de 105⁰, não se observa o registo de
ondas sísmicas.
― A partir dos 15800 km, que corresponde um angulo de 142⁰, voltam a registar-se ondas sísmicas mas apenas
ondas P.
Fig. 12 - Cálculo da diferença entre o tempo de chegada das ondas S e o tempo de chegada das ondas P a cada estação sismográfica.
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Determinação gráfica do epicentro de um sismo
― Desenho num mapa das circunferências
correspondentes à distância epicentral.
Fig. 14 - Mapa global de atividade sísmica desde janeiro de 1976 a outubro de 2013.
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Sismicidade e tectónica de placas
― Profundidade dos hipocentros:
― Até 50 km – sismos superficiais
― Entre 50 km e 300 km – sismos intermédios
― Superior a 300 km – sismos profundos
A B
― A restante sismicidade designa-se de sismicidade intraplaca e ocorre em falhas geológicas ativas localizadas no interior
das placas.
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Escala de avaliação de sismos
― Os sismos podem ser avaliados segundo dois parâmetros:
intensidade e magnitude.
Escala de Richter
― Avalia a magnitude, energia libertada por um sismo.
― Escala quantitativa.
― Escala logarítmica e aberta (sem limite máximo).
Fig. 16 - Relação entre a energia libertada num sismo e a magnitude da Escala de Richter.
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Avaliação do risco sísmico - Portugal
― A sismicidade em Portugal Continental está associada à proximidade dos limites entre a placa Euro-Asiática e
placa Africana, sendo mais elevada no sul do continente.
― Nos Açores a sismicidade é muito elevada devido à proximidade com os limites entre as placas Euro-Asiática,
Africana e Norte-Americana, bem como à existência de falhas ativas e riftes.
― No arquipélago da Madeira, a
sismicidade é muito reduzida.
Fig. 17 - Enquadramento tectónico de Portugal continental (com localização de algumas falhas geológicas ativas) e do arquipélago dos Açores.
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Avaliação do risco sísmico – Cartas de isossistas
― Após a avaliação da intensidade sísmica em
várias regiões, a partir de testemunhos da
população após a ocorrência de um sismo, é
possível traçar num mapa linhas designadas
isossistas.
Fig. 18 - Cartas de isossistas de sismo ocorrido em: A – 26 de janeiro de 1531; B – 23 de abril de 1909.
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Avaliação do risco sísmico – Cartas de intensidades máximas
― Nas cartas de intensidade máximas estão representados os graus de intensidade máxima sentidos em cada
região, tendo em conta todos os sismos ocorridos até à atualidade.
Fig. 19 - A – Carta de intensidades máximas em Portugal continental e no arquipélago dos Açores. B – Representação das principais falhas
ativas no território continental português.
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Tsunamis ou maremotos
― Os tsunamis ou maremotos são ondas gigantes e que resultam da ocorrência de sismos com hipocentros pouco
profundos em regiões oceânicas.